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[Baccarat Palace] The Snake's Lair

3 participantes

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1º Turno
19h12 ☁︎ ☾ - 21º



Mar do Novo Mundo - Arredores do Baccarat Palace
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Depois de uma rápida passagem por Loser's Town, Yoshizawa Hemumu se viu presa em uma rotina de pequenas e simples missões pelas demais ilhas daquela rota da Grand Line. Suas tarefas variavam entre a execução de alvos específicos, até simples atos de reconhecimento e espionagem, mas nenhuma dessas missões parecia minimamente desafiadora ou marcante para a garota que agora se via em um nível onde era capaz de peitar qualquer marmanjo genérico da Grand Line. Para alguém que carregava o destino de um clã inteiro, aquele senso de que estava perdendo tempo com 'tarefas mundanas' era inevitável. Afinal, enquanto estivera ocupada com aquelas tarefas de nível genin, grande parte do alto escalão Spades lutava contra uma das maiores ameaças que o mundo ninja já viu. Mesmo que não demonstrasse muita preocupação com o incidente, era simplesmente impossível escapar dos boatos espalhados pela Voz do Polvo. Histórias sobre uma batalha de proporções épicas, onde todas as grandes forças do mundo tiveram que se unir para salvar o mundo e as próprias ambições.

Foi apenas meses depois de ter deixado Loser's Town, quando seu treinamento parecia ter estagnado de forma preocupante, que um novo raio de luz brilhou sobre os olhos da jovem kunoichi. Tratava-se de uma ligação direta de sua mais estimada sensei, Nine. Talvez devido as várias consequências da batalha, a às de paus possuía uma voz menos robótica, ligeiramente melancólica, mas como sempre, seu profissionalismo e pragmatismo a impediam de se desviar do assunto em questão: uma nova missão. Por motivos desconhecidos, a primeira ligação se resumiu a breves instruções do que deveria fazer no primeiro momento, para onde deveria ir, e com quem deveria falar. Embora os detalhes continuassem sombrios, se tratando de uma missão designada diretamente por sua sensei indicava uma clara importância e, talvez mais importante, reconhecimento com tudo o que tinha conquistado. Afinal, eram raras as situações em que um Às mostrava algum interesse por um Lower Spades.

Seguindo as instruções de Nine, a garota pega carona em um navio mercante e alcança Gianect Island, onde sua verdadeira embarcação a aguardava. O barco que outrora pertenceu a um Royal Spades famoso por causar problemas, passou de dono após o infeliz desaparecimento do mesmo e a falta de interesse de qualquer pessoa que ousasse ir atrás dele. Hoje, a capitã e navegadora responsável pela tripulação era a Royal Clubs conhecida como Meylin, uma jovem e simpática garota que aspirava se juntar a tripulação de Nine algum dia. Ela e o par de gatos que a acompanhavam para onde quer que fosse eram o coração da tripulação, responsáveis por coordenar todos os Lower Spades e manter a moral do grupo alta. Era um grupo pequeno, composto por rostos com quase nenhuma recompensa sobre suas cabeças. Pessoas que, assim como Meylin e Hemumu, gostariam de corresponder às expectativas da Às de Paus.

Para os desinformados que não sabiam nada sobre o destino da viagem, aquele sigilo exagerado e a presença de rostos inexperientes poderia soar, no mínimo, estranho. O palco da vez seria o Baccarat Palace, uma famosa ilha artificial do Novo Mundo que aparentemente surgiu, literalmente, do dia para a noite. Para Yoshizawa, aquela era uma oportunidade de ouro para avançar com seu treinamento, pois era nessa região do mundo onde as pessoas mais fortes se reuniam normalmente.

Entretanto, a viagem para alcançá-lo também se mostrou longe do agradável. Após uma rápida parada para reabastecerem e revestirem a carcaça do navio em Sirenharbor, a tripulação seguiu pelas famosas rotas subaquáticas por mais tempo do que gostariam. Nenhum dos presentes estava acostumado a navegar por mares tão agitados, ainda mais a 10km de profundidade. Não fosse o pensamento rápido e as instruções claras de Meylin, era possível que a missão terminasse antes mesmo de ter começado oficialmente. Ao que retornaram para a superfície tiveram um momento de respiro, mas em momento algum o oceano se mostrou pacífico. Grandes tempestades e correntezas agitavam as águas, atrasando e dificultando mais a viagem.

Devido a sua... condição, Yoshizawa acabou livre da maior parte do trabalho braçal que geralmente envolvia se expor ao Sol para ajustar as velas e limpar o deck. Ao invés disso, a capitã achou mais interessante apontá-la como a médica da tripulação, que naquela viagem realmente era necessária. Muitos eram os tripulantes que sofriam com enjoo e febre alta devido às súbitas e recorrentes mudanças climáticas que faziam a embarcação e a temperatura oscilar constantemente, mas, talvez devido a inexperiência e imaturidade da maioria, também haviam os curiosos recrutas que fingiam sintomas só para se aproximarem da médica conhecida como Kunoichi Despeitada. Afinal, o quão ruim poderia ser a situação de alguém que foi capaz de conquistar um titulo como esse?

Alguns dias depois da passagem por Sirenharbor, Hemumu ainda estava sozinha em sua cabine quando ouviu ao alerta do Den Den Mushi.

- Boa noite, Yoshizawa. - A voz impassível que ecoava através da linha era inconfundível. Naquela noite, a voz de Nine era calma e bem polida, talvez até meio exageradamente - Me foi informado que vocês já estão próximos do Baccarat Palace. Eu já repassei algumas instruções para Meylin, mas antes de seguirmos para o tópico principal, existe um assunto que eu gostaria de discutir em particular com você. - Fora da cabine, começou a reverberar o som de pessoas correndo diante do bradar de ordens da capitã, aparentemente referentes às últimas preparações para se aproximarem e atracarem na ilha - Graças ao rastreador que você colocou em Maximillion, um dos agentes que ficou a cargo de espioná-lo relatou que vários zumbis criados pela Kage Kage no Mi foram despachados para o Baccarat Palace por algum motivo. É possível que sua sombra esteja entre eles.








Baccarat Palace - ???
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Mesmo após a conclusão da operação de Ithil'thol, Kobayashi continuava preso naquela dimensão estranha. Não havia qualquer coisa que referenciasse passagem de tempo naquele lugar, não havia dia ou noite, não fazia calor ou frio. De certa forma, era como se todo aquele corredor tivesse parado no tempo, e por mais que fossem a exceção, o delinquente e sua contraparte não tinham nenhuma forma de passarem os dias que não envolvesse 'lavar a roupa suja'. Sem qualquer pista ou ideia do que fazerem, os dois começaram um ciclo onde após alguma provocação genérica de algum Kobayashi, uma briga se iniciava e só terminava horas depois, quando ambos já nem lembravam mais o motivo de terem começado a trocar socos.

Era bizarro como, mesmo depois de tanta briga sem sentido, nenhum dos dois apresentava cansaço ou ferimentos. Havia algum propósito em continuar brigando se seu oponente não sentia dor? Não era como se estivesse se exercitando, afinal, o corpo dos dois permanecia totalmente inalterado, algo que era facilmente perceptível uma vez que ambos só vestiam as roupas de baixo. Os estudantes não se cansavam, não sentiam sede ou fome e muito menos vontade de ir ao banheiro (se é que havia algum naquele lugar).

Foi então que, ao acordar depois de um longo dia de brigas sem sentido, Kobayashi se viu em um cenário totalmente diferente. O choque era imediato, pois pela primeira vez em meses ele foi capaz de ouvir algo que não envolvia sua própria voz ou o som do bater de carne. Não era o som de pessoas, mas o de vento passando e o gotejar de água escorrendo pelo teto. Caso tentasse se beliscar para saber se estava delirando, poderia até mesmo sentir dor novamente. Seu colega de quarto delinquente, porém, havia retornado ao interior da sua alma e não possuía mais forma física, por qualquer que fosse a razão. Entretanto, seria Kobayashi capaz de contê-lo sem Lou por perto? A cadela havia sido deixada aos cuidados de seus companheiros Spades e sabe-se lá o que ocorrera com eles.

Sem a menor ideia da situação onde estava, só lhe restava explorar o novo ambiente. Diferente do Yomotsu Hirasaka, aquele 'galpão' antigo possuía duas portas que levavam para caminhos distintos, e, se quisesse uma abordagem não convencional, poderia remover as ventoinhas e se aventurar pela ventilação do local. As portas não possuíam indicação alguma de para onde levavam, mas além de uma delas era possível escutar o som de passos lentamente se aproximando do galpão onde estava.








/Off


Devido a situação de cada um, os dois se encontrarão em algum momento em turnos futuros.

- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] pode narrar a introdução como quiser. Eu parei o turno antes de chegarem na ilha pra dar bastante espaço para desenvolvimento do que pode ter acontecido na viagem do seu PoV entre Losers Town e o atual, e também pra dar margem para você conversar alguma coisa com a Nine. Me foi informado que a passagem por Sirenharbor, mesmo que rápida, é importante, mas eu pessoalmente não ligo muito pra isso, trate como quiser.

- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] mesma coisa, só fazer um turno desenvolvendo o que o Kobayashi fez nesse tempo de isolamento com o delinquente (referente a forma como ele terminou a campanha), e o que ele fará agora que voltou para o mundo real. Você está abandonado, afinal, sem roupas, cachorro ou companheiros por perto. Vale ressaltar algo que eu já disse também que suas tonfas rank-b não foram destruídas e elas continuam com você, elas só foram danificadas. É possível usá-las, mas dependendo de como você fizer elas inevitavelmente serão destruídas.

Qualquer dúvida é só entrar em contato xau

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Spoiler :


O parada na ilha arbórea serviu apenas para conhecer Meylin e arranjar uma das minhas ferramentas ninjas mais importantes: uma bomba de fumaça. Após isso, segui viagem em um barco BEM diferente - é normal que os barcos sejam pontudos e afiados como uma espada? Mas o fato de termos uma criança cheia de gatos liderando a missão me preocupou mais do que outra coisa. Não teria como agir de forma discreta com os helicópteros da polícia por cima querendo salvar a vítima de trabalho infantil. Mas duvidar de Meylin é o mesmo que duvidar do julgamento da Nine-sensei, então afastei esses pensamentos da mente.

Percebi que a minha senpai estava dando um empurrãozinho no meu treinamento, considerando que minha missão não seria executada ali, mas em um lugar que eu nunca ouvi falar do Novo Mundo - Baccarat Palace. Não foi no Novo Mundo que vieram os boatos dos últimos trabalhos da Nine em pessoa? Estaria ela me reconhecendo como alguém forte o suficiente para deixar a Grand Line para trás e me aventurar num lugar lotado de gente forte? Acho que sim.

A partir daí, fui deixando meu conhecido e seguro mundo para trás, até porque o barco precisou afundar pra gente chegar em uma ilha debaixo do mar e dentro de uma bolha: Sirenharbor. A passagem por lá foi bem rapidinha e Nine pediu para que eu tentasse melhorar meus equipamentos de alguma forma - o Novo Mundo era um lugar que punia quem não se preparava para ele. Ou foi isso que eu li nas entrelinhas de seu comando pra procurar algum ferreiro.

Entrei em uma discussão com um tritão ferreiro mal humorado, que se recusava a melhorar minha tantou porque eu fugia e muito do padrão da minha espécie. O fato de eu ter visitado o estabelecimento no meio da madrugada pode ter ajudado em sua irritação, mas vai me dizer que virou crime ter um peito só? Depois de envolver uma quantidade significativa de outros homens-peixe e sereias, venci com alguém falando que  “somos todos filhos da Mãe”. Não sei bem o que pensar sobre isso, ainda mais porque minha mãe foi uma grande ninja. O que importa é que consegui refinar meu bem mais precioso: a tantou que herdei do meu clã. Com a melhoria, esperava desenvolver um jutsu novo muito em breve.

O resto da viagem seguiu em águas caóticas, tanto abaixo quanto acima do mar. O fato dos curiosos que se fingiam de doentes pra dar uma olhadinha na suposta Kunoichi Despeitada acabou sendo resolvido com algumas ameaças sobre decepar membros pra eles passarem pela experiência em primeira mão. Durante o dia eu costumava dormir escondida de tudo e todos no depósito, que era um dos lugares mais escuros e livres da luz do dia que eu poderia encontrar por ali. Durante a noite, eu passava pelo barco tratando os doentes, ou recebendo-os em um dos quartos livres.

No tempo que sobrava, eu explorava o lugar. Não era sempre que eu estava a bordo daquele tipo de embarcação, principalmente uma que pertenceu a alguém problemático e relevante da Spades. O último cômodo que entrei foi um quarto cheio de itens escolares - cadernos, livros, canetas, lápis e uniformes. Pelo tamanho, dava pra entender que era o quarto principal. Será que Meylin estava de férias da escola? Não vi outro sentido para o material estar lá. Pelo menos a menina estava recebendo a educação básica. Será que Nine-sensei ajudava nos seus estudos?

Retornei pro cômodo que usava para receber os necessitados de atendimento médico. Essa foi uma das únicas noites que não fui necessária, então aproveitei o tempo livre para organizar meus equipamentos. Só que estava fazendo isso de cabeça pra baixo, óbvio - não era típico de mim deixar passar oportunidades de treinamento. Só que, mais uma vez, fui surpreendida pelo den den mushi tocando. Aguardei a quantidade habitual de toques e tirei do gancho no oitavo:

– Moshi moshi! – A conhecida voz da Nine-sensei saiu do aparelho, e o den den mushi foi assumindo a expressão facial que ela portava. O tom da sua voz estava mais próximo do que eu lembrava antes da última ligação, e o conteúdo da mensagem me pegou de surpresa. Óbvio que eu sentia falta de aparecer em um espelho ou ter uma sombra. Tanto tempo havia passado desde o incidente que eu já estava tendo dificuldades em criar uma autoimagem. Se não fosse meu cartaz com um retrato falado, eu nem saberia mais como estava minha aparência.

– As sombras estão fazendo algo que a Spades deva se preocupar? – Perguntei, imaginando que minha sombra poderia estar causando problemas pro clã da Spades. Seria ela tão traidora a ponto de estragar minha relação com a sensei? Precisava dar um bom castigo e selar essa desgraçada em mim de volta se isso fosse verdade. – O líder do clã Nara… ele está em Baccarat também? – Apertei o cabo da tantou com força e notei a minha voz assumir um tom mais frio do que o habitual. Lembrar ou mencionar Maximillion ainda não era a coisa mais fácil de se fazer. Será que eu estava pronta para enfrentá-lo? Acho que não. Mas eu não conseguiria me perdoar se não tentasse. – Posso compartilhar essa missão ou ela é só minha? – Era algo importante pra manter a discrição (e evitar que eu desse com a língua nos dentes enquanto me apresentava por aí).





[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] o que tá fora do spoiler foi o que ocorreu pós Gianect, que tem relevância até certo ponto. Se tiver de saco cheio, basta ler os 5 últimos parágrafos.

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「A história a seguir começa em um pequeno orfanato cuidado por uma igreja local, pequena, sem muito apoio do governo. Apesar do número de crianças, as irmãs conseguiam lidar bem com os problemas do dia-a-dia, sempre arrumando espaço para cuidar de mais um que fosse abandonado na entrada do orfanato. Lá, um belo dia–」 …hã? Que merda cê tá inventando agora, maldito? 「Light Novel. Conhece?」 …erm, aqueles livros com imagens? E daí? Você vai escrever uma história minha? 「*Arf* É por isso que você nunca foi popular com as garotas, Kobayashi. Você não tem o ROMANCE na mente. Só músculo e brigas. Entende? Light Novel não é só um “livro com imagens”, atualmente…☝🤓

O Delinquente ser o que chamam de “otaku” para coisas envolvendo animes, visual novels, light novels e etc era algo que eu realmente não esperava ter descobrido nesse tempo que passamos “juntos”. Tivemos bastante tempo, mais até do que eu queria ter passado vendo eu mesmo agir de uma forma completamente diferente da qual eu to acostumado. Eu preferia no começo quando ele estava determinado a me derrotar para se tornar o verdadeiro Kobayashi, mas depois que todas as nossas lutas não deram em nada, no sentido de que nenhum ficava cansado, exausto, ferido ou apto de admitir a derrota, simplesmente desistimos. Conversas fiadas, lembranças de lutas passadas e momentos de nada foram o que mais rolaram. Eu sinceramente esperava que o Delinquente fosse querer aproveitar melhor aquela situação onde ele não vivia apenas na minha mente, mas, pelo visto, algo não “normal” para ele não prestava.

Cansado de mais um longo dia sem nada, novamente me deitei, sem me preocupar com o que realmente estava acontecendo ali.

Meu próximo despertar, porém, fora diferente do qual eu vinha repetindo por sabe-se lá quantos dias.

De imediato eu pude notar que não estava mais naquela sala roxa onde nada existia. Me levantei de uma vez só, podendo notar sensações e ouvir coisas que eu já havia quase esquecido o que significavam. Eu estava numa espécie de galpão, repleto de caixas e outros itens guardados quase esquecidos. Havia muita coisa para eu pensar naquele momento e, de alguma forma, parece que o Delinquente ainda estava dormindo, o que significava que eu teria finalmente um momento de paz.

- Vamos lá, Kobayashi. Pense! O que irei fazer? Primeiro, preciso descobrir onde estou. Segundo, preciso descobrir o que aconteceu com a Spades após eu ter sido capturado. Terceiro, preciso de roupas. Quarto e o mais importante, preciso achar a Lou. Ok, irei ignorar todas as três primeiras e focar na quarta! - Confirmei a mim mesmo com um tom sério de decisão.

Me aproximei das portas que pareciam levar para o lado de fora daquele local e, antes de sair, pude ouvir sons de passos se aproximando. Primeiramente observaria para qual lado aquelas portas abriam, se era para dentro ou para fora. Se fosse para fora e caso ela fosse aberta, procuraria uma pilha de caixas para me esconder momentaneamente, apenas para eu descobrir quem estava se aproximando do local. Caso fosse para dentro, me esconderia atrás de onde a porta seria levada, também com o mesmo objetivo acima. Se os passos seguissem direto, esperaria eles desaparecerem para tentar abrir a porta e seguir o caminho contrário de onde vieram.

Como eu havia sido capturado por alguém da marinha, não seria nada estranho aquela ser uma basa deles - mas isso não explicava o motivo de eu estar pelado e largado num depósito qualquer como se fosse uma caixa de jornal velha. Se eu era um ‘refém’, não deveria estar numa cela devidamente trancada? Ou será que isso tem a ver com a dimensão onde eu estava antes? Não parecia que eu teria respostas ali, então, por hora, buscaria informações sem me revelar.

- Kobayashi espião ninja infiltrado da Spades, missão, começar! - Comentaria baixinho, pensando se para agir como um ninja não teria sido melhor eu ter estudado um pouco sobre antes.

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2º Turno
19h15 ☁︎ ☾ - 21º



Mar do Novo Mundo - Arredores do Baccarat Palace
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- Nós perdemos contato com as sombras quando elas zarparam. - Impassível, a Às de Paus começa a responder calmamente como se já estivesse esperando por uma pergunta dessas. Era difícil dizer o que se passava na cabeça de Nine graças à sua voz quase que totalmente alheia às próprias emoções e às reações caricatas de Yoshizawa, mas por algum motivo, desde os acontecimentos de Pthumerias ela tem parecido cada vez mais distante. Naquela noite em particular, pelos sons de teclas sendo pressionadas e pessoas correndo do outro lado da linha, era possível presumir que sua atenção também estivesse sendo dividida entre múltiplas tarefas - Maximillion não está nessa ilha. Aparentemente os zumbis estão sendo comandados por um serviçal dele, mas nós não sabemos o que estão fazendo, quais são seus objetivos ou o porquê de terem optado por uma estratégia dessas.

Para a Kunoichi em treinamento que tinha plena ciência da força descomunal de Maximillion, aquela era uma oportunidade de ouro. Talvez, a única chance que teria para recuperar sua sombra sem precisar lidar diretamente com o líder do clã Nara. Conhecendo o mundo ninja, era evidente que esse assunto não era visto como uma prioridade, mas ainda sim sua sensei lhe mostrava magnanimidade ao confiar aquele tipo de informação que poderia acabar desviando-a de sua missão principal. Talvez este seria o teste que precisaria enfrentar para passar para se mostrar digna de missões de rank maior? Seria isso parte do famoso Chinin Shiken? Uma resposta para isso não era necessária.

Depois de alguns segundos com a linha muda, Nine voltaria a falar de onde parou como se nada tivesse acontecido:

- ... De qualquer forma, a localização alvo deles me chamou a atenção. Apesar de terem um objetivo nessa ilha, eles escolheram se hospedar em um resort menor, no extremo oeste do Baccarat Palace, enquanto a maioria dos problemas e suspeitas geralmente giram entorno do hotel-cassino gigante. A missão de todos vocês será investigar tanto o resort que eles escolheram, quanto seus hóspedes. Qualquer informação sobre os movimentos e objetivos da Wyldcards ou da Cipher Pol é de extremo valor e importância. - Anunciou, dando margem para que a garota se expressasse com dúvidas ou comentários a respeito da missão - Eu já avisei Meylin disso, mas todos vocês tem autonomia para agirem como julgarem melhor. Embora seja impossível prever o que acontecerá quando vocês chegarem lá, esta ilha é conhecida por ser palco de várias brigas envolvendo dinheiro e drogas. Piratas de vários tipos e idiotas das mais diversas raças são comuns. Vocês tem permissão para matar quem quer que tente impedi-los, mas tenha em mente que essa é uma ilha perigosa para se perder em brigas... - Após uma última explicação, Nine finalizaria a transmissão em um tom meio nostálgico, provavelmente com um leve sorriso de canto - Depois daquela missão em Vintoria, tenho grandes expectativas para você, Yoshizawa. Aguardo boas notícias.

Ao que a ligação se encerrou, Hemumu poderia notar o navio oscilando ao atracar no porto do Baccarat Palace. Do lado de fora, várias ordens eram bradadas para a tripulação que já se preparava para o desembarque. Apesar da viagem sofrida, naquele momento todos pareciam animados e energéticos, prontos para se provarem naquela importante missão.








Baccarat Palace - ???
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Após despertar numa espécie de galpão, Kobayashi tenta colocar o cérebro para funcionar pela primeira vez em muito tempo. Agora que sua contra-parte "inteligente" parecia ocupada demais com a cultura de uma peculiar ilha chamada Japão, o rapaz que não fazia a menor ideia de qual porta levava para a saída mais próxima (se é que havia uma), se vê uma complicada situação onde errar claramente não era uma opção. Afinal, se aquilo fosse realmente parte da escola inimiga, haviam grandes chances das mesmas pessoas que lhe humilharam brutalmente também estivessem ali em algum lugar. Agora, sem companheiros e com poucos recursos, suas chances contra eles obviamente não seriam melhores, apesar do tempo que acabou passando "treinando" seu corpo com o delinquente.

De qualquer forma, sem indícios óbvios de para onde devia seguir, suas chances provavelmente não melhorariam se continuasse ali parado.

Ao perceber a aproximação de alguém, Kobayashi se esconde atrás da porta que seria aberta em poucos instantes. Ao que a porta se abriu, o jovem estudante se depara não com um humano adentrando o cômodo, mas com um dos androides que tinha visto naquela fatídica noite em Ithil'thol, parte da tropa particular de Vladimir. Enquanto aguardava por uma janela para escapar sem ser percebido, percebeu o robô vasculhando um veículo estacionado no centro do galpão, similar a um carro de luxo digno do diretor daquela escola. Após alguns segundos, ele pareceu retirar algo de um dos compartimentos próximos ao volante, fechou a porta do veículo e saiu pela segunda porta logo em seguida, sem dar qualquer indício de ter percebido o mestre do stealth, Kobayashi.

Após certificar-se de que tinha caminho livre, o jovem estudante atravessa a porta de onde veio o androide e se depara com um grande corredor. O lugar era enorme e nitidamente tecnológico, provavelmente parte do clube de ciências daquela escola, mas também parecia meio surrado, talvez pela idade do lugar? Aquele não parecia ser um setor muito movimentado, pois apesar de haverem várias salas e caminhos que levavam para outras partes da escola, ninguém pudera ser visto num primeiro momento. Entretanto, após caminhar pelos corredores por alguns minutos, Kobayashi pôde encontrar algumas informações interessantes:

Em uma sala próxima ao galpão de onde saiu, havia o que parecia ser uma planta daquele setor onde estava. Como o experiente navegador e perito em escolas que era, o Kurasu Iinchou logo percebeu que escapar dali não seria tão simples. O lugar era enorme e dividido em vários setores que alguém com o seu QI jamais saberia decifrar o significado ou a utilidade de tais cômodos. Porém, mais a noroeste ele perceberia algo que era universal para todas as línguas, algo que até mesmo um idiota como ele era capaz de compreender: o famoso homenzinho-palito-verde correndo.

Para chegar neste ponto, porém, ele precisaria passar por uma série de salões mais próximos do centro da escola. No caminho, haviam vários cômodos e salões monitorados por câmeras de segurança e algumas salas que ele era capaz de identificar pela escrita óbvia como sendo: 2 vestuários, enfermaria, laboratório e depósito 1. Pelo que pôde reparar nesse breve momento vasculhando os arredores, Kobayashi também poderia concluir que, quanto mais fosse para noroeste, maior seria a segurança que encontraria. Por enquanto não haviam pessoas por perto, mas era provável que fosse apenas questão de tempo até que se deparasse com pessoas ou outros robôs e câmeras.

Mapa e informações :









/Off



- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] como dito durante a mestragem, você tem carta branca para agir como quiser, isso incluí jogar com NPCs lhe auxiliando ou sem. Você pode postar planejando seus próximos passos, buscando ajuda com NPCs ou itens que possam úteis e tenham no navio. Desde que seja criativa, coerente e dentro do bom senso, eu não me importo em ceder um pequeno arsenal temporário à personagem. Vale apenas ressaltar que, como você já deve ter percebido pelas avaliações da campanha, eu levo bastante em consideração como as pessoas aproveitam os NPCs e situações como essa onde o personagem tem carta branca. O próximo turno provavelmente já deve ter você chegando no local da missão, mas você ainda pode sanar duvidas com a Nine e caso necessário eu narro a resposta em retrospectiva. Also, não sei se ficou claro, mas a NPC sabe a missão, ela só não sabe da parte envolvendo a tropa de zumbis (o que é mencionado logo no começo do post).

- Qualquer sinal de incoerência/confusão/dúvida que os dois possam ter, não hesitem em perguntar xau

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Talvez eu, sem saber, descobrindo ineditamente agora, seja na real um gênio ninja. Não, não. Tipo. Algum ancestral meu era um super ninja e eu herdei essas habilidades dele, só não sabia. Até hoje. Me esconder atrás daquela porta fora algo tão fácil e tão efetivo que mesmo um super robô armado que andava sozinho e deveria ter um bilhão de sensores de movimento não foi capaz de me notar. Eu… Será que eu era um gênio ninja?! O herdeiro de algum clã antigo devastado por uma guerra onde não restou ninguém da linhagem além de mim?! Fazia bastante sentido. Se não era isso, como diabos eu não fui percebido? 「Cara… Que merda você tá falando…?」 – …Delinquente, você voltou em uma boa hora. Eu acabei de descobrir que eu sou o último ninja de um clã que desapareceu após uma guerra. 「Flw vou malhar.」

A resposta invejosa do Delinquente apenas serviu para me dar ainda mais confiança nas minhas novas habilidades que haviam acabado de despertar. Assim que o robô, completamente cego, perdido no meu genjutsu de se esconder, saiu daquela sala, aproveitei a oportunidade para me retirar também ficando com uma pulguinha atrás da orelha quanto ao que exatamente ele tinha feito naquele carro. Mas isso aí ficaria para depois. Eu precisava sair daquele lugar e encontrar a Lou o quanto antes, não consigo nem imaginar o sermão que ela vai me dar por eu tê-la deixado sozinha assim… 「Você considera aquele spam de latido e ranha saindo pelo naríz um “sermão”?」 – E o que mais seria? A Lou é mais esperta do que você imagina, Delinquente. Cê subestima demais ela… 「É só uma cadela, cara…」

Aquele corredor deixava bem claro que eu estava em uma escola inimiga, porém, pelo robô de antes, o carro meio futurista e todo aquele monte de metal, era claramente a área tecnológica dela. Isso respondia em partes onde exatamente eu estava, mas ainda não fazia sentido ser o mesmo lugar de antes - duvido muito que ainda seja a mesma escola da ilha com a lua gigante. Enquanto caminhava pelo corredor pensando como que a habilidade daquela Diretora me jogou em outra escola dela, cheguei finalmente em uma sala.

- Cara… Na minha época as escolas eram bem mais simples. Pra que diabos precisam de tantas salas assim? - Indaguei soltando um suspiro cansado, já me preparando pra dor de cabeça que seria sair daquele lugar.

「Cê já parou pra pensar que seja exatamente ESSE o motivo desse lugar ser grande assim? Impedir a fuga de quem é largado aqui dentro?」 – Faz sentido. 「Duh.」 – Mais ou menos, na real. Esse lugar não era uma prisão, disso eu tinha certeza. Como a segurança parecia ser elevada ao ponto de ter aqueles robôs patrulhando, na real, faria sentido esse lugar estar escondendo algo super importante. Como uma pesquisa que fará a borracha de lápis e caneta realmente funcionar ao invés da parte da caneta rasgar o seu caderno. Ou então, cadeiras escolares sem alças que irão impedir os seus colegas de classe de amarrarem a sua mochila nelas impedindo de quando você for levantar derrubar a cadeira no chão pagando mico. OU MELHOR, CADEIRAS ANTI-DESENHOS QUE IRÃO IMPEDIR QUE SEUS COLEGAS DESENHEM PI– 「EU JÁ ENTENDI, CARA! BELEZA? PAROU? VOCÊ TEM RAZÃO, BELEZA? É REALMENTE UMA ÁREA SUPEITA, OK? VAMOS EXPLORAR ELA, CERTO?」 – …tá bom, oxi… 「Começa por essa sala aqui então… Ver você pelado assim tá me dando frio… E nem corpo eu tenho…」

Seguindo a dica do Delinquente, entraria primeiro no vestiário em busca de roupas - MAS NÃO QUALQUER ROUPA! Após descobrir um pouco do meu passado, eu buscaria me vestir como tal – até porque meu uniforme havia sido dizimado. Procuraria por roupas ninjas e não aceitaria nada que não fosse algo do tipo. Ficaria naquele vestiário até conseguir encontrar roupas ninjas ou utilizar as peças que encontrasse lá para chegar o mais próximo de um disfarce ninja possível. Afinal de contas, eu estava numa missão ninja! Fazia sentido eu me vestir como tal! 「...to começando a achar que você só de cueca estava melhor…」 – Uma vez vestido, seria o momento de retornar ao fio sério da missão. Aprendi na escola particular anterior que salas de roupas assim também podem ser usadas para esconder compartimentos secretos, então ficaria atento a isso. Caso encontrasse qualquer sinal de sala escondida, eu usaria o jutsu… O jutsu…

- Delinquente. Preciso de um nome para o meu jutsu do reconhecimento de lugares secretos.

- 「”WATASHI WA BAKA NO JUTSU!”, que tal esse?」

- OH! PARECE FORTE! O QUE SIGNIFICA?!

- 「GYAAAAAAAAAAAAAAAAAHEHEHE! SIGNIFICA ISSO MESMO! “EU SOU FORTE!”, KOBAYASHI! GYAAAAAAAAHEHEHEEH!!!」

- WATASHI WA, BAKA NO JUTSU! - Bradaria fazendo um sinal de dois dedos com a mão direita.

Por algum motivo eu podia ouvir o Delinquente gargalhando como se tivesse contado a piada mais engraçada do mundo, mas como eu estava no modo sério daquela missão, iria só ignorar. Agora que eu tinha um nome para o meu jutsu, caso encontrasse sinais de um compartimento secreto, bradaria o nome dela e cuidadosamente enfiaria a minha mão em busca de abrir a passagem secreta! Caso não encontrasse nada do tipo, estava tudo bem. Eu, ao menos, já teria começado o meu repertório de jutsus ninjas que seria preenchido durante essa missão. O meu objetivo secundário seria encontrar todos esses jutsus que sempre correram pelo meu sangue e eu não sabia.

Assim que terminasse de vasculhar o vestiário, retornaria a sala anterior onde pude ter uma maior informação dos meus arredores e da plaquinha verde que representava a saída - o meu objetivo final. Começaria então observando a parte superior em busca de câmeras. Por mais que eu já soubesse que o meu jutsu de se esconder atrás da porta me tornava indetectável por qualquer máquina, um ninja não deve nunca dar uma chance de ser encontrado pelo inimigo! Caso encontrasse alguma, me aproximaria o máximo que desse sem entrar em seu campo de visão e tocaria a parede onde ela estava, a rompendo em linha reta até alcançar o aparelho, inflando-o também. Não era necessário explodi-lo para fazê-lo para de funcionar, então evitaria inflar demais para que não tocasse no teto e explodisse.

Com o caminho livre, finalmente vasculharia melhor aquela sala em busca de mais informações. Havia ficado claro pra mim que para chegar a saída daquela área científica seria necessário um esforço que, se eu não tivesse descoberto que tinha linhagem ninja, seria um grande problema de se lidar. A essa altura, eu já teria explodido todas as paredes e saido na base da força bruta. MAS, HOJE SERIA DIFERENTE! UM NOVO NINJA HAVIA DESPERTADO NAQUELA ESCOLA! Pude notar que ao norte havia uma outra sala com aparelhagem semelhante à de um laboratório que me chamou muita a atenção, e se caso a minha teoria da pesquisa secreta estivesse certa, ali era de fato um dos lugares mais promissores para se explorar. Mas, um ninja é paciente! Iria aos poucos, prestando atenção ao meu redor, abrindo caixas, revirando cadeiras, observando armários, olhando embaixo de mesas, buscando paredes com aberturas estranhas… Agora que eu, Kobayashi, estava ciente das minhas origens ninjas, não iria deixar nada passar despercebido dos meus olhos de futuro hokage! Cara… Como você é cringe…「」

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Direta como sempre, Nine-sensei pôs-se a ler o pergaminho com minha próxima missão.

O plano do clã Nara se manter desconhecido não era uma surpresa - até hoje eu não entendi muito bem o interesse deles em Vintória, mesmo tendo ajudado a Spades de alguma forma com a missão por lá. Ou seja: fui tão ninja que agi nas sombras pra mim mesma, deve ser por isso que ganhei uma professora. Mas não era como eu fosse importante o suficiente dentro do clã para ter acesso a esse tipo de informação, ainda mais sendo uma mera genin - mesmo sendo uma ninja aos cuidados da Nine-sensei. Não que agora eu seja lá tão importante, mas um pouco mais relevante que antes, eu acho? Enfim…

– Hmm… Os Wyldcards e os Nara estão trabalhando juntos?

Isso sim é novidade pra mim. Ainda que eu tenha ouvido alguns boatos sobre o grupo criminoso, não consegui me importar o suficiente por não se tratar dos meus atuais e conhecidos rivais ninjas. Mas se existia a possibilidade deles estarem mancomunados na pesquisa de algum jutsu secreto ou seja lá o que for, não ter dado a devida atenção pode ter sido um erro. Então os Wyldcards são um grupo de fachada para outro clã ninja atuar no mundo? Se eles estão coniventes com a depravação dos Nara, também devem entrar na mesma lista de extinção. DATTEBAYO, CARAI!

– Nine-sensei, de que Vila Oculta você… – e puff, a ligação acabou. A conversa se encerrou mais rápido do que o previsto. Infelizmente, pensei muito antes de perguntar.

Independente de saber de onde ela veio, falar com a senpai melhorou o meu humor exponencialmente, por motivos que não precisam ser explicados. A parte final do papo foi de brilhar os olhos e estufar o peito. Se eu estava mal humorada ou irritada, nem conseguia mais lembrar o motivo. Agora era hora de dar muito orgulho pra minha sensei, selar minha sombra e ter sucesso na missão. Pelo horário noturno e redução da velocidade do barco pontudo, já devia estar na hora de jogar minhas shurikens por aí. Talvez uma conversa com Meylin ajudasse a definir os próximos passos? Com essa intenção, guardei todos os meus equipamentos e segui até a porta na expectativa de sair do quarto. Por um momento, pensei em correr como uma ninja, com as mãos pra trás e tudo mais, mas na movimentação agitada dos passageiros do barco, não seria uma boa ideia. Então, decidi por seguir em uma caminhada: uma mão para trás e a outra no carinho… no carinho do cabo da minha tantou.

Nesse meio tempo, fiquei tentando colocar os neurônios pra funcionar e dei início a primeira grande guerra ninja dentro da minha própria cabeça. Se eles queriam se manter escondidos, ficar no meio da festa ajudaria mais do que ficar longe e causar estranhamento. Poderiam ter se empoleirado nos telhados ou se escondido nas sombras, enfim, era algo que eu faria, por exemplo. Afastados do centro como estão agora, devem estar fazendo algo muito arriscado - ou estão desenvolvendo um jutsu secreto, ou defendendo um pergaminho muito importante ou planejando uma armadilha. Será que Maximillion conseguiu identificar o rastreador e agora está tramando um contra-ataque? Pois lá estava eu para counterar o contra-ataque desses nukenins sujos.

Na minha lista de tarefas, saber em que pedaço da ilha eu me encontrava era prioridade. Depois, compartilhar informações sobre Baccarat Palace. Levando em conta que nosso objetivo seria no oeste da ilha, o quão fácil seria ir até lá? As sombras não deviam estar soltas por aí pra nada. O fato de estarem distantes da atração principal da ilha também devia ajudar a identificar aproximações suspeitas. Massageei as têmporas com a ponta dos dedos como tentativa de reduzir os pensamentos acelerados - além de me desfocar, aquele caos mental prejudicaria o meu fluxo de chakra e todos os meus jutsus.

– Meylin-chan, onde estamos? Em que direção fica a vila que devemos invadir? Será que conseguimos ter acesso às vagas de emprego do resort? – Liberaria uma enxurrada de perguntas para a baixinha na primeira oportunidade, obviamente todas de cunho profissional devido ao meu perfil ninja. Provavelmente eu teria que desembarcar com ela para continuar a conversa.

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3º Turno
19h20 ☁︎ ☾ - 22º



Baccarat Palace - Le Blanc Resort
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- Ainda é cedo para afirmar algo com certeza. - A resposta viera poucos segundos depois da pergunta ser feita. Em um tom ainda pensativo, Nine deixava claro que, mesmo com as informações extras que ela deveria ter acesso por ser alguém da alta casta Spades, a situação ainda era envolta por uma espessa névoa que lhes privava de todas as respostas. - Não tire conclusões precipitadas, aja com cuidado.

No outro lado da linha, por de baixo da sua máscara robótica, a Às de Paus esperava que isso já fosse um bom indício da importância daquela missão. Afinal, todos sabiam que o Joker havia assumido o papel de cão da marinha quando se firmou como Shichibukai, mas ninguém até hoje tivera nenhum vislumbre dele agindo em conjunto com membros da CP, e mesmo a relação dele com o Governo Mundial ainda levantava constantes dúvidas para todos que o tinham como inimigo.

Por mais óbvio que fosse o local de sua atual base, Edwin de alguma forma ainda era capaz de esconder suas cartas importantes. Os que acreditavam que o palhaço era apenas um jovem insano ainda tinham muito o que aprender sobre ele.

Percebendo que não haviam mais dúvidas dignas de nota, Nine resumiu o resto da ligação à poucas palavras, despedindo-se logo em seguida com a expectativa de que tivesse escolhido as pessoas certas para aquele serviço. Afinal, por mais importante que fosse a missão, a notoriedade de membros muito experientes naturalmente atrairia os olhares das primeiras câmeras que os vissem, tornando qualquer reconhecimento furtivo impossível desde o começo. Era arriscado, mas o que seria da Spades sem seu vício em apostas?

Imersa em seus pensamentos, Yoshizawa deixa os aposentos após uma rápida preparação e empacotação de seus artefatos ninjas. No deck do navio, membros da tripulação iam e vinham correndo das mais diversas direções do navio com sorrisos e expressões bobas que talvez não correspondessem com a seriedade da situação. Um detalhe que podia ser observado em homens e mulheres, Nils que talvez ainda não tivessem entendido toda a gravidade e importância daquela missão. No centro disso tudo estava a garota de maior patente daquele navio, esperando calmamente que abaixassem a rampa para o desembarque. Acompanhado pelo seu par de gatinhos, Meylin observava a paisagem magistral do Baccarat Palace com indiferença, tanto aos que trabalhavam atrás dela quanto ao que quer que pudesse acontecer ali.

- Yoshizawa-san? - Despertada de seus devaneios, a garota se virou para cumprimentar Hemumu com seu tradicional e radiante sorriso de canto a canto - Aparentemente este não é o porto principal. Como nosso objetivo não envolve o hotel do centro da ilha, Nine aconselhou que seguíssemos por outra entrada pois algumas partes do Baccarat Palace são repletas de câmeras e Wyldcards escondidos entre a multidão.

As docas eram enormes, compostas por diversos e largos píeres centrais, atravessados transversalmente por diversos píeres menores, responsáveis por manter os barcos presos a cada uma das vagas disponíveis. Naquele horário, haviam apenas outros dois cruzeiros de grande porte ancorados ali, mas ainda era possível ver um bom número de turistas transitando pelas ruas em busca das mais diversas atrações presentes em toda o Baccarat Palace. Se aquele era um dos pontos menos movimentados, a jovem kunoichi só poderia imaginar o quão abarrotado era o hotel-cassino presente no centro da ilha.

Ao que a enxurrada de questões continuavam a fluir, a capitã apontou com um gesto para um complexo de construções não muito distante de onde estavam. Haviam diversos hotéis e atrações próximos a ele, mas a enorme estátua de ouro maciço tornava impossível tirar segundas conclusões sobre qual exatamente seria o destino dos Spades.

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- Me pergunto se eles não gostam de gatos... - Com um olhar preocupado direcionado para os dois gatinhos que estavam sentados ao seu lado, Meylin respondia após um curto momento de reflexão. A garota ainda não estava 100% acostumada com aquele dialeto exótico de ninja, mas depois de tantos dias viajando juntas, àquela altura ela já havia entendido ao menos um pouco de como o cérebro de cada um dos seus tripulantes funcionava, e Yoshizawa não era exceção, embora provavelmente fosse a mais... complexa - Pensando em se passar por um membro da staff? Hmm... - Voltando sua atenção para a Lower Spades, Meylin gastou alguns segundos pensando no que deveria responder para a jovem despeitada. Por um lado aquele parecia um ótimo plano, mas conhecendo os boatos a respeito daquela ilha, a Royal Clubs sabia que conseguir emprego ali não era algo tão simples assim. Afinal, ninguém vinha até aquela ilha em busca de emprego -  É sábido que os trabalhadores dessa ilha geralmente são Wyldcards ou pessoas que se endividaram de alguma forma aqui. Se tratando de uma ilha artificial que surgiu de repente, acredito que nem existam nativos... Pode ser arriscado seguir esse caminho, mas considerando seus dotes ninja, creio que isso não seja problema, huh. - Reforçando seu sorriso, Hemumu poderia entender como se a baixinha por algum motivo duvidasse da sua capacidade e estivesse internamente rindo daquela ideia, mesmo embora no fundo ela também quisesse seguir um plano simples e favoroso como aquele. -  Por que não vamos na frente ver como é o lugar mais de perto?

Como se estivesse aguardando por uma deixa para desembarcar, sem esperar por uma resposta, a garota sinalizou para alguns membros da tripulação que estava de saída e se pôs a andar lado a lado com seus gatinhos. Como todos tinham carta branca para agirem, era de se esperar que alguns agentes optassem por saídas exclusivas. Meylin podia ser a pessoa de maior patente daquele navio, mas no fim, para ela, tudo aquilo não passava de uma grande chance de impressionar sua idol favorita. Ela, assim como os demais, também era inexperiente e, embora pudesse não ser tão nítido, também subestimava um pouco os perigos que enfrentaria ao tentar se infiltrar numa base inimiga. Ainda sim, como alguém de alta patente era de se esperar que ela tive ampla competência. Talvez a facilidade que tivera para ganhar cargos haviam lhe entregue à soberba?

Embora agisse amigavelmente com todos que a abordavam, eram raros os momentos em que Meylin parecia genuinamente feliz ou sincera. No geral, a maior parte das interações com a tripulação sempre eram iniciadas por outras pessoas, ela mesma não parecia interessada em socializar com ninguém. Entretanto, por algum motivo ela ainda via valor em acompanhar Yoshizawa durante aquele primeiro passo, e em nenhum momento durante a caminhada ela dissera algo que pudesse levantar red flags. A todo o momento, os olhos da garota alternavam entre a paisagem e pessoas potencialmente suspeitas, para os seus gatos que de alguma forma pareciam acompanhar suas ações, gestos e pensamentos.

Ambas as Spades puderam perceber durante a jornada que o conselho de Nine não fôra em vão. Haviam realmente, dezenas de câmeras escondidas em múltiplos pontos estratégicos ao longo da ilha, desde postes e a faxada de estabelecimentos, até algumas mais sutis, atrás de letreiros e placas. Tais cuidados eram necessários, não apenas para saber quem entrava na ilha, como também para que os Wyldcards se certificassem de que nenhum escravo de repente tentasse fugir de suas dividas.  Porém, apesar das motivações sombrias que moviam o Baccarat Palace, não havia um lugar sequer que não parecesse elegante e reluzente. Tudo era belo e grandioso, e nenhum estabelecimento parecia sofrer monetariamente com o tanto que esbanjavam em decorações chamativas, muitas vezes douradas.

O alvo das garotas não era exceção. Ao se aproximarem do resort, puderam ver logo de cara um enorme letreiro luminoso com o nome do resort "Le Blanc". Situado próximo ao mar, ainda haviam diversas piscinas e atrações aquáticas vinculadas ao próprio, além de um cassino e um restaurante próximo às hospedagens. A estátua de cachorro gigante naquele horário era bem iluminada por holofotes, embora não houvesse nada que particularmente soasse atraente ou tivesse alguma ligação com caninos. Ao menos no primeiro momento, seu propósito era bizarramente desconhecido.

Posicionados nos portões do resort, um casal de funcionários uniformizados, com calças e colete sociais risca de giz, camisa branca, gravata vermelha, sapatos pretos e alguns discretos pins de naipes de baralho na roupa. As Spades podiam identificar algumas câmeras próximas ao portão, além de mais funcionários e hóspedes dentro do complexo. Yoshizawa entretanto, com suas capacidades ninjas era capaz de reconhecer alguns pontos cegos naquele primeiro contato, lugares que, dependendo de como se portasse, seu rosto poderia ser escondido da vigilância sem que precisasse se esforçar. Naquele horário, porém, haviam poucas pessoas ali e caso quisessem entrar e reservarem alguma sala, poderiam fazer isso sem a necessidade de aguardar por muito tempo em filas.








Baccarat Palace - ???
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Sem nunca antes ter visto uma escola tão colossal quanto aquela, o estudante de escola pública opta por se dirigir até o vestuário mais próximo com um único objetivo em mente: honrar seus antepassados ninja. Movido por desilusões capazes de envergonhar até um otaku cringe, Kobayashi rapidamente encontra a sala que buscava, vazia. Apesar de haverem dois vestuários, o Kurasu Iinchou perceberia logo ao se aproximar que por algum motivo não havia distinções de gênero nas portas, nem nada que pudesse dizê-lo qual diabos seria o 'eticamente' correto de adentrar. Assim, como o estudante que exemplar que era, o rapaz ignora esse tipo de detalhe e adentra o local sem qualquer preocupação.

O vestuário felizmente não contava com a presença de câmeras, e sem nenhum sinal de outro androide ou individuo, Kobayashi tivera bastante tempo para procurar e experimentar as roupas que queria. Com um look em mente, o rapaz imediatamente corre para uma maletinha com maquiagem e começa a aplicar tudo do melhor jeito que conseguia. Ele não era um especialista na área, mas simplesmente tacar pó na cara e pintar ela não era algo muito difícil para alguém que só queria replicar o estilo de um lendário ninja emo com que sonhara um dia durante sua prisão no Yomotsu Hirasaka. Feito isso, o jovem então se dirigiu para o grande armário com roupas, e logo constatou algo: mais da metade dos uniformes femininos contavam com um buraco na parte traseira por algum motivo. Ainda sim, os uniformes masculinos que também podiam ser encontrados naquele vestuário, estavam todos em perfeitas condições, e após poucos instantes ele já tinha feito sua cabeça sobre o que iria usar: o uniforme de um famoso e antigo Deus Ninja.

Durante sua busca por roupas e apetrechos ninja de plástico, o rapaz ainda se lembrava vagamente do que Kamui havia feito em Ithil'thol e com isso em mente ele opta por tentar algo semelhante, vasculhando os arredores em busca de qualquer coisa minimamente suspeita que pudesse lhe chamar a atenção. Depois de alguns minutos, entretanto, num primeiro momento, com as habilidades e meios que possuía, não encontrara a passagem secreta que lhe levaria para Narnia, mas escondido no fundo de uma gaveta Kobayashi viu um botão vermelho acoplado a mesma. Não haviam pistas ou quaisquer sinais escritos que indicassem sua utilidade, era simplesmente um botão vermelho com mil e uma possibilidades que poderia ou não ser pressionado.

Independentemente do que acontecesse ali, o Kurasu Iinchou se voltaria para o corredor de onde viera logo em seguida. Agora observando o cenário com mais atenção, encontrou com facilidade todas as entradas para os cômodos mais próximos e para cada um deles havia pelo menos uma câmera vigiando a passagem em questão. O corredor principal, talvez por não guardar nada de valor, era livre de câmeras aparentemente. Contudo, mesmo que soubesse disso, se aproximar sem ser detectado ainda era uma tarefa difícil uma vez que naquele cenário não haviam móveis ou quaisquer objetos que pudessem servir de cobertura visual para o jovem estudante. Assim, se quisesse prosseguir com sua estratégia de inflar as paredes sem ser visto, com sua perícia habitual, acabaria tendo que inflar uma boa porcentagem do teto do corredor em questão, visto que seria necessário começar a inflar a partir da entrada do corredor. Como não haviam pessoas próximas num primeiro momento, talvez não houvesse um risco imediato de alguém sair explodindo aleatoriamente a escola, mas esse ainda era um risco que deveria ser considerado para eventuais decisões futuras.

Em meio a sua busca, Kobayashi também percebera que a porta que levava para o cômodo desconhecido a oeste estava completamente trancada, e pareciam haver pessoas andando e conversando em um tom incompreensível dentro dela. Quem quer que fosse, humano ou não, não parecia ter interesse no setor onde estava o rapaz naquele momento. Todos tinham suas tarefas ali, naquela mesma sala.

Mapa atualizado :









/Off



- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] estou considerando que vocês estão na entrada do resort e ainda não entraram oficialmente por que vai depender de como você vai agir. Se quiser, é possível até mesmo retornar ao navio ou ir para outro lugar, buscar outra entrada, etc. Porém, caso entre, os funcionários posicionados na porta imediatamente abordarão você como qualquer recepcionista clichê sempre faz.

- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] estou considerando que você não interagiu com o botão ainda, mas caso queira ainda é possível e eu narro retroativo o que acontecer. Eu tenho uma ideia pré-definida para ele, mas não haverão pistas, considere como se fosse um gamba. Naturalmente, se for algo ruim, você não será punido em avaliação apenas por essa decisão que não tem como prever o que pode acontecer. Also, como eu considerei que você não saiu do corredor principal (que não tem câmeras), o seu método de inflar foi desconsiderado nesse primeiro momento uma vez que não houve necessidade de tal (pois o vestuário também tava limpo). Caso não tenha ficado claro, todos os corredores que ligam com a lateral direita desse cômodo possuem uma câmera no teto, enquanto o corredor que vai direto para o norte até o laboratório é de livre acesso. O que tem em demais cômodos ainda será narrado, mas no vestuário é basicamente o que consta ai nesse turno mesmo (várias roupas, apetrechos e blabla).

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Enquanto caminhava até o local com a parceira Spades, algo essencial coçava no canto da mente e no bico do peito permanentemente ausente (problema que adquiri recentemente). Até hoje não cheguei a uma conclusão sobre síndrome do membro fantasma ou um sexto sentido devido ao meu treinamento ninja, o que importa é que só ocorre quando tenho a sensação de que deixei algo passar. Ver o cachorro dourado gigante também não estava ajudando, por mais que fossem daquelas raças que tremem mais do que causam estrago. Ainda poderia ser um kuchiyose disfarçado, então todo cuidado é pouco. Apesar de eu estar no caminho de dominar as artes ninjas, as artes caninas estavam longe da minha alçada.

Desconfiada, peguei o pergaminho da sabedoria, já que adquiri o hábito de ler no início de cada missão, escolhendo uma frase aleatória e deliciando quem pudesse ouvir aquele conhecimento selado e profundo:

– Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder – li despreocupadamente. Algo muito profundo estava tentando surgir dali. Se quem ganha perde, se quem perde, perde, o que acontece com quem empata? Perde também? Os desclassificados eu sei que perdem. E os que desistem? E os que não são chamados pra participar? Enfim, mais um enigma importante pra minha jornada ninja.

Mesmo após a leitura, a sensação de que eu estava esquecendo de alguma coisa não passou. Voltei a guardar o pergaminho nas vestes e, no movimento, olhei para baixo e tive um vislumbre do que deixei passar: minha sombra fugitiva. Uma vez que ela foi arrancada de mim, eu não fazia ideia de como ela estaria agora. Será que estaria presa na versão da Hemumu do passado ou evoluiu junto comigo, mesmo que separadas? Ela seria de fato uma sombra na parede e no chão ou teria forma pra perambular por aí? Perguntas essenciais que eu deveria ter sanado com a Nine-sensei, mas fiquei mais preocupada com a missão nova. Ou seja: teria que descobrir da pior forma.

Voltando aos problemas recentes, ir andando direto pra boca do leão não me parecia exatamente o melhor dos planos, além de ir contra o que a Nine-sensei pediu: agir com cuidado. Tenho certeza que já li alguma frase no pergaminho falando sobre uma situação como essas… Acho que era: cai por terra, vira pedra e fecha a boca do leão. Até hoje não sei o que significa, mas talvez agora eu esteja perto de decifrar esse enigma ninja - por mais que no lugar do leão tivesse uma estátua de cachorro de madame gigante e dourado.

– Meylin-chan, preciso comprar umas coisas antes… Como posso dizer…? Um sutiã! O meu tá ruim… – Comentei, puxando a garota pelo braço para que ela não entrasse de vez no lugar.

Também dei uma olhada nos arredores, óbvio que não em busca de uma loja de roupas, mas verificando as pessoas, ou melhor, o olhar delas. As câmeras excessivas não eram necessariamente uma grande preocupação para mim, já que a maldição e o presente dos Nara acabava ajudando a esconder minha imagem das lentes. Porém, andando despreocupadamente como estávamos, cercadas de gatos e com Meylin parecendo manter algum tipo de segredo entre eles (talvez esquizofrenia), tenho certeza que deixamos passar uma quantidade significativa de olheiros e stalkers. Ou pior: sombras. O fato da área menos chamativa daquele lugar ser muito mais movimentada que a parte principal de qualquer ilha em que estive não ajudava muito. Se não fosse por meu treinamento ninja e corpinho de metal, o nervosismo já estaria me fazendo suar.

Tentando manter os movimentos relativamente escondidos, fechei a mão e criei uma pequena bola de gude de mercúrio, me distanciando do portão do resort e permanecendo na rua. Com os poderes da minha kekkei genkai, deixei a bolinha cair e comecei a controlar de forma remota para que ela rolasse pelo chão até ultrapassar os portões do Le Blanc Resort. Só queria ter certeza de que eles não teriam alguma técnica secreta pra detectar de metais, ou algo assim. Em uma vila problemática como aquela, deixar a galera entrar armada por aí com tantas casas de apostas não me parecia uma boa ideia, então acho que até faz sentido ter esse tipo de segurança toda. Se bem que, pelo que entendi desse lugar, o objetivo era todo mundo dar uma surtada em algum nível. O que importa é que sendo uma ninja de mercúrio, passar direto por ali deveria disparar todos os alarmes do local, se existissem, e dar início ao bad ending.

Porém, agora que já tinha dito que iria procurar um sutiã, seria suspeito não ir atrás de um... Pelo menos dava pra arranjar roupas parecidas com a dos funcionários, já que tinha conseguido dar uma olhada neles. Tentaria andar com a minha nova companheira conversando um pouco mais baixo e usando de termos indiretos pra falar em uma espécie de código ninja que eu esperava que ela entendesse.

– Olhos de vidro não devem ser nosso único problema aqui. Você tá sabendo do kagemane no jutsu? Talvez a gente encontre esse jutsu por aqui... – Comentei levantando o dedo em um movimento circular. Será que ela entenderia que eu me referia às câmeras? Depois, apontei para a minha sombra, que não estava ali. – Viu algo que te interessou?

Aliás, isso se Meylin quisesse ir comigo. Como Nine-sensei tinha dado sinal verde e autonomia pra todo mundo agir como quisesse, indiretamente ela poderia ter criado um ambiente de competição não tão favorável para uma missão desse nível… Bem, levando em conta o cargo da garota, não havia muito o que fazer além de deixá-la ir, mas não sem antes marcá-la nas vestes com um pedacinho de mercúrio. Desde que ela estivesse perto o suficiente, talvez eu conseguisse encontrá-la se focasse em rastrear esse pedaço. Só fazendo pra saber.

Eu queria observar o comportamento dos funcionários com quem entrava no lugar antes de passar por essa experiência. Os pequenos broxes me lembravam da Spades, mas não tenho certeza se eram infiltrados nossos, coincidência ou uma armadilha. Devido ao último aviso da sensei (e a última experiência em uma missão dela), as coisas não deveriam ser o que aparentemente são. Mais investigações seriam necessárias já que minha graduação estava em andamento.





Spoiler :

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O meu novo uniforme ninja era perfeito. Claro, como esperado de mim, um verdadeiro ninja, eu não poderia vestir algo que não me representasse 100% - e aquele uniforme era atualmente o ideal, sem erros. Imediatamente o vesti assim que bati meus olhos nele, colocando também todos os acessórios que estavam juntos. Aquela faca e a estrela não eram algo que eu pretendia usar, até porque eu não fazia ideia de como, mas também as levaria comigo – oras, eu era um ninja de nascença! Obviamente que ao empunhar elas as ações seriam feitas naturalmente, como se eu fosse o mestre delas! Não precisava me preocupar com isso! Talvez com o fato de serem de plástico, sim… Mas também não importava! Um verdadeiro ninja consegue utilizar qualquer arma, seja ela de verdade ou não!

Assim que terminei de vestir tudo, trouxe a bandana até a minha testa amarrando-a bem firme, dando o toque final que o meu novo eu ninja precisava para agir como tal.


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Meus olhos ninjas não falharam e rapidamente encontraram algo secreto que obviamente estaria escondido naquela sala estranha. Era para ser um vestiário, mas a quantidade de coisas estranhas que eu encontrei, principalmente envolvendo as roupas, me faziam duvidar disso… De qualquer forma, optei por deixar aquele botão vermelho de lado por hora. Apertá-lo com certeza iria fazer com que alguma passagem secreta surgisse e, diferente do que eu havia planejado, não seria o meu Watashi wa Baka no Jutsu que abriria aquela passagem - e isso me desmotivou momentaneamente de descobrir o que aquilo fazia.

Sendo assim, retornei a sala anterior, devidamente trajado como um ninja, descobrindo coisas que antes do uniforme ninja eu havia deixado passar despercebido. Se trajar como um ninja não só me fez perceber mais coisas como também parecia ter liberado novos níveis de inteligência que até então eu não tinha. A partir de hoje, nunca mais iriam me chamar de burro com razão. 「Kobayashi… Às vezes, só às vezes, eu sinto um pouco de pena de você…」 – hã? Como assim, maldito? Tsc! Calado! Um ninja não precisa que sintam pena dele, apenas medo de saber se ele está próximo a sua sombra ou não! 「Claro, claro…」

Pude notar que não haviam só uma ou duas câmeras próximas, mas sim várias na direção que eu queria prosseguir. Soltei uma leve risada. Patético. Eu poderia simplesmente passar em alta velocidade, afinal, máquina nenhuma é capaz de acompanhar os meus passos ninjas, mas eu optaria por usar meu novo jutsu: O Ruptura no Jutsu! Sendo assim, me aproximaria da entrada do corredor e, tocando na parede com a mão direita, colocaria a minha mão esquerda na frente do meu corpo realizando o sinal do jutsu.


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- Ruptura no Jutsu! - Bradaria para iniciar o processo de rompimento. Como agora eu era um ninja completo, atingir só as câmeras seria um serviço tão fácil quanto passar no exame genin sendo um personagem principal da história. Porém, por mais que eu não acredite nisso, caso encontrasse alguma dificuldade no processo, apenas inflaria o teto junto e impediria de que tudo explodisse por hora. Ainda não era da Arte Ser Uma Explosão.

「E aquele botão lá? Vai deixar ele pra lá mesmo?」 – …eu pretendia. Mas, agora que você falou, não consigo deixar de ficar curioso quanto ao que vai acontecer. 「Então…」 – …vou apertá-lo. Mas, antes disso, pude notar que havia uma sala super trancada com certa movimentação dentro bem a minha esquerda. Como um ninja, destrancá-la e entrar nela era um trabalho fácil, mas eu ainda tinha outras coisas a fazer. Observar o resultado do meu Rompimento no Jutsu nas câmeras e retornar ao vestiário pra apertar o botão vermelho eram meus objetivos principais no momento, iria fazê-los nessa mesma ordem.

Independente do que acontecesse após apertar o botão, caso uma área nova fosse liberada, eu entraria nela sem hesitar. Passagens secretas normalmente levavam a pontos extremamente importantes, principalmente dentro de uma escola particular gigante como aquela. Talvez a minha teoria da pesquisa secreta estivesse até errada e naquele clube gigante de ciência não tivesse nada, fosse tudo uma farsa para esconder o real segredo daquela área que estava após a passagem secreta. Ficaria atento ao que iria acontecer e agiria de acordo como um ninja deve agir: Ocultando a sua presença até que estivesse seguro sair. Ou seja, eu imediatamente usaria o meu Esconder Atrás da Porta no Jutsu após apertar aquele botão vermelho, observando das sombras, indetectável, o que iria acontecer.

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4º Turno
19h24 ☁︎ ☾ - 22º



Baccarat Palace - Le Blanc Resort
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- Hã?! - Nitidamente surpresa com a abordagem da Kunoichi Despeitada, Meylin parou onde estava, curiosa. O que ela não esperava, porém, era uma justificativa como aquela. - Você... Realmente precisa de um? - Desacreditada, a garota direcionava um olhar sugestivo para o seio ausente de Hemumu, internamente se perguntando se o item não passava de uma espécie de apoio moral. Afinal, mesmo que a diferença em volume não fosse tão clara devido às roupas que usava por cima, Yoshizawa naturalmente não parecia ser alguém tão bem dotada, pelo contrário... Talvez, a própria capitã tivesse mais sucesso na área?

A Royal Clubs parecia prestes a fazer mais um comentário, provavelmente relacionado com o uso de enchimentos, mas se conteve ao perceber sua companheira criando uma pequena esfera de mercúrio. Do tamanho de uma bolinha de gude, o objeto foi arremessado sutilmente com um simples e rápido movimento da experiente ninja, mas diferente do que esperava, nenhum alarme foi soado ao que o mercúrio atravessou o portão. Segundos se passaram em silêncio, sem que nenhuma mudança perceptível ocorresse nos sistemas de segurança do resort ou na staff que guardava a entrada. Os humanos, inclusive, nem pareciam ter percebido o gesto.

- Meawro. - Seguido de um gesto direcionando o rosto para o resort, os dois gatos responderam com um miado, se separaram e começaram a andar casualmente por diferentes laterais do complexo. A baixinha pareceu meio confusa ao ser questionada, mas depois de ver os sinais de Hemumu, Meylin prosseguiu balançando a cabeça em um gesto negativo. - Como assim "encontrá-lo" por aqui? Você está falando de quem usou o jutsu? - Nitidamente confusa, ela não parecia estar mentindo. Embora tivesse entendido que era relacionado a condição especial da jovem shinobi, Meylin ainda parecia ter certas dificuldades com aquele dialeto ninja.

OST :


Aquela sequência de ações, no entanto, haviam servido para mostrar à garota o que ela queria ver: interesse e aptidão. Por mais que ainda tivesse algumas dúvidas sobre a companheira, a curiosa capitã decidiu 'pagar pra ver' e concordou em acompanhá-la em sua jornada atrás de um sutiã, agora sem seus gatos a acompanhando. Ao menos num primeiro momento, as ações cautelosas de Yoshizawa pareciam ter servido para provar um pouco do seu valor. Assim, enquanto as duas caminhavam sempre alertas, evitando o maior número de câmeras possível, Meylin voltou a respondê-la silenciosamente para que não chamassem atenção desnecessária dos pedestres mais próximos.

- Pode ser apenas impressão minha, mas você não acha que a maioria dos funcionários parecem despreocupados demais?

Yoshizawa não saberia dizer com certeza, mas agora voltando a andar por aquelas ruas, passando por várias lojas e vendedores de plantão, ela veria que haviam algumas pessoas que se destacavam com uma cordialidade e sorrisos exacerbados. Os viajantes se portavam normalmente, enquanto da parcela de uniformizados, a grande maioria se portava com elegância, calma e convicção independentemente de como fossem abordados. Nenhum protesto ou reação involuntária, cercadas por um pragmatismo infalível. Porém, como uma leiga na área de expressões faciais, Hemumu também não poderia deixar de se questionar se aquilo não passava do tratamento normal daquela ilha. A preocupação de sua companheira não parecia infundada, mas o que exatamente isso teria a ver com eles serem 'despreocupados'?

- Os Wyldcards não devem ser os únicos criminosos que gostam de frequentar essa ilha, muitos piratas famosos também devem vir até aqui por não ter nenhuma presença ativa da marinha, e mesmo assim... - Pensativa, a garota compartilhava seus pensamentos em um leve tom de frustração. Isso pois, apesar de constatar tudo aquilo, ela ainda não parecia capaz de ligar os pontos para chegar a uma conclusão sobre o que, para ela, parecia ser importante para entender a staff local e como operavam. - Todas as câmeras estão muito bem escondidas e as pessoas suspeitas que se misturam com a multidão não parecem interessadas em fazer nada num primeiro momento. Isso não parece pouco para conter uma briga entre piratas do Novo Mundo?

De fato, mesmo os que tentavam se misturar com a multidão não possuíam nenhuma aparência que passasse qualquer indício de poder. Suas reservas de chakras eram tão normais quanto às dos próprios turistas, ao ponto de que era de se questionar o motivo pelo qual eles realizavam uma tarefa como aquela. Naquele momento, Meylin voltou a se questionar: afinal, se eles realmente eram inofensivos, o que chamava sua atenção ao ponto de destacá-los tão facilmente dos outros viajantes? Assim como no resort, ela tinha medo de que pudesse se complicar caso se aproximasse demais para confrontá-los diretamente. Fazer isso ali, no meio de tantos 'olhos', certamente não parecia uma decisão inteligente.

- ... Eu concordo que eles devam estar escondendo algo além das câmeras, mas aparentemente isso não é algo exclusivo do resort. Essa aura de 'alegria e conforto' parece estar presente em toda a ilha. Você tem alguma ideia?

Naquele momento, a dupla de Spades estava bem no meio de um pequeno centro comercial, há cerca de 1km do resort. Pessoas das mais diversas idades, gêneros e raças caminhavam pelas ruas abarrotadas e cheias de vida. Algumas pareciam apenas interessadas em 'namorar as vitrines', enquanto outras simplesmente estavam de passagem e os mais bem de vida saíam das lojas acompanhados por criados carregando incontáveis sacolas. Em meio a tais pessoas, porém, uma figura ainda se destacava bem na saída do centro comercial. Um homem que, assim como os demais suspeitos, não parecia ser particularmente forte ou intimidador, mas este em particular se portava de forma mais atípica: estacionado na frente da vitrine de uma loja aleatória, ele usava os dedos para brincar com dados como se eles fossem moedas de um cara ou coroa, aparentemente sozinho. Ele não tinha o olhar direcionado para ninguém em particular, mas frequentemente observava os arredores em meio a suas jogadas.

Com uma das quinas voltadas de frente para o calçadão central, um enorme prédio era todo iluminado por holofotes de puro glamour, que se moviam para chamar a atenção de clientes. Em um letreiro super chamativo de lâmpadas ritmadas, acima da imponente porta de vidro ao centro da quina voltada para frente, havia escrito na vertical: “Lightal Zenit Zerter Dept. Store”. Ou só “Zenit”, para os mais chegados. Mesmo em meio a tantas outras lojas com variados propósitos, aquela em particular se destacava ao ponto de parecer o coração do centro comercial. Ainda que fosse mais bem equipadas com uma ampla variedade de itens, Zenit não parecia ser mais bem guardada que nenhuma das concorrentes, e mesmo seus itens mais luxuosos não eram excessivamente caros por alguma razão. Não haviam dúvidas de que Hemumu encontraria o que buscava ali.

Ao que entrasse logo veria uma pletora de produtos de luxo: perfumes, bolsas, sapatos e, principalmente, cosméticos. Separados por uma abundância de gôndolas dos produtos supracitados, da porta de vidro Yoshizawa poderia ver um extenso balcão de vidro onde moças — e moços — eram atendidos por funcionários da loja. Com uniformes do mesmo esquema de cores da fachada, os funcionários encarregavam-se de aplicar as amostras de blushs, batons, sombras, desmaquilantes, cremes de skincare e perfumes em seus clientes. Basicamente, qualquer tipo de consultoria quando o assunto era produtos de autocuidado, eles pareciam capacitados em orientar.

Além disso, logo ao lado havia mais uma placa indicando que outros tipos de produtos poderiam ser encontrados nos andares superiores. Dentre os diversos andares, o que mais lhe chamava atenção era o 1º — logo acima do térreo, onde estava —, no qual estava o departamento de roupas femininas. Se seguisse pela esquerda ou direita ao redor do grande balcão de vidro quadrado que ficava ao centro do térreo da loja, atrás deste veria uma série de escadas rolantes levando às demais partes da loja.

A partir dali a jovem shinobi poderia adentrar a loja para realizar suas compras ou se encaminhar para algum outro objetivo específico. Ao menos por enquanto, Meylin parecia interessada em continuar a acompanhando.








Baccarat Palace - ???
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Em meio a uma atuação digna de pena, o jovem aspirante a ninja ainda não parecia ter um plano ou um destino em mente. Sem um caminho óbvio, o rapaz opta pela brilhante ideia de romper todo o sistema de vigilância daquele setor. Uma a uma, Kobayashi se aproximava das paredes que ligavam com os corredores adjacentes e lentamente se concentra na tarefa de inflar o caminho até as câmeras. O que normalmente seria uma tarefa difícil acabou se provando bem fácil para o estudante que tinha tempo e estava 100% focado em seu jutsu. Ainda sim, tantas câmeras saindo do ar em tão pouco tempo provavelmente acabariam atraindo a atenção da segurança para aquele setor em breve, e se alguém realmente visitasse aqueles corredores, o estrago seria evidente e seus carcereiros provavelmente o identificariam como a causa imediatamente. Ele, afinal, ainda não havia aprendido henge no jutsu para esconder a obra de arte que tinha acabado de 'desenhar' nos corredores daquela escola, uma obra que possuía sua assinatura estampada nela.

No pouco tempo que lhe restava de paz e tranquilidade, Kobayashi decide retornar ao ponto de partida para pressionar o botão que havia deixado de lado. Curioso, o jovem estudante se deixa levar pelos seus delírios e o aperta sem que precisasse pensar uma terceira vez. Mesmo que ele quisesse, não haviam pistas para destrinchar. Raciocinar sobre as possibilidades não levariam a lugar algum, mas uma passagem secreta certamente poderia presenteá-lo com grandes achados. Isso é, se tivesse uma ali.

Uma, duas, três vezes pressionado e o botão não parecia ter resultado em nada. Ao menos, nada que ele pudesse ver dali. Nenhum alarme ou passagem secreta.

Entretanto, após alguns segundos de um silêncio constrangedor, Kobayashi pôde ouvir um som familiar vindo do galpão onde tinha spawnado. Era o mesmo som de passos pesados e metalizados, provavelmente o mesmo androide que havia enganado anteriormente estava voltando de seu pequeno passeio. Novamente, se quisesse, seu jutsu de ocultação perfeita provavelmente poderia ocultá-lo daqueles olhos robóticos uma vez que estava no vestiário e não haviam quaisquer motivos para que um androide pudesse ir até um cômodo como aquele, certo? Entretanto, mesmo que este fosse o caso, ele provavelmente acabaria se deparando com sua obra de arte nos corredores. O que viria depois disso, provavelmente não seria bom.


Mapa e situação :









/Off



- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] apenas notificando para momentos futuros que, enquanto você não estiver em forma elemental ou projetando algum mercúrio para fora do corpo, > você < não reagirá a quaisquer detectores. Isso, claro, desconsiderando itens do inventário, eles ainda podem reagir a EVENTUAIS detectores de metais. E eu acredito que no animangá não trabalhe isso, mas eu também estarei considerando que você é indetectável para câmeras com visão de calor por ser algo magyko que ainda passa por lentes de certa forma. Por fim, você tem liberdade para encontrar quaisquer tipo de roupas ou artigos que se enquadrem dentro do descrito da mestragem, e obviamente isso também incluí uniformes parecidos com o que o pessoal da ilha usa.

- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] como você não saiu dessa área e até o momento não encontrou nenhuma passagem secreta, o mapa continua sendo o mesmo do turno anterior, mas agora você está dentro do vestuário, escondido atrás de uma porta como só você sabe.

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Estranha. A situação atual era muito estranha. Nos desenhos que o Delinquente gosta de ver, apertar um botão secreto como aquele deveria imediatamente abrir uma passagem secreta no chão ou na parede, mas, para a minha surpresa e atual estranheza, nada havia acontecido. Acabei até mesmo gastando meu precioso chakra herdado dos meus antepassados para utilizar o Esconder Atrás da Porta no Jutsu, mas acabou sendo em vão. Nada aconteceu, nenhuma reação, e devido a isso, nada me restou a não ser sair do meu genjutsu perfeito.

- Hã… E a passagem secreta…?

「- Não existe, idiota. Ainda não percebeu? Você quase afundou o botão de tanto apertar e nada aconteceu. Parabéns!」

Impossível. Eu, Kobayashi, que havia sem querer descoberto parte do meu passado, renascido ainda naquela escola particular desconhecida como um ninja, no meu primeiro botão secreto encontrado por minhas novas habilidades, havia falhado?! 「...pra começo de conversa, ninguém nunca disse que isso abriria uma passagem secreta. Quem garante que não é só um botão para ligar uma luz aleatória?」 – a minha tristeza só não era maior do que a minha vontade de abrir uma passagem secreta na base da força naquele momento. O que me impediu de fazer isso, no entanto, fora o som de passos vindo do galpão onde eu havia acordado.


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Imediatamente olhei em direção a porta por onde um inimigo se aproximava. Pelo som parecido com o que eu tinha ouvido, só podia ser o mesmo tipo de robô android que havia caído no meu genjutsu supremo. Quase ri. Se instintivamente eu consegui realizar um jutsu perfeito como aquele, agora que eu estava despertado seria literalmente impossível dele me encontrar. Mas essa não era a ação ninja correta naquele momento. 「Hm? Não vai usar o “genjutsu” nele?」 – não. Um ninja necessita de informação para realizar suas missões, e aquele robô era literalmente o que eu precisava no momento.

Já que não haviam mais câmeras ativas naquele setor e antes disso também não, derrotá-lo para extrair informações seria o meu próximo passo. Avançaria rapidamente para a porta de entrada daquela área, permanecendo em pé diante dela. Como um ninja que é basicamente indetectável até aos olhos robóticos, eu não precisava me preocupar com ele me sentir por aquela porta ou algo do tipo - caso contrário, ele teria me notado ainda no galpão. Assim, uma vez que a porta fosse aberta, num único impulso para frente, agarraria o robô pela sua ‘cabeça’ aplicando minha Ruptura no Jutsu nela. A intenção era, durante o impulso, conseguir afastá-lo consideravelmente da sala onde eu estava, para quando ele caísse no chão com a cabeça inflada, ela explodisse e aquele assassinato ninja fosse perfeito.

Como iria inflar só a cabeça do robô, o som não seria tão alto ao ponto de alertar todos os estudantes daquela escola - ao menos era o que eu esperava. Caso obtivesse sucesso nisso, iria rapidamente vasculhar o corpo mecânico daquela criatura em busca de informações - principalmente de crachás ou chaves especiais. A porta trancada onde haviam pessoas dentro havia me chamado a atenção, mas não havia como eu entrar sem arrombar a porta e essa opção eu queria que fosse a última. Um robô patrulheiro como aquele deveria ter algo do tipo, eu esperava. Caso não tivesse nada ou até mesmo demonstrasse algum tipo de resistência ao meu ataque, apenas o finalizaria rapidamente. Algo me dizia que eu estava correndo contra o tempo naquele momento e, para um ninja, tempo é ouro.

Terminando de lidar com o pequeno estorvo, retornaria a sala agora sem câmeras indo diretamente ao laboratório. Eu me recusava a sair daquele lugar sem olhar um laboratório de uma escola particular. 「Quem você quer enganar, Kobayashi? Você só quer provar que a sua teoria da pesquisa suprema está certa.」 – Que tal você servir como um bom ajudante ninja e ficar de olho no lado de fora pra mim? 「E como eu vou fazer isso, desgraçado? Eu por acaso virei um fantasma que pode sair do seu corpo agora?」 – SE VIRA! SÓ NÃO ATRAPALHA UM VERDADEIRO NINJA DURANTE UMA MISSÃO DE RECONHECIMENTO!

「Eu juro que, um dia, na primeira chance que eu tiver, irei matar o Kobayashi. Até lá… Já que o desgraçado havia entrado de cabeça nesse RP de ser um ninja, alguém tinha que pensar de forma normal naquela situação. A sorte do maldito é que os instintos dele eram bons e ele notou que não teria mais muito tempo livre numa área extremamente bem vigiada que tivera todas as câmeras desligadas. O robô patrulheiro provavelmente só veio até essa região por conta disso, e agora que ele também foi destruído, era só uma questão de tempo até vir alguém de pele e osso. Não que eu ligue. Por mim essa instalação inteira já estava destruída, tenho certeza que não há envolvimento algum com a Spades e a própria organização não iria gostar nada do que quer que estivesse sendo pesquisada ali.

Sendo assim, enquanto o idiota tentava achar algo para alimentar suas fantasias, eu ficaria de olho em qualquer coisa que desse alguma pista do que estava acontecendo ali. Ou melhor, do que era aquele lugar e de onde estávamos. Após tanto tempo descansando minha força estava em 100% novamente, se fosse necessário, tomar o corpo do Kobayashi para forçá-lo a sair dali não seria difícil. Por hora… Ficaria atento a coisas realmente importantes e a possíveis guardas loucos por sangue de intruso.」

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Concentrada como estava em realizar meu teste, deixei a pergunta de Meylin sobre a necessidade de usar ou não sutiã passar batido. Diferente do que eu imaginava, nada aconteceu com o meu ninjutsu especial para detectar mecanismos ocultos - ou eles tinham muita confiança que conseguiam lidar com invasores problemáticos de outra forma ou não imaginavam que alguém teria a audácia de causar problemas na ilha (o que, particularmente, não me pareceu uma ideia aceitável, considerando a região em que estávamos e tudo mais). No fim, podiam só não ter um detector de metais mesmo, o que me permitia entrar pela porta da frente sem grandes problemas, creio eu. Ainda assim, o sistema de segurança do resort continuava tão obscuro quanto o paradeiro da minha sombra.

– Não, não estou falando do usuário… A sensei comentou que o responsável direto não estaria na vila. Estou falando do jutsu em si, agora sob nova direção. – respondi a companheira sobre o kagemane.

Eu não sabia bem o que esperar daquela região, mas uma caminhada tranquila e ritmada pelas ruas não estava exatamente nos meus planos. Porém, o comentário de Meylin acabou chamando minha atenção para o que eu não tinha percebido. 「Aura de paz e tranquilidade?」  Só reparei o comportamento imprudente da própria Royal Clubs momentos antes, quando ela queria entrar “despreocupadamente” no local alvo da missão. Estreitei os olhos como se pudesse perceber algo a mais só de forçar a vista, ou liberar algum doujutsu que me ajudasse a detectar chakra incomum. Não percebi nada, mas também não devo ter liberado nenhuma tomoe do sharingan para isso.

– Genjutsu? – Foi a minha ideia inicial. Será que eu mesma estava agindo de forma despreocupada? Quando fomos atingidas pela técnica? Imagino que consegui tirar Meylin daquele estado de despreocupação induzida com a minha interrupção, momentos antes de entrar no resort. – Se estamos em um genjutsu, aquele homem grisalho com os dados pode ser um ninja patife jogando uma shuriken e avaliando o próximo alvo. Precisamos ter mais cuidado…

Dei uma última olhada no suspeito, esperando que não ocorresse aqueles momentos estranhos de encaradas com muita tensão envolvida. 「Se ele continuar onde está, não preciso me preocupar…」 Estou considerando que a decisão repentina de Meylin de não entrar no resort possa ter chamado atenção dos vigilantes, já que ela pode ter fugido dos padrões esperados. Com isso, as câmeras estavam ali com outra função: detectar quem “agia fora do padrão” e acompanhar os movimentos do suspeito. O que aconteceria quando descobrissem que havia uma bela ninja que não aparecia nas lentes? Aquela situação me parecia um experimento social, sei lá.

– Estou com a sensação de que vou precisar deixar um terço da alma e uma parcela do meu chakra nessa loja… – Eu queria as roupas mais baratinhas que eu pudesse encontrar, então não fiquei muito confiante de ter encontrado uma loja tão reluzente e gritando luxo. Mas talvez isso fizesse parte do teste da Nine-sensei: ser tentada por coisas luxuosas, materiais e mundanas, mas continuar fiel ao meu nindou. Até hoje não entendia muito bem os critérios dela, mas sabia que eram de alto nível.

Fiz um selo de mão para manter o foco. Agora preciso do sutiã, pensei em uma utilidade ninja para ele e quero experimentar. Como não queria perambular por toda a ilha em busca de melhores preços, entrei na loja usando o balcão da direita, seguindo com a missão alternativa na busca do sutiã pós-cirúrgico preto com alça tamanho P (preferencialmente, o mais barato). O acessório podia se passar por uma blusa, então obedecia os padrões ninja de qualidade. Compartilharia com um possível atendente intrometido o que eu estava procurando para agilizar o processo, se fosse necessário. Além disso, tinha a questão de encontrar vestes parecidas com a dos funcionários - calças, blusa simples branca e colete social risca de giz (trocaria o colete por um blazer se conseguisse, assim talvez rolasse uma camuflagem de gerente). Óbvio que não falaria "QUERO ROUPAS IGUAIS AOS DOS FUNCIONÁRIOS QUE EU VI NO RESORT!!" porque isso ia ser extremamente suspeito.

– Não pretendo entrar lá vestida assim... – comentei baixinho para Meylin, uma vez que ela já tinha dado a opinião dela sobre o plano de se passar por trabalhadora regular do local. – Imagino que dê pra trocar de roupa lá dentro e ganhar um passe temporário para investigar sem chamar tanta atenção. Só tô preparando alternativas… – O plano que eu tinha em mente era bem simples, principalmente porque daria pra bisbilhotar sem aparecer nas câmeras e precisar de uma desculpa melhor pra tentar entrar nos quartos.

Encontrando as peças, correria até o provador para verificar se estava tudo ok - e ok significava que as roupas cabiam, já que eu não tinha reflexo no espelho pra descobrir sobre caimento e tudo mais. Vestiria o sutiã por lá mesmo, preenchendo o espaço vazio do seio ausente com uma bela dose de mercúrio, ficando pronta para lidar com surpresas. O restante das roupas seriam guardadas com meus outros equipamentos, escondidos pelas vestes. Provavelmente a parte mais dolorosa seria a de passar no caixa. Em outra situação, eu arriscaria uma estratégia de pegar emprestado e devolver depois, mas sem saber contra o que eu estava lidando, preferi não ir por esse caminho.

– Felizmente não senti nada comprando essas coisas, além de um vazio de berries. Ou seja, acho que passei? – Pausei para refletir sobre isso e parecia fazer sentido. – Vamos oficialmente dar início ao meu exame de graduação?

Na saída do lugar, tentei verificar o paradeiro do homem suspeito, querendo retornar até o resort em seguida.





[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] não sei se ficou óbvio, mas o que estiver em 「olá paizão」 são pensamentos

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5º Turno
19h29 ☁︎ ☾ - 22º



Baccarat Palace - Distrito Comercial
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A capitã que estivera pensativa a viagem inteira, navegando entre questões a respeito dos Wyldcards e o significado das palavras codificadas de Yoshizawa, ainda não havia chegado a uma conclusão definitiva sobre nenhum dos tópicos, mas ao que se aproximaram da loja que a shinobi tinha encontrado, Meylin inevitavelmente também acabara percebendo o homem suspeito do outro lado da rua. Ele já estava ali antes de chegarem e não parecia particularmente interessado nas garotas, mesmo que periodicamente trocasse olhares entre várias partes da multidão.

- Tsc. - Pensando em como seria bom se tivesse seus gatos para vigiar aquele rapaz, a Royal Clubs não conseguiu conter sua insatisfação. Ela estava confiante de que suas ações lhe trariam frutos no futuro, mas deixá-lo livre enquanto fazia compras também não lhe parecia certo por algum motivo. - Sejamos rápidas. - Concluiu, retornando seu semblante para o fofo-sorridente que ela geralmente exibia para o resto da tripulação. Uma máscara.

A garota cogitara esperar na frente da loja, vigiando o rapaz enquanto Hemumu comprava seu suposto consolo, mas ao pensar por alguns segundos Meylin concluiu que segui-la era provavelmente a melhor opção naquele momento. Afinal, é nítido que seu alvo estava alerta aos arredores, e supondo que ele seja alguém experiente, ela certamente chamaria mais a atenção se começasse a adotar uma postura diferente de repente. Enquanto abordá-lo diretamente não era uma opção, ficar parada ali ou tentar se misturar com o resto da multidão para observá-lo a distância dificilmente seria eficiente se ele fosse um especialista ou se tivesse um haki da observação considerável.

Assim, a dupla de Spades adentrou a loja e rapidamente se colocaram a procurar pelos artigos que Yoshizawa tanto queria. A garota que genuinamente havia acreditado que tinha feito aquela viagem apenas para comprar uma 'muleta' motivacional para sua companheira, surpreendeu-se ao vê-la interessada por roupas similares às que os funcionários do resort usavam. Por um momento, Meylin havia acreditado que aquela ideia tinha sido deixada de lado, mas como haviam câmeras e funcionários espalhados por toda a derp. store, ela optou por guardar seus pensamentos consigo mesma e apenas se pronunciar a respeito de algo importante quando deixassem o lugar.

O sutiã fôra o item mais fácil de encontrar, uma vez que não precisava seguir um modelo ou padrão específico, como o uniforme igual ao dos funcionários. Entretanto, graças a grande variedade de designs e a ausência de 'logos' ou crachás que ligassem diretamente às peças com o resort ou a própria ilha, as duas conseguiram achar dois pares que serviriam para o propósito de disfarce, mas enquanto Yoshizawa priorizava um blazer, Meylin se prendeu apenas ao que tinha visto e pegou para ela um colete social. Por precaução, a capitã que não parecia tão preocupada com dinheiro também aproveitou a oportunidade para coletar artigos de maquiagem e perfumes escolhidos a dedo.

Por mais que aquela loja trabalhasse com uma vasta gama de produtos de diferentes níveis de qualidade, era de se esperar que houvessem poucos itens direcionados à classe média. Aquela afinal, era uma ilha luxuosa, com um dos propósitos principais sendo o de endividar pessoas compulsivas. No fim, mesmo que não tivesse comprado nada além de um pequeno conjunto de roupas, Hemumu havia acabado gastando um valor que ultrapassava o de sua recompensa com folga. As compras de Meylin, porém, foram somadas em quase o dobro daquilo por algum motivo.

- Ah... - Ao que deixaram a loja após efetuarem o pagamento, a Royal Clubs carregava suas sacolas com um semblante genuinamente feliz e satisfeito, quase como se tivesse esquecido completamente suas preocupações anteriores - Eu lhe convidaria para voltar aqui mais vezes, se essa loja não pertencesse ao Joker. - Amigavelmente, a garota se aproximava de Yoshizawa como se tivesse tentando levantar sua moral após fazer um rombo na carteira, mesmo que no fundo ela não desse a mínima para isso. Meylin simplesmente estava transbordando prazer e contentamento, ao ponto em que era totalmente alheia ao problema de sua companheira - Ah sim, sobre isso...

Enquanto a pequenina revirava suas sacolas em busca de alguma coisa, Yoshizawa que ainda não havia se esquecido do tal homem suspeito pôde percebê-lo agora no horizonte da multidão. Ele caminhava calmamente de costas para as Spades, em direção ao extremo oeste da ilha, mas por uma rua diferente da que as garotas vieram. Em uma ilha abarrotada de atrações e turistas, era impossível saber com certeza para onde ele ia, ainda mais sem um mapa ou qualquer informação prévia sobre suas intenções. Porém, se quisessem segui-lo a distância, ainda seria possível.

- Aqui! - Com sua mão, Meylin orgulhosamente erguia uma maleta com uma grande variedade de cosméticos e maquiagens - Se vamos realmente nos misturar com a staff, é bom mudarmos nossos rostos. - Enquanto a súbita mudança de personalidade da pequenina poderia soar, no mínimo, estranha, ela ao menos parecia bem interessada em seguir acompanhando Hemumu.








Baccarat Palace - ???
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Frustrado com a falta de passagens secretas naquela instalação ultra-secreta, Kobayashi deixa o vestiário com um novo objetivo em mente. Enquanto meros mortais poderiam desenvolver algum tipo de PTSD depois da derrota vergonhosa que experenciara em Ithil'thol, o jovem aspirante a ninja sequer cogitava a possibilidade de ser surpreendido por um mero minion. Afinal, sua ocultação até ali já tinha sido surpreendentemente efetiva, e deixá-lo livre para ver o que tinha feito com os corredores também não parecia uma ideia fantástica.

Assim, o Kurasu Iinchou corre para a entrada do setor antes que o androide se aproximasse demais. Graças a ausência de câmeras e o ritmo calmo e despreocupado com o qual o robô caminhava, o rapaz não tivera problemas com isso e rapidamente se esconde novamente atrás da porta. Alguns segundos depois, quando seu alvo adentra o corredor, Kobayashi não perde tempo e se lança contra o androide, usando toda sua força para lançá-lo pressioná-lo contra o chão enquanto executava seu jutsu proibido. A força dos dois era quase equivalente, mas graças ao elemento surpresa e o pouco tempo que precisou para inflar uma pequena parte do robô, em instantes, a cabeça do mesmo inflou como um balão e explodiu em um som abafado pelo corpo do jovem shinobi.

Mesmo que o robô tentasse reagir, suas ações se mostraram fúteis diante da força do delinquente e daquela akuma no mi da vila oculta do cringe.

Com o androide fora de combate, o estudante não perde tempo em vasculhá-lo atrás de objetos de valor. Assim como os de Ithil'thol, aquele também estava equipado com um belo rifle com múltiplas funções de disparo, um key-card, um cubo parecido com os que vira Nathnaught manipulando, e uma espécie de rubi. Ainda que a utilidade de tais itens não fosse tão clara, naquele breve momento de calmaria Kobayashi tinha carta branca para pegar o que julgasse útil.

Após lootear, o cringe shinobi se move em direção ao que havia identificado como uma espécie de laboratório. A sala não estava trancada, e assim como os cômodos que tinha visitado até então, não havia ninguém perambulando por ali. O cenário era menor que o setor anterior, possuindo apenas uma única passagem guiada por uma ponte de metal até o próximo cômodo. Nas laterais, vários monitores enormes exibiam informações e números estranhos que o Kurasu Iinchou só poderia deduzir do que se tratava. Próximo a eles haviam 2 câmeras vigiando o lugar, e o que pareciam ser 3 grandes tanques d'água sustentados por nuvens cinzentas, provavelmente artificiais. Os tanques estavam estacionados nas extremidades do laboratório, e uma grande quantia de bolhas estranhamente obstruía qualquer visão que o estudante pudesse ter do interior.

Abaixo da ponte, Kobayashi poderia ver uma espécie de líquido verde ocupando todo o resto do laboratório. Não era possível ver até onde ia aquilo, mas o jovem poderia ao menos pressupor que aquele 'lago' era bem fundo. Algo talvez mais peculiar no entanto, era a ausência de computadores e consoles que pudessem controlar as nuvens, monitores e talvez até mesmo a parte inundada do laboratório. Ainda que aquele lugar parecesse simples e fosse de fácil acesso, seu propósito e funcionamento certamente permaneciam muito bem escondidos.


Mapa e situação :









/Off



- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] caso não tenha ficado claro até agora, Meylin é navegadora/animadora, e por isso a maquiagem aplicada por ela poderá mudar drasticamente a sua aparência (igual as bizarrices que fazem em cinema, por exemplo). Você mesma pode indicar um rosto/aparência nova se quiser brincar com algo específico. A respeito do fim da mestragem, você pode escolher entre voltar diretamente para o resort ou seguir o rapaz (que está indo na mesma direção, mas por uma rua diferente e por isso não fica claro para onde ele vai). Se sua intenção for retornar para o resort, pode considerar que a entrada está basicamente do mesmo jeito que estava anteriormente, com os mesmos funcionários na porta, ou você pode tentar buscar por outras entradas que lhe agradem mais. Meylin seguirá você independentemente da escolha.

- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] por motivos que não valem a pena convir aqui, é necessário especificar exatamente o que você quer lootear do robô. Eu não vou restringir nada, você pode pegar tudo ou apenas o que julgar necessário.

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– Melhor a gente deixar pra marcar outras visitas em lugares mais amigáveis, pra gente e pros nossos bolsos. Possivelmente uma casa de chá ou local de meditação. Meylin-chan, você é uma mestre ninja em henge no jutsu e disfarces?

Pelo visto, minha tentativa de henge no jutsu e arma secreta no seio ausente iria parecer uma brincadeira de criança da academia ninja perto das habilidades de uma especialista. Seria Meylin não só minha companheira de graduação, mas sim a tokubetsu jounin designada temporariamente para me avaliar? Afinal, era do feitio de Nine-sensei não dar ponto sem nó, considerando que ela era uma pessoa super ocupada e tudo mais.

Aquela nova possibilidade serviu pra me tirar do momento reflexivo após esvaziamento dos bolsos - gama-chan, o sapinho responsável por guardar as economias, agora jazia vazio e morto em minhas vestes. Ao menos, apesar da sensação ruim do gasto exacerbado de berries com tão pouca coisa, o sentimento em si não durou muito, sumindo quando saí da loja já vestindo meu novo acessório.

Na porta, percebi o genjutsu user se distanciando. Mesmo sendo suspeito, não consegui pensar em motivos suficientes para levar minha linha investigativa para onde ele estava se dirigindo, até porque o tempo estava correndo para ter sucesso na missão designada pela Nine-sensei. Por um momento, imaginei se ele não poderia ser o verdadeiro avaliador do exame de graduação, mas não consegui sustentar essa ideia por muito tempo. Teria que aproveitar bem meu horário noturno de trabalho para caminhar com a investigação, que já estava atrasada.

– Se o usuário de genjutsu for alguém importante, acho que nossos caminhos vão se cruzar novamente… Vamos voltar para o resort. – Falei, mais para mim mesma do que para a companheira. Olhando para a maleta pela primeira vez, percebi que a Royal Clubs estava armada até os dentes para mudar a aparência do alvo com base na força se fosse preciso, o que provavelmente significa o auge das suas habilidades. – Certo, mudar o rosto… Me deixe com traços fortes e robustos. Acho que é isso… A partir de agora me chame de Biotônica.

Com um novo sutiã, vestes e rosto, seguiria pela rua já conhecida de volta para a entrada do resort, prestando atenção caso o homem do genjutsu surgisse novamente, já que aí sim seria obrigada a tomar medidas contra o rapaz. Dessa vez, estava pronta para explorar a boca do lobo.

– Vamos dar uma olhada nos arredores. Quero entender um pouco mais da... arquitetura do lugar. – Por "arquitetura", eu quis dizer outras entradas e possíveis rotas de fuga.

Tentei contornar o local em busca de uma entrada menos chamativa do que a principal, ciente que dificilmente acharia algo vazio. Caso não encontrasse outra alternativa ou o suposto nukenin do genjutsu, retornaria para a entrada principal, pronta para ser abordada pelos vendedores.

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O laboratório não havia sido nada do que eu esperava. Minhas expectativas foram completamente arruinadas assim que entrei naquela sala e não encontrei experiências visíveis que iriam contra o respeito e a moral escolar dos quais eu poderia me aproveitar para aplicar uma correção sendo um representante de classe. Haviam certas coisas que, claro, se eu explorasse melhor com certeza encontraria algo já que aqueles tubos gigantes não estariam vazios, mas, sinceramente…

- 「Vamo dar a foda fora daqui, Kobayashi.」

- Bora.

Eram raros os momentos que eu concordava em algo com o Delinquente, mas dessa vez não foram necessárias muitas palavras para me convencer. Aquele líquido verde, as câmeras de segurança, a ponte… Tudo parecia tanta dor de cabeça que, assim como eu já tinha em mente, o Delinquente simplesmente falou sem pensar duas vezes e eu concordei com ele de imediato. Faria um joinha pro laboratório e, saindo dele, retornaria até a entrada da sala trancada que aparentemente tinha gente dentro.

- 「E como você pretende entrar, Grande Ninja Shinobi? Não esqueça que explodir qualquer coisa aqui dentro pode fazer com que as paredes infladas ali façam KABUUUM também.」

- Kuhkuhkuh. Eu não irei explodir a porta, Delinquente. Você subestima demais um verdadeiro ninja. - O respondi com um sorriso confiante no rosto. Enquanto ele fazia uma visível (para mim) expressão de confuso, eu retirei três objetos de dentro do meu manto ninja, que eram um cartão, um cubo e um rubi, os quais eu tinha pego do patrulhador. Os dois últimos não pareciam que iriam servir de algo agora, então apenas os retornei para dentro do meu uniforme. - Esse cartão que o robô de patrulha levava consigo. Pro que você acha que ele serve, Delinquente?! Exato! Abrir todas as portas desse andar cientifico! Caso contrário, porque ele andaria com isso por aí?! Não me parece ser um crachá independente do quanto eu olhe.

- 「...talvez você esteja, pela primeira vez na sua vida, certo… Bom, acho que vale a pena tentar…」

A expressão de derrotado do Delinquente era ótima. Mal ele sabia que, na verdade, se esse maldito cartão não abrisse aquela porta, eu simplesmente derrubá-la na base da força bruta. Mas isso não precisava ser mencionado. 「...às vezes eu me surpreendo com o quão burro você consegue ser, Kobayashi…」 - a. De qualquer forma, o plano B não iria ser necessário já que era impossível o plano A dar errado. Como eu havia explicado ao delinquente, aquele cartão só podia servir para isso - e dessa vez eu definitivamente entraria num laboratório de verdade.

Então, assim que chegasse na porta trancada no começo da sala, observaria melhor como era a tranca e tentaria usar o cartão conforme o necessário. Independente de como eu tivesse que usar o cartão, logo após o seu uso, o guardaria novamente no meu uniforme já que ele poderia ser útil novamente em outro momento. Caso a porta não fosse destrancada com aquele cartão, aí o plano B entraria em ação. Como um ninja experiente, usaria meu Pé Direito no Jutsu nela até a derrubar, podendo enfim entrar naquela sala. Já que poderiam ter pessoas lá dentro, após uma entrada normal ou então mais impactante, era importante que eu tivesse uma boa desculpa para que o meu disfarce ninja permanecesse de pé. E era claro que eu já tinha pensado em algo.


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- Kobaya– *Ahem*. Me chamo Wazashiyo Mumue. Gostaria de pedir que consertasse esse ítem para mim. - E retirando o cubo do meu uniforme, o estenderia sobre minha mão direita na direção do primeiro ser humano que eu encontrasse.

O meu plano era perfeito. Se eu pedisse que consertasse algo que era com certeza daquela escola, ninguém iria suspeitar de mim - ainda mais pelo nome falso que eu havia acabado de criar. Era impossível que conhecessem o nome de todos os alunos daquela escola, então usar um forjado, naquele momento, era a melhor opção. Infiltrado, então, eu poderia conseguir mais informações de onde eu estava e o que exatamente estava ocorrendo ali. Aproveitaria para já ir olhando ao redor o que tinha e se havia algo interessante, como botões vermelhos secretos ou até mesmo documentos. Um ninja sempre leva consigo um ou dois papeis contendo informações dos lugares onde sua missão ocorre, e eu não pretendia fazer diferente.
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