titulo autoexplicativo.
Rin escreveu:Para Spinoza, Deus não era uma entidade criadora, era o conjunto de leis físicas e naturais que constituem o universo. Para Spinoza, Deus não é a entidade que criou o universo, Deus é o universo.
Basicamente, o que Spinoza fez foi ressignificar a palavra "Deus". Pra ele, a deidade que deveria ser louvada não é uma figura onipotente e imaterial que criou tudo, mas sim o que está ao nosso redor.
Na minha interpretação, essa opinião até se relaciona um pouco com Nietzsche, que é o pensador que acredita que o teísmo é uma negação da realidade. Pra ele o que deveria ser exaltado era o corpo (não a alma), a natureza (tanto é que o seu personagem Zaratustra era um sábio que vivia isolado em montanhas) e a vida (não vida após a morte).
Enfim, a questão não é acreditar no Deus de Spinoza, até porque não tem como você desacreditar do universo. A questão é concordar com Spinoza que devemos louvar e acreditar no universo e suas infinitas leis, não numa entidade criadora.
E eu concordo tanto com ele tanto com Nietzsche nesse aspecto. A religião faz você parar de dar relevância ao mundo material, você deixa de viver a vida porque acredita que depois de morrer você continuará existindo e encontrará a sua felicidade no paraíso.
Deusa Hinata escreveu:Na verdade o DEUS dos judeus e cristãos, é exatamente esse conceito. Spinosa apenas descreveu o que é Deus, mas não disse que não era o DEUS vivo.
Em outras palavras, sim eu acredito, mas apenas no conceito em si e não noutra coisa.
ShinobinoKami escreveu:Não. O Deus judaico-cristão é antropomórfico e benevolente, o universo não. Ele criou o universo, não é ele.