Sinopse: Conforme eu saqueava um mansão abandonada, eu encontrei um caderno grande que provavelmente alguem estava utilizando como se fosse diário, ele contava algumas histórias estranhas e tinha algumas fotos nele, por algum motivo todas fotos pareciam ser de pessoas diferentes mesmo que no diário esteja sendo dito abertamente que a maioria daquelas fotos se tratavam das mesmas pessoas. Supostamente o garoto que era dono daquele caderno se chamava Enzo... Nome familiar... Bom... Vou apenas guardar na minha mochila, talvez seja divertido ler isso.
Classificação: 18+
Gêneros: Drama, Slice of life, Psicológico
Avisos:
- A história tem intuito de ser confusa de forma proposital.
- Todas imagens aqui geradas são criadas por uma inteligência artificial, caso o autor da história tenha alguma inspiração, ele pode acabar desenhando para representar de forma melhor, mas grande partes das imagens aqui postadas, não são de minha autoria.
Prológo Incoerente - Faltam 53 anos
Um pequeno sujeito finalmente despertava do seu pequeno sono que ele tanto amava, e com certa tristeza, ele finalmente abria seus olhos que por consequência, acabavam fitando uma luz quadriculada no meio da escuridão — que possivelmente foi projetada por uma televisão antiga — que incomodava profundamente sua visão que ainda estava embaçada, mas de qualquer forma, sua audição ainda funcionava de forma perfeita e coerente, já que seus ouvidos percebiam sons irritantes que vinham da cozinha.
Enzo Oliveira da Silva era uma pequena criança de apenas 7 anos que tinha uma vida bastante complicada, onde sua mãe era uma mulher descontrolada que descontava sua raiva no garoto e seu pai o tratava de forma fria como se fosse apenas uma boca adicional para alimentar. Basicamente sua família não era muito exemplar e claramente não existia o "amor idealizado" que você está acostumado em ver histórias felizes... Não que essa história seja muito inovadora, né? Famílias tristes e descontroladas são extremamente comuns hoje em dia... Nossa, agora que penso nisso, talvez essa história seja meio clichê, né?
Com certa calma, o jovem de pele escura saltou de sua cama e iria em direção ao banheiro para escovar seus dentes até que percebeu calmamente que existia vidro espalhado pelo corredor de sua escura casa. Existiam sinais de briga por todo lugar e uma pequena mancha de sangue era vista no chão que a criança pisava com tanta calma, Enzo não parecia surpreso, pelo contrário... Supostamente esperava algo pior...
- Parece que a briga de hoje não quebrou tanta coisa? Apenas um vaso... Ein.- Sussurrava a criança para si mesmo com uma frieza que nem mesmo um adulto teria. — Hey Narrador... Será que podemos brincar de bola hoje? Não quero ficar em casa... Já viu o clima, né?
O jovem perguntava para o teto esperando algum sinal, provavelmente esperando que seu amigo imaginário falasse alguma coisa. Ah? sim... Esqueci de avisar... Essa criança não tem amigos, logo ele criou um na sua imaginação e chama ele de "Narrador", não me pergunte o motivo, mas ele realmente acha que é o protagonista de uma história que está sendo narrada.
- Mas... Eu consigo te ouvir... E bem... Se você está narrando sobre minha vida, eu seria esse tal de... prota... prota... Como que fala mesmo? — Dizia Enzo com certa dúvida, enquanto pegava a escova de dente e fitava o espelho quebrado do banheiro, seus olhos verdes exalavam uma certa frieza.
Notando que seu suposto amigo imaginário não iria responder, a criança apenas aceita enquanto concluía seu ritual de higiene.
— Tá!... Então eu sou o protagonista da história... Eu aceito isso... Então... O que eu faço agora? — A criança perguntava para si mesmo, enquanto se dirigia a sala de estar de sua casa.
Enzo já sabia que a briga ainda continuaria, já que sua mãe ainda estava lá, então o garoto simplesmente foi para o seu quarto, pegou um caderno e começou a escrever, como se estivesse narrando uma história, pois para ele, aquilo era seu único caminho para escapar da realidade. Seu português era meio ruim já que era um pequeno moleque de 7 anos, mas ele não se importava por motivos óbvios, apenas queria deixar aquela história escrita por algum motivo, por fim ele jogou seu diário em qualquer canto e saiu daquela casa confusa e barulhenta.
Ao pisar no chão da rua, o jovem percebe uma pequena garota brincando de boneca com uma expressão de felicidade e satisfação no rosto.
— Eu quero ser assim... — Ele pensava enquanto fitava aquela garota, ele só queria ser normal como todos os outros, mas sabia que isso provavelmente nunca iria acontecer, então ele continuou andando na calçada, tentando acalmar sua mente e esquecer daquela realidade que parecia tão dura. Por fim, uma voz o chamava, a garota que brincava de boneca parecia estar o chamando.
— Ei você! Quer brincar comigo?
Uma oferta tentadora para um moleque daquela idade, ele arregala seus olhos levemente, mas queria se afastar o máximo possível da sua casa.
— Sim, eu quero...
Enzo respondeu com um sorriso no rosto, enquanto se sentava ao lado da garotinha para brincar de boneca.
— Afinal, o que vamos brincar? — Ele perguntava com certa animação, olhando de relance para a janela de sua casa que parecia levemente rachada.
— Vamos brincar de princesa e príncipe. Você é o príncipe que foi capturado por um monstro horrível e eu sou a princesa que vai te salvar! — A garotinha respondia com entusiasmo.
E foi assim que Enzo começou a brincar com a garotinha, eles passavam o dia inteiro brincando de princesa e príncipe, contando histórias e desenhando juntos, e em meio a tudo isso, Enzo parecia esquecer de tudo o que tinha acontecido dentro de sua casa, e a garotinha se tornou sua melhor amiga, pelo menos era isso que o jovem começou a pensar, sua mente inocente anseia por pessoas que não sejam perturbadas e irritadas. E por alguns segundos, ele queria acreditar que aquela menina poder-lhe-ia aliviar.
E assim o dia se foi, e o jovem Enzo voltou para casa enquanto o sol começava a se pôr, e ao entrar na sua casa, percebe que a briga entre seus pais já tinha acabado, então ele foi direto para seu quarto e começou a escrever novamente em seu diário. Ele anotava tudo o que tinha acontecido aquela tarde, escrevendo sobre sua nova amiga e como ela o fazia se sentir bem. Ele escreveu e continuou escrevendo até que sua mão estivesse cansada e seu olhos se fechassem, e foi assim que Enzo se deitou e adormeceu. Aquele estranho domingo iria finalmente acabar.