Joker escreveu: A questão do Batman é muito mais interna do que externa, ele não mata pois não quer perder o controle da própria mente. Se ele matar um vai ter coragem de matar o segundo e assim sucessivamente.
Ou seja deixa de ser um herói, para virar um justiceiro. Fora é claro, que o próprio sistema de Gotham é falho, o dever de dar pena de morte ou não é da justiça de lá.
Mais do que isso, Batman não pode matar porque ele existe como um símbolo da ordem dentro do caos, da justiça no meio da corrupção, mas não uma justiça pessoal, porque isso seria uma vingança. Se Batman matasse ele estaria se opondo a justiça e a ordem, estaria fazendo sua própria justiça, estaria se fazendo policial, juiz e carrasco. E o pior de tudo, ele estaria provando que todos os vilões que se dão ao trabalho de confrontá-lo ideologicamente estão certos, Gotham é inerentemente uma cidade corrupta e o único jeito de salvá-la é se corrompendo, e que ele não é diferente deles.
Por isso todos os Batman que matam são aqueles que já perderam a fé e existem mais como um elemento de ressentimento e caos do que justiça.
Também existe um elemento em algumas histórias que eu gosto, não lembro se isso também está presente nas HQs do Batman, mas tem no Demolidor, que é a ideia de que quando um vilão é morto, outro pior surge no lugar.
Inclusive quando se trata de pensar sobre a criminalidade e a justiça, acho que as histórias do Demolidor se saem melhor do que as do Batman.
Inclusive o sistema judicial de Gotham também é corrupto.