Off: vou fingir que essa última narração nunca aconteceu.
Iori observa atentamente aos movimentos de seu pupilo, como se esperasse uma resposta do mesmo para aquele enigma, o que, de fato, acontece. Sasuro descobre que a desativação dos mecanismos radioativos pode ser possível com tarjas explosivas. Após alguns instantes, os níveis mais altos de radiação voltam a permear o local, já que simples tarjas não manteriam o calor no mecanismo por muito tempo.
- Achei interessante sua ideia. De fato, como os animais aqui já estão adaptados, e os que não estão basicamente não se aproximam, deve ser a água que está deixando os moradores doentes. Pois bem, acho que não podemos nos livrar dela sem primeiro desativar essas coisas, ou elas continuarão emitindo radiação e, com o tempo, as chuvas podem alagar esse local e começar tudo de novo... - Comenta Iori, sobre a análise de Sasuro.
- Pois bem, parece que não há inimigos aqui, e os animais ditos hostis são simplesmente alguns peixes e insetos, não deve haver muito mais para nos preocuparmos. Esses trajes são resistentes, então acho que podemos dividir e conquistar...Subidamente, uma brisa gelada interrompe a fala de Iori, que se espreguiça virando sua cabeça em volta de onde estavam para entender o que havia acontecido.
Um olhar mais atento aos arredores mostra uma novidade: o céu estava ficando laranja. Algo típico num fim de tarde de verão, mas, na realidade, mostrava aos dois, Sasuro e Iori, de que eles já estavam tempo demais naquela região. De fato, o sol estava se pondo, mas tão prematuramente? A percepção local indicava que não havia só uma distorção eletromagnética próxima ao templo, mas também temporal... ou, melhor dizendo, uma distorção gravitacional.
- Percebe isso, Sasuro? Parece que ficamos não só algumas horas aqui, mas meses... é muito estranho. Vamos terminar logo com isso. Eu mandarei para as tochas leste e oeste clones explosivos. Vamos explodir tudo ao mesmo tempo.Iori então saca uma tarja explosiva e coloca sobre o objeto norte, mais próximos dos dois. Depois, cria dois clones explosivos que vão de encontro aos objetos leste e oeste. Após alguns instantes, sons de explosão podem ser ouvidos, e Iori finalmente detona a tarja à sua frente. Os medidores de radiação imediatamente indicam uma queda abrupta nos níveis locais, indicando que o problema maior aparentemente estava resolvido, mas em seguida um forte tremor é sentido, e se propaga por todo o templo.
As águas, antes calmas e reflexivas como um espelho
badum tss, simplesmente são perturbadas a ponto de parecerem estar em ebulição. Seu nível começa a descer drasticamente, enquanto é possível notar que, na realidade, estava sendo drenada para a direção do templo, na área ao sul.
Estranhamente, todos os peixes esquisitos no local não parecem se importar com tudo aquilo. Pelo contrário, concomitantemente à toda aquela agitação, os peixes viram-se para a direção do fluxo em que a água corria, e seguem-na de forma sincronizada, como se soubessem o que estava acontecendo e, de certa forma, esperassem ansiosamente por isso.
Alguma comporta em algum lugar havia sido aberta... o problema é: para onde exatamente está sendo drenada a água contaminada? Se for para próxima dos vilarejos, quase toda a missão seria um fracasso.
Ação livre para @Luan