Yamanaka Juno— Não esqueça das gardênias, Juno! — avisou o pai da garota, indicando que ela também deveria regar as plantas desse tipo.
— Tá legal, pai. — respondeu, sem muita empolgação. Estava acostumada com o mesmo serviço diário, na verdade já não aguentava mais aquela função. Infelizmente, nos últimos dias a jovem não recebeu nem um mísero chamado para qualquer tipo de serviço. Na situação em que ela encontrava-se, certamente aceitaria até para catar lixo.
“Urgh, só de pensar nisso me dá nojo.” — concluiu em pensamento.
Todavia, suas súplicas estavam prestes a serem atendidas. Um pequeno pardal, pousou sobre o balcão da floricultura e encarou de modo estranho a Yamanaka que se aproximou movida pela curiosidade crescente. Na pequena pata da ave, encontrava-se um pequeno compartimento contendo uma mensagem. Aquilo a roubou um sorriso automaticamente, pois mesmo ainda não sabendo o conteúdo da mensagem, muito provavelmente trataria-se de algo mais interessante do que cuidar da floricultura ao lado do seu pai.
— Bingo! — gritou, animada. Mas logo recobrou sua postura, pois sentiu o olhar de reprovação do seu pai.
— Acabei de ser convocada para um esquadrão, ao lado da Sakura e da Shizune-san. — explicou, não conseguindo esconder o brilho no seu olhar. Seu pai, sem escolha, suspirou profundamente e voltou a se concentrar no serviço. Mesmo sem uma resposta oral, havia compreendido que aquilo era um “okay”, então partiu para o seu quarto onde procurou seus equipamentos que provavelmente seriam necessários e partiu ao local informado logo em seguida.
Vinte minutos depois, chegou ao seu destino. No entanto, percebeu que foi a última a chegar, o que a fez sentir-se derrotada no primeiro desafio imaginário que ela mesma criou em sua mente fértil.
— A mesma coisa de sempre… um tédio. E você, ainda pensa que precisa de um homem para ser forte? — ironizou. Gostava da Sakura, mas não conseguia entender o objetivo que a rosada possuía. Para Juno, uma mulher precisa entender que é capaz de ser forte, sem que nada ou ninguém interfira.
Quando Shizune mencionou que conhecia suas habilidades médicas, suas bochechas ficaram vermelhas, gostou de ser elogiada. E após ouvir a explicação do objetivo, balançou a cabeça em concordância.
— Finalmente um pouco de ação! — completou, também se alongando enquanto aguardava o sinal da Shizune.
@Nie