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[Vários] À sombra de Amun

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Crombel olhou para Seth e deu um discreto sorriso maligno após ouvir que "pessoas desaparecem" na ilha. O sexto sentido de um assassino experiente deve ser levado em conta, o ambiente era perfeito para tráfico humano e se somar com as lendas e climas dessa ilha, não há lugar mais lucrativo no ramo de escravos na Grand Line que essa ilha.

Enquanto estava sentada no balcão aguardando seu pedido, refletia nas palavras do barman. Tem uma base da marinha nessa ilha e eles não resolveram o caso de pessoas desaparecendo, isso significa duas coisas: eles estão ajudando quem está raptando as pessoas ou eles mesmos estão fazendo isso, é possível que a própria marinha esteja enviando escravos para os Tenryuubitos ou para outro lugar. Esse toque de recolher é inútil se a causa dos desaparecimentos não for resolvida, então basicamente é uma medida para a população achar que eles estão fazendo alguma coisa quando na realidade eles mesmos que estão raptando as pessoas. O prefeito pode muito bem estar por trás disso, em conjunto com a marinha.

Seus pensamentos foram interrompidos pela chuva que aumentou, fazendo o barulho dos vidros se destacarem do som do lugar. Não tardou muito e seu pedido chegou: uma boa carne, uma boa cerva espessa e espumante e o chocolate para se acalmar depois. Uma pena não terem Hershey por essas bandas. Assim que terminou de comer pegou seu chocolate e foi olhar o quadro de avisos, que não tinha nada de importante, nele continha apenas alguns chamados de recrutamento da marinha e pessoas desaparecidas. Escutando as conversas percebeu que estava tendo uma queda nos desaparecimentos e isso fez a boa doutora notar que seu pensamento anterior não estava correto, a marinha e o Frank Stein estavam de fato combatendo os desaparecimentos e isso significa que há uma terceira parte envolvida. Para os negócios da Hórus progredirem na ilha Crombela teria que fornecer pessoas para quem estivesse capturando, tornar mais fácil a captura de pessoas na ilha ou eliminar quem está dificultando a vida de quem captura.

Fornecer pessoas para quem estivesse capturando não era uma boa escolha, isso resultaria em uma logística de entrada e saída de pessoas da ilha e isso não seria tão difícil de ser notado ou interceptado, porém ainda seria possível. Tornar mais fácil a captura de pessoas é basicamente usar os serviços da hórus para o beneficio de quem está raptando, a organização seria subordinada à pessoa que faz os desaparecimentos e não é o que Crombel tem planejado. A Hórus terá o controle e a outra parte será subordinada, no máximo ambos no mesmo patamar de controle, mas logo seria resolvido assim que a organização crescer e tomar o controle total.

A ultima opção era a ideal: eliminar quem está resolvendo os problemas de desaparecimento, pois engloba todas as opções anteriores. Fazendo isso a Hórus poderia fornecer mais pessoas através do tráfico e facilitar a captura dentro da ilha. Tendo isso em mente o alvo estava claro, Frank Stein e Marinha. O problema agora era encontrar a terceira parte que faz os desaparecimentos.

Contou seus pensamentos à Seth sem ninguem ouvir - Vou procurar o responsável. - Disse ao gato pelado e Jhon, logo em seguida sairia sozinho. Jhon não era envolvido com a hórus e não precisava saber dos detalhes, andar com Seth era atestado de dar merda, alguma coisa seria explodida. Crombel preferia recolher informações nas sombras e sorrateiro, com seu hdo mais desenvolvido dificilmente alguma coisa o surpreenderia.

Crombel ficou por cinco noites explorando a ilha, procurando informações sobre uma terceira parte. Nisso lutou contra lobisomens, vampiros, zumbis e fantasmas, todos eram muito fracos porem bons em se esconder e fugir. Na quinta noite, de volta à estalagem, a boa doutora contou a Seth uma história que escutou de um fantasma, era claramente uma mentira, apenas para assustar o gato pelado.

- Seth, lutei contra lobisomens, vampiros, zumbis e fantasmas... mas teve uma fantasma em especifico que me contou uma história interessante, sobre seu passado quando era viva - como havia pedido uma bebida e estava fumando seu charutão, deu um gole e encarou o gato, com semblante sério e sombrio - Ela era uma mulher que foi seduzida por um padre... o pessoal da ilha descobriu e amaldiçoou tanto o padre quanto ela. O clero da igreja não conseguiu conter o ódio do povo e acabou queimando ela na fogueira para apaziguar a situação. O padre disse que ela que seduziu ele e por ter sido fraco foi apenas expulso da igreja - Fez uma pausa dramática - Com ódio da situação, mesmo depois de morta, ela volta para se vingar do padre e do povo da ilha - Fez uma outra pausa - Tambem encontrei um lobisomem que come gatos...

Quando estava prestes a começar a história sobre esse lobisomem que come gatos chegou uma carta com um selo pomposo e bem feito, como Crombel viveu em um reino até a fase adulta sabia que era de um nobre. Ao abrir a carta e ler seu conteúdo, Crombel deu apenas um sorriso de canto de boca - Como dizem no North Blue: se Maomé não vai até a montanha, a montanha vai até Maomé...

A boa doutora sabia onde era o castelo do Conde Dracon Akula, havia visto ele de longe durante suas explorações noturnas e iria parar por lá, cedo ou tarde. Assim que se aproximou do lugar os portões abriram imediatamente, sem precisar bater palma, tocar campainha ou gritar o nome de alguém. Seguiu o caminho de pedra e logo deu de cara com um mordomo, seguindo-o logo em seguida. Em poucos instantes estavam em um salão, sentados em uma mesa esperando o conde com chá à disposição.

Crombel não gosta de chás, ou é café ou bebida, porem a situação solicitava uma etiqueta e ele teria que vestir essa carapuça. Apenas tomaria o chá na presença do Conde, havia chances do chá conter outro tipo de erva, nenhum assassino chega em um lugar que já tem bebida servida e toma.

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Toda a trupe entrou na estalagem. Felizmente para Jhon, haviam quartos, o cochilo estaria assegurado. Sobre a pergunta do toque de recolher o homem mudou de um tom animado para um mais sombrio. - Desaparecimentos dos habitantes... Entendo. Obrigado pelas respostas. - Jhon não ligava muito para esse papo de maldição, mas se pessoas estavam desaparecendo, o pirata se incomodava. Jhon conhecia os sujeitos que andavam com ele, observou de canto de olho as ações de Edwarda após ouvir a resposta dos desaparecimentos. Já imaginou o tipo de negócio que ela gostaria de fazer na ilha.

Enquanto ela agiria para encontrar e negociar com o culpado, Jhon passou os mesmos dias vagando em busca do culpado para matá-lo antes que Edwarda e ele se encontrassem. Deu de caras com criaturas de contos de fadas, mas felizmente nenhum era um problema que a força bruta não resolvesse. Na quinta noite depois de buscas em vão, o grupo recebeu um convite do único nobre da ilha. " Será ele o culpado que procuro? Se sim, isso é péssimo, eles vão se encontrar antes que eu possa dar cabo dele. " - Pensou.

Chegaram em uma mansão tirada direto dos contos de vampiros. Um sujeito no mínimo estranho, era o mordomo que os receberam. - Não sei vocês, mas esse cara parece meio morto. - Cochichou entre eles. O mordomo os guiou até o local onde aguardariam o tal conde, os deixando com um chá. - Bebam a vontade, depois de vocês eu experimento. - Resolveu esperar pra ver se era uma armadilha. Manteria seu haki da observação ativo por precaução e começaria a pensar em um novo meio de prejudicar a Hórus.

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O clima de fato era favorável para a fama da ilha: aterrorizante, gato não gosta de chuva e Seth não fugia a regra, alia isso a fantasmas e tudo ficava pior. Porém, o clima dento da taverna era bom com a cerveja agradável e o porco de cheiro impar e sofisticado, porém nada que o gato não tratasse de melhorar adicionando mel, ingrediente esse que usava mais por gosto próprio do que seus conhecimentos culinários. Entendeu um pouco do que acontecia na ilha e não deixou de pensar que eram abduções de alienígenas, pois se não bastassem assombrações, alienígenas também eram parte do cenário... Mas tirar proveito disso seria bom, principalmente pelo doutor estar motivado em procurar. Homens sentem medo de assombrações, mulheres não.


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Não, o gato não saberia como era andar a noite pelas ruas da ilha, pois simplesmente metia o louco e fica a mimir em seu quarto confortavelmente. Não é medo, que fique claro, é apenas respeito pelo desconhecido que pode ou não existir, o gato tinha curiosidade sobre isso? Nenhuma, então para ele era muito prático simplesmente dormir a noite e sonhar com tudo que é assombração. Durante o dia tentava ser ativo em buscar informações para sua organização, porém chegavam 18h ele se enfurnava na taverna ensinando os locais a beberem uma boa bebida e melhorando a comida deles. Em uma das noites particulares a mulher de benga falava sobre uma de suas aventuras, o gato mantinha sua pose de chefe mafioso, mas leve calafrios lhe tomavam.

- Essas coisas são sérias... Eu fiquei sabendo de um samurai forte e destemido que era curioso sobre o mundo... Ai, não sei o que aconteceu, ele foi parar em um navio fantasma cheio de bizarrices... Hoje em dia falam que ele ficou louco e entregou seu corpo a outra pessoa. - Seth era sério, pois o assunto era sério. - Assombrações são um assunto sério, eu não tenho medo, mas se um dia eu sentir medo, destruo tudo ao meu redor. -

Por fim, por forças maiores, foi obrigado a sair a noite pelo bem da sua organização. Na mansão tudo que pensava era no clima de terror que o local proporcionava, o que acabou se concretizando com a figura que aparecia em sua frente. - Agora você tem senso de humor tigre do cacete. - Comentou entrando na mansão e observando as coisas ao seu redor. Novamente, não tinha medo, mas tinha respeito por onde estava, então qualquer coisa que lhe desse medo, iria receber fogo. Por fim foram levados até uma sala aonde aguardariam o anfitrião.

- É serio, se por aquela porta aparecer a porra de um vampiro tipo Drácula fazendo "blablabla" por que isso é o que vampiros fazem, eu vou ficar revoltado e tacar fogo em geral. - Seth resmungava com os dois ao seu lado enquanto pegava a xícara e tomava sem muita demora. Faria primeiro demonstrando não ter medo, ou por confiar nos seus dotes culinários que o avisariam de algum veneno, ou por que era maluco mesmo.
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