ShinobinoKami escreveu: @Nero Sparda sua lógica não faz qualquer sentido. Então por que o Estado pode tomar a propriedade de criminosos os Estados Unidos da América não são um país capitalista? Judeus não tinham direito a propriedade privada porque não eram considerados cidadãos sob a proteção legal.
Onde, quem da Escola Austríaca discordava da definição de Capitalismo como um sistema econômico onde os meios de produção são privados, cite o nome do autor.
Bom:
Mises e Leonard Read, F.A. "Baldy" Harper e V. Orval Watts da Foundation for Economic Education, bem como Hanry Hazlitt e H.J. Davenport (Revista Fortune) representavam a ala manchesteriana do encontro. Hayek, Milton Friedman e Fritz Machlup eram os neoliberais. Pessoas como Walter Eucken, Harry Gideonse, Bertrand de Jouvenel, Frank Knight, Michael Polanyi, Karl Popper, Wilhelm Röpke e George Stigler representavam os social-democratas liberais. Maurice Allais e Lionel Robbins representavam a extrema esquerda da conferência.
Allais não conseguiu sequer endossar a vaga "declaração de metas" que todos os outros participantes aprovaram no dia 8 de abril.
Em seu discurso de abertura, Hayek determinou a agenda para a reconstrução ideológica do movimento liberal-clássico do pós-guerra. Tal agenda envolvia, Hayek explicou, de um lado "expurgar da teoria liberal tradicional certos acréscimos acidentais que foram anexados a ela no decorrer do tempo" e, do outro, "enfrentar corajosamente alguns problemas reais que um liberalismo ultra-simplificado esquivou-se de enfrentar ou que se tornaram aparentes apenas desde que se transformaram em um credo um tanto estacionário e rígido"[14]
Como os acontecimentos posteriores iriam mostrar, o significado concreto do seu programa era (1) isentar de culpa o liberalismo clássico contra certas críticas muito difundidas e generalizadas, como, por exemplo, a de que as políticas que ele havia inspirado levaram à miséria em massa; (2) distinguir o "moderno" liberalismo do sua modalidade laissez-faire anterior.
Alguns do outros discursos programados, entretanto, foram mais "neo" e menos "liberais". Por exemplo, o economista alemão Walter Eucken explicou que a legislação anti-monopólio não era suficiente para combater monopólios. Legislações adicionais eram necessárias no campo do direito corporativo, da lei de patentes e da lei de marcas comerciais. Ele defendia duas máximas da política econômica. Primeiro, embora devesse haver liberdade de contrato, essa liberdade não poderia de maneira alguma limitar da qualquer forma que fosse a liberdade de contrato de terceiros. Segundo, participantes do mercado que fossem monopolistas deveriam ser forçados a se comportarem como se estivessem sob "concorrência" — produzindo as mesmas quantidades e vendendo-as aos mesmos preços que existiriam sob um arranjo "concorrencial".
Em suma, Eucken ofertou a mesma agenda intervencionista que já havia dominado o Colóquio de Lippmann em 1938. Naquela época, Mises estava em sua lua de mel em Paris, o que pode explicar o fato de suas contribuições para a discussão terem sido atipicamente mansas. Porém, agora, nove anos depois, sua lua de mel já tinha acabado. Ele reagiu com grande determinação e defendeu sua posição laissez-faire tão vigorosamente que, muitos anos depois, seu amigo Lawrence Fertig ainda se lembrava dos detalhes do debate. Milton Friedman concordou:
"Nossas seções foram marcadas por vigorosas controvérsias acerca de assuntos como o papel da religião e dos valores morais em possibilitar e preservar uma sociedade livre; o papel dos sindicatos e a ação apropriada do governo para afetar a distribuição de renda. Eu particularmente me lembro de uma discussão sobre o assunto, no meio da qual Ludwig von Mises levantou-se, virou-se para os participantes e proclamou "Vocês são todos um bando de socialistas", e saiu pisando duro da sala. Tal reunião não continha uma única pessoa que poderia, mesmo pelos mais baixos padrões, ser considerada socialista.[15]"
Friedman não especificou o que ele quis dizer com "mais baixos padrões". Em todo caso, embora Mises fosse capaz de ter alta estima por socialistas, o incidente mostrou que ele tinha pouca paciência com socialistas que faziam pose de liberais. O debate entre Mises e seus oponentes neoliberais deu o tom e definiu os rumos da Sociedade Mont Pèlerin nos anos vindouros. Wilhelm Röpke mais tarde viria a prestar uma amigável homenagem a Mises, ainda que este tenha feito "comentários sarcásticos a respeito do espírito não iluminado de vários de seus membros", incluindo o próprio Röpke.
E tem mais:
Encontramos uma clara expressão da visão de mundo neoliberal em um artigo que Hayek escreveu em 1935. Comentando a teoria de Mises sobre o intervencionismo, Hayek observa que, do argumento de Mises, não se pode concluir que "a única forma de capitalismo que pode ser racionalmente defendida é aquela do laissez-faire completo, em seu antigo sentido". Ele continuou:
"O reconhecimento do princípio da propriedade privada não necessariamente implica, de modo algum, que a delimitação dos conteúdos desse direito pelas leis existentes é a mais apropriada. A questão sobre qual é o mais apropriado arranjo permanente que irá assegurar o funcionamento mais harmônico e eficiente da concorrência é da maior importância, e há de se admitir que tal questão tem sido lamentavelmente negligenciada pelos economistas."
Note que ela tá desconsiderando essa terceira via que é onde fica o nazismo e fascismo como capitalismo.
https://www.mises.org.br/article/920/mises-contra-os-neoliberais--as-origens-desse-termo-e-seus-defensores
Sobre os criminosos, a maioria(não todos até por que nem toda lei é justa) são considerados ou ameaças a sociedade, ou a propriedade, ou ao estado, e é por isso que eles não tem direitos, no caso do Nazismo é só ódio mesmo. Eles odiavam judeus e tentavam achar justificativas para removerem os direitos deles. Inclusive em uma sociedade minarquista onde o estado só existiria pra proteger a propriedade privada e manter a ordem sem interferir na economia.
Outra que, é só lembrar que no feudalismo já existia propriedade apesar de não ser dos meios de produção como na revolução industrial, mas já existiam, a diferença que era ela mantida por meio do poder impedindo que por exemplo um camponês virasse um rei ou nobre apenas por não ter sangue real ou nobre da mesma forma que um judeu não tem direito a nada por não ter sangue "ariano".
6 Lições escreveu: Certas expressões usadas pelo povo são, muitas vezes, inteiramente equivocadas. Assim, atribuem-se a capitães de indústria e a grandes empresários de nossos dias epítetos como “o rei do chocolate”, “o rei do algodão” ou “o rei do automóvel”. Ao usar essas expressões, o povo demonstra não ver praticamente nenhuma diferença entre os industriais de hoje e os reis, duques ou lordes de outrora. Mas, na realidade, a diferença é enorme, pois um rei do chocolate absolutamente não rege, ele serve. Não reina sobre um território conquistado, independente do mercado, independente de seus compradores. O rei do chocolate – ou do aço, ou do automóvel, ou qualquer outro rei da indústria contemporânea – depende da indústria que administra e dos clientes a quem presta serviços. Esse “rei” precisa se conservar nas boas graças dos seus súditos, os consumidores: perderá seu “reino” assim que já não tiver condições de prestar aos seus clientes um serviço melhor e de mais baixo custo que o oferecido por seus concorrentes.
Duzentos anos atrás, antes do advento do capitalismo, o status social de um homem permanecia inalterado do princípio ao fim de sua existência: era herdado dos seus ancestrais e nunca mudava. Se nascesse pobre, pobre seria para sempre; se rico – lorde ou duque –, manteria seu ducado, e a propriedade que o acompanhava, pelo resto dos seus dias.
O socialismo alemão, como Mises o definiu, diferia do "socialismo de padrão russo". O socialismo de padrão alemão, disse Mises, "mantinha, ao menos aparentemente, a propriedade privada dos meios de produção e permitia, ao menos nominalmente, o empreendedorismo e as transações de mercado".
No entanto, tal arranjo era apenas superficial. Por meio de um abrangente e complexo sistema de regulações e intervenções econômicas, a função empreendedorial dos proprietários dos meios de produção era totalmente controlada pelo estado. Industriais e comerciantes, por exemplo, não mais tinham a função empreendedorial de tentar antecipar quais seriam as demandas futuras dos consumidores para então fazer as devidas alocações de recursos visando à satisfação desta demanda e, consequentemente, ao lucro. Assim como na União Soviética, essa função de especulação empreendedorial e alocação de recursos era feita exclusivamente pelo estado.
Consequentemente, dado que era o estado quem estava no controle efetivo da alocação de recursos, o cálculo econômico de preços e custos se tornava impossível.
"Na Alemanha nazista", disse Mises,
"Os proprietários dos meios de produção eram chamados de dirigentes comerciais, ou 'Betriebsführer'. O governo dizia a estes supostos empreendedores o que produzir, como produzir, em quais quantidades e a que preços. O governo também determinava de quem eles deveriam comprar, a quais preços e a quem poderiam vender. O governo decretava os salários que deveriam ser pagos para cada trabalhador. E determinava também para quem e sob quais condições o capitalista deveria investir seus fundos.
As transações de mercado não eram genuínas; eram apenas um fingimento, uma simulação.
E, dado que todos os preços, salários e taxas de juros eram estipulados pelas autoridades, eram preços, salários e juros apenas na aparência. Com efeito, eram termos meramente quantitativos em meio a um ordenamento autoritário que determinava a renda, o consumo e o padrão de vida de cada indivíduo. Era a autoridade, e não os consumidores, quem comandava a produção.
O comitê central de gerenciamento da produção era supremo. Todos os cidadãos se transformaram em meros funcionários públicos. Isso nada mais é do que um arranjo socialista camuflado sob uma aparência externa de capitalismo. Alguns termos que remetiam a uma economia capitalista foram mantidos, mas seu significado era totalmente diferente daquele de uma genuína economia de mercado."
Em suma: os nazistas praticaram controle de preços, controle de salários e arregimentaram toda a produção. A propriedade dos meios de produção continuou em mãos privadas, mas era o governo quem decidia o que deveria ser produzido, em qual quantidade, por quais métodos, e a quem tais produtos seriam distribuídos, bem como quais preços seriam cobrados, quais salários seriam pagos, e quais dividendos ou outras rendas seria permitido ao proprietário privado nominal receber.
Desnecessário ressaltar que determinar preços e salários, e estipular o que deve ser produzido, como e para quem, representam um claro ataque à propriedade privada, pois retiram dos produtores as opções que eles teriam no livre mercado para aplicar seus recursos. Trata-se de uma intervenção estatal que, na prática, proíbe os proprietários de investirem seus recursos onde e como bem quiserem.
@Zeno Eu já dei um olhada nesses livros, talvez um dia eu leia, mas não recomendo se apoiar em apenas um autor.
@Wick Zeno antigo nunca ia falar uma coisa dessas KKKKKKKKKKKKKKK.