[ANTIGO] The Avengers

The Avengers.
Capitulo 01 – Desobedientes.

“Apesar dos tempos de trevas que estão por vir, não desistirei de você.”

Foi isso o que um dia aquele homem cujos pensamentos e sentimentos eram voltados a mim me disse, antes de sua alma ser levada para sempre para um lugar onde talvez nunca possa alcançá-lo.

Eu vivo em um mundo de medo e morte. Um mundo onde o destino é controlado nas mãos dos Imortais, aqueles cujos corações eram destemidos e cruéis. Impondo sua autoridade perante o resto dos povos do mundo Sekai. Matando todos aqueles que não obedeciam a suas leis e regras. Tirando a vida daqueles que eram inúteis aos seus olhos. Deixando vivos aqueles que exerciam a maldade.
Porem tem aqueles que não se curvam diante das forças gigantescas dos Imortais. Aqueles que lutam pela liberdade. Eles eram chamados de Mokis. Defensores da paz, de corações justos e valentes capazes de entregar suas próprias vivas em prol da liberdade e da vida de outros que muitas vezes eram diferentes deles mesmos.
Mas eram poucos os Mokis que existe no mundo. A maioria deles vive no País Falcão, um lugar onde o verde deixara de existir a milênios e a fome predomina. Seus habitantes adultos e velhos eram covardes e de almas frias que não se metiam em guerras ou rebeliões. Entretanto, sua pequena população de jovens e crianças sonha com um mundo mais verde e honesto, onde pudessem brincar e sorrir sem se preocupar com a morte e o desespero.
- Fran-kun, diga para todos que a reunião hoje será lá no Beco dos Lobos. - Disse Uchiha Sasuke  o atual líder dos pequenos jovens.
- Sim líder! Avisarei os membros de melhores cargos para comparecerem ao pôr-do-sol. - Fran Kimoy com alta voz.
- Desta vez não meu caro amigo. Hoje precisaremos de todos os membros. Retrucou Uchiha Sasuke
Surpreso com a noticia, Fran Kimoy avisa a todos os membros de sua equipe, os pequenos membros do grupo Tenshin, que combatiam Imortais dês dos 5 anos de idade.
Crianças e adolescentes de todas as idades saíram de suas casas naquela noite. Os mais velhos se recolhiam antes do pôr-do-sol e deixavam grandes e negros falcões sentinelas pousados em árvores estrategicamente escolhidas para vigiarem os domínios dos Falcões e preverem um suposto ataque de Imortais no meio da noite. Os mais novos eram levados pelos mais velhos evitando fazer ruídos e se aproximarem demais dos falcões sentinelas que alertariam os adultos casos os vissem.
O Beco do Lobo era uma caverna que há muitas décadas era utilizada por grandes lobos castanhos que foram mortos nas mãos dos Imortais por tentarem impedi-los de matarem seus filhotes mestiços de raposas. Mas agora era um dos poucos lugares onde os membros do grupo Tenshin se agrupavam para reuniões secretas.
Ao pôr-do-sol todos os Tenshins estavam agrupados e silenciosos a espera da voz do líder que era um tanto frio e rude em suas palavras.
- Caros membros e honráveis amigos. Convoquei-os esta noite para discutirmos nosso próximo e inevitável plano. Um plano que mudará a vida de todos ao menos que tenhamos membros que não queiram arriscar suas miseráveis vidas e recusarem a participar.
Todos os adolescentes já acostumados com as palavras de seu líder não reagiram, mas os menores ficaram ansiosos pela noticia e muitos até ficaram perturbados. O frio que estava aquela noite de outono deixava a situação ainda mais tensa e todos só olhavam para o líder e mais claramente para sua grande cicatriz no seu olho esquerdo que os lembrava do motivo dele ser frio e líder daquela pequena sociedade.
- Creio que aí fora esteja muito frio, Itachi-nee-chan.
Em um instante todos os membros olharam para a entrada da caverna onde permanecia em pé uma criança de rosto coberto por um capa negra e que de longe se enxergavam apenas seus olhos vermelhos iguais aos do líder, com um Sharingan nível 3.
- Voçê costumava ser mais hospitaleiro, Aniki. - Respondeu o menino.

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Capitulo 02 - Otouto.

Todos estavam um tanto nervosos. Ninguém, até mesmo o membro de mais alto escalão abaixo do líder se surpreendeu com a noticia de que aquela, aparentemente forte criança, fosse irmão mais novo do seu respeitável superior.
- Não venho aqui para conversar aniki, tenho assuntos mais severos para tratar com você. – Falou novamente a criança.
Agora o medo penetrou nos jovens. Se perguntavam se aquele suposto irmão do líder tivesse alguma relação com os medonhos Imortais de quem tanto as crianças tinham pesadelos terríveis. Mas como seria possível, se o líder era aquele que mais se empenhava em destruir os Imortais?
- Então você terá que esperar até eu terminar essa reunião, não posso deixar meus companheiros agora. – Respondeu friamente Uchiha Sasuke.
Todos ficaram inquietos, esperando uma resposta árdua e provavelmente uma luta difícil entre irmãos. Entretanto o mais inesperado aconteceu. O menino simplesmente desapareceu deixando sua fria voz no ar:
- Espero você, aniki.
Todos estavam preocupados. Estava visível o pânico surgindo nos olhos dos pequenos e muitos até tremiam de medo. Mas a calma do líder ajudou a restabelecer o clima de medo e insegurança de seus parceiros.
De tudo eu via acontecer naquela pequena caverna. Era uma criança pequena e considerada fraca pelos meus companheiros e fui nomeada a pior integrante dos Tenshins onde a maioria das crianças conseguia empunhar katanas e arremessar kunais a grandes distancias e realizar jutsus de água antes mesmo de aprenderem a ler e a escrever. Porem de nada disso eu fazia, o que eu fazia, ou tentava fazer, muitas vezes atrapalhava os outros membros. Eu me esforçava, e como. Felizmente, apenas o líder reconhecia meu esforço mas de tantas vezes, a maioria ele se decepcionava, entretanto olhava com esperanças para meu rosto pálido e sorria me dizendo que se eu me esforçasse de verdade poderia ser algum dia uma grande kunoichi.
Eu estava fascinada pela sua vocação para líder. Ele dava ordens muitas vezes de forma rude, mas todos tinham carinho e respeito por sua pessoa, pois ele sempre demonstrava determinação em proteger tantos os Falcões quanto a si próprio do perigo da morte.
A história de sua cicatriz foi o momento em que eu me fascinei pelo líder. A história conta que Uchiha Sasuke conhecido como apenas Sasuke da Lamina d’água foi ao encontro com 40 Imortais que o cercaram. Poderoso era e ainda é nosso líder. Derrubou todos com ninjutsus de água fortíssimos que mataram de forma dolorosa seu inimigos, entretanto, surgiu um jovem diante dele e dos cadáveres encharcados. Segundo o mais alto membro dos Tenshins depois do líder, o adversário misterioso lutou por sete dias e sete noites com nosso líder que acabou vencendo-o depois de com uma suposta arma venosa feriu seu olho esquerdo. Uchiha Sasuke ficou imóvel e inconsciente, mas vivo. O adversário sabendo disso abandonou a luta e desapareceu em meio à névoa da grande montanha de onde eles lutaram.
Essa história me deixou cada vez com mais orgulho de ter um líder como aquele. Um líder poderoso e que se importa com seus parceiros de equipe, defendendo-os do perigo que na maioria das vezes era mortal para si mesmo. Como não se orgulhar de tal pessoa?
Deixando meus devaneios e lembranças de lado, me concentrei no que o líder iria dizer. O que será que o misterioso plano reservava?
- Caros companheiros e membros de equipe. Finalmente lhes dou a informação contida em meu plano. Depois do badalar das 5 da manhã os falcões sentinelas sairão de seus postos e darão lugar aos adultos humanos. Entretanto entre 5 minutos os postos de observação ficam vazios e abrirá caminho para nossa fuga.
- Fuga!? – Exclamou uma criança.
- Isso mesmo. – Continuou Uchiha Sasuke - Fui informado de uma traição em nossa equipe, e o traidor deu informações significativas de meu posto neste grupo de planejar rebeliões contra os Imortais. Até o crepúsculo dezenas de Imortais estarão aqui, esperando pela minha cabeça e provavelmente a de meus seguidores.
A caverna virou de clima ruim para caótico. Todos, inclusive os Tenshins mais calmos entraram em desordem e pânico. Somente eu, que estava parava tentado ouvir mais atentamente as palavras do líder.
- Se me deixarem explicar tornará as coisas melhores para vocês seus covardes!
O caos se dispersou, todos sentaram e ficaram calados diante dos olhos zangados de Uchiha Sasuke.
- O traidor de quem conheço o nome, fez um trato com os Imortais. – Retomou o líder – Os Imortais só levariam minha cabeça e a de mais ninguém em troca das informações e assim foi feito. Entretanto os Imortais conhecidos como seres cruéis podem não cumprir a palavra e arrasar o que restou de nosso país. Quero saber agora quem aqui seguirá seu líder e fugir com ele em busca de outro pedaço de terra a qual chamaremos de lar e treinar para que possamos entrar em guerra com os Imortais e salvar este mundo de sua maldade.
Ninguém se mexeu, estavam todos refletindo sobre a proposta do líder, para que fugir e temer a morte se eles podem ficar em Falcão e treinar secretamente até que muitos estejam prontos para a batalha final?
Sem hesitação levantei minha mão direita. Todos olharam para mim com desconfiança, como se eu estivesse de brincadeira.
- Fico admirado com sua lealdade e fibra, Malu. – Orgulhou-se Uchiha Sasuke.
Diante das palavras do líder muitas das mãos abaixadas se levantaram, mais especificamente os adolescentes de alto posto e habilidosos. Algumas crianças que se destacavam das outras também levantaram suas mãos. Mas, aqueles que se achavam fracos de mais para ir com o líder e ter que lidar diretamente com o perigo permaneceram sentados e de cabeças baixas.
- Muito bem, já é mais do que eu esperava. – Falou Uchiha Sasuke - Aqueles que me acompanharam se preparem e apenas levem o que for útil para suas honráveis vidas.
- Mas líder, você não nos disse, quem é o traidor? – Perguntou Fran Kimoy.
- Nosso fraco traidor está ali.
O Líder dos Tenshins apontou diretamente para o mais alto membro do grupo depois dele, apelidado de C.
Todos olharam para ele com horror e raiva, mas o sujeito saiu correndo em direção a entrada da caverna e esperando por ele havia um cavalo negro de olhos vermelhos que possuia asas negras e espectrais. Cada membro do grupo ficou aterrorizado com o gigantesco cavalo e não conseguiram perseguir mais C que já estava a muitos metros em poucos segundos.
Boquiabertos os membros que ficariam no país disseram adeus calorosos àqueles valentes que seguiriam até a morte seu líder.
Os membros que iriam com Uchiha Sasuke deixaram de lado o nome Tenshin e agora passariam a se chamar Guardiões das Sombras. Todos os novos Guardiões saíram da caverna e seguiram em direção a suas casas para deixar uma mensagem de adeus para seus pais, e se prepararem para a grande viagem que os aguardava.
Todos os adolescentes e crianças saíram da caverna e foram para casa dormir, ou se preparar. Somente o líder ficou na caverna esperando seu irmão e desejando para que os restantes dos jovens não voltassem caso lembrassem-se do irmão mais novo de seu líder.
Mas quem poderia se esquecer de tal acontecimento? O irmão do líder não saía de minha cabeça e me escondi atrás de rochas perto da caverna para que ninguém, nem mesmo o líder me notasse. E novamente apareceu o irmão mais novo que novamente falou friamente:
- Pronto para perder seu olho de vez, aniki? Esta noite não será como aquela em que te fiz esta cicatriz.

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Capítulo 03 – Luta entre Sangue.

De longe se podia ver o enorme poder que os dois possuíam, mais eu não conseguia entender, como uma criança que era o próprio irmão do líder poderia machucá-lo daquela horrível forma?
- Está com medo, aniki? Continuou a criança.
- Já deixei de ser seu irmão há anos, Uchiha Itachi. – Falou friamente Uchiha Sasuke.
Esse era seu nome Uchiha Itachi. Ele tinha aparência de ser muito poderoso, mas eu ainda ficava em dúvida se ele era mesmo muito mais forte que meu líder, a ponto de Le fazer uma cicatriz enorme no rosto.
- Eu não era o Itachi-nee-chan, hein Sasuke?
O líder não ressoou nenhuma palavra ou até mesmo sussurrou. Os dois apenas estavam parados, fitando um ao outro de forma fria sem compaixão ou qualquer tipo de ternura. Era um sentimento de ódio puro, de vingança. Mas porque será que aqueles dois se odiavam tanto? Eles eram irmãos! Deveria ter somente um sentimento de ternura e amizade entre eles, nada mais disso.
- Sasuke, está na hora de provar um pouco de seu próprio sangue de vez em quando. – Continuo o irmão mais novo.
Mas, o líder de nada reagia ou mudava sua expressão.
- Não quero lutar, Itachi. Eu não tenho nada mais a tratar com você, eu irei embora.
- Acabou de me dizer que do todo valente Sasuke da Lamina d’água, se tornou apenas um cachorrinho de olhos vermelhos covarde!
Os aparentes frios olhos de meu líder se tornaram fulminantes olhos escarlates. Parecia que agora, o grande guerreiro, conhecido como Sasuke da Lamina d’água estava pronto para lutar a sério com seu irmão.
No escuro da caverna duas figuras que estavam fitando-se de maneira tenebrosa desapareceram em meio à escuridão. Eu, de maneira nenhuma conseguia identificá-los, eu apenas via faíscas fortes e grandes no meio da caverna, pareciam mesmo estarem lutando entre a vida e a morte, um desejando a destruição do outro.
*Din, Don, Din, Don*
Era o quinto badalar! Os Guerreiros das Sombras deveriam agora estar se dirigindo ao limite da fronteira com o país Kurosoira, mas o líder estava em pleno caos.
- Não posso continuar com essa brincadeira Itachi, tenho de ir. Mas não se preocupe, voltaremos a nos enfrentar, em breve, só depende de você.
Só senti a presença do líder do meu lado esquerdo e senti o toque de sua mão em meu ombro, enfim usou suas habilidades de alta velocidade para corrermos em direção a fronteira.
Há vinte metros da fronteira, eu e o líder avistamos o restante de nossos companheiros, mas antes de nos aproximarmos o suficiente para que nos ouvissem, claramente Uchiha Sasuke me disse:
- Não diga nada Malu.
Acenei com a cabeça positivamente e seguimos para o encontro de nossos parceiros, que estavam com apenas mochilas carregadas de equipamentos, alimentos e pergaminhos com jutsus e dicas para a criação de armamento e vários kits com medicamentos emergenciais.
- Estamos prontos líder, para a nossa aventura! – Exclamou Fran Kimoy.
- Não fique tão entusiasmado Fran! – Repreendeu Birô, uma das kunoichis mais fortes de nosso grupo.
- Silencio! Devemos seguir viagem na mais extrema cautela para evitarmos sermos seguidos! – Ordenou nosso líder – A partir de agora, teremos que cooperar para nossa sobrevivência! Caso contrário o que sobrará de nós serão apenas nossas almas, que serão inúteis para matarmos o inimigo!
- Mas líder, para onde iremos? – Perguntei em voz baixa.
- Só cabe a Deus agora. Nosso destino está em suas mãos.
E assim começou nossa viagem, não sei por que, mas me sentia feliz. Porém o que me aguardava eram apenas lágrimas...

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Capítulo 04 – Má notícia.

Já era o quarto dia sem comer, beber ou descansar. Apenas movíamos com a mesma velocidade do líder, e se parássemos nossas vidas certamente estariam em perigo e não podíamos nos dar ao luxo de arriscar a vida dos outros e as nossas próprias.
Não sabíamos como a vila estava. Se estava tudo bem ou não. Mas Uchiha Sasuke nos prometeu que a vila estaria segura, então não pensávamos muito nisso para não nos preocuparmos demasiadamente.
- Chega! Líder se continuarmos assim morreremos! – Fran Kimoy gritou usando suas últimas forças restantes.
- Fran está certo, assim não conseguiremos enfrentar inimigos, caso aparecessem. – Apoiei Fran Kimoy.
- Está certa, já esta escurecendo. Estamos fora de trilhas ou estradas e entramos nessa floresta que pode ser mais complicar nossa situação para encontrar o caminho para chegarmos à capital do país Kurosoira. Mesmo assim não podemos arriscar. Vamos dormir no topo dessas árvores.
- Árvores!? Desse jeito nossos corpos amanhã...
- Chega Fran Kimoy! Você quer acordar com torcicolo, ou nem acordar? – Repreendeu Uchiha Sasuke.
Ninguém mais falou nada. Apesar de sabermos que seria desconfortável, teríamos que lidar com a situação ou provavelmente só a morte nos aguardava.
Adormecemos nos conformando com o fato de estarmos dormindo em árvores, mas nosso descanso não foi longo.
- Acordem, acordem! – Era uma voz um tanto familiar...
- Se não é aquela baixinho, Toboe! – Debochou Fran Kimoy.
- Não é hora para ficar me importunando Kimoy! Aconteceu algo terrível! – Toboe estava mesmo apavorado.
Naquele momento um relâmpago iluminou a área onde nos encontrávamos. Todos ficaram atordoados ao verem Toboe todo ensangüentado e com machucados.
- Meu Deus! O-o que aconteceu!? Vamos me diz! Meus pais estão lá! Preciso voltar, eu tenho que voltar! – Era Birô falando desesperadamente.
- Birô tem razão líder, não podemos ficar aqui de braços cruzados! – Falou Fran Kimoy decidido.
Nosso líder estava quieto e pensava. Até que chegou a uma conclusão:
- Não temos escolha...
- Nem vem com essa Uchiha Sasuke! Não quero saber se você é o chefe ou não, mas a nossa vila, preciso saber como está nosso país por inteiro! – Cortou Fran Kimoy.
- Não me corte e fique quieto! Primeiro eu ia dizer que nós iríamos para a vila de qualquer maneira! Não me interrompa nem me desacate dessa maneira! Ou se esqueceu de que salvei sua vida!? – Gritou furioso Uchiha Sasuke.
- Nunca me esquecerei disso...
Apenas o olhar fulminante do líder já nos avisou que era hora de ir. Toboe foi carregado por Fran que de boa vontade aceitou o pedido de seu líder para carregar Toboe.
Agora eram mais quatro dias para voltar à vila, ninguém perguntava nada à Toboe pois este adormecera por toda a viagem e o que os Guerreiros das Sombras mais temiam, acabou acontecendo no dia em que retornaram à vila.
- N-não consigo acreditar. – Eram as palavras de Birô que tinhas os olhos derramando lágrimas.
Nossa vila, ou melhor, nosso minúsculo país agora virara cinzas. Por onde se olhava via-se sangue e corpos esparramados. Ninguém ousou dizer nada. Estavam todos pasmos com a paisagem trágica que virou nosso antigo lar.
Birô deu passos em direção à sua antiga casa que virara pedras estilhaçadas. Fran observando seu desespero, pois a mão no ombro de Birô e disse:
- Se for, irá apenas sofrer minha cara amiga.
Mas nada adiantou. Birô tirou a mão de Fran e saiu correndo em direção à ruína que era sua casa e acabou vendo o que a deixou imobilizada.
- Mãe, Pai! Nãooo!
Estavam mortos como todos seus outros companheiros pensavam. Estavam todos abalados, ninguém conseguiu se mexer.
- Rápido! Líder, não fique aí parado, vamos ver se há sobreviventes! – Gritei para acordar da fase de transe o líder.
Mas nada aconteceu. Nosso forte líder estava parado, não acreditando no que via. Estava chorando, uma dor muito forte sentia no seu coração. Pensou que foi ingênuo a ponto de acreditar que os Imortais apenas se importariam com sua cabeça e a de mais ninguém. Mas agora nada ele podia fazer.
- Se ninguém vai se mexer, que eu o faça! – Gritei desesperada.
Dei um passo, mas algo segurou firme a minha mão. Era a Birô.
- E-Espere, e-eu vou-u com v-você.
Seus olhos estavam vermelhos de tantas lágrimas, mal conseguia me dizer alguma coisa. Andamos muito procurando sobreviventes, mas nada. Ficamos horrorizadas com a quantidade de corpos que havia. Muitos estavam eletrocutados, queimados, sujos de terra, cortados e encharcados. Com todos esses fatos, percebi que os Imortais tinham todos os elementos, diferentes dos outros povos que possuíam apenas um elemento em cada país.
- E seus pais, M-Malu? Você os encontro-o? – Birô me perguntou ainda soluçando.
- Sabe que meus pais foram mortos há tempos, Birô.
Ela me olhou e novamente seus olhos se encheram de lágrimas.
- Birô-sempai, estou bem. Já superei isso há muito tempo.
Ela me olhou com um sorriso tão bonito que retribui. Mas, tocar nesse assunto sempre me deixa um pouco frágil.
- S-s-s-ocorro. – Era alguém sussurrando.
- Birô, Malu! Achamos alguém vivo! – Era Fran gritando.
Era a anciã que mandava nos adultos. Ela estava muito ferida e cuspia muito sangue, estava morrendo.
- Minhas crianças, a culpa não é de vocês. Por favor, não pensem em nada, apenas vivam suas vivas de forma digna, diferentes de nós adultos. Nós escondemos o restante das crianças atrás da cachoeira Falcão de Prata. Por favor, as protejam. Vocês não são só o futuro dos Falcões, mas como também deste mundo.
Todos os Guerreiros das Sombras ficaram emocionados com a palavra da líder do vilarejo e oraram por sua alma.
- Não temos tempo, vamos achar aquelas crianças e vamos fugir.
Era o líder reestruturado, agora estávamos prontos para achar as crianças e fugir para encontrar uma nova esperança para nosso futuro incerto.

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Capítulo 05 – Selamento de Memórias.

A Cachoeira Falcão de Prata tinha esse nome, pois de dentro para fora da cachoeira, durante uma batalha de um poderoso membro Falcão contra um líder Imortal fora esculpido um enorme Falcão por causa dos imensos poderes dos dois shinobis, e graças à cachoeira o imenso Falcão apresentava aspectos semelhantes à prata.
- Vamos, as crianças devem estar apavoradas! – Birô se erguia diante de todos que se impressionaram com sua firmeza e determinação.
Corremos. Ao chegar perto da cachoeira não sentimos presenças, o que seria incomum pois o nosso País tinha uma quantidade considerável de crianças.
- Isso está me preocupando – Confessou Fran Kimoy.
- Será que fugiram? – Era Cacau! Ela havia ficado na vila.
- Cacau? O que está fazendo aqui? – Perguntei.
- Cacau estava nos seguindo dês que saímos do país. – Respondeu Uchiha Sasuke.
- Impressionante! Apenas o líder percebeu! – Surpreendeu-se Fran Kimoy.
- Hehe! Minhas habilidades de ocultar são muito boas! – Gabou-se Cacau.
- Vamos parar de papo furado! Vamos resgatar as crianças! – Gritou Birô.
Mas a preocupação voltara. O que será que havia acontecido às crianças?
Ouvimos passos, e movimentos nas árvores. No momento em que nos concentrávamos, kunais, mas muitas kunais, foram arremessadas em nossas direções.
- Evitem-nas Guerreiros das Sombras! – Gritou Uchiha Sasuke.
Todos os shinobis as evitaram com facilidade.
- Apareçam! – Gritou Fran.
Nada aconteceu.
- Parece que você não conseguiu convencer Fran! – Debochou Birô.
- Não precisamos mais ficar nervosos nem preocupados. – Anunciei.
Enquanto Fran falava, vi pegadas que iam em direção a uma das árvores atrás de mim, e vi um pequeno pé. Agarrei pelo tornozelo, puxei, e levantei um pequeno shinobi.
- Meu Deus! É uma das crianças da nossa vila! – Surpreendeu-se Cacau.
- Se não se importa, meu nome é Yurushima. – Responde rabugento.
- Ah, desculpe. – Cacau disse sem graça.
Num momento seguinte muitas crianças apareceram. Estavam todas sujas, muitas delas ensangüentadas. Porém nenhuma delas aparentava ter tristeza no rosto.
- Não sobrou ninguém além de nós, Sasuke-sama. – Avisou uma das crianças.
O líder, embora firme e sem expressão ao ouvir a notícia começou a andar até a cachoeira. Entretanto, podia-se notar que a tristeza que ele carregava era enorme.
Uchiha Sasuke caminhou lentamente até a cachoeira, com olhar penetrante na escultura de Falcão. Tirou de seu bolso uma kunai enferrujada.
- Aqui coloco a kunai que me transformou em um verdadeiro shinobi. Agora e para sempre está cachoeira e estatua pertencerão aos Falcões.
O líder em uma velocidade extraordinária coordenou selos difíceis. Ele estava selando a cachoeira com um jutsu poderoso. No momento em que terminou os selos, ele disse:
- Estilo Falcão: Selamento dos doze Falcões de Ouro!
A terra e a cachoeira estremeceram, as árvores atrás de nós rangeram ferozmente.
- Ninguém há de por os pés nesta cachoeira, a não ser um membro de pura alma e orgulho dos Falcões.
Todos ficaram em silêncio. Admirados pela força de seu líder ficaram imóveis.
- Eternos Falcões! – Levantei a voz e uma de minhas kunais.
- Eternos! – Repetiram todos.

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Capitulo 06 – Invasão.

Há aqueles que pensavam que voltaríamos à vila e reconstruiríamos nossa terra. Mas este sonho não poderia ser realizado.
Ao aproximarmos da vila avistamos algo desesperador:
- Abaixem-se Guerreiros das Sombras! – Gritou Uchiha Sasuke.
Todos nós nos abaixamos por um motivo terrível. Havia centenas de shinobis carregando o emblema dos Imortais. Eles trabalhavam carregando os corpos dos restantes dos Falcões sob o comando de um gigantesco shinobi de muitas cicatrizes no rosto.
- Vamos Imortais! Este vilarejo e país estão perdidos! Conquistaremos esta terra ainda hoje!
Ninguém em nosso grupo jamais vira um Imortal, pois apenas os imaginávamos ouvindo as histórias da anciã dos Falcões, que nos escondia quando estes vinham saquear a vila e levar shinobis como escravos. Apenas Uchiha Sasuke havia encontrado algumas dezenas dele.
Eles eram medianos, cor clara e olhos que desejavam o poder e a destruição. Carregavam dezenas de armas e pergaminhos provavelmente com jutsus secretos e autênticos dos Imortais.
Os mais novos ficaram assustados e os mais velhos nervosos e inquietos, preocupados com a segurança do grupo, pois se algum Imortal os visse, seria o fim.
- Eles vão nos achar! Vão nos matar! – Gritou desesperadamente uma criança.
- Se não calar a boca, é aí que vão nos matar de verdade! – Repreendeu Cacau.
Birô e eu estávamos observando o líder, esperando um sinal de como agir numa situação delicada como aquela.
Uchiha Sasuke mandou um sinal. Ele mandou eu e Birô levarmos as crianças para uma das passagens secretas que levava a Fukai No Mori, uma floresta de densas árvores que levava silenciosamente qualquer um que quisesse ir para Kurosoira.
Senti-me incomodada. Birô não questionou o líder, mas o que o líder iria fazer? Perguntei a ele em forma de sinais, um ensino que a anciã ensinava a nós quando completássemos oito anos.
Ele respondeu-me que estaria bem, só queria pegar alimentos e equipamentos em um dos depósitos secretos subterrâneos dos Falcões. E que não demoraria. Quando a noite chegasse, ele estaria na entrada de Fukai No Mori.
Obedeci, mas angustiada e desconfiada. Birô organizou as crianças, estávamos todos juntos e andávamos no mais absoluto silencio, mas as crianças estavam apavoradas e tremiam muito e tentei acalmá-las:
- Não deixarei nada acontecer com vocês. Mesmo que custe minha vida, os protegerei. Afinal, esse é o orgulho Falcão!
As crianças me olharam e ficaram me observando, de um jeito admirador.
- Vamos Cacau, Fran! Temos que nos abastecer, pois a viagem através da Fukai No Mori é bem comprida! – Exclamou o líder.
Cacau, Fran e mais alguns outros Guerreiros das Sombras seguiram o líder, evitando serem vistos pelos Imortais.
- Vamos Malu! Temos que levar as crianças rapidamente! – Falou Birô.
Andamos, e como andamos. As fronteiras da floresta agora estavam próximas. Era uma floresta escura e muito silenciosa, de nada se ouvia e nada se via.
- Agora esperamos! – Exclamei.
- Sim, agora esperamos! – Concordou Birô.
O pôr-do-sol já estava próximo. Onde estaria o resto dos Guardiões? Preocupava-me cada vez mais, suava frio, andava de um lado pro outro.
- Malu, se acalme, por favor! Eles certamente virão, mesmo que se atrasem. Sasuke-sama está com eles, se lembra? E você está começando a assustar as crianças.
Birô tinha razão. As crianças estavam tão nervosas quanto eu, havia pânico no olhar de cada uma.
Ouvi passos. Passos largos e pesados. Ficamos receosos, eu e Birô principalmente. Pensávamos que talvez fosse um Imortal, ou mais de um!
- Calma! Tenho certeza que é Sasuke-sama! Nenhum Imortal nos viu, ou conhece este caminho!
- É nisso que se engana, Birô! – Soou uma voz familiar.
Da floresta surgiu C, com seu imenso cavalo negro. Estava coberto de sangue, provavelmente de suas vitimas, que antes eram companheiras de sua própria vila, mas havia algo de estranho nele. Haviam cortado seu peito e nisso deu uma enorme cicatriz com o emblema dos Imortais, enfim, mostrando descaradamente sua traição.
- Parece que estaremos em grande perigo aqui, Malu! – Falou Birô.
- Parece que teremos que matar C. – Informei.
- Foi o que pensei, mas, não se esqueça C era o shinobi mais forte entre nós! – Falou Birô.
- Errado. Eu sou o mais forte! – Anunciou C.
- Não tanto quanto meu estimável líder! Sasuke da Lamina d’água! – Gritei.

Última edição por Malu em 13/8/2008, 16:41, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : gramatica)

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Capitulo 07 – Admiração.

C-kun estava muito mais forte do que era antes. Parecia que esbanja poder de todo o seu corpo. Seus olhos eram frios e penetrantes que anunciavam a morte e destruição. Senti-me comprimida. Como se minha vida estivesse a um fio e minha alma se destruindo. Suava intensamente. Sentia um breve frio na espinha. Estava apavorada.
- C-kun, dês do dia em que te vi partir considerei a ti meu pior inimigo, e agora terei que destruí-lo! – Anunciou Birô.
Birô estava determinada e confiante. Tirou de seu bolso esquerdo cinco kunais, uma encaixada em cada um de seus dedos. Atirou.
- Está me subestimando! Birô das Azuis Pétalas. – Falou C-kun.
Azuis Pétalas? De onde ele tirara tal nome.
C-kun evitou as kunais facilmente pulando. Enquanto pairava no ar, Birô aproveitou e fez selos rapidamente.
- Estilo Falcão: Pétalas Vingativas da Água!
Centenas de pétalas de água flutuavam no ar. Afinaram-se e ficaram extremamente afiadas e duras.
- Você não se esqueceu que está a dois postos abaixo de mim não é? – Provocou C-kun.
- Cale a boca miserável! Quando você deixou de ser um dos nossos companheiros, deixou de ser dois postos a mais que eu! – Enfureceu-se Birô – Agora tome na cara um de meus jutsus!
As pétalas afiadas foram em direção a C-kun, que desviou indo para debaixo da terra.
- Ingênuo.
As pétalas simplesmente atravessaram a terra numa força terrível. E atingiram C-kun, que começou a sangrar.
- Agora tome o poder de um verdadeiro shinobi Falcão! – Anunciou Birô.
O que parecia ter estraçalhado C-kun era nada mais que um genjutsu. Eu e Birô estávamos presas em um problemático genjutsu.
- Haha, quero ver vocês saírem daí! – Falou uma voz, provavelmente de C-kun.
- Só há um jeito de sair de um genjutsu forte. – Falou-me Birô.
Com seu dedo, projetou outra pétala em sua unha que ganhou forma afiada e penetrou em seu braço direito, desse jeito muito sangue começou a escorrer do braço de Birô.
- Pronto, o genjutsu está desfeito. – Disse Birô novamente.
- Você só pode estar brincando, não é? – Anunciou novamente a voz de C-kun.
O genjutsu não havia sido desfeito. Estávamos presas em uma dimensão aparentemente branca e preta.
- Mesmo assim, sinto uma dor terrível. O que está acontecendo Malu? – Perguntou frustrada Birô.
Não sabia realmente o que estava acontecendo. Lembro das aulas de Sasuke-sama, ele dizia que se fossemos pegos em fortes genjutsus a forma mais rápida de se sair deles, era a dor.
- Birô, eu realmente estou perdida. – Falei francamente.
- Onde está seu espírito, Malu? – Gritou alguém do outro lado da dimensão.
A dimensão preta e branca havia se dissolvido completamente, mesmo assim o braço de Birô sangrava muito.
Perto de C-kun estava Fran. Ele havia feito um corte um tanto profundo no braço esquerdo de C-kun, que sangrava freneticamente. Graças a isto, o genjutsu havia sido desfeito.
- Creio que quando atacamos o usuário de genjutsu enquanto ele está ocupado se concentrando, desfaz-se rapidamente qualquer genjutsu. – Disse Fran.
- Haha! O que um shinobi tão fraco como você sabe? – Provocou C-kun.
- Pior que um shinobi fraco, é um traidor como você! – Gritou alguém.
Cacau acabara de empurrar Fran e deu um belo soco na cara de C-kun que saiu rolando dentro da floresta.
- Cacau! – Gritei.
C-kun estava de volta, como se aquele soco não passasse de um tapinha.
- Cacau, que honra ver você novamente! – Falou C-kun.
Cacau franziu a testa e estava encarando C-kun. Cautelosa, ordenou jutsus numa velocidade incrível.
- Estilo Falcão: Água Benta da Destruição!
Um chakra impressionante se acumulou na palma da mão direita de Cacau, como se fosse um disco d’água. E com sua mão esquerda segurou fortemente C-kun pela gola de seu traje.
- Aí vai o jutsu que colocará o fim de sua vida, desgraçado! – Gritou Cacau.
Todos viram o pavor que estava a cara de C-kun. Seus olhos mostravam medo, ele sabia que aquele jutsu seria perigoso. Porém não conseguiu se esquivar, pular ou fugir, Cacau o segurava com toda a sua força. O jutsu de dela acabou acertando em cheio o rosto de C-kun, e este voou uns 20 metros todo ferido. Acabou que caindo no chão, sem mover-se.
Impressionei-me com a fúria de Cacau. Sempre a achei uma shinobi calma, brincalhona e gentil. Mas parecia que traição era algo imperdoável para a doce Cacau.
- Cacau! Salvou nossas vidas! – Agradeceu Birô.
Estava chocada com a força dessa shinobi. Admirava-a assim, mas não entendia, era diferente de como eu admirava Sasuke-sama. Eu a admirava como shinobi, Sasuke-sama eu admirava como ídolo.
- Malu, chega mais. – Ordenou Cacau.
Andei com passos pequenos e cheguei perto de Cacau. E esta me deu um soco bem na cara. Caí no chão dura feito pedra.
- Cacau! Ficou louca! – Brigou Birô.
- Este soco é para nunca mais dar uma de covarde e abandonar a razão e autoconfiança, lembre-se dessa dor que está sentido como lembrete! – Incentivou Cacau.
Cacau pego minha mão e me levantou, em diante colocou sua mão em minha cabeça:
- Você é uma incrível shinobi Malu. Não deixe ninguém te provar do contrário.
Meus olhos se encheram de lágrimas. Jamais ouvira palavras como aquelas.
- Parece que Cacau derrotou aquele traidor. – Era Sasuke-sama.
- Você perdeu Líder! – Falou Fran.
- Não conte com isso caro Fran, eu estava a uns 5 metros daqui. – Caçoou Uchiha Sasuke.
- Sempre impressionando. – Disse Fran.
- Hahahaha! – Todos riram. Mas não era uma risada forçada nem falsa. Era um riso para espantar o medo, a infelicidade, a grande dor que passaram aquele longo dia. A partir daquele dali todos os shinobis e crianças do vilarejo e país Falcão perderam tudo o que tinham, mas ganharam e permanecem com a amizade que ali construíram, e jamais desistiriam de serem felizes e de honrarem suas almas.

Última edição por Malu em 15/8/2008, 21:38, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : gramatica .. sniff to ruim!)

The Avengers.
Capitulo 08 – Desconhecido.

Era hora de partir. Não podíamos mais esperar. Tínhamos a sensação de que se esperássemos um pouco mais, talvez algum outro Imortal aparecesse.
- Vamos, temos que ir imediatamente, se C-kun voltar, teremos problemas. – falou Cacau.
Sasuke-sama estava carregado se sacolas, quatro com comida e duas de armas e equipamentos. Ele havia se preparado o suficiente para uns 12 dias na floresta, mas o que mais o preocupava e a nós também era se isso seria o bastante.
- Vamos, temos que seguir adiante, a jornada poderá ser longa e confusa. – Falou Fran.
Andamos juntos, com passos longos para cobrimos um espaço maior. Birô e Fran ficaram atrás cuidando e instruindo as crianças. Cacau ficava nas árvores observando para ver se havia algum perigo ou inimigo por perto. Enquanto isso eu estava ao lado do líder, observando sua seriedade, contemplando sua simplicidade e sua notável beleza.
- Cacau tem razão, Malu. Nunca deve parar de acreditar em si mesma. – Falou Sasuke-sama.
- Sim, entendo. – Respondi.
Ele olhou pra mim, sério, como se esperasse que eu dissesse alguma coisa.
- Sasuke-sama, vou superar minhas dificuldades como sempre tentei, vou tentar superar meus defeitos e ser um grande kunoichi, afinal meu sonho é ser tão forte quanto você! – Falei alto.
Sasuke-sama só deu um leve, pequeno quase invisível sorriso. Mas foi o bastante para me encher de felicidade.
- Haha! Malu-san, falo bem hein? – Falou Cacau.
Fiquei sem graça e retribui com um sorriso feliz.
- Ops, espere, sinto alguém por perto. – Anunciou Cacau.
Cacau subiu nas árvores próximas a Sasuke-sama, mas logo desceu.
- Alguns dois km daqui há algum ser humano. – Falou Cacau para Sasuke-sama.
- Alguém aparentemente perigoso? – Perguntou o líder.
- Não tenho idéia, mas não sinto presença de chakra. – Respondeu Cacau.
Cacau voltou as árvores para observar o suposto homem ou mulher adiante. Se for um ninja, ninguém sabe. Teríamos que esperar mais informações de Cacau.
- Sasuke-sama, as crianças não agüentam mais, precisamos descansar. – Esclareceu Birô.
- É o dia de sorte de vocês, iremos parar para comer um pouco, afinal faz mais de sete horas que estamos andando. – Ordenou Sasuke-sama.
Fran e Birô começaram a arrumar a comida, sem acender fogueiras ou qualquer tipo de comida de muito cheiro, pois poderia chamar a atenção para onde eles se encontravam.
- Aqui estão crianças. Uma cenoura e uvas passas. – Birô oferecendo as crianças.
- Cenoura, uvas passas? – Reclamou uma das crianças.
- De graças a Deus de que está aqui para comer. – Brigou Fran.
Nenhuma das crianças falou mais. Ficaram surpresas com a resposta de Fran, embora verdadeira.
- Sasuke-sama, melhor me acompanhar, vamos até o elemento que está logo em frente. – Pediu Cacau.
- Certo. – Respondeu Sasuke-sama.
Não me contive, eu precisa ver quem era o tal sujeito. Mas não podia deixar que Sasuke-sama me visse, provavelmente me pediria para voltar a onde estavam os outros.
- Estamos pertos. – Novamente Cacau.
Ao chegar perto vimos que se tratava de um adolescente, talvez um jovem adulto. Mas não era um jovem qualquer, era um shinobi. Carregava armas como kunais e uma shuriken gigantesca. O shinobi aparentava estar dormindo profundamente, embora parte de seu rosto havia sido coberto por uma máscara preta.
- Você é bom. – Falou Sasuke-sama de repente.
Atrás de Sasuke-sama, estava o homem. Olhei para o homem dormindo, era nada mais que um kawarimi (técnica de substituição de corpos).
O shinobi agora estava atrás de Sasuke-sama com uma kunai em seu pescoço. Cacau estava em posição de ataque, pronta para qualquer movimento brusco do shinobi desconhecido.
- Relaxe Cacau. Este garoto só é um andarilho.
- Garoto? Ha! – Debochou o shinobi.
O shinobi deixou de ameaçar Sasuke-sama, se aprontou carregando suas bagagens.
- Ei, chibi! Você está perdido, não? – Debochou Cacau.
- Não me faça rir! – Retrucou o shinobi.
- Não vejo qualquer emblema ou traços de alguém que mata pessoas por desejo. – Continuou Cacau. – Mas ele parece ser bem forte, conseguiu nos surpreender. Ele poderá ir conosco?
- O que acha Malu? – Sasuke-sama me descobriu. Ele sempre descobre.
- Confio nos dados de Cacau, se ele não é mau, poderá ser de ajuda na proteção do grupo, precisamos de toda força contra Imortais.
- Imortais? – Perguntou o shinobi.
- Sim, Imortais. Impossível nunca ouvira falar. – Disse Cacau.
- Não tem como se esquecer deles, criaturas terríveis. Não são nem considerados humanos. – Falou o shinobi revoltado.
- Bem-vindo ao grupo Guardiões das Sombras! – Comemorou Cacau.
- Poderá vir conosco, andarilho. – Convidou Sasuke-sama, mas o seu olhar aparentava desconfiança.
- Para não ter dúvida de mim, carrego emblema de meu país de origem: Yukou.
- Caramba! Você é de Yukou? – Perguntou surpresa Cacau.
- Yukou? – Perguntei.
- Sim, Yukou. Minha cidade, vilarejo, país natal. Todos mortos e destruídos e mortos pelos Imortais, sou um dos poucos sobreviventes.
- Creio que isto prove que não há conexão com os Imortais. – Afirmou Sasuke-sama.
- Claro. – Confirmou o shinobi.
- Afinal, qual é o seu nome?
- Kakashi.
- Então vamos Kakashi-san. – Convidei-o.

The Avengers
Capitulo 09 – Desconfiança.

Eu, Cacau, Sasuke-sama e Kakashi-san voltávamos para onde o resto do grupo estava. Cacau se interessava pelas histórias de Kakashi-san das quais se orgulhava quando narrava suas lutas e missões emocionantes em países distantes. Eu estava à frente, apreciando a face séria de Uchiha Sasuke-sama que olhava profundamente em uma de suas kunais. Mas a qual estava olhando era diferente da outra. Ela era enferrujada e possuía manchas de sangue.
- Interessada em alguma coisa? – Perguntou Kakashi-san.
Olhei para trás. Os dois pararam de conversar, e me observavam se perguntando talvez o motivo da minha fascinação pelo líder e sua evidente soberania.
- N-nada. – Respondi gaguejando.
O líder continuou sério, como se nós não estivéssemos ali.
- A Malu sempre foi assim, sempre observando o líder. Ela é assim dês de que a conheço. Dês de quando somos crianças. – Falou Cacau para Kakashi-san.
Andávamos calmamente, olhando as árvores, o som das folhas balançando e as pétalas de flores caindo no chão fofo.
- Fiquei pensando. Ainda não perguntei o nome de vocês. Até agora só descobri da Malu. – Falou Kakashi-san.
- Sou a Cacau.
- Prazer!
Novamente os dois começaram a conversar, mas não estava prestando atenção. Fiquei interessada na trilha em que caminhávamos. O solo parecia intacto, como se nunca ninguém houvesse pisado. Este era sem duvidas, um caminho onde só os Falcões conheciam. Mas, como Kakashi-san parou na Fukai No Mori?
- Tenho que te fazer uma pergunta Kakashi-san. – Falou Sasuke-sama.
- Se eu puder ajudar. – Falou Kakashi-san.
- Como entrou nessa floresta? – Continuou Sasuke-sama.
- Vou-lhe responder. Antes de a minha vila ser destruída, meus pais e avós eram muito amigos da anciã do país Falcão. Em prova de lealdade e com a suspeita da destruição de Yukou, a anciã deu aos meus pais um mapa. Este mapa contém caminhos secretos para Falcão. Quando minha vila foi saqueada e aniquilada, meus pais, antes de morrerem me deram este mapa para que eu sobrevivesse. O meu avô era chefe de Yukou e acabou fugindo comigo em seus braços. Moramos clandestinamente nesta floresta com a ajuda do mapa, ele me treinava, me ensinava e cuidava muito de mim, vivíamos da terra, e só retirávamos do ambiente aquilo que era necessário para nós. Há uma semana, ele já muito velho começou a morrer, e me deu este mapa, que é o mapa desta floresta e de vários outros caminhos para Falcão, eu estava querendo ir para lá. Afinal, pode me levar lá?
- Isso é impossível. – Respondi baixinho.
- Nossa vila foi destruída. – Continuou Cacau.
- Vocês são de Falcão então? Meu avô me contou tudo sobre a vila de vocês. – Falou Kakashi-san.
- Sim. Seu avô pode até conhecer histórias remotas de Falcão - Respondi
Sasuke-sama pareceu um pouco desconfortável ao saber que Kakashi-san sabia de histórias sobre o passado da nossa vila.
Reinava o silencio agora, nenhum ruído. Estávamos chegando ao encontro dos outros membros do grupo. Assim a bagunça começou:
- Quem é este Sasuke-sama? – Perguntou Birô.
- Um andarilho que por sinal é amigo antigo da anciã de nossa vila. – Respoude Sasuke-sama.
- Não confio nisso líder. Vamos deixá-lo e morrerá de fome! – Falou Fran um tanto cruel.
- Você não decide coisa alguma, Fran. – Respondeu Sasuke-sama um pouco mais frio que o normal.
- Mas não está em condições de decidir! – Continuou Fran.
- Sasuke-sama é quem decide por nós Fran! – Gritei com Fran.
- Haha! Não se intrometa em conversa de shinobi, Baka Malu! – Falou uma das crianças.
- Repita isso, Marcela! – Brigou Sasuke-sama.
Era assim como eu era chamada, e pelo visto ainda sou. Baka Malu era um apelido que me deram por não conseguir me igualar a crianças shinobis normais. Eles me enxergavam como apenas um estorvo.
- Baka Malu, Baka Malu! – Continuou a criança.
Sasuke-sama ficara furioso, e atirou uma kunai em direção a criança, que não se mexeu de medo. Entretanto a kunai apenas acertou a árvore atrás da menina por pouco não a mata.
- Vamos seguir para Kurosoira. – Ordenou Sasuke-sama.
Todos os seguiam, mesmo assim Fran continuou:
- Não vou te questionar. Você deve saber o que está fazendo, no entanto ainda não posso confiar nesse cara.
- Ele não nos trairá assim como C-kun fez, amigo. – Falou Sasuke-sama.
O silencio novamente predominara. Ninguém falava, nem mesmo Kakashi-san que gostava de contar seus dias de glória como shinobi que andava de vila em vila.
- Sasuke-san, me impressionei agora. Aquela garota possui o byakugan uma das habilidades que só alguns membros dos Falcões têm. E você não seria o Sasuke da Lamina d’água? Um dos Uchihas de Falcão?
- Isso mesmo, agora me deixe. – Responde Sasuke-sama.
- É você mesmo! Você até matou ...
- Já mandei calar-lhe a boca! – Mandou furioso Sasuke-sama.
Kakashi-san parecia mesmo saber dos Falcões a fundo. Parecia que ele sabia algo que Sasuke-sama desejaria ser enterrado para sempre, o que seria afinal?
Kakashi-san não disse mais nada, se tivesse que desafiar Sasuke-sama pensaria duas vezes antes de cometer o ato, ou quem sabe suicídio. Mas pouco se sabia das verdadeiras habilidades de Kakashi-san, afinal ele já havia encurralado Sasuke-sama de costas.
A noite já ia caindo, o peito dos pés das crianças começaram a doer, já eram mais de 13 horas andando, sem parar. O cansaço já estava vencendo até mesmo os mais velhos que iam com orgulho atrás do líder.
- Dormiremos agora, para acordar antes do crepúsculo. – Ordenou Sasuke-sama aos seus conselheiros.
Aos poucos dormimos, o silêncio da floresta predominava em nossos corações, que estavam inquietos e tristes das lembranças e dores que carregavam.
“Mãe, Mãe! Não morra, vamos sair do fogo, o fogo mãe! Quem é você? Olhos iguais ao fogo! Iguais a sangue! Pare! Não mate meu pai! Papai!”
- Malu! Acorde!
Estava suando, era nada mais que um sonho. Acabei acordando com a voz de Kakashi-san.
- Você está bem? Parecia estar tendo um pesadelo! – Falou Kakashi-san
- Estou bem. Obrigada. – Agradeci.
- Qualquer coisa, só falar! Vou voltar a dormir, pelo visto amanhã também será um dia cansativo. – Depois de falar, Kakashi virou-se para o lado e dormiu novamente.
Mais uma vez aquele sonho. O sonho da morte de meus pais, o sonho da morte da minha infância. O que mais queria saber é a razão da morte deles. Melhor, quem os matou. Aqueles olhos vermelhos não saíam de minha mente. Eles eram únicos, algo que jamais eu vira.
Os primeiros raios de sol já começaram a surgir. Aos poucos os rostos ainda sonolentos mais puros das crianças começaram a levantar e junto seus pequenos corpos que, no entanto eram muito mais fortes e ágeis que o meu.
Meus olhos já estavam abertos, mas meu coração e mente desejavam voltar aos sonhos e descobrir os motivos de minhas agonias e frustrações.
- Levante Baka Malu! – Continuou Marcela.
Jamais meu corpo se comportou daquele jeito, eu havia esbofeteado a menina que ficara com uma marca de mão no rosto pálido.
- Bem feito! Deixe de atazanar os mais velhos, baixinha! – Brigou Cacau.
A menina saiu correndo, com raiva nos olhos. Não podia culpá-la afinal, a dei um dolorido tapa.
- O que será dessa vez? – Cacau parecia preocupada e caminhou até Sasuke-sama.
Os dois que falavam baixinho sumiram. Parece que aconteceu alguma coisa.
- Malu, vai atrás daquela menina! Ela parecia estar com raiva e nem me ouviu quando disse a ela para ficar sentada, ela saiu correndo! – Pediu-me Fran.
Realmente Marcela estava muito brava. Ela fugira em meio às árvores e se escondeu. Mas certamente podia encontrá-la era só ter um pouco de fé na sorte.
- Marcela! Vamos, me desculpe. Mas você realmente me irritou! – Chamei
- Você está sempre ao lado do Sasuke-sama, sempre! E ele de você! – Falou Marcela.
A vós vinha de perto de uns pinheiros castanhos, muito castanhos para falar a verdade.
- Socorro! – Era Marcela gritando.
Corri em direção da voz e encontrei Marcela que estava tremula e respirava muito mal. Diante de nós estava lá, aquele de quem meu coração pulsava rapidamente em só de ver aqueles terríveis olhos vermelhos, iguais a de Sasuke-sama.
- Se não é aquela garota de antes?

The Avengers
Capitulo 10 – Pesadelos Reais.

Os olhos vermelhos me davam calafrios. Uma sensação de desconforto tomara meu corpo e alma. Temia verdadeiramente a morte.
- Você está tremendo, pobre Kunoichi. Vejo que meu aniki não foi tão firme e frio com vocês. Vocês tremem ao verem minha mera sombra.
Genjutsu, só podia ser. Eu e Marcela acabamos de entrar num mundo paralelo de Itachi.
- Malu, estou com medo! Quando eu encontrei aquele menino, meu coração despencou em agonia e minha mente se tornou perturbada. – Declarava Marcela.
Havia algo terrível a nossa volta. Aquele era um genjutsu impossível de ser quebrado por dentro. Eu precisava de ajuda.
- Nada vai nos acontecer! Sasuke-sama irá nos salvar. – Consolei a menina.
Diante de nós apareceram nossos amigos e gritei um pedido de salvação.
- Baka Malu! Baka Malu! – Diziam eles.
A cena que eu agora via era de quando eu era pequena, e lá estava eu no chão com as mãos nos ouvidos, chorando e tentando não ouvir as gozações. Fiquei com raiva:
- Hoje já não é como antigamente!
Atirei kunais em direção àquela cena. Mas nada daquelas imagens desaparecerem. Em vez disso, surgiu outra cena que mexeu profundamente bem dentro do meu coração. Agora, a minha frente estava ninguém, mas que meus pais.
- Amamos você Malu!
Suas faces puras e inocentes agora viravam rostos tristes e ensangüentados. Atrás deles estava eu, novamente quando criança, no dia em que meus pais foram mortos. Estava acontecendo como em um de meus pesadelos. Assim, aparece o garoto de olhos vermelhos atrás de mim quando menor, me empurra e caiu no sangue de meus pais. Ele havia os matado.
- Gostou do que viu? – Ouvi uma voz.
Estava desnorteada. Aquele pesadelo me enchia de dúvidas e medos. As lágrimas não paravam de escorrer. Preferia morrer a ver outra vez aquela cena.
- Não gostaria de obter respostas? Quem os matou? A razão de se ter um passado não miserável? – Falou novamente a voz.
Não respondi. Meu corpo ainda estava paralisado e minha mente enlouquecia. Mas meu coração, mesmo que nas profundezas desejava nada mais que a verdade, a vingança.
- Como posso saber? – Perguntei.
- Basta me entregar esta criança ao seu lado.
- O que vai fazer com ela? – Desconfiei.
- Não vou machucá-la. Só quero descobrir como obter sua única habilidade.
- O segredo do Byakugan. – Afirmei.
- É uma troca simples e justa. Com as respostas que poderei te dar, poderá vingar-se. Acamará seu desesperado e escuro coração.
Olhei para Marcela. Já estava possuída pelo sentimento de medo, de confusão. Não me fitava nos olhos, estava em pleno estado de transe.
- O que pensará Sasuke-sama se eu abandonar uma companheira? Serei uma traidora! – Gritei.
Depois do meu grito enfurecido, o genjutsu havia se desfeito. A minha frente estava Kakashi-san. E estava em luta com Itachi.
- Não vou deixar mais você chegar perto! – Gritou Kakashi-san.
- Pela sua aparência, deve ser Hatake Kakashi de Yukou. Pelas histórias que ouvi, é melhor não vir sozinho. – Falou Itachi.
- Não está mais sozinho, Itachi-senpai!
Era C-kun, agora tudo estava perdido. Eu enfraquecida e Kakashi-san não poderíamos enfrentá-los.
- Tenho que dar a mesma resposta a meus amigos! – Falou alguém.
Era Birô e junto dela estava Cacau.
- Amador, temos que ir, não podemos desperdiçar mais tempo. – Ordenou Itachi para C-kun.
Em instantes os dois haviam desaparecido.
- Kunoichi, se for o seu nome Malu, não deveria confiar tanto em meu aniki. – Era a voz de Itachi pairando no ar.
Sasuke-sama, apareceu logo em seguida.
- Obrigado Kakashi-san por cuidar da Malu e da Marcela-chan por mim. – Agradeceu Sasuke-sama.
- Não fiz por você. A situação solicitava minha presença, e onde estava quando uns de seus companheiros corriam perigo mortal? Por pensar nisso, eles eram Imortais? – Perguntou Kakashi-san.
- Sim, Imortais. Um deles é um traidor e o outro o irmão mais novo de Sasuke-sama. – Falou Birô.
- Já chega, Birô! – Ordenou Sasuke-sama.
- Eu sabia que Uchiha Itachi era irmão mais novo de Uchiha Sasuke, mas, não me passava pela cabeça que Itachi seria um Imortal. – Afirmou Kakashi-san.
- Tende a pensar que sou um traidor, Kakashi-san? – Perguntou Sasuke-sama.
- Não sei exatamente o que pensar, afinal, tem muita história que ainda está encoberta, e encoberta com sangue. Sangue poderoso e único. – Falou seriamente Kakashi-san.
Todos agora estavam curiosos com a afirmação de Kakashi-san.
- Obrigada Kakashi-san. Desculpe-me por preocupá-lo Sasuke-sama. – Falei.
Em meus braços estava Marcela, havia desmaiado completamente, mas respirava adequadamente.
- Cacau, use sua medicina e cuide de Marcela. – Mandou Sasuke-sama.
- Sasuke, preciso falar algo bem sério. Em particular. – Pediu Kakashi-san.
- Te devo minha vida, pois salvou um membro importante. Se Itachi conseguisse o byakugan estaríamos perdidos.
Cacau e Birô me olharam preocupadas e com pena nos olhos. Aquelas palavras foram como flechas perfurando, rasgando meu coração já perturbado. Kakashi-san me olhou também, preocupado e um tanto bravo com Sasuke-sama.
Os dois entraram na floresta, os ruídos de seus passos silenciaram. Só nos restava esperar agora.

The Avengers
Capitulo 11 – Sentimentos Traídos.

Cacau e Birô tentavam me convencer de que aquelas palavras de Sasuke-sama eram na verdade palavras sem nexo e sentido. Palavras que vinham do frio Sasuke-sama, e que já devia ter me acostumado com aquilo.
Elas estavam cuidando de Marcela, era uma ordem extrema de Sasuke-sama, e tinha que ser cumprida rápida e eficientemente, sem a cogitação de erros e falhas, a vida da menina era importantíssima para o avanço futuro dos Falcões junto com seu Byakugan.
Todos estavam reunidos, Guerreiros das Sombras e crianças, arrumavam suas coisas para esperar Sasuke-sama. Enquanto isso aproveitei de suas desatenções e entrei pelo caminho onde entraram Kakashi-san e Sasuke-sama.
Suas pegadas eram nítidas, uma delas caminhava pesada e outra um tanto aleatória. Havia grandes árvores atrás de mim, subi nelas. Correndo e saltando de galho em galho depois de algum tempo, encontrei Kakashi-san e Sasuke-sama parados perto de uns carvalhos.
- Tem algo me perturbando dês de ontem. Ouvi Malu em um de seus pesadelos. E hoje, aparece seu irmão. Tudo se encaixa. – Falou Kakashi-san.
- Sei aonde quer chegar, mas não posso lhe dar respostas, vamos embora. – Disse Sasuke-sama.
Kakashi-san segurou firmemente o braço de Sasuke-sama e olhou bem fundo em seus olhos negros.
- Não é a toa que quis vir por este caminho. Fukai no Mori é o caminho mais longo para Kurosoira. Há outro caminho mais curto e muito mais seguro e desconhecido que este. Eu sei o motivo desta sua escolha. – Continuou Kakashi-san
- Não diga besteiras! Vamos embora! – Irritou-se Sasuke-sama.
- Por aquele caminho, entre tantos outros existe uma casa que hoje é nada mais que abandonada. Era uma casa de uma família simples e feliz, cujos sonhos foram retirados por meros motivos egoístas.
- Não diga mais nada! – Ordenou Sasuke-sama.
- Onde uma criança foi deixada no sangue de seus pais, que não tiveram culpa já que se apaixonaram. A infeliz criança vive hoje em pesadelos, duvidas e ressentimentos. Vive cada dia na amargura de suas emoções. Acreditando que seus pais morreram simplesmente, quando na verdade seu mais querido ídolo os matou.
Não entedia as palavras fortes e firmes de Kakashi-san.
- Matar alguns pelo destino de muitos! – Falou alto Sasuke-sama.
- Destino de muitos? Estavam em jogo duas vidas inocentes. O fruto do amor desses jovens foi castigado com suas habilidades seladas, com isso incapaz de ser um bom shinobi! E a lembrança dos rostos de seus pais retirada de sua memória! Confesse Uchiha Sasuke, matou os pais de Malu, por eles serem apenas de clãs diferentes, por terem habilidades e tipos sangüíneos opostos! Apenas por isso! Apenas por não misturar e criar talvez um shinobi capaz de conquistar nações e fazer os chefes dos países perderem o controle sobre tal shinobi! E tem mais, quando a anciã descobriu que Malu seria fraca de mais para ter tais poderes, e que nenhuma habilidade de seus pais fora transferida para ela, a anciã simplesmente deixou de lado a verdade. Omitindo cruelmente a razão da morte dos pais dela!
Não era possível. Meus pais haviam sido mortos pelo meu amado líder. Aos quais meus sentimentos foram sempre direcionados. Era ele quem eu via nos sonhos, nos pesadelos, nos devaneios e ilusões. Noite após noite acordava suando com seus espectros olhos na mente, seus olhos vermelhos iguais daquela noite, onde matara meus pais.
- Não é possível, Sasuke-sama. Diga-me que é mentira essa história.
Retornei da árvore, mente confusa e coração palpitando. Mãos tremulas, corpo fraco. Alma destruída e razão retirada. Sasuke era aquele de quem me apaixonei, a pessoa que mais intensamente admirava, que idolatrava. Esses sentimentos puros e bonitos desapareceram com aquela história. Nada mais fazia sentido pra mim. Olhava o chão, incapaz de olhar nos olhos de Sasuke, fugi para afundo da floresta, fugi do medo, da angústia, da traição dos meus verdadeiros sentimentos, jamais poderei ver Sasuke novamente, não depois de tudo.

The Avengers
Capitulo 12 – Amor Esquecido.

Fui traída, enganada. O que aconteceu aos meus sonhos, aos meus encantos e desejos? Tudo que eu acreditava ser, o que eu acreditava sentir, era tudo falso. Uma mera fantasia. Por que Sasuke-sama? Por que Sasuke? Nada daquilo era verdadeiro, minha vida até agora não faz nenhum sentido. Mas já fazia três dias que fugi, meu estômago estava vazio, meu corpo todo cansado, acabado.
Parei e deitei ao pé de uma macieira, doce aroma exalava as maduras frutas. Obra do destino, ou pura sorte e ajuda do acaso, com meu corpo enfraquecido, não conseguia arrancar as maçãs dos compridos galhos, então duas grandes frutas caíram ao meu lado.
Fome desaparecida e forças recuperadas. Meu corpo um pouco se reestruturava, mas minha mente ainda estava acabada. Fechei os olhos, pesados olhos de tantas lágrimas desesperadas. Adormeci em pleno crepúsculo.
No sonho, estava ao lado de um riacho curvo, o som me lembrava a da cachoeira Falcão de Prata, doce som, amado som de minha infância, onde passava todos os dias, olhando o céu, sentindo a brisa do vento e os raios de sol. Ao lado do riacho tinha uma pena azul, longa e macia. Em sua ponta, segurei a linda pena, fechei o punho. Era um sonho bonito, sensação confortável. Acordei mais estável e calma que antes.
Passa de uma hora da tarde. A sombra da macieira protegeu-me dos raios fortes do meio-dia. Recuperada levantei-me. Aos arredores nenhum movimento ou respiração. Com nada nas mãos, apenas com meu bolso de kunais e shurikens, peguei uma maçã e cortei-a para depois comer mais tarde, assim coloquei os pedaços no bolso mesmo.
Sem rumo, andando, seguia pelo instinto. Escutei um som, vindo do norte, som de água, de um riacho. Ao seguir o som, vi que estava muito longe dos Guerreiros das Sombras, principalmente de Sasuke-sama e Kakashi-san. Estava a beira da cachoeira Falcão de Prata. Amada cachoeira. Lembrei-me do jutsu de Sasuke-sama e entrei na cachoeira, na caverna, silencio absoluto.
Horas se passavam e de olhos fechados contemplava o momento, aquele instante. Ao abrir os olhos vi uma sombra vinda da cachoeira, era algum jovem, provavelmente homem.
- Malu.
Não podia ser mais inquietante do que ver Sasuke-sama na minha frente, depois de ter descoberto toda a verdade, triste e imperdoável verdade.
- Como me achou? Vai embora, vá! Matarei você se não me deixar em paz! – Gritei.
- Lembro-me bem do seu fascínio por esta cachoeira, onde dos muitos dias que você vinha pra cá eu a acompanhava. – Continuou Sasuke-sama.
- Você tinha se tornado a pessoa de quem eu mais admirava depois que salvou bravamente Fran Kimoy daquelas serpentes gigantes, mesmo depois de ele ter brigado com você, você o salvou, e quase morreu por isso, se tornou meu ídolo, eu queria ficar forte como você. Ficamos amigos na nossa infância, por termos a mesma alegria de deitar sobre as árvores perto da cachoeira e admirar o lindo som que ela faz. Você foi a pessoa que mais amei!
Ao ouvir minhas palavras Sasuke-sama me olhou bem fundo nos olhos, que estavam com lágrimas. Jamais falara aquilo para ninguém, mas agora aqueles sentimentos não significavam nada.
- Sasuke, por que? Matou meus pais mesmo depois de me conhecer! Depois de sermos amigos! Você era um jounin com apenas sete anos, era capaz de matar qualquer um, até mesmo meu pai que era o shinobi mais forte da vila na época. Diga-me, qual foi o motivo? Vivi a vida até agora nessa amargura!
- Você não entende porque não se lembra. Era pelo bem do nosso vilarejo.
Ele se aproximou devagar, bem perto de mim balançou um pouco meu cabelo que estava sobre meu rosto, olhava-me profundamente, jamais tinha visto olhos vindo dele como aqueles.
- Não, Sasuke. Odeio-o agora. Mentiu pra mim! Você é imperdoável!
- Mate-me. Se isso fará sua dor diminuir. Que seja assim. – Falou Sasuke.
- Dois motivos que me impedem de mata-lo, um que tem um grupo de crianças e adolescentes esperando por você, desejando que você os lidere com sua incrível força, o outro que é um motivo mais forte que esse é porque se eu te matar, meu coração enfim se despedaçará. Adeus, Uchiha Sasuke.
Saí correndo, sem olhar para trás. Pulei para a beira do rio onde ficava a cachoeira, me deparei com Kakashi-san, este tinha olhos bonitos e mesmo com a máscara cobrindo parte de seu rosto pude ver sua expressão de ternura. Estava tentando me consolar, mas nada dizia.
- Adeus, Kakashi-san. Cuide bem dos outros.
Novamente fugi para dentro da floresta, outra vez com lágrimas em minha face.
- Malu! Espere! – Gritava Kakashi-san.
- Vá embora Kakashi-san! – Gritei.
Ele agarrou minha mão e novamente me olhou profundamente.
- Não poderei deixar você sozinha. Não com tantos Imortais por aqui, vou acompanhá-la.
Kakashi-san estava determinado, nada que eu fizesse faria ele mudar de idéia.

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Capitulo 13 - A Verdade sobre o Passado.

Continuava implicando com Kakashi-san para ele ir embora, queria ficar de qualquer jeito sozinha, sem a presença de ninguém. Mas nada adiantou.
- Kakashi-san! Agradeço você ficar preocupado, mas quero ficar sozinha! Preciso de um tempo só meu! Um espaço, um rumo só meu! – Falei alto.
- Não adianta me convencer do contrário! Tem muitos Imortais aqui, me sentiria responsável se algo acontecesse a você. Por isso, a seguirei.
Eu tinha que arranjar um jeito de despistar dele. Tentei de tudo, fugir sobre as árvores, usar kawarimi, bushin no jutsu, mas nada. Ele era impressionante, decifrava todos os meus truques. Estava ficando impaciente, mas no final desisti, não tinha como eu ganhar dele em um mano-a-mano, mas o que custa tentar?
- Sinto muito, Kakashi-san, tenho que lutar com você e deixar você fraco o suficiente para deixar de me seguir!
Posicionei-me em ataque, no entanto Kakashi-san já estava pronto e coordenou selos de um jutsu que me era desconhecido. Ele o fez tão rápido que nem percebi o que acontecera comigo.
- Acorde Malu. – Era a voz de Kakashi-san.
Com os olhos ainda embaçados vi o perfil de Kakashi-san. Estávamos numa espécie de cabana, feita de madeira, provavelmente criada com um dos jutsus de Kakashi-san.
- Você consegue usar jutsus de madeira? – Perguntei
- Sim, isso é fácil pra mim. Controlo todos os elementos. – Falou ele.
- Impressionante. - Falei
Minha visão havia voltado. Saí da cabana um pouco tonta, mas olhei firme para o céu. Já estava escuro, as estrelas lá longe, distantes e brilhantes. Milhões delas. A lua cheia e algumas nuvens escondidas.
- Seu bolso de kunais estava cheirando a maçãs estragadas, enfim, aqui está ela levada. – Falou Kakashi-san.
- Obrigada, realmente deveria estar, faz horas dês que as cortei e guardei as no bolso de kunais. – Agradeci.
Como era noite, chamaria muita atenção uma fogueira, então Kakashi-san arrumou algumas frutas, que estavam com uma ótima aparência.
Comemos juntos, sem falar palavra alguma, apenas olhávamos o céu vasto.
- Estas frutas estavam deliciosas Kakashi-san, obrigada. – Agradeci depois de comer.
- Que bom que estavam agradáveis. Você poderá recolher-se na cabana, eu ficarei ao lado de fora vigiando.
- Não posso permitir isso, está acordado há horas, deve estar exausto. Eu ficarei na vigia. – Mandei.
- Não posso ceder.
Ele tocou levemente minha nuca e instantes adormeci novamente.
“Sasuke-sama? Por quê? Aquele quem mais amei matou meus pais! Alguém, me ajude! Kakashi-san!”
Acordei. Não chorava nem suava. Conformei-me que Sasuke-sama matara meus pais. Mas bem fundo em meu coração, uma sombra se criou. Um desejo de vingança penetrou bem fundo em minha alma. Meu ídolo, que virou meu melhor amigo se tornou meu primeiro amor. Mas agora, tudo aquilo desaparecera. Agora era me concentrar e ficar forte e quem sabe descobrir se possuo alguma habilidade relacionada aos meus pais.
Eu ainda estava na cama, tinha um cobertor sobre mim, provavelmente Kakashi-san o colocou enquanto eu dormia. Ao meu lado esquerdo, uma cesta de frutas. Lindas e maduras, mas me sentia um pouco enjoada, pois só comia frutas há dias.
Ao sair da cabana de madeira, deparei-me com Kakashi-san, sentado, lendo um pergaminho velho.
- Kakashi-san, preciso lhe perguntar algumas coisas.
Ele entendeu exatamente do que se tratava.
- Entendo suas dúvidas, isso é perfeitamente normal em sua situação. Sente-se a minha frente lhe contarei tudo sobre sua família. Isso era uma história que meu pai se emocionava enquanto contava. – Iniciou Kakashi-san.
- Por favor, lhe imploro tais informações, pois elas pertencem ao meu passado.
- Os clãs Uchiha e Hyuuga eram inimigos de dentro da vila Falcão. Suas habilidades eram únicas e poderosas, onde os shinobis que carregavam o sangue de seus clãs eram destacados entre os demais, e se tornavam chuunins e jounins rapidamente. Uma informação que tenho é que a anciã de seu vilarejo era dos Uchihas, e que é, aliás, avó paterna de Uchiha Sasuke.
- Isso era de meu conhecimento. – Interrompi.
- Entretanto, os Uchihas e Hyuugas eram obrigados há estudarem e partilharem de testes e missões juntos, mas algumas vezes durante esses períodos sempre acontecia alguma desarmonia, mas nada muito sério. Um dia na academia ninja do seu vilarejo, Uchiha Madara e Hyuuga Hanabi se conheceram e viraram amigos, cresceram e se apaixonaram e esconderam suas intenções de seus respectivos clãs e tiveram você.
- Uchiha Madara era o shinobi mais forte e Hyuuga Hanabi a mais bela das kunoichis, eram meus pais!
- Vejo que isso já era de seu conhecimento. Entretanto, um desconhecido shinobi descobriu a verdade e denunciou à anciã da vila. A anciã conhecia uma profecia. “O Fruto do Amor entre Uchiha e Hyuuga será um dia a Destruição do Mundo”. A profecia jamais poderia ser ignorada, e eles matariam você para garantir o futuro do Mundo. Porém, seus pais não permitiram e foram mortos por Uchiha Sasuke que foi ordenado a tal missão. Uchiha Sasuke constatou que não seria necessário, pois suas habilidades foram seladas para sempre e seu corpo não recebera nenhuma habilidade de seus pais, enfim sua vida não era risco à vila.
- Então, tudo era uma conspiração contra mim e minha família. Isso devia ter sido impedido, se eu não tinha nenhuma habilidade vinda de meus pais, por que eles foram mortos? – Perguntei.
- Seus pais foram mortos antes de tal analise ser feita a pedido de Uchiha Itachi, irmão mais novo de Sasuke.
- Uchiha Itachi, o que ele tem a ver com meu passado? – Perguntei nervosa.
- Uchiha Itachi busca até hoje todos os jutsus oculares existentes, por isso ele se interessou por você, mais precisamente pelo seu poder, que na verdade não existe. – Completou Kakashi-san.
- É sou uma inútil que tem as habilidades seladas. – Falei desanimada.
- Posso ajudá-la nisso.
Atrás da cabana vinha um homem de cabelos longos e negros e olhos que me eram muito familiares.

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Capítulo 14 – A Volta dos Poderes.

Seus cabelos negros refletiam os raios de sol. Sua pele era clara. Era um rapaz bonito de uns 18 anos e com olhos que me deixaram surpresa, eles eram portadores do byakugan, habilidade única e poderosa de um dos clãs de Falcão.
- Quem seria você portador do Byakugan? – Perguntou desconfiado Kakashi-san.
- Sou reconhecido graças a esses olhos, mas vejo que estão meio desconfiados. – Falou o rapaz.
- O que você quis dizer com “me ajudar”? – Perguntei.
- Ouvi que está com problemas com suas habilidades seladas, correto? – Disse o rapaz.
- Sim, minhas habilidades de shinobi, em especial meu chakra estão enfraquecidos graças ao selamento. – Falei ao rapaz.
- Conheço inúmeros jutsus que criam ou desfazem selamentos. Posso me considerar um perito. – Continou o rapaz.
- Mas, antes, nos diga seu nome. Precisamos saber exatamente quem você é. Não podemos abaixar a guarda. Se for um Imortal, considere-se morto! – Falou alto Kakashi-san.
- Primeiramente não sou um Imortal. Na verdade, não sou de pátria alguma. Apenas caminho onde o vento me leva. Meu nome é Hyuuga Neji.
- Hyuuga Neji? Você é de meu país? – Perguntei.
- Sim, mas fugi aos 9 anos. – Respondeu Hyuuga Neji.
- Sei quem você é. Me avô me contou sobre você. Conhecido como O Grande Hyuuga. Aos 5 anos se tornou jounin e se comparava a anciã, kage da vila. Teria um futuro brilhante, se não tivesse fugido.
- Sim fugi. Fugi da pressão e das expectativas que descarregavam em mim. Me tornei o andarilho que sou hoje, indo e vindo com o vento e ajudando pessoas com meus jutsus.
- Suponho que não seja um Imortal. Kakashi-san, acho que devemos confiar nele, afinal, ele era de minha vila. – Falei.
- Sim, realmente pelas histórias que conheço, é um bom sujeito. – Concordou Kakashi-san.
- Vamos ao que realmente importa. Vou desfazer o jutsu que selou suas habilidades de shinobi.
Em sua mão direi concentrou pequenas chamas de chakra em seus cinco dedos. Fechou os olhos e se concentrou. As pequenas chamas agora formaram uma grande única.
- A segure! – Ordenou Hyuuga Neji.
Kakashi meio inseguro segurou meus braços colocando os seus por debaixo dos meus.
- Estilo Hyuuga: Fúria do Fogo do Dragão Azul!
A chama azul atingiu em cheio minha barriga. Desacordei.
Ao acordar novamente, me senti leve e descansada por completo. Meu corpo parecia muito mais forte do que antes, podia sentir meu chakra 10x mais forte. Estava deitada novamente na cabana, levantei-me, e sai.
- Boa noite Malu. – Falou Hyuuga Neji.
Já era de noite, parecia bem tarde. Quando desacordei não era nem meio-dia.
- Está se sentindo bem? – Perguntou Kakashi-san.
- Melhor do que nunca! Mas não sinto nem o Byakugan ou o Sharingan. – Falei.
- Essas habilidades só são recebidas pelo sangue. Você não possui traços do Byakugan, e nunca despertou seu Sharigan. Talvez essas habilidades nunca apareçam, foi pura falta de sorte sua.
- Sim. Mas tenho meu chakra melhorado agora, tenho que treinar. Tenho que ficar forte, o mais forte possível, e derrotar aqueles Imortais desgraçados.
- Você encontrará suas respostas.
De repente, uma névoa se formou e apenas a voz de Hyuuga Neji se propagava no ar. Ele desaparecera novamente, com o vento.
- Vamos Kakashi-san, temos que treinar. – Falei.
- Treinar? Não será necessário, os dois morrerão agora!
Ao nosso redor, havia dezenas de Imortais armados e junto deles aquele mesmo líder de rosto cicatrizado.
- Matem eles! – Ordenou o homem.
- Sim, Capitão Ibiki! – Falou todos os Imortais.
- Malu, melhor você se afatar! – Ordenou Kakashi-san.
Muitos Imortais vinham em nossas direções. Kakashi-san combateu todos, atirando kunais, arremessando shurikens.
- Elemento Madeira: Árvores Carnívoras!
Do chão nasceu arvores imensas cheias de espinhos venosos que acertavam os Imortais provocando suas mortes.
Sem perceber senti o sangue na minha boca. Uma kunais perfurar um pouco abaixo da nuca. Estava morrendo.
- Malu! – Gritou Kakashi-san.
Uma nuvem escura preencheu meus olhos. Não escutava, nem sentia mais nada.

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Capitulo 15 – Despertar.

“Onde Estou?”
Abri os olhos lentamente e observei ao meu redor. Estava deitada sobre os campos de Falcão de baixo de um sol forte e a brisa suave tocava meu rosto.
Levantei-me, caminhei vagarosamente admirando aquela bela vista. Os campos verdes eram eternos e cheios de vida. Ouvi vozes:
- Vamos brincar! – Vozes de crianças.
Não muito longe, crianças brincavam felizes, elas me pareciam muito familiares. Aproximei-me delas, ao perceberem minha aparição recuaram.
- Não queremos brincar com você! – Disse uma menina.
Eu reconhecia aquela garotinha, era ninguém mais que Birô. Estava ao lado dela, fugindo de mim todos aqueles que hoje eram seus amigos.
Cada criança seguiu para uma casinha aonde os braços aconchegantes dos pais os recebiam. Eu me não entendia muito bem, mas reconhecia cada casa. A última era a minha, onde eu vivia solitariamente apenas com as fotos de meus pais. Caminhei até a pequena casa desgastada e feia. Abri a porta e sentei na dura cama. Ao lado direito a mais amada foto que eu possuía, meus pais me carregando quando bebê.
Alguém bateu na porta:
- Licença, Malu.
Era a anciã, ela sempre me fazia visitas, para ver se estava tudo bem.
- Você entrará pro time Sasuke e seguirá as ordens de meu neto. Creio que já se conhecem. – Continuou a anciã.
Não respondi, ouvir aquilo me fez recordar de como eu fui enganada por todos na vila.
A anciã havia ido embora. Uma vontade de voltar a deitar naqueles campos esverdeados veio a tona. Dei uma ultima olhada na foto de meus pais, e saí da casa.
No entanto ao sair da casa tudo havia desaparecido. Agora estava tudo negro, preso em trevas. Fiquei nervosa.
- Quero sair daqui! – Gritei.
Aos meus pés uma grande poça de sangue e ao meu lado os corpos de meus pais sujos. Entrei em desespero e saí correndo. De repente senti algo agarrando meu pé. Não era apenas um, mas todos os aldeões que morreram nas mãos dos Imortais meu puxavam para uma espécie de buraco.
- Me soltem! – Entrei em colapso.
Muitas mãos me puxavam e já estavam nas minhas costas até que vi uma luz branca forte. Estendia a mão para mim Kakashi-san:
- Agarre minha mão! Vou salvar você! – Gritou ele.
Agarrei com força sua mão e ao sentir a mão de Kakashi-san algo dentro de mim pulso forte. Jamais sentira algo com aquilo. Meu chakra havia sofrido alguma transformação e ficou mais poderoso. Tudo estava diferente em mim, tudo. Voltei a mim e abri rapidamente os olhos.
Os Imortais que antes nos atacaram estavam mortos no chão, porém o líder deles estava de joelhos no chão com a mão no coração, sangrava muito.
- Que ser anormal você é, hein pirralha?
Eu não entendi exatamente o que aconteceu ali, mas instantes depois o homem cicatrizado morreu por falta de sangue.
Procurei Kakashi-san, estava preocupada, onde ele estava?
- Malu.
Kakashi-san estava parado afastado atrás de uma rocha. Parecia muito surpreso, nunca vi aquela expressão em seu rosto, parecia até que estava com medo, e de mim.
- Você está bem? – Perguntou ele.
- Sim, o ferimento em minhas costas estancou. – Falei.
- Você não se lembra? – Continuou Kakashi-san.
- Lembrar do que? – Perguntei.
- Quando foi atingida pelas costas, caiu no chão. Estava sangrando muito e achei mesmo que ia morrer. Quando me aproximei de você e gritei seu nome, você levantou bruscamente e pegou minha kunai, você matou em 2 minutos, 60 Imortais.
- E-eu o que? – Perguntei com o coração disparando.
- É isso mesmo. Olhe para seus olhos neste espelho.
Kakashi-san retirou de seu bolso um espelho usado em batalhas ou em infiltrações e me deu.
Ao olhar o espelho meus olhos que eram tão negros estavam agora prateados que refletiam o luar e com uma espécie de Sharingam. Meus olhos estavam com um Sharingan Prateado.
- O que aconteceu comigo Kakashi-san? Eu matei todos esses homens barbaramente. Que tipo de monstro sou? – Falei em tom de agonia.
- Você despertou em ambos os olhos Sharingan e Byakugan, você até usava os dois estilos com técnicas super avançadas. E não fale besteiras, você acabou de salvar nossas vidas! Os Imortais não merecem compaixão, principalmente de você!
Nada daquilo me acalmava, estava me sentido uma assassina bárbara e agachei com as mãos na cabeça em desespero.
- Se acalme, você não deve ter medo ou vergonha de ser essa incrível shinobi, você acaba de despertar o Sharingan e Byakugan juntos!
Kakashi-san retirou as minhas mãos da minha cabeça e as segurou forte olhando em meus olhos.
- Mas posso dizer que você tem olhos negros lindos.
O Sharingan Prateado desapareceu e no lugar meus olhos negros e cheios de lágrimas apareceram.
- Temos que ir, logo muitos Imortais estarão aqui, e isso não será bom.
Kakashi-san me ajudou a levantar e então corremos para dentro da floresta.