slim.shady escreveu: Precisamos do estado de qualquer maneira e ele dos nossos impostos para existir, este deve ser mínimo.
Estado não deve cobrar de imposto metade de tudo que você precisa comprar e pagar e ainda por cima todas as contas de impostos anuais e IR. Isso é imposto em excesso que em sua maioria não tem retorno para sociedade (muito menos para pobres) logo é roubo.
Isso não tem absolutamente nada a ver.
Se nós precisamos do Estado e ele precisa dos nossos impostos, isso aí é outra discussão. Roubar é o mesmo que auferir o bem de outra pessoa sem o seu consentimento.
Se eu não quiser pagar o imposto amanhã, eu vou ter que pagar do mesmo jeito, logo é roubo. Se esse "roubo" é vital ou não pra prosperidade de uma nação, isso aí já é outro debate.
Quantidade não é o critério que define o que é roubo ou não é.
Mr Dragonite escreveu: Não. No mundo ideal imposto não seria roubo.
Da mesma forma que tirar 100 reais do seu salário todo mês e te devolverem em dezembro como 13 salário seria considerado roubo se vc não recebesse o mesmo.
Mas como dito, num mundo ideal a gente teria tudo de volta.
Eu particularmente me sinto privilegiado, pois na minha cidade há muito investimento, temos até ônibus de graça pra população. Então não me sinto roubado.
O seu argumento tem três falhas.
Você diz:
"Não é roubo porque (no mundo ideal) ele retorna para a população"A primeira falha: a conta não bate porque diferentes classes sociais pagam diferentes níveis de imposto mas usufruem do mesmo nível de serviço.
Todo mês, Pedrinho dá 5k pra receita e João dá 100. Pedrinho contribui 50x mais pra sociedade, mas João tem direito
aos mesmos bens e serviços públicos que ele.Logo é roubo porque o retorno não é proporcional ao que cada um dá.
A segunda falha: esse dinheiro não retorna da mesma forma para todo mundo, pois nem todos usufruem de serviços públicos na mesma intensidade.
Será que o cara que ganha 20k por mês e paga 5500 de IR usa transporte público? Usa sistema de saúde público? Coloca o filho numa escola pública? Esse cara não está pagando uma quantia exorbitante de dinheiro pra custear serviços públicos que nem vão retornar pra ele em sua totalidade?
Logo é roubo porque parte desse dinheiro é investido em serviços que eu nem vou usar.
A terceira falha: ignora o livre-arbítrio do indivíduo.
Mesmo que o dinheiro retornasse pro
todos os indivíduos de maneira proporcional ao dinheiro pago (o que não ocorre, quem se beneficia com o imposto é a classe baixa, que de fato utiliza os serviços públicos e paga porcentagens menores de IR)...
...será que o Estado administra o dinheiro do indivíduo melhor do que ele próprio? É como se eu quisesse comprar um óculos de 20R$, alguém pegasse o dinheiro da minha mão, comprasse um anel de 20R$ e me desse.
O dinheiro retornou pra mim, mas eu queria um óculos, não um anel. Obviamente nessa analogia eu posso vender o anel e recuperar os 20R$, mas no caso original estamos falando de propriedade pública.
E isso seria supondo que o imposto realmente me desse retornos proporcionais à minha contribuição, o que não ocorre (visto os pontos 1 e 2).
Logo é roubo porque o Estado pega o meu dinheiro que deveria ser administrado conforme meus anseios pra financiar o que ele quer.
Não me entenda mal, eu não sou anarcocapitalista, eu acho mesmo que tributos sejam necessários pra existência de um governo próspero (isso se eles tivessem o mínimo de retorno pra sociedade, o que não ocorre aqui), mas não dá pra negar que tirar dinheiro dos outros sem consentimento é roubo. Talvez se possa chamar o imposto de um "roubo" necessário.