Mr. Causality escreveu: Existem algumas leis, como as de Levítico, que foram feitas para diferença o povo hebreu, das cidades circunvizinhas.
Levítico Cap. 18 | ARC
1 Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Eu sou o Senhor, vosso Deus.
3 Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual eu vos levo, nem andareis nos seus estatutos.
4 Fareis conforme os meus juízos e os meus estatutos guardareis, para andardes neles. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
5 Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles. Eu sou o Senhor.
Por exemplo, o novo testamento puxa esse gancho, em uma passagem polêmica do 1 capítulo do livro de romanos, as pessoas pensam que Deus fala sobre homossexualidade, mas não é isso.
O trecho isolado:
Romanos Cap. 1 | ARC
26 Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27 E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
O texto:
Spoiler :
Romanos Cap. 1 | ARC
18 Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;
19 porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
21 porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
23 E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
24 Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si;
25 pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!
26 Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27 E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
28 E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém;
29 estando cheios de toda iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;
30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe;
31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia;
32 os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.
Paulo está falando da idolatria e de alguns cultos característicos dessa idolatria, basta ver que alguns deuses romanos como o deus baco(equivalente a dionisio) nos seus cultos, rolava de tudo.
Note como ele fala sobre o fato dos home s transformarem a imagem de Deus em animais, como répteis, quadrúpedes, aves etc....
Uma clara referencia ao antropozomorfismo dos deuses egípcios é algumas divindidades da Mesopotâmia e tal, enfim, nada a ver com homossexualidade em si.
Lv 18
Depois de muitos séculos de paciência e expectativa Deus se cansa da atitude ímpia, pagã e absolutamente maligna demonstrada pelas sociedades que decidiram viver afastadas do temor de
Yahweh. As abominações da imoralidade das nações pagãs haviam chegado a um tal extremo que somente a ação do Juízo de Deus (destruição) era cabível: a medida dos amorreus se encheu (Gn 15.16). Por isso, Deus advertiu a Israel que tivesse toda a atenção e cautela em relação à obediência de suas leis, e não agisse como os cananeus. Afinal, como Israel era o povo escolhido de Yahweh, o Senhor esperava mais deles do que de qualquer outra nação gentílica (Dt 9.25-29).
Rm 1
1 Na antiguidade, toda carta grega seguia uma metodologia padrão de construção. A primeira parte (abertura) deveria identificar o remetente e sua saudação. Paulo se vale desta formalidade para apresentar-se da forma mais clara e ampla possível a uma comunidade de irmãos que ama, porém — até aquele momento — ainda não o havia conhecido pessoalmente, mas esperava fazê-lo em breve (At 9.1; Fp 3.4-14). A palavra grega original
doulos, derivada do verbo
deo (algemar, aprisionar), significa também: "escravo". Para um grego dessa época, essa era uma expressão de vergonha e rebaixamento, para os judeus, entretanto, desde Moisés, era a mais expressiva forma de se posicionar em adoração ao Rei dos reis, e um título de honra. Para Paulo faz questão de usar o vocábulo "Cristo" não apenas como nome próprio, mas especialmente como título do Filho de Deus: o Messias prometido, o Ungido). A expressão "apóstolo" tem a ver com o comissionamento dado a Paulo, pessoalmente, por Cristo (Mc 6.30; 1Co 1.1; Hb 3.1).
2 Esta é a primeira vez que a expressão "Escrituras Sagradas" aparece no original grego da Bíblia. Todo o AT profetiza a vinda de Jesus, o Messias; cuja vida e ministério são perfeitamente descritos no Novo Testamento (Lc 24.27-44).
3 Foi devido à desobediência deliberada de Adão, que o homem foi apartado da glória de Deus (Rm 3.23). Entretanto, é pela obediência voluntária e firmada na fé em Jesus Cristo que ganhamos reconciliação com Deus. A palavra "fé" neste contexto, não significa "fé em doutrinas", mas sim fé no Evangelho, ou seja, na pessoa do Cristo (o próprio Evangelho).
4 O sentido mais amplo da expressão original grega, aqui traduzida por "santidade", é separado para contínua adoração a Deus". Neste aspecto, todos os cristãos são "santos", pois foram sobrenaturalmente "separados" por Deus para servi-lo por meio do seu serviço espiritual diário e contínuo. A expressão tem igualmente o sentido prático de "um aperfeiçoamento espiritual" que ocorre todos os dias na vida dos crentes pela ministração do Espírito Santo que neles habita (1Co 1.2). A "Graça" é o favor imerecido de Deus; o SENHOR nos concedendo a bênção do seu chamado e proteção, ainda que não sejamos dignos. Enquanto "misericórdia" é a paciência longânime do SENHOR, que retarda a punição que nossas más intenções, erros e pecados merecem, na esperança de nossa conversão (Jn 4.2; Gl 1.3; Ef 1.2).
A "Paz" é a bênção da plena segurança e certeza dos cuidados paternos do SENHOR, mesmo em meio às mais graves tribulações e perdas (Jo 14.27; 20.19; Gl 1.3; Ef 1.2).
5 Paulo, apesar de todo o sofrimento, privações e humilhações pelas quais passou, sempre demonstrava um coração agradecido a Deus. Os cristãos têm toda a liberdade de chegar-se Deus — como Pai — por meio do sacrifício vicário de Jesus Cristo. Entretanto, não apenas para pedir, mas, sobretudo, para agradecer (Jo 15.16). Paulo costumava iniciar suas cartas com ações de graças (1Co 1.4; Ef 1.16; Fp 1.3; Cl 1.3; 1Ts 1.2; 2Ts 1.3; 2Tm 1.3; Fm 4).
6 Os gregos costumavam referir-se a todos os povos não-gregos, ou que não falassem seu idioma, como "bárbaros" (At 28.4). Paulo desejava conhecer a Igreja em Roma (predominantemente gentílica), ver como viviam na fé os novos convertidos, bem como compartilhar suas experiências e motivar os mais maduros para evangelização e o avanço missionário.
7 Jesus Cristo é também chamado de "o poder de Deus", indicando uma vez mais que o Evangelho é o próprio Cristo oferecido e recebido pelos crentes (1Co 1.24).
8 A expressão "de fé em fé", como aparece em algumas versões antigas, tem o sentido de "fundamentar-se na fé e apelar para a fé", na qual é enfatizada o aspecto de que a salvação não vem somente por intermédio da fé como também está à disposição de todos os que creem. No original grego, os vocábulos "fé" e "crer" possuem a mesma raiz. "Justo" refere-se à qualidade da pessoa justa, que não deve nada à lei. É um termo forense, ligado aos tribunais, e não diretamente relacionado à moral e à ética (2,13; 3.21-24).
9 Paulo começa a expor um dos principais pontos de seu ensino: a culpabilidade humana fundada na sua sistemática e pertinaz rejeição declarada a Deus. Falta amor e fé em Deus e esta postura produz uma espécie de desobediência que não decorre da ignorância, mas de um forte desejo de rebeldia contra o Criador e da vontade de se tornar o próprio deus dos seus atos. Ao expor a doutrina da justiça divina (1.17; 3.21 — 5.21), Paulo arma sua argumentação teológica que demonstra que todos os seres humanos têm pecados e, portanto, carecem da justiça misericordiosa que somente Deus pode outorgar. Demonstra a culpa e a vocação para o pecado, nos gentios (1.18-32) e nos judeus (2.1 — 3.8). Ou seja, todos nós pecamos e precisamos da purificação outorgada por meio do eterno sacrifício expiatório do Filho de Deus (3.9-20).
10 Nenhuma pessoa sobre a face da terra, mesmo que ainda não tenha ouvido falar uma só palavra sobre a Bíblia, em relação a
Yahweh (o nome de Deus em hebraico) ou quanto a Seu Filho, Jesus Cristo, pode usar como desculpa o fato de não conhecer o essencial de Deus, nosso Criador, e portanto, dever-lhe completa adoração e respeito às suas leis escritas na alma humana. Pois todo o Universo, dos elementos microscópicos às maiores dimensões cósmicas, revelam o poder e a sensibilidade de um Deus único, absoluto e perfeito (Sl 19). A "ira de Deus" não se compara às explosões de raiva demonstradas, muitas vezes, pelos seres humanos em todo mundo. A "ira de Deus" é santa e justam em repulsa ao menosprezo e rejeição dos seres humanos em relação à natureza a vontade de Deus. Do ponto de vista pragmático, a "ira de Deus" não se limita à condenação dos ímpios no Juízo final (1Ts 1.10; Ap 19.15; 20.11-15). Deus, observando a decisão humana de se afastar da sua presença e conselhos, entrega os pecadores à sua própria volúpia pecaminosa e à liberdade ansiada. Entretanto esses se tornam escravos de si mesmos e dos que pensam de igual modo. Deus remove as restrições divinas que protegem a humanidade dos piores sofrimentos decorrentes da libertinagem e das coisas mais horríveis (26,28; At 7.42).
11 As antigas sociedades gregas e romanas não apenas aceitavam o homossexualismo e a pederastia, mas exaltavam essas práticas como uma expressão de afeição superior ao amor heterossexual. As práticas homossexuais eram comuns também em todo mundo semítico; entretanto, para os judeus sempre foi uma abominação (Lv 18.22). A prática homossexual não é uma doença (podendo originar várias: mentais e físicas). É o resultado do pecado do afastamento de Deus ( muitas vezes influenciado — como todos os pecados — pelos ardis do Diabo e seus demônios). E isso, ocorre por vários motivos, entre eles, está o fato de tirarmos Deus do seu trono de comando em nossas vidas e entronizarmos o nosso próprio "Eu" com a mais elevada carga de arrogância, egoísmo, mágoas e vaidades. Assim como o alcoólico fumante, pornógrafo, drogado, mentiroso, fofoqueiro, desonesto, e tantos outros tipos de viciados, a Igreja deve atrair e tratar com carinho especial toda pessoa desejosa de libertar-se de uma vida mundana, vazia e desregrada. "Tudo é possível ao que crê!" (Mc 9.23; Mt 19.26; Lc 18.27).
12 O Afastamento de Deus produz um tipo de "disposição mental reprovável", ou seja, um favorecimento ao surgimento de ideias e pensamentos cada vez mais avessos à vontade de Deus e o bom senso. Um grande pecado sempre tem início com uma singela ideia ou pensamento que, depois de algum tempo de sórdido agasalhamento, da origem a práticas maléficas ainda que pareçam prazerosas a princípio. Paulo nos adverte para um tipo ainda mais ímpio de pecador: aquele que aplaude o erro e o mal cometido pelo seu semelhante. Hoje em dia, é comum vermos difundidos, especialmente pelos meios de comunicação, elogios de todo tipo a atitudes claramente contrárias à vontade de Deus reveladas nas Sagradas Escrituras.