Os sentimentos de Hagoromo pareciam ser verdadeiros. Sumaren conseguia praticamente tocar a sinceridade na voz cansada daquele homem.
Uma das coisas que lhe chamou a atenção, porém, estava relacionado aos propósitos dos Bijuus.
- O que você quer dizer com criar Bijuus pra ajudar a humanidade? O que você pretende neste exato momento, Hagoromo-ojisan?
Sumaren era alguém que sentia-se deslocado dentro do mundo ninja. O garoto parecia ter uma necessidade inconsciente de pertencer a algo que fosse maior do que ele, maior que seu clã, que a sua vila... Sumaren tinha uma clara inclinação à violência, mas isso não significa que ele fosse mau por natureza. Ele tinha muitas dúvidas que não foram acolhidas em sua vila, e isso resultou em um caminho tortuoso - mas só se comparado aos ideais das vilas ninja. Para Emma e talvez até para Kisame, Sumaren estava no melhor local que poderia estar: Junto de pessoas que ele considera importantes, pessoas com quem criou laços verdadeiros.
- Rikudo Sennin, Eu entrei para a Akatsuki porque minha vila não fazia sentido. Todos eles estão vivendo de forma alucinada, como se delirassem sobre algum faz de conta onde eles são os mocinhos e todo o resto do mundo são vilões, só pelo fato de estarem do outro lado da história. Eu não concordo com isso. Não vejo ninguém como inteiramente mal, nem inerentemente bom. Emma é uma garota do meu clã que foi julgada e caçada por um erro que não cometeu, e agora está vivendo uma vida totalmente estigmatizada. Não posso fazer parte de um sistema que impõe este tipo de injustiça sobre os outros. Por isso, decidi criar meu próprio caminho, descobrir minha própria trajetória para conhecer este mundo profundamente e aí descobrir e poder decidir o que fazer com ele. Será que eu estou tão errado assim...?
Sumaren parecia distante neste momento. Como se sua consciência estivesse num lugar ainda mais profundo e longínquo que a própria dimensão negra que rodeava ambos, Rikudo e ele.
- Se mesmo um ser praticamente divino como o senhor está admitindo que falhou em vários aspectos, o que podemos esperar dos humanos como um todo? O que esperar de mim mesmo...? São tantas dúvidas que... Chego a sentir um aperto dolorido no peito. Eu só gostaria que todos pudessem viver bem, alegres, em harmonia. Mas não sei se acredito que isso é possível...
Sumaren respira fundo e, olhando para os olhos proféticos do eremita do tempo/espaço, conclui:
- Seus erros são seus, Hagoromo-san. São provas de que você saiu da inércia e decidiu fazer alguma coisa a respeito deste mundo... Eu gostaria de fazer o mesmo, mas do meu jeito, a partir das minhas conclusões... Assim sendo, o que eu posso fazer - ou não fazer - para evitar os mesmos erros que os teus...?
Sumaren tinha um semblante determinado neste momento. Não sabia exatamente como O Eremita receberia aquela indagação, mas não se deixaria impedir por este sentimento de impotência...
@Ben Ikneg
Uma das coisas que lhe chamou a atenção, porém, estava relacionado aos propósitos dos Bijuus.
- O que você quer dizer com criar Bijuus pra ajudar a humanidade? O que você pretende neste exato momento, Hagoromo-ojisan?
Sumaren era alguém que sentia-se deslocado dentro do mundo ninja. O garoto parecia ter uma necessidade inconsciente de pertencer a algo que fosse maior do que ele, maior que seu clã, que a sua vila... Sumaren tinha uma clara inclinação à violência, mas isso não significa que ele fosse mau por natureza. Ele tinha muitas dúvidas que não foram acolhidas em sua vila, e isso resultou em um caminho tortuoso - mas só se comparado aos ideais das vilas ninja. Para Emma e talvez até para Kisame, Sumaren estava no melhor local que poderia estar: Junto de pessoas que ele considera importantes, pessoas com quem criou laços verdadeiros.
- Rikudo Sennin, Eu entrei para a Akatsuki porque minha vila não fazia sentido. Todos eles estão vivendo de forma alucinada, como se delirassem sobre algum faz de conta onde eles são os mocinhos e todo o resto do mundo são vilões, só pelo fato de estarem do outro lado da história. Eu não concordo com isso. Não vejo ninguém como inteiramente mal, nem inerentemente bom. Emma é uma garota do meu clã que foi julgada e caçada por um erro que não cometeu, e agora está vivendo uma vida totalmente estigmatizada. Não posso fazer parte de um sistema que impõe este tipo de injustiça sobre os outros. Por isso, decidi criar meu próprio caminho, descobrir minha própria trajetória para conhecer este mundo profundamente e aí descobrir e poder decidir o que fazer com ele. Será que eu estou tão errado assim...?
Sumaren parecia distante neste momento. Como se sua consciência estivesse num lugar ainda mais profundo e longínquo que a própria dimensão negra que rodeava ambos, Rikudo e ele.
- Se mesmo um ser praticamente divino como o senhor está admitindo que falhou em vários aspectos, o que podemos esperar dos humanos como um todo? O que esperar de mim mesmo...? São tantas dúvidas que... Chego a sentir um aperto dolorido no peito. Eu só gostaria que todos pudessem viver bem, alegres, em harmonia. Mas não sei se acredito que isso é possível...
Sumaren respira fundo e, olhando para os olhos proféticos do eremita do tempo/espaço, conclui:
- Seus erros são seus, Hagoromo-san. São provas de que você saiu da inércia e decidiu fazer alguma coisa a respeito deste mundo... Eu gostaria de fazer o mesmo, mas do meu jeito, a partir das minhas conclusões... Assim sendo, o que eu posso fazer - ou não fazer - para evitar os mesmos erros que os teus...?
Sumaren tinha um semblante determinado neste momento. Não sabia exatamente como O Eremita receberia aquela indagação, mas não se deixaria impedir por este sentimento de impotência...
@Ben Ikneg