Deserto do Colosso - País da Rocha

No coração do árido País da Rocha encontra-se o lendário Deserto Abissal, uma região envolta em mistério, conhecida tanto por sua história de batalhas épicas quanto por seu potencial oculto. Este vasto e inóspito deserto, que já foi palco de um confronto titânico entre País do Fogo, País da Terra e o País do Vento, agora desperta outro tipo de interesse — as suspeitas de que as profundezas de suas areias abrigam vastas reservas de minérios preciosos e raros. O nome "Deserto do Colosso" não é apenas uma referência à dureza implacável de seu ambiente, mas também à possibilidade de que durante a viagem ao deserto, seus visitantes notem ossos de criaturas gigantes no meio do caminho, dizem as lendas que... É possível ver tais corpos se movimentando na noite, mas isso é apenas uma lenda da região.

Durante a longa e exaustiva fuga, Rena percebeu que o som das explosões colossais, os ecos dos ataques do demônio raposa, haviam cessado. O silêncio era perturbador, pesado como uma sentença à espera de ser proferida. O grupo, já à beira da exaustão, quase desabou no chão, as pernas tremendo sob o peso da fuga desesperada. Hanya, a mais jovem e menos experiente, mal conseguia acompanhar o ritmo frenético em que o grupo se movia, lutando para manter-se de pé enquanto a tensão esmagava seus ombros. Seu peito arfava em agonia, incapaz de respirar no mesmo ritmo frenético dos outros.


Itachi, por um breve momento, parecia ter recuperado uma fração de sua força, mas ainda estava visivelmente abatido, o espectro da doença avançada espreitando por trás de seus olhos cansados. A sua fragilidade era evidente, mas mesmo assim, ele continuava, determinado a liderar o grupo para longe do horror que os perseguia. No entanto, justo quando Itachi parecia prestes a se levantar e se recompor por completo, uma mudança drástica interrompeu qualquer sensação de alívio.


Uma densa névoa de poeira, carregada por ventos violentos, avançou sobre eles, atingindo suas visões como uma muralha de caos e cegueira. A tempestade de areia veio de forma abrupta e implacável, engolindo tudo ao seu redor com uma fúria selvagem. O mundo ao redor deles desapareceu em um turbilhão sufocante de partículas abrasivas, tornando impossível distinguir qualquer caminho à frente. O desespero os dominou; estavam presos numa vastidão árida e impiedosa, sem visão, sem orientação.

Rena olhou para o mapa, o desespero estampado em seus olhos. Estavam no local exato onde deveriam avançar, mas o ambiente, hostil e traiçoeiro, parecia não querer permitir que continuassem. A tempestade era tão intensa que cada passo parecia um desafio insuportável. A areia cortava como lâminas, queimando suas peles e cegando seus olhos. Parecia que o deserto estava decidido a consumi-los.

Itachi, ainda um tanto debilitado, moveu-se com uma calma forçada em direção a um pequeno rochedo que conseguia discernir no meio da tempestade. Com cada passo, ele sentia o peso de sua condição, o cansaço enraizado nos ossos. Porém, algo além do rochedo chamou sua atenção — uma presença incomum. Quando o grupo finalmente conseguiu chegar ao abrigo parcial oferecido pela pedra, perceberam que não estavam sozinhos.


Dois indivíduos inesperados estavam ali, imóveis no meio do caos, suas silhuetas destacadas de forma quase sobrenatural no meio da tormenta. À medida que a poeira e os grãos de areia se dissipavam ao redor deles, suas figuras se tornavam mais nítidas. O primeiro, de estatura baixa e estranhamente corcunda, com uma presença fria e mecânica, trajava uma longa capa negra com nuvens vermelhas — um sinal inconfundível da Akatsuki. Seu rosto, rígido e inexpressivo, parecia mais uma máscara esculpida em madeira, com olhos sem vida que emanavam uma calma perturbadora. Sua pele, se é que ainda poderia ser chamada de pele, era pálida e sem calor, quase como se a vida nele tivesse sido trocada por algo mais sombrio e imortal.

— Itachi... — Com um breve aceno de respeito, aquela criatura bizarra iria encarar nesse momento Rena, Hanya e Myato. — Esses... são os alunos do meu precioso espião, seus nomes são Hanya, Myato e Rena, correto? Imagino que as coisas com Orochimaru não vão bem...


Ao seu lado, uma figura contrastante se erguia, um pouco mais alta mas não tanto assim e envolta em uma aura de arrogância irreverente. Seu cabelo loiro caía em uma franja desleixada sobre um olho, enquanto o outro, completamente visível, parecia brilhar com uma intensidade criativa e destrutiva. Aquele homem parecia estar modelando uma estranha argila com sua mão, formando uma espécie de pássaro. Ele carregava um sorriso provocador, os lábios curvados com um misto de superioridade e desprezo. Com uma bolsa de argila em sua cintura e as bocas em suas mãos se contorcendo impacientes, ele era a própria encarnação da criação destrutiva — um artista que moldava a morte como uma obra-prima. Quando notaria a presença de Itachi, o loiro imediatamente lançaria aquele pássaro de argila em pleno ar, fazendo o voar em direção do Uchiha que apenas iria suspirar:


O Uchiha, mesmo debilitado, iria posicionar seu dedo a frente da visão de Deidara, mesmo que esse ultimo estivesse fazendo esforço vísivel para não encarar o rosto do Uchiha

— Eu não estou com paciência para isso, Deidara.

Em menos de um segundo, Deidara foi pego em um genjutsu, seu pássaro de argila descontrolado subiu aos céus e explodiu no meio da tempestade de areia, sem objetivo, sem propósito — uma ironia que ele odiava admitir. Itachi, com sua calma característica, cancelou o genjutsu enquanto se acomodava em uma pequena rocha próxima, como se o confronto tivesse sido apenas um pequeno incômodo. Deidara, por outro lado, recobrou a consciência em um misto de fúria e incredulidade.


O loiro olhou em volta, seu temperamento explosivo rapidamente tomando conta, enquanto parecia saborear um pequeno doce:

— Tsc! Algum dia, vou conseguir explodir seu rosto com minha arte, fique esperando, hm! — rosnou ele, a frustração evidente na voz. Ele se levantou, cheio de energia e ressentimento, sua boca cheia de "hm" destacando seu tom desafiador.

Seus olhos, ainda irritados e ágeis, varreram o campo, e ele finalmente notou Rena, Hanya e Myato. O olhar de desprezo e desdém em seu rosto aumentou, principalmente ao ver a jovem Hanya. Ele deu uma risada curta, mas amarga, a provocação brotando instantaneamente.

— Mas que merda é essa, hm? — exclamou, com os olhos fixos na garota, a voz dele continuava direcionado ao Uchiha mais velho. — Pensei que você tivesse exterminado todo o seu clã. Não era pra você ser o último Uchiha emo com "conjuntivite" andando por aí, hm?

Um breve silêncio.

— Não... — Falaria Itachi com os olhos fechados. — Esses são novos potenciais membros da Akatsuki, caso eles tenha um bom sucesso nessa missão, é possível que Pain recrute eles para nossa organização de forma oficial. Eles serão nossos suportes, logo seja gentil com eles.


— Suportes... — a voz de Sasori era fria e cortante, como se a ideia fosse uma piada sem graça. — Essa missão não é algo que possa ser resolvido por indivíduos que mal conseguem enfrentar um shinobi de nível Jounin. Duvido que consigam nos acompanhar, especialmente com o tipo de oponente que estamos lidando.

O silêncio que seguiu era incômodo, carregado de tensão. Itachi manteve seu olhar fixo em Sasori, claramente exigindo uma explicação mais detalhada. Após um longo suspiro, o mestre das marionetes continuou, seu tom cheio de desdém e frieza.

— Ao sul desta região, um esquadrão de Suna e Iwa estava em confronto territorial para obter o controle de uma mina que, segundo informações, possui uma quantidade avassaladora de minérios valiosos. O cenário lá é pura guerra — shinobi morrendo aos montes. Inicialmente, pensei que poderíamos entrar na área subterrânea sem problemas, mas... algo inesperado aconteceu. Quando estávamos prestes a iniciar nossa operação, por um instante... Não conseguimos usar nosso chakra, completamente impedidos de utilizar ninjutsu.

Itachi arregalou os olhos, sua expressão normalmente imperturbável dava lugar a um misto de surpresa e desconfiança.

— Huh? Do que você está falando?

Deidara, que até então permanecia quieto, desviou o olhar para o chão, a expressão sombria substituindo sua habitual arrogância.

— Sim, é exatamente isso, hm. Durante aquele conflito silencioso entre as duas nações, houve um momento... estranho que... Quase todos, no campo de batalha, ficaram incapazes de usar qualquer tipo de ninjutsu ou genjutsu, hm... Inclusive, devido essa incapacidade, eu e o Sasori-dono fomos obrigados a recuar. — Ele pausou, sua voz perdendo parte de seu tom provocador. — Observamos a situação a distância e notamos que o esquadrão de Suna foi trucidado por dois indivíduos que ainda pareciam capazes de utilizar chakra naquela área: um homem mascarado de Iwagakure que manifestava estranhas armas etéreas, e outro sujeito que... Era uma figura encapuzada que se dizia ser o atual Raikage. Após derrotarem o esquadrão de Suna, eles pareciam estarem fazendo algum tipo de acordo. Se Kumogakure ajudasse Iwa nessa guerra silenciosa... o País do Relâmpago teria o direito de ficar com uma parte dos minérios capazes de manifestar o chakra da entidade conhecida como Juubi, hm.

Itachi quietamente olharia para o chão de forma impaciente, incrédulo da possibilidade de existir um oponente que conseguisse impedir a utilização de chakra em um ambiente amplo. Pelo visto aquela missão tinha aumentado de rank, de forma severa. Como... Iriam lutar com algo nessa escala? Por fim, tudo que era possível fazer naquele momento era conversar ou interagir. Havia algo que Hanya, Rena e Myato poderiam trazer para a discussão?

Evento Especial: Anomalia no País da Rocha

O evento especial consiste em impedir que Iwagakure, Kumogakure e Sunagakure tomem controle de uma mina secreta, cuja riqueza em minérios raros e pedras preciosas tem o potencial de alterar drasticamente o equilíbrio econômico e militar do mundo shinobi. Durante escavações recentes, um poderoso shinobi de Iwagakure descobriu um minério extraordinário, protegido por antigas criaturas místicas. Esse minério especial contém um fluido parasita de energia, com origem nos tempos do Rikudou Sennin, que, ao entrar em contato com o shinobi, provocou uma mutação aterradora, conferindo-lhe uma forma e poder semelhantes ao chakra do Juubi.

A Akatsuki, reconhecendo o valor estratégico dessa energia residual e seus perigos em mãos inimigas, designou uma missão crítica: o grupo deve impedir que as cinco grandes nações, particularmente Iwagakure e Sunagakure, extraiam esses minérios e utilizem seu poder para suas próprias agendas. O objetivo é capturar o minério e suas propriedades para a Akatsuki, garantindo que apenas a organização tenha acesso a esse recurso potencialmente devastador. O sucesso dessa missão é essencial para preservar o frágil equilíbrio de poder no mundo shinobi, impedir que nações rivais aumentem sua força militar e garantir que a Akatsuki fortaleça ainda mais seus próprios recursos para seus futuros planos. O fracasso significaria o colapso dessa balança, e a ascensão de forças imprevistas que poderiam varrer o atual status quo do mapa ninja.

Atualizado: Durante a investigação de Deidara e Sasori, eles relataram que Kumogakure no Sato pode estar se aliando temporariamente com Iwagakure para garantir que Suna não consiga algum lucro na investigação dessa mina de minérios. Além disso, aparentemente o próprio Raikage em conjunto com um shinobi de Iwagakure, estão usufruindo de algum jutsu capaz de inutilizar o uso de chakra. Pelo visto, será necessário armar uma alternativa para lidar com isso no campo de batalha.

Dificuldade da Missão Aprimorada: Rank S

Ação livre para @Nie @Zatrys e @ZeddaSilva

Depois que Myato criou uma banheira de madeira com suas habilidades, Hanya, em seu tom habitual de provocação leve, virou-se para Itachi e brincou:

— Itachi, tire essa roupa, está na hora de tomar seu banho.

Com um sorriso travesso, ela esperava uma reação do sempre sério e reservado ninja. Sabia que Itachi dificilmente se abalava por brincadeiras, mas gostava de testar os limites de sua seriedade, talvez na esperança de ver um raro momento de descontração.

O silêncio e a tranquilidade de Itachi apenas intensificavam o contraste entre a leveza de Hanya e a seriedade inabalável do Uchiha.

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Agora em segurança e longe dos perigos imediatos, Hanya finalmente conseguiu descansar. Sentada em um pequeno rochedo que Itachi havia encontrado, ela tentava relaxar, mas o calor intenso da região tornava isso difícil. O desconforto aumentava à medida que o solo quente queimava levemente sua pele. — Myato, será que você poderia criar suas estruturas de madeira para que possamos descansar um pouco? E com seu estilo água, talvez possa fazer algo sobre esse calor insuportável — sugeriu Hanya, confiando nas habilidades de seu companheiro, que quase parecia um engenheiro civil com sua capacidade de criar bases improvisadas.

Ainda preocupada com a situação de Itachi, Hanya se aproximou dele, sentindo o peso da culpa por não ter sido mais eficiente durante a batalha. Com remorso na voz, começou a falar: — Itachi, desculpe causar problemas mais uma vez. Por conta da minha imprudência, me coloquei em uma situação desfavorável, e você teve que me proteger de novo. Enquanto falava, Hanya não pôde deixar de notar a exaustão em Itachi, e seu coração apertou ainda mais com a culpa. Mas antes que pudessem continuar a conversa, figuras de aparência intrigante surgiram no horizonte. Para a surpresa de Hanya, eram membros da Akatsuki. No entanto, não eram tão agradáveis quanto Itachi e Kisame. Entre eles, estava Deidara, com seu temperamento explosivo. Hanya, sempre comilona, observou com fome o dango que Deidara comia, sentindo o estômago roncar de desejo. No entanto, sua atenção rapidamente se voltou para o tom agressivo que Deidara usava ao falar com Itachi, o que a irritou profundamente. Apesar de seu respeito pelos membros da Akatsuki, Hanya não conseguia deixar de sentir raiva ao ver alguém tratando Itachi com desdém.

— Ei, não é certo atacar companheiros de equipe dessa forma! Você não tem vergonha, não?! — exclamou Hanya, furiosa com a atitude de Deidara em relação a Itachi. Mas, tentando manter a compostura, rapidamente mudou o tom. — Mas deixando isso de lado, prometo que não serei um peso morto para vocês, "elite da Akatsuki".

Mesmo não gostando de Deidara, Hanya sabia que manter boas relações com os membros da organização era essencial para sua sobrevivência. E para isso, precisava bajulá-los um pouco. Ela sabia que Deidara, com seu ego inflado, apreciava quando alguém reconhecia sua "arte". — Achei sua técnica muito interessante. É quase como uma forma de arte única e efêmera, podendo ser contemplada apenas no momento de sua criação. Se algum dia você estiver à toa, adoraria ver uma de suas apresentações — disse Hanya, tentando inflar o ego do ninja explosivo. Hanya, vendo uma oportunidade de continuar a agradá-lo, foi além.


— Eu acredito que essa técnica do inimigo, de inibir o chakra, possa ser uma técnica campal, capaz de atingir vários ninjas ao mesmo tempo. Talvez, se Deidara iniciasse um bombardeio aéreo, pegando o inimigo de surpresa, seria uma ótima estratégia. E, mesmo que o terreno seja destruído, poderíamos reconstruí-lo depois — disse Hanya, cuidadosamente, com o objetivo de agradar Deidara. Ela fez uma pausa, acompanhada de um leve sorriso. — Posso ajudar no reconhecimento dos inimigos, conversando com os animais da região. Mas, para isso, eu precisaria desse dango... Se eu oferecê-lo a eles, irão atender meus pedidos sem problemas. Poderia me dar isso como recompensa, Deidara?

Hanya sabia que lidar com Deidara, com seu temperamento explosivo e ego artístico, não era fácil. No entanto, com as palavras certas, ela conseguia mantê-lo sob controle, inflando seu orgulho e amenizando qualquer tensão. Ela usava o ego dele a seu favor, tentando construir uma ponte para uma convivência mais harmoniosa.

Voltando-se para Itachi, Hanya expressou sua preocupação:

— Itachi, essa tempestade repentina fez com que eu perdesse o rastro de Iago. Estou sem meu corvo ajudante... Será que você poderia me emprestar outro pássaro enquanto isso? Com essas últimas palavras, Hanya finalizou sua interação com o grupo, esperando que, agora, Deidara a visse de maneira mais favorável. Ela sabia que elogiar sua arte e reconhecer seu talento sempre foi a chave para lidar com o impetuoso ninja da Akatsuki.

@Nie @Zatrys @Ben Ikneg

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Sob o calor escaldante do deserto, o suor escorrendo pelo rosto de Myato parecia se misturar com a areia ao seu redor. Seus olhos brilharam por um instante enquanto uma ideia surgia em sua mente, trazendo consigo uma solução imediata para a solução de seus corpos sujos de areia. Sem hesitar, ele começou a realizar uma sequência de selos de mãos com precisão fluida, seu chakra respondendo ao comando de forma quase instintiva. Quando suas mãos se uniram, formando um único punho, uma leve vibração atravessou o solo.

O chakra de Myato se infiltrou na terra seca, e logo ramificações de madeira começaram a brotar. Elas se espalhavam pelo chão, tomando forma enquanto se entrelaçavam como raízes buscando vida em meio ao deserto árido. Aos poucos, a madeira se agrupava e, como que obedecendo a um desenho mental, moldava-se em uma estrutura ovalada. Em poucos segundos, a criação tomou forma por completo: uma banheira de madeira robusta, harmoniosamente inserida no ambiente, parecia uma anomalia naquele terreno arenoso.

O trio da Akatsuki, os mais experientes, iriam encarar Myato quando ele pediria para Hanya aquecer a água com Katon, quando o calor natural do deserto já era visivelmente sufocante. Por fim, o assassino de Uchihas apenas iria encarar o chão, respondendo à proposta de Myato sem muito entusiasmo:

— Focaremos primeiramente na missão. E existe lugares melhores para tomar um banho quente, o País das Fontes Termais é um exemplo

— Itachi, desculpe causar problemas mais uma vez. Por conta da minha imprudência, me coloquei em uma situação desfavorável, e você teve que me proteger de novo.

Hanya murmurava desculpas quase inaudíveis, a voz animada de quem ainda tentava entender o peso das circunstâncias ao seu redor. Itachi, no entanto, permaneceu imperturbável. Seus olhos negros pousaram sobre a menina por um instante, observando-a com um misto de indiferença e falta de emoções, como se estivesse avaliando as palavras da Uchiha diante da vastidão de seus pensamentos. Sem pressa, ele desviou o olhar, voltando-o para o chão, e então fechou os olhos brevemente.

— Não se preocupe. — Itachi começou, a voz suave, mas com um tom que parecia impermeável a qualquer emoção. Seus olhos mantinham-se fixos na garota por um breve momento, analisando-a com uma calma desconcertante. — Uma criança como você não deveria estar numa situação como essa.

Havia algo de gélido em suas palavras, como se o peso daquela verdade fosse simplesmente mais um fato que ele aceitava com resignação. Virando o rosto, ele baixou os olhos para o chão, parecendo distante, quase ausente.

— Infelizmente, o mundo que vivemos é cruel com jovens de vossa idade. — Sua fala fluía lenta, carregada de uma frieza calculada. — A quantidade de coisas que fui obrigado a fazer quando tinha a sua idade... — Ele fez uma breve pausa, os olhos se estreitando como se considerasse algo distante, intangível. — Talvez, se eu tivesse a mentalidade atual, pudesse ter feito tudo de maneira diferente. Apesar de que talvez, uma pessoa sozinha não possa resolver tudo, não é mesmo?

Ele fez uma breve pausa, sua pele continuava estranhamente pálida e sua respiração visivelmente estava afetada pela sua doença, como se pesasse as palavras com a frieza que lhe era característica, sem traços de empatia, apenas uma constatação distante da realidade.

— Mas... — Itachi prosseguiu, agora com os olhos ainda voltados ao chão, sua voz assumindo um tom ligeiramente mais seco, quase resignado. — Como essas situações são frequentes, você vai aprender rápido a reagir sobre elas.


Deidara iria ouvir as palavras de Itachi enquanto se alimentava e por fim iria resmungar:

— Que papinho, ein? Somos criminosos procurados mundialmente, não temos tempo para esse sentimentalismo barato. Tenha mais foco na missão, Uchiha, hm.

- Pera, você tava espionando a gente com o Kabuto ? Isso poupa as apresentações. Mas eis as boas novas : Orochimaru transformou nosso sensei em uma aberração, então pode dar tchau para o seu espião. E sim, nós não gostamos do Otokage, então temos isso em comum.

Sasori inclinou a cabeça, seus lábios inexpressivos escondidos sobre uma máscara movendo-se em um leve murmúrio antes que sua voz rouca e gélida preenchesse o ar. Aquele som seco e desprovido de qualquer calor humano parecia escapar de uma garganta que há muito esquecera o que era ser vivo.

— A Akatsuki, por algum motivo ridículo, limitou nossa caçada pela figura que conhecemos como Orochimaru.

Sua voz oscilava entre desdém e um interesse mórbido, mas havia algo mais profundo: uma antipatia que ia além de qualquer traição política. Visivelmente Sasori estava supondo "acontecimentos" para que o trio de Otogakure no Sato, estar naquela região.

— Eu, pessoalmente, não costumo seguir ordens que vão contra o meu... modus operandi, mas definitivamente me irrita que existe uma ordem explicita da Akatsuki que não posso caçar aquele sujeito por vontade própria. Suponho que não possamos ir atrás de Orochimaru por algum acordo... ridículo... feito com vocês para proteger aquela serpente imunda, certo? Cancele esse acordo, vocês não possuem mais ligação com aquele homem, correto? — A voz dele não carregava súplica ou pedido, mas uma ordem, fria como uma lâmina de ferro congelado. — Se dependesse de mim, a cabeça daquela cobra já estaria pendurada em uma estaca, enferrujada e corroída pela chuva... há muito tempo.

Uma quietude sinistra pairou por um momento.

— Quanto a Kabuto... Ele era uma boa marionete. — Sasori enfatizou a palavra com um prazer doentio, como se saboreasse o conceito de controlar outra vida. — Não tem amor-próprio... e consegue assumir qualquer personalidade com uma facilidade impressionante. Um quadro em branco, pronto para ser preenchido por qualquer pincelada que eu der. — Seus olhos de madeira piscaram com uma perversidade fria. — Uma pena que seu fim não tenha sido... determinado pelas minhas próprias mãos. Mas paciência. Haverá outros. Sempre há.

— Ei, não é certo atacar companheiros de equipe dessa forma! Você não tem vergonha, não?! — exclamou Hanya, furiosa com a atitude de Deidara em relação a Itachi. Mas, tentando manter a compostura, rapidamente mudou o tom. — Mas deixando isso de lado, prometo que não serei um peso morto para vocês, "elite da Akatsuki".

Mesmo não gostando de Deidara, Hanya sabia que manter boas relações com os membros da organização era essencial para sua sobrevivência. E para isso, precisava bajulá-los um pouco. Ela sabia que Deidara, com seu ego inflado, apreciava quando alguém reconhecia sua "arte". — Achei sua técnica muito interessante. É quase como uma forma de arte única e efêmera, podendo ser contemplada apenas no momento de sua criação. Se algum dia você estiver à toa, adoraria ver uma de suas apresentações — disse Hanya, tentando inflar o ego do ninja explosivo. Hanya, vendo uma oportunidade de continuar a agradá-lo, foi além.

Deidara lançou um sorriso casual, mas cheio de arrogância, enquanto balançava a cabeça com desdém.

— Ah, qualé, se aquele pássaro de argila realmente causasse algum dano ao meu rival, seria terrivelmente brochante. — Ele riu levemente, mas havia uma intensidade oculta em suas palavras. — Para derrubar o maldito Uchiha, minha explosão teria que ser consideravelmente maior. Isso aí foi só um cumprimento, hm.

Itachi permaneceu impassível, seu olhar tranquilo e sem pressa. Sem erguer a voz, ele respondeu com aquela calma fria e inatingível que o caracterizava:

— Então, você me considera um rival? Não sabia que eu ocupava um lugar tão grande em sua cabeça.

Deidara sentiu o impacto das palavras de Itachi, e seus dentes se trincaram em frustração. Ele odiava como o Uchiha sempre o deixava à beira da explosão, tanto no campo de batalha quanto em uma simples conversa.

— Desgraçado. — murmurou Deidara, com uma raiva crescente. — Você é o motivo pelo qual eu entrei na Akatsuki! Não finja que não sabe disso!

Itachi, por outro lado, nem parecia lembrar do ocorrido. Seu desinteresse era visível, como se a existência de Deidara fosse algo insignificante, um detalhe que ele mal se dava ao trabalho de considerar. Deidara quase saltou para cima do indíviduo para começar uma outra luta, mas o fato de Hanya elogiar sua arte parece pegar ele de surpresa, e parece ser funcional para acalmar a figura explosiva. Com um sorriso confiante, Deidara apenas iria apenas apontar um polegar para si próprio enquanto comentava sobre a pequena Hanya:

— Parece que nem todos Uchihas são iguais, isso mesmo, você parece sagaz. A arte é algo que brilha por um breve momento e depois desaparece. A verdadeira arte só existe de forma fugaz e visivelmente. Meu estilo de arte é superior ao seu Sharingan, não se esqueça disso!

Sasori casualmente falaria naquele momento:

— E mesmo assim, você perdeu para o sharingan, que ironia, não?



Após alguns minutos de conversa, a tempestade de areia começaria a cessar dando mais chances para o grupo visualizar o imenso deserto. Por fim, ambos grupos nesse momento iria se comunicar sobre estratégias e como o jutsu do inimigo funcionava. Pelas informações apresentada por Deidara, mesmo que eles voassem e tentassem aplicar qualquer tipo de ataque, o ninjutsu iria simplesmente sumir ao entrar na área que o chakra estava sendo inutilizado. Inicialmente o plano de Deidara era simplesmente bombardear a mina com incontáveis bombas, porém suas bombas eram simplesmente inutilizadas dentro dessa área. Após a troca de informações, Sasori comentaria:

— Acho que esse ninjutsu do inimigo não possui fraqueza. Talvez precisamos de mais reforços, apesar de que todos outros membros da Akatsuki estão em missões até onde eu lembro.

Itachi calmente comentaria:

— Uma técnica dessa escala precisa, inevitavelmente, ter uma fraqueza perceptível. Deve haver uma maneira de desmantelá-la, uma brecha na complexidade do jutsu. No entanto, atacar diretamente seria suicídio. O certo era utilizar o Henge no Jutsu para nos infiltrarmos, mas como podemos ter nosso chakra inutilizado, isso pode não funciona. Precisamos de algo mais convincente. O ideal é derrubarmos ninjas isolados, longe da área principal da mina. Tomamos suas roupas e bandanas para nos passarmos por eles. Com isso, adentramos o território alegando que somos reforços enviados pela vila. A história deve segurar tempo suficiente para não sermos detectados imediatamente.

Sasori parece assentir com sua cabeça, achando a melhor estratégia, porém Deidara faria uma careta, visivelmente ele queria entrar num combate mais direto.



Com o cessar da tempestade de areia, Rena, Myato e Hanya imediatamente notaram que próximo da localização que eles estavam, parecia existir um grupo de shinobi(s) de Iwagakure no Sato, eles pareciam estar acampando na região e estavam naquele momento sobre uma fogueira, assando um animal que lembrava uma espécie de escorpião gigante. Pelo visto, eles tinham alguma relação com a missão que eles haviam sido encarregados. O trio iria seguir o plano de Itachi e já começar seu ataque, ou tentariam uma outra abordagem?


Quando Hanya havia perguntado sobre os corvos, Itachi inicialmente não comentaria nada, porém, estranhamente a garota Uchiha notaria um pergaminho de contrato de invocação emergir do céu, um corvo parece ter entregue para ela.

Ação livre para @Nie @ZeddaSilva @Zatrys

Última edição por Ben Ikneg em Ter 17 Set - 12:36, editado 2 vez(es)

Enquanto os ninjas discutiam sobre a abordagem para infiltrar-se na mina, Hanya afastou-se para um canto, refletindo sobre os conselhos de Itachi. Nesse momento, um corvo estranho, que não era Iago, passou voando a uma altitude mediana. Ao observar a ave, Hanya notou que ela carregava um pergaminho. Depois de dar algumas voltas em círculos sobre sua cabeça, o corvo soltou o pergaminho diretamente em cima dela, como se quisesse que ela ficasse com o item. Curiosa, Hanya pegou o pergaminho, que era belamente estruturado, com extremidades negras e detalhes dourados. Apesar do risco de abrir algo sem saber do que se tratava, sua curiosidade falou mais alto. Ao desenrolar o pergaminho, ela viu escrituras que não conseguiu entender completamente, mas logo abaixo havia um círculo com a silhueta de um corvo. Parecia ser algum tipo de contrato especial.

Sozinha e sem ninguém prestando muita atenção, Hanya fez um pequeno corte no polegar e assinou o pergaminho com seu sangue. Após selar o contrato, ela guardou o pergaminho em sua mochila, decidida a analisá-lo melhor mais tarde. Parecia um contrato de invocação de corvos, mas ela precisaria entender todos os detalhes. Voltando ao grupo, Hanya decidiu compartilhar sua nova estratégia:

— Não quero contrariar suas ideias, mestre Itachi, mas acho que seria um erro nos infiltrarmos apenas disfarçados com as roupas desses ninjas. Eles parecem estar aqui há muito tempo, e seria tolice pensar que o líder não reconhece o rosto de cada um. O mais prudente seria encontrar o líder desse grupo, provavelmente a pessoa por trás desse ninjutsu intrigante. A partir disso, uma estratégia de assassinato, como envenenamento na comida ou isolar o líder em um local específico, poderia ser mais eficaz. O que acham?

Caso o grupo decidisse seguir com a ideia do disfarce ninja, Hanya se prepararia para usar seu Nehan Shōja no Jutsu no grupo de ninjas que estavam comendo o escorpião gigante, deixando que seus companheiros lidassem com o restante. Ela manteria uma distância segura, pronta para agir de longe enquanto observava os próximos movimentos.

@Nie @Zatrys @Ben Ikneg

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Itachi olhou casualmente para Hanya, sem demonstrar qualquer preocupação com o fato de a pequena garota de 9 anos estar parcialmente contestando seu plano. Seu semblante permaneceu frio e calculista, o que contrastava com a tensão crescente no ambiente.

— Vamos atrás do indivíduo que está utilizando essa técnica para anular o chakra. Não se preocupe. — ele disse calmamente. — No entanto, seria imprudente ir de forma totalmente exposta ao inimigo, especialmente quando ele aparentemente consegue usar seu chakra normalmente dentro dessa tal área que todos ficam sem acesso ao seus ninjutsus e genjutsus. Sem chakra, nós somos tão vulneráveis quanto humanos comuns, e estamos cercados por um exército que pode facilmente nos sobrepujar em número.

Itachi pausou, analisando as variáveis. Um vísivel cansaço cruzava seu olhar.

— Nossa melhor chance de evitar um ataque direto é nos disfarçarmos com a vestimenta de algum desses soldados e se aproximar evitando muito olhares, de preferência nenhum. Forças shinobi costumam ser tão numerosas que dificilmente cada membro memoriza todos os rostos ao redor, eles se identificam mais pela coloração da pele, cabelos e principalmente pela roupagem do seu exército... Caso Deidara não mostre totalmente o rosto, ele pode facilmente se passar como um membro do Clã Bakuhatsu de Iwagakure no Sato, e isso pode deixar mais fácil de acreditar que somos um reforço, além disso, acredito que Sasori também tenha um recurso que permita ele assimilar uma aparência de um shinobi de Iwa. Ao usar a roupa deles, aumentamos nossas chances de passar despercebidos, ao menos por um tempo. Claro, se perceberem que somos impostores, teremos que lutar usando apenas taijutsu e nos retirar se a situação sair do controle. Mas é melhor que só "aparecer" com a roupagem da Akatsuki no território inimigo.

Ele ajustou o manto com calma, posicionando seu braço para fora do manto, antes de finalizar:

— Nosso foco principal é entender como esse ninjutsu funciona. Saber como ele anula o chakra nos dará a vantagem que precisamos para neutralizar a ameaça. Assim que isso ocorrer, Deidara, provavelmente conseguirá explodir o território com seu C3 junto com qualquer minério estranho, antes que vire um problema maior. Vamos.


Com a estratégia definida, Itachi avançou com uma velocidade assustadora, sua figura quase imperceptível no ar, como uma sombra da morte. Deidara, com um sorriso maníaco, moldou sua argila com as mãos enquanto seus olhos brilhavam com antecipação. Num movimento rápido, ele lançou várias esculturas no ar – morcegos grotescos, formados de bocas escancaradas e asas deformadas, começaram a rasgar o céu com um chiado perturbador, voando em direção aos inimigos dispersos. Assim que os morcegos se aproximaram, eles se dividiram em centenas de fragmentos, que se prenderam aos corpos dos shinobi. O momento seguinte foi devastador: explosões sinistras retalhavam carne e ossos, espalhando sangue e pedaços de corpos pelo campo.


Sasori, impassível, abriu sua boca, de onde uma granada esférica, pulsando com veneno, foi disparada em direção ao maior grupo de inimigos aglomerados. O projétil serpenteou pelo ar, como se tivesse vida própria, até colidir com as vítimas. Num instante, o gás letal se expandiu, invadindo seus pulmões e paralisando seus músculos. Seus corpos começaram a se contorcer em agonia, as veias escurecendo enquanto o veneno os consumia lentamente, a pele rachando e o sangue escorrendo pelos poros.


Enquanto o caos se espalhava, Hanya, com seu Sharingan flamejando de crueldade, executou selos de mão com uma precisão implacável. De sua pequena figura, suas projeções ilusórias emergiram, suas penas negras como sombras se espalhando pelo campo de batalha, pairando como uma praga inevitável. Os olhos dos shinobi que os viam começaram a vidrar, a realidade os abandonando enquanto suas mentes eram engolidas pelo genjutsu. Um por um, os corpos dos inimigos caíam, adormecidos no chão, como marionetes cujas cordas haviam sido cortadas.


Porém, alguns ninjas ainda sairiam ilesos das investidas e inclusive conseguiam escapar do genjutsu utilizado pela Uchiha de apenas 9 anos. Um desses indivíduos com rosto terrivelmente genérico, iria sacar uma kunai enquanto esboçava um sorriso:

— Um ataque inimigo? Como ousam me atacar, eu, o Grande Takuma? Mostrarei meu grandioso poder... Espera... Esse som... Tem alguém por...

Kaguya Rena emergiu das sombras como um espectro, completamente invisível aos olhos de seu alvo. Sua presença era tão silenciosa quanto a morte, seus passos imperceptíveis, enquanto ela se aproximava por trás do inimigo, que imediatamente tentaria golpear a Kaguya. A katana feita de ossos em suas mãos brilhava levemente, refletindo uma luz fria, quase imperceptível.


Num movimento rápido e preciso, o shinobi atento tentou atacar a Kaguya que facilmente conseguiu desviar o trajeto da kunai que o homem segurava, então num impulso focalizou sua arma, a lâmina atravessou o pescoço do inimigo com a facilidade de um punhal cortando seda. O impacto foi tão brutal que o corpo mal teve tempo de reagir; seus olhos se arregalaram em um instante de choque, enquanto a vida se esvaía rapidamente. O sangue explodiu de sua garganta aberta, jorrando como uma cachoeira carmesim, espalhando-se no ar como uma neblina macabra. A força da decapitação foi tamanha que o corpo, já sem controle, começou a tremer convulsivamente. O sangue escorria pelo solo, formando poças grotescas ao redor dos pés de Rena. Seus olhos, frios e indiferentes, observavam o corpo tombar como mais uma marionete cujas cordas haviam sido cortadas, o som abafado da carne caindo ao chão misturado ao contínuo gotejar do sangue fresco.


Um dos shinobi que estava próximo, ao presenciar a brutal execução de seu aliado, arregalou os olhos em puro terror. Seu corpo congelou por um momento, incapaz de processar a carnificina à sua volta. Mas o medo logo tomou conta, e ele começou a correr desesperadamente, fugindo da área. Era evidente que ele era um usuário de genjutsu; seu colete de Chunin contrastava com sua postura trêmula, que mal se comparava à de um genin. O desespero transparecia em cada passo desordenado, enquanto ele tentava, em vão, ajustar o rádio em suas mãos trêmulas.

— Droga... Não acredito que o Grande Takuma foi morto tão facilmente, quem são eles? Não pode ser... Merda de rádio... Funciona, porra! — ele gritou, sua voz oscilando entre o pânico e a incredulidade.

Enquanto corria, os dedos lutavam para ajustar o rádio, mas o dispositivo permaneceu teimosamente mudo. O chiado do rádio quebrado foi sua única resposta. O medo irradiava de seu corpo como um odor, denunciando sua vulnerabilidade.


De repente, como uma sombra predatória, Myato emergiu ao lado do shinobi com uma agilidade sobrenatural. Em um movimento fluido e preciso, Myato moldou suas mãos em forma de lâminas, e, com um golpe devastador, tentou aplicar um ataque no pescoço, porém o sujeito tentou reagir, mudando sua trajetória, a mão de Myato acabou atravessando o tronco do fugitivo. O corpo do shinobi foi cortado ao meio num instante, e uma explosão de sangue jorrou violentamente no ar, manchando o solo em uma chuva escarlate.

Os olhos do shinobi se arregalaram uma última vez, num misto de choque e horror, antes de sua consciência ser arrancada pela morte súbita. As duas metades de seu corpo caíram ao chão com um baque surdo, o sangue formando poças ao redor dos pedaços espalhados. A fuga desesperada fora interrompida num instante, e o campo de batalha ficou em silêncio por um breve momento, como se até o próprio caos tivesse parado para testemunhar o golpe impiedoso de Myato.

O último shinobi, percebendo o massacre que se desenrolava ao seu redor, tentou desesperadamente recuar. Sua velocidade era considerável, mas não o suficiente para escapar da sombra que o caçava. Em um instante, Itachi apareceu à sua frente, como se tivesse materializado do próprio ar. O olhar frio e impenetrável do Uchiha se encontrou com o do inimigo, e antes que ele pudesse sequer reagir, Itachi ativou seu Genjutsu: Sharingan. O mundo ao redor do shinobi distorceu-se em um pesadelo sem saída, e sua mente, incapaz de resistir, foi imediatamente dominada. Seu corpo desabou no solo com um baque seco, como uma marionete cujas cordas haviam sido cortadas. Ele estava completamente derrotado, subjugado pelo poder do genjutsu implacável de Itachi.


Enquanto o corpo inerte do homem jazia no chão, os olhos escarlates de Itachi giraram lentamente, vasculhando sua mente à procura de informações. As palavras de Itachi foram frias e cortantes, como o fio de uma lâmina que já conhecia a resposta.

— Como funciona o estranho jutsu que impede todos dentro da área de usar qualquer manifestação de ninjutsu? O que você sabe sobre o indíviduo por trás desse jutsu? — Itachi perguntou, sua voz carregada de uma autoridade inquestionável.

Sob o controle total do genjutsu, o shinobi respondeu com uma voz vazia, destituída de vontade própria.

— Não sei exatamente como funciona... Mas é o Raikage que está por trás disso, de acordo com as palavras do Grande Takuma. — Suas palavras saíam lentamente, como se fossem arrancadas de seu subconsciente. — Ele preparou algo. Passou um tempo escondido no território ao redor da mina, visitando diferentes pontos do campo de batalha... Se eu tivesse que adivinhar, diria que ele posicionou selos especiais em áreas estratégicas, criando uma espécie de barreira que anula o uso de chakra. Aparentemente, apenas ele... e um sujeito da nossa nação que consegue usufruir... de uma manifestação etérea de um escudo... consegue de alguma forma... usufruir de alguma forma ninjutsu. Se vocês seguirem, ao norte, já não vão ser capazes de usufruir de nenhuma forma de ninjutsu

O shinobi falou com uma calma inquietante, totalmente alheio à sua situação, como se fosse apenas uma marionete nas mãos do Uchiha. Itachi permaneceu imóvel por um breve momento, absorvendo as informações, seus olhos ainda fixos na figura indefesa à sua frente. Sem demonstrar qualquer emoção, Itachi liberou o homem de seu genjutsu. O corpo do shinobi, exaurido, permaneceu no chão, sem forças para reagir. Com um breve aceno de mão Itachi pediu para que os indíviduos o seguissem, o Uchiha enquanto fazia isso parece pegar qualquer roupa aleatória dos indíviduos que estavam caido no chão, e colocaria temporiamente em seu inventário para utilizar, caso fosse necessário.

+150 de EXP pela execução de um esquadrão.

O grupo de Itachi se aproximava de uma área que parecia muito mais movimentada que o habitual. Escondidos atrás de uma montanha, eles observavam com cautela. Os corvos liderados por Itachi voavam discretamente sobre a região, como sombras silenciosas, investigando o terreno com uma precisão meticulosa, enquanto Deidara, calmamente, ajustava um pequeno escopo para examinar melhor a situação.

O ambiente estava infestado de shinobi de Iwagakure, todos eles claramente proficientes em técnicas de Doton. Trabalhavam com uma paciência metódica, abrindo enormes buracos e crateras no solo como se fosse algo trivial. Cada movimento era cuidadoso, mas revelava a imensa força que controlavam, criando grandes fissuras na terra com facilidade. As vozes dos trabalhadores se mesclavam ao som da mineração, mas algumas conversas se destacavam, trazendo à tona informações cruciais.


Uma das mulheres, que se destacava na multidão, chamava atenção de Hanya, por algum motivo, ela lembrava vagamente uma das mulheres da familia Yuuhi que ele já tinha visto em Konoha, porém, aquilo não fazia sentido, já que aquela familia era predominante em Konoha.

— Totsumaru-sama... — uma voz feminina ecoou no ar, fria e macabra. — Devemos realmente confiar em Kumo? O próprio Raikage vir pessoalmente a este local... isso não é uma ameaça? Grande parte da nossa força militar está focada em resolver os problemas internos de Iwagakure. — Sua preocupação era palpável, mesmo que o grupo de Otogakure que observava a cena estivesse alheio ao contexto. — Não deveríamos matar o Raikage num momento de vulnerabilidade e pegar todos os minérios de uma vez? Eles não merecem ganhar nossos recursos que trabalhamos todos para obter.


Um homem mascarado, que até então apenas ouvira, gargalhou sombriamente. Por algum motivo, todos indíviduos da Akatsuki, conseguiam perceber que ele era o shinobi mais relevante daquele local, provavelmente era o responsável por aquele esquadrão.

— Exatamente o que eu pretendo, minha doce Yanagi-chan. — A voz dele carregava um tom de ironia e crueldade. — Mas, por enquanto, precisamos garantir que conseguiremos mais daqueles minérios. Dentro deste território, nenhum ataque baseado em chakra terá efeito sobre nós. Vamos aproveitar essa vantagem.

Yanagi, a mulher de olhar escarlate, esboçou um sorriso frio e calculista, mas sua insatisfação ainda era evidente.

— Você ainda consegue manifestar seu chakra e usar aquele escudo impenetrável... — sua voz soava levemente irritada. — Mas eu sou uma usuária de genjutsu. Como espera que eu me defenda de um usuário de taijutsu vindo de Suna? Essa técnica do Raikage mais me atrapalha do que ajuda. Não posso lutar sem minha principal arma.

O mascarado inclinou a cabeça, colocando a mão no queixo da mulher e se aproximando dela de forma sedutora, como se refletisse por um momento.

— Ah, minha querida Yanagi... — Ele falou em tom sarcástico, mas havia uma malícia no fundo de suas palavras. — Jamais eu permitiria que alguém tocasse seu belo rosto. Apenas continue fazendo o que você faz de melhor... encante-me com sua beleza e seu corpo. O resto, deixe comigo. Eu sei muito bem, onde estão os estão aqueles "4 selos" que aquele estrangeiro desgraçado posicionou em volta, não iria demorar mais que 3 minutos para mim desfazer esse jutsu asquerozo, não se preocupe.

A mulher, notando a aproximação indevida daquele sujeito, iria apenas empurar ele para trás:

— Divirta-se com outra, não estou paciência para isso, hoje.

O máscarado iria suspirar, desapontado:

— Que chatisse, partiu tirar um cochilo, então... Mas fique próxima de mim, nunca se sabe quando um imundo da areia, não vai aparecer por perto, né?


O ambiente parecia carregado de tensão, enquanto a ambição e a traição permeavam o ar. O grupo da Akatsuki ainda escondido, absorvia cada palavra com precisão. Havia algo mais profundo em jogo, algo envolvendo os misteriosos minérios e a presença do Raikage. E, claramente, o tal Totsumaru não hesitaria em trair seus aliados, se isso garantisse sua vitória. Deidara nesse momento tentaria moldar argila e logo, criaria uma espécie de águia, mas ao faze-la voar em pleno ar, o objeto simplesmente iria cair no solo depois de atravessar 5 metros de distância do loiro, a criatura de argila imóvel.

— Tsc... Já estamos próximos da área da atuação dessa maldita técnica, desgraça, hm... Até mesmo o Sasori-sama não deve conseguir manusear suas marionetes aqui... O que faremos, hm?


Itachi casualmente olharia aquele pássaro de argila caído no chão, e por fim, casualmente falaria:

— Hm... Eu queria fazer alguns testes, porém... Acho que inevitavelmente vamos ter que agir por algum tempo sem ninjutsu, curiosamente, antes de entrar nessa área, eu invoquei alguns corvos e eles não se desfizeram nessa área. Myato e Hanya, vocês provavelmente conseguem usufruir de suas invocações. Aquele grupo citou que existem "selos" espalhados pela região, talvez suas invocações nós ajudem a achar tal item. Conhecendo o padrão desse tipo de jutsu de 4 selos, eu suponho que eles estão cercado uma grande área em formato de um quadrado, se acharmos onde está um... Provavelmente deduzir onde estão os outros, será mais fácil. Também vou usar meus corvos para esse trabalho... Então vamos lá, começar nossa procura...


Porém, Rena imediatamente notou um shinobi se aproximando da área que o grupo da Akatsuki estava.

— Estou sentindo um odor diferente... Quem está ai? Revele-se!

Qual seria a abordagem do grupo, perante o shinobi que se aproximava?

Observação:
— Dentro desse território, habilidades envolvendo ninjutsu e genjutsu vão ser automaticamente nulificados. Apenas taijutsu e kenjutsu puro parece funcional.
— Invocações ainda são funcionais, mas elas apenas podem usar suas habilidades naturais, nada de ninjutsu ou genjutsu.

Ação livre para @Zatrys @ZeddaSilva @Nie

Era certo que, em algum momento, Hanya precisaria agir de forma direta. Por isso, a jovem começou a se preparar, reunindo os recursos necessários para sua sobrevivência. Primeiro, ela vasculhou os ninjas abatidos, procurando algo útil em seus bolsos. Por fim, pegou a roupa do menor ninja que encontrou e a vestiu, tentando esconder o máximo possível de seu rosto e das partes expostas. Com isso feito, decidiu que era hora de ir até Sasori para solicitar um pouco de seu veneno. Ajoelhando-se diante dele, Hanya disse: — Senhor Sasori, você poderia me ceder um de seus venenos mortais? Acredito que possa ser de grande utilidade em algum momento de dificuldade, especificamente por causa da barreira.

Após concluir sua conversa com o ninja assustador, Hanya foi até Itachi. Com o Sharingan ativado, ela se lembrou de uma técnica que Itachi havia usado em uma missão anterior. A forma com que ele lançara as Shurikens fora incrivelmente precisa e elegante, algo que Hanya sabia que poderia ser útil no futuro.

— Mestre, será que você poderia me demonstrar aquela técnica com as Shurikens? Preciso me preparar para o que vem a seguir, pois, como você disse, em algum momento teremos que entrar em combate direto. (Será copiada com o Sharingan)

Após solicitar alguns recursos específicos dos ninjas da Akatsuki, Hanya foi até Rena, que havia iniciado uma conversa com um ninja recém-chegado. Ao perceber a abordagem mentirosa de Rena, Hanya rapidamente entendeu sua estratégia, mas permaneceu calada, apenas seguindo seu caminho com cautela.

Pouco mais adiante, Hanya utilizou seu Kuchiyose no Jutsu, invocando o máximo de corvos que conseguia. Ela designou quatro desses corvos para escoltar a coruja do ninja recém-chegado, com a ordem de abatê-la caso o ninja tentasse usá-la como mensageira.

Com a intenção de coletar mais recursos para um possível combate sem o uso de jutsus, Hanya se afastou da mina e criou um clone, utilizando a técnica única de sua invocação. O clone empunhou o Gunbai de Hanya, mantendo-se em postura defensiva. Visando chamar a atenção de um escorpião gigante, Hanya começou a tocar a melodia irritante do Magen: Memai no Uta. Caso a criatura emergisse do solo, ela a solicitaria para que a servisse, oferecendo como recompensa o futuro oponente para ser devorado, evitando, assim, a necessidade de alimentá-la posteriormente.

Determinada a encontrar o selo, Hanya seguiu até o ponto indicado pelo pássaro de argila de Deidara. Como Itachi havia mencionado que a barreira possivelmente tinha um formato quadrado, Hanya começou a conectar mentalmente os pontos, sabendo que isso a levaria até a extremidade da barreira, onde poderia encontrar pistas sobre a localização do selo.
Criando uma linha imaginária em sua mente, Hanya ativou sua técnica assinatura, a Esfera de Luz, e começou a caminhar na direção oeste. Caso entrasse na barreira, a esfera de luz se apagaria, e, se saísse, ela acenderia novamente, funcionando como um sinalizador para garantir que Hanya soubesse exatamente onde estava a extremidade da barreira. Com seu Sharingan ativado, Hanya mantinha-se atenta a qualquer pista durante o percurso.


@Nie @Zatrys @Ben Ikneg

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Rena seria a primeira a se pronunciar com o shinobi de Kumo que imediatamente parece estranhar a abordagem dela.

— Reforços de Kumogakure no Sato? — O homem estreitou os olhos, analisando as vestes e cores. Ainda assim, sua expressão se fechou em suspeita. Ele levou a mão à testa, como se ponderasse. — Hm... Essa união entre nações sempre foi suspeita, no entanto, já havia me sido informado que Iwagakure no Sato, pretendia atacar o Raikage, logo a informação de vocês não bate... Huh... E definitivamente... vocês não são de Kumogakure. Não é só a roupa, suas feições não batem. Agora, me digam... quem são vocês?

Rena suspirou, sua paciência no limite. Em um movimento veloz, desembainhou a katana e avançou. Seus olhos frios miravam a decapitação. Porém, o homem desviou como um relâmpago, esquivando-se de seu golpe com uma precisão absurda, porém, até mesmo ele parece incrédulo sem entender o que houve naquele momento, como se tivesse desviado "sem querer", mas isso era improvável. Antes que pudesse reagir, o homem ergueu o dedo em direção ao seu rosto, preparando um ataque letal. Porém, Deidara e Sasori já estavam prontos para agir, para explodir aquele homem em milhões de pedaços.

Mas uma voz interrompeu, fazendo todos encerrarem seus ataques quando Motoi foi literalmente puxado numa velocidade absurda para trás, caindo sobre os pés de uma mulher escondida entre os destroços:

— Não é necessário, Motoi-san. Você não precisa morrer aqui...

— Hazel-sama? Mas... Sua mãe, a Safira-sama, pediu para que eu...

— Eu não me importo, desde que eu consiga ser útil para meu pai, nada mais me importa... Além disso, ser responsável pela morte do famoso Deidara, Sasori, Itachi... Isso quase, é uma morte perfeita!  


Das sombras, um tanto longe da região, emergiu uma figura imponente. Pele escura, cabelos longos e olhos azuis como safiras. Sua presença era sufocante, ela deveria ter quase mesma idade que Rena, porém exalava uma maturidade sombria que facilmente parecia fazer ela mais velha. Deidara, de imediato, sacou uma kunai, mas hesitou diante do olhar cruel da mulher, que parecia inabalável, quase divertindo-se com a situação.

— O Godaime Raikage, meu amado pai, já sabia que a Akatsuki apareceria. — Sua voz era cortante, e seus olhos fixos em Deidara, com uma ousadia perigosa. — Se queriam impedir que as grandes nações coletassem os resquícios do chakra da entidade conhecida como Juubi... chegaram tarde demais. Kumogakure já transportou uma boa parte desses minérios em segurança, ao contrário de Iwagakure no Sato, não tivemos problemas em achar tais minérios, pois temos "Ninja Sensores" que facilmente acharam as volumosas manifestações de chakra, presentes na mina.

Ela brincava com os cabelos, como se aquilo fosse um jogo. Rena notou que ela parecia carregar fios de aços em seu dedo, provavelmente havia sido ela que desviou Motoi de seu ataque.

— Usamos a técnica conhecida como Tensou no Jutsu. Transportamos os minérios mais importante na velocidade da luz para Kumo antes mesmo que Iwagakure pudesse agir ou perceber.


Sasori, em tom frio, murmurou:

— Tensou no Jutsu... O mesmo que usavam para transportar o Sandaime Raikage para qualquer localização que ele precisava estar. Esperávamos rapidez de Kumo, mas não nessa escala... A Akatsuki não previu isso.

— Exato. — O sorriso da jovem era afiado, quase predatório. — Minha missão aqui já está praticamente concluída, vocês falharam. No entanto, Iwagakure, por outro lado... não teve a mesma sorte, eles não conseguem transportar itens com tamanha velocidade. Devem estar, nesse momento, tentando transportar a primeira carga de minérios para sua vila, se vocês tiverem sorte, ainda conseguem pegar alguma parte antes da explosão que irá ocorrer nesse território. Porém... Vão ter que passar por cima de mim, antes... Matar vários membros da Akatsuki, será uma coisa muito boa para meu currículo como kunoichi.


Deidara iria suspirar, um tanto incomodado com a confiança daquela garota:

— Valeu pelo diálogo expositivo, minha filha. Isso ajuda bastante, hm...

Hanya por fim, vendo tal acontecimento rapidamente faria um clone com seus corvos e imediatamente iria se mover em direção de uma posição que os corvos de Itachi pareciam ter se movido, sua intuição estava certa, ela tinha como deduzir onde estava um dos selos com base na informação de Itachi e Deidara. Porém... Tanto Rena, Myato, Sasori e Deidara ficariam para trás, para enfrentar a tal garota que se chamava Hazel, além de que... Provavelmente o combate entre eles, acabaria chamando atenção de reforços.

Uchiha Style: Karasu Buki [Ofensivo/Suplementar - Taijutsu - Rank B - Longo Alcance - Abrangência Linear]
O usuário infunde chakra em várias shurikens, aumentando seu poder para um ataque de Rank B. As shurikens podem alterar suas trajetórias no ar sem fios de aço ou impactos, tornando-se imprevisíveis. O dano adicional é determinado pelo Rank da arma usada. Se o usuário tiver habilidades de manuseio de armas aprimoradas, o alcance da técnica pode aumentar significativamente para o alcance campal, mantendo-se dentro dos limites de um lançamento coerente.

Antes que Hanya desaparecesse, ela habilmente copiaria uma técnica que Itachi demonstrou em menos de cinco segundos, absorvendo cada detalhe com sua perspicácia inata. Logo após, ela usaria seu "Magen: Memai no Uta" através de um clone, criando uma melodia perturbadora que atrairia a atenção de todos animais e até mesmo shinobi em sua volta, tudo isso ocorrendo fora da área que não conseguiam manifestar chakra. No entanto, sem perceber, o som também chamou a atenção de um grupo de shinobi de Iwagakure, ocultos à distância daquela área. Reagindo rapidamente, os ninjas inimigos lançaram um poderoso ataque Doton. Uma imensa pedra emergiu do solo com velocidade brutal, sendo arremessada como um projétil mortal. O clone de Hanya, sem tempo para reagir, foi esmagado impiedosamente, pulverizado pela rocha antes que pudesse sequer alcançar um escorpião gigante que se movia nas sombras. Esmagando-a antes que pudesse entrar em contato com um escorpião gigante.

Kaguya Rena: HP - 250, Chakra - 500, Sanidade - 190

Myato: HP - 250, Chakra - 550, Sanidade - 150

Sasori: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???

Deidara: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???


Ação livre para @Nie e @Zatrys


Uchiha Hanya se movimentaria casualmente entre rochas, se desviando de ninjas desatentos até que chegaria num pequeno rochedo, a pequena Hanya notaria nesse momento, um amontoado de corvos de Uchiha Itachi misturado com os corvos dela, que calmamente parecia estar apontando seus olhos em direção do chão de uma área arenosa, nesse momento a esfera de luz que ela havia projetado, iria finalmente cessar. A jovem Uchiha de apenas 9 anos, emergiu nessa área e com suas mãos ageis e infantis, cavou um pouco até achar o resquicio de um pequeno selo cravado no chão, ao retirar ele do chão, a garota sentiu que a atmofesta a sua volta parece ficar mais leve, ela sentiu parte de seu controle de chakra voltando. No entanto, visivelmente ela ainda não era capaz de usufruir de ninjutsu. Era necessário destruir os outros selos presentes na área.

Quando Hanya tentou se virar para continuar sua busca por outros selos, ela foi bruscamente interrompida, colidindo com uma figura que a fez cair pesadamente no chão. A dor aguda no traseiro, causada por algo pontiagudo — talvez um cacto — foi rapidamente esquecida quando o frio gélido da presença à sua frente a atingiu como uma onda sufocante.


Um homem imponente a encarava, usando um chapéu de Raikage, seu olhar assassino parecia perfurar a alma da pequena Uchiha. Ele era alto, com pele escura, olhos azuis penetrantes e longos cabelos presos. Seu corpo magro, porém marcado por músculos visíveis, era adornado com um manto azulado ricamente bordado com fios dourados, e seu pescoço, braços e cabelos ostentavam inúmeros adornos de ouro. Às suas costas, ele carregava um vaso gigantesco, um item tão descomunal que parecia impossível para um corpo humano carregar algo assim.

Os olhos daquele homem eram aterradores, fixos em Hanya como se estivessem lendo cada fragmento de sua existência.

— Uchiha Hanya, não é? — Sua voz saiu como um suspiro, mas cada palavra parecia reverberar com um poder sombrio. Como ele sabia seu nome?


Hanya tentou se mover, mas seu corpo não respondia. Ela estava presa, dominada por um Genjutsu Shibari — uma técnica que paralisava qualquer movimento. Antes que pudesse reagir, o homem agarrou seus cabelos com brutalidade, arrancando um grito de dor da garota. A força daquele estranho era absurda; o couro cabeludo de Hanya parecia à beira de se rasgar. Por um breve segundo, o homem simplesmente parecia fitar a garota, como se estivesse analisando-a, com aqueles olhos que pareciam ver até mesmo sua alma.

— Sinto em você um talento raro... tão grande quanto o de Kyosuke Kuroi. Hm... Ótimo... Não imaginei que acharia alguém como você por aqui, você virá comigo.


Mas então, antes que o sequestro se consumasse, um vulto negro irrompeu do nada. Uchiha Itachi, empunhando uma kunai com precisão mortal, golpeou o braço do homem e desferiu um chute poderoso, lançando-o para trás e forçando-o a soltar Hanya. Itachi pousou entre a garota e o estranho, a figura de proteção em meio àquela ameaça implacável. Os dois homens, agora frente a frente, deixavam o ar ao redor pesado com uma sede de sangue opressora.

— Uchiha Itachi, suponho? É... Não tem erro, sua mente é como um livro aberto para mim. — O homem, embora ferido, mal parecia incomodado, sua voz gelada como um inverno mortal. — Eu estava certo... Madara está atrás dos remanescentes da Árvore Shinju. Caso não consiga capturar as nove bijuus, ele ainda tentará reviver o Juubi, mesmo que incompleto. Francamente, o que sua organização planeja não me interessa, mas... sou um homem que aprecia recursos militares e habilidades raras. Acho que saquear vocês, deve ser um bom negócio.

Itachi não desviou o olhar, mas seus olhos refletiam um entendimento profundo, quase sombrio.

— Hanya... afaste-se, fique atrás de mim. — A voz de Itachi era calma, mas carregada de uma seriedade mortal. — Esse homem... sua presença e intenção assassina... são de uma magnitude abominável. Mesmo sem ser um sensor de chakra, posso sentir que... talvez ele seja o shinobi mais poderoso que já enfrentei, pois o chakra dentro dele é... absurdo. Nem mesmo Madara tem a mesma presença. Este provavelmente é... Yotsuki Kagehira, um dos alunos do Sandaime Raikage, filho do Senhor Feudal, e... O homem que dizem boatos que usurpou o lugar do antigo Raikage... Não é mesmo?


O homem esboçou um sorriso frio, estalando os dedos com desprezo, os sons de ossos se quebrando eram notáveis. Imediatamente, o céu acima deles começou a escurecer de forma ameaçadora, como se o próprio universo estivesse respondendo à sua presença.

— Fico lisonjeado que me reconheça como o mais forte que já viu, embora, um jovem por mais sábio que seja, não tem vivido o suficiente tanto assim para compreender o que é verdadeira força. — Ele riu, como se zombasse da própria existência de Itachi. — Este corpo miserável que estou habitando agora... não chega aos pés do poder que um dia já possuí. — Seus olhos voltaram a Hanya, brilhando de uma maneira que fez o estômago da garota revirar. Aquele olhar era como um bisturi, dissecando cada pensamento, cada medo, cada esperança. — Vejo que esta garota possui o mesmo potencial evolutivo que Kyosuke Kuroi... Normalmente, eu seria mais... cortês, mas não tenho tempo para delicadezas. Eu a levarei comigo, quer você goste ou não.

A presença daquele homem não era apenas física — ele era uma força avassaladora, um titã entre mortais. E Itachi, mesmo ciente do perigo absoluto à sua frente, manteve-se firme, como uma montanha prestes a enfrentar uma tempestade cataclísmica. O confronto entre esses dois gigantes era inevitável, e o mundo parecia se dobrar ao peso da tensão que os cercava. Hanya sabia que aquele combate era praticamente impossível, tanto ela quanto Itachi nesse momento, não eram capazes de manifestar nenhuma presença de chakra. O que fariam?


Uchiha Itachi: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???

Uchiha Hanya: HP - 200, Chakra - 450, Sanidade - 500


Ação livre para @ZeddaSilva