Fronteira — País dos Pássaros

Após uma momento turbulento, eu me via caminhando com dois novos integrantes, vindos diretamente, nas palavras deles, de ishigakure. Eles não pareciam confiáveis mas era bom evitar inimizades a medida do possível.

"E então... Kidomaru, percebi que usa um arco e flecha. Gosta de caçar ?" Perguntei para o jovem de 4 braços, tentando descontrair um pouco o clima.

Agemo observava Kidomaru, o mais recente integrante do grupo, com curiosidade evidente em seus olhos. Enquanto caminhavam pelos caminhos sinuosos em direção à cidade de Komurasaki, ele sentia a necessidade de quebrar o silêncio tenso que pairava sobre o grupo desde sua última escaramuça.

— Depende da presa... — Kidomaru respondeu, seu sorriso expressivo transmitindo uma confiança que era quase palpável. A resposta enigmática despertou o interesse de Agemo, fazendo-o querer saber mais sobre o novo companheiro de jornada.

A conversa porém teria que ser interrompida assim que os ninjas chegaram na cidade de Komurasaki.

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À medida que o grupo adentrava a parte mais rica da cidade de Komurasaki, seus passos ressoavam nas ruas pavimentadas, contrastando com a atmosfera agitada e vibrante do lugar. As fachadas elegantes das mansões e palácios erguiam-se majestosas ao redor deles, testemunhas silenciosas da opulência e do poder que reinavam naquelas terras.

Ao chegarem à residência do contratante, a expectativa pairava no ar enquanto eles se preparavam para encontrar o senhor Hui Hui e receber suas instruções. No entanto, o que encontraram foi algo completamente inesperado.

Em vez do senhor Hui Hui, uma jovem garota os recebeu à porta. Seus olhos grandes e expressivos brilhavam com uma mistura de surpresa e determinação, enquanto ela os observava com curiosidade. Seus cabelos escuros caíam em cascata sobre os ombros, emoldurando um rosto jovem e marcado por uma determinação incomum para alguém de sua idade.

Agemo e seus companheiros trocaram olhares perplexos, surpresos com a reviravolta inesperada dos acontecimentos. Onde estava o senhor Hui Hui? E quem era essa jovem que agora os recebia em seu lugar?

Com um gesto gracioso, a garota os convidou a entrar, suas palavras soando suaves e confiantes. Era evidente que ela estava no controle da situação, apesar de sua aparência juvenil. Enquanto o grupo seguia a jovem pelos corredores luxuosos da mansão, uma sensação de intriga pairava no ar, envolvendo-os como uma névoa misteriosa que obscurecia o que estava por vir.

Vendo o ambiente em que eu estava, percebi que não podia me expor muito e que precisava tomar cuidado com as palavras.

"Sou Agemo, shinobi de Iwagakure" Me apresentei de forma curta porém educada e com informação suficiente.

A atitude reservada de Agemo não passou despercebida pela garota. Enquanto ele compartilhava apenas informações essenciais sobre si mesmo, mantendo sua história envolta em mistério, os ninjas de Ishigakure, por outro lado, pareciam não ter reservas em revelar detalhes de suas vidas e experiências.

— Eu sou Kidomaru Madarame do Clã dos caçadores do País dos Pássaros, nosso Ishikage me enviou para essa missão por causa das minhas habilidades em encontrar presas, eu vim caçar os criminosos que mataram seu pai.

A expressão da garota se tornou mais séria, seus olhos analíticos sondando cada um dos presentes com uma intensidade que não deixava margem para dúvidas. Enquanto os ninjas de Ishigakure continuavam a falar, expondo seus passados e habilidades com uma franqueza surpreendente, Agemo permanecia em silêncio, observando atentamente a reação da garota diante das revelações de seus companheiros.

— Minha especialidade é o combate de longa distância, mas eu também posso utilizar técnicas secretas.


A desconfiança pairava no ar, densa como uma névoa, enquanto a garota processava as informações que lhe foram apresentadas. Ela buscava por pistas, por qualquer indício que pudesse revelar a verdade por trás das palavras dos ninjas e do silêncio de Agemo. Afinal, em um mundo onde a confiança era tão rara quanto preciosa, a cautela era uma aliada indispensável na jornada pela verdade.

Enquanto o grupo aguardava ansiosamente por sua decisão, a garota permanecia pensativa, seus pensamentos um enigma envolto em sombras. O que ela faria com as informações que havia recebido? E como isso afetaria o desfecho da missão que os aguardava? 

A garota se levantou e pediu que os Genin de Iwagakure se retirassem da sala, porém Kitsuchi interveio. 

— Eu sou Kitsuchi "A Muralha", você com certeza deve ter sido informada sobre quem eu sou. Eu atesto a qualidade e lealdade desses garotos.


Após as palavras de Kitsuchi, a garota aceitaria a presença do ninjas de Iwagakure, embora claramente demonstrasse não confiar neles.

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A garota voltaria a se sentar e começaria a contar sua história:

— Fazem três dias que meu pai morreu, na verdade, oficialmente ele tirou a própria vida. Isso aconteceu depois que sua loja foi roubada. Eu consegui esconder a morte dele das autoridades subornando os investigadores oficiais e contratei investigadores independentes, eles confirmaram o suicídio dele, afirmaram que não havia outra possibilidade, embora meu pai tenha se matado com a mão direita e fosse canhoto. 

— Eles consideraram o roubo da loja como motivação, porém tem uma informação de que nenhum dos investigadores sabia, praticamente todos os itens da loja do meu pai eram falsos, eram réplicas, não haviam itens realmente valiosos entre os bens roubados, com exceção de um único item, um pergaminho de selos proibidos. Porém o pergaminho não estava na loja e o fato mais estranho, o cofre onde o pergaminho estava foi acessado depois da morte de meu pai, sendo que ele possuía uma trava especial que só podia ser aberta através da impressão digital de meu pai, mas nenhum de seus dedos foi arrancado. 


— Eu contratei vocês para descobrirem quem matou meu pai e recuperarem o pergaminho roubado. Eu tenho um suspeito, pouco antes do meu pai morre um sujeito estranho foi a loja dele e fez perguntas suspeitas, eu pedi que um pintor fizesse um retrato dele de acordo com a minha descrição.

Não julguei a desconfiança da garota para cima de mim, mesmo depois de minha apresentação, mas me senti bastante agradecido ao ver que Kitsuchi sensei confiava em mim e no meu caráter.

Após isso, ouvi atentamente o relato garota, eu precisava saber os detalhes para começar a investigar. Eu ouvia atentamente até perceber kidomaru controlando a sua parceira.

"Talvez ela já tenha tido alguma experiência com o suspeito" Eu pensei.

Algo como já ter sido atacada por ele, ou pela aldeia do som. É algo a se pensar.    

"Por onde começar ?" Pensei ao ouvir a pergunta de Kidomaru.

Fui pelo caminho mais intuitivo.

"Primeiro, podemos analisar o que temos" Eu Respondi.

Comecei a analisar a informação enquanto comentava com o grupo.

"A primeira pista é que o pai da garota tirou a vida com a mão não dominante dele. Isso significa que ele foi induzido ao suicídio por uma força externa" Analisei enquanto discutia com o grupo.

"Um genjutsu eu pessoalmente descarto por ele não ter usado a mão dominante" Comentei a possibilidade.  

"A segunda pista é o pergaminho roubado. Quem roubou certamente tem como objetivo ter conhecimento de jutsus proibidos. Esse assassino parece conseguir replicar partes do corpo de outras pessoas também"  Foi como analisei a segunda pista.

"E a terceira pista é o suspeito ... " Comecei a analisar.

"Ele tem partes do corpo a mais igual ao Kidomaru" Percebi em pensamento, o que me gerou uma suspeita contra a dupla que acompanhava o time.

"O suspeito parece ter uma segunda cabeça nas costas ?!" Fiquei impressionado com o fato assim que bati o olho na pintura.

"As chances de estarmos diante de fetus in fetu crescido é bastante pequena, meu palpite é que isso é algum tipo de modificação" Comentei a possibilidade do que poderíamos vir a enfrentar.



"E então ? O que acham ?" Perguntei a opinião do grupo sobre isso tudo.

Embora Agemo tenha escolhido manter sua história envolta em mistério, suas habilidades dedutivas não passaram despercebidas por Kitsuchi e pela garota Feng. Enquanto os ninjas de Ishigakure revelavam detalhes sobre suas vidas, Agemo permanecia silencioso, observando atentamente cada palavra, cada gesto, como se lesse entre as linhas da narrativa que se desenrolava diante deles.

Quando a garota Feng percebeu que Agemo estava captando nuances sutis que escapavam à maioria, um sorriso de admiração e surpresa se formou em seus lábios. A expressão de Kitsuchi, por sua vez, refletia uma mistura de respeito e contentamento diante das habilidades do jovem ninja.

"Você tem um talento especial para ler as entrelinhas, Agemo", comentou Kitsuchi, seu tom carregado de aprovação. "Suas deduções são impressionantes e úteis para essa missão."

Feng assentiu em acordo, seus olhos brilhando com uma nova apreciação pelo silencioso membro do grupo. "É reconfortante saber que podemos contar com alguém tão perspicaz como você ao nosso lado", acrescentou ela, seu tom revelando gratidão genuína.

Agemo aceitou os elogios com modéstia, mas uma sensação de satisfação aqueceu seu coração. Ele sabia que, apesar de sua natureza reservada, suas habilidades não passavam despercebidas pelos olhos atentos de seus companheiros. 

Incomodado com o questionamento de Agemo, Kidomaru responderia "Meus braços são fruto de uma técnica Hiden única do meu clã, não é algo igual no mundo ninja."


"Uma técnica capaz de replicar partes do corpo de outra pessoa? Não existe algo assim no mundo ninja", afirma a companheira dele Tayuya. 

Kitsuchi concorda com ela afirmando que nunca ouviu falar de nada assim.

"Provavelmente o inimigo usou alguma técnica para inutilizar o fuuinjutsu que seu pai mantinha para proteger o pergaminho", Kidomaru diria antes de questionar a garota, "Você não parece ser uma ninja, suponho que esteja atrás do ninja que matou seu pai por vingança, mas por qu está interessante na recuperação do pergaminho?"

"Não, você entendeu errado. Esse pergaminho além de ser guardado em um local que só meu podia acessar, possui uma trava especial que não pode ser aberta por alguém que não conheça a senha, acontece que a senha é tão complexa que mesmo meu pai não a conhecia, ele a mantinha escondida em um local secreto, eu tenho medo que os inimigos venha atrás de mim para descobrir a senha.", Feng responderia.

"Entendo, então nós temos que encontrar esse criminosos e eliminá-lo antes que ele venha atrás de você", Kidomaru retrucaria. 

"Ou nós podemos esperá-lo vim até a senhorita e então emboscá-lo", diria Toji Zenin.

"E-eu não quero servir de isca", Feng diria assustando enquanto Kitsuchi repreendia Toji com um soco na cabeça.

"A garota está certa, mas é melhor que nós deixemos alguém aqui cuidando dela, não é?", Kidomaru diria abrindo um sorriso amigavel para Feng. "Enquanto isso vocês procuram o criminoso", ela continuaria.

"Não, é melhor que ela fique com um de nós, longe daqui, assim o criminoso não conseguirá encontrá-la", Kitsuchi responderia. "Você tem um mapa da cidade?", ele perguntaria direcionando o olhar para Feng.

"Sim", após responder a garota pegou um mapa em uma das estantes na sala e o abriu sobre a mesa, junto ela tinha um pincel que ela usou para marcar três pontos no mapa.


"Esses são os pontos mais provaveis onde vocês pode encontrar o criminosos, são locais para onde um ladrão iria, o cassino da cidade (1), o mercado clandestino (2) e a casa de leilões (3)"


"Muito bem, vamos nos dividir em três grupos e ir nesses locais tentar encontrar o criminoso, o grupo que o encontrar deve avisar o outro grupo imediatamente, eu tenho alguns rádios transmissores", Kitsuchi responderia entregando os transmissores, um para Agemo e o outro para Kidomaru.


Os ninjas decidiriam fazer a divisão dos grupos como: Kitsuchi e Eiyou iriam para o cassino, Agemo e Toji para o mercado clandestino e os ninjas de Ishigakure para a casa de leilões. 

"Eu acredito que a senhorita Feng deve vim com nós", Kidomaru diria logo após a divisão dos grupos ser feita.

"Essa decisão é dela", Kitsuchi retrucaria demostrando um grau de desconfiança.

"M-muralha-san eu prefiro ir com os ninjas de Ishigakure, espero que o senhor entenda", Feng falaria e Kitsuchi responderia acentindo com a cabeça.

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Após os ninjas sairem para sua missão, Kitsuchi se aproximaria dos Genin e avisaria Agemo e Toji: "Eu não devia fazer isso, mas eu não confio nesses ninjas de Ishigakure, a missão de vocês dois na verdade será seguir o grupo de Ishigakure e me avisar caso algo estranho aconteça, eu e Eiyou vamos averiguar o cassino e o mercado, entenderam?", logo em seguida Kitsuchi se afastaria. 

Toji se aproximaria de Agemo e esquinaria, "Então, qual será nossa estratégia para seguir esses dois? Aquele Kidomaru disse que é um caçador experiente, quem é bom em encontrar pessoas também é bom em não ser encontrado." 

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"Tive uma ideia" Eu respondi para Toji.

Rapidamente pego minha argila e começo a moldar.

"Esse país é conhecido por ter muitos, não é ? só precisamos fazer alguns que se camuflem entre as aves locais para se aproximarem deles. Assim, nós podemos segui-los um pouco mais de longe e não nos arriscamos assim" Expliquei o meu plano.

"Além do mais, eles não viram eu usando a argila, e nem sabem do meu clã. Então o máximo que pode ocorrer é pensarem que os pássaros são de algum outro ninja" Terminei minha explicação para Toji.

Após terminar de modelar alguns pássaros, compartilhei minhas suspeitas com meu colega de time.

"E cai entre nós, Toji. Tenho a impressão de que eles possam estar trabalhando com o suspeito do retrato" Disse com um pouco de preocupação a possibilidade de ter que enfrentar três oponentes.

Terminada a explicação, eu soltos os pássaros de argila para sigam Kidomaru e Tayuya sem chamar muita atenção e me uno a Toji para começar.

Agemo observou atentamente o grupo de Ishigakure se afastando, preparando-se para iniciar a perseguição. Com um gesto hábil e uma concentração intensa, ele moldou pequenas quantidades de argila em forma de pássaros, cada um com uma habilidade surpreendente de voo e agilidade. Assim que estavam prontos, os pássaros de argila levantaram voo, seguindo silenciosamente o rastro deixado pelo grupo ninja.

Enquanto Agemo concentrava sua energia na criação e no controle dos pássaros de argila, uma série de eventos inesperados se desenrolava entre os membros do grupo de Ishigakure. Kidomaru, desconfiado da presença de um possível rastreador, tomou uma atitude impulsiva e decisiva.

Com um movimento rápido e preciso, ele quebrou o transmissor entregue por Kitsuchi, acreditando que continha um dispositivo de rastreamento. O pequeno objeto se desfez em suas mãos, fragmentando-se em pedaços enquanto Kidomaru olhava com satisfação, convencido de que havia eliminado qualquer ameaça de serem seguidos.

A ação de Kidomaru não passou despercebida por Agemo, que observou com uma mistura de surpresa e preocupação. 

A escuridão se adensava sobre a cidade conforme a noite caia, como se as sombras conspirassem para ocultar os perigos que aguardavam os ninjas naquela noite. Os ninjas de Ishigakure avançavam silenciosamente pelas ruas sinuosas, seus movimentos tão imperceptíveis quanto os murmúrios do vento noturno.

À frente, a imponente casa de leilão se erguia como um bastião sombrio, suas paredes de pedra ocultando segredos insondáveis. Era para lá que os ninjas se dirigiam, guiados por um propósito oculto e urgente.

No momento em que estavam prestes a adentrar a casa de jogos, Toji, com uma expressão grave, dirigiu-se a Agemo. "Acha que devemos seguí-los ou chamar Kitsuchi-sensei?" sua voz ecoou na noite, carregada de incerteza e tensão.

Agemo sentia um frio na espinha ao ponderar sobre a situação. Se os ninjas de Ishigakure estivessem realmente envolvidos com o criminoso, a vida de Feng estaria pendurada por um fio, à mercê das intenções sombrias que se desenrolavam diante deles. Cada segundo que passava era como uma contagem regressiva implacável, cada batida do coração ecoando a urgência desesperada da situação.

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"Vamos chamar o Kitsuchi-sensei pelo rádio. Diga que eles estão entrando no cassino" Respondi de forma firme.

O rádio era nossa melhor opção, ir atrás de Kitsuchi nos faria gastar muito tempo, tempo que não podemos perder nessa situação.

"Até ele chegar, precisamos garantir que os ninjas de Ishigakure não saiam desse cassino e muito menos que fiquem sozinhos com a senhorita Feng" Expliquei o que planejava.

Meu plano era deixar Toji na saída, enquanto eu entrava no cassino para observar a movimentação dos ninjas de Ishigakure. Seria arriscado para minha segurança mas não poderia arriscar a falhar a missão.

"Eles ainda não suspeitam muito de mim, se questionarem algo, eu digo que encontrei o suspeito e vim para avisá-los" Eu pensei numa resposta para caso eles me vissem dentro do cassino.

Agemo sentia o peso da decisão pesar sobre seus ombros enquanto trocava palavras acaloradas com Toji. Ele entendia a urgência de proteger Feng a qualquer custo, mas também reconhecia a importância de contar com a ajuda de Kitsuchi. Com um nó na garganta e o coração acelerado, ele finalmente tomou sua decisão.

Toji o assentiu, compreendendo a gravidade da situação. Com um último olhar de preocupação, ele observou Agemo se afastar em direção ao cassino, pronto para enfrentar os perigos que o aguardavam.

Agemo entraria no cassino e ainda na entrada, daria de cara com um gigante de cabelo alaranjado. O jovem que era tão alto quanto Kitsuchi, tornava o pequeno garoto de 1,49 ainda mais baixo. Ele encarou Agemo e em seguida o ignorou, indo em direção a saída.


Ao adentrar o cassino, Agemo foi confrontado com uma cena de extravagância e decadência. A multidão de senhores feudais e homens de negócios ricos jogava e bebia em meio a garotas bonitas, protegidos por mercenários sombrios que observavam atentamente cada movimento.

Determinado, Agemo procurou pelos ninjas de Ishigakure e por Feng, seu coração batendo forte no peito. Ele os avistou nos fundos do cassino, prestes a desaparecer por uma porta escondida, mas antes que pudesse agir, uma mão pesada pousou em seu ombro.

Olhando para trás ele viu o gigante.

"O que você está procurando ninja da Pedra?", ele questionaria o garoto.

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Entrando no cassino, com o coração, eu me deparo com um jovem ruivo. Enquanto eu passava, ele olhou para mim, e eu olhei para ele, semelhante a um filme de faroeste antigo. Logo cada um seguiu o seu caminho.

Chegando no interior, me deparo com tudo o que o cassino tinha a oferecer, jogos de azar, bebidas, senhores de meia-idade procurando uma forma de gastar o seu dinheiro na tentativa de ganhar algo e garotas neotênicas para seduzi-los a ficar e gastar mais.

"Não tenho tempo a perder" Voltei o meu foco para a missão.

Após procurar e achar os meus alvos indo para uma porta escondida eu soube que aquilo não acabaria bem, mas antes que pudesse fazer algo o mesmo garoto ruivo de antes aparece atrás de mim e põe a mão no meu ombro. Ele perguntou o que eu procuro.

"Procuro meus colegas de time fanfarrões, o capitão está chamando todos" Respondi de forma ambígua para que ele pudesse me deixar em paz mais rápido.

"Um cassino não é lugar para crianças, baixinho", Agemo sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao ouvir a resposta do garoto de cabelos alaranjados. Embora aparentasse ter a mesma idade que ele, havia algo no ar que o deixava desconfortável, uma sensação de alerta que ecoava em sua mente como um sinal de perigo iminente.

Enquanto o garoto se afastava, abrindo caminho para Agemo, o Genin não pôde deixar de notar a estranheza de sua presença ali. Seus instintos aguçados gritavam para que ele permanecesse em guarda, consciente de que nem tudo era o que parecia naquele lugar sombrio e carregado de segredos.

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"Falou o homenzinho de ossos largos" Pensei numa resposta debochada, mas preferi não falar para evitar evitar conflito.

Seja como for, aquele "homenzinho" me passava uma estranha sensação mesmo depois de liberar o caminho.

"Estaria ele trabalhando com os outros dois ?" Pensei na possibilidade devido a estranha sensação.

"Mesmo que ele esteja, esse jovem não está junto dos outros, talvez esteja desempenhando um papel parecido ao que dei a Toji ?" Teorizei um pouco enquanto voltava a me dirigir ao meu objetivo de ir atrás dos supostos ninjas de Ishigakure.

"Se ele ainda estiver na saída depois disso tudo, é porque eu estou certo"

Terminando a minha dedução, eu discretamente amasso a argila em uma das minhas mãos e faço um pequeno inseto. Uma bomba escondida em minhas roupas me ajudaria numa eventual emboscada contra esse pessoa.

Com inteligência afiada e cautela aguçada, Agemo criou um pequeno inseto de argila como medida de contenção, um aliado silencioso guardado nas dobras de suas roupas, pronto para agir em caso de emboscada iminente. 

Enquanto atravessava o cassino, Agemo não passava despercebido. Alguns ricaços resmungavam sobre a presença de uma criança no estabelecimento, enquanto outros tentavam suborná-lo com dinheiro. No entanto, Agemo ignorava os olhares e propostas, mantendo seu foco na tarefa que o aguardava. Finalmente, ele alcançou a porta e percebeu que ela estava entreaberta, uma passagem para oum provavel e inevital confronto o aguardava, mas Agemo sabia que não devia ser pego com a guarda baixa ou cair em armadilhas. 

Com o coração acelerado, ele hesitou por um momento, consciente de que o perigo estava a espreita. Com uma respiração profunda para fortalecer sua determinação, Agemo parou em frente a porta. 

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