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[Lex Talionis] An eye for an eye

3 participantes

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An eye for an eye



15º Turno




Vahlor Island  - 16:00 PM
Costa e Mar ao Norte de Sôhmirs
Clima: Nevoeiro Intenso
Temperatura: 5 º


Muito diferentemente do protocolo normal da marinha, a salva de disparos iniciais do Buster Call não demorou a cessar. Há um bom tempo os homens em solo e em mar perguntavam-se o que é que estava se passando na cabeça do vice-almirante responsável pela frente norte da batalha. Entretanto, devido a um clima anormalmente enevoado, que muitos não teriam visto é que um pequeno transporte voador foi lançado do navio mais recuado da frota. Alguns dos marinheiros mais próximos das cordilheiras à nordeste puderam perceber alguns fachos de luz próximo do topo das montanhas. No entanto, devido ao nevoeiro terrível que precedia o impacto do Buster Call, o que eles acabaram vendo foi quase uma daquelas experiências psicodélicas com ETs. A luz baixou e, sem mais nem menos subiu, desaparecendo no interior da névoa pesadíssima.

Ninguém soube dizer exatamente quanto tempo se passou até que os disparos dos canhões da Marinha fossem retomados. Os soldados de ambos os lados apenas procuraram manter-se o mais abrigados possível. Graças a baixíssima visibilidade e incidência de luz solar, não mais do que algumas batalhas corpo a corpo foram travadas no interior de algumas poucas trincheiras. Ambas as forças estavam às cegas, freneticamente tateando os arredores para tentar sair daquela situação desesperançosa.

Todavia, quando finalmente puderam ouvir o derradeiro disparo inicial, um enorme estrondo pode ser ouvido antes que a bala de canhão tivesse tempo para chegar em solo.

BOOM!!


Contra a névoa, a cena que todos viram foi de uma bola de luz - que tremeluzia como fogo- flutuando no horizonte onde antes estavam os navios da marinha. A maioria não pareceu entender nada, até porque o desespero da situação também não ajudava. 

Nos navios ao redor das costas, os marinheiros mais próximos também pareciam bastante confusos. Para eles era visível que o navio em questão estava em chamas, condenado a afundar. No entanto, ninguém conseguia determinar de onde ou quando havia surgido o poder capaz de fazer aquilo. Muitos imediatamente reportaram se tratar de bombas ou alguma sabotagem, entretanto não foi mais do que alguns instantes para que percebessem a realidade. Naturalmente, apesar do momentâneo atraso, o processo do Buster Call continuou nas demais embarcações ainda operantes. No entanto, ao que sucessivamente iniciaram suas salvas de disparos, luzes vermelhas começaram a cair dos céus, alvejando os navios responsáveis pelos disparos um a um. Naturalmente, o impacto não foi tão dramático quanto o primeiro, mas quando o processo de disparos contínuos iniciou-se sob a ilha, uma chuva de fogo também começou a cair sob todos os navios da frota Marine.

De onde vinham? A identidade dos responsáveis era dedutível, mas era difícil reorganizar-se numa situação em que o inimigo parecia te ver, mas não o contrário. A esquadra do Buster Call já teria sofrido avarias significativas quando os disparos começassem a focar os atacantes vindos dos céus. Ao aparente contato contra os cascos inimigos, a maioria dos disparos reagia em um brilho azul. Todavia, dada a situação os marinheiros despreparados nada poderiam fazer a não ser continuar disparando.

Instaurado o caos generalizado, navios da marinha começavam a afundar, bem como um ou outro dos misteriosos atacantes vindos dos céus. Graças ao nevoeiro cada vez mais poderoso, absolutamente ninguém da marinha tinha certeza do que eram exatamente. Só que eram grandes e pesados, dado o som que faziam ao se espatifar com o mar. Àquela altura, apesar das baixas em mar, uma coisa havia ficado clara para todos nos campos de batalha: de algum jeito inesperado Sôhmirs havia sido poupada da fúria do Buster Call.

Os soldados da Spades, vendo os shows de luzes no horizonte ao mar, imediatamente perceberam que os inimigos estavam encurralados contra a orla. Sendo assim, o embate, ainda que muito precário e às cegas, foi retomado. Era a oportunidade que tinham para neutralizar os marinheiros em solo de uma vez por todas.




Capital de Khórus - 04:00 AM
Coração de Khórus
Clima: Nublado
Temperatura: 20 ºC

Uma figura sonolenta balançou-se em sua cadeira quando um sinal verde apitou. Os monitores diante da silhueta de armadura denunciavam que a frota havia chegado às costas de Vahlor Island. O homem estalou seus dedos, voltando a digitar freneticamente para estabelecer contato. Sorte sua, os aparatos capazes de fazer os sinais de comunicação contornar o globo ainda estavam perfeitamente operantes. Não demorou até que conseguisse projetar um holograma próprio no interior da capitânia Spades.


Os agentes no interior da ponte de comando rapidamente retornaram aos seus postos diante do surgimento do homem de luz. Virando a cabeça de um lado ao outro, foi como se o visor em fenda de seu capacete escaneasse os indivíduos um a um. Na verdade, o Ás de Ouros apenas media os subordinados que tinha encarregado para uma tarefa tão crucial. Vendo que todos estavam à postos, não sentiu necessidade em ordená-lo. Apenas permaneceu ali, fantasmagoricamente quieto até que novas reações surgissem no display tridimensional suspenso perante todos da ponte.

Até então completamente vazio, o início de uma reação exotérmica foi captada em um ponto específico do mar ao redor de Vahlor Island. Letal, o Ás de Ouros não precisou de mais do que isso.

- Marionetes estúpidas do Governo Mundial - lamentou, ainda um tanto disperso - Concentrem todo o poder de fogo nos tolos que decidiram tomar a dianteira nesse massacre irracional - seu braço holográfico estendeu-se na direção do único ponto no enorme display esférico vazio - Feuer! - finalizou, efetuando quase um corte com seu braço erguido.

Num estrondo recheado de chiados, o caçador do holograma logo pode ver no próprio display a tal reação energética escalando: o navio estava em chamas. Era como se tivesse explodido e, graças à tecnologia de manipulação climática em grande escala trazida de Khórus, eles mal teriam noção da frota rival que flutuava logo acima deles.

Então, conforme o previsto, os inimigos encararam a explosão de um único navio como uma pequena inconsistência e continuaram com seu ataque. Múltiplas reações de liberação de energia começaram a surgir em um formato de anel dentro da tela holográfica esférica. Claramente, a formação típica de um Buster Call ao redor da ilha-alvo.

- Os inimigos ainda não sabem de nossa presença nos céus - o holograma disse incisivo - Toda a frota: dividam-se entre os epicentros das reações energéticas ao redor de Vahlor - ordenaria, manipulando o display e inserindo os modelos que representavam a posição extrapolada dos navios a partir das reações dos canhões inimigos - Disparem à vontade. Feuer!! - ordenou por uma última vez, reacomodando-se em sua cadeira, absolutamente atento ao display do campo de batalha, o ciborgue holográfico nada mais disse.

Freneticamente, os diversos subordinados novamente começaram a repassar as ordens para os demais veículos. Sabe-se lá quantos, mas que certamente estavam conseguindo rivalizar com aquela frota de Buster Call da marinha. A Marinha podia não ter noção disso ainda, mas a Spades e os Plutocratas de Khórus tinham acabado de atingir um feito inédito na história: interromper um Buster Call. E, conforme o Ás calculava, aquele deveria ser o primeiro passo na grande virada de mesa que os outros potenciais militares globais dariam no Governo Mundial. Pela primeira vez na história do planeta, o Buster Call, o infame ataque absoluto da Marinha, agora já não era mais tão inevitável ou absoluto assim. Graças ao véu fornecido pelo denso nevoeiro, nem a Marinha e nem potenciais inimigos saberiam o que havia sido capaz de parar o temível Buster Call. No entanto, ainda assim o mundo saberia ser possível. E isso, por ora, era suficiente ao alto escalão da Spades, os maquinadores de tal esquema.





?????????????????????? - ??:?? PM
????????????????????????????
Clima: Nevoeiro Intenso
Temperatura: 5 ºC

No interior da sala com potencial de ser a ponte de comando da Marinha, dado o luxoh, o representante de classe Kobayashi não demorou a despertar. Podia não se sentir 100%, ainda meio tonto, mas de forma alguma perderia sua pompa de estudante-exemplo anti-delinquentes. Como se o seu afronte tivesse viajado por quilômetros através do holograma de Mugen, não demorou até que a Almirante reagisse à escolha peculiar do garoto de como reagir àquela situação.

- Hmm… E age parecido com ele também - a mulher ergueu as sobrancelhas, genuinamente surpresa, mas também não tão empolgada assim.

Nitidamente ela ignorou todas as falas do ser insignificante diante dela. Quem quer que ele achasse ser, para a Almirante da Marinha, não passava de uma pequena ameba tagarelando à distância. O que ela não foi capaz de ignorar, porém, foi a despropositada cutucada na ferida que Primrose havia feito. Soubesse ela ou não, não era algo nada prudente tocar no assunto da aparência andrógena da mulher, que apesar disso era muito cis hétero sim, obrigado. Com uma expressão irritada, a mulher estalou a língua, pronta para levantar-se de sua poltrona holográfica, mas…

BOOM!!

Em fúria, a expressão da almirante dirigiu-se na direção de onde vinha o som.

- GAIUS, QUAL O STATUS?? - Mugen bradou, furiosa.

- Segundo os relatórios - após sacar um den den mushi próximo à orelha, a mulher imediatamente aproximou-se da mesa holográfica, olhando fixamente - Um de nossos navios explodiu. Supõe-se ser sabotagem - a mulher voltou-se para sua superior.

Mugen apenas revirou os olhos. A encapuzada entendeu imediatamente: dar prosseguimento. Para bom entendedor, meia expressão valia. Houve apenas tempo de levar o den den mushi à boca e dizer:

- Proceder Buster Ca… - a mulher interrompeu-se, um tanto assustada ao ver o monitor adiante de si.

Curiosa para com o motivo que teria feito a fria Gaius engasgar, Mugen cerrou os olhos em direção à janela. Junto às luzes das explosões dos canhões da própria frota Marine, centenas de flashes avermelhados pareciam cair dos céus, atingindo os navios. Não precisou de muito para que ela entendesse a situação. Já conhecia aqueles inimigos de outros carnavais.

- MALDITOS SEJAM!!!!! - ela ergueu-se subitamente - SPAAAAAADESSSS!!!!!!! - a mulher urrou irada - ORDENE QUE TODAS AS UNIDADES ATIREM PARA CIMA! AGORA!! - o holograma apontou em direção à mesa.

- Hai - Gaius prontamente respondeu, acionando mais alguns comandos na mesa holográfica.

Ao ver que gradativamente os canhões aliados começavam a alvejar, a Almirante voltou a se sentar. Ainda emburrada, mas esperando para ver o desenrolar da situação. Nisso, os dois Spades capturados e a recém-revelada traidora, Claire, tinham ficado como meros espectadores. Claire estava estupefata com tanta informação, mas permaneceu calada por, bem… Saber o seu lugar como subordinada capacho, né? Enquanto isso, Primrose já teria tido tempo o suficiente para não só se recuperar da porrada da nuca, mas também para perceber que eles não estavam amarrados, tão pouco drogados para anular os poderes de suas frutas. Imprudência da Almirante e Vice-Almirante? Talvez sim. Talvez não. Kobayashi também já estaria se sentindo fisicamente melhor e, por sua vez, também teria tido tempo o suficiente… Para ficar entediado ou irritado por ser ignorado? Enfim, sabe deus o que se passa na cabeça dele. Mugen já tinha quase se esquecido dos dois, quando:

- Ô da Cipher Pol... - Mugen, maquiavélica, voltou-se para Claire - Pega o volante - deitada, ela apontou com o queixo na direção do painel que Gaius operava - Gaius, dê um trato nesses fedelhos - finalizou, ainda em alto tom e acomodando-se para assistir ao show, mas claramente fervendo de raiva por dentro.

A mulher deixou o den den mushi na beirada da mesa para que Claire assumisse. Então, a figura encapuzada voltou-se para os dois com uma aura quase sepulcral. Como se concentrasse suas energias físicas, a mulher moveu os lábios, querendo dizer alguma coisa. Prim e Koba sabiam que ela já havia dito algo, eles podiam sentir a tensão na pele. No entanto, foi com somente após um delay sinistro que uma voz inumana junto de uma poderosa aura ecoou pela sala:

- AJOELHEM-SE!! - a mulher disse firmemente, em uníssono consigo mesma, quase como se tivessem centenas de outras pessoas dentro dela dizendo o mesmo.

Ao que o som tocou os seus ouvidos, foi como se as vibrações sonoras e uma poderosa aura invadissem seus corpos. No entanto, algo ainda não estava certo… Por mais que algo em seus subconscientes quisesse completar a ordem, não parecia haver força o suficiente. Suas pernas bambearam, suas consciências pareceram momentaneamente querer se esvairem, mas não ao ponto de ajoelharem de fato.

Apesar do véu sobre o rosto impedir-lhes de confirmar, no entanto, pela linguagem corporal, Gaius não parecia nem um pouco preocupada com isso. Erguendo ambas as mãos em X, como se meticulosamente concentrasse ao máximo a força de cada fibra muscular que tinha no corpo, a sacerdotisa estava mais do que preparada para esmagar Prim e Koba. Efetuando dois cortes em meia-lua com as mãos, Gaius arremessaria dois cortes de ar imbuídos de energia negra. Energia esta que Rose reconheceria como o mesmo poder que havia sido capaz de nocauteá-la anteriormente e Koba, simplesmente como Poder do Delinquente. Claro que, dado o fato de que o poder não estava envolvendo seu corpo diretamente, mas sim o projétil, poderia tratar-se de algo inédito para os jovens caçadores.

Um corte de ar imbuído pelo armamento da mulher seguia para cada caçador. Praticamente horizontais - mas ligeiramente diagonais, devido ao movimento em X inicial -, os cortes miravam mais ou menos na altura dos peitos de seus alvos. Àquela altura, suas pernas ainda pareciam confusas se queriam obedecer à ordem da sacerdotisa ou não. Por isso, estavam respondendo porcamente. Kobayashi e Primrose teriam que dar seus pulo, se virar nos trinta se quisessem sair inteiros daquela situação.




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A ordem interrompida do Burster Call acabou entregando a pista que Primrose precisava para entender com quem estava falando. No fim, tirando ela mesma e Kobayashi, todas pertenciam à marinha (inclusive, o termo Cipher Pol deveria ser escrito junto com as outras anotações sobre a ex-colega). Um misto de traição e desprezo parecia lutar em seu interior por ter ficado tanto tempo ao lado de alguém conivente com essa organização, principalmente pelas imensas oportunidades que teve presentear Claire com uma bala. Obviamente estava decepcionada com Kobayashi - talvez mulheres possam ser uma fraqueza para ele e por isso Claire caiu em suas graças. Pensando nisso, a caçadora apenas estalou a língua e revirou os olhos.

A revolta (e gritaria) da superior hologramada serviu como uma distração para Prim testar suas hipóteses. Ela estava livre e não havia problemas quanto ao uso da sua habilidade - o que criou um grande ponto de interrogação em sua cabeça. Deveriam achar que tinham alguma vantagem, e não poderia desconsiderar as informações privilegiadas que Claire pode ter passado. Não se lembrava de ter usado muito de sua Akuma no Mi na frente dela, com exceção de ter revestido o furgão e criado munição e a corrente. Não sabia ao certo se ela tinha prestado atenção no headshot que tomou. De qualquer forma, esperava que elas ficassem bem confiantes mesmo, ia ser delicioso arrancar as línguas dessa cambada de marine safada.

- O rapaz do holograma tá puto... e a Claire é bem solícita. A outra toda coberta ali deve ser feia. - comentou Rose em um tom despretensioso para ninguém em especial quando a traidora assumiu a direção.

Ao menos pelo termo volante, considerava que estava em um transporte em movimento de tamanho considerável (provavelmente uma embarcação?) que a CP conseguiria dirigir. Levando em conta que não tinha conhecimento de direção e que Kobayashi não deveria saber fazer um 'O' com um copo, não poderia matar a traidora de primeira - mas na cabeça dela existia uma faixa bem grande escrito CULPADA, junto com um alvo. A privação de não poder escrever imediatamente no caderninho as novas informações deixou-a irritada.

Gaius, toda coberta, sussurrou uma coisa qualquer e o que ocorreu em seguida foi uma das únicas vezes em que Primrose duvidou de sua falta de crença religiosa. "Quêêêê?" Essa pergunta ecoou menos em sua mente do que as vozes esquisitas lotadas de autotune que carregavam um comando para dentro do seu cerne. Seria uma possessão? A vontade de acender algumas velas e orar mostrou-se como uma alternativa. A vice-almirante estava claramente carregada e só sal grosso e água benta pra derrubar o espírito maligno presente nela. Por um momento, a mente da pistoleira pareceu sair da sintonia do corpo, suas pernas não pareciam obedecer bem e não havia tempo suficiente para entender o que estava acontecendo. Por fim, ela apenas balançou a cabeça e aceitou que aquilo era real, fruto de alguma habilidade desconhecida (além de que se fosse espírito mesmo, não tinha como acertar tiro e pronto).

O movimento seguinte da sacerdotisa fez a atiradora agir o mais rápido que pôde, levando em conta a síndrome da perna louca que havia se desenvolvido. Graças a explicação anterior de Kobayashi, os disparos realizados através dos braços da vice-almirante deveriam participar do mesmo tipo de habilidade dos braços negros que o representante de classe havia mostrado, o que em resumo significava que teria muitos problemas se aquilo encostasse no seu corpo, por mais flexível que conseguisse se tornar.

Aproveitou o ângulo do golpe para se jogar inteiramente no chão. As mãos desciam preparadas para tocar a superfície, imbuí-la com mercúrio e lançar um contra-ataque com a sua técnica espinhosa - Bloody Carnival. Manteria sua atenção em Claire também, que já virou a casaca mesmo e poderia entrar no duelo franco a qualquer momento. O próximo passo era se levantar com suas pistolas preparadas para atirar, e caso sentisse a ausência delas, lançar a cadeira que estava sentada contra a mulher seria um bom começo.



Akuma e Técnica :

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A quantidade de coisa acontecendo naquela sala já havia passado do nível que meu cérebro era capaz de acompanhar e reproduzir pra mim SEM que eu ficasse puto, então, obviamente, uma veia de raiva já estava pulsando na minha testa a partir do momento que a resposta daquela mulher fora completamente vaga e sem interesse algum em minha fala. Apesar de que eu já teria avançado nela se a mesma não fosse apenas um holograma, algo dentro de mim fazia com que eu me sentisse levemente nostálgico quanto a ela.

Aqueles olhos pareciam algo que eu olhava bastante quando ainda era só um bebê, quase como a TV onde eu assistia as lutas profissionais todas as noites… Mas algo assim era impossível, ela provavelmente só devia ser parecida com a garota que levanta a placa do round das batalhas e eu to imaginando coisas. Fora que, dado os acontecimentos, eu não teria tempo para pensar nisso por hora.

O que tudo indicava é que estávamos em uma embarcação dos delinquentes e aquela mulher do holofote era a líder deles. Por mais incrível que o que eu vá dizer em seguida possa ser, uma calmaria me afetou ao perceber isso. A maior fonte dos meus problemas com delinquentes estava bem na minha frente e falava como se me conhecesse. Qual era o significado disso? Claro, mais uma pergunta onde a resposta teria que esperar. Além de ter que lidar com o aparente fato de ter falhado na educação de Claire, a mulher chamada de Gaius foi ordenada a atacar.

Perfeito.

Eu estava precisando mesmo deixar um pouco de energia sair do meu corpo para pôr a mente no lugar.

Suspirei fundo voltando minha atenção para a mulher em questão, sendo surpreendido por um comando de voz dela que mostrou afetar meu corpo internamente. Eu já conhecia aquela aura, era a mesma que a Diretora possuía — bastava um comando dela que a escola inteira se ajoelhava perante a sua força. No entanto, não pude deixar de soltar uma leve risada. O comando de Gaia podia até ter surtido algum efeito mais fraco, mas não foi absoluto; diferente do qual eu já estava acostumado a ouvir.

- No fim, uma cópia qualquer nunca irá se igualar a Diretora... — Comentei entrando em forma de batalha.

Ao notar que aquilo não foi o suficiente para nos parar, seu próximo golpe fora cortes de ar claramente revestidos com o PdD — o qual eu iria responder com a mesma moeda. Inflaria e revestiria meus braços com o mesmo PdD usado por Gaia para socar o golpe de ar e devolvê-lo com uma bela explosão na sua direção. Pude notar pela expressão de (ainda menos) poucos amigos de Rose que ela não estava nada feliz com aquela situação, ainda mais por perceber que se tratavam de marinheiros; coisa que ela não gostava pelo o que eu lembre desde que era pequena.

Por mais que eu tivesse feito pouco caso do comando de Gaia, o efeito nas minhas pernas era um problema. Eu já não era do tipo que era super rápido e receber uma espécie de paralyze só iria piorar o caso, mas não é como se eu já não estivesse acostumado. Se eu não posso ir até a sala da Diretora, bastava com que eu fizesse que a Diretora viesse até onde eu estava. Colando a ideia do golpe da Rose, eu inflaria meus braços novamente os revestindo com o PdD e golpearia o chão buscando lançar uma onda de poder explosivo na direção de Gaia. Mesmo que eu não conseguisse realmente “lançar” essa onda, eu ainda conseguiria uma instabilidade no chão que eu usaria como uma espécie de ganha-tempo para tentar recuperar minhas pernas.

As inflaria logo em seguida para ver se aceleraria o passar daquele efeito e independente do resultado, usaria minha força própria para voltar o comando para mim e assim poder me lançar na direção de Gaia. Por mais que eu saiba que o estilo da Rose é mais a distância pelo seu poder de metal e que me aproximar daquela mulher poderia atrapalhá-la, ao mesmo tempo eu também confiaria nas suas habilidades de tiro e que ela iria saber usar as brechas que eu abriria num combate corpo-a-corpo para que ela pudesse atacar.

- DEIXO A RETAGUARDA COM VOCÊ, ROSE! - Bradei esperando que ela entendesse de cara aquela mini-estratégia.

Apesar de não ser muito fã de 2x1, não iria reclamar naquela batalha visto que a Gaia tinha esse comando irritante e que a Claire a qualquer momento poderia se juntar a ela naquela luta. Sendo assim, focaria em revestir meus braços inflados e partiria para a trocação de soco franca. Dependendo de como a Gaia responderia, tinha algo novo que eu queria testar. Já fazia um certo tempo que eu sentia que o PdD parecia estar evoluindo dentro de mim a ponto de parecer… quente, ao mesmo tempo que ainda mais sombrio… Naquela luta eu iria descobrir exatamente o que isso se tratava.

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16º Turno




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Temperatura: 5 ºC

Conforme refletiu melhor a respeito da Cipher Pol, Primrose sozinha acabou notando algo de diferente no semblante da garota. Sua face, quase sempre gélida, apresentava um quê de arrependimento. Talvez fosse arrependimento por estar fazendo tudo aquilo com aqueles que foram seus companheiros de viagem por alguns meses. Entretanto, ainda havia a possibilidade de simplesmente ser arrependimento por não ter contado todas as informações à Almirante, talvez por razões emocionais.

Claire não seguiu exatamente para o volante da embarcação, mas sim assumiu o antigo posto de Gaius. Inicialmente pareceu um pouco retraída na manipulação dos displays, mas a coisa pareceu estar sob controle. Não haviam comandos complexos a serem dados para a frota: cada navio estava lidando com o veículo voador Spades mais próximo. E, pelo ar da coisa, a batalha de disparos não parecia que iria terminar tão cedo.

Primeira a agir, Primrose tomou uma decisão bastante eficiente, aproveitando-se do fato de que suas pernas já estavam fracas, jogou-se no chão para desviar do corte horizontal. Ao mesmo tempo, tocou no solo e lançou um contra-ataque em direção a Gaius.

Enquanto o mercúrio se propagava pelo chão até a posição da sacerdotisa, Kobayashi também agia. Revestindo seus braços com o armamento básico, o representante brandiu a camada negra dos braços inchados contra o afiado corte de ar, fazendo saltar faíscas. Com sua força descomunal fora suficiente para barrar o avanço do ataque completamente. No entanto, Gaius também não era fraca e, por isso, o ataque não se desfez, assim, tão facilmente. Por alguns instantes parecia se instaurar um embate de atrito entre o bloqueio e o ataque de ar, porém, os braços inflados não demoraram a se romper em uma explosão. Considerando a injeção de poder extra, a explosão foi capaz de anular o corte de ar e, apesar de não acabar lançando a onda de choque com poder típico, ainda foi capaz de desestabilizar a postura Gaius. Algo nada vantajoso, visto o avanço do ataque mercurial.

Enquanto lutava para frear e não ser jogada para mais longe, Gaius manteve-se absolutamente atenta à onda espinhosa de mercúrio que rastejava em sua direção. No entanto, ela sabia que frear significava que as estacas metálicas conseguiriam alcançá-la. Ao que ela se viu quase freando o empurrão de Koba, seu corpo se endureceu e com o máximo de seu vigor corporal ela tentou um Geppo para a lateral. Alguns espinhos haviam conseguido atingi-la de raspão no braço, arrancando-lhe sangue. No entanto, havia prevenido ferimentos significativos naquele contra-ataque.

- Tsc… - ela resmungou, relativamente calma, colocando a mão sobre os cortes em seu braço e dando uma olhada no sangue.

Balançando a mão para livrar-se do sangue, a Vice-almirante voltou sua face coberta para a pistoleira: era quase como se ela pudesse ver através da alma da garota. Foi então que uma nova aura, recheada de uma tensão pré-catastrofe pareceu tomar conta do ambiente. Com o mesmo coro fantasmagórico de vozes, ela ordenou a Primrose:

- EMPALE-O!!!!

Como se sentisse toda a pressão concentrar-se nela, o nível da sugestão foi completamente diferente daquele experimentado na primeira vez. Momentaneamente sua visão apagou, bem como suas memórias do que ocorreu logo em seguida também. Do ponto de vista de Kobayashi, uma Primrose de olhos vazios imediatamente voltou-se a ele e, surpreendentemente, tentou criar uma enorme estaca logo abaixo dele. Quando a pistoleira finalmente voltou à si, a ação já estava em execução. Foi como se sua visão tivesse se escurecido e imediatamente voltado, mas com um pequeno salto temporal desconcertante. Ela piscou e a estalagmite já havia saltado em Kobayashi.

Todavia, não era apenas isso. Naturalmente, Gaius não tinha ficado parada durante o susto que os dois caçadores tomaria. Lançando-se adiante em um Soru, ela avançava na direção da atiradora atordoada. Obviamente, Primrose estava em desvantagem pelo apagão que teria sofrido por alguns instantes. Àquela altura a sacerdotisa já estava na metade do caminho com um punho negro chamuscando em riste. Kobayashi também estava em uma situação complicada, pois teria sido atacado há pouco. Todavia, ao que lidasse com a tentativa de empalamento, sua situação para agir seria melhor que a dela.




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Sinceramente, aquela mulher havia conseguido me surpreender com a força do golpe que ela criara. Eu esperava explodir o corte de ar com um simples soco, mas não só ele durou mais do que eu imaginava como foi necessário o poder da minha explosão para que eu passasse por ele; o que era um claro sinal de que aquela mulher não era qualquer uma. Fora nesse momento que as instruções da Nine ressoaram na minha cabeça, sobre uma missão de trazer a cabeça de um imediato…? ou algo do tipo pra ela.

Essa pessoa só podia ser Gaius.

Tendo ainda mais motivos para derrotar a mulher, eu estava pronto para iniciar outro avanço contra ela quando algo inesperado aconteceu; Rose, que deveria estar na minha retaguarda, mostrou-se na verdade apta a me atacar também. Claro que depois do grito que Gaius dera só se eu não tivesse completado o ensino médio (...eu completei?) para não entender que ela havia sido controlada por aquele poder de comandar os outros, mas ainda assim…

- KORRA ROSE, VAI DEIXAR ESSA MULHER TE USAR DESSE JEITO?! CADÊ SEU ESPÍRITO DE LUTA, MALDITA!??!

Ainda com os braços revestidos, socaria a habilidade metálica de Rose e voltaria ao plano de avançar contra Gaius que, boba nem nada, já se dirigia na direção dela. A maldita por ser da classe especial igual Claire era tinha aquelas habilidades irritantes de super movimentação apenas para me dar mais dor de cabeça. Alcançá-la só com a minha velocidade normal não iria rolar, então mais uma vez eu iria usar a minha arma mais fiél: a força física.

Concentraria toda minha força nas pernas e me lançaria com tudo na direção de Gaius, sem me preocupar muito com a parte de frear. Já que a Rose não morreu após ser alvejada por sabe lá quantos navios da marinha, não seria um impacto qualquer que a feriria. Meu objetivo era agarrar a mulher na base da força e segurá-la pelas costas, bloqueando seus braços para baixo com os meus. Uma vez que eu conseguisse, caso conseguisse, não a soltaria e começaria a inflar meu peito o máximo que desse até que ele explodisse ao chegar em atrito com as costas dela.

Caso ela desviasse e me impedisse de aproximar daquele jeito, ainda seria lucro já que eu conseguiria evitar seu ataque contra Rose. Pude notar antes que seus braços revestidos pelo PdD pareciam propagar algo quente, como se fosse fogo. Seria esse o poder dela? Fogo? Mas se for esse o caso, por qual motivo ela atacou antes com ar? Não tinha outro jeito, só havia uma forma de eu descobrir aquilo.

- Você é uma usuária de Akuma no Mi do Fogo ou do Vento, maldita? Começou com um golpe de ar e agora tá pondo fogo nos seus braços, que merda é essa?! - Indagaria buscando fazer com que a mulher revelasse algo.

Naquela altura eu já havia até me esquecido da líder dela observando a luta, não que fizesse alguma diferença. Meu objetivo não iria mudar independente do que ela fizesse; afinal, já que estava distante, não poderia fazer nada além de falar. Por não esperar que Gaius realmente me respondesse sinceramente, ficaria atento não só em um possível ataque-resposta pronto para respondê-lo na mesma moeda e com bônus; PdD e explosões, como também em qualquer tipo de estratégia que Rose pudesse pensar e querer executar, pronto pra responder da melhor forma explosiva que eu conhecia.

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Primrose abriu um meio sorriso com a satisfação ao ver a vice-almirante acertada de raspão no braço por um de seus espinhos. Por baixo daquela vestimenta, existia alguém de carne e osso que sofria de forma merecida, pessoa essa que não só apoiava uma organização imunda até o seu núcleo, como também derramava sangue e suor em seu nome. O corte não pareceu grande coisa, já que esperava um gemido de dor e recebeu apenas um resmungo como resposta, mas ao ver o líquido escarlate aparecendo, sentiu-se ainda mais impelida em deixar a mulher com um talho mais fundo.

Dado o cargo de Gaius, a caçadora imaginava que ela seria a pessoa ideal para obter informações sobre a ilha-prisão onde foi escrava e ratinha de laboratório durante a infância, então o nível de interesse nela aumentou a níveis extremamente pessoais. Vendo de relance o rosto de Claire, notou a ausência da sua habitual cara de paisagem, mas que pouco importava nesse momento. Para Prim, independente do que a mulher sentisse agora, ela não passava de uma marine vagabunda, traidora e imunda também, e tudo dando certo, estaria morta em algumas horas. O pensamento de mais uma marine jogada às traças fez aquele duelo ficar ainda mais interessante.

Primrose sentiu novamente um aperto na mente junto com a sensação esquizofrênica de vozes com eco em sua cabeça. Quando voltou a si, "alguém" tinha criado uma estaca de mercúrio para atravessar Kobayashi. Desorientada pelo lapso repentino e reclamação do colega de luta, a atiradora não conseguia ter memórias sobre os últimos segundos, o que a deixou ainda mais confusa.

- Ué, é o que que tá acontecendo...? - recuperando-se do momento, a atiradora tentava entender o que era a voz na sua cabeça e do que Kobayashi estava falando. Gaius simplesmente parecia dar um comando e algo muito esquisito acontecia na sua mente. O mercúrio lançado em Kobayashi a fez imaginar se não se tratava de uma forte habilidade de sugestão através da voz, uma vez que Rose deveria ser uma das únicas que mexia com a substância metálica por ali... Precisava de mais sinais para entender. Voltou a focar na vice-almirante, que agora mostrava a mão fumacenta e evidentemente perigosa, o que serviu pra ela entender ao menos o alvo do próximo ataque. - PODE VIR, FREIRA HORRÍVEL! VEM, VEM, VEM!

Em resposta ao ataque, ela levantaria uma barreira de mercúrio à sua frente. O objetivo era deixar subentendido que iria tankar o ataque da sacerdotisa com aquilo, quando na realidade seria apenas uma barreira da sua altura, fina, líquida, e levemente curavada (para passar a impressão de que ela seria grossa, não uma coisinha fake), que serviria de cortina para esconder o próximo movimento das vistas de Gaius.

Levando em conta que a barreira subiria de baixo pra cima, o objetivo principal da pistoleira é se desmanchar num montinho de mercúrio espalhado pelo chão (começando pelas pernas e pés) e escorrer por um dos furos mais próximos que o ataque com espinhos anterior poderia ter criado, dando descarga em si mesma e se afastando daquele núcleo caótico. Caso não tivesse furo algum, ela só deslizaria sobre o chão até se postar do outro lado de Kobayashi.

Não utilizaria suas pistolas nesse momento, uma vez que não tinha certeza se estava sendo manipulada de alguma forma e as coisas ficariam mais complicadas se acertasse o seu parceiro sem querer (mas querendo indiretamente). Então moldaria a Chain Snatch para enrolar na mulher e atrapalhar seus movimentos, bem no estilo S&M, na tentativa de abrir qualquer vantagem para Koba socar a cara dela até fazer ela desistir.



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Informações :

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17º Turno




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Clima: Nevoeiro Intenso
Temperatura: 4 ºC

Considerando sua força bruta, Kobayashi nem de longe era tão rápido assim. Todavia, considerando que a força da tática inimiga era justamente utilizar as capacidades dos inimigos contra eles mesmos, o representante de classe não estava em uma situação tão ruim. Sendo mais rápido do que ela, pode antecipar com relativa facilidade o espinho mercurial, socando-os com seu armamento base. Ponta ascendente contra punho negro descente, a lança de metal entortou como se fosse de papel.

Gaius não só era tão forte quanto Kobayashi, como ainda era mais rápida. Considerando o tempo que havia perdido na antecipação e golpeamento da estaca de mercúrio, não conseguiria chegar antes que a mulher. Quando seu salto desenfreado chocou-se contra o corpo da mulher de véu, seu punho flamejante já havia acertado Primrose e a afundado contra a parede do salão. Como esperado, a dor do impacto contra a parede nem sequer foi significativa. Por outro lado, misteriosamente sentia algo que possivelmente já lhe era incomum há um bom tempo: dor aguda pelo impacto. Da mesma forma que havia acontecido no headshot, Prim sabia que a regra era seu corpo fazer um “splash”, como se a mulher tivesse socado água. No entanto, ao observar a fonte da dor, seu abdômen, veria um buraco circular em suas vestes chamuscadas, expondo a pele avermelhada e ardida pelas queimaduras.

Enquanto Primrose se via absolutamente paralisada pela forte dor que sentia em seu corpo, Kobayashi parecia querer ter certeza de que pelo menos manteria Gaius longe de sua amiga. Ao que a Logia gradativamente recuperasse o controle e, inclusive, percebesse que seu corpo não simplesmente se recomporia, pois se tratava de um ferimento em seu corpo verdadeiro, Koba aproveitou-se do foco desviado da Vice-almirante, agarrando-o pelas costas. Ambos com seus armamentos nos braços, puderam ver faíscas saltar, bem como perceber o quanto o embate de força física seria acirrado. Koba sentiria na pele o quão anormalmente forte a mulher parecia ser, apesar de sua constituição aparentemente esguia.

Numa tentativa de quebrar o abraço do Representante de Classe, ela praticamente rosnou ao fazer força para descolar o seu cotovelo do torço. No entanto, ao que percebeu que seria inútil, dada a equivalência de forças, momentaneamente pareceu concentrar-se, procurando espaço para expandir o peito e coletar o máximo de ar que pudesse. Então, Kobayashi pode sentir a mesma aura ominosa de antes.

- SOLTE-ME!!! - desesperada, ela novamente projetou as vozes fantasmagóricas, que pareciam sugar a consciência de Kobayashi aos poucos.

Então, ele pode sentir na pele que não era uma simples questão de espírito de luta, mas de algo mais. Como Primrose também teria percebido na sua vez, a aura de tensão emitida era apenas uma parte do processo. Era como se ela fosse ao mesmo tempo um prelúdio e um predisponente. Havia algo mais envolvido no processo que os fazia apagar por uns instantes e, então, obedecer.

Nos instantes em que apagou, Primrose poderia ver que Kobayashi imediatamente afrouxaria seu braço, soltando a mulher. Gaius até tentaria se afastar, mas dado o tempo gasto ao testar sua força contra a dele, ao desvencilhar-se do abraço, o peito do Panku Ningen já havia atingido a massa crítica. O resultado foi que ela tomou a explosão em cheio, sendo lançada contra a parede da outra face do salão, que ficava à esquerda de Primrose.

Kobayashi recuperaria sua consciência a tempo de ver a inimiga afundando contra a parede adiante de si. Na outra lateral, finalmente retomando a capacidade de se manter de pé, a caçadora de recompensas poderia emergir do próprio buraco. Definitivamente precisaria de um bom médico - inclusive porque ele teria que saber lidar com a fisiologia específica da sua classe de fruta -, mas por enquanto não sentia seus movimentos tão limitados assim. Pelo menos não os mais simples. Não sentia que teria dificuldades em manusear suas armas, mas se a coisa envolvesse saltos e deslocamentos muito bruscos do corpo, aí talvez tivesse algum prejuízo. Kobayashi, diferentemente de Prim, sentiria-se especialmente confuso logo que despertasse do transe. Ele não tinha como saber, mas para Rose ficaria evidente que provavelmente tratava-se de um efeito colateral por Koba ser um vagabundo, que ironicamente apesar de pagar de estudante, nunca de fato estudou para profissão alguma. Diferente dela, que pelo menos tinha alguma vergonha na cara.

A fumaça criada pela explosão do peito de Koba se dispersava, no entanto a poeira levantada pelo corpo da mulher afundando na madeira luxuosa o salão ainda demoraria um pouco mais. Sendo assim, não tinham como constatar qual o status atual de Gaius: se ela ainda estava atordoada ou se já tinha se recuperado. Algo que poderia ser especialmente perigoso.




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Que sorte que a última refeição de Primrose aconteceu há muito tempo, ou estaria colocando tudo pra fora nesse momento.

Como se já não bastasse a vice-almirante esconder essa força naquele corpinho magro, sua velocidade também era impressionante. A atiradora até imaginava que o golpe ia ser perigoso, já que Kobayashi havia segurado seu corpo com aquela mão enegrecida, só não calculava o quão dolorido seria. Relembrando a sensação de dor esquecida por um tempo por esse tipo de ataque, após o impacto não sobrou ar nem para soltar um gemido, restando a ela fazer apenas uma careta enquanto capotava na parede.

A pistoleira pouco pode fazer quando a marine e Kobayashi se desdobravam em uma espécie de embate de agarrão - apenas cerrava os dentes esperando o cessar da dor, enquanto segurava a barriga com medo dos órgãos caírem. "Por que arde tanto?" Quando finalmente conseguiu olhar o ferimento, percebeu que não havia um furo onde a mulher atingiu, só na roupa mesmo. Porém, a pele exposta por aquele novo decote da brusinha revelava uma vermelhidão e ardência de uma coisa que ela nem se lembrava direito: queimadura.

O que a fazia se sentir pior não era nem a dor em si. A frustração por estar sozinha com aquele desconforto intenso, enquanto sua adversária estava relativamente livre e bem, inflava o âmago de ódio. Como poderia provar a sua força e ferocidade se estava em uma situação tão humilhante e vulnerável? A raiva foi servindo de combustível para ao menos anuviar a dor. Precisava dar o troco e inverter os papéis, ou de nada adiantaria tudo aquilo, e continuaria sendo a garotinha fraca que jurou enterrar. Para isso, ela simplesmente tinha o dever de devolver a dor que carregava para aquela mulher esquisita. O forte tortura o fraco, não foi isso que ela aprendeu com sua experiência de vida?

Ainda naquele embate, Kobayashi ia afrouxando o braço contra a mulher, por ser gado ou por conta da habilidade esquisita que Gaius parecia impor, mas ela nada pode fazer a respeito da explosão do representante de classe. O fato da mulher estar escondida da cabeça aos pés não ajudava muito a decifrar aquele enigma da voz que ia até a cabeça dos outros.

- Precisamos ver o rosto dela, talvez exista algum mecanismo... - Prim comentou com Kobayashi. - Só que esguia do jeito que é, ela deve estar fingindo desmaio e preparando algum plano. Droga... - a caçadora mantinha uma das mãos no ventre e sua expressão no rosto revelava um desconforto óbvio por finalmente estar de pé. Mas aí surgiu um pensamento a respeito de todo aquele adereço na cabeça da mulher. - Será que ela é careca? - sabia que alguns homens que encontrou durante a sua jornada se incomodavam com essa ausência de cabelo, mas não se lembrava de nenhuma mulher nessa situação.

Independente de Gaius ser careca ou não, sacaria suas pistolas para prendê-las com a Chain Snatch - precisaria voltar pra sua postura de atiradora cautelosa. Dispararia no máximo 4 balas na direção de onde a mulher foi jogada pra saber se ela dava sinal de vida. Kobayashi não parecia conseguir revestir o corpo todo com aquela habilidade especial, então precisava testar os limites da vice-almirante atirando em partes distintas do seu corpo, focando em lugares que pudesse debilitar caso acertasse, como pernas, pés, braços, ombros e barriga - deixaria a cabeça para último caso, levando em conta que precisava de informações (e não queria oferecer uma morte rápida). Mandaria a saraivada de balas assim que a mulher saísse do buraco da parede.

Com exceção da dor que sentia e da vice-almirante que eram seus maiores incômodos do momento, havia uma coisa que nem estava fisicamente ali e irritava a pistoleira: a pessoa no holograma, assistindo tudo aquilo como se fosse um show de TV. Após a última ordem, aquele ser humano não havia falado mais nada, ou Primrose não ficou suficiente atenta pra ouvir. Como não gostava de plateia, tentaria acertar a origem do holograma pra ver se conseguia desabilitar a imagem daquilo.




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Técnica :

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A minha investida não havia alcançado Gaius a tempo o suficiente de impedir que ela acertasse Rose, mas a princípio não havia sido nada fatal. Por mais que ela tenha voado alguns metros e se chocado fortemente contra a parede, não parecia ser nada sério ao ponto de que eu precisasse correr até ela. Sendo assim, continuei meu avanço contra a tampada apenas para confirmar que ela era realmente forte; não era nenhum tipo de poder de Akuma no Mi ou algo do tipo, o que me deixou levemente animado. A força dela era genuína, de alguém que treinou e se esforçou para chegar naquele nível — algo que eu admirava.

Mas, acima disso, ainda existia a minha força. Incomparável, resultado de anos atrás de delinquentes e protegendo diversas escolas e seus estudantes. Era óbvio que eu seria mais forte uma vez que o que eu protejo com a minha força tem muito mais valor do que ela que era literalmente o oposto a mim; os delinquentes, o erro daquele mundo. Uma vez presa na minha força, eu já estava prestes a dar aquela luta como encerrada assim que eu explodisse, mas então, mais uma vez, aquele comando irritante surgiu.

Por um segundo eu esqueci todos os meus objetivos, todos os meus professores, todos meus colegas de classe, todas as escolas que eu protegi, até mesmo da Diretora e então a minha força desapareceu junto da minha consciência. Da mesma forma que eu os perdi, em um piscar de olhos, tudo retornou ao normal novamente mas já era tarde; a força da explosão afastou Gaius dos meus braços e ela foi lançada alguns metros a frente — basicamente o mesmo que aconteceu com a Rose alguns segundos atrás.

- Tsc.

Um estalar de língua foi o suficiente para expressar o meu descontentamento com o que havia acontecido, já que se não fosse por aquele comando, a luta teria acabado agora. E, pela primeira vez na vida, eu queria que ela terminasse rápido. Haviam diversas coisas que eu gostaria de saber naquele momento, quase como se estivesse aprendendo uma matéria nova durante a aula, e novamente meu aprendizado estava sendo interrompido por terceiros. Aproveitei aquela brecha para ir até Rose ver como ela estava e pude ao menos confirmar que ela não havia morrido, por enquanto.

No entanto, após ouvir o que a mulher tinha a dizer, as coisas começaram a ficar mais claras pra mim.

- Você disse… Careca…? Será que… Ela sofria bullying na escola e por conta disso ficou assim?! - Indaguei a Rose mostrando uma clara expressão de preocupação.

É claro, só podia ser isso! A força dela era digna de uma estudante de alto nível, porém ela era uma delinquente! Por que?! Porque ela não tinha ninguém para protegê-la na escola e ela sofreu bullying por ser careca! Os professores não ajudavam, ela não tinha amigos, seus pais em casa eram os únicos a se preocuparem mas não podiam fazer nada por falta de tempo devido ao trabalho. Com o passar do tempo, ela foi cada vez mais se sentindo atraída pelos delinquentes onde essas coisas não importam e enfim chegou nesse estado atual.

- Eu entendi tudo, Rose. A Gaius é realmente careca como cê comentou, mas no começo ela era uma boa estudante. Infelizmente ela sofreu bullying por anos na escola e acabou caindo no caminho errado. OU SEJA, PODEMOS SALVAR ELA ASSIM COMO EU SALVEI A CLAIRE!

Bradei abrindo um sorriso no rosto. Mais uma missão de resgate havia sido aberta diante dos meus atos e isso, mais uma vez, só mostrava que eu estava no caminho certo. Uma inspiração brotou dentro de mim assim como na primeira vez que eu conheci a Claire e—

Um baque me acertou na boca do estômago como se fosse um soco direto.

Eu realmente salvei a Claire? Digo, ela não estava nesse exato momento trabalhando com a líder dos delinquentes? Enquanto a fumaça de onde Gaius havia caído não se dissipava, me virei para a mulher que eu acreditava ter se tornado uma ex-delinquente. Minha expressão anterior de animação fora trocada por uma séria e eu notei que havia quase esquecido que Claire, aparentemente, havia me traído. A observei em silêncio por alguns segundos pensando nos seus reais motivos, mas logo notei que seria inútil; entender ela era mais difícil do que uma questão de matemática envolvendo letras.

Erguendo minha mão direita para apontar diretamente para Claire, bradei:

- Eu não desisti de você, maldita. Então não pense que isso acabou, eu logo venho lidar contigo também.

O som dos tiros de Rose na direção de Gaius me chamaram e então retornei meu foco para a careca. Parece que eu nos dois concordavamos que ela não havia sido derrotada só com aquilo, então a luta ainda estava longe de terminar. Devido o quanto ela lutou contra o meu abraço anteriormente eu tinha uma certa dúvida que ela não parecia ser do tipo que gostava de contato físico, por mais contraditório isso possa ser já que sua maior arma de luta é a sua força física…

- Vou deixar a parte de pensar pra você, Rose. Eu prefiro descobrir as coisas de uma forma mais direta e… - Inflaria meus braços e os revestiria com o PdD, avançando contra o local onde Gaius supostamente estava. - EXPLOSIVA!

Evitaria, claro, avançar enquanto minha companheira de classe atirava, buscando o momento certo de me jogar naquele buraco. Se ela realmente estivesse lá eu a faria sair na base da porrada. Apesar dela ter me ignorado da última vez, agora que eu sabia da sua história verdadeira, eu tinha mais confiança de que poderia tentar abordá-la dessa vez. Claro que antes chacoalharia um pouco a sua cabeça na base do soco, mas isso é só um detalhe que ela não teria que se preocupar se não tivesse se tornado uma delinquente. Já que ela socou a Rose na região do estômago, o certo seria eu ficar atento para passar a minha maior defesa pra lá — mas aí eu estaria deixando de ser Kobayashi, o Representante da Classe. Se algo tivesse na minha direção, eu simplesmente reagiria socando aquilo de volta com a minha força.





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18º Turno




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Clima: Nevoeiro Intenso
Temperatura: 3 ºC

A fumaça ainda não dava sinais de dispersão e possibilitar livre visão ainda, todavia o momento de tensão pré contra-ataque da mulher não parecia preocupar muito as duas figuras excêntricas da Spades. Tanto que discutiam sobre a presença de cabelo ou não na cabeça da mulher de véu. Fora os olhos absolutamente fixo nos três integrantes da luta, a tipicamente inexpressiva Claire tinha dado poucos sinais de estar se importando com o resultado. Todavia, até mesmo ela acabou deixando escapar uma ligeira expressão de incredulidade quando viu os dois discutindo aquilo, naquela altura do campeonato. Ela parecia querer dizer alguma coisa, quiçá até gritar, mas pelas breves olhadas de canto que dava para a Almirante no holograma - que aliás estava nitidamente sorrindo e se divertindo com o espetáculo - era nítido que a presença da mulher, mesmo que virtual, era pesada demais para ela suportar.

Mugen, do outro lado, nitidamente divertia-se. O ponto máximo de sua diversão certamente tinha sido as falas de Kobayashi quanto a ter salvado Claire. Ela simplesmente não conseguiu se conter:

- KYAHAHAHAHAH!!! - Mugen riu, colocando a mão na barriga, como se passasse mal com tanta ingenuidade.

No entanto, mesmo sob a tamanha pressão de sua chefe, Kobayashi ainda foi capaz de espremer uma rápida expressão de genuína surpresa da jovem CP.

- Não desistiu de mim… - Claire repetiu baixinho, talvez chocada.

Ela nada disse, mas mesmo enquanto ela tentava disfarçar olhando para o painel e focar em seu trabalho, traços de confusão permaneciam em sua face. Algo notável para alguém tão blasé como ela. Por razões evidentes, ela manteve-se silenciosa quanto à fala. Se não fosse por ambos conhecerem ela, certamente achariam que ela não estava dando uma foda.

Com a retomada da batalha, Mugen sentou-se em seu sofá, pendendo a cabeça adiante em claro interesse no show. Estava intrigada quanto ao que Primrose faria com as correntes. Gaius, claro, estava atordoada, mas não morta: não deixou barato e começou a lentamente puxar a garota para si. Deslizando os pés em soquinhos pelo chão, a atiradora podia claramente sentir os solavancos de cada uma das puxadas da mulher: ela devia estar enrolando os braços nas correntes aos poucos para prender Rose cada vez mais perto dela. Algo que, no entanto, não impediria a caçadora de atirar antes que o processo se completasse. Pelo som do impacto dos dois primeiros tiros, eles pareciam ter ricocheteado contra algo metálico, certamente o Haki do Armamento da mulher. No entanto, a logia pareceu ter mais sorte nos disparos seguintes.

- Ghh!!! - Gaius gemeu de dentro da sombra, imediatamente cessando os puxões.

Eventualmente as correntes voltaram a se tensionar, dando sinais de que ela se recuperava mesmo dos tiros. Todavia, à aquela altura Kobayashi já estava em trânsito com sua investida explosiva.

Conforme penetrou na fumaça, pode vê-la de joelhos, com as correntes firmes e enroladas ao redor do seu antebraço. Sua maior oportunidade foi que ela não parecia ter se recuperado o suficiente para retomar o cabo de guerra contra Primrose - algo que não lhe era muito difícil - e nem sequer tinha a opção de se mover muito por conta da situação em que tinha se colocado com as correntes. Nos flashes de instantes que se seguiram, o HdA desapareceu e reapareceu na região do tórax e abdome. Todavia, a área da explosão ainda parecia ser grande demais para que só aquilo bastasse.

Um enorme estrondo se propagou pela sala, deixando o lugar ainda mais esfumaçado. Primrose foi arrastada um pouco para trás, aproveitando ainda a deixa para atirar bem nas fontes de luz do holograma. Não precisou de muito para que as pequenas câmeras, tanto as de projeção de imagem quanto as de captura, fossem todas estilhaçadas pelos tiros. Mugen, claro, percebendo o processo não ficou nada feliz:

- KORRA, SUA MERDINHA!! SE FIZER ISSO, EU VOU… - sua voz imediatamente cortou, ao que sua imagem também desapareceu.

Ao fim da explosão, todos poderiam notar que o teto daquela sala havia desabado. A fumaça das explosões de Koba, que pelo menos dissipavam com o tempo, gradativamente foram sendo substituídas pela gélida névoa do lado de fora. Já deveria estar claro àquela altura, mas pelo cheiro que subiu no ambiente, ficava claro que estavam em alto-mar.

Tanto Kobayashi quanto Primrose não conseguiam ver um ao outro, nem Claire e nem Gaius. Koba tinha uma noção de que direção a mulher deveria estar, já que ele sabia para qual o sentido para qual havia lançado o soco explosivo. Só não tinha como saber onde exatamente. Aquela foi a brecha que a mulher precisou:

- UAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Um grito ensurdecedor subitamente começou a se propagar pelo ambiente. Koba e Rose imediatamente sentiram o sangue quente escorrer de seus ouvidos, bem como a cabeça rodar, fazendo-os cair de joelhos. A aura por sua vez também parecia começar a querer fazer efeito sobre seus espíritos, no entanto, nada que não pudessem suportar. O difícil mesmo parecia ser retomar a orientação espacial necessária para seus movimentos corporais, dado aquele tipo de ataque. De quebra, ainda poderiam notar que a comunicação verbal também deveria estar bastante prejudicada.

O ambiente ficava cada vez mais enevoado e frio. Também deveria levar isso em conta.




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Como já imaginávamos, Gaius não caiu só com alguns arranhões e uma única explosão; mas sua situação estava longe de ser das melhores. Assim que me aproximei após as habilidades de Rose chegarem a um impasse, pude vê-la presa novamente pelos braços quase como se ficar presa por eles fosse a sua especialidade. Como eu não tinha nada a ver com aquilo, apenas a golpeei percebendo-a armar sua defesa na região que eu golpearia.

A desgraçada tinha mais experiência de luta do que passava com todo aquele mistério da sua aparência e força bizarra.

Não demorou muito para que as coisas começassem a desabar com todas as explosões que eu vinha criando desde o começo daquela batalha, e o cheiro de sal logo invadiu a sala do navio onde estávamos. Apesar da pouca visibilidade devido a fumaça, o som da batalha marinha que ocorria do lado de fora logo nos entregou nossa localização: o alto mar. A fumaça das minhas explosões gradualmente eram trocadas pela névoa intensa do lugar, o que apenas confirmava que localização seria um problema a partir daquele ponto.

- Eu devia ter estudado melhor… Éee… Qual é a matéria da localização mesmo…? Geo-... Geogr-... Geologia..?

Porém, enquanto pensava no nome correto da matéria, Gaius mais uma vez agiu com o que aparentemente era a parte mais forte do seu corpo: sua garganta. O grito dela, diferente das outras vezes, foi muito mais forte e potente; tanto que minhas orelhas imediatamente começaram a sangrar e o efeito me fizera cair de joelhos. Naquele nível não tinha mais como definir aquilo como o CdD — Comando da Diretora (aka Haki do Rei) —, era claramente algo diferente do que eu já tinha visto.

Devido a intensidade dessa vez não dava para simplesmente ignorar o som e atacar, eu precisaria fazer com que ele cessasse de vez; e dessa vez eu faria pra ser definitivo. Aproveitando estar de joelho, tocaria o solo na direção que ela parecia estar e começaria a inflar o solo na sua direção. Caso contrário, apenas inflaria o máximo que pudesse naquela região torcendo para que a Rose não estivesse próxima demais de mim. Uma vez que a explosão ocorresse, eu saberia que era a Gaius e também saberia a direção certa de ir.

Por mais que minha audição estivesse prejudicada, eu ainda poderia ver minhas explosões e seguir na direção delas. Uma vez tendo encontrado o rastro de Gaius, inflaria meus braços os revestindo com o PdD e a atacaria com tudo; dessa vez visando socar a boca daquela desgraçada. Parte da culpa é minha por ter deixado ela gritar todo esse tempo, por ter subestimado aquilo achando que era o CdD e não ter focado sua garganta, mas dessa vez seria diferente.

Uma única brecha ou chance que eu tivesse, e eu me certificaria que socaria com tudo na direção da sua boca/garganta.


Spoiler :

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Primrose aprendeu a não dar voz aos seus pensamentos e divagações aleatórias, uma vez que Kobayashi era tão literal a qualquer ideia maluca que foi capaz de criar toda uma fanfic em cima da possível carequisse de Gaius - e pior é que ele estava acreditando devotamente nessa fanfic! Estalando a língua impacientemente, numa soma da reprovação que sentia pela birutice do aliado e pela presença do estranho no holograma, ela voltou ao seu trabalho fingindo que não tinha dito nada.

Com a corrente enrolada no seu alvo do momento, a própria Gaius do outro lado da sala, lá estava a pistoleira numa espécie de cabo de guerra que ela sabia que perderia, mas felizmente o objetivo não era um teste de força. Com a localização que precisava ter da mulher e mantendo-a no mesmo lugar, foi fácil para começar a disparar, ainda que perdesse distância continuamente. Os dois primeiros tiros a fizeram sentir uma leve pânico, uma vez que não surtiram efeito algum sobre a armadura da oponente, mas a partir do terceiro as coisas começaram a ficar interessantes. Sua teoria sobre o Haki do Armamento não conseguir revestir todo o corpo da mulher de uma vez mostrou-se válida.

Aquela situação apenas fazia com que Rose sentisse uma satisfação imensa, e mesmo sabendo que provavelmente o ferimento que tinha recebido fosse cobrá-la mais tarde, o desconforto ficou anuviado por uma expressão de prazer. Pena que alegria de pobre dura pouco, e ali estava o esquentadinho Kobayashi interrompendo o seu momento, metendo um socão explosivo no abdome da enraizada Gaius. O impacto a fez virar o rosto, o que a lembrou da pessoa no comando daquilo tudo, tendo a deixa que precisava para cortar o sinal do holograma.

Com a explosão do rapaz, a visualização ficou péssima e nem o teto do local conseguiu resistir. O barulho de canhões e do cheiro do mar confirmou que ela estava em um tipo de embarcação, o que não a fez ficar muito feliz, uma vez que não gostava desses transportes, muito menos do mar, e só utilizava por necessidade. Na realidade, ela detestava viajar pelo mar - trauma antigo da primeira vez que se lembrava de ter entrado em um tipo de submarino, quando estava saindo desesperadamente do lugar desconhecido que agora procurava.

- Você ao menos poderia ter descoberto a cabeça dela antes do soco, sei lá... - reclamaria, em resposta a Kobayashi não ter seguido suas instruções, ignorando o fato de que ele estava simplificando muito o campo de estudo da geografia. "Para alguém que se diz rei das escolas, ele claramente não passa muito tempo estudando."

O grito de rasgar literalmente os tímpanos surgiu e tirou aquele breve momento de paz. Com sangue descendo pelas orelhas e a cabeça girando, Rose chegou a conclusão de que a própria voz de Gaius era uma arma, levando em consideração as outras coisas que a mulher tinha feito com ela. O problema é que como Kobayashi lançou-a para qualquer lado com a explosão, não saberia dizer exatamente onde atacar. Também havia o fato de que não estava conseguindo se localizar, provavelmente um efeito colateral da habilidade daquela doida.

Prim criaria duas esferas de mercúrio em estado líquido, do tamanho da sua mão aberta, para enviar pelos ares e entender se estava se aproximando ou afastando da origem do som através da intensidade da vibração do material. As esferas continuariam ligadas às palmas das mãos de Rose por um cordão, que esticaria conforme a esfera se distanciasse do ponto inicial. Encontrando a localização, aproveitaria que a boca da vice-almirante provavelmente estaria aberta soltando aquele grito infernal para cobrir tanto a boca quanto o nariz com o mercúrio, na tentativa de sufocá-la por tempo suficiente para recuperar os sentidos.

Após isso, lançaria novamente uma corrente para prendê-la bem apertado, enrolando-a eu seu pescoço, braços e pernas como uma serpente.




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19º Turno




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Clima: Nevoeiro Intenso
Temperatura: 2 ºC

Desorientados pela névoa e pelo grito de Gaius, que lhes feria o aparelho auditivo de forma séria, tanto Rose quanto Koba trabalharam estratégias para lidar com a localização desconhecida da mulher. Para Rose, não foi algo especificamente fácil aplicar sua estratégia, já que o grito não apenas causava dor e desorientava seu equilíbrio, como também era capaz de atrapalhar bastante seu foco. Como aquele movimento específico não era nenhuma habilidade que havia treinado antes, encontrou alguns problemas em sua execução inicialmente. Koba, por outro, lado acabou conseguindo por a sua estratégia em prática muito mais cedo.

Ambos estavam em seus limiares em relação àquela sensação de cabeça girando, quando um som tímido interrompeu o grito da banshee que, aliás, àquela altura já lhes parecia estar perigosamente distante. Sim, definitivamente tinham perdido algo de suas audições no processo, no entanto a onda de pressão que puderam sentir na pele era inconfundível: Koba havia acertado uma de suas minas.

No processo, a névoa acabou se espalhando significativamente, aumentando o quanto seus olhos conseguiam penetrar nela. Não era muito, mas o suficiente para ver uma Gaius bastante estrupiada envolta em nuvens ralas. Suas vestes estavam rasgadas da lateral do peito esquerdo para baixo, revelando uma extensa área de traumas e queimaduras na lateral de seu torso. O formato de seu antebraço esquerdo também não parecia normal, possivelmente por conta de alguma fratura que parecia quase exposta. E, por fim, também veriam os dois buracos de bala feito por Rose em seu abdome. Apesar disso tudo, ela parecia inumanamente apta a continuar a lutar. Algo muito provavelmente relacionado à seringa que estava jogada no chão próxima dela.

Claramente evitando dar tempo aos seus inimigos, a mulher não demorou a encher o peito fartamente com ar. O próximo passo já era óbvio aos caçadores e, a julgar pelo tanto de ar que ela havia inspirado, um berro, ou comando, dos fortes vinha ai. Todavia, Prim que havia atrasado sua estratégia por estar tentando sob pressão um movimento que lhe era bem experimental, obviamente não se viu mais na necessidade de ficar sondando as vibrações. Por isso, não demorou para que a Vice-almirante, que inspirava furiosamente pela boca, se visse afogando em mercúrio puro. A escolha de movimento, óbvio, lhe surpreendeu, fazendo com que momentaneamente parasse para olhar na direção de Rose. No entanto, àquela altura já seria tarde demais: as correntes também lhe prenderiam enquanto tentava entender a situação.

Rose procurou enrolar e apertar a mulher o mais forte que podia e, apesar de reduzir sua velocidade significativamente, não parecia ser capaz de contê-la por completo. Ela era simplesmente forte demais. Considerando sua situação, a mulher levou a mão para um compartimento abaixo do manto em suas vestes, alcançando uma seringa idêntica àquela que havia descartado mais cedo. Em um movimento curto, ela espetou a caneta com agulha em seu próprio torno, fazendo com que o líquido rapidamente fosse drenado e injetado por algum mecanismo interno. Entretanto, só aquilo não pareceu ser suficiente.

Após acertada em cheio por um poderoso soco revestido de Koba e, logo em sucessão, recebido uma explosão bem próxima de seu rosto, a mulher foi violentamente arremessada contra uma das paredes da ponte de comando.

A poeira não demorou a baixar e, apesar da névoa - que havia sido dispersada mais uma vez - que voltava a crescer, os dois puderam constatar que a luta contra Gaius havia acabado. O que quer que fosse que estivesse naquelas seringas parecia ter sido capaz de aumentar a resistência da mulher, mas não torná-la invulnerável. O mais próximo do corpo morto da Vice-almirante, Kobayashi veria que, no impacto, algumas das seringas haviam escapado da mulher, rolando pelo chão.

- Impossível… Vocês derrotaram um Vice-almirante… - Claire ressurgiu das sombras onde havia se ocultado para evitar ser pega nos efeitos colaterais da luta - Será que… Acertamos dessa vez? - ela balbuciou consigo mesma, cerrando os olhos momentaneamente e lançando um olhar desconfiado de cima a baixo para Kobayashi.

Para alguém tão blasé, ela parecia bastante surpresa. Ao mesmo tempo, com sua arma em riste, trocava eventuais olhares com ambos os caçadores sem o mínimo de ideia do que esperar deles. Teria que lutar? Os caçadores se contentariam com a cabeça da Vice-almirante morta?

Os estrondos no exterior, então, começaram a se intensificar. Especificamente na embarcação em que estavam. As coisas começavam a desmoronar, já que sem alguém para manejar aquele barco, seus tripulantes estavam completamente desorganizados. Pelo andar da carruagem, a marinha havia abandonado aquela capitânia à sua própria sorte. Pegos no fogo cruzado entre Spades e Marinha, os dois caçadores logo perceberam que, apesar de discreta, a inclinação do chão parecia ter mudado ligeiramente.




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Concentrar-se naquelas esferas ligadas por um cordão umbilical provou-se muito mais difícil do que a teoria que criou em sua cabeça. Quanto mais o tempo passava escutando o grito, menos ela conseguia fazer aquele plano funcionar e mais o barulho estridente se aproximava de uma música gospel - sinal de que logo logo estaria pertinho do céu. Mesmo com o grito sendo interrompido pelas explosões de Kobayashi, seus ouvidos pareciam estar com uma espécie de abafador de som.

Novamente, aquela sensação prazerosa voltou a brotar na expressão de Primrose ao ver a vice-almirante sufocando. Naquele rápido momento de desespero 'cru', ela não parecia tão forte, por mais que resistisse ao amordaçamento e mercúrio sobre sua boca e nariz. A luta por sua sobrevivência lançou a caçadora em um torpor, que novamente foi interrompido por um novo soco de Kobayashi.

- Tsc... Você matou ela? - a pergunta poderia até soar como se Prim se preocupasse com o bem-estar de Gaius, mas na verdade ela só pensava nas possíveis informações que poderia obter com alguém de alta hierarquia na marinha. A sua voz saiu mais alta do que deveria, levando em conta o problema na audição. Não que necessariamente fosse um problema, já que só alguém com o ouvido não danificado iria perceber.

"Será que essa desgraçada tá morta?"

- Nós? O que será que a cachorrinha da marinha quis dizer com nós? - questionaria de volta, uma vez que a pergunta de Claire tirou a pistoleira momentaneamente dos seus pensamentos. Encará-la ali por alguns minutos daria uma cena maravilhosa e com muita tensão... seus olhos frios contra aquela expressão de peixe morto da traidora, qual das duas entregaria o jogo primeiro? Infelizmente, por mais que quisesse e maior fosse o alvo na cabeça dela, teria que lidar com Claire depois. Naquele momento, existia apenas a urgência em descobrir o paradeiro de Gaius. Kobayashi, Claire, o barco danificado, a guerra lá fora, as suas anotações... tudo isso teria que esperar.

A caçadora seguiria com urgência para onde Gaius estivesse, pegando uma das seringas pelo caminho para investigação, desviando de escombros, buracos e das bombas de Kobayashi. A vice-almirante era a melhor alternativa para conseguir qualquer informação sobre o seu passado, caso contrário, teria perdido muito tempo ali. Encontrando-a viva, tentaria arrancar alguma resposta sobre a ilha das crianças-escravas sequestradas, os responsáveis por aquilo e a parceria com os piratas. Buscava por nomes, organizações, datas e números, e também estaria pronta para interromper qualquer coisa que fugisse disso e se aproximasse de uma habilidade com sua voz.

Estando ela definitivamente morta, restaria aliviar sua frustração atualizando seu caderninho, enquanto decidiria seus próximos passos. Sacaria até uma das pistolas para recarregá-la, dando um disparo aleatório para descarregar a raiva. Aproveitaria a bala disparada para atualizar sua trajetória e direcioná-la para uma das pernas de Claire, já que um de seus próximos passos envolvia neutralizar a CP.

Afinal, lembraria Primrose, também poderia conseguir algo com a tal da Clarinha.


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Com uma explosão tudo começou, assim como com uma explosão tudo terminou. Gaia, uma oficial dos delinquentes da Marinha havia sido derrotada por nós, oficiais da escola Spades. Mais uma vez a minha convicção e o caminho que eu seguia se provavam corretos, aumentando ainda mais a minha confiança própria e no colégio. Traição era algo que mais uma vez passava longe da minha cabeça. Por mais que eu, de alguma forma, tivesse herdado o Poder do Delinquente, isso não significava que eu seria um algum dia.

O poder simplesmente achou digno de ser usado por mim, um estudante exemplar.

A primeira coisa que eu ouvi após meus ouvidos começarem a voltar ao normal fora a voz surpresa de Claire, a qual eu encarei seriamente por alguns segundos. Talvez a culpa da traição dela, no fim, fosse minha também. Por mais tempo que tivéssemos passado um tempo juntos, apenas ter derrotado ela não era prova o suficiente da minha força. Que eu poderia protegê-la, que a escola da Spades havia aceitado a sua redenção de delinquente para uma estudante normal.

Suspirei fundo percebendo Rose chegar e, claramente, não estar nada feliz com a presença de Claire ali; ainda mais falando no plural, se aliando a gente. Enquanto pensava na melhor forma de lidar com aquela situação, por hora procurei desativar minhas minas terrestres pra ninguém mais sair explodindo ali. Apesar de eu ainda confiar na Claire, impedir que a Rose a atacasse seria outra história.

- Só vou dizer uma coisa para ambas: Não quero ver vocês brigando agora. Entendido? - Disse com a voz séria, quase como um decreto.

Parecia que a dor de cabeça que aquela “traição” me daria futuramente já estava me afetando naquele exato momento. Ter assinado um contrato com a Nine foi pior ainda porque além do esporro, a desgraçada ainda vai arrancar meu dinheiro. E o pior de tudo; com razão.

Mas ainda havia uma forma disso não acontecer.

Afinal de contas, ninguém precisava saber que isso aconteceu.

- Claire, apesar do que cê fez, eu não a considero minha inimiga. Eu não a considero mais uma desde que eu te derrotei pela primeira vez e te trouxe pra escola comigo, então, pelo menos pra mim, cê pode abaixar essa coisa aí. — Apontei pra sua lança, virando então pra Rose. — Já a senhorita metal, a gente tem problemas maiores pra agora lidar. Não sei se te ensinaram isso na escola, mas usuários de Akuma no Mi não podem nadar; e olha só! Estamos ironicamente na porra do meio do mar em uma embarcação que claramente vai virar casinha de peixe em breve! Foda, não acha?!

A pergunta final só não foi num tom triste porque eu não tinha tempo nem pra esboçar muitos sentimentos por hora. Depois de tudo o que rolou eu ainda tinha um certo sentimento de culpa pairando sobre a minha cabeça devido ao perceber o que aconteceu com a Gaius. Bullying na escola, se tornou delinquente, tinha certamente problemas mentais e ainda recorria ao uso de drogas. Tudo isso poderia ter sido evitado se ela estivesse na mesma escola que eu estava. Uma escola com um Representante de Classe de verdade, que zelaria pelos alunos e os arredores da escola.

Aquele mundo precisava ser mudado para que menos vítimas-escolares como a Gaius aparecessem, e eu faria isso.

A cabeça de Gaius permaneceria ali no corpo dela. Para alguém que sofreu tanto com o seu corpo, arrancar um membro seu estava fora de cogitação pra mim. Ela jamais seria capaz de descansar em paz sem seu corpo inteiro, por mais que ela tivesse sofrido por conta dele. Em troca, assim como Rose fizera, eu pegaria uma das seringas e guardaria dentro da minha mochila para levar pra Nine. Que ela se contentasse com isso, porque o corpo daquela mulher, por mais que ela fosse uma delinquente, eu não iria violar.

- Já que cê tem conhecimento das coisas por aqui, Claire, guia a gente. Se ter derrotado a Gaius não foi o suficiente pra você confiar em mim, pode me levar pra outro “vice-almirante” como cê se referiu a ela mais cedo ou até mesmo pra’quela magrela do holograma que falava como se me conhecesse. Eu vou explodir todos os delinquentes que ainda acham ter algum tipo de controle sobre você após eu ter dito que te tirei desse caminho, maldita.

Dito isso, aguardaria pela decisão da mulher. Como eu já imaginava que Rose não iria acreditar nela independente do que ela dissesse, eu ficaria de olho na mesma para evitar qualquer tipo de ataque dela contra Claire; ter as duas batalhando agora não era algo que eu iria ter paciência pra presenciar sem explodir as duas durante o processo. Revestiria meus braços/pernas com o PdD e bloquearia as habilidades dela se fosse o caso, esperando não ter que fazer mais do que isso.




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