Quando por motivos adversos eu pensei que já não podia mais escrever, eis que me dera essa luz, agora volto com meu senso e meus sentimentos, apreciem por gentileza.
Síntese à devaneio :
Caido, este é meu estado
O chão está frio, frio,frio...
O teto me assombra
Os remédios me enlouquecem
Minha alma divaga
Meu corpo apodrece.
Sertão :
De pés descalços
De vestes rasgadas
Enfrento o sol dominante
Do meu sertão...
Sol que castiga
Sol que mata
Calor que tortura
O meu sertão...
Que descansa em meio à noite
E que se rebela sobre o dia
Tal dia que seca sem descanso
O meu sertão...
Da água que busco longe
Do suor que cai no chão
De quem chora uma breve lagrima
Piedade, por meu sertão.
Só tu amor :
Sinto calafrios
Nervoso,tremores...
Ausente de Tal paciência
Inquieto de pensamentos
Ah... esse tal de amor
Tão relutante em meu peito
Que faz meu coração bater forte
Tumtum!Tumtum!Tumtum!
Me faz parecer um tolo
Se não tu,amor.
Se liga! :
Mentes vazias profanam o incerto
“Eles” no poder e nós no inferno
Inferno que arde em corrupção
Abaixo dos porcos, da nossa nação.
Sistemas, monopólios, ideologia, guerra, fome, miséria, armas, sede, pátria! Nada disso nos faz livres
Ao incerto de nossa clareza
Rendidos por nossa fraqueza
Julgamos o certo ou errado
Regidos por nosso estado
Estado relutante, priorizado.
Sociedade que agi em tua lei
Trabalhador cansado de ser mandado
Como peões em favor do Rei
Anarquia resistente e consciente
Derruba qualquer muro de Berlim em nossa frente
E esse lance de mídia que se foda
Nenhum jornal barato faz a minha escolha!
Morena-lunar :
Mulher dos cabelos negros
Da cor morena, de pele macia.
Delicada rosa do jardim
Anjo, meu querubim...
Que de tão longe posso ver
Este teu lindo florescer
Banhada sobre a luz do luar
Até os planetas, me faz flutuar...
Entre cometas e supernovas
Podemos chegar
Nas estrelas de teus olhos
Eu posso repousar...