Escutar, dançar e sentir a energia embutida na letra das músicas sempre foi uma das coisas que me faziam sentir viva. Me deixava genuinamente feliz por mais frio que o dia estivesse. Mas de uns tempos pra cá, notei que não ando consumindo música como eu fazia a um ou dois anos atrás, em que ouvir música era umas das minhas paixões.
Meu ânimo para escutar álbuns inteiros quase não existe mais, e o rádio que eu tenho em casa virou praticamente uma parte da decoração. A sensação de que sempre estou deslocada nos rolês se faz mais presente do que nunca, onde eu costumava ser a primeira a rebolar minha raba, agora sou uma das amiga que fica sentada só observando as coreografias. E o formigamento familiar de querer sapatiar quando a energia da música é muito boa se tornou algo raro, incomum.
Talvez, seja o mesmo estranhamento que senti com a ascensão do funk no país, mas pela primeira vez na vida sinto real que não vou conseguir me adaptar a essa nova era. Não por falta de esforço ou preconceito, apenas nada de novo faz sentido com o que eu sinto.
Meu ânimo para escutar álbuns inteiros quase não existe mais, e o rádio que eu tenho em casa virou praticamente uma parte da decoração. A sensação de que sempre estou deslocada nos rolês se faz mais presente do que nunca, onde eu costumava ser a primeira a rebolar minha raba, agora sou uma das amiga que fica sentada só observando as coreografias. E o formigamento familiar de querer sapatiar quando a energia da música é muito boa se tornou algo raro, incomum.
Talvez, seja o mesmo estranhamento que senti com a ascensão do funk no país, mas pela primeira vez na vida sinto real que não vou conseguir me adaptar a essa nova era. Não por falta de esforço ou preconceito, apenas nada de novo faz sentido com o que eu sinto.