[Monstruos Island] Homem contra Monstro

Tomando o papel de averiguar o interior da fera, Hazu encontrou um cenário estranho. O estomago da criatura, diferente de animais comuns dos Blues, contava com um líquido estranho, quente e pegajoso, que parecia conservar coisas que o monstro não havia digerido. Por isso, na sua busca, ele acabou se deparando com uma série de objetos, como bussólas, pedaços de roupas e outros itens que uma pessoa comum portaria. Contudo, ao fim de sua averiguação, algo surpreendente saiu de dentro da barriga do Predador.

Tratava-se da cabeça de um de seus irmãos, parcialmente avariada. Não que isso fosse empecilho para um familiar, que reconheceria aquele rosto em qualquer lugar. Mesmo sem saber, acabou que Brakios havia vingado sua família. Consoante a retirada dos restos mortais do homem, alguns objetos também caíram do interior da barriga da criatura que já estava aberta.

- Hmm...isso são Dials do povo do céu. Quem diria que isso iria parar logo na barriga desse monstro. - Curioso com os objetos, Kairi os averiguou com as mãos. O restante dos marinheiros parecia assustada demais com a cabeça ali presente. E com razão. - Bem, considerando o que eu já fiz, seria um pecado tomar essas coisas para mim. Quem quiser que ele leva essas geringonças. - Falou, afastando-se do campo de batalha para cuidar da população curiosa que começava a surgir nos arredores.

Vivendo aquela situação inesperada, Hazu reage como qualquer ser humano decente. Aos poucos, as fases do luto começavam a preencher seu coração, como evidenciado por seu choro. Como já era de esperar, demorou um pouco para os marines entenderem que aquela cabeça era de alguém conhecido por ele. Estavam com nojo ou felizes demais pela vitória para prestar atenção nesses detalhes. Alguns até estavam saqueando os dials, como se fossem espólios de guerra. Mas Hazu não. O lutador tinha outras prioridades.

Assim, ignorando as pegadas no ombro e chamamentos que recebeu, o velho continuou cavando a cova de seu irmão. Seus dedos rangiam de dor, e estavam em carne viva quando terminou. Aquele não era o tipo de tarefa para se fazer sem uma ferramenta, afinal. Isso sem citar o seu corpo, que agora parecia estar bem mais cansado que antes.

- Que ele descanse em paz. - Entendendo parcialmente a cena que se passava ali, Yoshizawa falou enquanto realizava uma reverência respeitosa. Enquanto falava, um raio de luz solar atingiu o túmulo improvisado. Era uma coincidência ou talvez fosse um sinal divino ? Vai saber.

Posteriormente, dada a situação, Hazu foi levado até o QG antes de todos, aonde recebeu os primeiros socorros e se alimentou. Enquanto isso, os demais marines que estavam inteiros lidaram com a situação partindo o corpo da fera em pedaços e reorganizando a multidão para lidar com problemas. Kairi, claro, liderou essa tarefa sem maiores dificuldades, excetuando a fadiga.

Os dias seguintes foram trabalhosos. Foi difícil lidar com o cadáver do Predador Marítimo, e alguns visitantes que apareciam na ilha pareciam curiosos demais para serem ignorados. Isso sem contar que Kairi parecia receber ligações constantes de alguém de hierarquia mais alta, que lhe passava instruções sobre como prosseguir. Mas acabou, que no final de tudo, as coisas deram certo e Hazu estava livre para aguardar novas ordens.