Com o coração martelando dentro do peito, Agemo, ferido e com a mente em turbilhão, agarra sua última shuriken com mãos trêmulas. Cada músculo em seu corpo protesta contra o movimento, mas a determinação em seus olhos brilha mais intensamente do que nunca. Ele sabe que esta é sua última chance, sua última esperança de sobrevivência.
As gotas de suor escorrem por sua testa, mesclando-se com o sangue que escorre de seus ferimentos. Cada respiração é uma batalha contra a agonia que irradia de cada centímetro de sua carne dilacerada. Mas Agemo não pode fraquejar. Ele morde os lábios, prendendo qualquer grito que ameaça escapar, pois sabe que um som, um único gemido, poderia selar seu destino.
Com a visão turva pela dor, ele foca sua mira no pescoço de seu inimigo, cuja confusão momentânea é sua única vantagem. Agemo pressiona os dedos com firmeza na shuriken, sentindo cada entalhe da lâmina sob suas pontas. Ele sabe que não pode errar. Não há espaço para falhas, não agora.
Com um movimento rápido e preciso, Agemo lança a shuriken com toda a força que lhe resta. O metal corta o ar com um assobio sinistro antes de se cravar no pescoço de seu oponente. Um estalo úmido ecoa no ar, ecoando a agonia silenciosa que Agemo suporta. Mas sua vitória é efêmera.
A lâmina não encontra o fim que ele esperava. Em vez disso, ela apenas fere, infligindo uma dor aguda, mas não fatal. A decepção se mistura com o desespero em seu coração quando Agemo percebe que sua última tentativa falhou em dar o golpe final. A posição agora está revelada, sua vulnerabilidade exposta diante de seu inimigo.
Agemo sente um arrepio de terror percorrer sua espinha, mas ele não desiste. Com uma determinação renovada, ele se prepara para enfrentar as consequências de seu ato desesperado. Pois mesmo nas sombras da derrota iminente, uma centelha de esperança persiste, uma chama que se recusa a ser extinta enquanto ele ainda respirar.
No momento em que a shuriken atinge seu alvo, um grito de raiva ecoa pelo ar. O ninja inimigo, impulsionado pela fúria e determinação, lança-se sobre Agemo com a velocidade de uma fera selvagem. Sua kunai brilha à luz fraca, uma ameaça mortal prestes a se concretizar.
Agemo mal tem tempo de reagir quando o ataque do inimigo se concretiza. A dor fulminante irrompe em seu braço esquerdo, um choque elétrico que o deixa momentaneamente atordoado. Seus músculos se retorcem em agonia, o mundo ao seu redor se tornando uma névoa de sofrimento e desespero.
A kunai corta sua carne, deixando uma trilha de dor ardente em seu rastro. Agemo sente o calor do sangue que escorre, a cada batida de seu coração pulsando como um lembrete brutal de sua própria mortalidade. Sua força vacila, sua resistência despedaçada sob o peso da dor e do desgaste.
O golpe incapacitante do inimigo o deixa vulnerável, suas defesas desmoronando diante da ferocidade implacável de seu adversário. Agemo luta para manter a consciência, para reunir o último fio de sua determinação fraturada. Mas é uma batalha perdida antes mesmo de começar.
O ninja inimigo ergue-se triunfante sobre Agemo, seu olhar impiedoso perfurando a escuridão com a promessa de um destino sombrio. Para Agemo, a derrota é inevitável, um fato tão certeiro quanto a lâmina que ainda repousa em seu braço, uma marca indelével de sua luta desesperada pela sobrevivência.
— Eu disse que iria te matar, não disse garoto!? — O ninja fala antes de executar Agemo.
O instante de desespero atinge seu ápice quando o ninja inimigo se prepara para desferir o golpe final, sua kunai envolta em uma aura sinistra de chakra mortal. Agemo, encurralado e debilitado, mal consegue erguer um gemido de protesto diante do destino iminente que se desenha diante dele.
Uma flecha...
Entretanto, antes que o golpe caia, o mundo parece congelar em suspenso. Uma flecha, rápida como um raio, surge do nada, cortando o ar com precisão letal. O projétil atravessa o espaço entre eles com uma velocidade inacreditável, atingindo o peito do ninja inimigo com um impacto devastador.
O olhar triunfante do inimigo se transforma em choque e horror enquanto seu corpo é arremessado para trás pelo impacto da flecha. O som abafado de seu último suspiro se perde na noite, enquanto ele desaba, vencido por uma força invisível que o arranca da existência num piscar de olhos.
Agemo mal pode acreditar no que seus olhos feridos testemunham. Ele se vira, buscando o autor dessa intervenção inesperada, seu coração ainda batendo descontroladamente contra as paredes de seu peito ferido. Na penumbra além, uma figura emerge das sombras, seu arco ainda estendido, uma aura de destemor e determinação irradiando de sua postura firme.
Uma sensação de alívio inunda Agemo enquanto ele encara seu salvador improvável. Por um instante fugaz, a esperança se reacende em seu coração, uma chama frágil, mas inegavelmente viva. Pois mesmo nas profundezas mais sombrias da adversidade, há sempre uma luz, uma mão estendida na escuridão, pronta para guiar aqueles que ousam lutar até o último suspiro.
Simultaneamente os outros ninjas nômades começam a serem mortos por figuras misteriosas que surgem das sombras.
Um dos ninjas, que havia acabado de ser derrotado por Kitsuchi, geme de agonia soltando algumas palavras em seus últimos suspiros:
— V-vocês sabem para quem nós trabalhamos...? Ele não vai deixar as coisas assim... Oroch.... — Antes que o sujeito termine sua frase, a mesma flecha que salvou Agemo atravessa sua cabeça, o finalizando.
Kitsuchi olha para seus salvadores, com um olhar de desconfiança.
Um individuo se aproxima de Agemo, ele usa uma bandana de Ishigakure e carrega um arco, mas o que chama mais atenção do garoto é o fato de que o sujeito tem quatro braços.
O ninja que salvou Agemo.
— Hey, você está bem garoto? — Ele pergunta com um semblante de seriedade sobre o rosto.
— Tayuya cuide dele.Uma garota de cabelos vermelhos e rosto de poucos amigos se aproxima dos dois.
— Não me dê ordens, idiota... — A garota fala antes de se aproximar de Agemo e começar a curá-lo.
— Então, parece que você está nos devendo uma, amigo? — O ninja fala para Agemo abrindo um curto sorriso.
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