7º Turno
19h37 ︎ ☾ - 22º -
Acho difícil acreditar que alguém um dia foi verdadeiramente próximo do palhaço. - Despreocupadamente, a garota expôs seus pensamentos sem se ligar para o fato daquilo ser apenas um forte achismo de sua parte. Ao fim da conversa, no entanto, ela se limitou apenas a consentir com um gesto do rosto. Provavelmente por se lembrar das famosas vezes em que o líder da organização criminosa conseguia sempre de alguma forma virar a mesa e sair completamente impune ou pegá-los de surpresa mesmo nos momentos mais improváveis, como acontecera recentemente em Pthumerias, aquele claramente era um tópico que tanto Meylin quanto muitos outros mais enraizados dentro da Spades não gostavam de abordar, ainda que necessário.
Por mais verdadeiro e sensato que fosse o comentário de Yoshizawa, a animadora era o tipo de pessoa que não gostava de sequer imaginar um cenário onde ela falharia nesta ilha.
Com o prosseguimento da conversa, sem saber exatamente o que "ninpou" significava, Meylin não pôde conter um genuíno e radiante sorriso confiante, certa de que aquelas palavras claramente faziam parte de um grande elogio. A forma orgulhosa com a qual começou a se portar e exibir seus fiéis companheiros felinos deixavam bem implícito que aquela era uma garota que adorava ter o ego massageado. Naquele momento, diante do resort, a capitã teve a resposta definitiva que queria. Ao menos por enquanto, continuaria a acompanhar uma garota tão "simpática e carismática" quanto Hemumu. Definitivamente, absolutamente, claramente não haviam segundas intenções por trás de tal decisão.
Enquanto a Royal Clubs parecia levemente perdida em seus devaneios, uma animada Yoshizawa se aproximava da dupla de gatos aparentemente tentando imitar o que tinha visto segundas atrás. Por algum motivo desconhecido, no entanto, os felinos rapidamente se esconderam atrás de sua dona, aparentemente assustados ou com medo de algo ou alguém. Fosse algum motivo desconhecido ou fosse sua tentativa de comunicação, fato era que sua mensagem definitivamente não havia sido bem interpretada por alguma razão.
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É possível que a estátua seja apenas uma fachada pra alguma coisa. - Ignorando os gatos que tremiam por de trás de suas pernas, Meylin opinou com incerteza ao ser puxada para fora de seus pensamentos -
Tem gente que acredita que a melhor forma de esconder algo é deixando-o no lugar mais óbvio possível. Como eles tem total controle sobre a ilha, não me parece algo tão surreal. Ainda que Meylin e seus gatos estivessem certos, ainda era cedo para dizer que qualquer uma dessas passagens estivesse vulnerável. Afinal, eles não tinham ido muito longe com suas investigações por precaução. Até agora a viagem tinha sido bem pacífica para as Spades, mas era de se esperar que a situação apenas piorasse daqui em diante. Sistemas de segurança e guardas deviam estar posicionados estrategicamente pelo complexo de alguma forma, algo impossível de prever ou avaliar com informações tão rasas sem nem ter se aproximado da estátua ou do interior do resort em questão.
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Que nome... Exótico. - Entendendo o significado daquelas palavras, Meylin esboçou um semblante pensativo, como se estivesse tentando buscar a origem daquele nome fictício -
Seria esse o nome de um grande ninja do passado? - Porém, como de costume, a garota se limitou a aceitar a teoria mais fácil depois de alguns segundos pensando, sem sucesso em alcançar uma resposta. Mesmo tendo comprado perfumes anteriormente, como sua companheira já havia chegado a uma decisão e ela também não era muito fã de se aventurar por esgotos, Meylin decidiu seguir com a proposta sem pontuar nada. -
Dentro do resort? Eu posso tentar, mas não garanto nada. - Respondeu por fim, repassando as novas ordens para os gatunos. Enquanto aquela não lhe parecia uma má ideia, a Royal Clubs acreditava que a entrada para os dutos não ficasse tão exposta aos turistas. Se tivesse que chutar, ela provavelmente acreditaria que isso daria em algum porão ou depósito escondido, mas se aproximar de lugares assim poderia chamar atenção desnecessária e por isso ela não estava disposta a arriscar tanto.
Ao menos enquanto fosse seguro, seus gatos buscariam pela passagem, mas caso percebessem segurança reforçada em alguma dessas áreas, deveriam voltar às duas imediatamente por precaução. Afinal, Meylin não via vantagem em arriscar seus fiéis companheiros em um mero plano B, algo que ela naturalmente não era muito fã de pensar a respeito.
Com as últimas instruções e preparações feitas por ambas, o grupo enfim concorda em entrar pela passagem principal. Ao se aproximarem, as duas são imediatamente abordadas pela dupla de funcionários que guardavam o portão do complexo desde que chegaram. Tratava-se de uma mulher na casa dos 26 anos e um homem por volta dos 30, ambos uniformizados e portadores do clássico semblante alegre e despreocupado que toda a ilha parecia passar. Ainda sim, eles se portavam profissionalmente e agiam cordialmente com as garotas, as cumprimentando com uma breve reverência enquanto indicavam a passagem para dentro do complexo.
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Perdão, senhorita, mas eu não estou autorizado a deixar meu posto. - Sem demonstrar qualquer reação ao nome fictício de Hemumu, o homem imediatamente respondeu ao pedido da garota enquanto expressava suas mais sinceras desculpas -
É uma política nossa que o check-in deve ser realizado antes do uso de qualquer uma de nossas instalações. Feito isso, na própria recepção vocês poderão encontrar mapas ou solicitar um guia se assim desejarem.Com isso, Meylin sutilmente gesticulou para que seus gatos permanecessem perto, ao menos até que o check-in fosse feito. Como não estavam autorizados a deixar o portão, o casal prontamente indicou a recepção e solicitou que as duas se dirigissem até lá por conta própria. A Royal Clubs havia estranhado a utilidade daqueles funcionários que eram responsáveis por receber hóspedes mas sem não podiam sair dali por algum motivo, mas ao menos por hora ela havia decidido que não valia a pena pensar muito a fundo. Em certo tempo, ela esperava que todas as suas dúvidas fossem devidamente sanadas e pudesse finalmente deixar aquela ilha artificial.
O interior do complexo continuava com um certo movimento de pessoas, mas ao menos a princípio não pareciam haver muitos funcionários. Os poucos que tinham estavam posicionados bem na entrada de alguma das diversas atrações aquáticas que possuíam, ou na frente de alguma das lojinhas em que se era possível alugar artigos como pranchas, boias e biquínis. Assim como em todo o Baccarat Palace, também era possível encontrar câmeras, mas ao menos no exterior elas estavam presentes em menor quantidade, posicionadas próximas às mesmas entradas e na recepção, uma construção mais grandiosa e chamativa, com um aspecto mais moderno que ficava bem no fim do caminho.
Ao ouvir a proposta de Kobayashi, o peculiar invasor cessou seus passos por um momento. Sem tirar os olhos do cubo nem por um instante, ele exibia uma postura pensativa, como se estivesse cogitando o que havia acabado de ser dito. Ou talvez ele também tivesse estranhado a bizarra fala do cubo? Apesar daquele 'filhote' ser tão interessante ao ponto de fazê-lo largar todo o trabalho que estivera fazendo até então, o estranho não parecia totalmente desinteressado na atuação do jovem Spades. Julgando pelo que ele havia feito com a staff daquele laboratório, o andrógeno claramente estava longe de ser alguém inofensivo, mas por algum motivo, por mais arriscado que sua missão pudesse ser, por maior que o risco de uma contra-força se aproximar devido ao alarme, ele não parecia particularmente preocupado ou receoso com algo. Apenas agora, neste momento em que adentrava o laboratório e o inspecionava mais de perto, o Kurasu Iinchou pôde constatar que nenhuma daquelas pessoas estavam de fato mortas. Kobayashi não era um enfermeiro, e sequer possuía visão clara dos ferimentos escondidos pelas longas vestes dos pesquisadores, mas como alguém experiente na arte das brigas interescolares tal fato se tornava óbvio mesmo à distância. Eles ainda respiravam e ao menos a princípio não exibiam nenhum ferimento particularmente preocupante ou chamativo, característico de um grande duelo do Novo Mundo.
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Eu falho em compreender o que me impede de simplesmente pegá-lo aqui e agora... - Ainda em uma postura reflexiva com a mão sobre o queixo, o jovem começou a responder em um tom solene e sincero -
... Mas confesso que você atiçou minha curiosidade. "Wazashiyo Mumue", você disse? - Embora sua expressão continuasse bizarramente difícil de ler por ser algo tão distante dos padrões, algo na forma como ele falava deixava implícito sua descrença na veracidade do nome que Kobayashi lhe forneceu. Por algum motivo, mesmo que aparentasse ser mais relaxado, o andrógeno não exibia brechas e claramente tinha sua guarda elevada diante daquele estranho protótipo de shinobi. Quase como se também estivesse pensando em um nome fictício, ele concluiu após alguns poucos segundos de dúvida -
"Pluribus Unum", ou pode chamar apenas de Unum, tanto faz.Tendo perdido interesse na conversa, o jovem se virou de volta para o computador antes que Kobayashi pudesse se aproximar e checá-lo de fininho. Ainda sim, mesmo que "Unum" tivesse retirado algo da tela, eles estavam no meio de uma instalação ultra-secreta, usando um computador que possivelmente era repleto de informações sobre o que pesquisavam ali. Era impossível se desfazer de tudo num simples teclar, ao menos para aqueles que não conheciam a magia do alt f4.
O que viu foram alguns desenhos do que pareciam ser diversas espécies de criaturas marinhas, de menor porte até algumas que passavam um pouco da estatura humana. Não eram grandes como rei dos mares, mas pareciam ser igualmente diversos entre a variedade de subespécies que possuíam. Algumas até contavam com a presença de braços e pernas, enquanto outras pareciam ser capazes de falar (segundo passagens de textos do computador). Por ter pouco tempo e precisar de um certo cuidado para observar às informações sem ser percebido, Kobayashi não acabara sendo capaz de ver mais alguma coisa. O rapaz não possuía nenhum conhecimento específico naquela área, mas nem mesmo as memórias de seus antepassados ninja continha algo sobre algum daqueles 'peixes'. Todos eram bizarros de alguma forma, dignos do título de criaturas abissais.
Agora próximo à passagem norte, o Kurasu Iinchou se aproxima da grande porta e imediatamente percebe algo preocupante, porém esperado. Naturalmente, uma escola altamente tecnológica como aquela contava com o maldito revestimento anti-delinquente que o enfraquecia só de chegar perto, mas pelo que tinha visto no caminho até ali, não era todo o complexo que era protegido dessa forma. Por algum motivo, apenas as portas eram seladas e indiferentes aos seus poderes. O chão, teto e paredes não tinham sofrido quaisquer alterações e ainda pareciam infláveis. Embora parecessem extremamente resistentes, elas ainda poderiam ser destruídas com algum esforço e muito barulho.
Enquanto terminava sua inspeção das portas, o estudante misterioso terminava suas atividades com o computador ao remover o que parecia ser um pen drive do mesmo. Após guardar o item em um de seus bolsos, o jovem socou o monitor e a CPU em um simples, rápido e direto movimento, fazendo o console parar de funcionar instantaneamente junto com as luzes daquele laboratório. Ainda sim, as luzes de emergência iluminavam o lugar o suficiente para que ambos pudessem se locomover sem muitas dificuldades. Em seguida, ele se ergueu e seguiu em direção ao segundo andar logo atrás de Kobayashi.
O segundo andar do laboratório não era muito espaçoso nem contava com muitas coisas. No centro do salão, o cadáver de um dos androides de Vladimir repousava sobre o chão com um buraco no peito, e logo ao lado dele jazia uma mesa com cadeiras e um laptop que não parecia estar mais funcionando por algum motivo, embora ainda estivesse em perfeitas condições. Na lateral do cômodo, uma máquina de café, uma estante repleta de livros e um pequeno criado mudo com algumas gavetas trancadas por chaves. E só. Ao menos pelo que pudera analisar rapidamente, aquele parecia ser o lugar onde algum supervisor ficava para relaxar enquanto supervisionava os demais pesquisadores e cuidava de alguns assuntos próprios, provavelmente envolvendo o uso daquele laptop.
Porém, nada daquilo era novidade para o invasor misterioso. Ele já conhecia perfeitamente o segundo andar, e se dirigiu imediatamente até o lado do criado mudo, revelando o que parecia ser uma saída de ventilação. Sem dizer nada, ele esperava que suas ações falassem o suficiente por si e adentrou a pequena ventilação em uma posição digna de fanservice. No mesmo instante que o jovem andrógeno desapareceu de vista, Kobayashi subitamente sentiria uma pontada de dor, como se algo tivesse lhe mordido. Olhando para a região para investigar, o estudante veria o pequeno cubo, aparentemente irritado.
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Hey, korrra. O que pensa que está fazendo?! - Disse, ainda em um baixo tom de voz para que o estranho que não devia ter se afastado muito ouvisse sem querer. -
Você realmente acha que aquele cara vai agir como você quer? - Aparentemente ciente do acordo que Kobayashi havia feito, o cubo naturalmente não via motivos para ser gentil com alguém que tinha proposto trocá-lo por um passe para fora daquele lugar. Ainda sim, por algum motivo, ele parecia interessado o suficiente no delinquente para dialogar um pouco com o mesmo.
/Off- Demorou mas saiu, perdão.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] não sei se foi mais um daqueles misstypos, mas como dito anteriormente aqui e em uma conversa nossa, você e a meylin ainda não foram maquiadas e continuam com vossas aparências normais. A mudança ainda não aconteceu por falta de uma ação direta sua e/ou por falta de uma lugar com mais privacidade, afinal não tem sentido preparar um disfarce enquanto vocês estiverem no alcance da visão de funcionários e passageiros (até então, vocês estavam apenas em uma posição mais discreta para conversarem sem chamar a atenção, não é o que eu chamaria de lugar ideal mas eu obviamente não impediria você de o fazer caso houvesse uma ação que diretamente implicasse o feito/necessidade). Apenas deixando claro por causa de partes em que esse detalhe soou meio ambíguo. Eu parei a mestragem antes de levar você para a recepção apenas para o caso de você querer se aventurar pelo resort mesmo assim para tentar tratar disso antes, o casal de funcionários não vai segui-las.
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[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] Sem mapinha esse turno pois você continua no mesmo cômodo e não vi a necessidade de adicionar novos detalhes. Se quiser é só checar o do turno anterior.
Qualquer duvida ou confusão é só me procurar
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