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[ANTIGO] The Avengers

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The Avengers
Capítulo 28 - Morte e Guerra.

A batalha final e decisiva chegara. Em Yuki, meu dócil e majestoso eqüino, conseguia sentir as vibrações dos pesados pés dos soldados shinobis atrás de nós. A cada passo uma vida se dirigia para a provável morte mais não a impossível vitória. Eles preparavam suas armas já que estávamos a menos de 200 metros dos inimigos odiosos. Chocaríamos com eles por uma chance de liberdade e vingança. Eu certamente, não desejava meu fim e nem o de ninguém.
- Vamos acabar com eles! – Gritava Minato à frente de todos.
- Sim! – Gritavam todos os soldados inclusive os próprios kages.
Estávamos agora a menos de 100 metros, se não 50. A esse ponto não temia a minha nem a morte de meus inimigos. Mas não queria que nenhum companheiro a quem eu estimasse tanto morresse diante de meus olhos. Eu não apenas lutaria por mim, mas por todos.
- Agora! – Mais uma vez grita Minato.
No instante em que a palavra de Minato alcançou meus ouvidos, o estrondo como de um trovão surgira. O choque de Imortais, todos absolutamente oito mil indivíduos, contra os nossos dois mil soldados foi ensurdecedor.
Em cima de Yuki, eu consegui ter uma visão melhor do que estava acontecendo. Mesmo numerosos, os Imortais não eram habilidosos. Eu pude ver alguns Nórdicos matarem inúmeros imortais em questões de minutos. Sem dúvida, nossos inimigos não poderiam ter sido chamados de poderosos e sim de infinitos. Quando mais se matava, mais apareciam para nos atacar. Doía ver os nórdicos sendo atacados pelos Imortais, era algo abominável.
Tirando meus olhos dos soldados a quem eu nunca conhecera, olhei para Sasuke que estava a uns cem metros longe de mim. Em cima de seu negro cavalo, e com sua lança e espadas, matava em alguns instantes, centenas de Imortais. Pude ver seu rosto, contorcido e olhos opacos. Eu talvez não compreendesse direito, mas matar os Imortais para ele também era difícil.
Quanto a mim em cima de Yuki, era estranho porque nenhum Imortal se aproximava. Eles me evitavam. Talvez tivessem medo de meus poderes. Não tinha uma explicação plausível. Eu pensava que seria a primeira a quem eles atacariam. Isto não estava acontecendo, eles mantinham uma distancia considerável de mim.
- Eles estão vindo. – Ao lado de nós, ensangüentado dos pés até a cabeça, Minato com o rosto completamente manchado de sangue por suas vitimas inimigas, olhava para frente de nós com os olhos em chamas.
Ao virar para onde Minato olhava, eu e Sasuke percebemos Naruto, C e Itachi caminhando em grandes cavalos espectrais de olhos vermelhos e patas pesadas.
- Nossa batalha particular está chegando. – Ao meu lado esquerdo, parada e com os olhos iguais a de Minato, Cacau falava. – Vamos acabar com eles.
- Sim. – Sussurrou Sasuke olhando seu irmão sem compaixão.
Eles continuavam a caminhar em nossa direção. Com os olhos presos em seus adversários.
- Malu. – Novamente Sasuke. – Apenas observe, creio que nenhum Imortal vai vir atrás de você, então melhor você mesma ir atrás deles.
- Sim, não vou ficar de fora. – Deixei os três esperando seus adversários e saí a galope rápido com Yuki. Uma ultima olhada para trás percebi a luta começando, Minato e Naruto foram os primeiros. Devia ser difícil para Minato encarar e provavelmente matar seu próprio filho.
Ainda em galope rápido percebi o quão longe os Imortais e Nórdicos assim como Jiraiya, Neji e meus antigos amigos de Falcão estavam.
- Yuki. – Ao pronunciar seu nome, o gracioso cavalo levantou suas orelhas e seus grandes olhos e intensos viraram-se para mim. – Quando chegarmos perto deles, por favor, me deixe e volte para Yushin. Com você, não conseguirei usar meu poderes.
Relinchando baixo entendi sua resposta afirmativa e aumentou o passo de seu galope, era inacreditável sua velocidade.
Há apenas alguns metros Yuki parou e desci de suas costas e ele partiu a um galope rápido em direção de volta à Yushin. Virando-me para minha batalha, preparei meu chakra Shin. E ele se apoderou de meu corpo. Pude sentir o poder fluindo. Meus olhos despertaram.
- Vamos, está na hora da aniquilação de vocês. – falei ao vento.
Percebendo minha presença, um Imortal chamara mais dezenas consigo. Eles vinham em minha direção com suas armas ensangüentadas.
- Chegou a hora de honrar o destino a quem me foi reservado.
Depois de minhas ultimas palavras, acumulei em minhas duas mãos o chakra Shin. Eu não os temia assim como não temia minha morte. Este era meu destino.
Parecia mais uma dança e eu era a protagonista. Os Imortais, meus ajudantes. Era surpreendente a facilidade que eu sentia em purificá-los. Uma após a outra suas almas saiam de seus corpos como nuvens brancas que infestavam a atmosfera gélida. Eles não me tocavam. Eu não os dava tempo. Era como se eu controlasse seus movimentos rudes e abertos. Mas a infinidade de Imortais me assustava. Meus pés não paravam de se mover e minhas mãos tocavam inúmeros corpos sem parar, até as nuvens brancas começavam a embaçar de tantas.
A grama estava gelada e com meus pés descalços, sentia o frio percorrendo meu corpo. Era gostoso. O calor dos meus movimentos eram refrescados ao toque de meus pés ao solo. Eu não parava. Sem hesitar purificava todos aqueles seres grotescos de feridas no rosto e cheiro ruim. Cada um carregava uma arma diferente e armadura iguais. Usavam capacetes que só cobriam a cabeça e o contorno nos olhos e com o emblema deles, o emblema de uma mão. A Mão Imortal. Era para eles como um Falcão ou um Dragão para o Norte. Abaixo do pesado e preto capacete eram descobertos o nariz e a boca finos e estranhos com varias diferentes cicatrizes cada um. O pescoço também não era protegido, talvez para deixar com que os Imortais respirassem melhor. O peito assim como a barriga, braços e pernas inteiras eram cobertas por espessas e pesadas armaduras de aço ou quem sabe titânio. Tirando as mãos e os pés aos quais permaneciam nus sem a presença de qualquer proteção. O jeito mais fácil de eu matá-los era tocando o pescoço.
No meio de minha suposta dança ouvi o som da batalha de pessoas conhecidas próximas a mim. Minato e Naruto estavam a menos de cem metros perto de mim e lutavam. Minato aparentava mais ferido e canssado que seu filho, o qual as manchas de sangue eram muitas, mais provavelmente eram as de seu pai.
- Desista. Você não tem a força para me matar. – Dizia calmamente Naruto que matinha o olhar e feições sérias e calmas.
- Eu não morrerei até lhe tirar a vida. Assim como a lhe dei, tirarei de você! – Arfando, Minato encontrava dificuldade nas palavras.
- Preste atenção bruxa de olhos de prata! – Um Imortal atrás de mim vinha com um lança com um machado na ponta com grande velocidade. Apenas olhei-o sem diferença.
- Pensei que estaria com aquele imbecil do Kakashi. Soube que ele saiu quase morto pelo meu general, Itachi. Disseram que era de cão guarda-costas. Hahaha, fracote!
- Pode-me xingar de tudo. Mas não ouse pronunciar ou se referir a ele desse jeito! – Eu fiquei irada com a colocação do maldito Imortal. Sem usar meu estilo Shin, retirei de meu bolso que ficava na minha coxa direita, uma longa e fina faca que estava fechada por uma bainha com o emblema de minha vila. Retirando-a, com muita força enfiei a faca no pescoço do inimigo. O sangue acabou jorrando em meu rosto. Ele caíra duro no chão. Imóvel, apenas seus lábios moveram-se.
- Vejo que gosta de jorrar sangue. Pensei que a pessoa da profecia era alguém extremamente pura, que se negava a utilização de armas e o derramamento de sangue. Você é uma farsa! – cuspiu ele que quase me atingiu.
- Fale o que quiser. Mas não ache que eu deixarei impune alguém que fala de mais como você. – Retirando a faca, ele parara de falar e morreu no solo ensangüentado.
Sai de cima de seu nojento corpo. Voltei meu olhar para a luta de Minato e Naruto que ainda continuava. Minato parecia ainda mais prejudicado, cuspia sangue de sua boca. Perguntava-me se deveria ajudá-lo, mas hesitava por achar que feriria seu orgulho.
- Desista. Não me faça matá-lo. Prefiro que alguém o faça. – Afirmou Naruto que não apresentava cansaço.
- Não quer você mesmo matar seu pai? – Sorriu um pouco Minato, com sangue nos dentes.
- Eu queria matar alguém forte, digno de ser chamado de meu pai. Mais você é um fraco, merece ser chamado de lixo. Mas você é pior que isso.
O ódio e desprezo me controlaram, eu estava prestes a ir ao pescoço de Naruto e arrancar-lhe a cabeça. Mas fui impedida.
- Não me segure, Jiraiya-sensei! Ele merece algo pior que a morte! – Eu gritava com Jiraiya que estava à minha frente.
- Ele matará o Naruto, espere para ver, afinal ele também foi um de meus pupilos. – Falando baixo, ele virou-se para ver seu antigo aluno.
Na luta entre pai e filho, Minato parou e olhou para o céu naquele instante azulado e negro. As estrelas iluminavam o campo de batalha e seu rosto. Ensangüentado, mas o sorriso aberto. Fechou os olhos. Gotas de chuva agora faziam o cenário. As finas mas infinitas gotas tocavam não só o meu e o corpo de Jiraiya, mas fez com que o rosto de Minato, parecesse chorar sangue. Pingando em todo seu corpo ele continuava a sorrir para céu, embora chovendo, não estava nublado.
- Desculpe-me Kushima, minha falecida esposa. – Saindo de sua pose e parando o sorriso ele tornou suas feições sérias. Olhou profunda e intensamente para Naruto, seu único e próprio filho.
Em grande velocidade, que mais parecia um trovão no solo, Minato correra em direção ao Naruto.
- Ele vai usar aquilo. – Afirmou ao meu lado Jiraiya.
Eu não conseguia tirar meus olhos daquela velocidade toda. Era inacreditável e impossível. Assim como sua velocidade, o ataque de Minato também fora ensurdecedor e tinha a forma de um trovão. Uma fumaça surgira diante de nós. Era formidável.
- Ele conseguiu. – Afirmou novamente Jiraiya.
A fumaça ainda era densa, não conseguíamos ver nada, mas aos poucos foi se dispersando.
- Não vejo nada. – Afirmei para mim mesma.
Aos poucos conseguíamos ver o resultado do ataque, mas foi o pior possível.
- Eu disse, você é fraco. – A voz de Naruto planou no ar.
- Como pude ter criado um filho assim? Eu merecia apenas a morte mesmo, por ser pai de uma existência tão desprezível. Fico feliz por Kushima não ver isso.
A mão de Naruto perfurara o peito na altura do coração de Minato. Eu conseguia ouvir o sangue caindo pesadamente. Os olhos de Minato já haviam se fechado quando eu olhei. Morto, pelo seu filho.
- Você é a próxima, Tenshin dos Olhos de Prata. – Seus olhos tão azuis quanto os de Minato me fitavam ferozmente.
Não me movi diante da situação assim como Jiraiya. Estávamos perplexos de mais para compreender ou admitir. Aos poucos caminhei até o ocorrido. Jiraiya agora segurava o corpo de seu antigo pupilo. Embora escondido pela chuva ele também chorava, assim como eu.
- Por favor, não venha. – Orava por ele na minha mente, aquele a quem eu mais temia a vida.

Última edição por Malu em Ter 13 Jan 2009, 17:12, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : ops, muitas sign! xD)

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The Avengers
Capítulo 29 - Através do Amor.

Seu sangue não parava de escorrer pelos braços fortes de Jiraiya. Nossas lágrimas não cessavam. Perder Minato foi muito forte.
- Vou levá-lo para longe do campo de batalha. – Soluçava Jiraiya levantando com seu pupilo nos braços.
- Sim, quando a guerra acabar, vamos realizar um funeral digno. – Enxugava as lágrimas misturadas com as poucas gotas que ainda caiam. O céu parara de chorar.
Com o corpo erguido e ainda o sangue de Minato pingando no chão agora molhado e ensangüentado, Jiraiya seguia para longe.
Os Imortais lutavam distantes com os Nórdicos. Pisando forte e rapidamente, mas sem correr, segui para onde se matavam.
- Não vai ser agora que vou parar. – Falava novamente para o vento gelado.
Já estava perto deles. Novamente comecei meu ritual de purificação. Novamente a nuvem de fumaças brancas tomou conta da paisagem, foi quando percebi um desastre.
- O-oque está acontecendo? – perguntei a mim mesma.
No meu horizonte, vi uma paisagem drástica. Centenas de Nórdicos, mortos e ensangüentados no chão ensopado.
- T-tenshin...
Uma voz vinha ao fundo. Ao me virar para onde ouvia a voz, me deparei com um soldado caído com vários cortes em todo o corpo.
- Espere, vou ajudá-lo! – Me dirigi rapidamente para o homem. Ele segurou uma de minhas mãos com seus dedos manchados.
- Por favor, salve nosso mundo! – Sua voz falhava e seus dedos relaxaram. Embora seus olhos ainda estivessem abertos notei que falecera.
- Vou fazer qualquer coisa para não trazer mais sofrimento a todos nós. – Após minhas ultimas palavras fechei os olhos do falecido homem com minha mão.
Levantei e olhei para todos aqueles corpos dos homens que lutavam não só pela sua própria liberdade como a de todos. E avancei para continuar a purificação desse seres nojentos e odiosos.
Eu seguia sem parar aonde quer que apareçam Imortais, e assim os purificava. Não sei por quanto tempo ou quantos purifiquei, mas parecia que o inimigo e a guerra estariam longe de acabar totalmente.
- Vamos Itachi, pensei que era mais durão! – Ouvi uma voz as minhas costas.
- Hahaha, se enxergue aniki. Sua morte está próxima! – Ao me virar, notei Sasuke e seu irmão mais novo, Itachi lutarem entre si.
Eles estavam a uns 200 metros mas podia ouvir claramente o que falavam, pois gritavam aos ventos com insultos de um para o outro.
- Não morrerei até acabar com você! – Sasuke gritava.
- Acabei de receber um sinal. Parece que meu rei matou o kage Minato.
Sasuke parou ao ouvir a tragédia. Não piscou ou se quer falou ou se moveu.
- Mais um motivo para acabar com você e com todos os outros merdas dos Imortais! – Sasuke gritava com muita força.
Itachi ria de suas palavras. Ria com deboche. Com desprezo. Isso não era coisa que se faça em uma luta como aquela.
- Eu vou acabar com sua raça veado! – Sasuke ficara irado, e descontava nas palavras.
- Pode vir, Sasuke Da Lamina D’água! Hahahaa! Nome ridículo! – Itachi não perdoava nos deboches.
Enquanto isso mais Imortais apareciam atrás ou diante de mim. Eu não retirava meus olhos daquela batalha Eu realmente temia por Sasuke, não podia ignorar isso.
- Não enche o saco! – Falava para um Imortal enquanto ele aparecia no meu lado esquerdo com o que parecia um arpão. Sem dificuldades, retirei e purifiquei sua alma miserável.
Eu assistia a luta deles mesmo de longe. Eles pareciam empatados, mas o estado de Sasuke parecia um pouco melhor do que o de Itachi.
- Já cansei de você! Sempre o centro das atenções dês de que éramos pequenos! Todos em Falcão te idolatravam e diziam que eu seria apenas sua eterna sombra! – Agora Itachi começava a justificar sua vontade de matar seu irmão mais velho. Ele mais parecia querer afirmar para si próprio.
- Pare com essa merda toda! Você é tão fraco que preciso abandonar a vila para mostrar que era forte! Sua existência é fraca, e nunca vai admitir isso!
Itachi não se conteve. Partiu numa velocidade impressionante. Pude notar uma sutil diferença em seu Sharigan que igualmente ao de Sasuke já estava no nível três.
- Vou usar minha técnica suprema para acabar com você de vez! – Anunciava ferozmente Itachi que já estava de cara a um palmo de distancia de Sasuke.
- Use o que quiser! – Respondia em mesmo tom para Sasuke.
Das ultimas palavras de Sasuke aconteceu um estrondo, assim como uma bomba. Muita fumaça, não enxerguei nada. Não podia dizer se Sasuke estava vivo ou morto, mas certamente algo não estava certo.
- Olhe atentamente com esses seus malditos olhos! – A voz era de Itachi, fria e flamejante ao mesmo tempo.
A fumaça se dispersara. Pude ver algo inédito. Sasuke estava paralisado, se não congelado com seu sharigan preso em mim.
- Pare! – Gritava ele. Apenas seus lábios e olhos se moviam.
Senti um ar gelado e áspero atrás de mim, mais precisamente em minha diagonal. Parado sentia uma respiração calma, profunda e pesada. O frio toque de sua mão em meu ombro direito. Não me virei por estar paralisada de um grande e insuportável susto.
- Morra de uma vez! Vamos ver o desespero de meu irmão! – A voz de Itachi soava em meus ouvidos.
Senti novamente uma longa brisa gelada aonde se encontrava Itachi, ele acabara de retirar sua lança presa em suas costas. Sentia-a dirigindo-se a mim. Meus olhos ainda estavam presos no sharingan e rosto de Sasuke. Eu não conseguiria me fugir. Eu morreria ali, assustada.
Agora uma brisa muito mais rápida e cortante. Deu-me calafrios.
- Feche os olhos. – Uma mão gentilmente fechara meus olhos rapidamente.
- Sasuke...
- Eu realmente, amei você. Ainda amo. Espero que possa me perdoar algum dia. – Sua voz era confortante e gentil. Pude ouvir seu rosto contrair um sorriso largo e satisfeito.
- Mas o que...? – A voz de Itachi estava fraca e surpreendida.
- Vamos embora, irmãozinho... – A voz de Sasuke foi se afastando e sua mão desencostou rápida e gentilmente de meu rosto. Não pude entender rapidamente o que aconteceu. O vento atrás de mim era longo e denso. Os dois se afastaram rapidamente de mim e muito longe. Ao virar meu rosto por instinto, mas ainda com os olhos fechados, senti uma grande luz, forte e muito intensa igual a um Sol reluzente. Entretanto, a ausência do som me inquietou e atrevi a abrir os olhos diante daquela luz.
Ao abrir os olhos, a claridade predominou no cenário do meu horizonte. Com dificuldade tentava abrir mais um pouco e notei uma fita se não um lenço flutuando. A claridade terminava e consegui ver o que realmente era. Planando e caindo levemente no chão queimado e com a forma como o de uma cratera, a bandana de Falcão, com seu grande Falcão predominando em todo o aço da bandana era de ninguém mais que de Sasuke, com suas manchas de sangue de sua longa batalha com seu irmão.
- S-sasuke...
Eu caminhei até o centro da cratera que estava fria embora queimada e encontrei-me apenas com a bandana. Não havia sinal nem de Sasuke nem de Itachi. Eles simplesmente desapareceram. Eles absolutamente estavam mortos. Sasuke se matou usando uma de suas técnicas, para silenciar e destruir para sempre o rancor e ódio que tinha com seu irmão.
Eu chorava silenciosamente. Chorava, pois nunca me esquecera dele. Era difícil vê-lo desaparecer para sempre e eu não poder fazer nada. Era frustrante. Meu rancor contra ele não tinha mais sentido naquele momento. Eu desejava que ele ainda estivesse vivo para dizer-lhe:
- Sasuke ... Eu te perdôo.

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The Avengers
Capitulo 30 – O amor é frágil...porém inesquecível.

Sua bandana estava ensangüentada. A longa faixa que antes prendia em sua testa estava agora um tanto retalhada. Dobrei-a várias vezes para ter um tamanho menor assim colocá-la em um de meus bolsos na parte lateral da coxa direita. Não pude conter-me:
- Idiota ..
As lágrimas escorriam pelo meu rosto sujo. Elas não cessavam. A dor no meu coração as piorava. Era um sentimento de tristeza profunda, jamais me sentira assim. Perder alguém como ele era extremamente trágico.
Um lampejo de memórias me atingiu perfurando-me delicadamente. Já não importava as lembranças tristes. Nada mudaria o fato que eu o amava. Ele era especial de algum jeito diferente. Mesmo com sua traição e mentiras, eu jamais poderia odiá-lo profundamente com toda força de meu coração. Era impossível. A solidão agora tomava conta de mim completamente, tornando-se uma parte poderosa que crescia. Preferi morrer ali. Morrer depois dele. Eu não me agüentava com aquela dor no peito, uma dor que rasgava cada vez mais, ferindo-me da pior maneira. A morte me pareceu o melhor jeito de sair daquela situação. Fugir covardemente.
Mas com que expressão ele me receberia do outro lado? Eu seria patética se desistisse agora. Ele salvara minha vida. Minha vida seria usada para salvar outros. Minha vida seria usada para salvar apenas aquele que estava deitado ferido, quase morto, esperando que eu lhe trouxesse a vitória e a liberdade. Eu morreria assim que chegasse a hora, e aquele certamente não era o momento.
Eu estava no meio da cratera aonde ocorrera o ultimo combate de Sasuke com seu irmão e ultimo de sua vida. Ainda chorando, mesmo com a minha determinação de volta, as lágrimas não paravam. Eram teimosas de mais. Eu estava ficando com raiva delas. Raiva de mim mesma. Eu as obrigaria parar.
- Não era hora para chorar... – Afirmei para mim mesma.
Mesmo com as marcas de queimado, a atmosfera estava refrescante por causa da chuva.
- Chorando porque Tenshin? Não há espaço para lágrimas no inferno!
Algumas centenas de Imortais, certamente atraídos pela grande luz que acabara de ocorrer, chegaram e preparavam suas armas para me enfrentarem. Salivavam e com os olhos atentos e contraídos. Pressionavam suas mãos contras as armas, algumas até rangiam pela força. Pareciam realmente irritados pela morte de seu general.
- Quieta? Está esperando pela morte! Claro, vamos lhe dar isso!
- Não estou em um bom momento seus miseráveis!
Um ódio súbito surgiu e se apoderou de mim. Não teve outra. O ódio era mais alto que a razão. Comecei a atacá-los, mas não com os meus poderes, mas sim por armas. Jamais vi tanto sangue em minhas mãos daquela maneira. Foi até um pouco repugnante, mas eu estava fora de mim, a tristeza tinha se misturado com toda a raiva que eu tinha daqueles seres nojentos e asquerosos. No final, ficara eu em meio a corpos mutilados dos inimigos. O sangue dominante em minha roupa que antes em um tom violeta, agora estava um roxo escuro e horrendo.
- Malu...
Jiraiya voltara e me olhava coberta de sangue com nojo certamente. Seus olhos estavam opacos e muito arregalados como se não acreditasse no que estava vendo. Ele examinava cada corpo com olhos confusos, preocupados e repulsivos.
- Desculpe Jiraiya-sensei, eu não pude me controlar... – sussurrei baixinho o suficiente para que ele ouvisse.
Ele agora caminhava em minha direção. Os pés calçavam uma sandália pesada de madeira, mas aparentavam pesar ainda mais forte no chão, como se estivesse com medo. Seus olhos não piscavam, ainda tinham um tom opaco. Suas mãos enrugadas pairavam no ar tentando me alcançar, mas elas ainda eram hesitantes. Cada passo, um movimento cauteloso.
- Malu.. – Em pouco tempo ele chegara até mim, agora seus olhos eram suplicantes. Eles tinham pena, pena de mim.
- Jiraiya-sensei... – falei bem baixo.
Em um movimento gracioso e cauteloso ele envolvera-me em seus braços, abraçando-me amavelmente. Era um abraço de reconforto.
- Sensei!! – Mesmo ao ouvido de Jiraiya, gritei seu nome, pedindo que me salvasse. Era terrível viver com aquele destino, mesmo que para o bem do resto da humanidade.
Ficamos ali parados por um tempo. Em seu abraço, eu agarrava fortemente sua cintura, evitando tocar em seus pergaminhos. Era tão confortante, me senti em paz em meio aquela guerra.
- Tudo vai acabar bem, o sofrimento logo acabará. – confortava-me ele enquanto se desfazia seu abraço.
Não sabia se acreditava ou não. Algo alfinetava minha mente dizendo-me que de alguma forma, algo iria dar errado.
- Eles estão aí. – Jiraiya-sensei virou-se para leste e preparava-se para lutar, retirando de suas costas duas grandes adagas com entalhes de sapo.
- Vamos! – Sorri para Jiraiya, agradecendo-o pelo carinho e logo me preparei. Novamente a energia circulava. Os olhos já despertaram e tão prateados quanto antes, eu sentia isso. O poder do chakra já estava em minhas mãos e em todo meu corpo.
Jamais vira tantos Imortais agrupados, apesar de desorganizados. Eles vinham correndo, descontrolados. Alguns eram enormes, gigantes aos meus olhos. Eles carregavam armas gigantescas e afiadas, podia-se ver o brilho das laminas muito bem preparadas.
- Teremos alguma diversão com esses grandalhões. – Brincou Jiraiya-sensei que logo disparou ao encontro dos nossos inimigos.
- Não pense em morrer em Sensei! – Avisei-o.
- Ainda sou jovem! – Brincou novamente.
- Claro que é! – Eu estava lado a lado com o sensei, e seguíamos rapidamente preparados para a luta.
A dança começara novamente. Meus pés moviam-se livremente por entre os Imortais. Apenas ao toque eu os purificava. A sensação com certeza era muito melhor do que matá-los com armas. Minha consciência não ganhava peso.
Os grandes se aproximavam de mim, surpreendi-me com o enorme corpo, eles tinham com certeza uns 10 metros.
- Heeee! – gemia um deles, salivando para todos os lados. Ele parecia ter uma mente complicada, pensamentos incoerentes. Ele não demontrava medo, angustia, dor ou qualquer outro. Ele apenas tinha vontade de lutar. Que existência miserável, só me restava ter pena de uma alma como aquela.
- Sinto Muito. Você parece ter sido criado apenas para matar e não para viver. Darei-lhe o julgamento. E o veredicto é a purificação, vá em paz.
Contornando seu corpo fiquei atrás dele. Com um salto cheguei a uma altura de suas costas nuas. Ele não tinha nenhuma armadura, vestia roupas podres e muito rasgadas. Suas feridas eram profundas em suas costas, parecia que fora torturado. Certamente para controlá-lo. Que seres mais asquerosos eram os Imortais. Mais precisamente, Naruto. Gostaria de ter detonado o rosto angelical dele. Vê-lo em minha mente me provocava enjôo.
Em um movimento inesperado, o monstro virou-se antes de eu poder tocá-lo.
- Bleeee! – Gemia novamente.
Com o machado na mão ele preparava-se para ferir-me. Mas era previsível demais, não tinha como eu não desviar de um ataque daquele.
- Fácil.. – Pensei comigo mesma.
Mas chocou-me quando novamente o monstro movimentou-se para mais um encontro. Ele girara 180° e em sua outra mão possuía um grande pedaço de madeira com espinhos grossos e afiados.
- Malu! – Ouvi os gritos de Jiraiya embaixo de mim. O movimento do gigante foi tão rápido que eu ainda pairava no ar.
Ele atingiu minhas pernas, mas apenas um dos espinhos atingiu minha coxa direita. Senti a dor. A carne perfurada era uma das sensações mais horríveis de se presenciar. O sangue escorria, eu pude ver talho profundo.
- AI! – Gritava por dentro de dor.
Eu ia de encontro ao chão. Pelo salto que eu dera, seria uma queda em tanto.
- Peguei você! – Não era Jiraiya, Neji estava ali e me carregava antes de tocar ao chão em seus braços fortes.
- Neji! – Surpreendi-me com sua chegada, ele estava bem machucado no rosto e aparentava uma exaustão forte.
Em alguns segundos ele já havia me posto no chão. Pensei que lhe causava repulsa tocando-me daquele jeito, mas acho que estava exagerando, como sempre.
Ainda havia Imortais para lutarmos. Neji não me deixou nenhum para purificar, em algum tempo matou dezenas com seu estilo exuberante dos Hyuuga.
Jiraiya terminara com aqueles que estavam próximos e me observou aliviado.
- Neji, veio na hora certa! Vamos ver este machucado. – disse ele examinando a grande ferida que ficara em minha coxa.
- Esta doendo muito, mas posso lutar ainda. – afirmei.
- De jeito nenhum! Vamos curar você antes. – Jiraiya olhava irritado para mim, como se a minha vida fosse mais importante que a guerra em si.
Jiraiya mandou piscadelas para Neji que entendeu que havia um trabalho ainda a ser feito, o que não podia me deixar mais constrangida.
- Eu curo você em alguns instantes, não parece tão ruim sua ferida.
Neji pusera suas mãos brancas e um pouco chegadas na minha coxa onde estava o machucado, me arrepiei que logo foi suprimido pelo meu constrangimento. Sem duvidas, ele é um rapaz lindo. Sua seriedade com o tratamento me deixou lisonjeada. Seria ele de alguma forma, meu primo? Certamente parte de seu sangue corria em minhas veias, ele era dos Hyuugas assim com minha mãe, Hanabi.
- Sei que não é o momento oportuno, mas você teria algum parentesco comigo? – Ele parecia tão soberano, que me fez querer usar a máxima de formalidade que eu conseguisse. O que não era muita, fato.
- Pensei que nunca iria perguntar, prima. – corei ao ouvir suas palavras. – Hanabi era irmã mais nova de meu pai.
- Agora que pensei nisso. Uchiha Sasuke também teria alguma relação familiar de sangue comigo? – Eu temia a resposta.
- Mesmo que seu sangue também tenha poderes e linhagem Uchiha. Sasuke era muito distante de você, em relação de sangue. Certamente nenhum sangue dele está em você e vice-versa. – aliviei imediatamente.
- Por falar nisso, preciso discutir algumas coisas com Sasuke, sabe onde ele está?
Neji tocara em minha ferida aberta e que ainda sangrava.
- Ele está morto. Morreu junto com Itachi. Nasceram irmãos, morreram inimigos.
Lembrei do grande ataque de Sasuke, a claridade branca ainda estava nítida em minha mente.
- Sasuke deve ter desejado do fundo do coração ter morrido com seu otouto. Afinal, se ele o odiasse a tal ponto como aparentava, ele o mataria e não morreria junto dele. Isso foi uma revelação de afeto, mesmo Itachi ter causado tanta dor a tanta gente. Sasuke queria perdoar todos os pecados de Itachi, e pedir perdão por não ter protegido seu irmão de tanta maldade. A morte em conjunto foi a decisão. Ele devia ter planejado isso dês do momento em que Itachi virara um Imortal. Itachi jamais teria coragem para matar o irmão mais velho, lembro-me bem quando eu mesmo encontrei Sasuke com seu olho ferido. Ele estava inconsciente, poderia ter sido morto facilmente, mas foi apenas derrotado. Itachi ainda sentia ternura e compaixão por seu irmão.
As lágrimas saíram involuntariamente.
- Eu jamais pude ver através de você. – pensei.
Limpei as lágrimas do rosto. Depois das revelações de Neji, minha feria estava curada como se nunca eu a tivesse conseguido. Que técnica! Ou seria tão simples curar um ferimento na carne? Estava doendo muito, mas certamente não era tão funda.
- Pode levantar? – Perguntou Neji gentilmente me erguendo a mão para me ajudar a levasntar.
- Claro primo! – Sorrimos.
- Vamos voltar à guerra, por favor? – Jiraiya parecia impaciente. – Há soldados precisando de nossa ajuda.
- Sim, vamos lá. – Peguei a mão de Neji e delicadamente me ajudou a levantar.
Estava um pouco tremula minha coxa antes ferida, mas poderia correr adequadamente com ajuda de chakra.
Durante o caminho percebemos que o numero de Imortais começava a diminuir drasticamente e avistamos guerreiros nórdicos, embora cansados, não estavam tendo problemas. Seguíamos para o Norte na esperança de encontrar Cacau, talvez devêssemos ajudá-la com C, o maldito traidor.
- Malu! – gritou uma voz a nossa esquerda bastante familiar.
- Fran! – gritei de volta ao avistá-lo a poucos metros.
Quando chegou bem perto parou e se apoiou sobre os joelhos, soava muito e estava incrivelmente sujo, mas não estava ferido.
Fitando o chão apontou para leste.
- Cacau está lá! A batalha estava muito perigosa para ficar próximo e percebendo me mandou embora. Ela parecia que ia usar algum jutsu proibido contra C. Vão atrás dela, por favor! – Ele ainda encarava o chão, me perguntava se ele estava chorando.
- Certo Fran! Vamos imediatamente, não estou com uma boa impressão sobre isso. – Afirmei à todos.
Praticamente voamos para leste e podia sentir grandes vibrações de chakra. Estava preocupada. Se algo acontecesse, não imagino o que me aconteceria.
- Nossos poderes parecem estar igualados. Ficaremos aqui pela eternidade. – Podia ouvir C ao longe enquanto avançávamos cada vez mais para Leste.
Em poucos instantes avistamos os dois em batalha.
- Ah claro. Não me compare com lixo como você! – Gritava irritada, Cacau.
Ela estava imunda sem duvida, e tinha uns cortes na testa, nariz, queixo fora nas coxas e braços que estavam nus, suas roupas que as cobriam foram retalhadas, notei os destroços perto dos meus pés, trazidos pelo vento.
Cacau inesperadamente fechou os olhos, C a encarava confuso mesmo assim arrogante.
- Pensando em algum jutsu especial?
- Se eu pensar muito, não vou me divertir com você. Você morrerá muito rápido, onde estaria a graça? - Debochava.
- Interessante. Pense o quanto quiser, nada vai adiantar. – Provocou C.
Cacau abriu os olhos rapidamente, levantou um pouco até a altura um pouco acima do quadril. E começou a realizar selos estranhos e muito rápidos.
- Pena, minha amiga chegou. Vamos nos atrasar para fazer as unhas. – Cacau estava demasiadamente irônica. Me fez rir ao imaginar a situação.
Em uma de suas mãos uma quantidade de chakra ficou na palma girando em forma esférica. Parecia um tanto fraco.
- Com essa coisinha vai me matar, amor? – Não compreendi as palavras de C, embora em tons de deboche, parecia alguma verdade enterrada no fundo delas.
- Ahh bebe. É pra fazer cócegas do outro lado. – Anunciou Cacau. O mesmo tom de C mesmo assim parecia que havia algum mistério.
A esfera giratória em sua mão cresceu um pouco e ficou enorme. Ela levantou o braço direito onde o jutsu se encontrava.
- Pode vir, minha linda! – C parecia ainda mais debochado, mas sem duvidas, a cacau era linda.
- Espera que eu to indo amor da minha vida! – Eu estava ficando assustada com a situação. Parecia teatro de comédia, com um profundo amor e ódio com toque de ironia. Fascinante.
Cacau começou a se mover. Rapidamente, nossa espetacular! Ela estava chegando muito perto de C.
*BUUM*
Um estrondo como o de uma tarja explosiva. A fumaça cresceu de onde se encontravam os lutadores. Eu estava empolgada ao mesmo tempo preocupada com a situação de Cacau. Por favor, meu Deus, proteja-a por mim.
A fumaça se dissipou. Cacau estava em pé com o braço direito esticado na barriga de C. Ele tinha um rombo enorme na barriga. Nem mesmo sangue escorria ou jorrava, certamente estava morto.
Cacau saiu de fora do campo de batalha, rosto baixo. Senti que estivesse arrependida pela morte de C que caiu e fez um baque assustador no chão.
Eu fui até ela sem hesitar.
- Cacau? – cheguei rapidamente, estava nervosa.
- Maluuuu! Por que ele fez isso comigo? Meu amor não parecia suficiente para ele! – Cacau chorava nos meus abraços, e nos ajoelhamos para ambas descansarmos.
- Então C, era o amado dela e ela o dele. – Pensei. – Mesmo assim que egoísmo e crueldade de C. Fez isso por apenas poder. O poder do amor entre Cacau e ele certamente era muito mais poderoso que qualquer poder podre dos Imortais. Mas sinto como se ele estivesse arrependido e tivesse aceitado a morte que Cacau lhe dera.

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The Avengers
Capitulo 31 – Aniquilação.

Ela ainda chorava em meus braços. Apertava-os com muita força como se não os segurasse eu de alguma maneira sumiria dali e a abandonaria. Eu cerquei-a em um aperto delicado e amável. Não podia relaxá-los, como se eu o fizesse ela se despedaçaria na minha frente. As lágrimas não paravam de derramar de seus olhos castanhos vivos.
- Cacau... – sussurrava devagar para acalmá-la.
Ela não falava, mas podia sentir que ela me escutava atentamente.
- Aquele golpe era previsível de mais, facilmente alguém teria escapado. – Um de seus soluços foi mais alto e ela parara de gemer. Entretanto, seus punhos ainda estavam fechados fortemente em meus braços.
- O que quer dizer? – Hesitante e soluçando Cacau apertou mais forte os punhos.
- Você sabe. Aquele tipo de ataque é muito direto. Muito simples de se desviar. C teria se safado facilmente. E por que ele não fez isso? – Falei o mais devagar possível para que as palavras não saíssem ásperas sem a minha intenção.
- Por que ele não fez isso? – Repetiu Cacau aos sussurros.
- Simplesmente por que ele queria redimir-se de seus pecados. Lutar com você o mostrou isso. Você era a pessoa, a existência mais importante para ele. E como punição por ter ferido seus sentimentos ele decidiu que as suas mãos os livraria do pecado. A morte certamente foi a salvação para sua alma. Em outras palavras, você o salvou.
Ela relaxou os dedos até soltar a minha roupa. Levantou devagar a cabeça e pude ver seu rosto um tanto sujo. Seus olhos eram suplicantes e brilhantes por causa das lágrimas.
Ela delicadamente se ergueu em pé desfazendo-se de meus abraços. Enxugou as lágrimas com as costas das mãos, e me olhou:
- Sério, eu te amo amiga! – Jogou-se novamente em meus braços, tive que fazer um pouco de força para não cair no chão.
Ficamos rindo com aquela situação e enquanto isso, Jiraiya e Neji vinham em nossa direção aparentando satisfação.
- Vamos, não podemos mais perder tempo. Há muitos Imortais ainda. – Neji embora calmo, sua voz aveludada era tão fria quanto o gelo.
- Não seja tão rude! Elas passaram por maus bocados! – Repreendia Jiraiya.
Neji deu de ombros e seguiu a frente de todos. Andávamos de volta para onde encontramos Fran pela ultima vez. Não demorou muito para encontrarmos um dos campos mais sangrentos que já vimos em todas nossas vidas.
- Meu Deus... – Guaguejou Cacau, seus olhos passavam rapidamente para todos os lados.
- Vamos, tem alguma coisa errada. – Anunciava hesitante Jiraiya
Estávamos todos nervosos e inquietos. Percorremos quilômetros e mais quilômetros e só encontrávamos corpos de ambos os lados. Era assustador, o sangue estava por toda parte. Pedaços de corpos, roupas, armas quebradas e ensangüentadas. Era terrível olhar aquela cena.
- Por que não encontramos ninguém? – Embora calmo, a voz de Neji era nervosa.
- Espere, posso ouvir ruídos de alguma batalha... – Anunciou Jiraiya.
- Estou ouvindo, vem do Norte! – Concordou Cacau e logo nos viramos para o Norte.
O barulho agora estava nítido. Eram chicoteados de armas, o baque de escudos e o som de flechas.
Não demorou muito para enxergarmos o que estava acontecendo. Havia centenas de Imortais e Nórdicos lutando entre sim, o jorrar de sangue era continuo.
- Vamos ajudá-los! Estou indo! – Cacau estava agitada. Aquela cena certamente a deixava aflita.
- Espere, Cacau-san! – Mesmo Neji gritando seu nome, Cacau já estava afastada.
- Volte Cacau! – Gritei também preocupada com a avaliação de Neji.
Um vento denso e comprido voou ao meu lado. Eu pude ver Jiraiya disparar para onde Cacau estava que continuava a correr para ajudar os demais nórdicos.
Num instante ele a agarrou. Mesmo de longe foi uma cena assustadora. Uma enorme esfera, gigantesca. Os olhos azuis mesmo distantes me encaravam frios ao mesmo tempo incandescentes. Na palma da mão de Naruto levitava a grande esfera. Era uma imensa e densa esfera de chakra que fazia um ruído agudo e comprido.
- Vamos ver se consegue me impedir agora. – Pude ouvir sua voz em minha cabeça.
Involuntariamente estendi a mão para onde a esfera estava. De alguma maneira algo dentro de mim me dizia que aquilo era extremamente perigoso. Algo aconteceria de maneira trágica.
- Não! – Gritei.
Meus esforços foram em vão. Aquelas centenas de soldados que ali batalhavam em sua maioria de Nórdicos, foram exterminados por uma explosão de chakra que os corroia. Pude ouvir o grito de horror de todos em minha cabeça. Coloquei fortemente as mãos nos ouvidos e baixei a cabeça, sentia que minha mente seria estraçalhada por todos aqueles gemidos e gritos de dor.
- Fraaan! – Ouvia Cacau ao meu lado esquerdo agachada e segurada por Jiraiya que a impedia de seguir em direção a explosão. – Nãooo! Deixe-me! Fraaan!
Ela gritava desesperadamente e sua voz foi o que tomou a maior parte de minha mente. Sua dor era visível. As lágrimas dela eu podia ouvir e sentir. Pude sentir fortemente sua dor em todo meu corpo.
- Não podíamos fazer nada por eles. – A voz de Neji agora era tranqüilizadora.
- Nãão! Se eu tivesse chegado antes, podia tê-lo salvado! – Ela ainda chorava. E corria ainda mais meu coração.
- Ele está ali. – Falei com os olhos fechados. – Vou enfrentá-lo.
- Do que está falando? Não há ninguém lá. Naruto provavelmente fugiu. – Neji disse cauteloso.
- Ele não fugiria. Este vai ser o cenário de nossa batalha. A ultima batalha que acabará com tudo. – Meu coração estava ferido e vazou por minhas palavras. Mas a determinação estava presa em minha mente. Era meu destino enfrentá-lo. Mas somente eu determinaria o futuro daquele mundo.
- Deixe-a Neji. Posso sentir os poderes que emanam dela. Esta luta é apenas dela. – Jiraiya entendera o que eu dissera. Ele me olhava orgulhoso e não preocupado como de costume. Ele deixou que eu seguisse aquilo que me foi designado dês do dia em que eu nascera.
- Obrigada. – Mesmo com a dor em meu coração e meu corpo mais fraco do que jamais estivera eu caminhava para dentro do campo de batalha. Uma enorme cratera, muito maior do que a de Sasuke. O cheiro de sangue invadia meus sentidos. Eu não sorri. Eu não sabia se estava tudo bem. Eu não saberia dizer se ia acabar tudo bem. Eu apenas tinha de tentar. Afinal, estava tudo em minhas mãos. Se eu falhasse, tudo o que mais me importava se perderia pela eternidade.
Os meus passos eram leves e longos. Como se cada um deles fosse uma perda de tempo. Jamais desejava voar como desejava naquele momento. Talvez a inevitável luta e a possível derrota sufocassem.
Eu o vi ali, sentado em uma montanha de corpos. O cheiro embora insuportável para qualquer um, não me incomodava. O odor de sangue era inquietante.
- Olá Tenshin! Veio visitar seus amigos? – Naruto olhava-me curioso. – Não se importa de eu conhecê-los não é?
- Saia daí antes que eu o destroce! – Minha voz já estava alta. Todos naquela pilha eram nórdicos ou parte deles.
- Não se exaulte. Seu amigo Fran é um ótimo shinobi. Quase me atingiu. – Os olhos de Naruto seguiram-se para baixo, e no topo de todo aquele monte, estava Fran, morto e ensangüentado.
- Não se refira a ele de maneira alguma! – Minha voz cada vez soava mais alto embora eu estivesse há alguns metros de Naruto.
- Eu estava-o elogiando. – Naruto rispidamente deu um tapa cauteloso com as costas da mão no rosto machucado de Fran.
- Maldito! – Aceitando as provocações de Naruto eu dei um salto para chegar até ele e mata-lo com meus punhos.
- Com isso me matará? – Ele desaparecera completamente e eu voltara ao chão. - Devia eliminar essas sensações e sentimentos. Isso é o significado de qualquer shinobi. Essa a razão para a qual treinamos, lutamos e matamos. Somos apenas armas de guerras, usadas antigamente pelas potencias para dominar regiões mais fracas.
Certamente as palavras de Naruto eram verdadeiras. A razão de se criar shinobis não era pela defesa, mais sim pela conquista de outras nações mais fracas.
- Isso não justifica seus atos nojentos! Vocês aniquilaram centenas de nações! Tudo pelo poder! Tudo pelo comando do mundo todo! – Gritava as palavras para fora.
- Você não gostaria? – Ele agora estava na minha frente, com o cabelo loiro nos rosto e seus olhos mais azuis e intensos que antes. – Não gostaria de ser dona de tudo? Ser Deus?
- Deus certamente não aniquilaria todo o mundo por apenas poder e controle! – Mesmo seus olhos em mim eu exaltava nas palavras.
- Certamente você é o anjo que Ele mandou. – Ele sorria presunçoso. – Vamos ver do que é capaz.
- Estou pronta! Nasci para isso! – Preparei-me em ataque, finalmente a luta chegara.
- Não vamos lidar com nossos músculos, mas sim com o que há dentro de nós.
Naruto desapareceu como fumaça. Olhei em todas as direções e nada de encontrá-lo. Ao parar novamente em direção ao Sul deparei-me com uma figura. O sorriso por debaixo da máscara, os olhos tão vivos, o cabelo da cor da neve voava levemente pela brisa.
- Oi, Malu.

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The Avengers
Capítulo 32 – Pela Eternidade.

Em meio aquele cenário de corpos mutilados, ele estava parado indiferente a situação, com um sorriso audacioso.
- Não vê que eles são a revolução do mundo, Malu? – os lábios moviam-se devagar enquanto a mascara acompanhava os nítidos movimentos.
- O que quer dizer? – Não ousei falar-lhe seu nome. Ele não parecia exatamente quem aparentava.
- Não consegue compreender que eles vão reconstruir todo esse mundo medíocre? – Sua voz era passiva, quase como um sussurro.
- Reconstruir? – repeti.
- Isso mesmo. – continuou ele olhando firme para mim. – Não vê que tudo está corrompido? Até mesmo você?
- O que é corrompido? – eu entendi o significado da palavra, algo que já não era puro. Mas o que eu não compreendia era em que contexto ou sentido ele estava usando-a.
- Este mundo está imundo. Tudo está sujo. As grandes nações embora digam-se justas são tão miseráveis, nojentas e asquerosas quanto os próprios Imortais, criados para eliminar de vez a ameaça que os humanos impõem à Sekai.
- Não entendo... – sussurrei
- Como pode ser tão hipócrita? Você que nasceu pra livrar o mal do mundo, na verdade foi usada pelo próprio. Seu poder é sujo assim como tudo o que você é e tudo o que você toca e toscamente purifica. – Seus olhos pareciam os de um juiz, olhos que puniam.
- Como pode dizer isso..? A gente passou por tanta coisa. Você mesmo foi vitima desses seres. – Eu tentava manter o mesmo tom de voz, mas ele sempre baixava a cada palavra.
- Eu devia agradecê-los. A minha antiga vila era das piores. O sustento dela baseava-se no comércio de armas, drogas e outras coisas para países menores, aumentando a criminalidade e disputa. – Sua expressão não oscilava uma vez se quer.
- Aonde quer chegar com isso? – Eu não compreendia. Ele estava completamente diferente.
Ele fechou os olhos.
- Cheia de duvidas. Nem mesmo você compreende o que realmente é. Você acredita, assim como desacredita na sua própria força. No seu próprio destino. Mas é claro que está assim. Você foi manipulada. Não lutou por instinto nem pela vontade, lutou por meras ordens.
- Nada disso... – Eu tentava lutar contra suas palavras, mas nenhuma força chegava à minha voz.
- Eu não posso mais ajudá-la. Você já não presta.
Senti tudo aquilo que eu mais gostava se afundar bem dentro de mim e desaparecer. A atmosfera estava se comprimindo. Eu já não podia acreditar, caso eu fizesse eu me perderia para sempre.
- Não vou matá-la. Mas não posso deixar o Mundo como ele está. Naruto me espera para terminarmos o que começamos. Sem você, os nórdicos não terão chance. E no estado de sua mente, não poderá se quer pensar em nos deter.
‘Vai deixar ele destruir tudo?’
Ouvi uma voz grave, desconhecida na minha mente.
‘Não posso me por contra ele.’ – pensei.
‘Ele destruirá tudo. Cada vida. Cada alma. Será tão fácil matá-lo.’
A voz parecia mais sedutora e grave a cada momento.
‘Então que seja este o destino. O mundo poderá culpar-me pela minha fraqueza. Nada disso fará com que eu vá contra ele.’
O som grave cessara por um tempo, como se estivesse pensando, refletindo.
‘Deixará o Mundo pelo simples fato de não se opor a esse fútil homem?’
A voz perguntava-me curiosa.
‘Faria isso mil vezes. Não posso matá-lo. Muito menos enfrentá-lo.’
Novamente a voz dera uma pausa.
‘Deve haver um bom motivo para tal sacrifício. O que ele seria para você?’
Respirei fundo, escolhendo as palavras. Mas elas já haviam sido escolhidas há muito tempo.
‘Ele não me devolveu minha felicidade. Ele me deu uma nova.’
A voz não falara novamente por um bom tempo e eu permancia imóvel enquanto Kakashi-san fazia o mesmo, mas com os olhos fechados, como se não me sentisse ali.
‘A profecia jamais se cumprirá. Ela é absoluta. Compreende o que está fazendo?’
O sussurro me desafiava. Mas então foi como se ele me lembrasse de algo muito importante.
‘Tão descuidado.’ – Avisei para a voz dentro de mim.
Tudo agora estava tão claro. Cada fala, cada pergunta. Os fatos agora estavam entrelaçados. Eu certamente jamais poderia fugir de meu destino, uma vez que ele é revelado e absoluto.
Eu não poderia fugir.
- Sei que pode me ouvir, mas não entender, Kakashi-san. Eu farei de meu destino o destino do mundo. Nada poderá interferir uma vez que eu decidi. Nasci, apenas para morrer.
Ele ainda estava imóvel, mas uma oscilação nas suas pálpebras me fez crer que no fundo ele compreendia.
- Esta será a ultima batalha. Minha ultima luta. Meu ultimo esforço. Meu ultimo desejo.
Eu sabia exatamente aquilo que devia fazer. Em pé, os olhos fechados. Abri as palmas das mãos e juntei as pernas. Pela ultima vez, eu despertaria.
- O mundo não será engolido pelas trevas. Não enquanto Deus ainda reservar destinos como estes.
O poder estava fluindo tão intenso quanto qualquer outra vez. Era rápido, profundo. Meus olhos estavam despertados como nunca antes. Eu estava acumulando toda a força dentro de mim. Estava comprimida a intensa e poderosa energia. Ao liberá-la não será o fim, mas um novo começo.
Ao comprimir totalmente aquele poder pude notar Naruto perto de mim outra vez, os olhos aflitos, preocupados.
Kakashi-san abria os olhos, aqueles que eram tão intensos estavam de volta. Eu pude vê-lo pela ultima vez e sei que ele me via. Seria a ultima vez.
Aproxime-me dele. Ele não se movia, mas seus olhos pareciam pensativos e reflexivos. Ao chegar muito perto, fechei seus olhos com uma de minhas mãos. Ele não se movia, era melhor assim.
- Apenas uma parte da profecia jamais se concretizará... – disse à ele.
Já estava na hora. Com a minha outra mão livre a coloquei no lugar do meu coração e por fim liberei toda aquela energia. A energia das almas. A energia que purifica. A energia que daria uma nova chance a Sekai. Espero que os humanos não deixem que meu sacrifício ser em vão.
Por final, os Imortais, todos eles, desapareceram. Cada um deles. As palavras que antes escutei sobre eles eram verdadeiras. Eles se originaram a partir de toda a ganância, maldade, inveja que havia sido acumulada neste mundo que apesar de tudo é tão maravilhoso. Eu nasci apenas para dar uma nova chance à nova geração.
O futuro agora não estava mais em minhas mãos. Eu já cumpri aquilo que me foi destinado. Eu estaria agora livre para ficar em paz pela eternidade. Certamente todos que eu conheci, adorei, amei viveriam neste mundo que eu deixei. Eles fariam o melhor dele, eu tenho certeza.
Mesmo assim, o que realmente me importava, meu único desejo era deixar um mundo melhor para ele viver. Um mundo onde ele não possa sentir o medo e a insegurança outra vez.
Eu deixaria tudo agora nas mãos dele. Ele que foi minha razão de viver, o motivo para os meus passos. O único desejo que ainda deixo, é que a felicidade seja completa e eterna para ele. Eu permaneceria para todo o sempre, orando por ele.
- Adeus, Kakashi-san...








FIM


The Avengers Fan Fic

Julho/2008 – Fevereiro/2009


“Espero que tenham apreciado. Deixo meus agradecimentos especiais àqueles que me apoiaram na conclusão desta Fan Fic. Exclusiva para a rede do Naruto Shippuuden 2009”
Maria Luíza B. P. (Malu)

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Epílogo: Malu


Cacau

Ela seguia para àquele monte de corpos empilhados. Eu não conseguia conter os soluços de ver Fran naquela situação e nada pude dizer a ela antes de partir. Mas alguma coisa me dizia que aquela seria a ultima vez que a veria caminhar com aquele andar determinado e único.
- Devemos ir ajudá-la, Jiraiya! – Finalmente alguma força chegara aos meus pulmões, mas o medo que eu pressentia começava a acumular na minha garganta.
- Não podemos. Esse é o destino dela. – Jiraiya falava cautelosamente e seus olhos não viravam-se para mim ao falar, eles apenas seguiam os passos que Malu dava em direção do líder dos Imortais, Naruto.
Eu apenas podia observar e rezar por ela. Era como se tudo girasse em volta dela e de seu destino. A cada nova decisão que ela tomava, um novo curso na História se estreitava.
Quando ela realmente chegou bem perto de Naruto, ela simplesmente desapareceu em um densa névoa, o que me deixara realmente assustada e aflita pois aquilo certamente era obra do inimigo.
Eu cruzava os dedos esperando por uma resposta daquela situação. Já havia passado um bom tempo e nada de ouvirmos ruídos de espadas, kunais ou mesmo jutsus. Minha aflição estava me deixando descontrolada, minha própria respiração me sufocava.
Foi em apenas segundos que eu senti uma circulação enorme de chakra, que era da própria Malu. Entretanto, uma oscilação era causada na turbulência, como se tentasse interromper aquele chakra.
A densa névoa dissipou-se e claramente enxergávamos três figuras que juntas causavam-nos insegurança e ansiedade perante a situação.
Kakashi, Naruto e Malu estavam próximos um dos outros, um pouco afastados da torre de corpos. As feições de Malu e Kakashi eram serenas e calmas, a de Naruto eram aflitas e enrijecidas.
Nada se encaixava dentro da minha mente. O que Kakashi estava fazendo ali perto da luta mortal que Malu e Naruto estavam travando? Ele deveria estar incapacitado no Hospital de Yushin. Aquilo realmente não tinha o menor sentido, mas nós apenas podíamos ficar observando, mesmo assim, Jiraiya se enrijecera ao meu lado, fechando os punhos e os olhos atentos a cada movimento.
- A profecia é única. Nada pode contradizê-la. – Dizia Jiraiya, que relaxara, mas os olhos ainda duros em Kakashi. Pergunto-me o que ele realmente queria dizer.
Logo depois que a névoa se extinguiu o ar da atmosfera começou a nos comprimir e nos inquietava. Alguma coisa séria iria acontecer naquele momento.
Antes de tudo eu consegui apenas ver apenas por um curto período a palma da mão de Malu no rosto imóvel de Kakashi, cobrindo seus olhos. E no mesmo instante a outra mão de Malu chegou em seu coração e em questões de segundos tudo desapareceu.
Uma gigantesca onde de energia Shin inundou os vastos campos ensangüentados de Gondun. Ainda restava uma enorme quantidade de Imortais e ao serem tocados pela energia foram purificados, suas almas retiradas e seus corpos pulverizados.
Realmente foi uma apresentação aterrorizante, ao mesmo tempo intrigante. Com apenas a energia liberada de Malu, foi capaz de destruir todo o mal que Sekai foi submetido.
Tudo havia terminado e a conclusão foi a melhor possível. A vitória era do Norte, entretanto toda glória seria de Falcão e claro de Malu.
Eu já estava avançando rapidamente para frente quando realmente compreendi o que havia acontecido. Apenas enxerguei o perfil de Kakashi e este fitava imóvel o chão com dos punhos fechados, segurando firmemente alguma coisa importante.
- Ela se foi... – Sussurrei ao me aproximar de Kakashi.
- Não, está errada. – Ele ainda permanecia imóvel e olhei interessada para ele, os olhos estavam umedecidos e o rosto sujo estava molhado por suas lágrimas. – Ela ficará eternamente assim como Sekai.
Kakashi tinha razão. Ela permanecerá eternamente em nossas mentes, nossos corações e na História do Mundo. Ela que dera sua vida para dar outra ao resto de Sekai, merecia mais do que a eterna paz no outro mundo, muito mais. O que ela fez jamais qualquer ser vivo poderia retribuir.
Nosso dever agora era construir com nossas mãos uma nova Sekai.

Um ano depois

Era primavera em Uryuu. As flores das casas e prédios se abriam e aumentavam a beleza natural da cidade.
Embora seja uma época razoavelmente quente, o vento frio obrigava os moradores a se vestirem adequadamente com densos casacos de pele de alces, espécie absurdamente abundante nos bosques próximos da cidade.
Intensos raios de Sol invadiram meu quarto apertado e incomodavam meus olhos, não encontrei outra alternativa a não ser acordar para um novo dia de trabalho, dias ensolarados como aqueles me deixavam ainda mais preguiçosa, mas nada podia-se fazer.
Ao me vestir com as roupas tradicionais de um ambu, me dirigi para o escritório do Kage, que após a morte de Minato, ninguém podia sucedê-lo se não Jiraiya.
Nada realmente mudou naquela construção, continua o mesmo como há um ano.
- Quais são as minhas missões hoje, Jiraiya-sama? – Perguntei honrosamente, mesmo esperando uma dúzia de tarefas como no dia anterior.
- Hoje poderá dedicar-se aos ensinamentos da Mah, ela anda um pouco inquieta para aprender novos jutsus. – Ele parecia contente em me dar este trabalho de sensei, ou quem sabe estava debochando de mim, pois Mah continuava a ser uma hiperativa. Seu sorriso exagerado era indecifrável.
- Certo, estou indo. Até mais, Kage. – Ele ficava muito satisfeito ao lembrar-lhe que era um dos grandes Kages do Norte.
Sai do prédio com a mente em devaneios, procurando não tropeçar e cair ridiculamente no chão, o que eu já faço com certa freqüência.
Em meu caminho, deparei-me com um aroma delicioso que me encantou imediatamente e despertou-me uma curiosidade interessante. O cheiro vinha de uma pequena loja de esquina, cor-de-rosa e bem cuidada. Floricultura Fran era o nome do agradável estabelecimento, erguido em homenagem ao meu melhor amigo, morto na ultima Grande Guerra.
- Cacau! – A dona da loja e seu sorriso alegravam o dia de qualquer um que passasse por ali.
- Bom Dia, Birô. – Devolvi um sorriso sincero.
Ao entrar na loja para poder apreciar um pouco mais o doce aroma das flores, Birô logo me mostrava as novas flores que havia criado.
- Olha esta aqui, Cacau! – Birô apontou-me a flor mais bela e exuberante que eu já vira. Lilás, com pétalas delicadas e formosas, o cabo encurvado sutilmente.
Curiosa e interessada nas minhas caretas maravilhadas ao me deparar com a flor, Birô não resistiu ao me oferecê-la.
- Por que não leva para Ela? – Birô dera ênfase na ultima palavra, mostrando orgulho e respeito.
- Claro, ótima idéia. Quanto ela custa? – Perguntei aos sussurros por algum motivo que eu mesma desconheço.
- Não precisa. Leve-a como meu presente também. – ao falar, uma nova cliente entrou e Birô foi lhe dar atenção enquanto eu mesma me encarregava de embrulhar a flor e acabei saindo pelos fundos.
O lugar para onde eu seguia ficava nos arredores de Uryuu, dentro do bosque.
Meus passos eram curtos e leves, pois minha mente estava cheia de memórias, das quais na maioria Ela fazia parte.
Os meus devaneios foram interrompidos por uma cena contagiante que me deixara desligada do mundo por alguns segundos.
Kakashi-san estava agachado em frente ao monumento dedicado aos soldados da Grande Guerra, que era em formato de um enorme dragão de pedra com uma mandíbula gigantesca aberta, suas asas fechadas e as patas juntas como se rugisse, mas o que mais chamava atenção eram os olhos feitos com rubis.
Ele estava sereno, sério e os olhos fechados em reflexão. Parecia rezar e a sua mão passava por cada nome em relevo. Sutilmente levantou-se e adentrou mais fundo na floresta que era o lar dos monumentos e símbolos dedicados aos antigos soldados.
Não era minha intenção segui-lo, mas minha odiosa curiosidade apoderou-se de me senso.
Já era certo para onde ele caminhava, porque a trilha que ele pegava era a única disponível para a área mais sagrada e importante de Uryuu, se não de Sekai inteira.
O local era lindo, agora na primavera estava cheia de flores. No centro de inúmeras rosas brancas, um gigantesco Falcão de pedra, com enormes asas abertas e nelas estavam escritas palavras em uma grande homenagem:
“Este Falcão mostra todo o orgulho de uma antiga Nação já extinta. Falcão foi e sempre será o lar de uma das almas mais justas e puras do Mundo. A alma que deu à Sekai que conhecemos outra chance e esta permanecerá pela eternidade enquanto essas asas ainda permanecerem abertas.”
Palavras criadas por Jiraiya sempre me emocionavam cada vez que eu vinha visitar o tumulo Dela que tem seu nome escrito em safira no peito do grande Falcão.
Eu ainda observava Kakashi de longe com cautela involuntária, como se fosse me aproximar mais o tiraria de sua serenidade.
Seus dedos nus que geralmente eram cobertos por luvas protetoras caminhavam por entre as asas do pássaro passando por cada letra, cada palavra. Fechou os olhos ao tocar o nome Dela como se lhe dissesse algo por pensamento, com o coração.
Tirou do bolso da calça, um pequeno Cristal, aquele que ele lhe dera antes de se separarem. Estava intacto, como se fosse novo e a luz que incidia, refletia em diversas cores. Magnífico.
Kakashi levou o Cristal na altura dos lábios e o beijou delicadamente retirando a máscara. Entretanto, respeitando sua decisão de não mostrar seu rosto, olhei o chão para não ver.
De volta meus olhos nele e já com sua máscara posta ele tocou pela ultima vez o nome Dela e sumiu para mais fundo na floresta, fazendo com que eu o perdesse de vez de vista.
Aproximei-me do Falcão e coloquei a flor em suas grandiosas patas. Não toquei no nome Dela mas olhei profundamente.
- Ahh...Que saudade de você... – Sussurrei.
Sentei no meio das flores ainda olhando para o nome Dela que era tão nítido. Eu agora compreendia completamente as palavras de Jiraiya naquele dia.
Mesmo que a profecia seja absoluta, Kakashi não morreu, já que ele era destinado, pois ele se tornara a pessoa a quem Malu mais estimava. A profecia dizia que a dor de perder uma pessoa dessas levaria a portadora dos olhos de prata a aniquilar todos os Imortais e viver até os últimos dias, mas preferiu sacrificar-se e poupar Kakashi da morte.
- Se temos um futuro, é por sua causa. Obrigada, Malu.
Meus sussurros se perderam no vento, mas eu sei que elas a alcançaram de alguma maneira.







Esse definitivamente é o FIM!
Obrigaada gente ;D

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