14º Turno
A imperatriz logo percebeu a mudança repentina na personalidade, mas apenas aceitou o gesto dos braços e ouviu a história da ruiva com um sorriso no rosto. As duas entravam na carruagem que logo tomava seu rumo, Aurora perceberia as ruas ainda mais movimentadas que antes, denotando que de fato o pronunciamento reuniu muitas das kujas na capital, já que via mulheres de todos os clãs principais que conheceu, até mesmo as reclusas Ameyal. A ruiva mãe fechava um pouco das cortinas puxando a atenção para ti.
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Bem que ela me disse que você era carismática, Aurora. - Thefannie sorria para a filha, demonstrando que havia guardado o nome e as qualidades de cada uma. -
Você se daria muito bem com Solenya, o jeito brincalhão parece o mesmo hahaha. - Soltava uma risada leve enquanto voltava a prestar atenção a ruiva que mudava um pouco o assunto. A imperatriz a ouvia enquanto bisbilhotava pela janela para ver onde estavam e só voltaria a olhar para a filha quando ouvia a última frase, o que lhe fez arquear uma das sobrancelhas e soltar um leve sorriso de canto. -
Você tem razão, apesar de nossas incursões, são poucas que conhecem o mundo, e esse é um dos fatores do nosso problema atual na ilha. Atualmente o mundo está se dividindo entre as principais forças e organizações... A Spades se aliando a Khorus, a liberatores adquirindo mais e mais ilhas do governo mundial e esse por sua vez aumentando as atividades da marinha com esse recrutamento mundial. - Seu tom era sério enquanto encarava a protagonista. -
A resposta obvia para sua pergunta é fazermos uma aliança, o problema está com quem... Somos piratas, então aliados da GM só através dos Shichibukais, a ideia de ser um cão de guarda deles me deixa antojada, porém, estaria aberta ao sacrifício pela ilha, mas o problema está nos boatos que eles estão atrás de pessoas influentes em nações e exércitos exatamente para poderem usar esse poderio militar, então jamais colocaria a vida de nossas irmãs kujas em risco para defender interesses que não são nossos. Poderíamos também fortalecer nossos laços com a Yonkou Victoria, que é uma ideia bem vista militarmente e a opção mais comoda, ou por fim a Liberatores que para gente é uma incógnita com suas ideologias... complicadas. - A imperatriz dava uma pausa ao perceber a carruagem parando no destino, fazendo a mesma se preparar para sair. -
Com as mistet dotre trazendo informações conflitantes entre si para as mais reclusas, temos a opinião popular bem dividida, complicando o consenso para uma decisão firme e sem questionamentos. - Theffanie dizia levantando do seu lugar e abrindo a porta, oferecendo a mão para Aurora. -
Evidentemente, essa pressão popular também traz o nome da Spades, mas essa eu jamais permitirei. - Seus olhos cerraram enquanto sua voz deixava clara o sentimento de raiva, mas a mão estendida ainda estava de bom grado. -
Com o exposto me diga, o que você como herdeira de Amazon Lilly faria nessa situação? Pensando no melhor para nossa ilha e irmãs. - Indagou de forma seria enquanto puxava a liberatore para fora da carruagem.
A sua frente um enorme parque cheio de árvores e flores se estendia até o horizonte, esse que tinha uma visão privilegiada da capital e do outro lado a visão do azul sem fim do mar. No parque se via diversas estátuas de mulheres, com a maior sendo claramente a mais chamativa. Após deixarem as duas, o veículo partia e sem ninguém mais em volta, estavam finalmente sozinhas.
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Aqui é onde homenageamos as amazonas do passado. Guerreiras fortes como Ohmeju Ameyal, ou piratas que levaram a fama das kujas pelos 7 mares como a Capitã Olivia Armstrong... Além é claro de líderes formidáveis como Daidara II Ellenor, sua avó. - Dava uma pausa ao olhar para a estátua. -
Guerreiras que honraram nossa história e continuaram o legado dela. - Apontava para a estátua maior abaixo da cachoeira. -
Joana D'Arc Ellenor! A matriarca responsável por unir nossas irmãs kujas espalhadas após a guerra contra o infame Hades e retomar nosso lar, foi ela que decidiu pelo fechamento das fronteiras para a nossa proteção. - Sorria enquanto convidava Aurora para se sentar.
A imperatriz dava uma pequena aula de história que achou necessária, mas não encheu a ruiva sobre o assunto, deixando em alto para que se a mesma quisesse, pediria por mais. Evidentemente ainda poderiam continuar a conversa sobre as alianças ou qualquer outro assunto que a elétrica Aurora quisesse, a imperatriz estava verdadeiramente aberta.
Angusa e Hime por fim decidiam seguir a pessoa que conversava com a cowgirl e com a distância não eram notadas, mas também não conseguiam ver quem era a pessoa com os corredores cheio de mulheres. A perseguição continuou por um corredor após o outro, com a incidência de kujas ficando menor a cada um, algumas guardas percebiam as duas visitantes, mas nada faziam, deixando claro a existência de algum "passe livre". O passeio durou algum tempo até que finalmente viraram em um corredor e Angusa percebeu a pessoa parando em frente a uma sala, cuidadosamente olhou para ambos os lados antes de adentrar. A liberatore perceberia pelo seu haki que haviam três pessoas lá dentro, além de não sentir mais ninguém próximo, facilitando assim para ouvirem atrás da porta.
- Esse pronunciamento só melhorou nossos planos, agiremos hoje a noite, se passem por elas e causem o necessário para nosso plano. - Uma das vozes resmungava.
- E nosso maior problema, ela não deve se afastar hoje. - Outra voz perguntava.
- Resolverei isso. - A primeira voz retornou a falar, findando a conversa.
Angusa evidentemente não seria surpreendida com alguém abrindo a porta, mas percebeu que o trio dentro do cômodo ficou em silêncio com alguns sons como se tivessem mexendo em algo. Hime olhava para sua parceira com um olhar desconfiado, ela não entendia bem o porquê estava seguindo aquela pessoa, mas sabia que o tom da conversa era algo suspeito, principalmente do que também presenciou da política da ilha. A princesa tratou de puxar seu caderninho e escrevia rapidamente em uma das folhas "Será que algo dessa conversa tem a ver com a Sophie?" Cutucava a mulher de cabelos brancos para que a mesma lê-se. Nesse meio tempo Angus percebia diversas auras passando por corredores próximos sem qualquer aproximação, mas logo uma aura forte apareceu em seu radar e vinha na direção em que estavam.
Naquele corredor estavam apenas Hime e Angusa, um corredor largo e bem iluminado com decorações e quadros com animais mitológicos, atrás delas haviam janelas que davam visão do coliseu e de parte da capital. Haviam outras portas que davam para outros cômodos, mas a liberatore não sentia nenhuma outra presença com seu haki, bem como o caminho por de onde vieram estar livre. Apesar de poderem ser pegas "bisbilhotando" era claro que a dupla era convidada especiais e estavam com certa liberdade no castelo, então acusações não seriam a primeira coisa a recair, mas com a presença forte chegando e o trio do cômodo que parecia se arrumar para sair, dependia das duas decidirem se seguiriam ali e descobririam quem está na sala e quem chega, ou se bolariam outro plano com as opções que tinham disponíveis.