Abismo do Totem Etéreo - País do Relâmpago

Normalmente, Hanya sempre contava com alguém para apoiá-la em combate, seu mestre ou seus amigos assumiam a linha de frente, enquanto ela permanecia na retaguarda, oferecendo o suporte necessário. A situação agora, porém, não era nada favorável para a menina de doze anos. Sua especialidade não era o combate corpo a corpo, e o ninja Aburame à sua frente era claramente mais rápido e mais forte. No entanto, algo chamou a atenção de Hanya.

— Se não me engano, os ninjas desse clã são especialistas em combate a médias e longas distâncias, usando esses insetos. O fato de ele ter sacado uma adaga me leva a crer que também sabe lutar de perto, um ninja versátil. É raro um lutador ser bom em Genjutsu. Talvez, se eu conseguir aplicar uma das minhas técnicas, eu tenha alguma chance contra ele.


— Preciso agradecer a Tayuya, pois esse jutsu que criei foi inspirado em uma de suas melhores técnicas. — Ao estimular suas glândulas sudoríparas com chakra, Hanya começou a produzir um suor denso, viscoso e com um aroma doce e sedutor. Esse aroma servia como catalisador sensorial para o genjutsu: qualquer um que inalasse o perfume seria imediatamente imerso em uma ilusão aterrorizante.

— Eca, eu odeio essa técnica, porque ela me deixa toda pegajosa. É por isso que eu a chamo de... Hanya Fedorenta Nioi Han'ya.

Caso o Genjutsu olfativo não funcionasse de imediato, Hanya estava pronta para usar outra técnica. Com um leve toque em seus brincos, ela ativaria o Kane no Oto, um Genjutsu sonoro que confundiria o inimigo, criando múltiplas ilusões de Hanya no ambiente.

Nioi Han'ya [Suplementar - Alcance Variável - Epicentro]
Essa técnica é um genjutsu de manipulação direta. Ao ativar o jutsu, o usuário estimula suas glândulas sudoríparas com chakra, resultando em um suor denso, viscoso e de aroma doce e sedutor. Esse aroma serve como um catalisador sensorial para o genjutsu: qualquer vítima que inale o perfume é imediatamente submersa em uma ilusão aterrorizante. Na ilusão, a vítima sente seus membros sendo arrancados lentamente, causando um intenso sofrimento psicológico, o que ocasiona em aplicação de dano mental. O jutsu é particularmente insidioso, pois, mesmo que a vítima rompa o genjutsu com técnicas como Kai, ela poderá ser afetada novamente se permanecer dentro da área de alcance expandida. O uso prolongado da técnica causa desidratação intensa, o que pode limitar a capacidade do usuário de sustentá-la por longos períodos.

Observações:
— A técnica começa em curto alcance no turno de ativação.
— No segundo turno, o jutsu se expande para médio alcance.
— No terceiro turno, atinge longo alcance e pode ser mantido nesse estado por tempo indeterminado, enquanto o usuário consome chakra a cada turno para manter a técnica.
— A manutenção da técnica não exige uma nova ação, apenas o consumo de chakra contínuo a cada turno.

Romper o Genjutsu:
— Se a vítima usar uma técnica como Kai ou um método para romper genjutsus, respeitando claro as regras especificadas do regimento, ela se liberta da ilusão.
— No entanto, a vítima não será recolocada automaticamente no genjutsu nos turnos seguintes, a menos que o usuário execute uma ação adicional para aplicar o genjutsu novamente. Ou seja, o genjutsu não é reaplicado automaticamente em quem já o quebrou.

@Nie @Zatrys @Ben Ikneg

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Uchiha Hanya sentiu a escuridão consumir seus olhos, transformando o mundo ao seu redor em um vazio absoluto. A cegueira veio lenta, como uma sombra avançando sobre o horizonte, até que tudo se apagou. Em meio àquele negrume, uma vaga lembrança emergiu de sua mente – a imagem de seu mestre, Itachi, fitando-a com aquele olhar penetrante, quase como se soubesse que esse momento chegaria. Outro fragmento de memória trouxe à tona a mulher cega que a incitara a embarcar nessa missão, uma figura tão enigmática quanto o destino que agora enfrentava.

Hanya sempre se orgulhara de seu Sharingan, do poder que ele representava, dos segredos ancestrais que aqueles olhos guardavam. Era uma dádiva cobiçada, uma habilidade que lhe conferia vantagem sobre a maioria dos oponentes. Mas, naquele instante, de nada adiantava. Sua visão, outrora seu trunfo mais precioso, havia sido tragada pela escuridão, reduzida à inutilidade. Seu inimigo, implacável, era a prova viva de que o Sharingan, por mais poderoso que fosse, não poderia protegê-la de tudo.


Hanya resmungou baixinho, encolhendo-se para dentro do manto da Akatsuki enquanto concentrava seu chakra, permitindo que ele fluísse por seu corpo como uma corrente elétrica pulsante. Em um breve instante, um odor peculiar e desagradável, reminiscente da antiga Mijona da Folha, emergiu ao seu redor em uma velocidade impressionante, alcançando um curto raio de ação. Aquele cheiro, sutil e quase imperceptível para a maioria, era exatamente o que ela precisava.

No instante em que lançou essa técnica, sentiu o ar cortado por uma adaga que deslizou frente ao seu rosto, quase rompendo sua pele. Seu oponente era rápido, implacável e parecia decidido a neutralizá-la. Mas Hanya, mesmo sem visão, percebeu que o odor havia sido notado – ou absorvido, de alguma forma – pelo adversário. Aquele cheiro era o gatilho, e agora, o genjutsu estava em ação.

O estranho inimigo que havia lançado sobre ela o genjutsu cegante parecia hesitar, seu corpo oscilando brevemente, como se a realidade ao seu redor começasse a se desfazer. Ele havia subestimado a jovem Uchiha, ignorando o fato de que um verdadeiro mestre do Sharingan não depende apenas da visão, mas é capaz de manipular as percepções mais sutis do oponente. Enquanto ele tentava compreender o que estava acontecendo, Hanya manteve-se firme, canalizando seu chakra para intensificar o genjutsu, transformando a ilusão em um pesadelo avassalador, onde seus membros eram rasgados.


O seu oponente, Aburame, estava no curto alcance, vulnerável por causa de seu genjutsu. Que tipo de ataque Hanya, executaria?


Uchiha Hanya: HP - 250, Chakra - 380, Sanidade - 500
[Sharingan ativado]


Ação livre para @ZeddaSilva

— Fiuuu... Essa passou perto, esse cara realmente era perigoso. Estranhamente, ele me passa uma sensação de déjà-vu.

Nesse momento, Hanya usa seu Genjutsu Sharingan.

— Qual o seu nome, e por que me atacou sem motivo? Quero que me conte tudo o que sabe sobre o poder misterioso que habita este lugar. De agora em diante, você é meu escravo mental. Além disso, gostei dessa sua adaga. Tenho um amigo que vai gostar de usá-la. Finalmente, aquele machado velho será abandonado. Me entregue a adaga imediatamente, agora, ela me pertence.


Assim que seu novo escravo obedecesse aos comandos, Hanya guardaria a adaga metálica de aspecto sombrio e enigmático em sua mochila feita de escamas de cobra. Enquanto caminhava ao lado de seu escravo, Hanya perguntaria a ele se tinha visto as crianças em algum lugar. Durante o trajeto, ela olhava para o escravo mental com uma expressão maligna, como se imitasse algum vilão de histórias em quadrinhos.

@Nie @Zatrys @Ben Ikneg

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Hanya fixava os olhos na figura à sua frente, o Sharingan brilhando em vermelho hipnótico, buscando rasgar e revelar os segredos escondidos naquele homem. Mas havia algo de estranho, profundamente inquietante nele. Não era apenas a ausência de palavras – era como se ele não tivesse alma, não tivesse mente. Um vazio absoluto habitava aquele corpo. Enquanto, Hanya tentava entender o que era aquele sujeito, com seu sharingan, a jovem garota começaria a ouvir estranhas vozes femininas penetrando sua cabeça. Vozes fortes que pareciam tentar dominar a sua cabeça. Aquilo era um genjutsu?


Ainda assim, Hanya não desistiu. Intensificou o genjutsu, ordenando que o Aburame entregasse a adaga. Os dedos do homem obedeceram, embora seu rosto permanecesse inexpressivo, vazio como um reflexo em águas turvas. A lâmina escorregou de sua mão e caiu no chão com um som seco. Mas antes que Hanya pudesse estender a mão para pegá-la, algo extraordinário aconteceu: a adaga começou a se transformar. No lugar do metal frio, brotaram flores – oleandros, de pétalas delicadas e cores suaves, contrastando com a atmosfera pesada daquele momento.




Hanya deu um passo para trás, os olhos ainda fixos no chão onde as flores agora se espalhavam pelo chão, tentando alcançá-la. Foi quando percebeu algo estranho. Voltou-se para procurar o Aburame, mas ele havia desaparecido. O coração acelerou, uma inquietação crescente tomou conta de seu peito. Olhou ao redor, e a visão a golpeou como uma revelação: um campo infinito de flores a cercava. Não havia mais chão sólido, não havia mais o cenário que ela conhecia. Apenas uma vastidão de oleandros, suas cores vibrantes parecendo dançar sob uma luz que não vinha de lugar algum.



Como se parte de sua consciência estivesse se esvaindo... Hanya começava a se perguntar... Desde quando ela estava ali? Como havia parado naquele lugar? O mundo que antes conhecia agora parecia distante, dissolvido em um mar de flores. E, no fundo da mente de Hanya, uma dúvida sussurrava como o vento entre as pétalas: aquilo era real... ou mais uma ilusão? Quem era ela? Qual era o seu objetivo naquele mundo? Não seria melhor, deixar aquela estranha flor, decidir, o que ela deveria fazer?


Antes que Hanya deixasse de ser Hanya, uma figura emergiu da escuridão, puxando a pequena garota para longe do abismo de flores que tomava a região a uma velocidade avassaladora. O homem, apoiado em uma bengala, movia-se com uma rapidez quase impossível de acompanhar. Sua pele era escura, contrastando com as roupas e cabelos brancos, e um olho azul penetrante destacava-se, trazendo à memória algo de Uchiha Itachi. No entanto, ele estava visivelmente ferido. Enquanto Hanya observava, o abismo diante dela começava a colapsar, e entre as flores que infestavam o cenário, uma figura surgia lentamente. Era claro: aquilo era um inimigo.

O homem que carregava Hanya, não parecia ter notado o manto da Akatsuki que ela carregava, ele apenas comentaria brevemente:

— Meu nome é Kyosuke Yoru, se lembra do seu nome? Há quanto tempo você está nesse abismo, garotinha? — Falaria ele sem olhar para ela, sua voz era terrivelmente grossa. — Eu vim a esse lugar junto meu aluno, Kasuga, para investigar os estranhos boatos de flores que infestaram esse território, porém... Algumas coisas aconteceram, e ele... Parece ter perdido o controle... Você continua com a mente no lugar?


No coração daquele abismo de flores que brotavam como uma praga incessante, Hanya vislumbrou uma figura emergir lentamente entre as pétalas que dançavam no ar. Era um homem... ou algo que apenas se assemelhava a um. Suas pernas, grotescas e artificiais, rangiam como se a própria terra resistisse à sua presença. Seus braços inexistentes transformavam sua silhueta em algo deformado, quase inumano. A pele, de um tom escuro e opaco, parecia absorver a luz ao seu redor, tornando-o uma sombra viva no mar colorido.

Mas eram os olhos que causavam um calafrio indescritível. Eles pulsavam, mudando de cor em um ritmo frenético, um brilho que parecia escapar da lógica do mundo. Não era um doujutsu, mas algo mais visceral, mais primitivo, como se aquelas luzes refletissem um abismo interior que devorava tudo à sua volta.

A figura estava imóvel, mas sua presença era esmagadora. Seus olhos, vibrantes e impiedosos, estavam fixos em Hanya e Yoru, que recuavam instintivamente. Ele não os seguia. Não precisava. Sua mera existência parecia se estender até eles, como se o espaço entre eles fosse apenas uma ilusão.

— Yoru-sensei... Por qual motivo, você foge... de mim? Pensei que eramos... amigos...

Raízes de madeira, similares ao Mokuton de Myato, brotavam do chão em direção a Hanya e ao homem. Aquela madeira incomum estava coberta por flores que pulsavam com uma aura inquietante. Hanya sabia, instintivamente, que se aquela estranha madeira os alcançasse... eles perderiam completamente o controle de seus corpos? Porém, nesse momento, uma voz serena ecoou em sua mente, distinta de qualquer outra que já ouvira, especialmente das vozes femininas associadas aos Oleandros. Essa voz calma e firme a guiava com clareza: "Vá para o Leste."

Ação livre para @ZeddaSilva

Abençoada pelo destino, Hanya carregava a herança dos genes do clã Uchiha, um dom capaz de conceder a ela poderes inimagináveis. Contudo, tal habilidade tornava a garota presunçosa e alheia à realidade. Talvez, com o tempo, Hanya amadurecesse e refletisse melhor sobre suas atitudes. Dominada pela soberba, ela planejava seus próximos passos para resgatar as crianças, dando ordens a quem a acompanhava. No entanto, sem perceber, algo foi acionado, um mecanismo além de sua compreensão começou a se manifestar. Em um momento de vulnerabilidade, o ambiente ao seu redor sofreu uma transformação estonteante, bela aos olhos de quem observasse. Mas, para Hanya, aquela beleza escondia uma hostilidade brutal, impossível de ignorar.

— Tsc! O que está acontecendo? QUEM É VOCÊ? — Confusa com a situação, Hanya gritou. — PARE COM ESSES JOGOS E APAREÇA IMEDIATAMENTE! ESTOU FARTA DESSE LUGAR INSANO!

Prestes a ser capturada pelas flores ameaçadoras, uma figura misteriosa surgiu, oferecendo ajuda. Sem hesitar, Hanya aceitou o auxílio do homem. Entretanto, em determinado momento, sua mente começou a vacilar, fazendo-a esquecer de seu propósito e até mesmo de sua identidade.

Kyosuke Yoru escreveu:

— Meu nome é Kyosuke Yoru. Você lembra do seu nome? Há quanto tempo está presa neste abismo, garotinha?

— Agora mesmo eu estava lutando contra um ninja do clã Aburame, mas, em questão de segundos, tudo ao meu redor mudou para este lugar perturbador. De alguma forma, sinto que, se minha mente ceder, serei consumida por essas flores. Você sabe que lugar é este? Como podemos sair daqui? — respondeu Hanya, ainda tentando compreender a situação.

Não demorou muito para que um antigo conhecido de Kyosuke Yoru surgisse. O homem estava possuído por uma força misteriosa e murmurava palavras desconexas, que não faziam sentido algum para a jovem Uchiha. Sua agressividade era evidente, e Hanya mal conseguia acompanhar os movimentos dele. Graças a Kyosuke Yoru, ela escapou do golpe inicial, mas a batalha estava longe de terminar. As raízes criadas continuavam avançando em direção à dupla, quando uma voz ecoou na mente de Hanya, orientando-a a seguir para o leste.

Para interromper o avanço das raízes, ou pelo menos retardá-las, Hanya utilizou o Katon: Gōkakyū no Jutsu, liberando uma poderosa esfera de fogo em direção aos ataques. As chamas intensas iluminaram o ambiente hostil, queimando parte das raízes e criando uma breve oportunidade para que ela e Kyosuke Yoru pudessem reagir. — Droga... são tantas vozes que acho que vou enlouquecer. Talvez eu já tenha perdido a sanidade. Não sei o que é mais estranho: um velho com uma bengala correndo nessa velocidade ou confiar nos conselhos de uma voz que não é minha. E tudo isso dentro da minha cabeça — pensava Hanya enquanto ainda conseguia raciocinar. — Ei, velhote! Mova-se para o leste imediatamente! Tenho um plano que pode nos salvar. Confie em mim, EU SOU HANYA UCHIHA! — exclamou ela em alto e bom tom, reafirmando sua identidade para que ninguém mais tivesse dúvidas de quem ela era.

@Nie @Zatrys @Ben Ikneg

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