É de certo conhecimento que os Otakus (principalmente os brasileiros) se tornaram muito chatos... No fim dos anos 2000, quando a cultura dos mangás e animes havia se consolidado internacionalmente, criou-se certas críticas em relação a como as coisas se faziam naquela época...
Aqui no Brasil no entanto, a coisa foi mais grave. No mesmo fim dos anos 2000, se popularizou muito os animes e mangás... Até antes... Em 1980, a editora Abril publicou a primeira versão de Lobo Solitário, e quase uma década depois, a editora JBC e a editora Conrad em conjunto com as emissoras de TV fizeram popularizar ainda mais essa cultura. Porém a partir de 2007, a coisa começou a degringolar no meio Otaku.
Começaram a surgir críticas tendenciosas, de viés sensacionalista e que seguia um certo modismo.
No fim de 2000 tivemos o que chamo de 'Guerra Cosplayer', onde muitos perfeccionistas ficavam se digladiando para ver o que tinha a melhor fantasia. Literalmente saiam no tapa por conta disso... Certo que ao longo do tempo os ânimos se acalmaram, porém não deixava de ser um certo modismo da época.
No período que tange o período 2012-2015 tivemos o movimento anti-dublagem, feito em grande parte pelo público brasileiro que só acompanhava a versão original. Porém outro modismo, já que grande parte destes vieram da passagem de animes na TV aberta (embora estes tentassem alegar que assistiam legendado praticamente 'desde a nascença') e com o advento da internet, de certa forma, renegaram as próprias origens. Mesmo que simplesmente pudessem acessar as versões originais sem se importar com a versão dublada. Porém, decidiram atacar massivamente as dublagens de animes que eram feitas de modo que muitas dublagens foram canceladas e sem chance de retorno (Bleach, Super Onze e Naruto Shippuden são grandes exemplos disso) e muitos outros nem chegaram a cogitar dublagens mediante esses ataques. E paralelo a isso, muitos canais de TV excluíram os animes de sua programação. Discursos manjados e inflamados pelo próprio ego de quem achava se sentir no Japão acabaram por fazer com que muitos vissem os Otakus de forma a gerar desprezo (principalmente por parte de quem ainda gostava das dublagens e quem era refém de canais de TV).
Ainda em 2015, iniciou-se uma série de reclamações, por algo que até então, pouco importava, a qualidade dos mangás impressos. O problema não era se não dava pra ler, e sim, uma coisa que era completamente irrelevante... A estética. Reclamavam acerca da capa, reclamavam da textura do papel e sobretudo sobre brindes outras coisas completamente irrelevantes. Bom, foram atendidos, porém quem hoje anseia por uma coleção de mangás e não tem muito dinheiro no bolso, acaba por ficar a ver navios. Se tem erros grotescos como: Repetição de capítulos num volume, erro de indicação de capítulos e a seção de recapitulação, ou erros de impressão/digitação (já que a maioria dos mangás são editados digitalmente), isso sim eu consideraria como erros relevantes e que não poderiam passar... Agora, se a capa não é fosca, não tem uma penca de detalhes, capas, sub-capas, capas dobráveis, ou se a textura não agrada o olhar. É algo a qual eu tenho de considerar absurdo por ser alvo de um viés crítico de modismo. Pra mim, dando pra ler, já está de bom tamanho. E ainda mais hoje em dia que os leitores são tratados como lixo pelas editoras, por conta da retirada dinâmica de títulos do catálogo, explicações rasas por parte das mesmas ante perguntas ou explicação nenhuma, além do preço abusivo e uma produção fordista de exemplares enquanto levantam uma falsa bandeira de crise. Por conta desse descaso, muitos migram pro meio online, onde também não tem muita coisa garantida, além da falta de revisão de obras datadas por parte das scans, mas com o bônus de garantir capítulos afrente das versões impressas e o quádruplo de títulos ante as versões impressas.
Agora, mais recentemente, a nova moda virou falar que alguns animes não possuem história. Sinceramente a mais pura balela. Essa moda começou em 2019 quando delegaram uma suposta falta de história em Dragon Ball. A fala de um ex-assistente do Toriyama (e que nem havia trabalhado com ele no mangá completamente (ele havia trabalhado com Dragon Ball em parte, mas tão rapidamente saiu)) sobre Dragon Ball ser uma obra mais cômica do que voltada pro lado histórico da questão. O Z quase todo foi de muita seriedade e descobrimos diversas coisas, logo, tem história. O problema é que não parou em Dragon Ball (na verdade o problema foi ter começado), e tão logo delegaram o argumento a diversos outros animes. Aí a moda do dizer "ain, tal anime não tem história" pegou em geral, de modo que até mesmo One Piece, Naruto, Bleach (apenas exemplos) também sofrem esse escárnio. O "vou criar o personagem e construir uma jornada pra ele" já não é mais aceito pelos Otakus atualmente. E isso é um problema... Pois um mangá que é criado numa proposta simplória, e sem muitos exageros (vide Naruto e One Piece) por acatar (ou tentar) as expectativas do seu público somado a pressão editorial, acaba morrendo em cerca de 30 a 60 volumes na questão de enredo e total perda da proposta inicial... Poucos mantiveram ou recuperaram a essência. Mangás que não se entregam a tudo isso e se foca no que o autor realmente quer escrever, geralmente não passam de 20 volumes (exceto casos como Demon Slayer e Death Note com seus finais e segmentos questionáveis).
Aqui no Brasil no entanto, a coisa foi mais grave. No mesmo fim dos anos 2000, se popularizou muito os animes e mangás... Até antes... Em 1980, a editora Abril publicou a primeira versão de Lobo Solitário, e quase uma década depois, a editora JBC e a editora Conrad em conjunto com as emissoras de TV fizeram popularizar ainda mais essa cultura. Porém a partir de 2007, a coisa começou a degringolar no meio Otaku.
Começaram a surgir críticas tendenciosas, de viés sensacionalista e que seguia um certo modismo.
No fim de 2000 tivemos o que chamo de 'Guerra Cosplayer', onde muitos perfeccionistas ficavam se digladiando para ver o que tinha a melhor fantasia. Literalmente saiam no tapa por conta disso... Certo que ao longo do tempo os ânimos se acalmaram, porém não deixava de ser um certo modismo da época.
No período que tange o período 2012-2015 tivemos o movimento anti-dublagem, feito em grande parte pelo público brasileiro que só acompanhava a versão original. Porém outro modismo, já que grande parte destes vieram da passagem de animes na TV aberta (embora estes tentassem alegar que assistiam legendado praticamente 'desde a nascença') e com o advento da internet, de certa forma, renegaram as próprias origens. Mesmo que simplesmente pudessem acessar as versões originais sem se importar com a versão dublada. Porém, decidiram atacar massivamente as dublagens de animes que eram feitas de modo que muitas dublagens foram canceladas e sem chance de retorno (Bleach, Super Onze e Naruto Shippuden são grandes exemplos disso) e muitos outros nem chegaram a cogitar dublagens mediante esses ataques. E paralelo a isso, muitos canais de TV excluíram os animes de sua programação. Discursos manjados e inflamados pelo próprio ego de quem achava se sentir no Japão acabaram por fazer com que muitos vissem os Otakus de forma a gerar desprezo (principalmente por parte de quem ainda gostava das dublagens e quem era refém de canais de TV).
Ainda em 2015, iniciou-se uma série de reclamações, por algo que até então, pouco importava, a qualidade dos mangás impressos. O problema não era se não dava pra ler, e sim, uma coisa que era completamente irrelevante... A estética. Reclamavam acerca da capa, reclamavam da textura do papel e sobretudo sobre brindes outras coisas completamente irrelevantes. Bom, foram atendidos, porém quem hoje anseia por uma coleção de mangás e não tem muito dinheiro no bolso, acaba por ficar a ver navios. Se tem erros grotescos como: Repetição de capítulos num volume, erro de indicação de capítulos e a seção de recapitulação, ou erros de impressão/digitação (já que a maioria dos mangás são editados digitalmente), isso sim eu consideraria como erros relevantes e que não poderiam passar... Agora, se a capa não é fosca, não tem uma penca de detalhes, capas, sub-capas, capas dobráveis, ou se a textura não agrada o olhar. É algo a qual eu tenho de considerar absurdo por ser alvo de um viés crítico de modismo. Pra mim, dando pra ler, já está de bom tamanho. E ainda mais hoje em dia que os leitores são tratados como lixo pelas editoras, por conta da retirada dinâmica de títulos do catálogo, explicações rasas por parte das mesmas ante perguntas ou explicação nenhuma, além do preço abusivo e uma produção fordista de exemplares enquanto levantam uma falsa bandeira de crise. Por conta desse descaso, muitos migram pro meio online, onde também não tem muita coisa garantida, além da falta de revisão de obras datadas por parte das scans, mas com o bônus de garantir capítulos afrente das versões impressas e o quádruplo de títulos ante as versões impressas.
Agora, mais recentemente, a nova moda virou falar que alguns animes não possuem história. Sinceramente a mais pura balela. Essa moda começou em 2019 quando delegaram uma suposta falta de história em Dragon Ball. A fala de um ex-assistente do Toriyama (e que nem havia trabalhado com ele no mangá completamente (ele havia trabalhado com Dragon Ball em parte, mas tão rapidamente saiu)) sobre Dragon Ball ser uma obra mais cômica do que voltada pro lado histórico da questão. O Z quase todo foi de muita seriedade e descobrimos diversas coisas, logo, tem história. O problema é que não parou em Dragon Ball (na verdade o problema foi ter começado), e tão logo delegaram o argumento a diversos outros animes. Aí a moda do dizer "ain, tal anime não tem história" pegou em geral, de modo que até mesmo One Piece, Naruto, Bleach (apenas exemplos) também sofrem esse escárnio. O "vou criar o personagem e construir uma jornada pra ele" já não é mais aceito pelos Otakus atualmente. E isso é um problema... Pois um mangá que é criado numa proposta simplória, e sem muitos exageros (vide Naruto e One Piece) por acatar (ou tentar) as expectativas do seu público somado a pressão editorial, acaba morrendo em cerca de 30 a 60 volumes na questão de enredo e total perda da proposta inicial... Poucos mantiveram ou recuperaram a essência. Mangás que não se entregam a tudo isso e se foca no que o autor realmente quer escrever, geralmente não passam de 20 volumes (exceto casos como Demon Slayer e Death Note com seus finais e segmentos questionáveis).