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Feminismo: Contra o machismo ou contra a feminilidade?

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Math
Wolfgang
Apollo
7 participantes

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Catioro escreveu:
É comum ver feministas moderadas excluindo as feministas mais radicais do movimento para "femistas", com o intuito de manter a postura de um movimento que apresenta sérias falhas estruturais nos dias de hoje.

O mais comum é as feministas mais moderadas ouvirem caladinhas porque as radfem têm "lugar de fala", e elas querem mostrar "sororidade", ou porque elas "não entendem sobre isso e precisam estudar um pouco e pensar no assunto" e coisas do tipo ;DDD

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Eu nunca tive ou presenciei esse tipo de experiência em conversas sobre feminismo. Como que isso acontece/por que feministas moderadas aguentam caladas quando poderiam reinvindicar seu espaço e voz no movimento?

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Catioro escreveu:
É comum ver feministas moderadas excluindo as feministas mais radicais do movimento para "femistas", com o intuito de manter a postura de um movimento que apresenta sérias falhas estruturais nos dias de hoje.


Não é questão de chamar as mais radicais de femistas, existe uma classificação. Feministas desejam a igualdade, e femistas são o inverso de machistas, ou seja, desejam a supremacia do gênero feminino. Quem deseja supremacia e quem deseja igualdade simplesmente não podem ser colocadas no mesmo grupo. Tentar afirmar que femistas são feministas radicais da um efeito parecido com o que você disse: você estaria utilizando femistas de desculpa para argumentar contra o feminismo.

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Não estou usando o femismo para argumentar contra o feminismo, estou negando que ele é um movimento separado do feminismo. Se "femistas" se identificam como "feministas", isso é um problema que outras "feministas" que discordem das radicais devem levar em consideração no seu movimento. O seu agurmento gira em torno de que mulheres que se identificam como "feministas" que desejam a superioridade da mulher não são "feministas de verdade", e isso é a falácia do falso escocês.

Se femismo fosse um movimento separado para as mulheres que citei, então eu teria visto pessoas se identificarem como "femistas", mas isso nunca aconteceu.

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As feministas moderadas, não ficam caladas, mas as radfem são mais escandalosas e aparecem mais, é só questão de exposição, fica a impressão, para quem não tem absolutamente nenhum envolvimento ou conhecimento que vá além do que aparece na mídia e só sabe de algo pela repercussão, de que as radfem são as únicas que tem voz e as feministas moderadas ficam caladas.

Vc não sabe de nada das feministas moderadas simplesmente porque quando lê noticia sobre feminismo, só vê as de repercussão

É somente isso.

Mas a maioria dos movimentos sociais hoje está mais preocupado mesmo com as razões e motivos pessoais convergentes pra não se arrumar namorado do que militância, pois quando se vê qualquer coisa desses grupos, 7 em cada 10 noticias, textões e etc é sobre Tinder, prints de flertes, namoricos de Zap e outras coisas do tipo.

Eu vejo mais reclamação sobre rejeição no Tinder que outra coisa, e que eu saiba Tinder é aplicativo de namoro, não é agencia de emprego por exemplo.

Na real isso é bem generalizado porque não é exclusividade deles, mas pessoas comuns falando de seus problemas pessoais é uma coisa, pessoas usando a chancela da militância para falar de problemas pessoais, ainda mais chegando a níveis de intimidade que nada tem a ver, é outra.

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Catioro escreveu:
Eu nunca tive ou presenciei esse tipo de experiência em conversas sobre feminismo. Como que isso acontece/por que feministas moderadas aguentam caladas quando poderiam reinvindicar seu espaço e voz no movimento?

Porque elas caíram no conto de que as outras são mais "minoria" e que elas não podem ir contra porque isso seria tomar o lugar de fala das outras / ir contra a "sororidade" :v É tudo bem pensado de forma que as mais radicais sempre possam falar sem serem questionadas. :v As feministas moderadas são só massa de manobra (que sempre que alguém vem falar que feminismo é aquilo que as radfem defendem, elas aparecem pra dizer que não, que é sobre igualdade), mas que ficam caladinhas quando as radicais começam a falar... hue

As idealizadoras dessas estratégias são manipuladoras de primeira, que conseguem manipular as mulheres para que acreditem inicialmente que o feminismo é sobre igualdade de direitos, e depois vão inserindo mais ideias na cabeça das mesmas aos poucos (e impedindo as mesmas de questionarem essas ideias publicamente, fazendo as mesmas pensarem que há algo que elas ainda não sabem, que tornaria as ideias das radicais possivelmente corretas dentro de outro ponto de vista). É bem ridículo, mas é exatamente isso que ocorre.

Aliás, agora me lembrei da Sara Winter, ex-líder do femen e ex-feminista, que fala bastante sobre isso no canal de youtube dela :think2:



Não é questão de chamar as mais radicais de femistas, existe uma classificação. Feministas desejam a igualdade, e femistas são o inverso de machistas, ou seja, desejam a supremacia do gênero feminino. Quem deseja supremacia e quem deseja igualdade simplesmente não podem ser colocadas no mesmo grupo. Tentar afirmar que femistas são feministas radicais da um efeito parecido com o que você disse: você estaria utilizando femistas de desculpa para argumentar contra o feminismo.

Tente ir em um grupo feminista e falar isso, você vai ser expulsa e atacada até pelas feministas moderadas o/
E feministas radicais são como ELAS se chamam.

Concordo que o feminismo INICIALMENTE era uma busca pela igualdade entre homens e mulheres, mas atualmente é tudo menos isso. O grupo foi apropriado pelas feministas radicais, que usam de sua engenharia social (como o Dante disse, mas só até essa parte) para manipular as feministas moderadas a se tornarem massa de manobra.

Enfim, defender a igualdade entre homens e mulheres não deveria se chamar "feminismo" mais, deveria se chamar "bom-senso". Infelizmente alguns poucos não têm, mas acredito que são cada vez mais maiorias. Agora quanto aos que se contrapõe ao feminismo, não estão se contraponto à igualdade entre homens e mulheres, mas sim ao movimento (que não é mais o mesmo que no início, e agora se tornou um movimento de ódio aos homens, com direcionamento político, que luta principalmente pelo aborto, e etc).

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Lipert, tem um nome para essa ideia: Igualitarianismo.

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Tente ir em um grupo feminista e falar isso, você vai ser expulsa e atacada até pelas feministas moderadas o/
E feministas radicais são como ELAS se chamam.


Acontece que muitas vezes as femistas radicais não conhecem o termo femistas. Ele ainda tem uma repercussão pequena, então elas se chamam de feministas radicais. Mas isso não muda o fato de que o objetivo dos dois grupos é diferente.

Concordo que o feminismo INICIALMENTE era uma busca pela igualdade entre homens e mulheres, mas atualmente é tudo menos isso. O grupo foi apropriado pelas feministas radicais, que usam de sua engenharia social (como o Dante disse, mas só até essa parte) para manipular as feministas moderadas a se tornarem massa de manobra.


Então, o problema é que, querendo ou não, você não pode dizer que os objetivos de um grupo mudaram. No dicionário, feminismo é a luta pela igualdade dos gêneros. Se todas as feministas agora desejam a supremacia feminina então todas se tornaram femistas. Não foi o feminismo que mudou e sem as feministas, entende? Acontece que, como eu disse, muitas femistas não conhecem esse termo e se referem a si mesmas como feministas radicais, e se feministas moderadas começam a concordar com elas a verdade é que essas feministas moderadas são femistas moderadas. Elas só erraram o nome. Você pode chamar um lobo de cachorro, mas ele continua sendo um lobo.

Enfim, defender a igualdade entre homens e mulheres não deveria se chamar "feminismo" mais, deveria se chamar "bom-senso". Infelizmente alguns poucos não têm, mas acredito que são cada vez mais maiorias.


Isso eu concordo, mas chamaram de feminismo, então fazer o que...

Agora quanto aos que se contrapõe ao feminismo, não estão se contraponto à igualdade entre homens e mulheres, mas sim ao movimento (que não é mais o mesmo que no início, e agora se tornou um movimento de ódio aos homens, com direcionamento político, que luta principalmente pelo aborto, e etc).


O problema é eles dizerem que se contrapõe ao feminismo. Eles se contrapõe ao femismo. Todos nós, que lutamos pela igualdade entre os gêneros, somos chamados de feministas (tecnicamente), mas usaram o termo errado por tanto tempo que agora muitos acham que o feminismo é errado, e não é. O uso errado da palavra corrompeu ela, mas isso não muda o seu significado original. Por exemplo, se você disser que feminismo é ódio contra homens e lutar a favor do aborto o que acontece comigo, que sou feminista mas sou contra o aborto e não odeio homens? (eu odeio o Dante, mas ele não é um homem. Ele mal é um ser humano na minha cabeça) Você pode dizer que eu não sou feminista ou que sou feminista moderada, mas se alguém que entendesse do assunto me classificasse a maioria de nós é feminista por lutar pela igualdade entre os gêneros. Foram pesquisadores que nomearam os movimentos feminista e femista e os diferenciaram, então não podemos mudar o significado deles só porque queremos.

Edit: Catioro, Igualitários procuram estabelecer a igualdade entre toda a humanidade. Ou seja, igualdade absoluta em matéria política, social, cívica... Uma feminista pode, por exemplo, acreditar que uma pessoa rica é superior a uma pessoa pobre, apesar de acreditar que mulheres são iguais aos homens. Ou seja, não serve para substituir o feminismo.

Agora que penso nisso, acho que o igualitarismo deveria ser bom-senso, não exatamente o feminismo :think2: o feminismo tá dentro do igualitarismo, afinal.

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Catioro escreveu:
Lipert, tem um nome para essa ideia: Igualitarianismo.

Pois é, o pior de tudo é que as feministas dizem que o igualistarismo é machista kkkk

Acontece que muitas vezes as femistas radicais não conhecem o termo femistas. Ele ainda tem uma repercussão pequena, então elas se chamam de feministas radicais. Mas isso não muda o fato de que o objetivo dos dois grupos é diferente.

Já conversei com muitas feministas, e não conheço nenhuma que não conheça o termo ou que não leve esse termo no sentido ofensivo. Além disso, elas dizem que as ideias delas não é o ódio aos homens em si, mas sim que "é compreensível" odiar os homens, ou falar certas coisas/agir de certas maneiras contra os mesmos (por conta de não ser entre grupo dominante contra grupo dominado).

Então, o problema é que, querendo ou não, você não pode dizer que os objetivos de um grupo mudaram. No dicionário, feminismo é a luta pela igualdade dos gêneros. Se todas as feministas agora desejam a supremacia feminina então todas se tornaram femistas. Não foi o feminismo que mudou e sem as feministas, entende? Acontece que, como eu disse, muitas femistas não conhecem esse termo e se referem a si mesmas como feministas radicais, e se feministas moderadas começam a concordar com elas a verdade é que essas feministas moderadas são femistas moderadas. Elas só erraram o nome. Você pode chamar um lobo de cachorro, mas ele continua sendo um lobo.

Eu concordo com você, mas não posso ir contra o que 95% do grupo define sobre o que são. Quando eu falo sobre "feministas", estou me referindo às feministas atuais, e não ao grupo que segue o que está no dicionário (que é uma pequena parcela das pessoas feministas)... Talvez tenha um termo mais adequado às feministas atuais, que não se pautam apenas na igualdade, mas é mais simples chamá-las de "feministas".

O problema é eles dizerem que se contrapõe ao feminismo. Eles se contrapõe ao femismo. Todos nós, que lutamos pela igualdade entre os gêneros, somos chamados de feministas (tecnicamente), mas usaram o termo errado por tanto tempo que agora muitos acham que o feminismo é errado, e não é. O uso errado da palavra corrompeu ela, mas isso não muda o seu significado original. Por exemplo, se você disser que feminismo é ódio contra homens e lutar a favor do aborto o que acontece comigo, que sou feminista mas sou contra o aborto e não odeio homens? (eu odeio o Dante, mas ele não é um homem. Ele mal é um ser humano na minha cabeça) Você pode dizer que eu não sou feminista ou que sou feminista moderada, mas se alguém que entendesse do assunto me classificasse a maioria de nós é feminista por lutar pela igualdade entre os gêneros. Foram pesquisadores que nomearam os movimentos feminista e femista e os diferenciaram, então não podemos mudar o significado deles só porque queremos.

A questão é que o feminismo foi tomado por pessoas que classificam o mesmo dentro do femismo ou que aceitam o femismo dentro do grupo. Quando falamos de feministas, por conta disso, estamos falando de duas coisas diferentes: você está falando sobre o significado correto e histórico, e eu sobre o grupo (composto pelas mulheres feministas atuais, em especial as militantes).

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Isso não muda de qualquer maneira o fato de que mesmo que algumas ou muitas, não tenho certeza quanto a proporção, feministas ainda não tenham causas para lutar, podem não ser as mesmas da época e contexto de quando o feminismo surgiu, que tinha uma visão da luta pela ascensão feminina de uma posição inferior, socialmente, a masculina o que era de fato, como não poder votar, em alguns lugares não podiam trabalhar, receber menos (o que ainda acontece em alguns lugares) e na Inglaterra por exemplo, não possuíam nem o direito de ter posses, bens ou propriedades o que as tornava obrigatoriamente dependentes de pais, irmãos, maridos e filhos pois esse direito era reservado somente aos homens.

Enfim juridicamente essa não é mais a situação, de acordo com a lei num aspecto geral temos muitos benefícios até e incentivos aparentes, mas a inferioridade moral da mulher em relação ao homem ainda é fato em muitos lugares, contextos e situações.

Como por exemplo a situação típica que ocorre no mercado de trabalho de serem negadas oportunidades profissionais a mulheres por varias razões como, por exemplo, a possibilidade de ter filhos, as vezes já ter filhos ou não ter aberto as pernas para um superior, chefe ou mesmo o entrevistador do cargo em questão para ficar (ou não as vezes só concorrer ) a vaga ou ganhar e/ou concorrer uma promoção e as vezes nem isso, as vezes vc não ganha a oportunidade e nem a chance de mostrar que tem alguma capacidade, talento ou competência e etc.

Ou ter empréstimos ou financiamentos negados ou dificultados quando se pretende investir ou abrir um negócio, já presenciei situações onde muitas mulheres com nome limpo e extensa carreira profissional e boas referencias tem muitas dificuldades em conseguir empréstimos ao contrário de homens que muitas vezes mesmo tendo nome sujo, já tendo sido processados por dívidas e até com empreendimentos anteriores fracassados conseguirem mais empréstimos.
Pode parecer que não mas ainda acontece.

Juridicamente podemos ter os mesmos direitos, mas moralmente ainda somos vistas como inferiores, menos competentes, inteligentes e capazes.

E muitas outras relacionadas com o tratamento chulo que recebemos em várias outras situações.

Eu acho que nesses aspectos ainda ha muito que se lutar para mudar esse cenário que é realidade para muitas, pois nem todas fazem parte da elite ou são ricas,
Não podem garantir com nome, família, dinheiro e prestígio social um lugar ao Sol.
São muitos detalhes, alguns muito sutis, são coisas pontuais, mas quando se somam e fazemos as contas vemos o quanto pesa.

Quanto a coisas como militância para esses problemas que no meu ver é só problema de relacionamento, essa parte é besteira mesmo, mas é a que ganha atenção e os holofotes, afinal as pessoas num geral dão mais importância e peso a isso de qualquer forma, gente que faz algazarra para aparecer existe em todo lugar e o feminismo não é imune a isso, afinal um movimento social é feito de gente e não de máquinas ou "autômatos sociais" que eu saiba, nem todos irão se comportar em um padrão de conduta, é a parte humana de qualquer coisa comporta por um corpo de pessoas, mas desqualificar um movimento inteiro por causa e com isso atacar lutas por causas que no meu ver são validas por causa de um ponto e outro que nem sequer deveria receber tanta atenção, não é muito diferente da falta de bom-senso, que leva muitos militantes a reclamar por causas inócuas, até porque por mais barulho que façam por causa de uma coisa idiota como reclamar de fazer depilação ou dieta, na verdade eu não vejo isso sendo prejudicial ou afetando ninguém, porque a maioria não será estúpido ao ponto de realmente dar crédito a isso em primeiro lugar ao ponto de desejar cumprir isso como dogma, isso é coisa de 1/2 dúzia, que não teve e ainda não tem impacto social algum, e dificilmente acredito que terá qualquer dia, mas que causas ainda existem, elas existem e eu vejo o feminismo, como um que te estimula a pensar sobre as nossas circunstâncias, principalmente como mulheres óbvio, não como algo que sou obrigada a seguir cegamente, aceitar integralmente e indiscriminadamente e sem questionar, afinal isso não é religião pra começar, mas gente que radicaliza existe em qualquer lugar e com qualquer coisa, isso não significa que sou obrigada a me radicalizar, a me submeter a isso ou qualquer coisa do tipo.

Se há alguma mulher que pense ou entenda as coisas dessas forma estranha só posso mesmo olhar e lamentar intimamente por ela, mais nada mesmo se muitas não sabem ser livres, não sabem decidir por si mesmas ou escolher ou são ensinadas a serem prisioneiras de algo, acho que o feminismo é valido para lhes mostrar que o caminho da liberdade é uma escolha também, ele não precisa necessariamente ser seguido, mas ele está lá mostrando muitas outras escolhas e a pessoa saber que se pode faze-las para mim já é um passo.

Eu pessoalmente ignoro as bizarrices não acho que só porque sou mulher e que só porque o feminismo existe que eu tenho que viver e fazer tudo na minha vida baseada nele, para mim ele é uma coisa que existe e está lá, há vários caminhos sendo mostrados, várias escolhas e opções sendo mostradas, vários caminhos, várias idéias, várias formas de pensar, voltadas para a área feminina mas há, e suas lutas também, como muitos outros, não sou homossexual mas de vez enquanto leio sobre as pautas LGBT, não sou negra, mas leio sobre e etc, as convicções e etc e vejo da mesma forma que o Feminismo, e do mesmo jeito que não me vejo obrigada a seguir e fazer TUDO o que o feminismo prega ou fala ou repercute, afinal a princípio seria impossível, por outro lado não acho que sou impedida de tomar para mim ideias e conceitos da luta LGBT ou do movimento negro porque não sou homossexual, transsexual ou negra.

Mas não acho que tenho o direito de desqualificar a luta deles por causa de coisas que eu pessoalmente acho bobas, pois eu acho que um movimento social é como qualquer coisa feita por pessoas, tem coisas boas e tem coisas ruins, pois pessoas tem qualidades e defeitos, e coisas feitas por pessoas manifestam todas as qualidades e defeitos das pessoas que os compõem, para mim importa muito mais a gravidade e o peso dessas coisas, e a sua relevância.

E acho que a luta contra a depilação por exemplo é irrelevante, pois ela é besta mesmo, mas do mesmo jeito que ela é irrelevante, não tem nem mesmo relevância para desqualificar o movimento e junto com ele, lutas importantes e relevantes, as besteiras podem estar em evidência e ganhar visibilidade fácil, pois as pessoas gostam de bobagens mesmo, mas isso não significa e nem faz as coisas importantes desaparecerem ou sumirem por mágica.
Não posso reduzir todo um movimento, lutas e causas em umas poucas coisas insignificantes, isso é ser simplório, é muito medíocre.

Para mim todo e qualquer movimento possui uma história e um conhecimento e está lá para disponível ser explorado (e julgado claro se eu quiser), o que eu acho o mais importante de tudo, não vejo motivos para se eu quiser, não fazê-lo, e não buscá-lo, seja ele pertinente a mim ou não.

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Salsicha escreveu:
Isso não muda de qualquer maneira o fato de que mesmo que algumas ou muitas, não tenho certeza quanto a proporção, feministas ainda não tenham causas para lutar, podem não ser as mesmas da época e contexto de quando o feminismo surgiu, que tinha uma visão da luta pela ascensão feminina de uma posição inferior, socialmente, a masculina o que era de fato, como não poder votar, em alguns lugares não podiam trabalhar, receber menos (o que ainda acontece em alguns lugares) e na Inglaterra por exemplo, não possuíam nem o direito de ter posses, bens ou propriedades o que as tornava obrigatoriamente dependentes de pais, irmãos, maridos e filhos pois esse direito era reservado somente aos homens.

Enfim juridicamente essa não é mais a situação, de acordo com a lei num aspecto geral temos muitos benefícios até e incentivos aparentes, mas a inferioridade moral da mulher em relação ao homem ainda é fato em muitos lugares, contextos e situações.

Como por exemplo a situação típica que ocorre no mercado de trabalho de serem negadas oportunidades profissionais a mulheres por varias razões como, por exemplo, a possibilidade de ter filhos, as vezes já ter filhos ou não ter aberto as pernas para um superior, chefe ou mesmo o entrevistador do cargo em questão para ficar (ou não as vezes só concorrer ) a vaga ou ganhar e/ou concorrer uma promoção e as vezes nem isso, as vezes vc não ganha a oportunidade e nem a chance de mostrar que tem alguma capacidade, talento ou competência e etc.

Ou ter empréstimos ou financiamentos negados ou dificultados quando se pretende investir ou abrir um negócio, já presenciei situações onde muitas mulheres com nome limpo e extensa carreira profissional e boas referencias tem muitas dificuldades em conseguir empréstimos ao contrário de homens que muitas vezes mesmo tendo nome sujo, já tendo sido processados por dívidas e até com empreendimentos anteriores fracassados conseguirem mais empréstimos.
Pode parecer que não mas ainda acontece.

Juridicamente podemos ter os mesmos direitos, mas moralmente ainda somos vistas como inferiores, menos competentes, inteligentes e capazes.

E muitas outras relacionadas com o tratamento chulo que recebemos em várias outras situações.

Eu acho que nesses aspectos ainda ha muito que se lutar para mudar esse cenário que é realidade para muitas, pois nem todas fazem parte da elite ou são ricas,
Não podem garantir com nome, família, dinheiro e prestígio social um lugar ao Sol.
São muitos detalhes, alguns muito sutis, são coisas pontuais, mas quando se somam e fazemos as contas vemos o quanto pesa.

Quanto a coisas como militância para esses problemas que no meu ver é só problema de relacionamento, essa parte é besteira mesmo, mas é a que ganha atenção e os holofotes, afinal as pessoas num geral dão mais importância e peso a isso de qualquer forma, gente que faz algazarra para aparecer existe em todo lugar e o feminismo não é imune a isso, afinal um movimento social é feito de gente e não de máquinas ou "autômatos sociais" que eu saiba, nem todos irão se comportar em um padrão de conduta, é a parte humana de qualquer coisa comporta por um corpo de pessoas, mas desqualificar um movimento inteiro por causa e com isso atacar lutas por causas que no meu ver são validas por causa de um ponto e outro que nem sequer deveria receber tanta atenção, não é muito diferente da falta de bom-senso, que leva muitos militantes a reclamar por causas inócuas, até porque por mais barulho que façam por causa de uma coisa idiota como reclamar de fazer depilação ou dieta, na verdade eu não vejo isso sendo prejudicial ou afetando ninguém, porque a maioria não será estúpido ao ponto de realmente dar crédito a isso em primeiro lugar ao ponto de desejar cumprir isso como dogma, isso é coisa de 1/2 dúzia, que não teve e ainda não tem impacto social algum, e dificilmente acredito que terá qualquer dia, mas que causas ainda existem, elas existem e eu vejo o feminismo, como um que te estimula a pensar sobre as nossas circunstâncias, principalmente como mulheres óbvio, não como algo que sou obrigada a seguir cegamente, aceitar integralmente e indiscriminadamente e sem questionar, afinal isso não é religião pra começar, mas gente que radicaliza existe em qualquer lugar e com qualquer coisa, isso não significa que sou obrigada a me radicalizar, a me submeter a isso ou qualquer coisa do tipo.

Se há alguma mulher que pense ou entenda as coisas dessas forma estranha só posso mesmo olhar e lamentar intimamente por ela, mais nada mesmo se muitas não sabem ser livres, não sabem decidir por si mesmas ou escolher ou são ensinadas a serem prisioneiras de algo, acho que o feminismo é valido para lhes mostrar que o caminho da liberdade é uma escolha também, ele não precisa necessariamente ser seguido, mas ele está lá mostrando muitas outras escolhas e a pessoa saber que se pode faze-las para mim já é um passo.

Eu pessoalmente ignoro as bizarrices não acho que só porque sou mulher e que só porque o feminismo existe que eu tenho que viver e fazer tudo na minha vida baseada nele, para mim ele é uma coisa que existe e está lá, há vários caminhos sendo mostrados, várias escolhas e opções sendo mostradas, vários caminhos, várias idéias, várias formas de pensar, voltadas para a área feminina mas há, e suas lutas também, como muitos outros, não sou homossexual mas de vez enquanto leio sobre as pautas LGBT, não sou negra, mas leio sobre e etc, as convicções e etc e vejo da mesma forma que o Feminismo, e do mesmo jeito que não me vejo obrigada a seguir e fazer TUDO o que o feminismo prega ou fala ou repercute, afinal a princípio seria impossível, por outro lado não acho que sou impedida de tomar para mim ideias e conceitos da luta LGBT ou do movimento negro porque não sou homossexual, transsexual ou negra.

Mas não acho que tenho o direito de desqualificar a luta deles por causa de coisas que eu pessoalmente acho bobas, pois eu acho que um movimento social é como qualquer coisa feita por pessoas, tem coisas boas e tem coisas ruins, pois pessoas tem qualidades e defeitos, e coisas feitas por pessoas manifestam todas as qualidades e defeitos das pessoas que os compõem, para mim importa muito mais a gravidade e o peso dessas coisas, e a sua relevância.

E acho que a luta contra a depilação por exemplo é irrelevante, pois ela é besta mesmo, mas do mesmo jeito que ela é irrelevante, não tem nem mesmo relevância para desqualificar o movimento e junto com ele, lutas importantes e relevantes, as besteiras podem estar em evidência e ganhar visibilidade fácil, pois as pessoas gostam de bobagens mesmo, mas isso não significa e nem faz as coisas importantes desaparecerem ou sumirem por mágica.
Não posso reduzir todo um movimento, lutas e causas em umas poucas coisas insignificantes, isso é ser simplório, é muito medíocre.

Para mim todo e qualquer movimento possui uma história e um conhecimento e está lá para disponível ser explorado (e julgado claro se eu quiser), o que eu acho o mais importante de tudo, não vejo motivos para se eu quiser, não fazê-lo, e não buscá-lo, seja ele pertinente a mim ou não.


Fiquei até tocada :joia:

Agora que eu penso sobre isso, faz até sentido existirem lutas tão bobas hoje em dia agora que as mulheres já conquistaram tanto. Quer dizer, não tem muito mais pelo que lutar a não ser que repetissem o que já disseram antes. O movimento feminista já luta pelos problemas mais graves, mas talvez existam mulheres que detestam o machismo ao ponto de acumular raiva demais para lutar por pouco, aí elas tentam lutar por cada detalhe.

Ou algo mais. Não dá pra entrar na cabeça delas pra saber :P
Spoiler :
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