Fui uma criança criada dentro de casa durante toda minha infância, minha mãe trabalhava arduamente durante o dia e pela noite cursava letras, portanto fora criado praticamente por meus avós. Minha vó era costureira e meu avô um aposentado isolado, eu não tinha uma presença amigável dentro de casa, por ser filho único, fui obrigado a abusar de minha criatividade para poder me divertir dentro daquela casa imensa. Certa vez, fiz amizade com o filho de uma empregada, que era três anos mais velho, aquele foi o primeiro contato que tive nessa relação. Ele passara as tardes na minha casa, brincávamos de tudo, mas ele era diferente de mim. Eu, criado dentro de casa, era inocente, bobo. Já ele, como tivera uma família de classe baixa, fora criado nas ruas, tinha malícias e artimanhas, mas nunca foi errado comigo, sempre me tratou muito bem, e com respeito. Nós nos ajudávamos, eu ensinava-lhe a como brincar com tão pouco, abusar da criatividade, e ele me ensinava como ser mais esperto, subíamos em árvores, brincávamos de polícia e ladrão (ele sempre era ladrão, por opção), etc. Certo dia, ele demorou um pouco mais em minha casa, já era noite, uma rede fora sempre armada próximo a área de costura da minha avó, lá sempre me deitara e ficara a observar as estrelas, após uma exausta tarde de brincadeiras.
- Foi nesse momento que eu queria chegar.. - Estávamos apenas nós naquela área, minha vó por dentro junto com a mãe dele estavam, longe do nosso raio de visão. Deitei na rede, ele comigo deitou.. estranhei, mas bobo como era, nada me passava pela cabeça, além de uma nova brincadeira que me apresentava. Foi então, após várias balançadas e risadas, ele começou a me tocar, pegava na minha região pubiana, logo estranhei, mas ele insistiu.. Consequentemente me abraçava, fazendo nossos corpos ficarem muito próximos.. Aquilo me fez despertar algo impróprio, mas daquilo não passara. Alguns minutos depois fora em bora com um chamado de sua mãe, com um sorriso no rosto; eu fiquei bobo, como de costume, mas gostei daquilo. Após aquele dia, nunca mais pisara em minha casa, provavelmente alguém nos viu naquele ato, minha vó por sua vez demitiu a empregada. Nunca relatei isso para os meus familiares, creio que isso não tenha mudado muito minha personalidade, gosto de mulheres, amo o cheiro exalado por suas ''flores'', mas, de certa forma, isso deve ficar guardado no meu subconsciente e tenho medo que algum dia isso possa, digamos que, aflorar.
Ah, nos encontramos anos depois, mas como desconhecidos nos tratamos, creio que essa recordação seja bem humilhante, para ambos.