Claro que sim, a cultura machista ainda é predominante e oprime nós mulheres como se fosse algo natural.
Isso é visível através de diversos fatores, por exemplo, se um homem pega vários mulheres, ele é o fodão, se a mulher fica com vários homens, ela é tida como piralha. Porque um leva um título benéfico e a outra leva um título que a menospreza? Porque o homem tem direito de ficar com quem, quantas e como quiser sem ser julgado negativamente e a mulher não?
Se a mulher fica com um homem na primeira noite já é tida como fácil, porque o homem não? E porque motivos não se fazer de difícil te torna menos digna? Parece até que somos obrigadas a resistir pra agradar os homens e não ser mal taxadas, que somos obrigadas a seguir o que querem, como se fossemos objetos. E é como objetos que parecem que somos tratadas, pois muitos tratam como se fossemos um simples pedaço de carne pra satisfação pessoal, já vi até uns que contam suas pegações e transas, quantificam o tanto que já conseguiram, listam, etc, como se fosse mérito. Isso é o cúmulo, assim como os homens, as mulheres possuem seu valor, suas funções, seus sentimentos, desejos, etc, porque diferente deles não somos vistas dessa forma? Basta ver os casos de assédio, o homem parece se achar no direito de assediar a mulher e usa de justificativa a roupa, quando na verdade a culpa é dele que não possui respeito e limites, não da roupa que a mulher usa. E os casos de "não" que o homem não leva a sério e trata como um "talvez", acha que a mulher ta se fazendo de difícil e que no fundo quer, como se tivesse a liberdade de fazer a escolha por ela.
A sociedade em que vivemos ainda preza uma cultura onde as mulheres tem que demonstrar fragilidade e agirem como princesas, cuidar de suas casas e filhos, e o homem tem que assumir o papel de tudo, de defendê-la, sustentar e lutar pela sua família. O homem usa do argumento de cavalheirismo para justificar isso, quando na verdade está oprimindo a liberdade de escolha e não dando-a o direito de ser e fazer o que deseja. Isso não é cavalheirismo, é privá-la. Assim como nessa sociedade, certas atitudes feitas por homens como se tornarem "donos de casa" enquanto a mulher assume o papel de sustentar a casa/família são mal vistas, como se isso fosse algo errado. Mulheres são agredidas diariamente mesmo nas suas casas por coisas como a roupa que usam, o jeito que falam ou por não desempenharem as funções que o homem acha que ela é obrigada a desempenhar. Recentemente uma advogada foi buscar a chave de um carro que esqueceu no restaurante e o namorado brigou e espancou ela porque achou que ela tinha voltado pra dar mole pro garçom. Que tipo de sociedade é essa? E o caso da mulher que foi espancada no elevador e jogada da varanda de um prédio só porque queria o divórcio de um homem infiel que estava a traindo? O homem atualmente ainda acredita que ele que manda na mulher, que ele que define o que ela pode ou não ser, querer e fazer, isso é um absurdo.
A mulher é sim um sexo mais frágil, mas isso não significa que ela tem que ser dominada e controlada, isso apenas quer dizer que ela é mais vulnerável a violência partida de homens, então é totalmente justificável um agravante de pena por isso.
Mulheres são violentadas, assediadas, estupradas, humilhadas, oprimidas, ameaçadas, assassinadas, etc, todos os dias por essa sociedade onde o homem se acha no direito de controlar tudo que ela tem que ser, querer e fazer, e ainda criticam as leis criadas para tornar punições contra esse tipo de coisa mais grave. Acham que o trauma pelo qual passam não fica guardado para vida toda? Diferentemente do homem, a mulher é mais oprimida e limitada nessa sociedade, então esse é um dos motivos de as penas para casos em que a vítima é homem ou mulher serem diferentes.
Limitações fisicas e limitações sociais criadas nesse tempo tornam totalmente justificáveis essas leis. Isso não é um movimento de briga contra os homens, é um movimento pacífico onde se deseja o respeito e os direitos iguais entre ambos os sexos, não há o desejo de diminuir o homem e prejudicar sua vida, só queremos uma convivência harmônica onde ambos possam se respeitar e viver sem que um tenha "privilégio" não justificável. Uma sociedade onde ambos tenham os mesmos direitos de escolha e ambos sejam apreciados por seu devido valor.