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O Templo da Kuroyasha é uma imponente fortaleza subterrânea, esculpida nas profundezas de um vulcão inativo, onde o calor ainda resiste. Seu interior é iluminado pelo brilho incandescente de rios de lava que serpenteiam por entre as rochas, atingindo temperaturas de até 2000 graus no auge de sua fúria. As paredes, escuras e desgastadas pelo tempo, refletem o calor abrasador, tornando o ambiente sufocante e mortal para qualquer um que não esteja preparado. No coração do templo, existe uma área especial protegida por 12 portões, dispostos em um círculo imponente. Cada portão é capaz de invocar um guarda, que se manifesta para impedir qualquer intruso. Mesmo que um guardião seja derrotado, o caminho só será liberado se todos os 12 forem vencidos ou estiverem ausentes. O lugar exala uma aura de perigo, e a sensação de ser observado por forças invisíveis é constante, como se a própria lava vigiasse os invasores.
Uzumaki Nanami conduziu o grupo através de um túnel oculto, projetado por um ruivo misterioso, e ao emergirem, Yashin, Kuroi e Enkei foram imediatamente recebidos por um calor abrasador. O calor era tão intenso que parecia quase tangível, dificultando a respiração e forçando-os a se protegerem das labaredas de calor que serpenteavam pelo ambiente. Eles se encontravam em uma vasta área subterrânea, onde a lava fluía em um mar incandescente, emitindo um brilho alaranjado que iluminava o espaço com uma luz infernal. O cenário à sua frente era uma verdadeira arena de combate, com imensas paredes de obsidiana que se erguiam como guardiãs silenciosas. A lava que cobria a região formava blocos de pedra endurecida, criando um labirinto natural que parecia interminável.
Portões massivos e imponentes se alinhavam diante deles, sua presença dominante acrescentando à sensação de estarem em um campo de batalha primordial. O ambiente era tão opressivo e desolador que, a cada passo, parecia que o calor e a lava estavam a ponto de consumir tudo ao redor.
— Chegamos, estão todos prontos para batalhar? — Perguntaria Nanami de forma casual, enquanto observa a arena com calma.
Com o Sharingan ativado, Yashin percebeu que o solo ao redor tinha um padrão sutil, quase imperceptível para a visão comum. As veias de chakra se entrelaçavam sob a superfície, formando uma rede intrincada que pulsava com uma energia oculta. Era evidente que o chão não era apenas uma camada de pedra e lava, mas sim o suporte de um jutsu complexo, possivelmente um selo que conferia condições especiais àquela área. Embora o padrão de chakra fosse visivelmente estruturado, o tipo exato de jutsu selado permanecia um mistério. A complexidade do design sugeria que qualquer movimento, ataque ou interação com o ambiente poderia desencadear efeitos desconhecidos e potencialmente perigosos.
Hagoromo Ann seria a primeira a se manifestar, através de sua projeção illusória:
— Hm... Que bom que o Yashin-kun e o Kuroi-kun estão bem, no entanto... — Ela olharia para os lados como se estivesse levemente preocupada. — O Ken-san não deveria estar com vocês? O que houve com ele?
Hoshi, com seu comportamento racista iria encarar as pessoas que estavam ao seu redor, e casualmente comentaria da forma mais mal-educada que pode. Ela encarava Ayaka, que oficialmente, apesar de morar no Vilarejo Central, não fazia parte da organização:
— Por qual motivo a nova garota albina está nos acompanhando? — indagou Hoshi, segurando com firmeza seu imponente leque enquanto sua visão percorria o terreno áspero e desolado diante deles. — Essa organização não cessa em me causar problemas. Tudo o que eu desejava era me isolar, lamentar minha vida e ouvir música no meu quarto sozinha. Mas não... Aqui estou eu, arriscando minha vida para enfrentar um bando de ruivos cabaços ao lado de um grupo de sub-humanos. Era só o que faltava.
— Se essa organização é tão incômoda para você, por que então se juntou a nós, Hoshi? Não seja contraditória. — retrucou Yoru, com um tom de voz que misturava curiosidade e censura.
— Eu estava farta de Kumo já há um tempo. Ao menos aqui há outros da minha raça. E, apesar de ser um sub-humano, não poderia deixar que o Yoru-sensei fosse abatido pelo feioso do Kagehira. Meu sensei ainda tem muito a me ensinar, mesmo sendo inferior a mim. — Hoshi respondeu, a frustração em sua voz era palpável, misturada com uma pitada de ressentimento.
Yoru, com um semblante grave, fechou os olhos momentaneamente, refletindo sobre as palavras de Hoshi.
— Francamente, esse seu comportamento vai te causar problemas no futuro. O que exatamente você tem contra a cor da pele dos outros? — questionou ele, a preocupação velada em seu tom.
— Você não entenderia. E não estou disposta a explicar. Minha genética é apenas superior, entendeu? — Hoshi respondeu com um tom resoluto, a hostilidade evidente em cada palavra.
A Sacerdotisa, sua paciência claramente esgotada, apontou um dedo acusador para Kyosuke Yoru e Ayaka, que também estavam naquela região como reforço.
— AHHHH, SEGUIDORES DE YOIKAMI! — gritou a Sacerdotisa, sua voz ressoando com uma mistura de frustração e indignação.
Yoru fitou a pequena figura com um olhar de ceticismo, a frieza em seus olhos evidenciava seu desprezo pela situação.
— O que uma seguidora de Jashin está fazendo aqui? A quantidade de menina revoltada por metro quadrado, me incomoda. Uma racista, uma genocida... O que falta mais? Uma esquizofrênica? — perguntou ele, a desconfiança evidente em seu tom.
— EU NÃO SOU APENAS UMA SEGUIDORA. EU SOU A PRINCIPAL SACERDOTISA DESSA RELIGIÃO, ME RESPEITE! — retorquiu a Sacerdotisa, sua voz carregada de autoridade e um toque de ferocidade, suas correntes se moviam como se fosse atacar Yoru a qualquer momento. — Yashin-san... E... Tio Kuroi... Esse homem, transborda chakra de Yoikami em seu corpo. Ele não é confiavel... Eu me recuso a trabalhar com ele.
Yoru vendo que a garota era uma possível aliada, apenas se conteve, mas visivelmente aquele sujeito não parecia gostar nada do fato de ser obrigado a trabalhar com aquela garotinha. Ayaka, ao ouvir o título "Sacerdotisa", inclinou a cabeça e desviou o olhar para o chão, sua vivacidade habitual desaparecendo completamente. Ela parecia alheia, absorvida por um silêncio sombrio e distante. Sua presença no grupo parecia mais uma obsessão pelo próprio Yoru, como se tivesse seguido cada passo dele com uma determinação inabalável. A atmosfera ao redor dela estava carregada de um misto de admiração e inquietação, refletindo a estranha dinâmica que a envolvia. A garota albina se aproximava casualmente de Yotsuki Enkei, e curiosamente ela faria uma pergunta para ele:
— Hm... Enkei-san, esse é o seu nome, correto? — Ela não encarava ele, apenas queria tirar uma dúvida. — Pelo o que eu andei ouvindo, você me parece meio desconectado dessa "estranha organização" e "estranho vilarejo". Há algum motivo para isso? Você não concorda com algumas atitudes deles ou coisa do tipo? Ou apenas não se enturmou, ainda? Pelo o que notei, você parece o mais alienígena daqui. Sinto quase que estamos em situações semelhantes.
Sakamoto, que havia acompanhado o grupo, respondeu com um tom casual:
— Parece que ele é bastante leal e se adapta bem a tudo que acontece aqui. Se você quiser minha opinião, ele até fez uma grande propaganda para mim e para a Kasumi-chan sobre morar no Vilarejo Central. Por que a pergunta?
Ayaka, com um sorriso enigmático, fechou os olhos e fez um estalo no pescoço, como se preparasse para um momento de ação. Sua expressão se tornou decidida.
— Ah, nada demais. Só tenho que dar uns bons chutes na cara de alguns que acham que são os donos do lugar, certo? Não precisamos matá-los, certo?
Enquanto isso, Uzumaki Nanami, observando a situação com um semblante sério, comentou:
— Os dozes portões que vocês veem nesse local... Não tenho todos os detalhes, mas... Eles têm um jutsu selado que invoca um indíviduo mesmo que ele esteja distância. Se todos os portões forem abertos, uma passagem para a espada maldita será revelada. Esta região é protegida por Vayu e pelos ninjas que ele considera mais leais à nossa organização... Ou seja...
De repente, uma voz feminina ecoou do meio de um dos portões, com um tom de desprezo casual:
— É bom ver que você sabe quem é realmente leal, Nanami... Por que você está desrespeitando o Vayu-sama? Isso é nojento.
Outro tom hostil se seguiu:
— Nossa comunidade deve proteger a espada maldita. Como você ousa trazer essa quantidade de pessoas insignificantes aqui? O que pretende fazer? Roubar a espada?
Imediatamente, todos os portões começaram a brilhar intensamente e incontáveis correntes de chakra se espalharam, criando diversas barreiras que separavam os grupos. Os 12 guardiões surgiram, divididos entre cada uma das barreiras. A maioria deles se movimentou na direção de Kyosuke Yoru, como se ele fosse a maior ameaça daquele grupo.
[...]
À frente de Yotsuki Enkei e Ayaka, um homem imponente e colossal, com cerca de 3 metros de altura, emergiu. Sem camisa, sua pele era adornada com intricadas tatuagens e coberta por uma tinta azul profunda que parecia quase sobrenatural. Seus cabelos, vermelhos como chamas, caíam em cascata sobre seus ombros musculosos. O chakra que emanava dele era tão intenso e palpável que mesmo Enkei, que não possuía habilidades sensoriais, podia sentir sua presença avassaladora. O poder daquele indivíduo parecia rivalizar com o de sua sensei, Yugito.
Apesar da magnitude de sua presença, Ayaka, que estava confinada na mesma barreira que Enkei, não parecia ser afetada. Sua expressão permanecia calma, quase desdenhosa, enquanto se dirigia a Enkei com uma confiança inabalável.
— Enkei-san, certo? — Ela perguntou novamente, sua memória visivelmente falha quanto ao nome. — Não se preocupe com defesa, eu te salvo de qualquer ataque que ele for projetar em nossa direção. Com todo esse músculo, duvido que ele consiga nos atacar. Aliás... Ele deve ser um Uzumaki, correto? Dizem as más línguas, que se você morder eles... Seu vitalidade recupera, mas deve ser meio nojento, né? Bora testar? — Ela obviamente parecia estar brincando, mas talvez fosse uma estratégia funcional.
O homem, agora identificado como Azura, irrompeu em uma fúria incontida.
— Eu, o grande Azura... Não terei piedade de vossa alma!
Sua voz retumbava como um trovão, e o ar ao seu redor parecia vibrar com a intensidade de seu chakra, prometendo uma batalha que seria tão brutal quanto seu próprio semblante ameaçador.
Kuroi e a pequena Sacerdotisa estavam atentos ao campo de batalha, quando perceberam um sujeito se aproximando por trás. Com um movimento ágil, o homem emergiu das sombras, sacando uma lâmina oculta entre as bandagens que cobriam seu corpo. Ele tentou penetrar as costas de Kyosuke com um golpe traiçoeiro, mas a garotinha com cabelos rosas reagiu com rapidez e precisão. Com uma destreza sobrenatural, ela manipularia suas correntes com uma habilidade quase mágica, enviando-as em direção ao agressor. As correntes atravessaram o crânio do homem, que imediatamente se desfez em uma espessa fumaça negra. A névoa se espalhou pelo campo de batalha, movendo-se de maneira insidiosa em direção ao território de curto alcance de Kuroi.
— Tio Kuroi, cuidado! — A Sacerdotisa exclamou, sua voz carregada de urgência. — Esses inimigos podem invadir seu corpo através da respiração e dominá-lo. Não deixe isso acontecer!
A advertência da garota reverberava enquanto Kuroi se preparava para enfrentar a ameaça iminente, sua mente focada em evitar que a fumaça contaminasse seu corpo e o transformasse em uma marionete para as forças inimigas.
No campo de batalha, uma mulher imponente surgiu, aproximando-se de Uchiha Yashin com uma aura de determinação inabalável. Ela tinha cerca de 30 anos e seu corpo musculoso revelava uma vida dedicada ao taijutsu. Seus grandes cabelos avermelhados, mostrava que ela era uma Uzumaki. A lança que carregava, de uma qualidade excepcional, estava impregnada com um chakra denso e intenso, sinal claro de um ataque de nível Rank S. Ela parou a poucos metros de Yashin, sua respiração pesada indicando o esforço necessário para manter o controle de sua técnica. Seus olhos, fixos no Uchiha, demonstravam uma mistura de respeito e frieza.
— Vayu-sama estava certo... — Ela murmurou, sua voz firme. — O chakra que você possui é realmente de um Uchiha. Não gostaria de lutar contra alguém com laços com Konoha, mas... parece que não tenho escolha a não ser derramar seu sangue. Lamento, mas estrangeiros, nem mesmo aliados de Konoha, são bem-vindos aqui.
Sem mais palavras, a mulher se lançou na direção de Yashin com uma velocidade impressionante, sua lança brilhando com uma energia ameaçadora. O ataque que ela estava prestes a desferir era um golpe com a intensidade de um Rank S e tinha propriedades que o Uchiha desconhecia, projetado para cortar com precisão e força devastadoras. Yashin, isolado e consciente da ameaça iminente, preparava-se para enfrentar o desafio.
Finalmente, a batalha pelo País dos Redemoinhos iria começar. Correntes extremamente poderosas separam os grupos, criando vários combates entre a rebelião e os guardiões. No fim, eu tinha ficado sozinho para enfrentar uma inimiga, uma situação que gerava um grau considerável de tensão, mas ao mesmo tempo me animava. Minha inimiga claramente era uma mestre de Taijutsu, isso era notável por sua musculatura extremamente desenvolvida e pela forma que sua empunhadura da lança transbordava experiência. De forma até surpreendente, ela fala comigo antes da batalha, demonstrando respeito pelo clã Uchiha.
Eu entendo sua motivações, guerreira Uzumaki. Hoje nós lutamos carregando séculos de história, representando nossos clãs no campo de batalha. Meu nome é Yashin e eu vou provar o poder absoluto do Clã Uchiha.
Eu responderia não só para retornar o comentário, mas para observar sua reação. Especificamente, eu queria saber se ela estava me escutando. Essa informação era fundamental para a estratégia, se ela não me escutasse, o Mugen Onsa estaria efetivamente selado.
Ela mencionou a linhagem do meu chakra, pode ser um blefe ou ela é sensora. Uma estratégia de ocultação é muito arriscada, não posso me dar ao luxo de desperdiçar chakra. A robustez corporal dela é notável e, somando isso com a famosa vitalidade dos Uzumaki, eu provavelmente esgotaria minhas reservas antes de conseguir matá-la. No fim, a melhor opção acaba sendo mirar em sua mente, a sobrecarregando com dano mental. Essa estratégia me falhou na última luta, mas dessa vez me parece claro que é se trata da melhor opção.
Um combate dessa natureza seria fundamentado no uso tático do Sharingan. O Doujutsu me permitia antecipar movimentos e ajustar minhas respostas, me dando a vantagem. Observo a movimentação da mulher, medindo sua velocidade e avaliando o golpe que vinha em minha direção. Um bloqueio estava fora de cogitação, ela arrebentaria minhas defesas com o tanto de chakra concentrado na arma. Sendo assim, a opção era desviar, algo que deveria ser feito com cautela. No momento o chakra estava concentrado na lança, mas nada impedia que o corte fosse estendido com chakra, atacando em varredura. Sendo assim, eu avaliaria a trajetória da lança, decifrando não só o movimento, mas qualquer possibilidade de extensão dele. Isso me ajudaria a criar a melhor rota de desvio, que seria seguida em alta velocidade com o Katon: Kasai Shunshin.
O desvio com os jatos de fogo seria feito de forma a me colocar em longo alcance, diminuindo o risco de dano direto da mulher. preferencialmente, a ideia seria me posicionar às suas costas também, o que ajudaria a evitar alguns tipos de jutsu. O timing seria cuidadosamente escolhido para que ela não conseguisse alterar a trajetória do jutsu, a forçando gastar todo aquele chakra sem me atingir. A segunda frente de chakra seria usada de acordo com as observações. A mulher estava bem próxima de mim e sabia que eu era Uchiha. Era possível que ela tivesse alguma contramedida para o Sharingan. Talvez ela fechasse o olho, talvez ela olhasse apenas para meus pés, enfim, existiram formas de evitar doujutsus oculares. Se ela fosse capaz desse tipo de estratégia, eu utilizaria diretamente o Mugen Onsa, tocando a flauta em pleno movimento. Caso contrário, eu aproveitaria o contato visual e a proximidade para aplicar o Magen: Kasegui. Seja um genjutsu ou o outro, eu aplicaria em potência alta, ampliando a quantidade de dano mental. Existia também uma terceira possibilidade, na qual a mulher tinha a mesma capacidade que eu, de atacar em duas frentes ao mesmo tempo. Se esse fosse o caso e ela me atacasse, eu julgaria a quantidade de dano pelo chakra envolvido. Se fosse pequeno (<100), eu deixaria minha armadura aguentar, me focando na ofensiva com os genjutsus. Se fosse grande (>100), eu utilizaria a Zettai Bogyo: Tenkai Nio.
Depois do primeiro round de ataques, imaginando que eu tenha conseguido chegar em longo alcance como planejado, eu ataco com o Mugen Onsa. Talvez fosse o primeiro uso do jutsu, talvez o segundo em sequência, mas nessa distância ele era a melhor opção. O golpe seria aplicado novamente em potência alta, para ampliar os danos mentais. A segunda frente de chakra ficaria reservada para uma defensiva, assim como descrito para o primeiro round, com uma diferença. Se o chakra usado fosse muito alto, eu novamente faria um desvio com o Kasai Shunshin. Por fim, se ao invés de um ataque, a mulher tentasse algum jutsu de ocultação, eu ativaria o Gyo.
Com a moldagem do cenário e a presença do pessoal da Byakuren, era certo que logo entraríamos em um combate longo. O questionamento da Ann seria respondido por mim no sentido de que estávamos todos bem, mas não sabíamos o que tinha acontecido com o Ken. — Na verdade, Hagoromo-chan, é capaz dele ter algum envolvimento com isso, mas é só uma ligeira suspeita minha. Afirmaria em tom de dúvida, mas queria deixar claro que o palhaço por mais que tivesse compartilhado a infância conosco sendo um experimento, ainda assim não era um sujeito confiável. A presença do Yoru dava um ligeiro estalo em minha cabeça, por claro, ele ser o rosto responsável de alguma forma pelas mazelas sofridas no futuro distópico. Lembre-se, Kuroi. Esse cara aqui não é nosso inimigo, pelo contrário, ele é aliado. Ele é o irmão da Shizuka que aqui não deixa de estar do nosso lado.
Além, se tratando da encarnação da Yoikami em nosso tempo, a pequena Sacerdotisa demonstrava incômodo com as presenças do Yoru e da Ayaka. Minha função naquele momento seria tentar contornar a situação da melhor forma possível. — Yazu-chan, por enquanto você não terá que trabalhar com ele. Lute conosco, sem interações diretas. Sabendo como seria no futuro, ter Yoikami e Jashin lado a lado de forma antecipada poderia evitar partes do que vimos no Horizonte Tokiogarasu, então o diálogo e a diplomacia seriam fundamentais no momento.
Com a separação daquela arena, os versus eram formados. Eu estava ao lado da pequena sacerdotisa, para a minha felicidade. — Hm, parece que estamos num jogo... se nós vencermos os 12 estaremos diante da espada, é isso!?
[...]
A chegada do meu oponente simbolizava o início do combate. Ao lado da Sacerdotisa, em outros tempos poderia ser uma união entre Aoshin e seu discípulo Warui, mas aqui representaria justamente o contrário a isso, pelo menos no que tange a entidade que controlaria meu corpo em uma outra linha temporal. Com sua velocidade, tomei um grandessíssimo susto ao ser atacado, mas fui salvo pela Sacerdotisa. Hm, então ele consegue moldar sua tangibilidade com um jutsu de fumaça, sendo essa mesma fumaça responsável por uma possessão? É, eu não poderia ter tido um adversário mais problemático.— Obrigado. Não se preocupe tanto comigo, sou capaz de aguentar facilmente as investidas, o problema mesmo vai ser essa forma de névoa.
Não poderia falar muito já que estava num curto alcance e mais um pouco eu acabaria inspirando a névoa, mas trataria rapidamente de afastá-lo de nós. Atiraria uma Kunai munida da Kibakufuda na direção da fumaça, contando o timing correto para explodir assim que estivesse "dentro" da névoa.
A ideia era que a fumaça fosse dissipada pela explosão do papel bomba enquanto eu adquiriria espaço e criava um Mokubunshin para me auxiliar nas investidas e evasivas. — Yazu-chan, mantenha-se atenta para tentar segurá-lo com suas correntes. Precisamos coordenar nossas ofensivas para conseguimos atingi-lo com precisão no momento de sua tangibilidade. Fuutons podem afastá-lo, enquanto Katons talvez causem dano - tentaria perceber isso assim que a fumaça da explosão se dissipasse, tentando entender se haveria alguma fraqueza nítida em sua forma de névoa - mas a finalização correta é nele como um ser de carne e osso.
Se ele ainda não tivesse se reconstruído em humano, o clone utilizaria o Suiton: Ryuujin, tentando incessantemente inundar aquele campo de batalha, enquanto usufruía da minha moldagem de água para evitar que eu e a Sacerdotisa tomássemos dano ou nos afogássemos (caso os limites da barreira inundem suficientemente o ambiente). A ideia era testar se havia algum limite de tempo em que ele pudesse manter aquela forma de nuvem. Caso estivesse tangível e em uma distância segura, o original (ou o clone, se possível pela Keirakukei Avançada) complementaria a ofensiva com o Doton: Doro Hoshi.
Caso o inimigo tenha voltado rapidamente à forma humana, a ofensiva seria com o Mokuton: Jukai Koutan, tentando moldar os galhos tanto para ofensividade quanto para evitar que ele consiga utilizar algum jutsu em nós.
A garota albina se aproximava casualmente de Yotsuki Enkei, e curiosamente ela faria uma pergunta para ele:
— Hm... Enkei-san, esse é o seu nome, correto? — Ela não encarava ele, apenas queria tirar uma dúvida. — Pelo o que eu andei ouvindo, você me parece meio desconectado dessa "estranha organização" e "estranho vilarejo". Há algum motivo para isso? Você não concorda com algumas atitudes deles ou coisa do tipo? Ou apenas não se enturmou, ainda? Pelo o que notei, você parece o mais alienígena daqui. Sinto quase que estamos em situações semelhantes.
Sakamoto, que havia acompanhado o grupo, respondeu com um tom casual:
— Parece que ele é bastante leal e se adapta bem a tudo que acontece aqui. Se você quiser minha opinião, ele até fez uma grande propaganda para mim e para a Kasumi-chan sobre morar no Vilarejo Central. Por que a pergunta?
Ayaka, com um sorriso enigmático, fechou os olhos e fez um estalo no pescoço, como se preparasse para um momento de ação. Sua expressão se tornou decidida.
— Ah, nada demais. Só tenho que dar uns bons chutes na cara de alguns que acham que são os donos do lugar, certo? Não precisamos matá-los, certo?
Observo o diálogo entre as duas pessoas que guardam algum afeto para comigo, e logo os respondo:
— Sim, sou Enkei... Yotsuki Enkei. Você é Ayaka? Ouvi uns sussurros de você, e por algum motivo você me é nostálgica. Eu sou alienígena porque sou um agente duplo dessa organização, eu trabalho tanto para Byakuren quanto para Kumogakure, então Aoshin e os demais acham que estou do lado deles... se bem que já tentaram me matar mais de uma vez... é, não sei. Dou um suspiro e prossigo — Minha função aqui é transitar entre Kumogakure e esse mundo sombrio. Recomendo que não matemos nenhum humano ou animal normal, mas os espíritos malignos pode exorcizar sem pestanejar. Aliás, se puder me ensinar esses truques angelicais de exorcismo, eu ficaria lisonjeado!
Viu só, Youma-kun? Ela me lembra você!
[...]
Reajo com serenidade aos acontecimentos subsequentes, uma vez que a explicação de Nanami fora especialmente útil e instrutiva.
— Pois é... eis que o destino nos uniu frente a essa criatura, Ayaka-chan. Eu não subestimaria essas criaturas, eles foram feitos para guardar a espada, então devem ser bem poderosos. Aliás, eu não sou poderoso, pelo contrário, então terá que comandar o combate por aqui. Mas, de qualquer forma, vamos estudá-lo para bolar uma estratégia. Eu começo...
Frente ao gigante imponente, utilizo Raiton: Hebi Ikazuchi em direção ao oponente para testar suas capacidades e forçar uma reação. — Sinto muito por termos que lutar, Azura. Mas imagino que seja uma honra ser um espírito guardião!
Youma-kun! Enfrentaremos o vale da sombra da morte mais uma vez, por favor, esteja comigo!
No campo de batalha, o ar parecia vibrar com a tensão. Yashin, de olhos fixos na mulher ruiva que se aproximava com passos pesados, sentia a pressão esmagadora de sua presença. Ela estava envolta em uma estranha armadura, cada movimento seu parecia pesar mais do que deveria, e ainda assim, havia uma fluidez quase sobrenatural em sua aproximação.
Por um breve instante, seus olhares se cruzaram, a determinação de ambos queimando como brasas prestes a explodir.
— Hm... — O murmúrio firme da mulher cortou o ar, como se nem mesmo o Uchiha e sua reputação pudessem abalar sua compostura. — Estamos de acordo então...
Antes que Yashin pudesse responder, ela avançou. A distância entre eles evaporou em um piscar de olhos. A lâmina dela brilhou com uma energia sinistra enquanto se movia em direção à testa de Yashin. Num impulso quase instintivo, ele canalizou chakra flamejante em seus pés, lançando-se para trás, o calor explosivo de sua técnica o impulsionando para longe.
O ataque da mulher cortou o ar com um assobio mortal, atingindo o solo com uma força avassaladora. A lâmina não só fendeu a rocha, como também rasgou a crosta terrestre, liberando uma explosão de lava fervente do subsolo. A terra tremeu sob o impacto, e um rio de magma emergiu, escorrendo violentamente como um vulcão recém-desperto.
Dano do Cenário: Lava Volátil
No cenário onde Uchiha Yashin se encontra, o terreno possui uma mecânica natural extremamente perigosa. A superfície está instável e cheia de fluxos subterrâneos de lava que podem ser liberados por golpes diretos no solo, criando uma série de perigos adicionais. Atacar o chão com força suficiente pode expor a lava, que atinge temperaturas superiores a 2000 graus Celsius. Esse calor extremo não só causa queimaduras fatais em segundos, como também pode gerar labaredas gigantescas ao entrar em contato com o ar ou outros materiais inflamáveis.
A seguir, estão os diferentes níveis de danos causados pela lava e seus efeitos:
Respingos de Lava (Rank C): Pequenos fragmentos de lava que respingam no ar ou nas roupas ao golpear o solo. Esses respingos causam queimaduras consideráveis, podendo danificar armaduras, destruir objetos mesmo protegidos por chakra, ou queimar permanentemente pele exposta de forma severa.
Chamas Derivadas da Lava (Rank B): Quando a lava entra em contato com o ar, cria labaredas intensas, que se comportam como chamas de alta temperatura. Essas chamas são suficientemente fortes para causar queimaduras derivado de técnicas Rank B e carbonizar materiais em questão de segundos.
Onda de Lava (Rank A): Quando a lava liberada do subsolo se espalha em uma onda devastadora, engolfando tudo em seu caminho. Esse fluxo é rápido e mortal, destruindo a paisagem e qualquer um que não conseguir evitar o avanço, provocando queimaduras fatais em quem for atingido. Itens são automaticamente destruidos.
Cair na Lava (Rank S): Se um indivíduo cai diretamente na lava, o dano é imenso e instantâneo. O calor extremo queima carne e ossos em segundos, tornando a sobrevivência quase impossível sem habilidades de regeneração ou defesa extremamente avançadas. Essa lava naturalmente já possui temperatura suficiente para vaporizar água com facilidade. Caso entre em contato com uma técnica de Suiton, imediatamente vai gerar uma fumaça densa.
Ficar Submerso na Lava (Rank S+): Estar submerso na lava é uma sentença de morte imediata para a maioria. A temperatura e pressão destroem completamente o corpo de qualquer ser vivo, derretendo até mesmo o chakra em questão de momentos. É o cenário mais fatal possível, causando danos massivos que ultrapassam até mesmo técnicas de Rank S.
Yashin, ainda voando com o chakra flamejante em seus pés, sentiu o perigo imediato quando respingos de lava atingiram sua armadura, derretendo uma parte dela instantaneamente. O calor intenso fez chamas subirem por seu corpo, queimando-o superficialmente. O Uchiha manteve o controle, mas a ameaça era palpável. Ele percebeu que estava diante de uma oponente que não só dominava o campo, mas manipulava o próprio ambiente para amplificar seu poder.
A mulher, com uma velocidade impressionante, girou sua lança, enquanto chamas brotavam do meio da lava, que agora brilhava com uma energia ainda mais ameaçadora. O próximo golpe estava prestes a ser desferido — e Yashin sabia que seria devastador. A força daquele ataque, claramente de nível Rank S, carregava uma precisão mortal que ele nunca havia visto antes. Cada segundo contava, e como o jovem Uchiha era capaz de usufruir de dois movimentos em um, enquanto se posicionava, ele sacaria sua flauta nesse momento, posicionando em sua boca quando notaria ela desviando o olhar enquanto planejando outro ataque certeiro.
A melodia perturbadora atingiu seus ouvidos com uma violência quase física, como se rasgasse seu espírito. A armadura que cobria seu corpo tremeu diante da força daquele som sobrenatural, e seus olhos se arregalaram enquanto seus braços se erguiam, como se fossem marionetes controladas por fios invisíveis. O ataque mental foi imediato e implacável, penetrando suas defesas psíquicas com uma brutalidade que a deixou vulnerável, à mercê do genjutsu que se agarrava a sua mente como um parasita.
— Um Uchiha... com genjutsu sonoro? Merda... Eu devia ter previsto isso... — sua voz escapou trêmula, a incredulidade estampada em cada sílaba.
Seu corpo lutava contra a paralisia, os músculos tensos como cordas prestes a se romper, mas era em vão. Ela estava presa em uma teia de ilusão que a esmagava, lentamente, como um pesadelo do qual não havia fuga. O desespero borbulhava em seus olhos, mas sua mente já começava a fragmentar-se, incapaz de resistir ao poder implacável de Yashin naquela área. Ele, impassível, continuava a tocar sua melodia macabra, imbuída de uma crueldade quase ritualística, sem ceder nem por um momento, um segundo uso do Mugen Onsa. Aos poucos, os olhos da mulher perdiam o foco, sua sanidade sendo despedaçada por aquela música enfeitiçada. O mundo ao redor dela distorcia-se, virando um redemoinho de sombras e agonia. Seus pensamentos, outrora claros e calculados, agora desmoronavam em um caos de vozes e imagens desconexas. Ela caiu de joelhos, derrotada não pelo aço ou pela força bruta, mas pela maestria cruel de um genjutsu que desmantelava sua alma.
A oponente de Yashin caiu ao solo, que começava a se despedaçar lentamente sob seus pés. Abaixo dela, a lava borbulhava, ameaçando engoli-la no próximo movimento. Uma escolha iminente se apresentava: Yashin poderia salvá-la, ou deixar que a morte ardente a reclamasse.
Enquanto ponderava, a barreira de correntes ao redor se desfazia, suas últimas defesas desaparecendo com um estalo seco. Foi então que Yashin notou algo que fez seu sangue gelar. Vayu estava presente no campo de batalha e havia acabado de derrotar a dupla que Yotsuki Enkei havia trazido para o Vilarejo Central.
O homem, com uma aura imensa de chakra, pairava no ar com uma serenidade que era perturbadora, quase antinatural. Seu olhar fixo no Uchiha era frio e impenetrável, como se já previsse todos os movimentos de Yashin. Flutuando sobre a lava, como se a própria destruição abaixo fosse insignificante para ele, Vayu se mantinha suspenso no ar, um gigante à espera de seu momento. O silêncio entre os dois era esmagador, quebrado apenas pelo som distante da lava em ebulição.
Yashin sabia que o confronto seria inevitável. Vayu estava pronto para atacá-lo, e sua presença era um lembrete aterrorizante do verdadeiro perigo que ele enfrentava. O Uchiha notava que ao seu lado havia uma barreira, onde Hagoromo Ann estava lutando contra um homem extremamente alto e elástico, ela parecia estar ganhando o combate. Talvez se aguentasse o próximo turno, ela poderia ajuda-lo no seu próximo combate.
Uchiha Yashin: HP - 150, Chakra - 150, Sanidade - 470 [Armadura danificada. Total de 100 de armadura] [Sharingan, ativo]
Iburi Vayu: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
Kyosuke Kuroi, com reflexos afiados, atirou uma kunai equipada com uma tarja explosiva diretamente contra seu oponente. A explosão reverberou pelo campo de batalha, fazendo a fumaça se dissipar momentaneamente, enquanto fragmentos da explosão voavam ao redor. O impacto não foi devastador, mas causou danos suficientes para conceder a Kyosuke um breve intervalo para agir.
Sem perder tempo, ele utilizou esse momento para conjurar um clone. Ramificações surgiram de seu próprio corpo, moldando rapidamente uma réplica exata dele no campo de batalha. Em seguida, Kyosuke preparou uma de suas técnicas mais poderosas: Suiton: Ryuujin fusionado com sua técnica de Doton. Com um movimento fluido, ele invocou uma onda colossal de água lamacenta que se espalhou de maneira impiedosa pelo campo de batalha, cobrindo toda a extensão até onde a barreira ainda se mantinha.
O campo agora estava submerso em água, com a maré do Suiton se agitando ao redor. No entanto, o oponente de Kyosuke, mesmo envolto pela torrente, parecia completamente inabalado. Seu corpo, que flutuava como fumaça dentro da água, permanecia insubstancial. A água não o afetava como deveria, mas algo era claro: ele agora estava preso em bolhas de água formadas pela técnica, cada bolha de água tinha um resquicio da fumaça onde estava seu próprio corpo, incapaz de se mover livremente, já que os três indíviduos no campo de batalha estavam completamente presos no meio da água. A tensão aumentava, e o próximo movimento seria decisivo.
Ouvindo com atenção as reflexões de Kyosuke, a garota que se autodenominava Sacerdotisa não perdeu tempo. Com uma velocidade impressionante, ela realizou uma sequência de selos de mão e, de sua boca, uma técnica de Fuuton altamente comprimida começou a emergir. O vento, denso e letal, rapidamente se expandiu pelo campo de batalha, criando uma pressão devastadora que fez o ar ao redor vibrar com intensidade.
A rajada de vento cortante avançou com precisão em direção ao oponente de Kyosuke, que já estava submerso em uma quantidade colossal de água. Sem chances de escapar, o inimigo sentiu o impacto direto da técnica. O golpe do Fuuton, combinado com a pressão da água, fez o homem gritar de dor, enquanto seu corpo era lentamente despedaçado. Cada fragmento dispersava-se em bolhas de água, misturadas com resquícios de fumaça e sangue, um sinal claro do estrago causado. Visivelmente, o homem sofria dano dobrado ao ser atingido por uma técnica de natureza Vento, devido à sua composição de fumaça. A Sacerdotisa observava com um olhar sereno, mas implacável, ciente do poder de seu ataque enquanto o inimigo se desintegrava lentamente sobre seu ataque.
Notando isso, Kyosuke Kuroi imediatamente notou que a barreira de correntes ao seu redor, parecia lentamente estar se rompendo. Ele poderia tentar implacar um próximo ataque no seu oponente, ou caso não quissese, poderia simplesmente atacar a própria barreira que parecia fisicamente frágil o suficiente para romper ela.
Kyosuke Kuroi: HP - 150, Chakra - 460, Sanidade - 210 [Armadura. Total de 140 de armadura] [1 Bunshin em campo]
Sacerdotisa: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
Iburi Naoki: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
— Sim, sou Enkei... Yotsuki Enkei. Você é Ayaka? Ouvi uns sussurros de você, e por algum motivo você me é nostálgica. Eu sou alienígena porque sou um agente duplo dessa organização, eu trabalho tanto para Byakuren quanto para Kumogakure, então Aoshin e os demais acham que estou do lado deles... se bem que já tentaram me matar mais de uma vez... é, não sei. Dou um suspiro e prossigo — Minha função aqui é transitar entre Kumogakure e esse mundo sombrio. Recomendo que não matemos nenhum humano ou animal normal, mas os espíritos malignos pode exorcizar sem pestanejar. Aliás, se puder me ensinar esses truques angelicais de exorcismo, eu ficaria lisonjeado!
Ayaka iria ouvir casualmente o garoto, e responderia com um meio sorriso:
— Hm... Certo... Você por algum motivo, me parece o mais inocente desse grupo, no entanto... Hm... e-exorcizar? Truques angelicais? — Ayaka casualmente iria piscar seus olhos de forma despreocupada, como se aquilo fosse novidade. — Desculpe, mas... Eu meio que não acredito em espíritos malignos ou coisa do tipo. Para mim, eventos sobrenaturais é tudo um grande show de genjutsu. Para tudo, existe explicação cientifica nesse mundo, pelo menos acredito assim. Mas tudo bem... Eu não gosto de matar também, apesar de que... Bem... Deixa para lá...
O homem de pele azulada avançava como uma tempestade furiosa, seus músculos inchados pulsando com cada passo, enquanto o chão rachava sob o impacto de sua corrida. Seus olhos estavam fixos em Ayaka, que, de braços cruzados, mal esboçava uma reação. Quando ele estava a apenas alguns metros, Ayaka desapareceu em um borrão, reaparecendo com um sorriso zombeteiro enquanto o homem colidia violentamente com uma barreira de correntes que ela havia erguido sem esforço.
Com um sorriso de canto de boca, Ayaka soltou uma risada leve, o brilho de desprezo em seus olhos fazendo a cena parecer ainda mais humilhante para o oponente.
— Sério? Você é o "grande" guardião dos segredos do Clã Uzumaki? — provocou, com uma voz impregnada de sarcasmo. — Com esses bracinhos, achou que me pegaria no taijutsu? Mas e essa velocidade, hein? Pulou o dia da perna? Treinar todos os músculos é importante, sabia?
Yotsuki Enkei, casualmente, aproveitando a distração da garota, iria começar a fluir chakra em sua mão, e aproveitando que o sujeito parece focar Ayaka em seus ataques, num rápido impulso, o garoto lançaria seu Raiton: Hebi Ikazuchi em direção do sujeito musculoso. Uma cobra formado por um denso raio iria emergir de sua mão e viajar em alta velocidade, como um projétil, em direção do sujeito, acertando-o violentamente. Porém... Apesar de ter machucado, visivelmente o dano não parecia ter sido suficiente para abrir nenhum dano secundário, quase não havia queimadura, escoriações ou qualquer tipo de ferimento subsequente. O Uzumaki ficou tenso por um segundo, claramente irritado, mas logo sorriu, com os dentes rangendo de frustração.
— Esse ataque machucou... Um garoto dessa idade saber usar uma técnica nível Jounin, os tempos são outros mesmo, só fui aprender minha primeira técnica desse nível quando tinha meus 18 anos... Além disso, tem essa garota ainda... — Ele olharia para Ayaka. — Você é rápida, admito... Mas toda essa confiança na sua velocidade não vai salvar aquele garoto.
Ayaka estreitou os olhos, sentindo um breve frio na espinha. Antes que pudesse reagir, o homem concentrou um tornado de chakra em seu punho e avançou em direção a Enkei, que não tinha chance de ver o golpe chegando. O punho dele estava prestes a acertar o garoto quando Ayaka, num flash, surgiu na frente de Enkei, interceptando o ataque com seu próprio corpo. O impacto foi devastador. A força do golpe criou uma cratera no solo, enterrando Ayaka com brutalidade. O chão rachou ao redor dela, e sua cabeça foi pressionada para dentro da terra com um som abafado, chamas intensas vindo do solo, parecem atingir o corpo da garota naquele momento, havia lava emergindo próximo de sua pele, o que acabaria gerando tais chamas. O homem riu alto, triunfante, sua voz cheia de arrogância.
— Viu, rapidinha? De que adianta a sua velocidade contra a minha força? Espero que esteja doendo... Huh?
Enkei, atônito, observava a transformação assustadora de Ayaka. Ela se levantou lentamente, subjulgando a força do sujeito que forçava o punho sobre seu rosto, sua presença agora emanando uma energia sombria. Vapor começou a sair de seu corpo, lembrava um pouco, chakra... Enquanto seus olhos ficavam vazios e sem vida, cheios de uma sede de sangue insaciável. Em um movimento explosivo, Ayaka puxou uma kunai personalizada de coloração estranhamente branca de sua bolsa de armas, e num instante, ela se lançou para frente, atingindo o pescoço do homem com um golpe preciso e brutal. O sangue jorrou como uma cachoeira, inundando o solo ao seu redor de forma espalhafatosa, enquanto a garota da familia Kyosuke casualmente iria encarar outras batalhas que estavam ocorrendo fora daquela barreira.
— Uma... variação... do... Hachimon... Toukou...? Onde... você aprendeu isso? — balbuciou o Uzumaki, enquanto segurava seu pescoço, tentando, em vão, estancar o fluxo de sangue.
Ayaka, agora fria e calculista, desativou a transformação com um simples gesto. Segurando sua kunai, ela ativou uma pequena descarga elétrica na arma imbuindo ela com chakra, seus olhos fixos no homem caído enquanto percebia que a barreira de correntes em sua volta parecem lentamente rachar, indicando que quanto mais dano ele recebesse, mais cedo estariam livres para se intrometer em outros combates, os combates que estavam mais próximos do Núcleo Enkei, eram os combates de Kuroi e Yoru.
Yotsuki Enkei: HP - 100, Chakra - 370, Sanidade - 160
Kyosuke Ayaka: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
Uzumaki Azusa: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
O combate tinha sido eficiente, um desvio e dois Genjutsus sendo o suficiente para neutralizar a guerreira Uzumaki. O único ponto fora da curva é que o poderoso ataque dela tinha exposto o campo de batalha à presença de lava. Um cenário que era perigoso por um lado, mas criava oportunidade por outro. A batalha tinha me custado uma boa quantidade de chakra, mas tinha um plano para remediar isso. Vendo a mulher inconsciente e o solo embaixo dela começando a ruir, avanço com um salto, a carregando comigo para fora de perigo. Se possível, eu queria evitar que ela morresse, mas o principal era ter acesso a mais reservas de chakra. Algo que se prova necessário quando, sem me dar um segundo para respirar, Vayu já entrava no campo de batalha.
Segundo round, arrombado.
Preciso abrir uma brecha nesse primeiro movimento, algo me deixe absorver chakra da mulher em paz e dê mais tempo para algum aliado chegar. É um pouco cedo, mas vou ter que mostrar o Gaeshi.
Sabendo que Vayu poderia me cegar a qualquer momento com o Kokuangyo, era necessário fazer o primeiro movimento o mais rápido possível. Aproveitando que minha Gunbai estava conectada a corrente, faço um movimento a posicionando em um ângulo que fique apontada para Vayu. Dois jutsus simultâneos seriam então combinados para lançar um ataque devastador para alguém feito de fumaça. Com o Katon: Gōryūka, lanço um projétil de chamas diacrônico em direção a Gunbai, enquanto uso o Uchihagaeshi para absorver o projétil e criar uma onda de vento em direção ao inimigo.
O vento era uma arma forte contra Vayu, por seu corpo de fumaça, mas nesse campo tinha o potencial era ainda mais devastador. Ajusto o ângulo de disparo para que a rajada vá na direção do inimigo, mas passe arrastando parte da lava que tinha sido liberada. Provavelmente essa corrente de ar seria superaquecida, ampliando seu potencial de dano. Já sabendo da possibilidade do Kokuangyo, não deixaria uma escuridão repentina me atrapalhar, usando a memória recente do campo de batalha para ajustar a trajetória dos golpes. Inclusive, esse cenário seria possivelmente positivo, já que um dano depois da ativação cancelaria a técnica.
O próximo movimento dependeria do tamanho da brecha que meu jutsu abriu. O objetivo primário era usar o Chakra Kyuuin para absorver chakra, concentrando minhas duas frentes de chakra para isso, dobrando a quantidade absorvida. Porém, se notasse um ataque do oponente, seja por visão ou audição, usaria o Katon: Kasai Shunshin em conjunto com a absorção de chakra. Por óbvio, o movimento seria feito carregando a mulher comigo para manter a absorção. A direção do desvio seria o teto da caverna, para evitar danos residuais da lava.
Exato, como eu previa... técnicas de Fuuton são extremamente eficientes contra esse cara. Com um gasto relativamente baixo de chakra estamos a um passo de conseguir a primeira vitória aqui sem muitas dificuldades. O resto da Byakuren não deve ter tantos problemas, estamos em um número mais amplo.— Sacerdotisa-chan, vamos acabar com isso num próximo movimento. Os outros precisam de nossa ajuda. Utilize mais um Fuuton, pode inclusive ser uma rajada mais focada em vez de ser em um amplo espaço, caso isso lhe economize chakra.
Percebendo de fato se o adversário seria presa fácil, combinaria com ela um combo: enquanto ela utilizaria algum Fuuton, eu utilizaria o Mokuton: Daijurin no Jutsu modificado. Se ele estivesse em forma gasosa, seria atingido por ela em dano potencializado. Se estivesse em forma física, seria atingido por ambos. Caso, numa remota hipótese dele se desviar, o Mokubunshin poderia utilizar o Suiton: Suiryuudan no Jutsu usufruindo da própria água gerada no terreno. Além disso, em caso de um desvio, muito provavelmente atingiríamos a barreira, causando danos significativos para podermos interferir em um próximo combate.
Se findado o combate, colocaria a sacerdotisa em meus ombros apenas durante a zona segura, enquanto analisaria as opções de combate que se desenhariam para nós no momento.
O combate se desenrola com uma intensidade absurda. Cada movimento é preciso e letal, e não consigo desviar os olhos, mesmo que dificilmente acompanhe tudo com exatidão.
Então, Ayaka é uma pessoa cética... será que vem disso o seu poder?
Após a porradaria, um vencedor parece prevalecer. Sinto-me impotente perante a tamanha força de ambos os lados.
— Obrigado por me proteger, Ayaka-chan. Acho que temos que te matar mesmo, Azura... ou será que não? Conte-nos a sua história...
Dizendo isso, preparo um Raiton: Gian em potência alta para atirar no coração do inimigo.
Caso o combate aqui mesmo finde, iria diretamente para Yoru.
O solo sob os pés de Uchiha Yashin tremia violentamente, cada vez mais difícil manter o equilíbrio. A terra parecia prestes a ceder ao caos crescente ao seu redor, forçando-o a tomar uma decisão rápida. Com um movimento fluido, ele saltou em direção à mulher ruiva desmaiada, que estava perigosamente próxima de ser engolida pela lava fervente. O calor era sufocante, e ele sabia que não tinha muito tempo. Seus pés mal tocaram o chão quando ele já percebia o próximo perigo iminente — Vayu já estava realizando selos de mão, movendo-se com uma velocidade que superava a sua própria.
Yashin franziu a testa, sabendo que precisava agir com precisão. Ele aproveitou a conexão de sua Gunbai com a corrente em seu braço, lançando-a com um movimento rápido no ar, calculando o ângulo perfeito para que ficasse posicionada em direção a Vayu. Seu plano estava claro: combinar dois jutsus em um único golpe devastador, visando aproveitar a natureza etérea do inimigo. Sem hesitar, Yashin executou o Katon: Gōryūka, lançando um projétil de chamas diacrônicas diretamente em direção à sua Gunbai, que já vibrava com a intensidade crescente do chakra. A manobra era arriscada, mas calculada; a Gunbai começou a absorver as chamas com o Uchihagaeshi, amplificando seu poder.
— Hm? Esse movimento... — murmurou Vayu, observando a Gunbai começar a brilhar com uma energia quase palpável.
A arma, agora energizada com a fusão de seu chakra e as chamas do dragão, ejeta uma explosão brutal, uma onda de vento massiva e cortante que avança com uma velocidade assustadora em direção a Vayu. O poder era suficiente para devastar o campo de batalha, cortando o ar como uma lâmina de puro chakra.
Vayu, no entanto, não perdeu tempo. Ele completou rapidamente os selos de mão no ar, sua máscara absorvendo o chakra à medida que ele ativava uma técnica de invocação. Um símbolo menor, porém incrivelmente preciso, brilhou no chão abaixo dele. Imediatamente, um imenso cano de aço emergiu no meio da lava, emitindo uma onda de lava incandescente com uma força devastadora. O ataque de Yashin colidiu violentamente contra a onda de lava. O choque foi cataclísmico. A onda de vento cortante se chocou contra a lava borbulhante, gerando uma explosão de vapor e energia que iluminou o céu em um clarão ofuscante. O som da colisão era ensurdecedor, ecoando por todo o campo de batalha. Por um momento, parecia que o próprio espaço entre os dois ataques estava prestes a se romper até que finalmente ambos se anulariam.
O sujeito do Clã Iburi, apenas iria rir daquele movimento, posicionando sua mão sobre a máscara, visivelmente gargalhando da cara do Uchiha como se ele fosse uma criança inexperiente:
— Você gastou dois movimentos nessa bosta de ataque? É isso, mesmo? Que merda, ein? Bom... Paciência, dois podem jogar o mesmo jogo.
A pressão no campo de batalha crescia de forma sufocante. Quase no exato instante em que o estranho cano foi invocado por seu oponente, Yashin sentiu a escuridão se expandir ao redor como um véu maldito que consumia tudo. A técnica Kokuangyo no Jutsu se espalhava como uma sombra viva, devorando a luz e o sentido de orientação, transformando o ambiente em uma prisão de trevas absolutas. A sensação de impotência invadia seus sentidos, pois a escuridão não era apenas uma ausência de visão — parecia pesar sobre seus ombros, corroendo a percepção de tempo e espaço. Todos, inclusive ele, estavam cegos naquele abismo.
Sem hesitar, Yashin sentiu a pulsação do chakra da Uzumaki ao seu lado. Com um gesto firme, sua mão deslizou sobre o corpo dela, arrancando uma parcela de sua energia, mesmo enquanto o som áspero da batalha ecoava ao longe. Ele ouviu o inconfundível estalo da barreira de correntes de Ann sendo destruída, o som reverberando como o prelúdio de um desastre iminente. Ela estava livre, mas o campo de batalha se tornava cada vez mais caótico. Yashin sabia que a margem de erro havia desaparecido.
Foi então que ele ouviu — quase inaudíveis, no meio daquela escuridão esmagadora — os passos leves de Hagoromo Ann se aproximando. Mesmo para ela, a situação era confusa. Ela estava perdida, tateando nas trevas, incapaz de localizar Yashin com precisão, apesar de estar bem próxima dele. Cada segundo parecia arrastar consigo uma incerteza crescente. Eles estavam vulneráveis. A qualquer instante, o inimigo poderia atacar de qualquer direção, e Yashin começava a perceber, com um calafrio percorrendo sua espinha, que seu oponente talvez já não estivesse mais onde ele acreditava.
Uchiha Yashin: HP - 150, Chakra - 210, Sanidade - 470 [Armadura danificada. Total de 100 de armadura] [Sharingan, ativo, inutilizado]
Hagoromo Ann: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
Iburi Vayu: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
A jovem de cabelos rosados percebendo que seu ataque havia sido útil para arrancar sangue daquele indíviduo, parece por algum instante sacar uma espécie de bastão negro, como se fosse um item utilizado num processo ritualistico. Seus olhos brilharam com alguma emoção implacável enquanto suas mãos rapidamente formavam selos precisos, preparando seu jutsu. O pouco ar ao redor parecia vibrar em antecipação, enquanto ela ouvia as palavras de Kuroi ecoando na mente, embora seus pensamentos estivessem focados no inimigo à frente.
— Certo, tio.
Kyosuke, por sua vez, não hesitou. Com uma expressão séria, ele ativou seu Mokuton: Daijurin no Jutsu. Em um instante, raízes maciças e afiadamente entrelaçadas emergiram do solo, rompendo o terreno aquático com uma violência arrebatadora. As ramificações de madeira se estendiam vorazmente, como serpentes famintas, invadindo o campo em direção ao oponente incapacitado, desafiando a resistência do inimigo.
O ataque da sacerdotisa, por outro lado, era mais sutil, mas igualmente mortal. Ela reuniu o ar ao seu redor e lançou um poderoso canhão de vento, que cortou a atmosfera com um rugido feroz. A técnica, embora menor em escala, carregava uma precisão letal, focada diretamente no coração da batalha.
Os dois ataques colidiram em uma sinfonia caótica. A explosão que seguiu fez a água explodir em uma torrente, lançando ondas e vapor por toda parte. A fumaça resultante começou a se distorcer, tomando lentamente uma forma humanóide, mas não de carne — o corpo do inimigo se fragmentava em sangue, desintegrando-se sob o impacto colossal das técnicas combinadas. O adversário estava à beira da morte, exausto, sua resistência quebrada. E com o colapso final de suas forças, a barreira de correntes que aprisionava o grupo cedeu com um estalo poderoso. Nesse momento, a quantidade avassaladora de água conjurada por Kuroi iria se espalhar pelo campo de batalha e entrar em contato com um gigantesco poço de lava que existia no ambiente, o contato entre o Suiton e a lava com mais de 2000 graus iria formar uma reação explosiva de uma quantidade avassaladora de vapor no ambiente, cegando por algum tempo a dupla, se eles se aproximassem mais ainda daquela quantidade surreal de vapor, ficaria claro que iriam morrer com queimaduras de intensidade perturbadora.
Kuroi, puxando a garota ainda ao seu lado, fez uma rápida avaliação da situação enquanto a tensão do campo de batalha o envolvia. A escuridão perturbadora que Kyosuke havia notado era claramente a área onde Vayu estava lutando. Esse ambiente denso e opressor sugeria uma batalha intensa, possivelmente envolvendo técnicas de grande escala e uma necessidade urgente de intervenção. Por outro lado, a região onde Kyosuke Yoru estava envolvido com outros indivíduos também prometia ser um cenário de combate intenso, mas possivelmente menos envolto em escuridão e mais caracterizado por uma batalha mais tradicional.
Em qual combate, Kuroi iria se intrometer?
Kyosuke Kuroi: HP - 150, Chakra - 400, Sanidade - 210 [Armadura. Total de 140 de armadura] [1 Bunshin em campo]
Sacerdotisa: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
Iburi Naoki: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
Yotsuki Enkei dirigiu um olhar de gratidão para a garota albina. Ele queria expressar sua apreciação, mas ela estava completamente absorta no que acontecia ao redor. Seus olhos azuis, intensamente focados, não desviavam do campo de batalha à frente, especialmente do confronto que se desenrolava entre Kyosuke Yoru e seus adversários. O cenário era um inferno em si: uma fortaleza grotesca onde a lava parecia pulsar em sincronia com a própria batalha. Cada ataque desencadeava erupções de magma, tornando o campo de combate uma arena de destruição contínua e imprevisível.
Yotsuki Enkei tentava inutilmente arrancar alguma resposta de Azusa, mas o homem, orgulhoso e obstinado, simplesmente recusava-se a falar. Cada tentativa de diálogo era cortada pela sua expressão de desprezo, enquanto o sangramento causado pela kunai de Ayaka tornava-se mais intenso, drenando rapidamente suas forças. O corpo de Azusa tremia à medida que a vida se esvaía, mas mesmo à beira da morte, sua determinação era feroz.
Conforme Enkei percebeu que Azusa estava prestes a morder o próprio braço em um último ato de desespero, Ayaka, fria e calculista, agiu primeiro. Com um movimento brusco, ela cravou o pé sobre a boca do homem, impedindo-o de finalizar seu ato. O olhar dela, impenetrável, refletia a dureza de alguém que já havia cruzado a linha entre a misericórdia e a crueldade.
Enkei, sem alternativas, decidiu encerrar aquilo de vez. Com um movimento rápido, ele concentrou sua energia em seu Raiton: Gian. Raios começaram a dançar ao longo de seu braço, estalando e crepitando no ar como uma serpente elétrica. Ele disparou um projétil de relâmpagos que cortou o ar com um som agudo, atingindo diretamente o peito de Azusa. O impacto foi brutal. O corpo do homem sacudiu-se violentamente quando a corrente elétrica o atravessou, e a pele azulada de Azusa adquiriu um tom fúnebre, como se o próprio espírito estivesse sendo arrancado do corpo naquele instante. O cheiro de ozônio e carne queimada tomou o ar enquanto o último suspiro de Azusa escapava de sua boca entreaberta.
O movimento de Enkei parece pegar de surpresa, Ayaka por um breve instante. Mas ela quietamente fecharia seus olhos, ignorando aquela visão e se focando no próximo combate.
[...]
Kyosuke Yoru, imerso na carnificina, exibia uma habilidade letal e uma agilidade quase sobrenatural. Ele havia eliminado dois dos quatro combatentes que estavam focando ataques incessantes em sua direção, mas a batalha ainda não estava resolvida. Seus movimentos eram uma coreografia mortal, ele desviaria de diversos projéteis flamejantes que eram simplesmente lançados em sua direção.
Com uma explosão de velocidade, Yoru desferiu um golpe preciso, seu punho cortando o ar com uma ferocidade, gerando um vendaval que desviou uma onda de lava em uma erupção violenta, que havia sido direcionado em sua direção.
Os inimigos restantes, agora forçados a lutar sob condições cada vez mais extremas, tentavam se reagrupar. Um deles, tentando aproveitar a vantagem do terreno instável, disparou um jutsu de Youton em Yoru, que respondeu com uma esquiva ágil, deslizando pela lava solidificada com uma habilidade impressionante. Em um movimento fluido, ele se aproximou e contra-atacou, desferindo um soco devastador no rosto da usuária de Youton e arremesando-a contra a parede.
— Falta... quanto... tempo... para... esgotar...o...chakra... dele... Sousuke? — A mulher parecia exausta naquele momento. seu corpo estava lotado com escoriações e ferimentos de intensidade moderada.
Nesse instante, o corpo de Kyosuke Yoru cedeu ao chão, seus músculos parecendo pesados como chumbo. Seu fôlego se tornava irregular, e a sensação de que suas energias estavam se esvaindo crescia a cada segundo. O suor frio escorria por sua pele, refletindo o esforço titânico que fazia para se manter de pé. Seu olhar vagou pelo campo de batalha até que, à distância, ele notou uma figura bizarra. A aparência estranha do homem era quase cômica, com traços de um palhaço macabro e longos cabelos caindo pelos ombros, mas havia algo de profundamente ameaçador em sua presença.
A figura observava casualmente, como se aquilo fosse apenas um espetáculo trivial. No entanto, as mãos do estranho começavam a se mover, formando selos familiares para Yoru, quase idênticos aos de Uchiha Yashin. Em um lampejo de compreensão aterradora, Yoru reconheceu a técnica: era uma invocação de um Shinigami, um jutsu mortal. A presença sombria ao redor daquele homem não era coincidência.
A visão de Enkei logo se voltou para o corpo de Azusa, e o horror o tomou. A pele dele estava se desintegrando diante de seus olhos, como se estivesse apodrecendo rapidamente, cada pedaço corroído pela força invisível daquele jutsu. A carne murchava, revelando ossos de um branco gélido por baixo, enquanto a decomposição acelerava. O corpo dela se tornava um espectro de dor e ruína. Ao mesmo tempo, Kyosuke Yoru sentia o efeito da técnica ressoando em si — suas reservas de chakra sendo drenadas como se um poço sem fundo estivesse sugando sua vida.
— Mas que merda... de técnica é essa? — Yoru murmurou, sua voz tranquila, mas carregada de uma tensão quase palpável. Embora tentasse manter a compostura, o suor brilhante em sua pele denunciava a gravidade da situação. Ele sabia que estava lidando com algo muito além do comum.
O sujeito com aparência de palhaço sorriu friamente, seus olhos faiscando com uma satisfação doentia.
— Pelo visto, o Cultista Yoikami é mais bucha do que eu imaginei... Não conseguiu se livrar do poder da minha entidade? — A voz dele ecoava com desprezo, reverberando no campo de batalha silencioso. — Você já deve ter notado como funciona o meu Shiki FUujin, não é mesmo? — O tom sarcástico e cruel fazia parecer que a situação de Yoru era uma piada.
Pelo visto, aquele estranho palhaço ainda não havia percebido a presença de Enkei no campo de batalha. O garoto iria atacar ele pelas costas? Fora isso... Por algum motivo, o Yotsuki notou que Ayaka parecia ficar de braços cruzados, vendo Yoru passar dificuldade contra o oponente, pelo visto ela não estava disposta a ajudar dessa vez. O que o jovem Yotsuki faria?
Ameaçaria dar um último golpe naquele homem de fumaça que não nos importava mais. No entanto, antes que isso acontecesse, teria um flash das memórias do Mizukage. Desde que estive em suas memórias não parei de pensar por um minuto sequer no que um verdadeiro Rei faria. Engraçado, um ano atrás eu acharia que o próprio Mizukage era o Rei... Hesitaria em matá-lo. Acho que no fim, esse cara talvez fosse um eu do passado...— Yazu-chan, não desgrude o olhar dele. Podemos ter clemência com os inimigos, mas também não devemos abaixar nossa guarda por conta disso. Tentaria ensiná-la algo, já pensando em evitar o que ela poderia se tornar em algumas décadas.
Havíamos vencido o primeiro combate, de fato. Com a barreira rompida, éramos livres para ingressarmos em qualquer campo de batalha. Concentrando-me nas habilidades sensoriais, perceberia a área do Yoru como mais cheia de combatentes, enquanto a do Yashin era a escura, silenciosa, a qual deixou o Uchiha com reais problemas. Éramos dois, e sabia que de forma alguma a Sacerdotisa iria lutar lado a lado com o Yoru, salvo talvez numa situação que envolvesse o Aoshin, como quando Jashin e Yoikami atuaram juntos no futuro distópico. Assim, perguntaria se ela se importaria em lutar ao lado do Yashin enquanto eu ajudava os outros. Com a resposta positiva, explicaria.
— Yazu-chan, o tio Uchiha está com problemas ali. Já caímos naquele jutsu uma vez e, diferentemente de cavaleiros, o mesmo golpe funciona sim duas vezes contra nós. Então, o que ele faz: ele torna todo o campo de visão da vítima numa área escura, mesmo com o Sharingan. Existe um limite de alcance da técnica e muito provavelmente causar danos no usuário pode cessar os efeitos. No entanto, há um problema bem claro. Digo, para quem intervém no combate, deve-se tomar um cuidado redobrado pois quem está lá dentro provavelmente começará a utilizar jutsus em área em sequência para acertar o usuário e quebrar o genjutsu. Muito provavelmente o garoto vai começar a cuspir fogo, então, se for de forma sorrateira, tenha em mente isso. Uma vez capturada, não deixe de se comunicar de modo verbal para ao menos indicar a posição. Tenho certeza que isso vai ser muito fácil para você, Yazu-chan. Nos encontraremos em breve.
Tsc... como esse cara cai no mesmo jutsu, do mesmo usuário, duas vezes no mesmo dia? Seu QI diminuiu por acaso, Uchiha? Estava revoltado, mas entenderia, já que eu também cairia na técnica. Bom, pimenta no cu dos outros é refresco... Assim que a Sacerdotisa se deslocasse em segurança, observaria o núcleo onde Yoru, Ayaka e Enkei estavam. Hm... é nítido que existe um Shinigami e uma técnica que está drenando o chakra do Yoru... não posso intervir de qualquer jeito. O Enkei está de tocaia, a Ayaka não está fazendo nada. É perceptível que todos sabem o que está acontecendo. Merda, preciso coordenar bem os movimentos com eles.
Desse modo, o original ainda manteria certa distância, mas estaria se aproximando um pouco em direção ao palhaço. O Mokubunshin, por sua vez, utilizaria de toda sua velocidade empunhando uma Kunai em direção à mulher de Youton que estava na bacia das almas. O objetivo seria decapitá-la.
— Desculpe a demora, Yotsuki-senpai. Pelo menos essa não vai trazer mais nenhum problema. Diria em tom sério ao Yoru. Por mais que tivesse me tornado piedoso, não teria esse sentimento por quem machuca meus amigos.
A chegada de Ann era bem vinda, mas infelizmente o Kokuangyo ainda estava ativo. O primeiro passo para a vitória era tentar mudar esse cenário. Usando meu rádio, comento em sussurros com Ann.
Me dê um sinal da sua posição.
Esperava que ela fizesse algum tipo de barulho distinto, o que ajustaria meu direcionamento. Faço então um movimento duplo, começando com o Kasai Shunshin. A ideia do jutsu era nos levar em alta velocidade para cima, basicamente depois que eu segurasse o corpo de Ann, o movimento seria todo vertical.
O uso do jutsu tinha dupla função, primeiro nos tirar da zona de perigo da lava e, segundo, desviando de algum tipo de ataque. Obviamente era difícil ajustar o timing sem a visão, mas eu tinha conhecimento que um dos poderes mais letais do Clã Iburi era o Ibushimi, que consistia em entrar no corpo do alvo para fazê-lo sofrer por dentro. Na pior das hipóteses, eu estaria criando distância para evitar esse jutsu. De qualquer forma, o combo seria completado por um disparo do Goka Messhitsu, mirado para baixo.
Essa manobra tinha duas vantagens em relação a um disparo convencional. Primeiramente, ao subir e disparar para baixo, eu aproveitava melhor a vasta abrangência do jutsu, já que o cone de propagação das chamas varreria tudo que estava para baixo de mim. A segunda vantagem é que, mesmo que Vayu fizesse um movimento de bloqueio, como tinha sido a manipulação de terreno anterior, boa parte das chamas ainda conseguiria atingir o solo. Pela instabilidade e pela lava, um jutsu poderoso como o Messhitsu tinha o potencial de gerar até uma erupção.
Chegando no teto dessa região subterrânea, eu aplico chakra nos pés para me manter de cabeça para baixo, comentando com Ann para fazer o mesmo. Nessa posição, teria a possibilidade usar essa estratégia de novo para danificar Vayu. Se Ann quisesse fazer algum tipo de movimento, a deixaria à vontade, mas se ela não tiver nenhuma ideia, eu pediria uma recarga de chakra.
Após a aniquilação de Azura, o orgulhoso, sigo para a região onde se encontrava Yoru. Ayaka, que me acompanha, parece não ter tanto interesse, mesmo vendo que nosso aliado passa por dificuldades.
Aquele palhaço mencionou uma entidade... acho que preciso de você, Youma-kun! Por favor, venha!
Convoco Youma para me auxiliar no combate dessa vez, em Conjuração Parcial. Em seguida, olho para Ayaka com um olhar de julgamento, como se esperasse algo dela:
Caso, mesmo assim, a garota decidisse permanecer inerte, tomaria a iniciativa e atacaria o palhaço com, novamente, um Raiton: Gian em potência alta. A ideia era pegá-lo de surpresa, ainda que não esperasse grandes coisas dessa investida, apenas uma ajuda interventora para Yoru.
A Sacerdotisa assobiava de maneira despreocupada, seus lábios emitindo uma melodia suave enquanto ouvia, aparentemente sem muita atenção, a figura à sua frente, a quem chamava de tio. Seus olhos avermelhados, com um brilho rosado peculiar, vagavam casualmente pelo ambiente, como se fossem indiferentes a qualquer perigo ou caos ao redor.
— Hm... Clemência é coisa de fracos, pelo menos foi isso que Jashin-sama me ensinou nos tempos imemoriais, pelo menos era isso que ele diz nas escritas antigas. — Ela falou com um tom quase despreocupado, lançando um olhar superficial para Kuroi. — Devemos fazer nossos inimigos sofrerem o máximo possível antes de deixá-los morrer.
O olhar distante e o jeito displicente com que a Sacerdotisa falava sugeriam que ela havia ignorado completamente as lições que Kuroi tentava lhe ensinar. Era como se o conceito de empatia fosse algo inexistente para ela. Havia algo profundamente perturbador naquela frieza, quase como se ela fosse incapaz de compreender o que significava misericórdia ou remorso. Definitivamente, educá-la seria uma tarefa árdua.
Quando mencionaram a proposta de Kyosuke, ela respondeu com um sorriso radiante, mas seu tom permanecia vazio de real interesse.
— Ah... Só preciso ajudar o Uchiha, certo? Tudo bem, tio... Não se preocupe. Só não morre por aí, tá? Fui!
Com um sorriso brilhante no rosto e um polegar levantado de maneira despreocupada, a Sacerdotisa começou a caminhar lentamente, seu ritmo deliberadamente lento contrastando com a urgência da batalha que acontecia entre Yashin e Vayu. Mesmo ao tentar correr, sua falta de pressa parecia revelar um desdém pelas circunstâncias ao redor, como se nada naquele conflito fosse suficientemente sério para acelerar seus passos.
[...]
Kyosuke Kuroi avançava rapidamente em direção ao campo de batalha, onde Yoru, visivelmente exausto, lutava para se manter de pé. Suas reservas de chakra estavam quase esgotadas, e o pálido semblante revelava sua fragilidade. Com um olhar determinado, Kuroi notou uma das mulheres que enfrentava Yoru, sua vitalidade tão baixa que mal conseguia se sustentar. Num movimento feroz, o clone do Kyosuke sacou sua kunai e, com um corte brutal, abriu a garganta da mulher. O golpe não a matou instantaneamente, mas com os ferimentos acumulados, seu corpo cedeu, colapsando no chão em uma poça de sangue, praticamente sem vida.
Yoru, ajoelhado e ofegante, mal conseguia acreditar na súbita aparição do jovem Kyosuke:
— Kuroi-san... Chegou na hora certa... — murmurou, ainda atordoado.
Enkei, observando de longe, lançou um olhar provocativo para Kyosuke Ayaka, incentivando-a a agir. Mas Ayaka permaneceu indiferente, com uma expressão fria, como se Yoru merecesse cada segundo de sofrimento. Não demonstrava o mínimo interesse em intervir.
Decidido a acabar com aquilo, Enkei canalizou seu chakra e preparou o Raiton: Gian. Uma grande quantidade de energia elétrica acumulou-se em sua mão, antes de ser liberada em um relâmpago devastador que atravessou o campo, ricocheteando sobre a lava incandescente. O raio atingiu em cheio as costas do palhaço gótico, que soltou um grito ensurdecedor, sangue jorrando de sua boca exageradamente larga, antes de cair de joelhos no chão.
Ele iria direcionar seus olhos para Enkei:
— Huh? Reforços? Como é que nossos guardiões estão perdendo... pra meras crianças? Isso é impossível! — o palhaço rosnou, incapaz de acreditar no que via.
Ao lado dele, um Shinigami que parecia imóvel até então, recebeu uma ferida em suas costas assim que Enkei golpeou o palhaço. Estavam interligados. Esse inesperado elo impediu que o chakra de Yoru continuasse sendo drenado, lhe dando um momento de alívio.
Yotsuki Enkei, nesse momento iria ativar seu Seirei no Chikara: Ego, conjurando um garoto que parecia ter a mesma idade que o mesmo, um jovem loiro com um rosto meio triste que parecia estar estranhamente fusionado com o seu corpo, uma manifestação parcial do seu próprio Ego.
Ayaka, que até então havia permanecido inexpressiva, observou a cena com olhos cheios de fúria contida. Era difícil acreditar que a Byakuren estava virando o combate. Sua expressão doce e quase inocente se dissolveu, dando lugar a um ódio visceral. Quando seus olhos se encontraram com os de Enkei, a atmosfera ao redor dela mudou drasticamente. A aura de Ayaka exalava uma amargura tão profunda que Enkei sentiu como se estivesse diante de algo muito mais sinistro do que qualquer inimigo que já havia enfrentado. A raiva que ela parecia conter era tão intensa que transbordava, quase sufocante, como se sua alma estivesse prestes a se despedaçar de tanto ódio.
— Você quer que eu faça alguma coisa? — Por algum motivo, a personalidade dela estava terrivelmente diferente, Enkei podia jurar que não era a mesma garota que ele tinha conversado não fazia muito tempo, a voz dela sairia fria, quase como se estivesse pronta para agir fazia séculos. — Eu só precisava de uma chance perfeita como essa... O Uchiha desgraçado se fodendo lá atrás, Kyosuke Yoru com quase nada de chakra, e o resto de vocês, lutando pelas suas vidas miseráveis como insetos... Não se preocupe, Enkei-san... Eu vou fazer alguma, sim, no entanto, depois, não reclame, seu esquisitinho de merda!
Num vulto branco, a mulher desapareceu da visão de Enkei e Kuroi, emergindo na frente de Yoru incapacitado, a mulher de cabelos brancos iria sorrir de forma maligna quando Yoru iria arregalar seus olhos ao perceber sua movimentação absurda, a garota firmou seu punho e aplicaria um potente soco em direção do nariz daquele sujeito, quebrando-o e jogando-o violentamente sobre o solo, fazendo seu corpo se chocar com uma poça de lava que existia atrás de si. Quase imediatamente seu corpo iria entrar em combustão ao entrar em contato com a lava, a mulher nesse momento iria esboçar um sorriso cruel enquanto iria estalar seu ombro num simples movimento.
— Inicialmente pensei em sequestrar a tal Kyosuke Shizuka e pedir que você se matasse em troca da vida dela. Depois pensei em simplesmente explodir a vila de vocês, com um Hirudora quando todos estivessem dormindo, felizes e sem esperar... Mas não seria tão gostoso fazer isso com todos inconscientes e sem ter um pingo de sofrimento, desgraçados como vocês, precisam morrer da forma mais horrível possível... Você é apenas um nome da minha longa lista de pessoas que precisam morrer para esse mundo melhorar, ainda tem o tal de Aoshin, não é? Não se preocupe, ele também vai morrer pelas minhas mãos!
— Urgh... Quem... é... v-você? Qual é o seu o-objetivo? — Yoru mal conseguiria completar sua fala, um berro insano sairia de sua voz, entrando em contato com a lava borbulhante, suas roupas literalmente entrando em chamas junto com sua pele.
Ayaka iria fitar o fogo consumindo aquele corpo e o homem gritando de forma intensa, com um olhar seco e frio. Sua voz era impiedosa:
— Ah... Sim... A bicha estranha do Orochimaru, me chamou de Kyosuke Ayaka... Nome asqueroso dado por uma criatura horripilante e sádica como aquela, no entanto, meu verdadeiro nome é Kaguya Sakuya. — Seus olhos azuis piscavam algumas vezes, sem brilho nenhum. — Isso é tudo que um merda como você, precisa realmente saber, o nome da desgraçada que colocou o fim da sua vida. Morra antes que essa merda de mundo comece a apodrecer!
A estranha mulher, com uma expressão sádica no rosto, ativava uma transformação sinistra. Sua pele começou a adquirir um tom ruborizado, enquanto sua circulação de chakra acelerava de forma anormal, quase explodindo em energia. Seus músculos inchavam visivelmente, ganhando volume e força a olhos vistos. O poder que emanava dela era assustador, e seu corpo parecia pronto para desferir um golpe final, destinado a afundar Yoru na poça de lava borbulhante.
A velocidade que ela demonstrava era alarmante, muito superior à de Enkei e Kuroi, deixando a dupla momentaneamente sem reação. Não havia tempo para preparar um ninjutsu que fosse rápido o bastante para interceptá-la, e a distância entre eles era grande demais para ataques diretos. A urgência do momento pesava no ar. Se ela desferisse mais um golpe em Yoru, não haveria chance de sobrevivência para ele. Sua vida, já pendendo por um fio, seria brutalmente extinta.
Kuroi e Enkei se entreolharam por um breve instante, buscando desesperadamente uma solução. O tempo parecia dilatar, cada fração de segundo mais agonizante que a anterior. Seria possível alterar a trajetória de seu ataque? Eles tinha velocidade suficiente para implacar algum ataque na estranha garota albina? Ou tinha acesso a algum tipo de informação ou provocação que fosse capaz de mudar seu foco para outra pessoa antes que fosse tarde demais para Kyosuke Yoru? Qual seria maior abordagem? Tentariam ataca-la mortalmente?
Kyosuke Kuroi: HP - 150, Chakra - 400, Sanidade - 210 [Armadura. Total de 140 de armadura] [1 Bunshin em campo]
Yotsuki Enkei: HP - 100, Chakra - 210, Sanidade - 160 [Seirei no Chikara - Ego, ativado]
Kaguya Sakuya: HP - ????, Chakra - ???, Sanidade - ???
Ouvindo o sussurro de Yashin pelo rádio, Hagoromo Ann moveu-se com uma precisão quase instintiva, seus pés deslizando pelo solo arenoso com um som agudo e inconfundível, revelando sua posição para o seu companheiro de equipe. No mesmo instante, o Uchiha, já preparado, ativou seu Kasai Shunshin, fazendo seus pés liberarem uma rajada de chamas intensas que propulsionaram seu corpo como um meteoro flamejante na direção dela. Porém, no auge de sua velocidade, um impacto inesperado o atingiu como uma tempestade furiosa: uma torrente de lava incandescente.
150 de dano recebido Armadura mitigou 100 de dano. [Armadura destruida]
Dano secundário recebido: Queimadura Leve
O mundo ao seu redor pareceu congelar enquanto o líquido fervente o envolvia. A dor que se seguiu não era apenas física — era uma agonia primal. Seu corpo inteiro foi tomado por uma sensação grotesca, um inferno vivo onde a pele parecia querer se separar dos ossos. Ele sentiu internamente a água de seu corpo literalmente evaporar sob o calor implacável, seus vasos sanguíneos pareciam explodir e se contorcer em uma dança macabra de sofrimento.
Vayu, invisível pela escuridão até então, e muito mais ágil na execução de jutsu que a dupla, parecia já saber o que o Uchiha iria fazer, ele havia provavelmente liberado uma onda de lava através daquele estranho jutsu de invocação. Mesmo com sua armadura absorvendo parte do impacto, não foi o bastante. A lava corroeu as bordas de sua proteção, se infiltrando por frestas e atingindo metade de seu rosto e braço. A carne queimava violentamente, o cheiro acre de carne carbonizada invadindo suas narinas. A dor em seu braço era tão intensa que parecia que ele iria se desfazer a qualquer momento. O calor pulsava por seu corpo, irradiando da queimadura, enquanto a lava borbulhava sobre sua pele como um ácido vivo.
No auge de sua agonia, com a pele ainda fervendo e o mundo ao seu redor distorcido pela dor, o Uchiha foi subitamente arrancado de sua tormenta por um som ensurdecedor que ecoou do teto, reverberando com tal intensidade que ele pôde senti-lo vibrar em seus ossos. Ele tentou focar, mas a visão estava tomada pela escuridão do genjutsu. Tudo o que pôde perceber foi um barulho abafado, um rugido que lembrava vagamente o som voraz de fogo consumindo o ar ao seu redor.
Por um instante, um pavor ancestral atravessou sua mente, congelando seu coração. Um medo raro para alguém de sua linhagem — a sensação clara de que a morte se aproximava. Sua vida piscou diante de seus olhos como um relâmpago, uma série de momentos fragmentados que se dissiparam tão rapidamente quanto vieram. A energia do ataque parecia impossível de conter, uma força destruidora que ameaçava consumi-lo inteiro. O calor aumentava, sufocante, e ele soube naquele momento que, se não fosse interrompido, aquele ataque o obliteraria.
Mas então, no último segundo antes do colapso, o som de algo ainda mais colossal cortou o ar — um estrondo retumbante, semelhante ao impacto de uma muralha de água. De repente, uma explosão de vapor e pressão tomou conta do ambiente enquanto um tsunami de água se chocava com a onda de fogo que descia sobre ele. O rugido do choque entre os dois elementos criou um som ensurdecedor, e parte da água parece cair sobre o corpo do Uchiha apagando as chamas que cobriam seu rosto.
Com chamas ejetando de seus pés, ele disparou em direção a Ann, puxando-a e subindo em linha reta pelo ar, apesar das queimaduras no rosto e braço latejando de dor. Não podia parar. Sua mão livre formou selos e, num impulso feroz, encheu os pulmões de chakra. No meio da escuridão, com um olhar determinado, o Uchiha cuspiu uma onda avassaladora de fogo em direção ao chão.
Estranhamente, Yashin não teve a sensação de ter atingido seu inimigo. Mas o solo rugiu em resposta. O impacto do jato flamejante foi como o estopim de uma catástrofe. O campo de batalha começou a tremer, e o que veio a seguir foi inegável: uma erupção. A caverna que abrigava a lava, saturada de pressão entre rochas e gases, finalmente cedeu. O calor adicional das chamas de Yashin liberou essa energia aprisionada, desencadeando um inferno de magma.
O som da lava explodindo, borbulhando, crescendo em intensidade, invadiu o ambiente. Em segundos, um jato incandescente atingiu o teto, perto de onde Yashin e Ann estavam, a poucos metros da parede da arena.
— DESGRAÇADO!
O genjutsu se desfez no mesmo instante. Vayu, atingido pela lava, teve seu corpo corroído enquanto uma fumaça vermelha subia de seus restos enegrecidos. Mesmo assim, aquele maldito ainda estava de flutuando. Seus olhos arregalados podiam ser vistos por trás da máscara, repletos de ódio.
— Uchiha maldito... Era esse o seu plano? Provocar a porra de uma erupção? — Sua voz transbordava fúria, à beira do colapso. Seu olhar virou-se para Ann. — Chifruda filha da puta! Quase matei esse projeto de aborto com meu último ataque, e a porra da putinha ainda descobriu de onde a merda do meu ataque veio?! Desgraçada, vagabunda, garota do inferno... Vou enfiar esse maldito chifre na porrx do seu...
No instante seguinte, uma chuva de projéteis de shuriken imbuida de vento altamente concentrado cortou o ar e atingiu o corpo de Vayu com precisão letal. Ele soltou um berro de dor, enquanto o sangue jorrava de suas feridas abertas, manchando o chão já coberto de lava. No entanto, de forma bizarra e quase sobrenatural, Vayu se mantinha em pé. Era como se a própria morte o evitasse, sua vitalidade implacável o mantendo vivo contra toda lógica.
Nesse momento, uma figura peculiar entrou em cena: uma pequena garota de cabelos rosados, encapuzada, casualmente observando o caos ao seu redor. Ela estava de pé sobre um rochedo isolado no meio do mar de lava borbulhante, sua expressão mais curiosa do que preocupada.
— Mas que porra tá rolando aqui? — murmurou a sacerdotisa, analisando o cenário com desdém. — Acho que o tio me mandou pra morrer... — Ela inclinou a cabeça de lado, pensativa, como se estivesse resolvendo um enigma trivial. — Bom, tecnicamente eu não morro, né? Mas não deve ser nada divertido cair nessa lava. Será que o pessoal daqui ficaria brabo, se eu apenas fugisse?
Enquanto a sacerdotisa refletia sobre seu possível destino incandescente, Vayu, à beira da insanidade, perdeu o controle de vez. Seus olhos dilatados de ódio e frustração, ele berrou:
— CARALHO, FODA-SE TODOS VOCÊS!
Com um movimento rápido, ele fez um selo de mão, seu chakra transbordando em pura fúria. Nesse momento, sua máscara iria rachar ao meio, quase como se aqueles acontecimentos tivessem relação direta com a máscara que ele tinha em seu rosto. Parecia um movimento pré-programado, uma ação que inevitavelmente iria ocorrer quando sua vida estivesse perto do fim.
— SHIKI FUJIN: ENKAI... Um dos 10 Shinigami Primordial, detentor de parte do poder do Dai Shinigami, EU OFEREÇO MINHA VIDA, PARA TRANSFORMAR A VIDA DESSES DESGRAÇADOS NUM VERDADEIRO INFERNO, APAREÇA E NÃO DEIXEM QUE NINGUÉM AQUI SAIA COM VIDA!
Nesse instante, Yashin e Ann, através da visão do Ego, enxergaram algo que congelou suas almas: uma figura gigantesca emergindo no campo de batalha. Era como se a própria Morte tivesse sido convocada. Um esqueleto colossal, trajando uma foice etérea e envolto em um manto que tremeluzia, adquirindo um brilho avermelhado refletido pela lava borbulhante ao redor. A presença era esmagadora, sobrenatural, como se o próprio ar ao seu redor vibrasse com uma força além da compreensão. Yashin, com as memórias de Ikhor, não conseguiu parar de notar, a bizarra semelhança daquele Shinigami com a aparência de Jashin.
A criatura se moveu casualmente, como se fosse um ritual já ensaiado milhares de vezes, e formou um selo de mão com seus dedos ossudos. Naquele exato momento, Yashin, Ann, e a Sacerdotisa sentiram uma onda esmagadora de pavor invadir suas mentes. Uma premonição de suas mortes, vívida e impiedosa, fez o tempo parecer desacelerar enquanto o terror tomava conta. Yashin viu, por um breve e interminável segundo, sua vida se esvaindo em chamas e escuridão. Ann sentiu seu coração acelerar enquanto o vislumbre de seu fim se manifestava, implacável. Até a Sacerdotisa, sempre despreocupada, sentiu seu estômago revirar com a clara percepção de sua imortalidade iminente.
Yashin adquiriu o Azar Absoluto! O universo agora, quer você, morto!
Sobreviva pelos próximos 2 turnos!
Uma imensa rachadura surgiu no teto do campo de batalha, sobre o local onde Ann e Yashin estavam posicionados, de cabeça para baixo. Como uma cruel ironia do destino, uma enxurrada de destroços começou a desabar, e em instantes, Yashin e Ann sentiam que em breve iriam cair sobre o solo que agora era inteiramente composto de lava. Ann, diante da situação, soltou um suspiro e pousou a mão no ombro de Yashin, canalizando o máximo de chakra que conseguia. Pelo visto, os dois teriam que improvisar para sobreviver.
Uchiha Yashin: HP - 90, Chakra - 190, Sanidade - 470 [Queimadura leve = -10 de hp nesse turno] [Sharingan, ativo]
Hagoromo Ann: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
Iburi Vayu: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
[Modo Fumaça, ativado] [Shinigami Enkai invocado, sua alma será consumida em dois turnos.] [Queimadura no grau moderado]
Shinigami Enkai... então ele consegue invocá-lo diretamente? Mas parece que isso vem com um custo, a alma dele será extinguida em breve.
Falo sobre a situação com Ann e a Sacerdotisa, usando voz alta para que a segunda conseguisse escutar.
Cuidado, ele está usando a influência do Shinigami Enkai para alterar as possibilidades em relação a nós três. Considerem que o próprio terreno vai ter uma tendência de nos causar dano, algo que nesse local cheio de lava é um perigo alto. Sacerdotisa, tente manter ele ocupado com Fuutons, mas sem atingir o terreno, qualquer alteração desse tipo pode estourar na sua cara. Ann, ele não vai durar muito nesse estado, eu vou garantir nossa mobilidade e uma linha final de defesa, mas preciso que você atue como a primeira defesa. Isso ou cura, dependendo da situação.
Com o Kokuangyo fora de jogo, a capacidade visual do Sharingan voltava a todo vapor, algo essencial para nos proteger de duas frentes ofensivas, Vayu e o próprio terreno. No momento, o teto tinha cedido, desabando para nos jogar na lava. Para evitar isso, um novo uso do Kasai Shunshin se fazia necessário.
Dessa vez, a movimentação levaria em conta possíveis ataques e anomalias no campo em tempo real. A ideia era impedir a queda na lava e, se necessário, desviar de algum perigo, por fim me posicionando em um local temporariamente seguro. Como antes, eu seguraria Ann com firmeza, a movendo junto comigo. Minha segunda frente de chakra ficaria completamente focada em defesa, tendo como centro minha Gunbai. A opção do tipo de defesa seria ajustada com base no tipo de perigo. Se o ataque se tratasse de uma criação de chakra que pudesse ser absorvida, a defesa seria o Uchihagaeshi, obviamente mirando o Fuuton resultando no corpo de fumaça do inimigo. Do contrário, usaria o Chakura Hoshutsu, ajustando a potência para não desperdiçar chakra. Por fim, caso minha movimentação e a defesa de Ann fossem suficientes para garantir sobrevivência, eu aproveitaria a segunda frente para um ataque ao invés de defesa. Talvez tentar matar Vayu mais cedo seria a forma mais eficiente de lidar com o problema. O jutsu usado seria o Goryuka, um Katon compacto que não afetaria tanto o terreno, mas causaria danos em Vayu.
No mais, o objetivo era observar a situação enquanto tentava sobreviver. Era necessário entender até que ponto o "azar absoluto" nos afetaria, sem falar em possíveis fraquezas de Vayu nessa situação.