Apollo escreveu: Digo por fator histórico e não natural, na criação o homem começou como o líder das tribos pela força e isso se arrastou até aqui, creio que seja um fator histórico "genético".
Ser forte não é ser bom líder. Pela história, temos isso:
Pré-história: O líder era quem defendia o grupo/tribo. Não existia ciência, inteligência era completamente deixada de lado e biologicamente falando os homens são, de fato, mais fortes que as mulheres. Mas se nascesse uma mulher forte pra caramba que derrotasse o líder ninguém ia reclamar da supremacia dela, visto que ser o mais forte era o mais importante.
Antiguidade: Continuava-se a ideia da supremacia do homem por mero costume. Mesmo com o nascimento da ciência ninguém nunca considerou que as mulheres poderiam se igualar ao homem em esperteza, visto que na sociedade elas sempre tiveram uma posição diferente. Na pré-história as mulheres eram as responsáveis pelos trabalhos não-braçais e isso inclui cuidar dos filhos, já que o pai estava caçando (algo que exigia força) e não podia ficar de olho nas crianças. Claro que ninguém nunca surgiu com uma revolução pois consideravam isso completamente normal. Na Grécia antiga as mulheres eram menos que animais, que serviam apenas para reprodução, não iam pra escola, não trabalhavam e não podiam responder aos maridos. Inclusive era normal que os adolescentes homens passassem por uma experiência sexual com outro homem, mais velho, como uma forma de provar sua submissão aos mais poderosos, além de que era comum em outros países a poligamia, o que também fazia sentido, pois um homem com várias mulheres gera muito mais filhos do que uma mulher com vários homens e ter muitos filhos é historicamente uma forma de mostrar poder, por isso até hoje existem países onde os líderes são poligamicos e os pobres não. Em várias raças de animais o líder do bando é o único que pode ter filhos e os outros só podem caso saiam do bando, isso também funciona para os humanos. No Egito eles eram muito menos machistas talvez por possuírem uma cultura muito diferente, então existiram algumas mulheres que eram líderes e não existia realmente um preconceito contra ela, mas o normal era que os homens trabalhassem e as mulheres ficassem em casa com os filhos. Algo que herdaram de seus antepassados.
Idade média: Com a Grécia sendo uma das grandes potências da época, assim como Roma foi um pouco antes (e Roma era quase uma cópia da Grécia) o povo da Idade Média era extremamente machista. Além disso, o cristianismo, quando levado ao pé da letra (o cristianismo do passado), é extremamente machista, então após criação da bíblia o machismo foi intensificado ainda mais. Mulheres ainda não estudavam e, quando o faziam, normalmente fazia parte de suas aulas aprenderem a serem donas de casa e boas esposas. Ninguém esperava que uma fosse ser médica (na época, barbeira) ou comerciante, nem elas mesmas, então elas não aprendiam nada sobre isso. Como alguém que não estuda nem é forte fisicamente pode ser um líder? Bem, é impossível. Nessa época, assim como na Grécia antiga, a mulher era menos que um animal (tratada como tal) e só não existiam mais os relacionamentos homossexuais pois, bem, lembremos da bíblia. Aí teve toda aquela história ridícula das bruxas, mulher leva à luxúria e blá, blá, blá, e obviamente as mulheres não tinham chance alguma de subir na vida.
Idade moderna: Ainda machista pra caramba, mas começaram os movimentos de revolução após uma mudança de cultura que aumentou a liberdade das mulheres e, bem, elas não eram mais assassinadas ao tentarem reivindicar seus direitos. Começaram a estudar, mas pouquíssimas conseguiam a oportunidade de subir na vida, visto que os homens, que historicamente estavam no poder, não queriam largar do osso e não as contratavam. Também haviam os preconceitos, então as mulheres não recebiam qualquer apoio para começarem seus próprios negócios, mas algumas conseguiram se destacar com o pouco apoio que tinham. Os movimentos feministas se intensificaram e homens invejosos criaram o brilhante argumento: "historicamente os homens tem muito mais sucesso que as mulheres, as mulheres são mais burras, mais pobres, mais fracas e só servem para cuidar de crianças". Claro, porque ninguém sabe o porquê das mulheres da época terem menos conhecimento e menos sucesso que os homens
Me impressiona que até hoje tem gente que usa esse argumento sem sentir vergonha da própria ignorância. Enfim...
Idade contemporânea: Cada vez mais mulheres de sucesso. Homens ainda não querem largar do osso e continuam insistindo que se mulheres fossem capazes de gerenciar teriam mais boas líderes no passado, completamente desconsiderando o contexto social que as impedia de ter QUALQUER chance de se destacarem e desconsiderando que há pouquíssimos anos atrás (na época da minha avó ainda) as mulheres ainda recebiam um tratamento e até um ensino diferente dos homens, ou seja, uma mulher para ser líder no passado não precisava ser tão boa quanto um homem, precisava ser MUITO MELHOR do que um. Sentimentalismo e outras características "femininas" como essa na verdade não tem qualquer relação com o gênero e, sinceramente, faria mais sentido você relacionar isso com um signo do que com a merda que a pessoa tem (ou não) entre as pernas. Existem instintos, mas não existe nenhum instinto que faça a mulher querer chorar mais fácil que o homem, só que o homem tem vergonha de chorar e a mulher não, porque ele acha que se chorar vai provar pra todo mundo que ele é um covarde delicado e inútil, então ele segura as lágrimas ou chama de "suar pelos olhos". Também vale considerar que homens são mais brutos e rudes (biologicamente, muita testosterona) e de alguma forma acham que isso é ter pulso firme, mas eles mandam demais e fazem de menos. Não são líderes, são bundões covardes com um cargo muito alto. Muitos dizem que as mulheres não sabem gerenciar mas o sujeito não sabe gerenciar nem a própria conta bancária. Liderança é 40% personalidade, 60% oportunidade e 0% gênero.