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Catedral de Pyroklastos

4 participantes

descriptionCatedral de Pyroklastos - Página 2 EmptyRe: Catedral de Pyroklastos

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- Adeus, traidora.

- A vida é curta demais para arrependimentos, Garret. Vá em frente.

- Click (!).

***

-  Uber orcas, então são aqueles desgraçados. – Comentou Bebel, respondendo Knox. Enquanto isso, ela recebeu uma afirmação de Leonard de quê deter os Wyldcards era o mesmo que salvar Lineu. Após isso a pirata respondeu:
- Seus ideias não correspondem aos de sua organização, caro jovem ás. Espero que um die acorde, assim como acordei. Mas façamos assim por hora. Não o toquem, e não ataco vocês.
Por outro lado, Pat cerrou os dentes após a fala de Leonard. Seu estado mental parecia instável, e as falas do ás não pareciam melhorá-lo, talvez até a levando na direção contrária.
***
Enquanto isso, algum tempo depois, ao passo que o trio de protagonistas se movimentava, uma conversa acontecia ao centro dos ventos da batalha. Edwin focou de modo imediato sua atenção para Pat, ignorando Bebel em um primeiro momento:
- Isso é o que restou dos Spades? – Perguntou Edwin a Pat, com um tom de deboche. Em resposta, a rainha de copas apontou sua arma de chiclete na direção da cabeça do Joker, ainda que um pouco trêmula.
- Cale a boca. Nunca vou me esquecer do que fez aquele dia! – Exclamou a mulher. Em resposta, Edwin riu:
- Há Há Há. Essa é realmente você, Pat? Ou é quem o cachorrinho quer que você seja? – Joker deu um passo para frente. – – Vi quando se segurou para não matar aqueles zumbis. E vi como se segurou para não atacar o babaca do ás de ouros. – Pat abaixou a arma ligeiramente. O líder dos wyldcards deu outro passo para frente. - Não traia a si mesma. Volte para mim, meu amor.
A fala deixou Pat extremamente pensativa, ao ponto de deixar de apontar a arma para o chão. Enquanto isso, Bebel , que parecia um pouco contrariada com estar sendo ignorada, decidiu empatar o jogo do Joker.
Ei, ás de espadas, lembra-se de mim? – Disse a mulher. Joker respondeu:
-  Maria Isabel, uma das líderes dos piratas da grande família. Façamos um acordo. Junte-se a nós contra os caçadores que restam, e lhe devolverei Lineu Silva.
A mulher ficou imóvel, também pensativa, enquanto o Joker observava com a guarda alta, tendo parado de dar passos para frente. Enquanto isso, o trio de protagonistas mantinha seu enfrentamento contra o trio formado por Flor, Takeda e Lineu, ainda que evitando acertar o último por conta da situação.
  Knox tomou a posição de suporte. Mirando raios com sua máscara em Flor, viu o marinheiro desviar um a um. O homem sempre fazia movimentos mínimos, com curtas acelerações, escapando várias vezes por apenas um fio. Contudo, quando a gravidade de Leonard juntou-se aos movimentos de Enza, o marinheiro parou por um instante. Incapaz de sair do impacto, imbuiu a parte superior de seu corpo com haki do armamento, sendo atingido de modo simultâneo pelos dois hollows de Enza, que explodiram sob seus braços, erguidos atrás da nuca no último instante. Ao fim do golpe, apenas alguns arranhões. Com algum atraso, eventualmente “acostumou-se” com a gravidade e continuou seu caminho em direção a Leonard, e apesar de Flor manter seu haki ativo, o poder total de Leonard parecia ser capaz de desacelerá-lo. Eventualmente, o marinheiro acumulou forças e saltou contra a gravidade na direção de Leonard.
  Contudo, em um movimento deveras estranho, voltou suas forças para o chão ao momento que Leonard lançou seu Emergency Step, iniciando novamente um avanço pelo chão e mantendo uma pressão ofensiva contra o Ás, pouco antes de trocar algumas palavras com seu adversário.
- Mesmo com vários focos de poder de sua Akuma no mi, ela parece não enfraquecer. Quem diabos é você, Físico Obscuro ?!
  Na outra ponta do campo de batalha, após um período de observação de ambos Hofuji e Takeda, o marinheiro disfarçado iniciou seu avanço. Takeda, após o primeiro movimento feito ainda na catedral, havia estado parada até então. Com um movimento diagonal, mirou a mulher, que escapou por pouco, e respondeu com uma rajada de gás ampla, possivelmente para compensar a distorção causada pelas ilusões. Hofuji respirou parte do gás, causando uma ligeira sonolência, que dessa vez parecia causar um efeito mais permanente. Instantes depois, Knox obteve sua abertura ao passo que o segundo corte do caçador ia em direção à cabeça de Takeda. Ao passo que o chão abaixo dela caía, a mulher perdeu seu balanço. Em um movimento desesperado, mirou uma rajada de gases com ambas as mãos na lâmina de Hofuji, desacelerando-a. Ao fim do combate, diversos rasgos na roupa por conta das explosões e um vidro do capacete quebrado.
- Parece que subestimei vocês, menina-hollow e caçador psicopata. Hora de ir com de tudo. – Completou, numa típica frase clichê de anime. Por mirar suas rajadas de gases ao chão, ganhou altura, tomando os céus como campo de batalha.
  Enquanto isso, o papai noel bonde corria livremente pelos céus. Apesar de seu estado crítico drenar suas forças e sanidade o homem ainda era o imediato da tripulação da grande família. Ao passo que desviavam dos presentes, com a ajuda de Leonard, o trio tinha a sensação que eles estavam ficando mais precisos com o tempo, e as explosões pareciam maiores. Eventualmente, uma das bombas desviadas por Leonard explodiu de forma estranha, como uma luz branca se dividindo nas sete cores do arco-íris. Ao passo que as bombas eram lançadas, o bonde mantinha sua insana velocidade e momentum. Eventualmente, um frio percorreu a espinha de Enza, ao notar que, mesmo no alto dos céus, o homem bonde parecia estar vindo diretamente em sua direção.
  Enquanto a luta rolava, Garret falava com Leonard. Ele parecia bastante ofegante, pausando como durante um exercício físico intenso.
  - Sinto muito por não lhe ter contatado mais cedo, parceiro. – Disse Garret. Após a fala, uma grande pausa e um forte barulho de destruição, o líder dos Spades continuou:
  - Hoje é o dia da maior aposta. A grande aposta dará fim ao Joker.
***
De modo surpreendente, aproveitando-se do estado emocional de Pat, Edwin avançou na direção da rainha de copas. Bebel, como se estivesse prevendo o ocorrido, se colocou entre ambos. Uma lâmina escondida avançou na direção da sereia, que movimentando a lança como uma espécie de pneu de carro para movimentar-se, bloqueou o golpe. Rapidamente, o Joker derrubou a mulher do topo da lança por acertá-la, e cravou um chute no estômago da mulher. Devido a pancada do golpe, a mulher vomitou em grande quantidade. Enquanto Pat assistia, se recompondo, Joker completou:
- Fim da linha, lixo inútil.
- Ainda não.
Por utilizar jujútsu dos homens peixe em conjunção com vômito, uma nojenta rajada desacelerou o avanço do coringa, dando tempo à Pat crescer uma bolha de chiclete, que após estourar arremessou o coringa para trás. Ao se levantar, o campo inteiro de batalha pode perceber que, na lateral da cabeça agora aberta do “Joker”, engrenagens mecânicas soltavam faíscas.
- Quem diabos é você? – Indagou Bebel. Usuária da Gero Gero no Mi, a mulher vômito tinha um estilo de luta não menos peculiar que o resto de sua tripulação. Para compensar sua falta de mobilidade como uma sereia akumada com menos de 30 anos, a mulher girava sua lança continuamente, movendo-se como um pneu de carro. Simultaneamente, era capaz de emitir grandes quantidades de vômito de sua boca, que além de ser capaz de desmaiar muitos com apenas o cheiro, auxiliava suas técnicas de Jujutsu.
Em resposta a pergunta da mulher, o Joker falso sorriu.
- Há Há Há.

Enquanto a situação ocorria, uma estática percorreu o campo de batalha, parecendo afetar a respiração de todo o trio de protagonistas. O maior efeito a ser sentido por eles, contudo, era seu haki de observação, que parecia não estar funcionando do modo correto.
- É ele. – Afirmou Pat, com uma expressão de determinação no rosto diferente de momentos atrás, enquanto recarregava sua arma.
- O assassino do haki de observação. - Completou Bebel, também aparentando estar sentindo os efeitos.
Ao fim de outra longa pausa, Garret trocou mais algumas palavras com Leonard, enquanto mantinha-se na linha.
- Doge está indo para aí. Vou lhe dar mais informações conforme conseguir brechas aqui. Por hora, peço que confie em Pat. – Ao fim, outro som de desabamentos vindo do outro lado da linha. Ao passo que a tensão aumentava, nenhum sinal visível do Joker.

descriptionCatedral de Pyroklastos - Página 2 EmptyRe: Catedral de Pyroklastos

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"... Talvez eu tenha superestimado ela demais?" Refletiu Enza, incapaz de conter seus pensamentos quanto a forma como Takeda quase havia perdido a cabeça mais de uma vez em um intervalo de poucos segundos. Talvez ela teria sido derrotada com um simples movimento se não estivesse contra um mero 6 de espadas. Ainda não tinha entendido o motivo pelo qual Hofuji tinha dito o que disse antes de partir, mas até então ele claramente não estava provando nada que já não fosse óbvio.

Não era normal que a jovem atriz deixasse escapar seus pensamentos, mas essa era a única explicação que ela pôde encontrar para aquele comentário. "Tenho que tomar mais cuidado no futuro, não queremos que ele se mate tentando provar mais alguma coisa, né?" Completou direcionando um sutil sorriso para a Mask of Deception, quase como se estivesse se comunicando com ela.

Pressentindo o perigo de um gordo esfomeado vindo em sua direção, Enza direcionou sua atenção para o mesmo. Como não queria incitar a ira da sereia, contra-atacar não era uma opção e enquanto ele continuasse com aquele padrão de ataque isso não seria um problema. Poderia aproveitar-se disso para lidar com os dois.

Imediatamente criaria um hollow sólido através de sua cabeça, deixando-o acoplado ali mesmo, como uma espécie de "capacete" para protege-la contra os gases. Então, antes que o papai noel se aproximasse demais, colocaria sua "montaria" para voar em linha reta na direção de Takeda, o mais rápido e previsível possível. Ao mesmo tempo, cantava Charisma para acelerar mais ainda seu tempo de reação e movimentos. Por precaução, prenderia a respiração e fecharia os olhos ao se aproximar, confiando exclusivamente na visão compartilhada que tinha com seus fantasmas.

Ao se aproximar, quando visse que um dos dois estava prestes a atacá-la, Enza "evaporaria" sua montaria, desfazendo-a para desviar abruptamente. Ao mesmo tempo, ergueria a Mask of Deception na sua frente, girando-a para executar Eye of the Storm e criar uma forte corrente de vento capaz de impulsioná-la para longe da zona de perigo e, ao mesmo tempo, ajudar a guiar os projéteis do papai noel a acertarem Takeda. Aproveitando do caos, criaria um negative hollow de suas costas e tentaria fazê-lo atravessar Lineu para acalmá-lo mesmo que pouco. Se visse que estava fazendo efeito, repetiria o gesto, atravessando-o até que ele não exibisse mais intenções hostis contra Enza.

Feito isso, recriaria seu toku-hollow-montaria para que não caísse no chão e pudesse desviar dos próximos ataques que poderiam vir em sua direção. Caso não fosse possível desviar ou caso visse uma oportunidade boa para isso, tentaria defletir outros ataques na direção da vilã brega com seu escudo, defendendo-se em último caso. Naturalmente, voltaria a respirar quando sentisse que estivesse a uma distância segura de Takeda, reparando seu capacete se necessário.

Enza não estava em posição de dar atenção ao Joker mecânico e a conversa das líderes femininas, mas estava atenta aos arredores a todos os momentos para que não fosse pega de surpresa por nenhuma bala perdida, de quem quer que fosse.

Spoiler :

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Apesar da nítida falta de noção, o Yonkou Agostinho talvez fosse o único cuja ideologia não necessariamente discordava. A Fúria das Molas não parecia do tipo de pessoa que governaria como tirano caso o Governo Mundial viesse a cair. Provavelmente um cenário em que a visão dele prevalecesse acabaria sendo neutro para os objetivos pessoais de Leonard. Entretanto, também não seria ativamente benéfico, como o cenário que ele planejaria via Spades.

- A quais ideais não correspondentes que se refere exatamente? - em tom enfadado, retrucaria a sirena - Se estiver falando em busca por poder, receio que nem os meus, nem os da Spades, nem os seus e nem os da sua tripulação são tão diferentes assim - prosseguiu em tom monótono, entediado pelo raso autoproclamado da sirena - Pode não se saber a exata natureza daquilo que os poneglyphs dos quais você falou guardam, mas é evidente que se trata de algum tipo de poder. Dinheiro, armas, informações valiosas ou até influência sobre o governo… - Leonard daria de ombros - Há tanta diferença em se estar adormecido ou desperto? As ambições, pelo menos, parecem as mesmas - reviraria os olhos por dentro da máscara.

Liberatores, marinheiros e, agora, Piratas. Todos sempre convictos da sua superioridade ideológica. Como cientista, não costumava ser tão convicto de suas hipóteses, salvo quando muito bem testadas. Já quando saia à caça de recompensas, costumava ser pragmático demais para se preocupar com esse tipo de coisa. Dinheiro e eficiência eram a prioridade. Naturalmente, porém, buscava agir com ética e lógica. Afinal, missões que envolviam risco de ferir ou prejudicar pessoas pacíficas tinham chances de gerar coisas desagradáveis como indenizações e afins. Não só tinha alguma reputação para prezar no quesito negócios, como também prejuízos financeiros não eram desejáveis dada às pesquisas caras que financiava.

Leonard percebeu que a reação de Pat deveria ser um sinal de que tinha dito algo de errado. Não se culpava muito por isso, porém. Jamais se convenceu por um minuto de que era uma pessoa empática e boa com emoções. Tentou servir de terapeuta pelo bem da missão e da organização. Nutria certos sentimentos de coleguismo com Pat, afinal, já haviam enfrentado uma missão juntos. Todavia, não dava para dizer que era próximo o suficiente para compensar sua dificuldade em compreender sentimentos.

- Huh - diante dos comentários do palhaço sobre sua pessoa, não pode evitar deixar escapar os ecos de seu alter-ego em seu subconsciente.

Joker ainda era aquele homenzinho patético de sempre. Talvez fossem seus transtornos mentais que o faziam se superestimar naquele nível mesmo diante das falhas passadas? Primeiro perdeu o comando da Spades para Garret. Depois, perdeu Pat para Garret. Então, perdeu o ataque contra o QG da Spades, sendo encurralado em seu próprio jogo. Foi necessário depender da clara devoção não correspondida de Ivana para que tivesse poder suficiente para escapar da base em Gianect com vida e se estabelecer no Novo Mundo. Havia sucedido apenas em desmascarar a Spades para o Governo Mundial. Mas no fim, pelo menos do ponto de vista do Sniper Megalomaníaco, aquilo não havia passado de um livramento de uma amarra incômoda à Marine Corps, que inclusive havia encaminhado a Spades para Khórus. E o que é que a Spades tinha perdido exatamente? A Wyldcards?

- Huhuhu - novamente, não conseguiu conter a risada satisfatória que ecoou de seu subconsciente - A Spades ser o resto após a fuga da Wyldcards da organização realmente é uma boa piada - deixaria o comentário no ar para quem quisesse captar, sarcasticamente elogiando o palhaço por cumprir o seu trabalho. Não queria interromper a conversa dos três, afinal.

A ideia de Bebel aliar-se aos wyldcards era preocupante, mas talvez não fosse realmente atraente. Afinal, assim que Lineu estivesse livre do controle mental, para que a Sirena ficaria ali, gastando energia e atrasando o tratamento de seu companheiro em prol da causa de quem havia o sequestrado e machucado para começo de conversa? Estava atento para reagir à possibilidade, mas não a comprava muito.

Flor realmente parecia ter capacidades físicas muito acima da média. Dava para ver a habilidade com que desviava dos feixes de Knox. E, mesmo que seu esmagamento gravitacional tivesse conseguido reduzir sua capacidade de se locomover a ponto de ser atingido em cheio pela garota, era surpreendente que ele ainda conseguisse ficar de pé e até mesmo saltar. Todavia, nem de longe esse era o maior foco de Leonard. A forma estranha como ele tinha reagido à evasiva era bastante preocupante. Tendo isso em vista, enquanto Flor falasse, Leonard ativaria The True Sight para avaliar o solo no qual ele havia voltado suas forças. Talvez estivesse plantando algum tipo de poder nele? Alternando entre os tipos de visão, tentaria encontrar algum padrão com o auxílio de suas profissões e intelecto.

- Sou apenas um simples mercenário de passagem, caçando a cabeça de um psicopata descontrolado por alguns… - pausou brevemente, tentando encontrar o termo certo - Trocados - daria de ombros, ligeiramente surpreso com o termo que havia surgido em sua mente - A questão maior aqui, no entanto, é quem diabos é você, “Flor” - sem dar tempo para o oponente responder, rebateria o interrogatório - O que é que um marinheiro punido por desobediência militar por uma causa tão nobre quanto não responder um Buster Call faz aqui, mancomunado com alguém tão inescrupuloso como Edward “The Joker” Vancleef? - genuinamente intrigado, levaria a lateral do indicador para próximo de onde estariam seus lábios se não fosse o capacete.

Atento para não deixar que Flor se aproximasse demais, Leonard daria uma breve observada nos presentes anormais que o papai noel arremessava. Com o mesmo mecanismo que avaliava possíveis ciladas de Flor, tentaria determinar qual era a natureza da explosão com suas perícias e intelecto. Apesar da Infinidade, também daria uma breve avaliada se o Gravitational Lensing ainda estava funcionando adequadamente contra os presentes de Lineu.

- Sem problemas, Garret-sama - Leonard prontamente responderia à ligação, paralelamente às breves checagens - Aposta? - repetiu lentamente, sem entender a figura de linguagem de Garret.

No entanto, ao perceber o desenrolar da luta entre Pat, Edwin e Bebel, achou que tinha começado a entender ao que Garret se referia. Um androide explicava o assassino sem assinatura de Haki da Observação. No entanto, ainda restava a questão da localização do verdadeiro Joker. Estaria controlando o robô remotamente ou a máquina não passava de uma cópia? A julgar pelas reações de Pat, porém, o robô parecia ser convincente demais para ser uma simples cópia. Joker deveria estar escondido em algum lugar. Quem sabe não estivesse lutando com Garret naquele momento, visto que ele havia seguido o rastro. A variedade de estados mentais que Ivana podia induzir não eram brincadeira. Dividir a mente de Joker não parecia algo tão impensável assim.

De qualquer forma, não poderia abaixar a guarda com Flor. Sem deixar de cair o campo gravitacional com Infinidade, Leonard continuaria voando para manter a distância entre eles. No entanto, precisaria ganhar algum tempo para que pudesse ajudar Hofuji contra a inimiga voadora. Conseguia manter suas habilidades funcionantes, mas isso não significava que o ato de erguê-las não exigia certo foco de seus poderes. Sendo assim, utilizaria uma fonte externa de poder para atrasar o marinheiro. Convocando o Tesserato, aproveitaria-se de uma parte das nuvens unidas por Knox para conjurar sua técnica mais rapidamente. Usando de sua alta Proficiência, buscaria analisar os movimentos de flor para mirar sua técnica da forma mais precisa possível:


- Tsukitate! Kurae! Jū-san no kiba! - prosseguiria, rapidamente conjurando acima de si o tornado de nuvens eletrificadas - Rhongo-myniad!! - bradaria, tombando-a e fazendo a lança eletrificada avançar contra Flor.

Considerando que Rhongomyniad viria imbuida com Lord of Vermillion, Leonard não apenas ordenaria que o Tesserato mantivesse as rajadas de ar contínuas, como também as descargas elétricas. Utilizando-se das propriedades de Lord, faria com que os grandes relâmpagos se propagassem pelo corpo da da própria lança imbuída de nuvens condutoras. Assim, aliado ao campo gravitacional anteriormente criado, o Tesserato poderia manter pressão contínua com a rajada rotativa de ar e a eletrocussão massiva por todo o corpo do tubo.

De olho em Flor enquanto isso, aproveitaria-se que seus poderes gravitacionais estavam livres para auxiliar Hofuji a lutar contra uma oponente voadora. Enviando diversos núcleos menores de Planetary Devastation por debaixo da terra até um ponto em que não correria risco de desabar o solo sob seus aliados, criaria uma série de planetóides com algo em torno de 5 metros de raio cada. Seguindo uma vibe meio Super Mario Galaxy, faria as esferas de rocha emergirem da terra e seguirem para próximo de Hofuji e Takeda. Tomando cuidado para não atrapalhar Hofuji ou Knox, deixaria os planetinhas posicionados de forma a fornecer múltiplas plataformas de salto para os aliados. Assim, esperava que a vantagem de voo de Takeda fosse anulada.

Atento às reações de Flor, caso ele conseguisse avançar contra Leonard, o caçador criaria uma espessa e grande rajada semilunar de Tidal Slash imbuído com Haki do Armamento via Radiate. Num trajeto diagonal descendente, o corte gravitacional visava servir de rajada defensiva para impedir o avanço de Flor e mantê-lo no chão. No entanto, mesmo isso não passava de pretexto para outra estratégia. Flor era bastante casca grossa e, por isso, Leonard sabia que a melhor forma de lidar com ele seria via danos internos. Entretanto, o Haki do Armamento era perfeitamente capaz de impedir que a matéria negra atravessasse seu corpo para causa esse tipo de dano. Sendo assim, buscando um choque de HdAs com a técnica anterior, Leonard queria manter a armadura negra de Flor ocupada. Sorrateiramente, dispararia uma série de pares de Nightmare Spheres rodopiantes contra as partes desprotegidas para que seus efeitos de vórtex tentassem torcer o os órgãos internos do marinheiro.

- Certo, deixarei que Pat lide com o Joker robô da forma dela - assim que possível, responderia a Garret, torcendo para que Bebel e Pat não destruíssem o robô, que poderia ser útil para localizar Joker.

Em situação de emergência, caso Flor se mostrasse capaz de burlar suas medidas contra aproximação, Leonard estaria preparado para tentar se defender com suas capacidades físicas. Erguendo uma defesa cruzada com seus braços em "X", dobraria a cauda da armadura adiante da defesa para complementar sua força deficitária. Nesse aspecto, também buscaria imbuir a guarda cruzada com Haki do Armamento Base numa tentativa de sofrer menos danos.




Infos Úteis :

@Night

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[...]


Ei, por quanto tempo você acha que dormiu, ein bonitão? — A voz aguda e levemente soturna de Gio preencheu a cela, reverberando em ecos baixos e irritantes. A mulher seguiu falando, percebendo que Hofuji não responderia. Ele nunca respondia. — Ás vezes eu acho que essa m*rda é um pesadelo. Que um dia ainda eu vou acordar numa cama cheia de p*u na minha volta. Vou poder fazer uni, duni, tê, cê vai ver.

Na lembrança seus olhos encontraram com a orbe vermelha e solitária através do buraco na parede.

Na cabeça, só conseguia pensar.

"Deixa de ser burra. Deixa de ser burra. Deixa de ser burra."


[...]


A breve sonolência, composta de milissegundos, lhe presenteou com um flash desagradável. Sua corrente dançou mais uma vez ao mesmo tempo que o lower se permitia a caçar no ar uma curta tragada, mergulhando logo após em um avanço parcialmente bem-sucedido com a assistência da garota máscara.

Psicopata não era uma palavra estranha para Hofuji.

Sua profissão inúmeras vezes o colocara em posição homicida, mesmo que fosse algo que lhe era delegado, que nunca escolhera fazer. E mesmo que parasse para pensar e se deparasse com toda a trajetória que a Marinha o obrigara a percorrer até então, aquele seria o último momento com o qual se importaria.

Estava no campo de batalha. Ali Hofuji abraçava com braços e pernas a natureza que lhe fora imposta.

Não respondeu Takeda, concentrando-se ainda mais no cenário combativo. Ao ver a alçada de vôo da oponente, o caçador instintivamente trancou a respiração para proteger-se de mais um efeito debilitante. Os próximos segundos foram um caos.

Uma estática engoliu a catedral, desestabilizando o haki de Hofuji e sua percepção. Em conjunto, percebeu uma resposta de Leonard ao perceber sua posição na batalha, provendo-o com uma passarela improvisada de detritos. Não desperdiçaria aquela oportunidade.

Encurtando a extensão da corrente com dois agarrões, o loiro saltou pelas pedras, girando o cutelo diagonalmente pelos lados do corpo, fazendo um xis em frente do torso. O movimento era uma defensiva improvisada para qualquer nuvem concentrada de gás e para novos presentes que viessem a surgir, garantindo o seu avanço sem nenhuma interrupção. Ainda confiava em seu hdo trêmulo para alertá-lo de quaisquer investidas vindas de lugares inesperados para que pudesse corresponder em tempo.

Quando atingisse a pedra anterior a mais próxima de Takeda, Hofuji soltaria toda a extensão da corrente no último giro, mirando um golpe em estocada no detrito à sua frente. A intenção era despedaçá-lo, disparando seus pedaços em direção à mulher como distração. Ao fazê-la, o caçador tragaria novamente mais uma leva de ar, aproveitando-se do redirecionamento da atenção da oponente, realizando logo em seguida um giro em seu próximo eixo, realizando assim um novo corte amplo e horizontal, da esquerda para a direita, na altura do torso da adversária.

Não poderia se dar ao luxo de perder um milissegundo de atenção. Uma mixórdia de eventos se entrelaçavam em uma confusão de ataques e provocações que qualquer piscada de olho significava um braço explodido ou uma perna mutilada.

Sua posição no mapa da batalha era instável e ficaria atento a qualquer tremor na técnica de Leonard. O percebendo, usaria do cutelo como um grappling hook para fixá-lo na construção mais próxima e içar seu corpo para sua posição.

Sua leitura do cenário era turva sem a assertividade de seu hdo, mas podia analisar vagamente que Leonard continha o marinheiro, que a atenção do transmorfo se fixava em Enza e que, por algum motivo, a situação de Joker mantinha-se contida entre Bebel e Pat.

Como um bom psicopata, Hofuji focava sua atenção em sua presa. Defendendo-se pelo instinto de sobrevivência e atacando pelo instinto homicida.

Como uma boa marionete.

Como um bom peão.

Infos: :

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- Com isso começa, o magnífico e esplendoroso Requiém do cãozinho.

Uma carta foi arremessada contra um homem pelado numa fonte termal. O assassino havia estudado os movimentos de seu alvo e planejado por meses, portanto, não havia a mínima chance do plano dar errado. Ao acertar a cabeça de seu alvo, uma fumaça surgiu. Ele deveria estar dormindo, àquele ponto. Contudo:

- Mas que diabos. - Respondeu o homem, coçando a cabeça após um bocejo. - - Isso é uma espécie de truco surpresa ou algo do tipo?

O outro homem aparentava um espanto incomum.

- Onde está o cara que deveria estar aqui?

- O carinha das roupas ricas? Ele correu gritando, pareceu que não estava disposto a dividir o banho termal. Talvez se eu estivesse vestido quando chamei ele...

-...

- Ele chamou alguns caras irritados depois. Mas consegui convencê-lo a se juntar comigo.

- Caneta Azul! Azul Caneta ! - Cantavam os guardas, bêbados com cerveja na mão.

-...

O homem arremessou outra carta, dessa vez desviada pelo peladão. O movimento aconteceu num piscar de olhos, escorrendo um fiapo de sangue da bochecha do homem, que suspirou.

- Porquê é tão difícil relaxar esses dias?

***

A primeira a se mover foi, novamente, Enza. Voou na direção oposta do trem. No meio termo, recebeu rajadas de gases de Takeda, bloqueadas de forma adequada pelo capacete de Enza, apesar de naturalmente impossibilitá-la de respirar completamente durante o processo. De modo paralelo, Hofuji subiu pelas trilhas erguidas por Leonard, erguidas após algum tempo do combate do ás com flor.

Rapidamente, Lineu aproximou-se de Enza, não apenas para arremessar presentes, mas para atropelá-la. Knox pôde dissipar sua montaria, mas a velocidade da queda não seria nem de perto suficiente para livra-la do momentum do bonde. Contudo, com a ajuda dos ventos da máscara, conseguiu escapar no limite. A garota, durante este momento, viu-se vulnerável aos gases de Takeda, sendo forçada a prender a respiração. Ainda prendendo a respiração, em queda livre e sendo empurrada em direção pelos gases, que tinham uma grande pressão, tentou desviar os presentes na direção da mulher gás. Como eles viam de ângulos diferentes, desviar todos sem habilidades gravitacionais era impossível, mas Enza foi capaz de o fazer com alguns. Todavia, um dos presentes teve uma natureza diferente. Vindo como uma bala, atravessou os ventos, forçando Enza a defender-se com a Mask of Deception. Mesmo com a defesa da máscara, o projétil foi capaz de empurrá-la ao chão, afligindo-a com bastante dor com o inevitável impacto, apesar de nada aparentar estar quebrado. Ao fim, pode notar a natureza do projétil. Era uma espécie de projétil de luz, análogo a Pika Pika no mi, explicando o porque de não ter sido rebatido pelo vento como os outros.

Enquanto isso, Hofuji partiu na direção da mulher gás por rodar seus cutelos como uma espécie de ventilador. Apesar da tenacidade do rapaz, algumas partes do gás percorriam sua defesa, forçando-o a trancar a respiração. Os gases, em especial conforme aproximava-se de Takeda, exerciam mais e mais pressão. O caçador quebrou uma pedra, arremessando detritos na direção da mulher. Contudo, no meio do ar, os detritos parecem ter atingido alguma coisa invisível ao meio do caminho, gerando uma explosão.

Por trás da fumaça, ambos os os golpes dos caçadores foram em direção a mulher ao mesmo tempo. Sendo forçada a emergir diante do golpe de Hofuji, encontrou alguns presentes pelo caminho. Mesmo demonstrando grandes habilidades acrobáticas com os gases, eventualmente um deles atingiu o braço direito da mulher, destruindo completamente seu traje naquele lado e deixando-o repleto de queimaduras e sangramentos.

Ao fim, contudo, Hofuji viu-se vulnerável à Takeda. A mulher aproximou-se dele como um super heroi, visando um combate de curta distância.

No outro ponto do campo de batalha, Leonard enfrentava Flor. Ele respondeu aos questionamentos do caçador:

- Fui treinado por meu avô como uma ferramenta da justiça. Não guiado por raiva. Não guiado por vingança. A justiça racional. Mas já faz algum tempo que não estou mais tão certo disso. Especialmente quando se trata daquele homem.

Após isso, o confronto entre ambos começou. O chão estava normal, demonstrando que Flor não utilizava truques ali. Utilizando de um grande setup, Leo lançou um combo personificado através de uma lança contra flor. Ao mirar de modo preciso rapaz, Leo pôde perceber uma pequena anomalia. Flor não começava seus movimentos quando a técnica era lançada, mas o fazia com segundos de antecedência. Com isso e o auxílio de seu haki de armamento para amenizar os poderes gravitacionais, o surpreendente contra-almirante foi capaz de se esquivar do golpe com um grande dash, dando a volta na técnica. Contudo, aquilo requereu um grande movimento de Flor, ganhando a Leo alguma distância, que foi recuperada a partir do momento que Leonard teve que desviar sua atenção por alguns momentos para ajudar a outra dupla.

Ao fim, o próximo movimento de Leo foi Tidal Slash. Lançou-o de forma diagonal contra o marinheiro, com o intuito de mantê-lo no chão. Flor, em resposta, estendeu seu haki do armamento para as laterais do corpo, amenizando os efeitos gravitacionais, ainda que ter seus dentes cerrados indicava a dor que estava sentindo. Ao fim, ataque sorrateiro do ás atingiu suas partes desprotegidas, forçando a, finalmente, utilizar a expansion. Uma técnica poderosa, mas com algumas limitações.

Após ser forçado a utilizar a expansion, Flor saltou com tudo na direção de Leo. Com sua armadura e haki do armamento, foi capaz parar o de um chute avanço do marinheiro com a Cauda. Após isso, Flor lançou uma pequena provocação:

- Você não é o único que faz coisas que não deveria fazer, físico.

Algum tempo após o contato, Leo sentiu uma grande pancada por dentro da armadura, na altura do estômago. Conforme o conhecimento do físico, pode notar que Flor havia demonstrado o Ryou. Após isso, Flor, forçado pela gravidade, foi novamente ao chão. Ele estava suando bastante, e o uso de tantas especialidades dos hakis parecia lhe drenar bastante energia(Ex: Funciona de modo similar a uma técnica boost.).


- Foi realmente bem treinado, não é robôzinho. - Provocou Bebel. - Mas parece que o Joker não contava que eu estivesse aqui. Faltaram-lhe memórias pra passar.

Após vomitar mais uma quantidade razoável, a mulher lançou uma espécie de gambá gigante de vômito no palhaço cibernético, que se levantou rapidamente, desviando do golpe.

- Ele parece mais rápido do que antes. - Comentou Bebel com Pat, que parecia estar tramando algo por si própria. Uma gigantesca bolha de chiclete estava sendo inflada a partir de sua boca, crescendo rapidamente.

- Tenaz observação, pirata. - Afirmou o Joker robótico, com um sorriso no rosto. - Contudo, é tarde demais.

Ao passo de que o Joker terminou a frase(mais uma vez), algo caiu dos céus. Tinha a aparência de um palhaço vindo diretamente de um filme de terror. Aos que liam jornais, podiam distinguir sua aparência facilmente, era Arthur, o shichibukai. Ao chegar, ele limpou um pouco de sangue da roupa e do rosto, enquanto era observado atentamente por Pat.

- Pegaram o Papai Noel?- Perguntou o shichibukai ao outro Joker.

- Sim, controlado. Podemos prosseguir com o plano?

- Ótimo.

Joker, usando de toda sua velocidade, avançou rapidamente na direção do papai noel, sendo seguido de perto por Pat. Com um golpe, papai noel teve sua cabeça arrancada de forma brutal pelo palhaço, deixando todos no campo de batalha atônitos e espantados, em especial Bebel. Pat, apesar do esforço e disparar chicletes na direção do caminho, foi apenas capaz de cruzar armas com ele após o ocorrido. Enquanto isso, o Joker anunciou a seus companheiros.

- O plano A acabou, e a vingança está feita. Vamos dar o fora daqui e dar início ao B.

- Você não vai a lugar nenhum. - Afirmou Pat. Aquela altura, sua bolha de chiclete havia crescido a ponto de estar do tamanho da catedral. Em seguida, estourou, cobrindo toda a região como um domo.

- Essa técnica... - Comentou o joker robótico.

- Enquanto Pat estiver viva, esse domo é impenetrável. - Afirmou o Joker de carne, enquanto, após trocar um golpe com Pat que arremessou ambos a uma certa distância. - Você pode entrar, mas não pode sair. Emily, convoque os outros PX-J. Vamos terminar essa Folie a Deux, Pat..

Do outro lado, enquanto encarava Leonard, Flor rangeu os dentes sobre o Joker.

- Mas que filho da p***.

Enquanto isso, Garret parecia bastante ocupado lutando. As coisas pareciam estar bastante complicadas do lado de lá.

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Nem tudo havia saído exatamente conforme o planejado, ainda sim Enza estava contente com o desenrolar dos acontecimentos. Talvez se seu haki funcionasse como devia, pudesse ter evitado aquela dor que idosos sentiam nas costas, mas isso fazia parte da vida de um personagem secundário. No fim do dia, só os protagonistas sairiam ilesos daquela luta, e como o esperado, Leonard parecia estar assumindo bem esse papel.

"Parece que ele realmente não precisa da minha ajuda..." Pensou com um sorriso de canto, tirando a poeira das roupas com alguns tapinhas. Suas ordens eram para auxiliá-lo com Flor, mas o outro lado claramente precisava de mais ajuda do que ele, e no fim do dia não era como se Enza fosse uma Spades para se importar com possíveis consequências de desacato.

Takeda estava nas últimas, e com ela e Flor sob controle, todos inevitavelmente se voltariam contra o mastermind que parecia feliz por ter acabado com o natal dos próximos anos. A jovem atriz não pôde deixar de sentir um desconforto em seu peito diante daquela barbaridade. Não pela morte do indivíduo em si, mas por sua irmãzinha que ainda acreditava na existência dele. "Talvez seja melhor não contar essa parte da história quando ela me perguntar a respeito..."

Deixando isso de lado para focar-se no que realmente importava, Enza voltaria sua atenção para a anti-heroína que visava a cabeça de Hofuji. Erguendo a Mask of Deception, rapidamente faria descender uma sequência de raios sobre ela antes que Takeda se aproximasse demais do caçador de recompensas. Mesmo que ela desse um jeito de desviar ou sobreviver aquilo sem ajuda de um HdO, Hofuji teria a abertura que precisava para mudar a maré do combate e isso seria o suficiente.

Em seguida, desfaria todos seus fantasmas para focar-se na construção do seu hollow field. Com Flor e Takeda ocupados, Lineu morto e o HdO de todos sofrendo interferência, esta provavelmente era a melhor oportunidade que teria de usar seu às na manga. Inicialmente não tinha intenções de revelar essa técnica, mas como ela fazia parte do repertório de Rose os outros provavelmente saberiam do que se tratava de qualquer forma. Além disso, o Joker aprisionado não era uma oportunidade que Enza deixaria passar. Até agora havia deixado ele de lado para focar-se nas lutas designadas para o seu papel, mas o inevitável momento em que teria que confrontá-lo estava chegando e a jovem atriz mal podia conter sua ansiedade.

Depois de ajudar Hofuji, focaria-se totalmente na execução da sua técnica para o próximo turno. Em caso de alguém alvejá-la, ainda poderia se defender com a Mask of deception ou desviar sem expor o fantasma que estava criando no subsolo. No caso de se tratar de mais uma rajada pressurizada de Takeda, prenderia a respiração e desviaria imediatamente, em seguida giraria seu escudo como uma hélice para amenizar os efeitos do gás em sua direção.




Spoiler :

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Leonard elevou uma de suas sobrancelhas, sinceramente um pouco incrédulo com a conclusão “lógica” que Flor havia tomado. Talvez ele tivesse se referindo ao Almirante de Frota, que certamente não era uma pessoa com os interesses mais puros. Entretanto, Joker sem dúvidas era uma escolha ainda pior. O sniper pensou em respondê-lo, todavia o marinheiro não parecia inclinado para conversas.

Seus movimentos talvez fossem mais anormais do que a média, porém aquele padrão não lhe era desconhecido. A certa capacidade de previsão garantida pelo Haki da Observação era algo com que estava muito bem familiarizado de outras lutas. Certamente poderia ser um obstáculo significativo, a depender do seu poder e da agilidade base do alvo, mas não era intransponível. Afinal, aquele sexto sentido não era capaz de causar efeitos físicos por si só, como de fato aumentar a velocidade do corpo do inimigo, por exemplo.

Junto das Akumas no Mi, o Haki também era um dos fenômenos sobrenaturais irritantes que no passado havia mudado o paradigma da teoria geral do caçador-pesquisador de uma forma nada agradável.Obstinado em construir suas explicações, porém, também tinha performado estudos acerca do assunto. Só restava confirmar qual exatamente era a forma de previsão que Flor usava. Dependendo do tipo, havia fraquezas específicas que deveriam ser exploradas. No entanto, a julgar pelo andar lento e comportamento esquisito do homem, talvez fosse razoavelmente provável que ele estivesse na realidade se concentrado para utilizar a infame Precognition.

O Haki do Armamento amenizar os efeitos gravitacionais era algo de se esperar. No entanto, utilizar tantas especializações de alto nível, sem dúvidas não o era. Não era algo tão incompreensível assim. Na realidade, era de se esperar que algo do tipo eventualmente acontecesse. Só era a primeira vez que Leonard testemunhava a possibilidade na prática.

- Hahaha! - encolhido com as mãos no torso devido ao golpe, o Sniper Megalomaníaco não pode deixar de se manifestar - Nanto… - o alter-ego pausou para cuspir sangue - Subarashii... - ergueu sua face, encarando o rapaz quase com uma aura quase cobiçosa - Mas aparentemente sou o único que consegue deduzir a explicação para o poder do outro - o Megalomaníaco sorriu, emanando uma aura maquiavélica.

Se havia alguém que poderia ajudar a completar sua pesquisa em Hakis de forma definitiva, com certeza era aquele o rapaz capaz de múltiplas especializações de altíssimo nível. O alter-ego parecia estar bem consciente do seu valor cientifico. No entanto, não era o único a habitar aquele corpo. Leonard não simplesmente deixaria que o sniper liberasse toda a extensão de seus poderes sem se importar com os arredores. Seu prestígio profissional e, por extensão, o fluxo de dinheiro para financiar seus experimentos poderiam ser gravemente prejudicados se matasse subordinados sem querer.

O que pareceu ser a gota d’água para trazer Leonard totalmente de volta, porém, fora a aparição de Joker e seu subsequente assassinato. A princípio, a reação de Bebel era de se esperar: matar um companheiro de anos naturalmente causava fortes emoções. Mas e Flor? Seria apenas seu senso de justiça falando alto ou havia algo mais entre ele e o papai noel. Leonard, claro, não assistia à Grande Família para captar as referências.

- Ugh… - Leonard reergueu-se, tentando manejar o enjôo que o golpe interno havia causado - Deixando isso de lado, porém… - o atirador prosseguiu, mudando o tom de voz - Acho que é normal duvidar dos seus ideais de vez em quando - cruzaria os braços, voltando seu foco para seus poderes - No entanto, se for para acontecer, creio que deveria para melhor. Por isso, não vale a pena questionar a própria justiça e se envolver com alguém que claramente não faz a mínima questão de seguir qualquer tipo de justiça como o Joker - Leonard daria de ombros, tentando entender qual era a resposta da pergunta que Flor não tinha respondido antes - Não sei qual a sua relação com Lineu D. Silva, mas minha intuição me diz que talvez não sejamos inimigos e que não devessemos estar lutando por causa de um canalha como Joker - prosseguiu, após repensar a reação de Flor diante da morte do Papai Noel - Que tal um trato? Eu te solto, prometo que não vamos te atacar e você promete que não atacará a mim ou os meus - interrogaria, pousando no chão e olhando atentamente para a reação do marinheiro dissidente.

Flor não parecia ser do tipo mentiroso, mas liberá-lo tinha seus riscos. Mesmo assim, Leonard acreditava que, diante da possibilidade de ter mais um enfrentando o Joker, talvez os riscos valessem a pena. Estando completamente atento às reações do marinheiro, caso ele aceitasse, desativaria a porção do Dark Field que afetava o marinheiro.


(Não sei o quão alto o volume pode sair. Cuidado.)

No entanto, caso ele tentasse atacar - livre ou não do campo gravitacional -, seria obrigado a se defender e contra-atacar. Criando um Gravitational Lensing ao seu redor, Leonard tentaria fazer com que o ataque de flor fosse desviado para a direita, fazendo uma curva ao seu redor e passando direto por ele. No entanto, sabendo que o Haki do Armamento deveria amenizar o grau do desvio, Leonard buscaria evadir para o lado oposto com Catharsis. Dessa forma, não apenas tentava compensar um pouco a diferença entre as Agilidades com o crítico, como também tentava aumentar o espaço entre seu corpo e o ataque de flor, melhorando a margem de desvio para que mesmo um Gravitational Lensing enfraquecido funcionasse. Ademais, caso notasse que Flor ainda assim ficaria próximo demais, também estaria preparado para utilizar sua cauda robótica revestida por HdA Base para bloquear e empurrar o golpe para longe de si. Somaria seus esforços mecânicos à sua evasão e à sua técnica de desvio, melhorando suas chances de ficar longe o suficiente para não ser novamente atingido pelo Ryuo, que claramente parecia ter um certo alcance além do contato corpo-a-corpo.

Reaparecendo com os pés no chão a uma boa distância de Flor com o crítico de rotação abolida, Leonard revelaria estar preparando uma armadilha. Considerando que o cansaço por utilizar Haki do Armamento talvez afetasse o uso do Haki da Observação (e que também talvez não estivesse focado o suficiente para atingir a técnica de Precognição), Leonard utilizaria Icicle Bloom para que uma explosão congelada prendesse o marinheiro dentro do gelo. Como boa parte daquela tarefa seria executada pelo Tesserato, supunha que o Foresight de Flor acabaria ficando um tanto no escuro por se tratar de um robô. Paralelo ao trabalho do cubo, a partir de seus pés enviaria rajadas de sua técnica mais poderosa através do solo. Emergindo do chão abaixo de Flor como um maciço pilar negro, seu Ginnungagap buscaria novamente causar danos internos no corpo de Flor momentaneamente paralisado pelo gelo. Seguindo uma estratégia semelhante a de antes, Leonard buscaria invadir o corpo de Flor por uma região onde seria menos provável haver Haki do Armamento: a sola dos pés. Dessa forma, a matéria negra poderia subir pelo interior corpo do alvo, ficando enclausurada pela camada externa de armamento ao redor do resto do corpo.

Caso ele se recusasse a cooperar de qualquer maneira, mas mostrasse sinais de que não iria se recuperar tão cedo e, portanto, não iria atacar, Leonard focaria em tentar selá-lo. Utilizando Planetary Devastation, buscaria aprisionar o marinheiro dentro de uma esfera de rocha na qual seu rosto ficasse na superfície, livre para respirar.

Caso ele se mostrasse disposto a cooperar contra o Joker e não atacasse, Leonard então direcionaria seus esforços em tentar neutralizar os planos de Joker.

Primeiro, tentaria prevenir a presença dos tais modelos PX-J, que não deveriam ter grandes problemas ao entrar na Expansão de Domínio de Pat. Para tanto, criaria uma série de anéis horizontais de Tidal Slash margeando as paredes do domo de chiclete. Caso sua matéria negra, intangível, conseguisse atravessar o domo, criaria esses anéis externamente. Do contrário, os deixaria no interior mesmo. Conferindo-lhes rotação, deixaria que as serras gravitacionais fatiassem os robôs que tentassem entrar. Graças à Infinidade, a proteção permaneceria até segunda ordem, pelo menos reduzindo a quantidade de robôs que entrariam em combate.

Em seguida, imaginando que Takeda seria imensamente beneficiada por aquela prisão, Leonard criaria uma Ruined Star no ápice do interior do domo. Reconfigurando suas especificações, não faria um corpo tão massivo assim. Apenas um com gravidade o suficiente para aprisionar os gases soníferos ao seu redor, num disco de acreção. Não fazendo a técnica brilhar por enquanto, manteria suas armas ópticas como um ás na manga. Em contrapartida, buscaria uma forma relativamente mais clássica de neutralizar o Joker de carne.

Aproveitando-se de que provavelmente não estariam focados nele - vide a presença de Pat, Bebel e, nessa hipótese, Flor -, Leonard sacaria seu rifle enquanto enviava os comandos para o Tesseract preparar um Lord of Vermillion. Utilizando-se de sua Proficiência para mirar e eletrocutar a nuvem no tempo certo, o caçador buscaria evitar que seus dois grandes trovões acertassem seus aliados. Tentando apenas atingir o Joker de carne e o Joker robô, a intenção de Leonard era causar paralisia para que - além de ajudar seus aliados a acertarem seus próprios golpes - pudesse disparar Izanagi e Izanami com maior precisão.

Disparando dois Fission Shots com dois tiros cada, Leonard inicialmente miraria nas cabeças dos Jokers, sempre tomando cuidado para não acertar aliados. Considerando que estariam com relativa limitação nos movimentos por conta da eletrocussão, Leonard calculava que o movimento mais fácil para desviar do tiro na cabeça era mover o torso para longe. No entanto, isso significava que a parte superior do corpo se moveria tendo a pelve como eixo e, sendo assim, esta acabaria ficando imóvel. Graças a isso, antes do tiro único falso chegar na cabeça dos Jokers, faria com que os segundos tiros ricocheteassem na diagonal para baixo, perfurando as pelves. Os dois primeiros tiros dos Fission Shots, porém, apenas continuariam reto para o caso de algum dos jokers acabar não conseguindo desviar a cabeça.

Tiros nessa parte do corpo podiam não parecer muito significantes, mas, pelo menos para o joker de carne, poderiam ser especialmente perigosos. A região possuía uma boa quantidade de vasos calibroso e, quanto maior fosse a artéria ou veia que Leonard conseguisse atingir, maior o risco de morrer por sangramento interno que “Arthur” correria.

Ademais, estaria atento caso os Jokers tentassem enviar mais de suas cartas suspeitas para atacar. Tentaria utilizar Gravitational Lensing para jogá-las o mais longe possível de si e seus aliados. Fosse o caso de apresentarem algum efeito especial que conseguisse superar a barreira, estaria preparado para revestir as partes do corpo alvejadas com o HdA Base e protegê-las com sua cauda robótica.

Também utilizaria a visão em espectro infravermelho de The True Sight caso algo viesse a obstruir sua visão. Considerando as posições prévias dos inimigos - e aliados -, acompanharia suas assinaturas de calor para que não acabasse fazendo fogo amigo.




Infos Úteis :

@Night Na técnica do Father diz que leva um tempo para canalizar. Como não sei se isso vai acontecer só no fim desse turno (ou seja, no fim da próxima mestragem) ou não, deixei a última frase para tentar lidar com a falta de visão, caso fosse necessário.

descriptionCatedral de Pyroklastos - Página 2 EmptyRe: Catedral de Pyroklastos

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Manchada agora pelo sangue da primeira vítima, a Catedral de Pyroklastos começava a parecer um campo de batalha.

A atmosfera do lugar, pesada de rancor, projéteis e gases letais, agora ganhava um domo cor de rosa, entregando para quem via de fora um espetáculo visual fofamente macabro. Uma infeliz mistura de bola de neve com globo da morte.

Lá dentro, ainda atingido pela confusão cognitiva de seu HDO e com o fôlego debilitado pela respiração descompassada, Hofuji sorria. Tudo acontecia muito rápido, entre janelas de tempo quase ínfimas, mas houveram duas coisas as quais o homem pôde perceber e testemunhar com clareza: o peso que a nova aura trazia para o ambiente e o sangue chicoteando entre a cabeça decepada e o corpo transmorfo do papai noel.

O sorriso aberto era sinal de que a personalidade forjada do loiro começava a assumir espaço, engatilhada pela sucessão de eventos. Poucos segundos preencheram os últimos golpes trocados entre ele e sua oponente, resultando em um saldo positivo para o caçador. Naquela altura conseguia, dentro do seu raciocínio rápido de batalha, entender que as piores lutas estavam lá na frente, contidas até então por Leonard e Pat, e que quanto antes finalizasse seu papel contra aquela oponente, mais próxima de um resultado positivo sua equipe poderia chegar.

Dessa forma, decidido a cumprir o seu movimento no tabuleiro da linha de frente, conduziu seu trêmulo HdO às suas redondezas.

Foi então que leu o desespero da mulher.

Takeda, vestida com frangalhos do que o seu uniforme e capacete uma vez foram, decidiu encurtar a distância em um apelo desesperado para engolir Hofuji com o diâmetro de maior pressão do seu gás. Em reflexo, o homem tragou mais uma lufada de ar antes da aproximação, já com o cabo de (O)ru na mão esquerda. Porém, antes de embuí-lo com seu Busoshoku Haki e partir para o enfrentamento corpo a corpo, sentiu o mergulho dos raios, não hesitando então em aproveitar-se da brecha.

Enquanto a eletricidade descia, a extensão da corrente tilintou, caindo do braço do loiro e enviando o cutelo para a altura do seu pé. Em paralelo, a mão oposta do homem foi até seu bolso, em um movimento desprovido de conexão com o contexto do golpe. A confusão era intencional, buscando prevenir que a mulher antecipasse sua real intenção.

Chutando o verso da lâmina de (O)ru, Hofuji enviou o seu cutelo em uma estocada retilínea contra o abdômen da adversária. Na sua cabeça, repassou os movimentos de resposta que esta dera até então, seja esquivando com o impulso do gás ou usando-o para desacelerar o curso da sua lâmina. Por isto que, logo após a investida de sua arma, sua mão retirou do bolso seu isqueiro, acendendo-o com a maestria de quem fuma há longos dez anos e lançando-o na direção de Takeda.

Era um teste audacioso, já que não possuía total certeza se a oponente de fato usaria seu gás como contra-ataque ou se as propriedades deste fossem reais o suficiente para causar alguma combustão.

O fato é que, beneficiado por uma possível distração, Hofuji não aguardaria para encaixar mais um movimento de agarrão na sua corrente, trazendo-a de volta (contando com a rapidez que a curta distância propiciava) e realizando mais um chute no cutelo, desta vez direcionando-o para o pescoço de Takeda.

Repetindo o movimento de recuperação de seu cutelo, o lower saltou de forma retrógrada, buscando o apoio mais próximo para pousar. Buscava aumentar a distância, permitindo-se no processo respirar mais uma vez, enquanto avaliava sua situação e a da adversária.

Era notória a habilidade da mulher, e os efeitos colaterais daquela eram extremamente letais considerando o pandemônio que os rodeavam. Mantinha a sua guarda alta e a extensão da corrente frouxa, pronta para agitá-la em reflexo a quaisquer avanços repentinos.

Mergulhado pelo fervor da batalha, Hofuji começava a parecer o que fora feito para ser. Uma arma.

Uma arma que em nenhum momento pensara em como raios faria para acender um cigarro depois da batalha.

Infos: :

descriptionCatedral de Pyroklastos - Página 2 EmptyRe: Catedral de Pyroklastos

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- E porquê devemos aceitá-la nos Wyldcards? Acha que ter apenas ter um poder útil é suficiente para nós?

Uma mulher vestida com roupas em trapos respondeu outra mulher cientista.

- Há muito mais em Pthumerias além dos rumores. Um poder capaz de destruir o mundo.

- E porquê devemos confiar em você?

A mulher mostrou uma tatuagem em seu braço direito. Uma marca de dragão.

- Costumava ser uma escrava da família real. Tinha a confiança do irmão do rei. Estudei a lendas e mitologias de Pthumerias a fundo.

A mulher então entregou à cientista alguns papeis. A cientista, em resposta, abriu um sorriso e chamou à atenção de uma figura ao fundo da sala, oculta nas sombras:

- Essa garota, pode ser o passo à frente que precisamos, chefe.

- ...

- Mas tenho uma última pergunta. Qual seu objetivo com todo esse poder?

A garota respondeu, mantendo uma expressão séria no rosto.

- Minha mente está repleta de traumas. Não consigo dormir às noites. Meu corpo treme à medida que as lembranças retornam aos meus pensamentos. Meu único alívio é o caos.

Enquanto a garota falava, a cientista lia alguns relatórios sobre os crimes dela. Múltiplos sequestros. A garota sequestrava pessoas, e suas famílias, as pondo para dormir, e as torturava até que perdessem a sanidade. Ao fim, contudo, as pessoas sempre terminavam com tímidos sorrisos sob os rostos, como se estivessem em harmonia consigo mesmos.

Para atingir minha paz, irei afundar o mundo no caos.

A figura ao fundo, ao fim, finalmente se pronunciou:

- Louca. Imprudente. Está dentro.

[c]***[/c]

Diante de Hofuji, fumaça saía e sangue escorria pelo braço de Takeda. Ao fim, contudo, os detritos deram lentamente lugar a uma conhecida marcação da tatuagem dos dragões celestiais, revelando alguns possíveis motivos de sua união aos Wyldcards. No âmbito da batalha Takeda havia desafiado Hofuji para um combate à curta distância, mas continuou contando com interferências de Enza. Diante da correta predição da caçadora, mesmo diante do desvio da mulher, feito graças ao seu haki de observação, que parecia inafetado, ao contrário dos protagonistas. Ao fim uma janela se abriu para Hofuji. O 6 chutou seu cutelo na direção mulher. Incapaz de desviar, viu-se forçada a apontar suas mãos na direção do cutelo em um movimento de reflexo, lançado uma rajada de gás na direção dele. Dessa vez, contudo, a arma parou no meio do ar, e Hofuji, foi arremessado para trás. Quanto mais próximo da mulher, mais forte a pressão de seus gases era, sendo inclusive capaz de avançar temporariamente contra os paranauês gravitacionais de Leonard. Em seguida, realizou um movimento inusitado, arremessando seu isqueiro na direção dos gases, de modo que ele apenas passou voando de volta pela pressão dos gases. De fato, alguns gases podem entrar em combustão, mas os gases de Takeda, assim como antes, não demonstraram nenhuma propriedade do tipo. Um segundo golpe mirou o pescoço da mulher, de uma distância um pouco maior devido ao empurrão que Hofuji sofria dos gases. Como antes, ela mirou seus gases contra o cutelo através da mão direita, desviando seu percurso, de modo que o cutelo a acertou de raspão. Eventualmente Hofuji fora arremessado das plataformas para os céus, em direção à catedral, algo que parecia ser o plano de Takeda desde o princípio. Após o arremesso, Takeda voou em sua direção, visando manter o combate à curta distância.

Enquanto isso, no outro lado do combate, Bebel mantinha um equilíbrio de termos contra o Joker robótico, trocando golpes. Ele parecia ficar mais rápido a cada movimento, mas a mulher vômito conseguia acompanhá-lo com seus nojentos movimentos. Ela tinha fúria nos olhos, mas ambos lutavam de modo quieto até então. Eventualmente, o Joker robótico tentou interromper a canalização da técnica de Enza, mas foi interrompido por um golpe da pirata.

- Repugnante e irritante.

No meio do combate, Flor, Pat, Leonard e Arthur se aproximaram por um momento.

- Mas que p**** você está fazendo, Arthur? Você f**** o plano. - Enquanto Flor encarava Leo, o shichibukai trocava golpes a distância contra Pat, em igualdade.

- Aquele que f**** o plano não fui eu, pequeno cãozinho. Foi seu pai. Apenas considerei adequado enviá-lo um presente por seu feito.

- !!!. - Flor cerrou os dentes com força, espantado em apenas ouvir a menção de seu parente. Com o fala de Joker, já era possível que todos deduzissem que o pai de Flor não era ninguém menos que Agostinho, o yonkou. Algumas perguntas ainda pairavam no ar, mas aquela era uma revelação e tanto. Ao fim, uma "ordem" do Joker ao marinheiro.

- Corte esses sentimentos inúteis e foque em derrotar o ás novato. Apenas um pouco mais de tempo, e ambos teremos nossos objetivos.

Apesar de um pouco contrariado e confuso, Flor fez um aceno positivo com a cabeça, diante da suspeita confiança(Ou seria arrogância) do coringa de carne. Enquanto isso, um bolha de chiclete de ar comprimido disparada pela rainha de copas acertou a perna do Joker, fazendo-o sangrar e removendo temporariamente seu macabro sorriso do rosto.

- Não tire seus olhos de mim. - Provocou a rainha. - Ainda não terminamos nosso dueto.

Flor respondeu Leonard:

- Sinto muito, ás de espadas. Poderíamos ter sido companheiros em outra vida. Mas não posso perdoar aquele homem.

Flor avançou na direção de Leonard, mantendo seu cauteloso padrão de ataque. O primeiro combo do caçador teve sucesso para ganhar distância do marinheiro. Apesar da técnica gravitacional ter sido parcialmente bloqueada, o marinheiro não tinha meios para realizar o mesmo com o crítico em velocidade.

Com um pouco mais de espaço, o Tesseract de Leonard visou congelar o marinheiro. Num primeiro momento, o sucesso do plano poderia surpreender pela até então resiliência de Flor. Rapidamente, contudo, o gelo foi derretido por chamas(?) vinda do corpo do marinheiro, provindas da especialização de haki do armamento conhecida como Deflagration.. Seu haki do armamento não deixava aberturas, contudo, pareceu que seu último golpe, após arrebentar os pobres sapatos do marinheiro, gerou pequenos sangramentos em seus pés. A dura noz havia finalmente começado a quebrar.

Após notar o dano, Flor deu um forte e rápido pisão no chão, realizando tanto uma espécie de convite quanto de provocação para Leonard. O que ele poderia esperar daquilo? Se aproveitando de que Leonard havia erguido algumas técnicas( Até o parágrafo da Ruined Star), ele cortou a distância até um ponto de proximidade não suficiente para causar dano. Leonard, com a distância do marinheiro, se viu impossibilitado de disparar contra os Jokers, visto que levaria dano caso o fizesse.

No meio termo, nem sinal de Garret no Den Den Mushi.

Ao fim de tudo, um grande terremoto atingiu a região, tremendo todo o campo de batalha. Seria o prenúncio de algo maior?

@Father, como sua técnica leva um turno pra canalizar sem os fantasmas, vou considerá-la finalizada ao fim do próximo turno, rodando o turno completo.

@Keel Lorenz @Jinkei Mestrados.

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Podia sentir com clareza, vermes e insetos rastejando pela imensidão terrena. Podia sentir o vento passando pelos buracos causados durante a luta. Pontos de pressão causados pelas repentinas pisadas de todos os presentes. Enfim, as preparações estavam completas.

- Satetto... - Murmurou, vendo o campo de batalha com os próprios olhos umas última vez.

Relaxada, inspirou fundo e novamente castou Parallel Thought para poder acompanhar os diversos cenários de batalha sem perder foco. Gravou tudo o que precisava ser gravado em sua memória e ergueu seu hollow field sem mais delongas.

Com um sorriso no rosto, fez um gesto "afagando" a imensidão cinzenta na qual se encontrava.

- Pocchi, temos trabalho a fazer.

Com um grito estridente e indistinguível que se estendia por todo seu corpo, o fantasma respondia o que sua mestra entendia como uma simples afirmação.

Uma mania que Enza tinha pegado de tanto conviver com Rose era a de conversar com seus fantasmas. Embora eles não tivessem mente própria e apenas respondessem aos seus delírios com respostas simples e 'pré-progamadas', a garota apreciava a presença de seus hollows e os via como pets dos quais devia zelar e dar carinho. O sentimento era ainda mais forte quando se lembrava de sua mestra, visto que a Horo Horo no Mi era uma das poucas heranças de Rose que ela ainda possuía. O hollow field era algo ainda mais especial para ela, já que foi a última técnica que a chapéuzinho vermelho havia criado. Seu ás na manga e fiel companheiro, apelidado carinhosamente de Pocchi. A aparência que muitos deviam achar macabra ou no minimo bizarra, para Enza era fofa e calorosamente aconchegante.

Sem mais tempo para conversa, a pequena atriz imediatamente ajustou a densidade do Hollow em todos os campos de batalha, para que não prejudicasse tanto a visão de seus aliados. O jeito como Takeda havia desviado de seus raios e controlado a situação bem o suficiente para não ter sido finalizada imediatamente não soou natural para Enza, o inimigo ainda devia ter acesso a alguma porcentagem de seu haki da observação. As coisas nunca podiam ser tão simples quanto pareciam, e o que antes havia parecido um simples cenário com vitória garantida, agora exigia mais criatividade por parte da garota.

Sentindo Takeda indo na direção de Hofuji, solidificaria uma placa quadrada na frente da anti-heroína por apenas um instante, visando para seu avanço. Por mais que pudesse prever seu movimento, Enza podia solidificar uma área bem a frente de Takeda apenas para fazê-la perder o momentum. Ao mesmo tempo, sincronizaria o efeito da solidificação com a queda de mais um raio, para que dessa vez fosse impossível dela desviar tranquilamente de tudo.

Evitando meter a colher na briga de casal por enquanto, voltaria sua atenção agora ao Joker que havia tentado atrapalhá-la momentos atrás. As chances do palhaço possuir alguma arma com Kairouseki eram altas, isso somado com sua perícia e velocidade o tornavam o indivíduo mais ameaçador de longe, por isso evitaria se aproximar do mesmo. Enza esconderia-se numa área mais longe dos palhaçoes e daria auxílio a Babel à distância. Quando visse o robô se posicionando para desviar de um de seus movimentos, solidificaria uma placa em cima dele para que não pudesse saltar. Sabendo que isso podia ser antecipado, Enza previamente criaria um toku hollow para detoná-lo em suas costas naquele momento de surpresa.

Caso alguém tentasse alvejá-la, Enza estaria atenta à toda a extensão do hollow para reagir a tempo. Com o controle sensorial de Pocchi, usaria seu escudo para se defender, e caso alguém se aproximasse dela para isso, contra-atacaria projetando espinhos a partir da Mask of Deception. No caso de se tratar de uma investida de Takeda, usaria sua tática clássica de prender a respiração, defender do jato pressurizado com o escudo e sair do alcance do gás o mais rápido possível. Se necessário, explodiria um mini hollow nas mãos do agressor para atordoá-lo por um tempo.






Spoiler :

descriptionCatedral de Pyroklastos - Página 2 EmptyRe: Catedral de Pyroklastos

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As armas desenvolvidas pela Nikude desabrocham quando a sua própria segurança e integridade está em jogo. A adrenalina que a vulnerabilidade desperta no ser humano, mesmo que corrompido, leva além as suas capacidades físicas diante do desespero. Desespero de superar o que ameaça a sua existência.

Uma voz feminina, trêmula e robótica, soava através de um dispositivo velho de comunicação. A grande sala possuía paredes de metal, parecendo um abatedouro. O lugar cheirava também como um.

No centro dela jazia uma pilha de corpos, entranhas e farrapos que um dia foram vestes.

A poucos passos dela estava Hofuji, com o cabo do imenso cutelo em ambas as mãos.

Escapando do seu corpo, fímbrias rubras desconectavam-se da pele e subiam como a fumaça de um incenso aceso.



[...]



Enquanto seu corpo era lançado na atmosfera lúgubre e tensa da catedral, uma triste memória atravessou a mente bagunçada do caçador. Em paralelo, uma sombra melancólica emergia na atmosfera rosada da redoma de chiclete. Algo disforme, pesado e escuro, engolindo o campo de batalha. Naquela altura, com inúmeras batalhas sendo travadas no lugar e seu hdo totalmente afetado pela habilidade inimiga, o lower não conseguia afirmar se era algo positivo ou negativo.

Quando viu o corpo desfigurado de sua adversária tomar a sua frente, entendeu o porquê da lembrança maldita ter o acometido.

"O gatilho da arma foi puxado. É assim que as coisas funcionam."

Reposicionando seu corpo de forma ereta, com as pernas alinhadas e prontas para pousar na sua nova posição no tabuleiro, o loiro respirou uma última vez antes de travar um novo embate com Takeda, trancando a respiração logo depois. Por algum motivo que fazia as coisas seguirem um rumo completamente fora do usual para o infiltrado, até o momento lutara com precaução, como se temesse a morte. Passara longos anos de sua miserável vida sendo treinado para exatamente o contrário, mas por algum maldito motivo as coisas pareciam mudar de perspectiva.

"E por que eu penso tanto na Gio, m*rda?!"

Abraçando com tudo o seu instinto, tomando para si como nota a lembrança fragmentada de seu passado, Hofuji avançou. Por alguns milissegundos, dentro da atmosfera agora enegrecida, pensou ter visto o ar à sua frente-se distorcer-se, algo que não o fez parar a sua investida. O tilintar da corrente mordeu o silêncio, revelando mais uma soltura do cutelo em um arco ascendente, descrevendo um corte que começava na altura da coxa da oponente e subia perigosamente até sua cabeça. Suas fintas anteriores não haviam dado muito resultado, mas a diferença agora era que movia-se apostando no embate.

Era hora de desabrochar.

Da perspectiva de Takeda, talvez julgasse que a subida da lâmina fosse mais um movimento precavido à média distância, como até então o lower mantinha como padrão, porém a intenção era colocar o cutelo em uma posição adequada para o seu próximo movimento. Enquanto a lâmina subia, ambos os tornozelos do homem impulsionaram seu corpo em um salto, avançando em direção a mulher, reservando no pulmão o que restava de fôlego.

Caso Takeda usasse seu jato de gás para interceptar o curso do cutelo, o caçador apenas certificaria-se de ajustar pela corrente o posicionamento, para então não perder o timing de sua empunhadura.

Interceptando o cabo de (O)ru no ar com ambas as mãos, os braços do homem foram então maculados com inúmeras linhas púrpuras, enquanto as veias pulsavam. O cutelo, em resposta, despiu-se da superfície metálica e deu lugar para uma negridão pura.

Era hora de desabrochar.

Com a arma banhada pelo seu hda, Hofuji mergulhou com tudo, descendendo o cutelo em um movimento que buscava esfacelar tudo pelo caminho: pele, gás, músculo, entranha, osso.

Era primeira vez que Honekuni entrava em ação, potencializada pela rigidez e força ativa do Busoshoku Haki.

Em contraste com a nova atmosfera desbotada do campo de batalha, algo vermelho começava a desprender-se do corpo de Hofuji.

Nada ameaçador no entanto, mesmo que sinistramente belo dentro daquele cenário.

Caso seu avanço fosse interceptado ou encontrasse alguma resistência inesperada, o loiro não hesitaria em saltar o cabo do cutelo e sacudir mais uma vez a corrente, girando em seu próprio eixo para descrever um corte em halo ao redor do seu corpo, contra-atacando enquanto buscava, no momento em que seu pés pousassem no chão, dar um salto largo para trás para reavaliar a sua situação e a da inimiga.

Seus sentidos estavam embaralhados mas a adrenalina da batalha colocava a sua guarda lá no alto.

Seu coração batia tão rápido quanto o fluxo de seus pensamentos. Por fora era um corpo ereto, firme, carregando uma expressão de extremo foco.

Tinha que encarar com mais intensidade a batalha, deixar a brutalidade embuir o seu corpo.

Era hora de desabrochar.



Infos: :

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Silencioso por ora, Leonard continuou atento à conversa entre Joker, Arthur, Bebel, Pat e, agora, Flor. A conexão do marinheiro dissidente com a tripulação da Grande Família havia ficado clara. Bebel estava consternada por ter visto um colega de equipe morto diante de si. Considerando que talvez treinamento fosse eufemismo para ter sido criado pelo avô, Flor provavelmente estava tentando se vingar de seu pai ausente. Matar Lineu parecia ter sido demais para ele também, mas não o suficiente para frear seus desejos. Leonard parecia satisfeito com sua hipótese, mas… Algo dizia para ele que havia mais coisa para emergir de tudo aquilo. No entanto, até que novos relatos surgissem, estava de mãos atadas quanto a deduções minimamente lógicas.

- Huhuhu - jocoso, reagiria à ordem de Joker. Não se dignaria a responder o verme, porém - Acho um tanto difícil que Joker possa ser relevante contra alguém como um Yonkou, mas é você quem sabe - ainda sarcástico por influência de seu alter-ego, Leonard daria de ombros ao marine - Não sei o porquê, mas simpatizo com você, Flor. Só é uma pena que tenha escolhido se aliar a Joker e eu não possa fazer vista grossa quanto a isso. Se, por um acaso, sobreviver a tudo isso e precisar de emprego… - ao que buscasse deixar a proposta implícita, colocaria-se em postura de combate.

Conforme calculado, a defesa sozinha não foi suficiente para lidar com o ataque de Flor. No entanto, em conjunto com Catharsis, a situação era diferente. Deu prosseguimento à tentativa de congelamento, mas foi recepcionado quase que imediatamente com Deflagration, capaz de criar calor e chamas a partir da fricção com o ar. Sorrindo discretamente por ter armado um gatilho que serviria para o rapaz utilizar uma especialização conveniente, Leonard prosseguiu com seu ataque supremo.

O sinal de que o HdA inimigo começava a se desgastar também era bom. Aliado à condição de ativação anterior, Leonard sorrateiramente começaria a maquinar como dar início à sua próxima tática de ataque.

“Hmm?” - contrairia o cenho diante da batida de pés - “Algum tipo de dança ou comunicação do tempo das cavernas?” - estava confuso quanto ao movimento que parecia ser um convite, mas que talvez escondesse algo mais.

Mesmo vendo que sua momentânea necessidade em fazer preparativos para tornar o campo de batalha mais favorável havia diminuído sua vantagem sobre Flor, Leonard não se desesperou. Sendo obrigado a interromper seus planos de tentar executar os Jokers, Leonard sorrateiramente voltaria seus rifles para flor. Rapidamente lançando os Fission Shots que antes planejava mirar em Joker em Flor, faria com que os 10 tiros de cada rifle ricocheteassem pouco antes do corpo dele. Fazendo com que os tiros abrissem ambos em dois cones com as bases voltadas para o marinheiro, Leonard procuraria forçá-lo a abrir mais espaço e ganhar algum tempo.

Em seguida, ele e Tesserato agiriam em paralelo dando início ao plano. Utilizando Storm Gust, o cubo buscaria criar uma poderosa nevasca focalizada no inimigo, cujos poderosos ventos, neve e gelo criados dificultassem a aproximação de Flor. Através do gelo e neve acumulados sobre o corpo do marine, Leonard buscava obrigá-lo a manter sua temperatura corporal alta para que pudesse derretê-los e continuar com seu avanço.

Enquanto isso, sorrateiramente aproveitaria-se da Ruined Star previamente preparada no topo do domo. Ativando o brilho do disco de acreção, o caçador utilizaria seu Katoptron Kato Phlegon para atingir Flor com um poderoso feixe de luz que o aquecesse e queimasse como uma formiga sob a lupa. Ao que isso acontecesse, o Tesserato imediatamente cessaria Storm Gust. Aproveitando-se do calor proveniente de Flor e da arma óptica de Leonard, a clima-tact rapidamente manifestaria um Ennetsu Jigoku que criasse um tornado de fogo que englobasse o inimigo. Por fim, considerando a grande quantidade de umidade que estaria por ali, Leonard aplicaria os conceitos de Planetary Devastation, tendo o marinheiro como centro. Não tinha intenção de agregar rochas per se, mas sim atrair e aprisionar a água dos arredores e impedir que Flor se movesse pelo aumento da pressão sobre seu corpo todo. Em outras palavras, o combo de técnicas nada mais era do que um “proto Dai Senkō”, feito manualmente e em passos. Os requisitos estavam ali, afinal: Flor e a arma óptica vaporizariam o gelo e forneceriam calor; Tesseract forneceria mais calor ainda através da técnica de fogo; e Leonard aumentaria a pressão a níveis astronômicos, impedindo que a matéria, como o próprio corpo do marine, a umidade e a temperatura “fugissem” daquele ponto.

Sendo um proto Dai Senkō, sua intenção não era colapsar tudo em uma pequena esfera para que o fator explosivo se fizesse presente imediatamente, mas sim criar uma espécie de fornalha/panela de pressão esférica para cozinhar o inimigo e tentar forçá-lo a desativar seu Haki do Armamento. Atento para a possibilidade de Flor acabar desativando o HdA todo - ou, então, pelo menos Deflagration - em reação ao calor, Leonard procuraria deixar matéria negra pronta no subsolo. Caso notasse que a taxa de aumento de calor havia caído através da visão em infravermelho (de calor) de The True Sight, significando que pelo menos Deflagration havia sido desativada, prosseguiria com Ginnungagap:

- Kurohitsugi! - estalaria os dedos, fazendo emergir um enorme prisma retangular revestido por Radiate ao redor do forno de flor.

No entanto, caso ele se mostrasse resistente o suficiente para fugir da área de efeito da fornalha-prisão, Leonard alternativamente prosseguiria completando seu proto Dai Senkō. Acompanhada pelo feixe da arma óptica, lançaria a esfera explosiva na direção para onde Flor evadisse. Buscando não acometer os demais núcleos de luta com a explosão, adaptaria o Gravitational Lensing de antes para limitar a explosão àquele local. Caso essa evasão do dissidente acontecesse na direção de Leonard, com a intenção de contra-atacar, o caçador mesmo assim prosseguiria com o plano de detonar a esfera. No entanto, para evitar o golpe físico do marinheiro, adicionaria a execução de um Catharsis, entrando em sua forma elemental logo após a propulsão para não ser afetado pelo dano elemental da explosão.

Manteria-se atento à visão de calor, afinal, ainda era possível que Flor tentasse emergir de dentro dos resquícios e da fumaça causados pela explosão. Queria estar pronto para reagir, fosse o caso.




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@Night

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- Como está se sentindo?

- Entediada.

Uma garota estava sentada sob uma cadeira, com os pés à mesa. Um homem estava diante dela.

- Mudanças nunca são fáceis, não é verdade? Por vezes pensamos que as coisas eram melhores antigamente.

A garota fez uma triste expressão.

- Apenas um pouco mais de tempo. E sairemos dessa prisão para cumprir nosso objetivo.

...

***

Mesmo diante dos padrões anormais de Pat, a garota parecia estar mais afiada em seus movimentos do que de costume. Trocava golpes precisos contra o Coringa, eventualmente arrancando sangramentos do líder dos Wyldcards. Em resposta, era eventualmente atingidas pelas artimanhas de seu adversário, que respondia em pé de igualdade nos ferimentos, mas a rainha de copas parecia não se importar. Ela estava se divertindo, como não fazia há muito tempo, com sangue nos olhos.

- Vamos lá, Edwin. Continue dançando.

Ao mesmo tempo, Joker mantinha-se sereno. Respondendo à altura diante dos avanços de Pat, mesmo diante dos inevitáveis ferimentos contra uma oponente formidável como a rainha, trabalhava com o tempo à seu favor.

- Finalmente libertou-se de sua prisão, meu precioso demônio.

No confronto secundário, Bebel enfrentava o Joker de metal. Com uma mistura de lágrimas e fúria nos olhos, fazia vomito ser lançado nos mais diversos formatos contra seu adversário que se esquivava com cada vez mais velocidade e um estilo de luta copiado do Joker de carne. Uma luta até então equilibrada, pendia mais para o lado do ciborgue a cada minuto que passava.

- Nada mal, pirata. Mas é hora do show de fogos. - Provocou o ciborgue, com um sorriso no rosto.

Ao passo que o campo de batalha era circundado por uma névoa, um comentário de Arthur, em voz alta, pode ser ouvido numa mistura de confiança e ironia, com uma expressão forjada de surpresa no rosto.

- Oh. Eu conheço esses hollows...

***

  Aos arredores da dupla, o trio protagonista enfrentava outros inimigos. Takeda, aproveitando-se da queda livre de Hofuji, encurtou a distância com seu voo. Se deparou com um placa sólida e um raio no caminho. Apesar de ter conseguido quebrar a placa através do momentum, a wyldcard sofreu danos e teve sua velocidade bastante reduzida. Isso deu tempo para, com uma certa tranquilidade, Hofuji iniciar seu movimento, de modo que ambos eventualmente se cruzariam no ar.  Sentindo que um desvio poderia ser atrapalhado por uma nova placa, Takeda manteve sua estratégia de desacelerar o cutelo com seus gases. Considerando que a Wyldcard foi capaz de bloqueá-lo apenas por um triz na última vez, a força extra provinda do crítico do 6 de espadas foi capaz de perfurar as defesas da mulher, que apesar de incapaz de dilacerá-la como planejado, pôde atravessar a lâmina pelo peito da mulher. Em resposta, a mulher vomitou sangue no rosto de Hofuji, pouco antes de cair ao chão, morta e sem direito a últimas palavras. Ao mesmo tempo, o marinheiro disfarçado pode aterrissar ao chão. Seu corpo estava bambo, e seus olhos estavam bastante pesados. Diante da proximidade e força do impacto dos gases, era natural que parte dele houvesse sido respirado. Contudo, o marinheiro podia considerar aquilo uma vitória.

- Snap! Snap! Snap!!!

Todavia, nem tudo eram flores. Como um espetáculo de fogos de artifício, as cartas arremessadas pelo coringa de metal há alguns turnos atrás floresceram, causando danos por todo o campo de batalha. Suas direções pareciam ser aleatórias, mas a falta de haki de observação parecia prejudicar mais os protagonistas do que seus inimigos. Naquele ponto, após seu confronto com Takeda, duas explosões prensaram o 6 ao centro, arrancando queimaduras por ambos as laterais de seu corpo. Como se aquilo não bastasse, uma espécie de projétil(?) de lava caiu bem ao seu lado. As coisas pareciam estar ficando interessantes.

Enquanto apreciava seu espetáculo, o Joker metálico enfrentava Bebel. Eventualmente, um de seus movimentos foi desacelerado por uma parede que surgiu acima de si. Diferente de Takeda, o joker não se feriu para romper a parede, nem perdeu tanta velocidade como a Shichibukai. Contudo, numa luta entre dois iguais, o menor momento de distração pode fazer diferença.

- Obrigada por isso, menina-fantasma. - Limitou-se a comentar uma ainda abalada Bebel. Criando uma broca em espiral feita de vômito com sua boca, Bebel socou-a na direção peito do ciborgue. Com sua velocidade, o wyldcard evitou um golpe fatal. Contudo, as engrenagens de seu ombro estavam, assim como as de sua cabeça, agora expostas pelo impacto.

- Que irritante. - Comentou o Joker cibernético, com uma expressão de fúria no rosto, que logo foi transformada num sorriso. - Snap!.Snap!

Após a fala e dois estalar de dedos do Joker, ambas Bebel e Enza foram atingidas por explosões vindas das cartas. A sereia foi ferida recebeu uma queimadura em seu rosto, enquanto Enza recebeu uma grande em suas costa. O impacto também a arremessou alguns metros para frente.

Em outro ponto do campo de batalha Leonard enfrentava Flor, no que mais parecia ser uma partida de xadrez do que um combate propriamente dito. Em um primeiro momento, Leonard disparou dois tiros na direção do marinheiro, que ao invés das habituais esquivas, defletiu os tiros com o auxílio de todo seu corpo e haki do armamento, sinalizando suas novas intenções. Não deixar a distância entre ambos diminuir novamente, custasse o que custasse.  Os pequenos sangramentos gerados pelos tiros demonstravam isso, ao passo que a dura noz rachava.

Em seguida, um gigantesco combo de técnicas seriam lançadas na direção do marinheiro. Mantendo seu expansion ativo, o marinheiro foi encurtando pouco a pouco à distância por meio das técnicas. Haki não era efetivo contra as técnicas de inventor/navegador quanto contra as akumas no mi, mas uma nova especialidade demonstrada por Flor naquele momento, o Emission garantia alguma camada extra de proteção ao marinheiro. Contudo, demonstrando limites, desabilitou o deflagration para a utilização do emission. Eventualmente o marinheiro saiu da sequência de golpes combinando sua proficiência em ambos os hakis com força bruta e movimentos mínimos. Todavia, Leonard havia sido capaz de causar grandes danos ao marinheiro. Tudo isso para, ao fim, ser atingido pela técnica suprema do ás.

Forçado ao limite, Flor combinou pela primeira suas 4 especializações de haki do armamento ao mesmo tempo. Expansion, Emisson, Deflagration e Ryūō foram, juntas, capazes de não só sair, como destruir as correntezas geradas pelo Ginnungagap em alguns golpes. Ao fim, um sorriso de canto de rosto de marinheiro. Apesar dele, àquela altura, Flor estava completamente ensanguentado, queimado e sofrendo de frostbite. Mesmo com o Expansion, o cansaço do marinheiro deixava brechas que eram atingidas pelos ataques quase que omni-dimensionais do Ás. Não muitos poderiam ficar de pé naquele estado. Ao fim de tudo, sua última especialização entrou em cena. Precognition permitiu não só uma esquiva do feixe e da esfera gravitacional, como uma possibilidade de acertar o físico durante o Catharsis. Combinando simultaneamente 5(!) especializações de haki, e levando danos ao custo de não reduzir a distância, Flor finalmente alcançou Leonard, por pouco.

Snap. Snap.

Combinando Ryūō e Deflagration, cravaria a palma de sua mão no peito de Leonard, ao passo que uma possível esquiva do cientista era atrapalhada pelas explosões das cartas-mina, ainda que não muito efetivas diante da armadura. Por dentro, Leonard pôde sentir que a combinação fazia seus órgãos internos queimarem pela armadura. Eventualmente, ambos separaram-se, e o marinheiro caiu de joelhos ao chão. Ele parecia no limite, e estava com ao menos seu haki do armamento desativado, mas talvez ainda tivesse alguma lenha para queimar.

***

(Leiam o post do Keel :-)). Do lado de Hofuji, o até então pedaço de lava começou a se mover. Sem que o marinheiro disfarçado pudesse reagir, o ser na lava o acertou com o esbarrão. Contudo, como se houvesse pisado em uma mola, Hofuji foi arremessado em direção aos céus.( ̶A̶ ̶e̶q̶u̶i̶p̶e̶ ̶r̶o̶c̶k̶e̶t̶ ̶e̶s̶t̶á̶ ̶d̶e̶c̶o̶l̶a̶n̶d̶o̶ ̶d̶e̶ ̶n̶o̶v̶o̶ ̶p̶o̶r̶ ̶m̶o̶t̶i̶v̶o̶s̶ ̶d̶e̶ ̶p̶l̶o̶t̶.)

- Desculpe. - Foi possível ouvir uma voz envergonhada vinda de dentro da lava.

Ao mesmo tempo, uma presença adentrou o domo. Um conhecido cowboy com um lenço vermelho no pescoço. Garret, apesar da imponência da entrada, aparentava estar bastante ferido. Nada que atrapalhasse seus planos no momento, contudo.

- Parece que sua sorte acabou, Arthur. - Comentou Garret, ao fazer uma rápida análise da situação. - Ou devo dizer, Edwin.

Com a chegada do trio, todas as lutas foram momentaneamente interrompidas. Edwin, mantendo sua pose, respondeu:

- Parece que não fui o único, cachorrinho.  Onde estão os outros dois que estavam com você?

Garret esboçou uma expressão de raiva, mas logo voltou à naturalidade.

- Estão mortos. Fossem apenas seus ciborgues ficaríamos bem. Mas aquilo que encontramos. É algo que não pode ser controlado. Infelizmente não pude protegê-los.

Garret dedicou as últimas palavras à Pat. Sabia que a garota tinha desenvolvido uma amizade com a treinadora e que poderia sentir pela morte dela e de Doge. Pat parecia frustrada. Seus olhos encaravam o coringa, com ódio.

Se aproveitando da distração do resto do grupo, o Joker metálico atacou uma distraída Bebel. Todavia, teve seu avanço interrompido por uma mão que agarrou sua cabeça, esticada através de uma mola que veio de dentro da lava. Após limpar-se um pouco, a figura por debaixo dali revelou sua aparência.

Catedral de Pyroklastos - Página 2 VEAodb0

Era Agostinho, younkou e capitão da grande família. Em resposta, o Joker metálico estalou seus dedos duas vezes, gerando duas explosões que atingiram o imperador. Ele sangrou um pouco, mas continuou imponente. Girando rapidamente seu braço esquerdo, arrancou a cabeça do Joker metálico, pondo fim à luta em segundos.

- Estou realmente frustrado. A previsão do tempo dizia que ia fazer sol hoje. Não podemos sequer relaxar com a família. - Resmungou o imperador, com uma expressão triste no rosto. Ao passo disso, ele finalmente percebeu Bebel. A sereia tinha lágrimas nos olhos.

- Tinho! - Gritou uma desesperada Bebel.

- Agostinho! - - Gritou um furioso Flor.

- Bebel?! Mas o quê ?! - Naquele exato momento, Agostinho percebeu Lineu, morto, ao chão.

- Ei, você, está ok, Lineu ?! Acorda. Isso não é engraçado. Ei, acorda!- Já com lágrimas nos olhos, Agostinho notou que a cabeça de Lineu havia sido cortada de seu corpo.

- Quem fez isso? Bebel, porque não me chamou?

- Tinho, eu liguei. Várias vezes. Pelo Den Den Mushi.

Agostinho retirou seu Den Den Mushi do bolso. Por um descuido, o caracol estava cuspindo água de fontes termais, incapaz de tocar. Aquela informação havia deixado o imperador em choque, e Bebel em um misto de fúria e tristeza. Joker ria da situação, enquanto Flor parecia acompanhar a fúria de Bebel. Fora dos casos de família, do outro lado, Garret trocou palavras com Leonard.

- Se não quisermos morrer aqui, precisamos enfrentar aquela arma ancestral.- Garret parecia bastante seguro de suas palavras. - - Destruir sua cabeça, de fora pra dentro. Mas não conseguiremos fazer isso sozinhos. Precisamos de aliados. Quanto mais aliados poderosos conseguirmos, menos perigoso será. Mesmo que alguns deles não possam ser perdoados pelo que fizeram. - Após a última fala, Garret passou o olho sobre todos os membros do campo de batalha, incluindo o Joker. Situações desesperadas exigiam medidas desesperadas, mas ele ainda esperava contar com a ajuda de Leonard, tanto para escolher quanto convencer os aliados naquela estranha situação.

Do outro lado, Joker trocou algumas palavras diretamente com Enza:

- Ora, ora, se não é a garota fantasma. Deixei um precioso presente para você, espero que tenha gostado. - O coringa completou com uma risadinha, referindo-se de modo irônico à carta deixada anteriormente.

***

Ao fim de tudo, Hofuji, afligido talvez pela má sorte de encontrar o Younkou, foi arremessado exatamente na direção da cabeça da criatura. Por azar, foi engolido por ela. Por sorte, aquilo não seria seu fim.



@Fembotaura : https://www.forumnsanimes.com/t99419p15-distrito-de-bangu#1736886

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Depois de ser acertada por sabe-se lá o que vindo de sabe-se lá onde, sentada no chão com as pernas cruzadas, Enza admirava a cena de Hofuji sendo lançado de um lado para o outro até ser devorado por um verdadeiro monstro gigante. A jovem atriz não era capaz de conter sua felicidade. Exibindo um largo sorriso ela acenava para o que deveria ser a última vez que veria o caçador de recompensas. Se seu haki estivesse funcionando como deveria, talvez pudesse ter feito algo com o hollow para ajudá-lo, não que ela se importasse muito. "Not my problem."

- Você realmente mostrou do que é capaz. - Disse, despedindo-se de Hofuji com um salute.

Depois de muito sangue, suor e sofrimento por parte do 6 de espadas, Takeda enfim havia sido derrotada, dando um fim definitivo à participação dele naquela batalha. A anti-heroína era nitidamente a pessoa mais fraca do grupo inimigo, mas a garota não pôde deixar de simpatizar um pouco com o rapaz depois de vê-lo se esforçar como um verdadeiro protagonista shounen diante de um oponente muito mais forte. Suas palavras mais cedo não deviam ter escapado sua mente, mas talvez elas fossem o que tivesse dado o gás necessário para que Hofuji se motivasse a fazer alguma coisa que não fosse totalmente patética.

Claro, todas as aberturas e coberturas tinham sido cortesia da própria garota, mas ela não mencionaria isso para ninguém. No fim, foi ele quem deu o golpe final, roubando toda a glória do abate. Exatamente como Enza tinha desejado desde o princípio, sua participação seria tratada como algo completamente secundário ali.

A garota não saberia dizer o porquê, mas assistir à forma como Hofuji foi de mal a pior lembrou-lhe tanto das histórias que Rose lhe contara tinha sido o suficiente para melhorar seu humor. Talvez, a forma como as forças do destino não agiam tão bruscamente contra Enza fosse a prova de que ela precisava para firmar seu papel de figurante.

Cessando as atividades do Hollow Field depois de se despedir brevemente de Pocchi, a garota enfim se levantava, tirando a poeira do vestido enquanto ouvia o desenrolar da conversa dos protagonistas ao fundo. Era incrível como Hofuji era tão irrelevante que ele sequer havia sido mencionado. Se o real objetivo do rapaz fosse competir com Enza para ver quem era mais insignificante naquele plot, ele talvez pudesse ser digno de uma disputa no futuro. Realmente, uma pena. "Você não será esquecido." Após um último salute, se viraria para o homem que se aproximava, esquecendo completamente do que havia sentido.

Com uma interrogação invisível sobre sua cabeça, a garota parou pra pensar no significado daquela frase. Não entendia por que o chefe do time inimigo daria um presente à ela. Imaginou a princípio que aquilo poderia se tratar de alguma fala clichê de vilão classe B, mas nesse caso essas palavras não deveriam ser direcionadas a um dos protagonistas? Mesmo que ele soubesse de seu "disfarce", era estranho que o tal Arthur tinha decidido focar Enza. No fundo, sentia que estava deixando passar algo.

Dizem que quanto mais desesperadamente as pessoas tentam encontrar alguma coisa elas não percebem o que muitas vezes está bem diante de si, e aquele era exatamente o caso. Talvez fossem seus instintos de navegadora ou simplesmente algo mais primitivo, mas de alguma forma ela sabia o que aquele homem queria.

Caos. Aquele palhaço não se importava com nada que não lhe trouxesse entretenimento e Enza simplesmente havia sido escolhida como o brinquedo da vez. Talvez estivesse cansado de repetir as mesmas discussões com os Spades, ou talvez ele simplesmente esperasse que Enza lhe desse algo que Garret não podia lhe dar. Ele, afinal, ainda tinha sua família. O que quer que ele tenha tentado com Pat não estava dando certo, mas Enza por outro lado já havia perdido há muito tempo.

- Huh. - Murmurou, analisando o palhaço de cima a baixo - Talvez seja por isso que você não faz muito sucesso com as garotas. - Sorriu, desviando o olhar para a colossal criatura que havia devorado Hofuji - Perdão, mas eu também não sou muito fã de palhaços. Não consigo rir de coisas dignas de pena.

Por de baixo da máscara, a garota podia então sentir um calor no rosto. Era como se seu corpo soubesse exatamente o que o palhaço estava querendo dizer, mas sua mente se recusasse a reconhecer aquela realidade. Não, ela realmente se recusava. Enza achava que já tinha aceitado o fato de que o assassino de Rose era alguém mais forte do que ela, mas se tratando do Joker não era mais uma simples questão de superá-lo em força. Ele era escorregadio e muito mais esperto do que a garota em questão. Seus planos de vingança e salvação eram algo à longo prazo, ela sabia, mas era difícil de engolir às vezes. Afinal, seu inimigo estava bem diante de si e ele sabia o quão impotente a garota era naquela situação. Por isso ele a provocava, por isso ele no fundo sabia que não estava em perigo. Desde o momento em que uma trégua foi proposta por Garret, ele deixou de ser o centro das atenções e passou a ser só mais um incômodo.

"Figurante, huh."

No entanto, mesmo que ela fosse a protagonista capaz de lidar com aquele palhaço, a sorte também não estaria do seu lado. A jovem atriz podia deixar muitas coisas de lado para os seus interesses próprios, mas ignorar aquele monstro era algo que nem ela conseguiria fazer. Pouco importava o que era, ou se alguém era responsável por aquilo, fato era que ela também precisaria de ajuda contra aquela coisa... Isso e salvar o mundo de um monstro gigante era muito mais empolgante do que lidar com zumbis, mas Enza definitivamente não tinha pensado nisso. Certamente.

Não dando brechas para que o palhaço fizesse algo inconveniente, atenta e com seu escudo preparado para se defender de qualquer coisa, Enza se dirigiria para o lado de Garret e aguardaria que todos tomassem suas decisões. Palavras não precisavam ser ditas para convir seus pensamentos, ela, pela primeira vez no dia, era um livro aberto. Não precisava de muito para perceber que mesmo por de baixo da sua máscara ela estava conflitada entre mal humor e o que parecia uma faísca de empolgação direcionada ao cataclisma andante.

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- Tsch… - ao centro do display holográfico de Dawn, Leonard murmuraria.

A resistência daquela noz chegava a ser irritante. Apesar dos ferimentos remanescentes, ele era até mesmo capaz de defletir ataques tão concentrados quanto os feixes de Izanagi e Izanami, cuja capacidade de penetração deveria ser relativamente mais alta. No entanto, era visível que estava pressionado. Do contrário teria conseguido aproximar-se mais vezes.

Ao que só os tiros remanejados de última hora não seriam suficiente, Leonard entrou em ressonância gravitacional com sua clima-tact. Como uma máquina, o caçador tecia em alta velocidade as fórmulas e códigos mais complexos que era capaz. Em conjunto com o Tesserato, não demorou até que conjurassem uma miríade gigantesca de fenômenos climáticos aberrantes.

- Heh… - deixando escapar um sorriso maquiavélico de orelha a orelha, o alter-ego parecia contente por conseguir testar fenômenos inéditos para ele numa cobaia daquelas.

Até onde o Haki do Armamento podia resistir àquele tipo de forças caóticas? Como sempre, a dura noz não parecia decepcionar. E o alter-ego parecia se divertir cada vez mais. Afinal, sabia que quanto mais resistente a cobaia, mais experimentos poderia conduzir. Sem contar que, era visível que, apesar do Haki do Armamento garantir proteções que desafiavam as leis da natureza no que tangia Akumas no Mi, o mesmo não parecia valer para efeitos não-mágicos.

- Subarashii. Hontoni... Subarashii - animadamente o alter-ego comentaria, olhando fixamente para as formas extremas geradas pelos fenômenos climáticos aberrantes - Hmpf… - porém, logo voltou a resmungar, apagando o sorriso ao perceber que a cobaia tinha escapado.

Foi com um semblante de desprezo que estalou os dedos, liberando sua técnica suprema no estilo aizen. No entanto, as capacidades espirituais de Flor pareciam ser prodigiosas o suficiente para escapar até mesmo do ataúde negro. Em reação ao sorriso convencido dele, logo que estilhaçou a camada exterior de haki do prisma retangular, o Sniper Megalomaníaco praticamente rosnou. Leonard não pretendia se deixar matá-lo tão facilmente, mas o Sniper queria se livrar daquela mosca irritante o mais rápido possível. Sentiu-se irritado por ser pressionado a recuar mais uma vez com Catharsis.

Apesar de suas maquinações, o garoto não parava de acumular cada vez mais especializações simultâneas. O Ás já supunha que aquilo deveria ser possível, no entanto, as cartas previamente plantadas por Joker haviam lhe fugido da memória.

Cerrando os dentes com raiva, Leonard buscou ao máximo suportar a dor em silêncio. Não queria dar aquele gosto a Flor e, muito menos, a Edwin. Ao ver que o garoto caiu exausto no chão, o Sniper cogitou se não deveria finalizá-lo ali mesmo. Cortar o mal pela raiz era garantia de que não voltaria a dar problema, afinal. Contudo, Leonard não estava nem um pouco inclinado a isso. Mediante a tentativa de criar uma serra gravitacional para a execução do marinheiro dissidente, Leonard imediatamente tomou o controle de seus atos com firmeza. Não que o alter-ego fosse sequer lembrar do marinheiro quando um terremoto iniciou-se.

Imediatamente tomado por curiosidade, até chegou a cogitar se não se tratava de um terremoto ocasional, dadas as características geográficas da ilha obviamente vulcânica. Todavia seu ar neurótico não permitiu que se esquecesse da possibilidade de se tratar da arma pela qual todos buscavam. Apesar de acreditar que o monstro das lendas fosse apenas uma metáfora, sendo ele real ou não, Leonard apenas deduzia que sua forma não passaria de um invólucro. Fosse um monstro poderoso ou uma estrutura metálica fortemente blindada, não mudava o fato que serviria apenas para proteger as funções principais, que deveriam envolver atos de destruição em massa.

Ao ver a enorme erupção ao centro da ilha, Leonard ficou absolutamente apreensivo. Conhecia o suficiente de geologia para saber que um vulcão inativo há eras, literalmente geológicas, era algo muitíssimo improvável. No entanto, quando a silhueta - que Leonard interpretava apenas como um inédito fenômeno puramente geofísico a ser estudado - se fez totalmente visível, o caçador simplesmente perdeu o ar.

A cena era absolutamente aterrorizante. Ainda mais para um homem da ciência como ele. Diante o stress, não conseguia pensar em qualquer explicação lógica para que um gigante daqueles sequer fosse fisiologicamente viável. E, talvez, fosse isso o fator mais amedrontador para Leonard. Imediatamente percebeu o exato limite do seu horizonte de conhecimento e quão pequeno ele era. Se aquela aberração dormia debaixo da crosta do planeta, o que mais não era possível? Até mesmo o Sniper Megalomaníaco reconhecia a loucura contida na situação: suas proporções eram simplesmente surreais. Ele quebrava a crosta como se não passasse de uma fina camada de gelo a ser superada para emergir de um lago gélido. Como lidar com algo tão… Distante, abismalmente distante das proporções humanas? Para ele, mesmo toda a humanidade não deveria ser mais do que um mero formigueiro, o qual podia simplesmente embeber de lava para sua diversão.

Pensar que o fato de que a capital havia sido inteiramente destruída significava que o ás na manga do Rei Pthumeriano havia saido pela culatra também era extremamente preocupante. Quem estava no controle da besta? Ela mesma? Nesse aspecto, suas capacidades físicas surreais nem de longe pareciam ser o fator mais preocupante. A forma como o simples ato de sentir raiva parecia fazer as forças geológicas curvarem-se à sua vontade era… Praticamente melancólico. Se crescesse o suficiente, talvez a besta pudesse simplesmente resetar o planeta à sua primeira infância, em que as temperaturas do manto governavam a superfície. Todavia, não era preciso tanto para extinguir a vida do planeta. Como sabia muito bem, bastava focar em alterações atmosféricas significativas o suficiente e, sem a luz do sol, apenas as bactérias quimiossintetizadoras das profundezas abissais sobreviveriam.

Em relação às demais formas de vida no planeta, porém, aqueles em Pthumerias certamente morreriam primeiro. Não fosse pelos piroclastos propelidos pelos milhares de vulcões da ilha, seriam pelos gases tóxicos ou cinzas vulcânicas respiradas. Leonard talvez sobrevivesse, dados seus recursos, mas era inevitável que a vida se tornasse inviável mesmo para ele.

Com um semblante melancólico, esteve completamente perdido em pensamentos até que Garret o abordou. Não tinha sequer dado importância para a aparição de um Yonkou que, aliás, tinha culminado no isolamento completo de um aliado da Spades. Algo que certamente não deixou de lhe preocupar, mas foi um tanto ofuscado pelo evento de potencial extinção em massa. Àquela altura, sentia na pele o quanto a ignorância podia ser uma benção.

Todavia, a abordagem de Garret o fez repensar sua atitude. O fato de que o homem sequer cogitava lutar com aquilo pareceu trazer Leonard de volta ao chão. Sim, havia muitas pessoas poderosas naquela vila naquele momento. Certamente deviam ter sobrevivido àquela erupção e deveriam poder avisar… Quer dizer, Leonard acreditava ser uma causa comum óbvia, mas, pela fala de Garret, lembrou-se que as pessoas poderiam não captar de cara que aquela criatura representava um perigo muito maior do que só lava.

- Entendo, Garret-sama. Vou tentar meu melhor - depois de momentaneamente colocar a mão no ombro do Ás, Leonard passaria adiante, mirando uma posição que fosse mais próxima dos demais - Peço a atenção de todos, por favor! - ainda um pouco nervoso com o caos instaurado, ergueria o tom de voz, buscando findar com as conversas paralelas - Imagino que essa cena terrível deva ter chocado a todos. Alguns mais, alguns menos... - penderia a cabeça, erguendo uma das sobrancelhas pensando exatamente em Joker, que não devia estar ligando muito para as mortes e riscos globais de um evento daqueles - Não sei quantos de vocês entendem sobre clima, mas como um climatologista… Profissional - pausaria brevemente, enquanto buscava a melhor palavra para descrever sua perícia em navegação - Gostaria de frisar o tamanho do impacto que as ações dessa criatura, a chamada arma anciã, causará - cruzaria os braços atrás do corpo, atento a todas as faces presentes com um ar técnico - Já adianto que se algum de vocês acredita que poderá dar as costas a esse caos e voltar a viver normalmente em casa, porque Pthumerias é muito distante e tudo deverá ficar bem, saiba que está redondamente enganado - em tom intencionalmente soturno e ríspido informaria a todos - O alcance da lava é o menor dos nossos problemas - voltaria-se para trás, observando o grande cone de nuvens que ascendia formando a cobertura negra sobre toda a ilha e além mar - Ainda que o gigante milagrosamente decidisse ficar aqui para sempre, toda essa cinza vulcaniza mataria a todos nós lentamente - elevaria uma das palmas, tentando capturar alguma das plumas vulcânicas que deveriam estar caindo - Considerando que a criatura parece estar crescendo continuamente, deduzo ser só questão de tempo até que ela fique grande o suficiente para afetar o planeta todo - voltaria-se para os demais, ainda soturno - No entanto, ainda que a arma por um milagre decidisse por não afetar toda o planeta, eventualmente o funcionamento contínuo dos vulcões das quais ela se alimenta ejetariam material suficiente para cobrir o planeta inteiro sob nuvens negras eternas - apertaria o punho, comprimindo a pluma vulcanica capturada - Com a noite eterna, as primeiras espécies a morrer seriam todas as plantas, claro. Porém, seria apenas questão de tempo até que nós não conseguíssemos mais sequer produzir comida em escala suficiente - após uma breve pausa, quase melancólica, prosseguiria - Ou seja, se não morrermos pelas baixas temperaturas, nem pelas partículas tóxicas por toda atmosfera, nem pelos desastres naturais extremos causados pelo desequilíbrio climático, nem pelo pisoteamento do gigante e nem por toda a lava que ele poderia produzir, ainda assim morreríamos de fome mais cedo ou mais tarde - de subito, voltaria-se para todos, dando uma breve pausa para que digerissem as informações - Sendo assim, acredito que todos tenhamos uma causa que é pessoal e universal o suficiente para cooperar mesmo diante de nossas ferrenhas diferenças. Em adição ao que o Ás de Espadas disse, acredito que deveríamos atacar a criatura simultaneamente por dentro e por fora. Considerando isso, poderíamos até mesmo nos dividir entre os fronts para não lutar ao lado dos inimigos mais ferrenhos - descruzando os braços de trás das costas, estenderia uma das mãos para gesticular - Por isso, peço que colaborem. Precisamos tratar nossos ferimentos, adquirir o equipamento adequado para nos proteger das substâncias tóxicas, adquirir meios para voar e podermos enfrentar a criatura, que é imensa e, por fim, dividir as funções - olhando as faces presentes uma por uma, faria outra pausa - E, então, quais recursos possuímos? Médicos, medicamentos, máscaras de proteção, itens úteis? Aliás, dependendo das ferramentas, dos materiais disponíveis e do tipo, talvez eu possa criar tais itens eu mesmo… - finalizaria, buscando ser solicito enquanto encarava as faces uma a uma atento.

A questão maior ali, no entanto, era se psicopatas como Joker seriam capaz de cooperar quando o interesse mútuo era tão contundente. Da sua parte, faria o que podia: se queria confiança, primeiro teria que confiar. Por isso, manteria sua guarda baixa.

@Night (a maiúscula colorida marca o início da ação pro turno)

descriptionCatedral de Pyroklastos - Página 2 EmptyRe: Catedral de Pyroklastos

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Dois corpos suspensos no ar.

Tão descartáveis.

Enquanto uma tentava conter o mergulho de 90 centímetros de lâmina, cuspindo seu gás mais uma vez, o outro agarrava-se ao cutelo com convicção. Os olhos do último, azuis cristalinos que um dia foram inocentes, assistiam a carne cedendo ao corte. Como a tampa de algo hermético, o tórax se abriu, esguichando um fluxo desenfreado de sangue.

A cena não era nem de longe estranha, mas algo mudara.

Hofuji não olhava para a sua obra de arte no centro do peito de Takeda, mas sim para o seu rosto. Um borrão melancólico na sua visão levemente turva, que contorceu-se no momento que uma arcada de sangue voou da boca da mulher, maculando o rosto ainda impassível do lower. Aquilo acordou-o do transe momentâneo, o fazendo aterrissar novamente no campo de batalha apenas para ser alvejado por duas explosões simultâneas.

Não permitiu-se gastar seu pobre raciocínio rastreando a origem, apenas reagindo com uma mordida de lábio a ardência superficial em ambas laterais do corpo. A camisa branca despedaçou-se, revelando um abdômen pálido com inúmeras cicatrizes. Pequenas, largas, disformes, circulares. Cada marca simbolizava cada vez que deitou na maca de pulsão.

Durante algo que durou dois segundos, olhou-as de relance. Mesmo que seu corpo exposto, quase intacto, lhe dissesse que o saldo de sua batalha com a adversária fora positivo, não era isto que passara pela cabeça confusa de Hofuji.

Tantas feridas.

"Tantas pulsões..."

Penetrando na escuridão da catedral, algo incandescente chocou-se contra o chão ao seu lado.

E então o seu corpo voou.

"Desculpe."

"Desculpe."

"Desc..."



[...]


Ela está pronta.

Não é o meu dever questioná-lo, senhor, mas permita-me lembrá-lo que estamos falando de Impel Down. A protótipo Makiwari não possui uma taxa tão segura quanto Kiribō. A missão é de infiltração e discrição não é-

Você está certa, não é seu dever. — O comodoro cortou o diálogo, afastando-se, deixando claro que não havia espaço para discordância.

Entendido, senhor.

Quasa nada visual era preciso na memória, apenas um detalhe. O rosto de Gio desacordado na maca ao lado.


...


Na cela, após a pulsão e levemente grogue, Hofuji sentou-se próximo ao buraco. Batia levemente com a cabeça na textura áspera da parede, até que algo veio do outro lado.

Eu não tô pronta... Ei... Né? Então por quê? Ein, Hofuji. Então por quê? — Era a primeira vez que ele sentia medo na voz de Gio.

Tentou responder, mas a sua cabeça estava tão bagunçada... Não conseguia.

Me promete que eu vou voltar, Hofuji. Me promete.

Pôde ver o rosto dela através do buraco. Pôde ver o quanto era bonita. Por algum motivo que desconhecia, sua cabeça mergulhou em afirmação. Aquilo fez a mulher sorrir. Aproximando-se da parede, atravessou seu braço magro pelo buraco, como se buscasse confirmar que aquilo era real. Instintivamente, Hofuji levou sua mão até ela.

Quando sua palma encontrou a de Gio, profundamente gelada pelo clima frio e úmido da cela, algo quente pousou entre seus dedos.

Ao mesmo tempo, o bater metálico das grades se fez presente. Do outro lado, dois marinheiros atravessaram o retângulo, agarrando bruscamente a mulher pelos ombros, levando-a. Seu par de olhos rubros não desencontraram os de Hofuji até desaparecerem no corredor escuro.

Restando apenas um broche quebrado, em formato de coração, na palma da sua mão.

Desculpe.

A palavra escapou dos lábios duros e contorcidos do homem, agora sozinho no silêncio.


[...]


Ao mesmo tempo que o corpo de Hofuji girava em graus alternados, atravessando ar, gás e nuvens, seu inconsciente mesclava-se com sua consciência nebulosa. Um corpo colossal, que desafiava a sanidade ao tentar compreendê-lo, tomava toda a sua visão contorcida. Como se as memórias percorressem cada canto do seu corpo, vibrando-o com uma excitação nervosa, Hofuji reagiu, fezendo (O)ru balançar na atmosfera tóxica da ilha.

Por alguns milissegundos, antes de uma das várias cabeças da criatura tomar toda a sua visão, pôde ver porções da ilha através de pequenas fissuras na segunda camada de nuvens. Algo que nunca sentira antes tomara seu corpo. E não era medo.

Era tristeza.

Como a imensa entrada de uma caverna, a boca escura tomou tudo o que existia ao seu redor.

Engolido pela infinitude corpórea, o homem levou sua mão a um dos bolsos, tirando de lá o broche quebrado. Nada reluzia na sua superfície metálica, invisível na escuridão suprema.

Mas Hofuji o sentia.

Tão quentes quanto as queimaduras que mordiam a sua pele, quanto o toque do broche quando Gio o entregara, lágrimas desprenderam-se, ziguezagueando pelo rosto até perderem-se no ar pesado.

"Desculpe."

Reagindo à intensidade e confusão das memórias, o homem firmou seu braço em (O)ru, fazendo-a sacudir.

A corrente do imenso cutelo tilintou mais uma vez na imensidão negra, fazendo-o chicotear ao redor de Hofuji em busca de algo para interceptar e conter a sua queda no estômago do ser lovecraftiano. Depositava toda a sua força no movimento, enquanto esforçava-se para manter a sua cabeça no lugar. Esperava que algo dentro daquele corpo titânico fosse maleável o suficiente para servir de apoio para a sua lâmina.

Ansiava por isto como nunca ansiara por algo na sua vida.

Na sua miserável, pequena e tão importante vida.

descriptionCatedral de Pyroklastos - Página 2 EmptyRe: Catedral de Pyroklastos

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- Ha Ha Ha.- Riu o Joker diante da reação de Enza. Ele arremessou uma carta na direção da menina fantasma. Diferente das outras, era uma carta em branco, e aparentemente comum. A carta se chocou, sem força e truques, contra o escudo da garota, caindo suavemente ao chão. O que poderia ser o significado daquilo? No meio tempo, Arthur continuava suas provocações, em consequência da natural precaução da garota.

- Posso sentir, o medo estampado em sua face. O medo de que lhe trarei o mesmo destino dela. Uma pobre espectadora, impotente diante de uma força descomunal. É uma p...

Antes que Arthur pudesse terminar seu monólogo, um chiclete atingiu grudento atingiu o chão à sua frente, forçando-o a dar um passo para trás e colocando-o em silêncio.

- Cale a boca, meu amor, até que tenhamos decidido o que iremos fazer com você. - Disse Pat ao palhaço, e ao passo que a garota mantinha um sorriso no rosto, também exalava uma uma sinistra presença, calando o palhaço.

Do outro lado do campo de batalha, a grande família discutia. Bebel sequer tinha palavras, e apenas mantinha-se em silêncio, com uma  expressão que misturava tristeza e decepção, diante do grande erro de seu capitão. Por outro lado, Flor se aproximava da dupla lentamente, enquanto Agostinho falava com sua companheira de bando.

- Me desculpe. Sou um idiota.

A mulher mantinha-se em silêncio. Enquanto isso, Flor tomou à frente.

- Você não mudou nada desde aquela época, não é?

Agostinho arqueou a sobrancelha, com uma expressão de dúvida:

- Quem é você?

Naquele momento, Flor, até então trêmulo, firmou ambos os pés no chão.

- Sou seu filho.

A informação correu pelo catedral. Edwin deu uma risada de canto, enquanto os demais(À exceção dos que assistiam a Grande Família), estavam atônitos.

- Espere um momento. - Adentrou Pat, a situação. Parecia estar interessada na fofoca, deixando o Joker um pouco de lado.. - Vocês dois parecem ter a mesma idade. Agostinho é um conhecido virgem. Como isso é possível?.

- Esse imbecil é mais velho do que parece. - Comentou Bebel, sequer olhando seu capitão. - É uma longa história, mas tentarei resumir. Há mais de 30 anos no passado, a tripulação original da Grande Família, capitaneada por Lineu D. Silva, foi derrotada em buster call liderado pela então vice-almirante Yunna. Agostinho foi levado pelos destroços até um abismo no novo mundo, na cidade de Signum. Lá, ao longo de anos, lutou pela sobrevivência, ficando diante da face da morte vez após vez, até chegar ao último circulo. Lá, estava o último chefe, uma besta lendária conhecida como Uber. Ela era usuária da Toki Toki no Mi. Eles lutaram, mas a cada golpe que o imbecil recebia, ele avançava um pouco no tempo, de modo que a besta podia se recuperar de seus ferimentos. Ao fim de tudo, quando o imbecil saiu do círculo, haviam se passado 30 anos.

Uma impressionante história. Um pouco difícil de acreditar, mas as coisas sempre podiam piorar.

- Isso explica a diferença de idade entre Lineu e Agostinho. - Analisou Pat. - - Mas como Flor pode ser filho dele, se ele é um virgem de 60 anos? - Perguntou Pat.

Dessa vez, foi a hora de Flor iniciar sua história.

- Tudo começou há mais de 30 anos atrás. Um barril grande misterioso, com os dizeres "bb", pousou na praia de uma ilha de amazonas. O barril foi entregue à imperatriz, que com a ajuda de suas assistentes reais analisou seu conteúdo. Era uma espécie de líquido branco e viscoso. Concluíram que se tratava de sabonete líquido para partes íntimas. Benevolente, a imperatriz repartiu o líquido para que toda cidadã adulta da ilha pudesse aproveitar ao menos de um pouco. Meses depois, todas as mulheres da ilha ficaram grávidas ao mesmo tempo. Foi conhecido como o milagre de Amazon Rose.

Aquela altura, todos já haviam notado onde a história iria terminar. O yonkou estava suando frio.

- O milagre ocasionou uma tragédia. A repentina duplicação da população da ilha resultou em uma guerra civil. Muitos morreram, inclusive minha mãe. Ao fim da guerra, Amazon Rose se tornou uma ilha fantasma, apenas uma sombra do que já foi. Fui resgatado pela marinha, e entregue ao meu avô, um marinheiro, que cuidou de mim até sua morte. Assassinado por um pirata que fugiu após a invasão de Impel Down. Com o passar dos anos, investiguei o que podia sobre o misterioso barril. Nada. Até que recentemente os barris apareceram novamente. Após alguns questionamentos, encontrei a verdade. "BB" significa, na realidade, barril da bronha.

- Que babado. - Comentou Pat, com um certo ar de empolgação.

- É ainda pior do que pensava. - Comentou Bebel, perplexa.

- Meu avô sempre acreditou em segundas chances. Mas parece que depois de todos esses anos, Agostinho permanece sendo o mesmo irresponsável de sempre. Várias vidas perderam tudo o que tinham, incluindo a minha, e dos meus irmãos. Assim como eu, milhares de refugiados vivem tendo que carregar o sangue desse irresponsável. Não à toa, teve um aumento de recompensa grande após sua aparição em Impel Down, mesmo após aquela derrota vergonhosa para Mugen. Os bilhões de Beli em seu cartaz não são seus feitos, são pensão acumulada.

Ao fim, suspirou, antes de dar sua última cartada.

- Agora, se me permite, olhe nos meus olhos, e escute meu último pedido. Assuma as responsabilidades de seus atos. - Ao fim de sua frase, Flor encarou Agostinho. Ou ao menos essa era sua intenção. Ao olhar para o lugar onde o Yonkou se encontrava anteriormente, ele havia sumido, sem deixar nenhum traço de sua existência. Flor prosseguiu cerrando seu punho.

- Mesmo contra a vontade de meu avô, irei matá-lo.

- E irei ajudá-lo com isso. - Comentou Bebel para Flor, gerando uma inesperada aliança.

- Mesmo eu irei ajudar. - Comentou Pat, mostrando empatia pela história do rapaz, e aumentando ainda mais excentricidade da aliança.

- Ei ei, irmãzinha, peço que segure por um pouco a empolgação.- Interrompeu Garret, falando ao den den mushi. - - Aqua pediu que você ajude Nine. Sei que tens assuntos inacabados para resolver com Edwin, e agora Agostinho, mas peço que siga o pedido do ás. O próprio Aqua virá "em troca".

Pat mostrou-se contrariada inicialmente, mas eventualmente fez um sinal positivo com a cabeça.

- Ainda não lhe perdoei por Tzuyu. Trate de trazer todos de volta dessa vez.

Garret respondeu com um sorriso de canto de rosto.

- Eu irei, parceira.

Após isso, Garret prendeu a atenção dos demais presentes.

- Peço que prestem atenção no que Leonard têm a dizer. Sei que tem questões a resolver. - Ele fitou o coringa por um momento. - - Mas se não nos unirmos agora, não sobreviveremos. O destino do mundo está nas mãos dos presentes nessa ilha.

Após a fala do líder dos Spades, todos ouviram atentamente Leonard. Alguns acompanhavam melhor seu raciocínio, outros menos, mas ao fim, todos se uniram diante da causa.

- Mas temos um problema. Nem todos conseguimos voar até a cabeça. - Disse Flor.

Em resposta, Bebel assoviou. Um gigante dragão amarelo e preto surgiu dos céus. Ao se aproximar-se, virou uma espécie de forma híbrida, um táxi com asas.

- Aqueles que não conseguem voar, subam no dragão Carrara, ou Carrara dragão, ainda não decidimos o nome. - Ela então se dirigiu ao porta malas, mostrando-o ao ás. - Temos alguns equipamentos úteis aqui. Nunca sabemos como vai ser o clima quando aquele imbecil está presente, de modo que sempre estou preparada.

Ela prosseguiu mostrando algumas máscaras e trajes ao ás. Não eram do mesmo nível que a tecnologia dos Spades, mas ao menos serviriam para que não morressem nas proximidades do monstro. Além disso, existiam outros materiais que poderiam ser desmontados e usados para melhorar aquelas máscaras e trajes, conforme a habilidade de inventor de Leonard, que era possivelmente a melhor do mundo.

Isolado em um canto, estava Edwin. Ele não parecia tão em uníssono quanto os outros.

- Vocês são realmente malucos. - O Joker concluiu com um sorriso sinistro. - Mas ainda é cedo demais para que meu show termine. Irei combater o monstro. Mas não fiquem no meu caminho.

Após a fala, Joker ignorou o táxi e correu. Ele avançou, como havia dito, na direção do monstro, mas tomaria uma direção diferente do táxi, escalando a criatura ao passo que corria. Com sua partida, sorrateiramente, Enza pode ver que a carta em branco de Edwin havia piscado duas vezes de um ângulo, aparentemente calculado, para que apenas ela pudesse ver. A distância tornava difícil avaliar os naipes com precisão, mas a garota pôde ver um rei preto e um ás vermelho.

Ao fim, um último integrante ao grupo.

- Parece que estou elegantemente atrasado. - Comentou um recém chegado Aqualung, juntando-se ao último lugar do veículo.

Preparativos feitos, o táxi, juntamente com os que voavam por si só, partiu em direção à cabeça da criatura.

Continua em : https://www.forumnsanimes.com/t100059-arma-ancestral-cabeca#1742989

@Father @'Keel Lorenz'
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