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Floresta Espiral, situado próximo ao vulcão inativo no País do Redemoinhos, é um território implacável e selvagem. À medida que você se aproxima do vulcão, a vegetação exuberante e vibrante se transforma em uma paisagem mais hostil, com árvores colossais e arbustos espinhosos que parecem se entrelaçar em um labirinto de sombras. O solo é irregular e coberto por raízes retorcidas e musgo espesso, enquanto o ar, saturado de vapores tóxicos e o pungente cheiro de enxofre, torna a respiração difícil. A presença constante de criaturas monstruosas e a sensação de perigo iminente permeiam a região. Entre as árvores, ruínas de antigas construções de Uzushiogakure ainda são visíveis, com casas e prédios parcialmente destruídos, agora cobertos por uma densa vegetação. Essas ruínas servem como um lembrete sombrio da devastação que ocorreu há anos, mantendo viva a memória da antiga grandeza que uma vez habitou esse lugar.
Enquanto Uchiha Yashin e Kyosuke Kuroi avançavam pela densa floresta, a umidade do ambiente parecia saturar cada passo que davam. O cheiro pungente de vegetação e decomposição misturava-se com o ar fresco da manhã, criando uma atmosfera densa e opressiva. À medida que se aprofundavam na mata, notaram que as criaturas ao redor, de pequenos pássaros a insetos gigantes, os observavam com uma curiosidade desconcertante, mas permaneciam imóveis, como se respeitassem a presença dos viajantes.
O céu começava a clarear quando eles chegaram a uma pequena clareira oculta entre as árvores. No centro, um acampamento de shinobi de Kirigakure no Sato se revelava. A visão era um contraste nítido com a serenidade da floresta: tendas de camuflagem dispostas em um círculo, com sinais de atividade recente. Fumaça de fogueiras ainda se erguia vagarosamente, e o som ocasional de uma conversa abafada ou o tilintar de utensílios quebrava o silêncio. Os shinobi estavam claramente em alerta, com uso de bunshinjutsu, com os mesmos "guardas" posicionados estrategicamente em torno do acampamento. As marcas de batalha e os olhares cansados indicavam que estavam longe de casa e possivelmente envolvidos em uma missão prolongada. Havia um ar de tensão que pairava sobre o grupo, misturado com uma sensação de expectativa. Talvez eles estivessem aguardando a chegada de reforços ou a conclusão de uma tarefa crucial.
Antes que Yashin e Kuroi revelassem suas presenças de forma inocente, King Clown iria emergir atrás deles e esconder eles atrás de uma pedra que existia na região. O palhaço parecia ter uma furtividade tão boa que sua presença parecia não ser sentida, nem pelos shinobi(s) de Kirigakure, nem por Yashin e Kuroi.
A cena na clareira estava envolta em uma atmosfera densa e inquietante. A luz da madrugada filtrava-se através das copas das árvores, lançando sombras alongadas que dançavam no chão coberto de musgo e folhas secas. O acampamento de shinobi de Kirigakure estava em um estado de alerta quase palpável, com uma sensação de desespero misturada à determinação nas ações dos presentes.
Um homem alto, com mais de vinte anos, destacava-se entre os shinobi. Vestia um grande casaco azul-escuro, que parecia ter sido reforçado para resistir às intempéries, e um cachecol que se enrolava de forma elegante em torno de seu pescoço. Seu chapéu, que parecia ter visto melhores dias, cobria parcialmente seu rosto, ocultando um de seus olhos e projetando uma sombra misteriosa. Seu olhar intenso estava fixo em uma pedra próxima, uma grande rocha escura que parecia se destacar de forma suspeita no ambiente. Ele hesitou por um momento, como se sentisse a necessidade de verificar se algo estava escondido atrás daquela pedra.
Antes que pudesse dar o primeiro passo, um jovem com cerca de quatorze anos interveio. O adolescente, com uma expressão de preocupação e cansaço evidente, aproximou-se de Darius com um tom de urgência em sua voz. Seus olhos eram grandes e cheios de um medo sutil, que contrastava com sua postura firme. A poeira e a sujeira acumuladas em suas roupas o faziam parecer mais velho do que realmente era, e seu uniforme de shinobi estava desgastado e manchado.
— Não saia dessa região, Darius-san. — alertou o garoto, com um tom que misturava desânimo e seriedade. — Se você se mover... Minha barreira anti-sensorial não vai conseguir te proteger dos insetos que mataram nossos amigos. Além disso... Parecia que estávamos andando em círculos fazia pouco tempo, existe a chance de nós separarmos, caso você se desaproxime de mim.
O jovem parecia exausto e faminto, sua barriga roncando audivelmente, quebrando o silêncio com um som que parecia ecoar na clareira. Ele continuou, seus olhos vagando pela área ao redor como se procurasse desesperadamente uma solução para sua situação.
— Você viu algum animal que não pareça parasitado por aquele fungo? Tudo nessa área parece venenoso ou problemático para ser consumido. Se ver aqueles coelhos novamente... Ataque sem pestanejar, é a única criatura que parece saudável para comer.
Darius suspirou, seu olhar carregado de frustração e cansaço. Ele parecia estar em um estado de desgosto, seu ombro relaxando conforme a tensão se dissipava momentaneamente. Ignorando a pedra que escondia Ken, Yashin e Kuroi, ele voltou sua atenção para o jovem com um olhar de cansaço.
— Acho que a Mizukage-sama foi irresponsável quando nos mandou para essa missão, um garoto como você, não deveria estar numa missão Rank S. Tentar coletar um artefato amaldiçoado que nem sabemos que existe dentro do maldito País dos Redemoinhos que é o verdadeiro inferno, o que ela estava pensando? Bom, não é como se o Yagura-sama não fosse fazer o mesmo no passado, né? — disse Darius com um tom amargo, mas logo tentou suavizar sua voz. — Só sobrou eu e você, pelo visto... Aquele Yuki não voltou até agora... Mas não se preocupe, meu parça. Logo vamos comer alguma coisa e dar um jeito de sair daqui.
O garoto iria encarar no chão, parecia apático a tudo que acontecia ao seu redor:
— Queria comer panquecas com carne moída que minha mãe sempre me fazia quando voltava de uma missão muito perigosa... Você promete mesmo que vamos voltar para casa?
Um breve silêncio.
— Sim, claro, eu prometo... Eu já menti alguma vez na vida? Relaxa moleque. Minha kekkei genkai é invencível, qualquer bicho que chegar perto vai ser pulverizado... — Diria ele com um grande sorriso no rosto, mas visivelmente não havia firmeza em sua voz, ele só estava tentando confortar o garoto.
— Certo... Vou confiar em você…
O descontentamento na voz de Darius era evidente, e o jovem, mesmo em seu estado de desespero, tentou manter a calma. A preocupação em seu rosto era uma mistura de medo e determinação, refletindo a gravidade da situação que ambos enfrentavam. A clareira parecia o cenário de um jogo mortal entre a vida e a morte, e os dois shinobi estavam no centro de uma crise iminente, com seus próprios desafios e perigos à espreita. Ken, Yashin e Kuroi, escondidos atrás da pedra, observavam a cena com uma atenção cuidadosa.
King Clown, com seu sorriso sombrio, observava a dupla de Kirigakure no Sato, sua expressão refletindo uma diversão sádica. Seu rosto era uma máscara de crueldade, revelando a natureza traiçoeira de sua mente. Seus olhos brilhavam com desprezo e entusiasmo pelo que estava prestes a sugerir.
Ele se aproximou de Yashin e Kuroi, mantendo a voz baixa e carregada de malícia:
— Essa dupla de Kirigakure no Sato já está há alguns dias nesta região e parecem estar sob efeito de algum genjutsu incapacitante que os impede de sair da Floresta Espiral. Eles não conseguem nem caçar e devem estar à beira da alucinação de tanta fome. Ouvi conversas interessantes entre eles... Mencionaram um artefato que pode ser o responsável por uma maldição que percorre estas terras, e, ao que parece, sabem muito mais sobre o País dos Redemoinhos do que nós. — Seu sorriso se alargou, deixando claro seu desdém e prazer em tramar contra compatriotas.
Ken continuou, com um tom frio:
— Estão sem comer há muito tempo, devem estar enfraquecidos. Podemos arrancar qualquer informação valiosa deles na base da brutalidade, que tal? — Sua proposta era direta e brutal. — Sugiro que comecemos com um ataque surpresa. Conheço bem o povo de Kirigakure no Sato, são brutais e selvagens como eu. Não hesitariam em causar danos a indivíduos de outras nações. A melhor abordagem é incapacitá-los, extrair as informações que eu ainda não saiba, e depois matá-los.
O silêncio na clareira ficou ainda mais tenso após as palavras de King Clown. Yashin e Kuroi compreenderam que estavam diante de alguém capaz de atrocidades sem remorso. Abordá-los de forma amigável não parecia ser a melhor opção, já que, se fossem atacados, perderiam qualquer vantagem de movimento. O que fariam? Que tipo de abordagem escolheriam?
De fato, Kiri tem a tendência de atacar primeiro e fazer perguntas depois. Pois bem, mas lembre-se que o nosso objetivo é capturá-los com vida... eu não tenho como interrogar um cadáver. Eu e o Kuroi vamos montar uma frente de ataque para chamar a atenção e criar vulnerabilidades. Com sua ocultação, o cenário caótico vai te dar muitas oportunidades para atacar sem ser visto. De acordo?
Ken era um sujeito difícil de se lidar, mas considerando que o plano o permitia explorar suas vantagens ao máximo, não tinha porque ele recusar. Como preparativo para o combate, faço a conjuração total do dragão branco Eltanin, o instruindo mentalmente para se afastar de nós e ficar pronto para um ataque surpresa.
Eu vou focar em paralisações e dano mental, tentando derrubar eles dessa forma. Kuroi, você foca em causar danos físicos e destruir os clones.
Saco minha flauta, ativo o Sharingan e inicio o combate. Em uma frente de chakra, uso o Mateki: Mugen Onsa em potência alta, visando paralização e dano mental. A segunda frente seria variável, dependendo da reação do oponente. Se uma ofensiva fosse direcionada à mim, a segunda frente usaria a Zettai Bogyo: Tenkai Nio. Do contrário, e caso o ataque de Kuroi tenha tido sucesso em eliminar os clones, eu utilizo o Magen Kasegui em potência alta em Darius, já que sua Kekkei Genkai apresentava um perigo mais iminente.
Eltanin fica como uma peça móvel, agindo de acordo com o cenário. Se eu estiver em perigo, ele usa sua velocidade para se jogar na minha frente em um movimento defensivo. Mas, se o cenário permitir, o plano é compor mais danos mentais no tal Darius. Para tanto, Magen Ryusatsu seria usado em potência alta. Obviamente, o movimento ofensivo só seria feito se os clones já estivessem fora de combate, para não correr risco de usar o jutsu à toa.
Com essa ofensiva tripla, a ideia era desestabilizar a formação adversária, paralisá-los e abrir brechas para Ken agir furtivamente.
Shinobis de Kirigakure no Sato... Sentimentos adentravam meus pensamentos em três vias. Primeira: eles eram profissionais, da mesma forma que eu, então não deixariam de cumprir suas missões e nos matariam, ainda que não fôssemos necessariamente seus inimigos. Segunda: extensão da primeira, logo, para não sermos mortos, deveríamos matá-los ou incapacitá-los. Terceira: ao mesmo tempo que sabia de tudo isso, também passei a criar um ligeiro apreço por lá após as experiências no horizonte tokiogarsasu. O que mais me deixava preocupado com isso, acima de tudo, era a existência de um Yuki no meio disso tudo, entrando-me na mente logo a imagem de Mizumi e os lobos que a atacaram.
Não... eles são são nossos amigos e eu não sou o Yuki-dono. A vila deles foi fortemente atingida pós exames chuunins. Devem estar desesperados, tal como nós. — Aquele tal Darius parece ser forte e possuir boas reservas de chakra. Lidar com ele vai ser no mínimo um saco... Ken, primeiro é captura, então não mude o foco. Não sei se mataremos eles, fora existir a possível presença de um Yuki por aqui. Você já conhece o modus operandi: o Yashin atua na parte mental, eu na campal e seu que você é o homem da furtividade.
Com a ofensiva travada, minha intenção seria abrir caminho para que o Ken pudesse utilizar seu arsenal para descobrirmos algumas coisas sobre eles, e não apenas isso, mas também sobre o próprio clown e suas habilidades. Testando meus conhecimentos novos, especialmente o domínio da Keirakukei, utilizaria dois jutsus simultâneos.
Doton: Doro Hoshi
Suiton: Ryuujin
A versatilidade do ataque me permitia conseguir atingir e causar danos em todos os adversários ao mesmo tempo, então, nesse sentido, eu poderia dissipar clones e também dar o espaço ao palhaço para que ele pudesse agir de forma furtiva e ter a garantia de que o plano seria executado.
O bizarro palhaço sociopata ouviria os argumentos de Uchiha Yashin e Kyosuke Kuroi com uma expressão que aos poucos se distorcia em uma máscara de desagrado. Seus olhos, antes inexpressivos, cintilavam com uma insânia crescente, enquanto seus lábios se torciam num esgar de repulsa. Ele não estava apenas incomodado; parecia estar entediado.
— Ai, ai, ai... "Mas lembre-se que o nosso objetivo é capturá-los com vida". — Ele colocou a mão sobre a testa, como se o próprio conceito de moderação fosse um fardo insuportável. Seus dedos, enluvados e finos, se arrastavam pelo rosto como garras, delineando sua frustração. — Tão certinhos... O tipo de gente que separa o lixo reciclável e ajeita a gravata antes de sair de casa. Que saco... Tem vezes que ver um pouquinho de sangue e ver um humano inferior implorar pela própria vida quando já está praticamente morto, faz bem para a autoestima, sabe?
Ken, após sua perturbadora divagação, deixou sua mão deslizar lentamente pelo rosto, seus dedos curvando-se como se estivessem arranhando a pele. À medida que seus olhos se semicerravam, seu corpo começava a se distorcer, como se fosse feito de sombras líquidas. Ossos se alongaram, músculos se rearranjaram, e a pele mudou de cor e textura, enquanto seu corpo se transmutava em uma nova forma. Quando a transformação finalmente cessou, a figura que surgiu diante de Yashin e Kuroi era a perfeita cópia de Dodai, um jounin veterano de Kumogakure no Sato. Os traços inconfundíveis do experiente shinobi, que havia sobrevivido a inúmeras batalhas e enfrentado inimigos temíveis, agora adornavam o corpo de Ken. Sua postura era firme, seu olhar determinado, e a aura de autoridade que emanava dele era inegável. Mas, mesmo na nova forma, havia um leve tremor na esquina dos lábios de Ken, um sinal sutil de que, por trás da máscara perfeita, a insanidade ainda fervilhava, pronta para explodir a qualquer momento.
Uchiha Yashin, por um breve instante, fechou os olhos, mergulhando em um silêncio profundo. A atmosfera ao seu redor pareceu se comprimir, como se o tempo houvesse parado, e então, uma parte de sua alma, até então adormecida, começou a se desprender do corpo. Essa essência se ejetou com força, como um trovão rompendo a calma antes da tempestade, e, em um movimento fluido e sobrenatural, tomou forma no ar. Eltanin, a majestosa criatura que habitava as profundezas do espírito de Yashin, surgiu com uma presença que fazia o próprio ambiente tremer. O dragão atravessou o espaço ao redor com uma graça incomparável, seu corpo volumoso e esguio movendo-se como um rio celestial. As escamas que cobriam sua pele reluziam com um brilho etéreo, refletindo tons de azul e prata, enquanto seus olhos, profundos como abismos, observavam tudo com uma sabedoria milenar.
— E vamos para o trabalho!
Ken, agora disfarçado como Dodai, se movia com a destreza de um predador nas sombras, seus passos praticamente inaudíveis enquanto se deslocava para outra rocha, aproveitando a familiaridade da forma que havia assumido. Abaixo da superfície, algo mais sinistro acontecia. Uma estranha substância, com a textura e a maleabilidade de borracha, começou a se prender silenciosamente aos corpos de Yashin e Kuroi, quase imperceptível em meio ao caos iminente.
Enquanto isso, Yashin, sem perder tempo, levou sua flauta aos lábios, e uma melodia suave começou a ecoar pelo campo de batalha. A música fluía como um rio invisível, serpenteando entre as pedras e destroços, alcançando os ouvidos de todos os presentes. O som, inicialmente delicado, carregava um poder latente que parecia penetrar nas mentes e nos espíritos dos que escutavam.
Foi então que Darius, com seus sentidos aguçados, captou o som da melodia no primeiro indício que o Uchiha havia manifestado. Em resposta, uma esfera de plasma se formou no topo de sua cabeça, pulsando com uma energia destrutiva incomparável. Sem hesitação, ele lançou o projétil em direção à rocha onde Yashin e Kuroi estavam posicionados, a velocidade foi tamanha que seus olhos mal acompanharam. A esfera cortou o ar com uma velocidade impressionante, emitindo um brilho ofuscante que parecia consumir tudo em seu caminho.
No entanto, no momento em que a destruição parecia inevitável, King Clown agiu com uma velocidade e força impressionantes. Com um único e poderoso movimento, ele puxou Yashin e Kuroi para longe, arrastando-os com uma força que poucos poderiam resistir. O projétil de plasma colidiu com a rocha onde os dois haviam estado momentos antes, desintegrando-a em uma explosão de luz e calor que consumiu tudo ao redor. Aquele ataque visivelmente não poderia ser defendido de formas normais, seu potencial destrutivo facilmente rompereria qualquer defesa de menor nível.
Darius imediatamente iria encarar a forma errática de Dodai enquanto esbanjaria um rosto indignado:
— Shinobi de Kumo... O que raios esses merdas estão fazendo aqui? Kaiji-san, se prepare... Sem o Hyouga, vou precisar que você cubra minhas fraquezas!
— C-certo, Darius-san...
Numa investida implacável, Kyosuke Kuroi concentrou sua energia, combinando duas técnicas poderosas. Com um movimento devastador, ele conjurou uma colossal onda de lama que se ergueu como um tsunami implacável, avançando com uma força avassaladora em direção ao acampamento inimigo. A onda de lama rasgava o solo, arrastando e destruindo tudo em seu caminho, transformando a paisagem em um mar de caos e destruição.
O impacto foi brutal. A onda atingiu em cheio o acampamento, e a devastação foi tal que o shinobi mais jovem, incapaz de resistir à força esmagadora, foi jogado ao chão, seus olhos arregalados em choque enquanto uma torrente de sangue irrompia de sua boca. O corpo do jovem começou a tremer violentamente, cada espasmo aproximando-o da beira da morte. Ele arregalou os olhos, o horror estampado em seu rosto ao ver o estado deplorável de seu companheiro. Desesperado, ele mergulhou na água, nadando freneticamente em direção ao corpo ferido do garoto.
— Porra, Kaiji-san... Acorda, caralho, não morra, moleque! — a voz do Kirishinobi tremia de angústia, enquanto ele agarrava o corpo ensanguentado de Kaiji, tentando desesperadamente mantê-lo consciente.
— Que... dor... que... fome...
Foi nesse momento que a melodia de Yashin acionaria seu efeito, fazendo tanto Darius quanto o garoto de Kumo, imediatamente caírem no genjutsu, ficando completamente paralisados. Yashin complementaria a situação com seu genjutsu ocular, potencializando o dano mental e Eltanin também avançaria nesse momento em Darius, usando seu corpo como gatilho, potencializando o dano do genjutsu, fazendo o indivíduo ver uma ilusão terrível em cima de outra, e recebendo dano mental no processo. No entanto... Ele ainda não iria desmaiar, mesmo com aquela sobrecarga de dano mental, visivelmente aquele shinobi tinha algum conhecimento em genjutsu.
A atmosfera no campo de batalha, que antes parecia inclinada à vitória da Organização Byakuren, tornou-se abruptamente carregada de tensão e perplexidade. Kuroi, em meio à devastação que os cercava, sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao perceber uma presença que até então havia passado despercebida. Uma criatura que jamais poderia ser confundida com qualquer outra: um pequeno pinguim com traje de samurai, um ser que, à primeira vista, parecia quase ridículo, mas que emanava uma quantidade avassaladora de chakra, havia finalmente chegado no campo de batalha.
O chakra que emanava do pinguim era tão intenso que era até mesmo distópico com seu tamanho. A estranha criatura, com seu porte infantil e postura ereta, trazia à mente de Kuroi uma lembrança vaga e desconcertante, como se ele já tivesse cruzado com aquele ser em algum momento nebuloso do passado.
O pinguim samurai parou em cima de uma árvore de cerejeira, uma imagem surreal em meio à destruição ao redor. A criatura observou o campo de batalha com um olhar inquisitivo e, após um momento de silêncio, fez um som estranho com sua boca, que deixou Kuroi e Yashin desconcertados, incapazes de compreender de imediato o que aquilo significava. O som, estranhamente distorcido e abafado, era difícil de decifrar, como se a criatura estivesse em comunicação com uma entidade além da compreensão imediata deles.
Com uma calma quase desproporcional ao caos ao redor, o pinguim sacou uma katana e a posicionou junto à sua orelha, como se estivesse prestes a realizar um ato ritualístico. Mas, ao invés de atacar, ele simplesmente falou, sua voz soando curiosamente clara:
— Alô, sou eu, o pinguim mais bonito da área... Tá na linha, Vayu-samã? Achei os invasorx da nossa terra, aquele grupo de Kumo que andou surrupiando nossas terras e aqueles ladrões de artefato de Kirigakure no Sato, já capturei o Yuki assim como você mandou, mas ele não sabia nada do Enmu-kun... O que que eu faço, hein? — Falou o pinguim, botando a katana estranha que tava ali no ouvido dele como se fosse um "telefone". — Hã? É pra invocá você aqui? Hmmm... Ctz? Eu posso simplesmente capturar eles também... Huh, beleza, então... Quem manda é o senhor, né!
Por algum motivo, tanto Yashin e Kuroi sentiam um mal pressentimento, caso deixassem aquele pinguim estranho realizar algum movimento. Suas vidas não estariam garantidas. O que fariam? Por algum motivo, aquele pinguim parecia tão perigoso que não era bom deixar ele realizar qualquer movimento por mais bizarro que parecesse.
[...]
Uchiha Yashin: HP - 290, Chakra - 260, Sanidade - 470 [Sharingan, ativo] [Eltanin, ativo]
Kyosuke Kuroi: HP - 290, Chakra - 520, Sanidade - 210
Ken[Dodai]: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
Pinguim Samurai: HP - ???, Chakra - ????, Sanidade - ???
Controlar o Ken naquelas situações parecia ser tão difícil quanto um combate em si. Era visível seu desejo de matar os adversários. Não me estranhava, afinal, ele é fruto de Kirigakure no Sato, vila em que shinobis não têm qualquer receio em assassinar qualquer um, mesmo que esse alguém seja seu aliado. Hm, Dodai-dono... realmente, mesmo com sensor suas capacidades de transformação estão afiadíssimas. Isso significa que, no mínimo, ele pode fazer algo parecido com a minha aparência. Para piorar, ele está conhecendo meus trejeitos e hábitos, então mesmo fora de combate ele pode passar completamente por Kyosuke Kuroi. É bom manter os aliados próximos e os inimigos ainda mais próximos, agora com esse cara que pode de uma hora para outra nos trair aí mesmo que devemos ter completo controle e completa fiscalização de seus atos.
Nas primeiras movimentações do combate, era perceptível que o ninja da névoa era extremamente capacitado. Conseguiu reagir rapidamente ao Genjutsu do Uchiha... Logo, via aquela massa de energia cintilante que parecia ter poder de atravessar qualquer barreira que possuíamos e, mais impressionante, não conseguia percebê-la em si, apenas um brilho e sua destruição que passou milímetros de nós. — Agradeço, Dodai. Mais um pouco e era o fim da linha para nós. Não era um nível normal. Talvez mesmo um shinobi do quilate do Darui correria riscos extremos em um combate. No entanto, mais uma vez, sentia as memórias do Mizukage ecoando dentro de minha mente, e por uma ligeira fração de segundo elas fizeram minha cabeça entrar em confusão a partir de uma palavra-gatilho.
Hyo-uga!?
Havia familiaridade, mas não sabia ao certo de quem se tratava. A única certeza é que o Mizukage já tinha ouvido falar esse nome.
Depois de toda a sequência, especialmente na quase morte do jovem garoto que lembrava vagamente o tal "Chinoike Ikhor" do futuro apocalíptico, surge a maior surpresa de todas. — Uchiha-san... esse pinguim não te lembra alguém!? Receio em dizer isso mas parece que nós já nos conhecemos de algum lugar. E... para piorar... seu chakra é muito maior do que o nosso. Há uma diferença considerável entre nossos níveis. Sendo possível, não, digo, talvez até provável que ele possa eliminar nós cinco aqui. Do mais completo nada um pinguim havia se tornado nossa preocupação. Além de lidar com o homem com a técnica mais destrutiva proporcionalmente que eu havia visto, ainda teríamos que tentar lidar com uma criatura ridícula mas que por óbvio seria extremamente poderosa.
Merda. Se ele possui tanto poder, se acabar invocando seu dono é provável que o único que possa detê-lo por aqui seja o B-sama. Escutaria atentamente às palavras trocadas pelo Yashin com o pato, sem contudo perder o foco no Darius. Tendo ambos chegado a um consenso, além de gritar por ajuda contra o shinobi de Kirigakure, avançaria com uma abordagem dupla no Suiton: Ryuujin e combaria com, utilizando a própria onda como fonte de chakra, Suiton: Suiryuudan no Jutsu. Não havendo acordo, a onda seria direcionada para os dois, enquanto torceria para que o blefe do Uchiha não fosse apenas um blefe.
Caralho, de onde veio essa porra? E esse chakra!? Merda, meu planejamento de combate só envolvia os outros dois, esse bicho aparecendo agora lascou com o plano.
Em uma situação adversa pelo surgimento repentino de um novo inimigo, eu precisava improvisar.
Pinguim, se você fizer algum movimento, Uzumaki Enmu morre. Enmu, filho de um pai Uzumaki e uma mãe do clã Ibuki, um samurai com longos cabelos vermelhos e capacidade de se transformar em fumaça herdada da mãe. Ele tem nos atacado por um tempo, então o capturamos recentemente. Eu o questionei pessoalmente, foi assim que descobri sobre suas habilidades. Nem vou esconder de você e seu mestre, Vayu, onde ele está. Vocês já devem saber do nosso vilarejo, ele está preso lá, com um Fuinjutsu que eu apliquei para impedir sua fuga. Enfim, nós não viemos para esse local para destruir os resquícios da sua comunidade, nem para roubar segredos Uzumaki, viemos para viver em paz. Mas se vocês quiserem guerra, a Byakuren vai responder. Por enquanto, suma daqui, se você não sair desse local agora, eu vou passar a ordem via rádio para executarem o prisioneiro. Imagino que numa comunidade pequena como a sua, a vida de um companheiro valha bastante. Nos próximos dias, nós podemos entrar em um acordo para a liberação do prisioneiro. Mas até lá, se algum membro da comunidade de vocês tentar atacar algum de nós, a ordem será dada para que ele morra.
A ameaça tinha dois objetivos: o primeiro era impedir que o pinguim invocasse seu mestre, o que poderia ser catastrófico; o segundo era ganhar tempo, precisávamos evitar que os membros da comunidade que habitava o país dos redemoinhos nos atrapalhassem na busca pela Katana amaldiçoada. Se obtivéssemos sucesso em desarmar as defesas naturais da ilha, a organização ficaria numa posição de força maior para lidar com os nativos, seja através de batalha ou negociação.
De qualquer forma, eu ficaria de olho no pinguim com o Sharingan, se ele começasse a fazer selos para uma invocação, eu o paralisaria com o Genjutsu Shibari. Minha segunda frente de chakra ficaria disponível para usar o Katon: Kasai Shunshin como forma de desvio extremamente veloz caso Darius use a esfera de plasma. Carregaria Kuroi junto, se visse que ele seria atingido. Eltanin, por sua vez, se aproximaria de mim, ficando pronto para se lançar em algum ataque potencialmente letal caso as tentativas de esquiva falhem.
Com a confirmação de Yoru, enfim me tranquilizo um pouco mais, no entanto, logo sou ligeiramente perturbado pela decisão de Sakamoto e Kasumi de permanecer no local para falar com Yoru. Apesar disso, a promessa de retorno ameniza a situação.
— Muito bem... eu vou na frente. Não demorem e acabem com essas borboletas, acho que ninguém aqui quer ficar sem uma casa segura...
Além dos diálogos, a sensação nostálgica e inacreditavelmente confortante de encarar a desconhecida veloz enche meu coração. Nossa troca de olhares, mesmo que por um relance, parece durar muito tempo e envolver sentimentos tão profundos que sequer sou capaz de digerir.
Quem é essa aí... você a conhece, Youma-kun? Acho que só lembro de sentir algo parecido no desafio do Ego! Será que ela também tem o Ego?
Por fim, com a situação levemente controlada, despeço-me e sigo em direção à floresta. No caminho, utilizo o Apito da Harpia para convocá-la. Assim que ela surgisse, trocaria algumas palavras em harpiês com a ave para que tomasse cuidado com a atribulação vigente, além da ordem expressa de observar os arredores em busca das tais ervas ou simplesmente de alguma ameaça que mereça atenção.
[...]
Chegando na floresta, o caos é recorrente. Mesmo as criaturas mutantes estão envoltas em medo, anunciando a iminente chegada de um mascarado evidentemente perigoso.
Será que é o cara que encontrei nas Fontes Termais? Não... deve ser outro. Porcaria, e eu achando que só coletaria umas ervas.
Eis que me deparo com um combate frenético próximo, onde por alto noto a presença de Kuroi e Yashin. Decido então esperar pelo melhor momento para intervir.
Kirigakure... eu nunca gostei dos Shinobi daquela região. Malditos sejam!
O pequeno pinguim rubro observava Yashin com olhos brilhantes e atentos enquanto o Uchiha concluía seus pensamentos. Apesar de sua estatura diminuta — não alcançando sequer 1 metro de altura —, ele emanava uma aura curiosamente descompassada com a gravidade da situação. Com um som estranho escapando de sua boca, ele puxava novamente sua katana, posicionando-a como se estivesse pronto para agir.
— Aloha, Vayu-sama! — sua voz soou, alta e aguda, contrastando de forma absurda com o ambiente tenso. — Tem um espertinho aqui que diz estar com o Enmu-kun e me ameaça dizendo que pode matar o Enmu-kun, mandando eu sumir daqui e não atrapalhar na lutinha deles. E depois, disse que temos que fazer uma tal acordo para o Enmu-kun voltar para nosso esconderijo... O que eu faço? Ele quer que eu simplesmente suma! BUAAAAH! EU NÃO QUERO QUE o ENMU-KUN MORRA, BUAAAAH!
A criatura mudou drasticamente seu tom, de lamento agudo para uma seriedade perturbadora. O comportamento errático do pinguim destoava do clima sombrio ao redor de Yashin, criando um contraste inquietante. Ele então continuou, quase sem respirar:
— Huh, invocar você mesmo assim? Mas e o Enmu-kun? O quê? Tá, saquei. Se capturarmos esses dois, teremos vantagem na negociação, certo? Podemos usar a tal negociação para espantar esses invasores da nossa terra? VAYU-SAMA, VOCÊ É UM GÊNIO! MIM ENGRAVIDA—... Opa, ignora isso, ok?
Yashin, percebendo que o diálogo estava longe de alcançar um desfecho racional devido à natureza bizarra da criatura, agiu rapidamente. Ele ativou seu Genjutsu: Shibari, tentando imobilizar o pinguim antes que a situação saísse completamente de controle. Curiosamente, a técnica funcionou, interrompendo o pinguim no meio de sua fala. Seus olhos cintilavam enquanto ele percebia a paralisia.
— Não consigo me mover... o que tá rolando? — ele murmurou, os olhos piscando rapidamente.
[...]
Darius, ainda sob o resquício do genjutsu, quebrou sua prisão mental com uma calma que apenas indicava o quão perigoso ele realmente era. Seus olhos, quase indiferentes, fixaram-se em Uchiha Yashin, enquanto uma esfera de calor se formava rapidamente sobre sua cabeça, pulsando com uma energia destruidora. Kuroi e Yashin sabiam que não havia espaço para hesitação. A batalha estava à beira de um colapso infernal.
A esfera de plasma, formada com precisão mortal, acelerou em direção à dupla com uma velocidade cegante. Até mesmo Kuroi, conhecido por seus reflexos sobre-humanos, não conseguiu reagir a tempo. Mas Yashin, com o poder de seu Sharingan pulsando em seus olhos, não seria pego de surpresa. Com um movimento quase instintivo, ele liberou uma torrente de chamas de seus pés, pegando Kuroi e esquivando-se da onda de destruição que se aproximava.
O calor infernal da esfera de plasma passou tão próximo que os dois puderam sentir o ar vibrando em suas costas, o solo atrás deles sendo desintegrado como se nunca tivesse existido. O ataque de Darius era feroz, imparável para muitos — mas não para o Uchiha, que dominava o campo de batalha com uma precisão quase cirúrgica.
Frustrado pela falha de seu ataque, Darius trincou os dentes com raiva mal contida. Como aqueles garotos, tão jovens, haviam escapado de sua técnica mortal? Ele rapidamente puxaria uma flauta de sua bolsa, um instrumento que vibrava com seu próprio chakra, mas antes que pudesse colocar seus lábios na embocadura e aplicar a técnica que Yashin tinha certeza que seria o Mugen Onsa, ele cometeu um erro. O erro de dar tempo suficiente para Kyosuke Kuroi pudesse agir, o jovem nukenin de Kumogakure no Sato, iria usufruir do seu Suiton: Ryuujin.
A maré violenta avançou sem aviso, uma massa gigantesca de água engolindo o campo de batalha com uma força implacável. A pressão da água foi tão intensa que parecia carregar o peso de uma tempestade inteira, devastando tudo em seu caminho. O impacto foi certeiro: Darius, que ainda se preparava para tocar sua flauta, foi atingido em cheio, sendo lançado como um boneco de pano. Ao seu lado, o jovem Kaiji, incapaz de reagir a tempo, foi completamente dominado pela torrente e não sobreviveu ao ataque. A força da água foi tão brutal que até o pinguim, paralisado pelo genjutsu de Yashin, foi varrido pela onda, sendo arrastado para longe enquanto seu pequeno corpo era envolto na correnteza. O estrondo do impacto ecoou pelo deserto, um som tão ensurdecedor que fez o chão tremer e cobriu qualquer outro ruído. Yashin e Kuroi foram forçados a se proteger como puderam, o cenário à sua frente sendo obliterado pela violência da água.
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Apesar de estar completamente imobilizado pelo genjutsu, o pinguim rubro parecia ridiculamente calmo mesmo depois de ter sido atacado pelo ataque de Kuroi, quase como se já tivesse passado por situações similares incontáveis vezes. Seus olhos ainda piscavam com certa vivacidade, e seu pequeno bico se abriu lentamente. Então, algo inesperado começou a acontecer.
Uma estranha fumaça começou a emanar de sua boca, densa e escura, como se estivesse presa dentro de seu corpo. A princípio, parecia algo insignificante, mas logo o ambiente ao redor começou a se transformar. O chakra que antes parecia pulsar dentro da pequena criatura, de repente, começou a dissipar-se. A sensação esmagadora de poder que Yashin e os outros sentiram não vinha exatamente do pinguim, mas da densa fumaça que agora se espalhava pelo ar. Um chakra avassalador estava sendo liberado, muito além do que o pinguim, em sua forma diminuta, poderia conter por conta própria.
Do coração daquela fumaça densa e sufocante, um vulto se formava, lentamente tomando forma até que um indivíduo emergisse. A primeira coisa que chamou a atenção de Yashin e Kuroi foi a máscara. Era inconfundível — seu design grotesco, os traços geométricos e as fendas que escondiam a identidade do portador, tudo muito semelhante às máscaras que eles já tinham encontrado em suas jornadas anteriores. King Clown, Kikoemon, e até Hagoromo Ann, todos usavam máscaras semelhantes. Essas máscaras, com poderes "absurdos", sempre traziam consigo uma aura de destruição e loucura, uma troca cruel pela insanidade absoluta.
Yashin fixou os olhos na figura que avançava da fumaça, o corpo obscurecido, mas a máscara, inconfundível. Era como se aquela peça amaldiçoada tivesse sua própria presença, pulsando com uma energia que distorcia o ar ao redor. A lembrança do caos que King Clown carregava com sua máscara — capaz de copiar as técnicas de seus inimigos — estava ainda fresca na memória de Yashin. E a perversidade que a máscara de Kikoemon trazia, a invisibilidade suprema que só o olho de seus Egos conseguiam enxergar, deixava um gosto amargo de perigo no ar. Agora, com este novo portador de uma máscara esquisita, a questão retumbava na mente de Yashin e Kuroi. Que poder terrível essa máscara concederia?
King Clown, sempre impetuoso e impaciente, lançou seu ataque com uma força brutal nas costas do oponente, o punho envolto em rochas avançando com intenção letal. Mas, para sua surpresa, o golpe foi em vão. O punho atravessou o corpo do homem, como se ele fosse feito de fumaça. Não havia resistência, não havia impacto, apenas uma ilusão tangível da presença física. Ken, sem perder tempo, reagiu com rapidez e precisão. Sacando uma kunai de sua bolsa, ele a balançou no ar em um movimento fluido e decisivo. Com esse corte, um intenso jato flamejante explodiu da lâmina, envolvendo o corpo do inimigo em um turbilhão de calor e chamas. Por um breve momento, pareceu que o ataque surtiria efeito. A fumaça se dispersou levemente, como se as chamas estivessem realmente afetando a figura.
Porém... A figura nem ao menos se virou para encarar o palhaço, e para completar, ataques puramente físicos não pareciam capaz de causar dano naquele indíviduo. O homem mascarado apenas murmurou com desprezo sobre o ataque pelas costas.
— Atacar pelas costas... um comportamento de um verdadeiro lixo. — O homem quase sussurrava, mas sua voz carregava uma gravidade avassaladora. — Kumo... sempre foi uma vila sem honra. Traição, trapaças, roubos de territórios e kekkei genkai(s)... Nada disso me surpreende dessa maldita vila. Porém, fico feliz em lutar com gente dessa laia, não deve ter nenhum usuário de Fuuton ao seu lado, não é mesmo?
Ele continuou falando, ignorando o ambiente ao redor como se fosse o dono absoluto daquela região. Seus olhos se estreitaram com desprezo ao encarar Yashin e Kuroi:
— Transportarei todos vocês para minha pequena prisão pessoal, assim posso ter Enmu-chan de forma garantida novamente e garantir de uma vez por todas que saiam das minhas terras... mas antes... ah, o sharingan pode ser um problema para desvendar minha técnica de Kuchiyose... Sempre essa maldita linhagem me causando problemas. E o que os Senju usavam mesmo para combater esses olhos mesmo? — A pergunta era retórica, ele sabia muito bem.
Yashin percebeu tarde demais quando ele começou a formar selos de mão.
— Kokuangyo no Jutsu...
Em um instante, a visão de Yashin, Kuroi e até Darius, boiando impotente sobre a água criada por Kuroi, foi engolfada por uma escuridão total. A luz e o mundo ao redor desapareceram. Não havia sombra, não havia contorno. Apenas um abismo impenetrável que os deixou cegos, flutuando na vastidão da noite infinita. Yashin perderia nesse momento, uma de suas maiores vantagem em batalha, seu sharingan e nem mesmo seu Ego, conseguiriam observar nada perante aquela escuridão.
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Yotsuki Enkei, atento e discreto, observava a batalha à distância. Sua presença havia passado despercebida pelos combatentes, o que lhe garantia uma vantagem estratégica significativa. Perto de onde estava, ele avistou as ervas que Kyosuke Yoru havia solicitado — um dos objetivos secundários de sua missão. Mas, ao mesmo tempo, um mal-estar começou a crescer dentro de Enkei quando ele notou algo estranho tomando forma no campo de batalha.
Uma escuridão repentina cobriu a área como um manto opressor, se espalhando de forma quase sobrenatural. Enkei imediatamente reconheceu o efeito como um genjutsu de grande escala. Embora estivesse fora do alcance direto da técnica e não fosse afetado, ele sabia que essa escuridão não era apenas visual. Para aqueles presos em seu interior, seus sentidos seriam corrompidos, tornando-os alvos fáceis.
Enkei ponderou suas opções. Ele poderia tentar se aproximar e agir, mas sabia que o genjutsu poderia ser fatal se não tomasse cuidado. A vantagem que tinha por estar fora da área afetada era valiosa, e qualquer passo em falso poderia não apenas expor sua posição, mas também colocá-lo em perigo direto. Porém, como ele estava fora da área do genjutsu, o jovem garoto também notou que algumas marcas pareciam começar a cobrir o chão ao redor do campo de batalha, o padrão daquelas marcas lembravam muito as mesmas utilizadas no Kuchiyose no Jutsu. Só que ela parecia cobrir o campo de batalha.
[...]
Uchiha Yashin: HP - 290, Chakra - 150, Sanidade - 470 [Sharingan, ativo, inutilizado] [Eltanin, ativo] [Completamente Cego]
Kyosuke Kuroi: HP - 290, Chakra - 420, Sanidade - 210 [Completamente Cego]
Ken[Dodai]: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ??? [Completamente Cego]
Vayu: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
Pinguim Samurai: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
O Katon funcionou, o problema é o Clown no meio da confusão. Se eu comunicar abertamente o que vou fazer, o oponente vai ter chances.
Você primeiro, Kuroi. - sussurro bem baixinho, aproveitando a proximidade.
Saco duas Hyorogan Lv1 da minha bolsa ninja e as consumo imediatamente, meu ataque demandaria uma grande quantidade de chakra.
Como eu falei para o seu pinguim, nós não viemos aqui para atacá-los ou roubar seus segredos, algo que deveria ser óbvio com base no vilarejo que construímos, ajudando sobreviventes na ilha, inclusive. Mas se tu quer agir como palhaço, nós vamos te enterrar no inferno.
A entonação daria destaque às palavras palhaço, e enterrar no inferno, um sinal para que clown entrasse de novo no subsolo e buscasse ir fundo para evitar danos colaterais. Sem perder tempo com respostas, claramente aqueles inimigos não estavam ali para conversar, uso um combo de Goka Messhitsu e Gamayudan. O primeiro seria usado em potência alta, o segundo para elevar a temperatura das chamas ao ponto de causar queimaduras do estágio mais alto possível. O Messhitsu era um dos jutsus meus com maior abrangência, levando em conta que ele tinha acabado de usar o Kokuangyo. Esse ataque seria feito com um atraso de iniciativa leve, apenas o suficiente para que o ataque de Kuroi fosse executado primeiro. O motivo disso é porque, conhecendo o arsenal de Kuroi, sabia que seus jutsus eram todos físicos, sem efetividade contra a Kekkei Genkai Ibuki. Portanto, a ideia é que o jutsu dele servisse de chamariz, enfrentando eventuais medidas defensivas, enquanto o meu Katon tentaria dar dano direto em ambos Pinguim e Vayu.
Caso esse ataque desativasse o Kokuangyo, eu manteria o Sharingan ativo. Caso contrário, desativaria para poupar chakra.
Encaro calmamente a escuridão crescente diante de mim, apesar de meus músculos indicarem grande tensão frente ao iminente combate.
Okay... preciso agir, mas como? O caos está instaurado! Esse mascarado feito de fumaça... como eu pensei, é dele que os animais estão com medo. Mas e esse pinguim? O que está acontecendo?
Reflito um pouco acerca da situação e decido intervir justamente nas marcas que saltam diante dos meus olhos. Sua materialidade em Chakra é evidente, porém já fora capaz de me deixar além do alcance de meus ataques a qualquer dos oponentes, o que tornaria uma investida frontal arriscada e ineficiente.
Aproximo-me então cuidadosamente das marcas no solo e utilizo a Técnica de Extração de Objeto em potência alta. O objetivo é tentar desestabilizar as marcas de alguma forma, seja para impedi-las de continuarem crescendo ou simplesmente extraí-las do solo completamente.
Como medida preventiva, manteria o Apito da Harpia pronto para soprar, caso desse errado e eu precisasse recuar e pedir reforços.
A situação ficava mais sombria, literalmente. Vayu, o invocador do pinguim fora trazido ao campo de batalha. Mais um indivíduo mascarado para lidarmos... pelo visto nunca isso será um bom sinal. Naquele momento, nenhuma ameaça era mais relevante que a dele. Mesmo o Darius ou o pinguim pareciam pequenas peças diante daquela que víamos em nossa frente. Eles querem matar todos os pássaros com uma pedrada só. Se livrar de nós, capturar o Enbu, eliminar Kirigakure daqui. É, foda.
Em poucos segundos uma sequência astronômica de movimentos ocorreriam no campo de batalha, culminando em nossa completa cegueira via Kokuangyo. Ainda assim, meu sensor de chakra funcionava e percebia presenças. Não estamos distantes um do outro. Ali está o Vayu, ao meu lado o Uchiha e o Darius foi varrido. Se eu entendo bem o pensamento daquele estrangeiro, ele vai querer uma ofensiva.
Uchiha-san escreveu:
Você primeiro, Kuroi. - sussurro bem baixinho, aproveitando a proximidade.
Dito e feito. Sentia a proximidade de sua boca ao pronunciar o comando. Em um quente e úmido ar saído de seus pulmões, as palavras entravam em minha mente tal qual um filme de ação onde os personagens se entendem apenas por roteiro. No momento eu ainda tinha bastante chakra, era quase como se fosse um prodígio na área, então me daria ao luxo de utilizar o dom que infelizmente os servos do Aoshin me deram.
Mokuton: Jukai Koutan
Aquele seria meu ás no momento. Um ataque que buscava mais do que causar danos aos adversários, mas principalmente uma destruição campal absoluta incluindo as marcas que estavam sendo formadas no chão. Mesmo que uma saraivada de galhos enviada contra o Vayu seja inútil, estaria utilizando de forma rasteira, então poderia poderia eliminar todo o solo e com sorte atingir o pinguim.
Yotsuki Enkei se agachou com cuidado, sentindo o peso da atmosfera ao seu redor enquanto as marcas negras se espalhavam pelo solo, contornando a superfície com precisão. A energia nelas parecia pulsar, como se estivesse aguardando algo. O selo, imenso e complexo, parecia vivo de alguma forma, emitindo uma vibração sutil que ecoava no ar frio.
Enkei, ainda com o cenho franzido, canalizou o chakra em sua mão. Sentia o fluxo regular, mas ao aproximar-se do selo e pousar a mão sobre ele, um choque percorreu seu braço. Antes que pudesse reagir, sua mão foi repelida, empurrada com uma força invisível, e ele cambaleou para trás. O impacto do chakra ao ser ejetado de sua mão reverberou por seu corpo, deixando-o atordoado por um instante. Pelo visto a técnica utilizado pelo Yotsuki não era o suficiente para romper aquela técnica. Vendo que aquilo não seria o suficiente, o garoto iria recuar rapidamente daquela área e iria acionar seu apito, fazendo sua Harpia emergir novamente e rapidamente voar em direção do Vilarejo Central para chamar reforços.
Anterior a esse movimento, Uchiha Yashin falou imediatamente com o homem, porém no meio da escuridão, o sujeito simplesmente se calou e como o Uchiha não tinha a visão e nem ao menos dava para o jovem Uchiha saber se o palhaço ao menos se moveu como ele queria que fizesse, mas paciência, agora definitivamente não era tempo para isso. Memorizando sua posição anterior, Yashin rapidamente realizaria seus selos de mão.
Um turbilhão colossal de chamas, misturado com óleo viscoso, irrompeu da boca do Uchiha como um dragão em fúria, iluminando a escuridão à sua frente com tons laranja e vermelho. O fogo se espalhava de maneira selvagem, a mistura com o óleo amplificando a violência das chamas, que engoliam tudo em seu caminho. O calor era sufocante, as labaredas ascendendo em espirais caóticas, como se buscassem consumir o próprio ar ao redor.
No entanto, algo estranho começou a acontecer. Uchiha ouviu, por entre o rugido do fogo, um som estranho—estrondos distantes e explosões abafadas, ecoando pela escuridão. O que estava acontecendo? Ele não conseguia enxergar além do manto de chamas e da penumbra que envolvia o campo de batalha. Sentiu seu coração acelerar, mas sua mente estava confusa, incapaz de compreender a origem do barulho. O som era quase surreal, como se o próprio espaço ao redor estivesse se desintegrando em violência.
Ao seu lado, Kyosuke Kuroi permanecia atento e iria realizar seu movimento em conjunto com o Uchiha, projetando seu Jukai Koutan com intenção de aplicar um ataque campal e desfazer as marcas que emergiam no solo, o garoto teve a confirmação que seus galhos se chocaram com algo. E como ele não havia ativado plenamente suas habilidades sensoriais, parte de sua análise no meio da escuridão era prejudicada. Ele sentiu algo no ar—a energia bruta e inquieta vinda de um ponto específico. Não era apenas o chakra emanando do Uchiha, mas de outra presença... o pinguim, cujo chakra flutuava de forma instável e inesperada, visivelmente havia realizado algum movimento para proteger seu mestre, porém, assim que realizou tal movimento, seu corpo iria parar de emanar chakra quase que imediatamente.
EXP adquirido por combate: Darius - 100 de EXP Kaiji - 25 de EXP Pinguim Samurai - 50 de EXP
As explosões ressoaram mais uma vez, e dessa vez Kuroi tinha uma pista. King Clown—aquele homem imprevisível—parecia estar no centro de tudo. Ele estava no subsolo, mas parte do chakra dele parece estar misturado com o chakra flamejante emanado por Yashin, visivelmente algum jutsu do palhaço havia causado a explosão, mas não dava para saber ao certo, o que estava acontecendo. Ele havia usado alguma técnica para potencializar o dano das chamas de Yashin? Mas... O mais importante era... Onde eles estavam?
Num súbito momento, Yashin e Kuroi sentiram o chão ao seu redor simplesmente sumir e seus corpos serem puxados por uma força opressiva, suas visões finalmente voltavam ao normal, porém ainda sim eram incapazes de notar o que estava acontecendo ao seu redor, pois tanto seus olhos e pulmões seriam invadidos por uma estranha fumaça vulcânica no mesmo exato momento. E quando isso ocorresse, não dava para saber mais onde era direita, esquerda, cima ou baixo. Eles simplesmente estavam a merce da estranha sensação proporcionada pelo genjutsu do inimigo.
Yotsuki Enkei observava com atenção enquanto a estranha escuridão campal, conjurada pelo inimigo, dissipava-se de forma abrupta. O campo de batalha, antes envolto em uma penumbra opressiva, agora revelava uma devastação inimaginável. Uma gigantesca cratera se estendia pelo solo, o ar impregnado de fuligem e o cheiro de terra queimada. O impacto daquela explosão fora de uma magnitude além do que ele já havia testemunhado, destruindo completamente a paisagem ao redor e deixando um vazio silencioso onde antes havia caos.
Numa região um pouco distante da cratera colossal, uma figura se destacava. O pinguim peculiar, que anteriormente havia confrontado seu grupo, agora jazia imóvel. O corpo carbonizado, envolto ainda nos fragmentos da roupa de samurai que usava, estava irreconhecível. Seus membros estavam encolhidos, e suas penas, outrora brilhantes, agora eram apenas uma casca chamuscada e negra. O ser parecia ter sido não só atingido pela explosão, mas também esmagado por uma quantidade de galhos e detritos projetados durante a batalha, provavelmente fruto de um dos ataques de Kyosuke Kuroi.
Uma estranha e opressiva fumaça parecia emanar daquela buraco, apenas de respirar por um breve período aquela toxina gasosa, Enkei imediatamente sentiu seu corpo cambalear e sua noção de direção mudar completamente. Aquela fumaça parecia ter uma propriedade estranha altamente tóxica, seu efeito, porém, parecia afetar principalmente afetar a direção e a capacidade de se guiar com precisão. Olhando ao redor, o Yotsuki veria que nenhuma ajuda chegaria tão cedo, e alguém precisava ajudar seus amigos. Então num breve suspiro, o garoto se jogou no buraco, visando assim, ajudar seus companheiros antes que fosse tarde demais.