— Lembrem-se de alternar quem da dupla ativa o seu bastão luminoso para não faltar luz — diria, pouco antes de se separarem.
Conforme caminhavam, o mau cheiro crescente nos corredores finalmente fez Han perceber uma coisa: talvez o cheiro fosse intencional. A escuridão tornava o ambiente perfeito para agir sem ser visto. No entanto, se existisse alguém com olfato mais apurado por ali… De nada adiantaria todo o sigilo.
Para confirmar isso, porém, teria de perguntar se a mina sempre cheirou mal daquele jeito para alguém. Algo que provavelmente o deixaria com cara de moleque enjoado da cidade. Porém, não se importava com isso, desde que cumprisse as ordens de Ōnoki com sucesso.
— S-sim, viemos investigar… — meio encabulado, responderia ao guarda. — Não quero parecer rude ou soar estranho, mas preciso perguntar — mais firmemente, ressurgiria dirigindo-se aos guardas. — Essa mina sempre teve esse cheiro forte? Ou é algo mais recente? — finalizaria, alternando os olhares entre eles para observar suas reações.
[...]
Ao chegar no salão, faria uma tentativa de comunicação no rádio. Chamaria por Han e Kuki para ver se a coisa funcionava dentro da terra. Então, independentemente do resultado, seguiria com as investigações.
Estando as paredes limpas de sinais de Manipulação ou não, o sumiço das pegadas tinha cheiro de queima de arquivo. Algo que reforçava ainda mais a teoria de que o sujeito surgia do chão, paredes ou teto. Afinal, pegadas que não começassem e terminassem em direção à saída e que apenas se concentrassem ao redor dos bens valiosos certamente entregariam o modus operandi.
O que não conseguia explicar, porém, era aquela pegada maior sozinha. Será que o sujeito estava usando uma grande armadura de doton para não deixar digitais por aí?
— Brakios, você conhece algum animal que poderia deixar uma pegada dessas? — voltaria-se para o companheiro, que parecia entender mais de animais. — Será que não tem nenhuma toupeira, minhoca, barata, cobra ou rato para entrevistar por aí? — prosseguiria, dando também uma sugestão ao dr. dolittle.
Ademais, Haku permaneceria atento aos arredores, principalmente com seus ouvidos e tato — para o caso do doton de locomoção causar tremores —, já que a visão e o olfato estavam prejudicados. Aproximaria o seu bastão ou pediria que Brakios aproximasse o dele — dependendo de quem tivesse ativado primeiro — da tal pegada maior para vê-la em mais detalhes.
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