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[Vintória] Backstabber

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Dentro de um prédio de centenas de metros, e cercado por muito outros arranha-céus intermináveis, estava Hemumu, sentada em uma poltrona relativamente confortável e de frente a uma mesa, aonde uma figura misteriosa observava o restante de Khórus com um semblante de apreensão. Claro, ninguém poderia julgá-la. O que estava prestes a fazer ali não era de conhecimento de Garret nem de nenhum dos outros Ases. O motivo para a superior da kunoichi optar por esconder informações de seus companheiros ? Ninguém sabia ao certo, mas fato era que ela havia tido discrição o suficiente para marcar uma reunião com uma Spades ainda irrelevante na organização em um prédio suficientemente despretensioso o suficiente para não chamar atenção indesejada. Sendo assim, algo ela certamente tinha para esconder.
- Consegue compreender a relevância dessa tarefa ? Se você tiver sucesso, provavelmente daremos um passo largo nos planos da Spades. Um passo largo o suficiente para garantir a segurança e efetividade das nossas futuras operações. - Enquanto remexia nas gavetas do móvel onde estava sentada, uma voz feminina dialogava com a Nill, revisando os detalhes de sua missão. Claro, considerando que já era noite e que o uso de luzes numa situação como aquela seria mera tolisse, a face da mercenária não era visível, mas não era difícil perceber quem a moça era observando seus trajes...e seu braço mecânico. - Eu só escolhi você ser uma Nill desconhecida e por ser uma Logia. Das opções disponíveis, você é a que mais me parece ser sorrateira para o trabalho.
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- Você, sozinha, entra naquele ninho de cobras, se enfia no joguinho deles, cumpre o serviço dos Fitz e sai de lá sem causar quaisquer suspeitas. Até segunda ordem você é apenas uma médica estrangeira que tem interesse em colaborar com o nobre em troca de dinheiro. - Fez uma pequena pausa em sua fala enquanto colocava um pedaço de papel na mão de Yoshizawa. Ao tocar a pele da garota, o item ficou embraqueceu gradualmente antes de se tornar invisível. - Se achar alguém relevante para o Governo, você coloca isso no corpo dele. Se possível descubra quem outras informações. Mas de forma alguma deixe eles saberem que você faz parte da Spades, nem mesmo deixe a suspeita nascer. Um deslize e um capacho do governo lhe colocará para ver estrelas rapidinho. - Enquanto olhava de um lado para o outro, Nine concluiu as explicações. Enfim, aparentemente com pressa, ela despachou a caçadora de recompensas rumo à Vintórias. Já a Ás ali permaneceu, compenetrada em observar o intenso jogo de luzes e de construtos que ilustrava o centro urbano de Khórus. O que se passava na cabeça daquela mulher ?
[...]


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A viagem até Vintórias, uma ilha de clima de primavera, não foi particularmente longa. Devido aos recursos fornecidos por Nine em matéria de transporte, acabou que chegar até uma ilha da Grand Line não foi lá tarefa difícil, como costumava ser para a maioria dos piratas. O único problema era : o navegador em questão havia deixado Hemumu do lado contrário do local aonde George Fitzroy residia. Sim, em termos mais baratos, a shinobi estava na parte na pobre da ilha.

Mas não compreenda errado. Até mesmo uma região mais carente como aquela contava com estrutura de ponta, apesar da clara opção por uma arquitetura mais...medieval, o que dificultava a identificação de que o lugar não estava largada às traças. Prédios públicos, estabelecimentos comerciais, bares, restaurantes e pousadas e similares, todos eram devidamente arrumados e não lembravam em nada a miséria evidenciada pelas casas da população. Era quase como se Rodrick estivesse se certificando que tudo que estivesse em seu comando fosse de alta qualidade, pouco se importando com a qualidade de vida da plebe.

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- Merda...a viagem acabou com as minhas coisas. Eu não vou conseguir entrar no palácio com esses mulambos. A nobreza não vai me aceitar se eu não estiver com trajes dignos dela. - Um jovem magro, de pele pálida e olhos verdes falou, enquanto andava até um estabelecimento local. Seus cabelos eram ruivos, muito mais ruivos que o comum, e quase tão vermelhos quanto o fogo. Além disso, seu rosto demonstrava certa irritação enquanto ele averiguava sua própria citação. - O que eu não faço para arrumar um patrono... - O desconhecido concluiu seu pensamento. Observando com maior atenção, Yoshizawa notava que o ruivo estava com roupas bastante avariadas, para não usar outro termo. Contudo, apoiado em suas costas, ele carregava um estojo bastante requintado que guardava algum tipo de objeto misterioso. De qualquer forma, como ele não parecia ter tempo a perder, o recém chegado à Vintorias não demorou a sair das vistas da mercenária.


Sem mais distrações, a Spades também notou que basicamente existiam duas formas de chegar à residência de seu contratante, conforme averiguou em seu mapa e pessoalmente ao olhar a ingrime elevação de terra kms a sua frente. A primeira era usando as escadas laterais, o que constituía um caminho longo, cansativo e principalmente adequado para membros de classes inferiores, que no máximo visitavam os homens de Fitzroy para lhe repassar mercadorias. O outro, mais bem aparentado, era um elevador respeitável que transportava nobres locais, como se notava por suas roupas, e vez ou outra algum objeto de tamanho significativo. Esse meio de transporte, contudo, parecia contar com algum tipo de cobrança por guardas locais, enquanto no outro os guardas serviam como meros seguranças.

Enfim, tendo lido uma boa parcela do cenário inicial, Hemumu ficava livre para decidir que rumo tomar. As escolhas eram muitas : visitar os estabelecimentos locais, escolher um meio de transporte para viajar, realizar algum preparativo para ver seu contratante ( que não havia sido claro sobre a tarefa nem sobre como acessar sua residência, apesar de sua urgência ) ou averiguar alguma coisa antes de adentrar em "território inimigo". Ainda era tarde, e sem dúvidas a garota teria algumas horas livres antes que o anoitecer chegasse.




Tomei a liberdade de criar o tópico pq bem...o evento tá demorando e eu queria fazer isso com a memória fresca. Fora que eu odeio enrolar então né. O problema é que tu não pode postar ainda até tudo se resolver, mas whatever, aviso quando puder

O plot basicamente é bem off combat, como explicado antes, mas isso não significa que você não possa usar os talentos da sua boneca. A Nine deixou claro quais motivos fizeram ela te escolher, então use os ao seu favor quando achar adequado

Você tem dois grupos de objetivos para cumprir : os da Spades e os do contratante. Tem alguns ocultos também, e uns drops ( pq vc n tem 600 pontos ) por aí, mas isso depende de você. O resto dos detalhes você deve abstrair das descrições e falas pq bem, é um plot mais de mistério e solução de problemas. O resto tu descobre no decorrer do tópico

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Mais rápido que o recrutamento da missão ultra secreta dada diretamente pela boca de Nine, foi a dispensa que a ninja recebeu da Ás de poucas palavras - um convite para que ela aproveitasse a sua condição de desconhecida e também sumisse de sua vista. Hemumu estava perdida em pensamentos no compartimento do navio enquanto fazia seu exercício de equilíbrio: de cabeça para baixo, apoiada em ambas as mãos com os dedos bem esticados. 「E eu nem tinha concluído meu ninpou de infiltração…」E não tinha mesmo. Até ser chamada por Nine, a garota havia decidido treinar uma técnica nova, que consistia em se transformar em um ratão diferente para passar por lugares improváveis. Infelizmente, tirando o fato de se tornar um montinho de mercúrio, nenhum avanço considerável foi constatado.

Então, finalmente, a maior kunoichi de sua geração (ou que ela imaginava que fosse) pisava nas terras estrangeiras de Vintória, pronta para a sua mais nova empreitada ninja.



Mas antes de gastar energia com qualquer movimento, uma necessidade nasceu de dentro da sua rede de chakra yin: ela precisava ler o seu pergaminho da sabedoria. 「Não tem como iniciar uma aventura sem uma mensagem sábia!」 E esse pensamento acabou se definindo como uma verdade absoluta para ela, fazendo com que a ninja rapidamente deslizasse as suas mãos até o velho pergaminho enrolado e enrugado, colocando-o entre ambas as mãos que faziam uma espécie de selo com o pergaminho no meio, abrindo-o e escolhendo uma frase aleatória perdida entre tantas.

___________________________________

DINHEIRO é uma coisa. RIQUEZA é outra. Feliz é quem sabe a diferença.
___________________________________


Naquele momento, a garota não estava feliz nem triste, apenas confusa (e um pouco frustrada) - sinal claro de que ela mesma não sabia a diferença da mensagem. Saber essa informação poderia ser crucial para se misturar entre os ricaços da região. Aceitando suas limitações, ela guardou o pergaminho e voltou a se preocupar com problemas que poderia resolver.

Seguir pelo caminho longo poderia servir como uma série de exercícios, mas não sabia se chegar lá suada insultaria os ricaços de alguma forma, então era melhor descobrir como se comportam as pessoas mais ricas por ali - como andam, o que falam, que roupas vestem. Não que eu vá me tornar uma ricaça, isso só levantaria ainda mais suspeitas. Só preciso podar os excessos.」Acreditando ser uma escolha razoável, ela andaria bem discretinha pela região com os olhos de uma kunoichi treinada para entender um pouco mais sobre o lugar. Não custava nada ficar com os ouvidos atentos e bem abertos para absorver qualquer fofoca, ouvir a opinião de outras pessoas sobre a sua própria vestimenta ou, no melhor dos casos, se estava acontecendo algum surto de uma doença desconhecida, levando em conta que iria desempenhar o papel de uma médica estrangeira e interesseira.





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⟴ 2º Turno


Optando inteligentemente por explorar mais o que a região tinha para oferecer antes de tomar uma decisão, Hemumu inicia sua caminhada região adentro. Não era lá um jeito de se mover muito semelhante aos ambientes da região, mas era sútil o suficiente para não chamar atenção para si. Afinal turistas existiam no mundo inteiro, por mais que não fossem lá muito presentes em Vintória. Felizmente para a ilha nem todos os visitantes eram doidos o suficiente para confiar em frases reflexivas de WhatsApp e mensagens motivacionais genéricas.

De qualquer forma, com o passar de algumas dezenas de minutos de observação, a Nill pode notar alguns fatos relevantes : o primeiro deles era que existia uma clara e abismal diferença de classe entre alguns cidadãos. E não era somente em padrões monetários. Era em simplesmente tudo. Vestimentas, etiqueta, meios de transporte, lugares frequentados e tudo mais que você possa imaginar. Se alguém inocente chegasse naquele lugar, facilmente poderia chegar a conclusão que plebeus e nobres eram membros de raças diferentes, dada a diferença entre eles. Era como comparar gasolina com vinho.

E como também acontece em qualquer lugar, o diferente era tratado como escória, isso quando não era ignorado. Em resumo, tentar se enfiar no meio daquele jogo social sem fazer o mínimo era como colocar uma tartaruga num palco e esperar aplausos da plateia. Simplesmente não daria certo. De alguma forma, ela teria que diminuir sua falta de classe para adentrar naquele mundo desnecessariamente espalhafatoso. Caso contrário seria tratada com cuspes e pontapés, coisa que só não havia acontecido porque ainda estava na região mais medíocres da ilha.

A segunda informação importante era que os estabelecimentos dali eram muito diversos. Loja de penhores, ferraria, restaurantes, cafés e tudo que um ser humano conseguia imaginar existia em Vintória. Claro, com tantas opções assim, era inevitável que alguns lugares fossem simplesmente desertos, mas aquilo era natural. Antes pecar pelo excesso do que pela falta, certo ? Assim, se a shinobi tivesse alguma necessidade imediata ou posterior, poderia procurar supri-la na tal Cidade Baixa.

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A terceira e última informação era que após algum tempo de caminhada, ela acabou se deparando com uma cara familiar. O garoto ruivo de antes, agora com novos trajes e sem o objeto enorme que antes carregava consigo, estava degustando um líquido amarronzado em uma Casa de Chá chique. A clientela local era refinada, mas os preços do estabelecimento pareciam altos o suficiente para afastar curiosos. Além disso, checando o comportamento do homem com maior atenção, tornava-se notável como seus modos de comportamento haviam evoluído da água para o vinho.

Antes xingando deus e o mundo por seus infortúnios, agora o mancebo era suficientemente cortês para dialogar em grau de superioridade ( vulgo prepotência dos nobres ) com o atendente local.

- Quem é aquele sujeito de ar aborrecido ? Aquele com o chapéu horrendo amarelo. - Questionou logo após fazer seu pedido, com o queixo erguido e postura ereta. O sujeito de quem falava era um homem gordo, de roupas ainda mais coloridas que o próprio ruivo sentado em uma mesa próxima.

- Aquele é o baronete Tulio Von Grog II. Presumo que já tenha ouvido falar de seu nome. - O atendente respondeu com ar tenso e suando frio. Ninguém podia culpá-lo. Afinal, poucas coisas eram mais perigosas que um jovenzinho nobre prepotente e emputecido.

Sem se preocupar em encerrar o diálogo educadamente com o garçom, o ruivo se levantou, olhou os arredores como se fosse o próprio dono do mundo, e se dirigiu até a mesa aonde o gorducho se alimentava.

- Baronete Tulio Von Grog ? - Ele perguntou, com uma arrogância de dar nojo. Surpreso pelo chamado, o homem que estava relaxado se virou, e ao se deparar com aquele moleque lhe olhando, emitiu um sorriso sem graça. - O senhor me prestaria um grande serviço se me escoltasse à residência de meu tio George, tão breve quanto possível. - Completou, em um tom impassível que beirava a raiva.

- Bem...estou ocupado no momento e aguardando uma visita. Posso pensar no seu caso daqui alguns minutos. - O personagem secundário que o mestre ironicamente decidiu apelida de "The Fat" respondeu. Contudo, mesmo com a negativa, o ruivo continuava encarando ele, com os olhos duros como rocha, como quem nunca havia escutado um "não" em toda a sua vida. Por fim, após alguns segundos de puro confronto de ego, ele cedeu. - Na verdade acho que ela não virá...irei convocar minha carruagem e iremos até lá. - Ele acabou cedendo, como também se evidenciava pelos seus ombros curvados para baixo.

Após alguns poucos minutos, o meio de transporte do nobre chegou e a dupla seguiu até o elevador da Cidade Baixa sem enrolações. Enquanto isso Yoshizawa ficava com alguns questioamentos ? Como o ruivo havia adquirido modos em tão pouco tempo ? O que havia acontecido com o objeto que carregava consigo ? O que o atendente faria com o café de seu cliente já que ele havia saído sem pagar ? E por último, mas não menos importante, como ela não havia vomitado depois de assistir um cena como aquela ?

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Esta era a segunda vez que a ninja via o ruivo seboso, o que por si só já soava bem esquisito. Na primeira, ele carregava uma espécie de estojo e falava sozinho, reclamando sobre arranjar um patrono. Já agora, levando em conta a atualização das suas roupas e personalidade, o rapaz deve ter arranjado um patrono de fato, e ela estava considerando que se tratava de um apadrinhamento ou algo do tipo (alguém capaz de bancar o princeso financeiramente). A ausência do estojo poderia indicar o que ele deu de garantia, mas sabe-se lá o que mais ele poderia ter dado. 「As pessoas se prestam a cada papel…」

Papel esse que Hemumu deveria utilizar em seu disfarce muito em breve se quisesse chegar até o seu objetivo. O pouco que viu deixou a kunoichi em conflito com o seu nindou. Deveria liberar partes suas que até então ela mantinha conscientemente seladas -  arrogância, prepotência, individualismo, soberba… O principal era isso, mas tinha umas pitadas de outras coisas pra temperar e uma dose de comunicação corporal para firmar as características na atuação e engrossar o caldo, por assim dizer.

Até onde se lembrava, esses traços prejudicavam tudo que conhecia do seu treinamento (ainda que conhecesse muito pouco, já que o seu treino foi incompleto), mas para defender a honra do seu clã e garantir o sucesso de uma missão tão importante, o selo deveria ser temporariamente desfeito. Sendo a maior kunoichi de todos os tempos e reencarnação de um deus shinobi, aquilo não deveria manchar permanentemente a sua honra. 「Ainda que vá contra meu nindou, preciso seguir os ensinamentos básicos de infiltração: finja até ser.」

Sentindo a adrenalina queimar em seu corpo, a garota precisava se colocar em movimento para não começar a pular e fazer uns polichinelos por ali, e chamar mais atenção do que deveria. Então ela planejou um pequeno teste para arranjar roupas novas e retornar com elas para a casa de chá. Isso porque o baronete estava aguardando alguém, e esse alguém poderia ser importante o suficiente para facilitar a sua ida até a residência dos Fitz. A garota respirou fundo algumas vezes para se manter concentrada e seguiu com o plano.

Levando em conta que não iria penhorar nada no momento, ela procuraria a loja de roupas mais vazia para avaliar sua performance diretamente pelo olhar de um comerciante comum - preferencialmente um estabelecimento sem alguém com aquele comportamento e aparência da nobreza dentro. Quando encontrasse, alteraria sua postura: ombros para trás, passos firmes e curtos, manteria a coluna ereta como um bambu, cabeça erguida de uma forma que o nariz ficasse bem empinado e o olhar precisasse ser feito de cima para baixo, como se ninguém merecesse sua atenção por muito tempo, mantendo a boca em uma linha fina. Esperava que isso fosse suficiente para passar um ar imponente, ainda que tivesse uma baixa estatura. No fim, não era sobre altura.

- Quero uma roupa adequada para um encontro importante com a família Fitz. Espero encontrar alguma coisa nessa espelunca se você sabe o que é bom. - Falaria em tom baixo e firme, sem nem mesmo se preocupar em olhar muito para a pessoa que iria atendê-la. - Cuidado com o meu cachecol, foi um artigo feito exclusivamente para alguém da minha posição na medicina. Se você preza pelo seu futuro, não quero ver um arranhão nele. - Esperava que o tom da ameaça garantisse a segurança do item do seu vestuário que tinha mais apreço. Se tudo desse errado, sairia dali bem rapidinho para se esconder do olhar público e reavaliar o plano.

Ficaria atenta ao comportamento da pessoa responsável por atendê-la para ver se estava sendo convincente ou não. Continuaria mantendo o tom ameaçador e de quem finaliza conversas, uma vez que não podia dar espaço para qualquer tipo de pergunta. Tinha algumas cartas na manga que esperava não usar, como "Você sabe quem eu sou?" e "Os Von Grog também não devem ficar felizes por ter você me segurando aqui por tanto tempo." Também guardaria todas as suas roupas atuais, para o caso de precisar remover alguma peça no futuro. Provavelmente sairia da loja parecendo uma galinha colorida, e não queria manter essa aparência pelo resto da sua vida ninja.

- Acho que isso é o máximo que você consegue fazer. - Não um obrigado, não um até mais. Essa frase parecia ser suficiente para encerrar o assunto e se dirigir até a saída. Tendo sucesso, sairia da loja com a mesma indiferença que notou dos ricaços dali, como se não tivesse que pagar nada.





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⟴ 3º Turno


Tomando como exemplo a figura do que poderia ser o maior ator daquela ilha, Hemumu também decide dar uma de jovenzinha engomada nas redondezas, mesmo a contra gosto. Seu alvo, porém, não foi nenhum ricasso logo de cara, mas sim uma loja de roupas das proximidades. A mais vazia que encontrou, por motivos diversos. Afinal, apesar de ser relativamente chique, ainda não era o top de linha que Vintória tinha a oferecer. A fachada do local precisava de uma reforma, e o atendente não tinha a melhor das vestimentas, apesar dos produtos do estabelecimento serem fantásticos para os padrões comuns ( leia-se roupas rank A ).

- Urgh... - Claramente intimidado pelas atitudes da mais nova baixinha tirânica do pedaço, o atendente entendeu o recado logo de cara. Após averiguar algumas coisas em portfólio seu, ele adentrou comércio adentro para buscar alguma coisa. Isso deu tempo o suficiente para a kunoichi xeretar os papéis que estavam jogados numa mesa próxima sem ter que se preocupar com testemunhas. Estava a procura de informações afinal, e talvez aquilo lhe desse alguma noção da situação atual da ilha, diferentemente dos boatos inúteis que escutou nas ruelas da ilha.

Como resultado ela descobriu que os comércios locais haviam recebido um recente aumento no valor dos impostos cobrados, embora a razão para isso fosse desconhecida. Isso, somado ao fato do Estilista estar tendo despesar médicas com suas duas filhas provavelmente justificava o estado medíocre de sua loja. Isso também poderia ser um bom motivo para ele ter aceitado a intimidação de imediato, mesmo sendo claro para qualquer um que Yoshizawa não era uma atriz tão boa quanto o ruivo. Afinal, para quem já estava atolado em problemas, caçar treta com um nobre não ajudava em nada.

- C-certo, vamos pegar suas medidas. - Com os devidos equipamentos em mãos e com a anuência da médica filinha de papai, ele começou a fazer o que sabia de melhor. Como já era de esperar, ele teve todo o cuidado do mundo em não tocar na menina e especialmente em seu cachecol maltrapilho. - Receio que vá querer roupas com as cores da família Fitzroy. Irei providenciá-las de imediato. - Ele retornou para o interior do estabelecimento, deixando a bonita livre para aguardar em um sofá extremamente confortável o trabalho de horas do pobre trabalhador.

Tendo chegado o início da noite, o homem voltou com os trajes de sua cliente. Era um trabalho digno de um estilista de elite, por mais que o material não fosse dos melhores. Mas era o que tinha para hoje.

As roupas mesclavam entre um verde e um azul azulado brilhoso que variava de peça para peça, gerando um bom contraste. No braço esquerdo, perto da altura do ombro, existia brasão ilustrado com armas apresentava uma árvore com folhas verdes-azuladas em um campo dourado. Enfim, poupando a mestranda dos demais detalhes, era um conjunto digno da realeza.

- Devo colocar isso na conta do Sir George...correto ? - O coitado questionou enquanto a menina dava de ombros e saia do estabelecimento. Felizmente para ela alguém havia encarnado o personagem.

Agora novamente livre, e bem vestida, ela ficava livre para decidir como acessaria a residência de seu contratante com as opções já apresentadas. Considerando que o sol já havia sido substituído pela lua, o movimento na cidade também já havia diminuído, o que poderia ser uma eventual vantagem.

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Hemumu sentiu uma grande dificuldade para manter o seu papel (até porque não era animadora), mas felizmente não precisou de muito esforço para convencer o homem. Prendada nas artes ninjas, a garota ficou muito feliz quando se viu arrumadinha e fora do estabelecimento. A kunoichi akumada respirava aliviada por ter conseguido a aparência que precisava. 「Quem será esse Sir George que vai bancar minhas vestes? Se for o provável ‘cliente’, tá tudo certo. Se não for, eu volto e deixo esse débito no nome da Nine-senpai.」 Infelizmente, os ossos do ofício a fariam carregar arrependimento e culpa por um tempinho. 「Se eu voltar viva e sem precisar fugir, devolvo essas roupas e dou uma olhada nas suas filhas… Kami-sama me ajude se eu ganhar fama de trombadinha tão cedo.」 A garota tentava aliviar aquela sensação ruim com uma promessa que muito provavelmente não poderia cumprir.


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to considerando algo nesse modelo com as cores/emblemas que você descreveu




Hemumu estava se achando uma gracinha vestida com as roupas novas, por mais que não fosse o requinte perfeito da corte e tudo mais. O verde e azul (sem contar o cachecol amarelo) davam a ninja a aparência de uma espécie de pássaro. Um papagaio, muito provavelmente. Ainda assim, uma gracinha de papagaio.

O melhor a fazer agora era arranjar um transporte. Não sabia como aquela cidade funcionava após o anoitecer e ela não conseguiria manter o RP de filhinha de papai rica e escrotinha por muito mais tempo - havia gastado energia mental demais na atuação forçada e tenebrosa dentro da loja. Inclusive, a ninja estava até sentindo um tique nervoso no olho esquerdo por não estar se apresentando com o seu habitual nin nin desu ne~.

Poderia aproveitar o cansaço mental para produzir uma menina rica que teve um dia cansativo de compras. Estava na hora de tirar a prova dos 9 ninpous e medir o poder da sua roupa quase requintada. Então ela se aproximaria dos guardas do elevador para falar:

- Tenho assuntos de saúde urgentes para tratar na residência dos Fitz. É bom essa joça não despencar comigo dentro! - Esperava que aquilo e o brasão nas suas roupas fosse suficiente para convencer os guardinhas a serem parceiros e liberarem sua passagem até a parte alta da região.





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⟴ 4º Turno


Sem muita demora, Hemumu se aproximou do elevador local, agora roupada em um novo personagem. Um consideravelmente mais adequado, considerando suas roupas.

- Hmpf. - Um dos guardas permitiu que a garota subisse no elevador, não muito satisfeito. O mesmo aconteceu com todos os presentes. Se a kunoichi parasse para pensar, talvez chegasse na conclusão acertada de que a atitude tomada era bastante útil em termos práticos, mas não colaborava em nada com a sua reputação. Afinal, que tipo de nobre era tão mesquinho ao ponto de não se recusar a pagar um elevador, na frente de outra meia dúzia de nobres ? Era quase como assinar um atestado de pobreza. E um nobre sem dinheiro não tinha lá tanto favor. Além disso, agir sem classe perto de nobres não era atitude muito...recomendável.

Na viagem, lado a lado com outros figurões do pedaço, Yoshizawa notou que todos passaram a viagem toda de costas para a Cidade Baixa. Por sorte ela tomou a mesma atitude. Escutando a conversa de uma mulher próxima, ela assimilou que se tratava de um gesto de desprezo às camadas inferiores. Um ato nada fora do comum, considerando a prepotência daquele povinho, mas ressaltava a importância de algumas pequenas etiquetas culturais locais.

Chegando ao seu destino ( eu vou descrever os detalhes do lugar depois ), a mercenária não teve problemas em atravessar as defesas locais na base do blefe e da conversa fiada, recheada com um pouco de sorte. As roupas que trajava estavam servindo ao seu propósito, tanto isso era verdade, que um jovem cavalheiro das proximidades acabou seguindo a garota por uma boa parcela do caminho, o que lhe assegurou uma caminhada segura. Acabou que depois de muito flertar com a coitada da moça sem sucesso, o nobre acabou perdendo a empolgação e pouco tempo depois sua utilidade.

Sozinha, ela assumiu novamente o seu ar de rica impaciente, questionando criados atarefados para mentirem sobre informações, até que finalmente encontrou o gabinete de audiências de seu cliente, George Fitzroy. Contudo, antes que pudesse continuar sua jornada, ela se deparou com um homem de meia-idade caminhando pela propriedade sem nenhuma companhia.


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Ele era corpulento, de rosto retangular e trajes finos. Seu cabelo perfeitamente penteado, assim como o resto de seus pelos aparados e sua pele impecável transmitiam uma inegável aura de autoridade.

- Em que posso ajudá-la ? - Ele questionou, com os olhos fixos na caçadora. Observando a figura com maior atenção, a médica também poderia notar que ele vestia roupas semelhantes à sua, tanto em símbolos quanto cores. Contudo, as dele estavam em um nível acima, muito acima em qualidade textil. Além disso, apesar do seu tom gentil, outras perguntas espreitavam por de trás de suas palavras. Quem é você ? O que está fazendo aqui ?



btw, a nine te explicou quem é seu contratante, mas não o serviço porque nem ela sabe.
seja livre para resolver a questão como quiser

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Hemumu sabia que tinha muita coisa em jogo nesse teste de infiltração. Sim, porque se tratava exatamente disso: um teste. Já desconfiava desde os primeiros minutos que ficou meditando de cabeça pra baixo na embarcação a caminho dessa ilha. Estava óbvio para a ninja não oficialmente graduada que Nine queria verificar sua aptidão, assim decidiria se iria aceitar ou não ter uma nova aluna. Não teria outro motivo para Nine escolher exclusivamente Hemumu para essa missão. E qual a melhor forma de testar a garota senão um teste de campo individual, que era exatamente o que ela estava fazendo?

Infiltre-se. Identifique a pessoa mais importante do local. Saia sem que ninguém perceba. Fim de teste. 「Nine, vou passar e você será a minha sensei!」

Infiltração deveria ser uma coisa básica para um ninja. A própria Nine devia estar disfarçada na Spades, é óbvio. Havia algo que ela estava tentando mostrar para a pequena kunoichi, algo que só uma ninja conseguiria ver. Ela queria que Hemumu fosse uma sombra, o que claramente significava mais do que se esconder no escuro.

Lembrar disso antes de ficar cara a cara com o homem desconhecido renovou suas energias. Tudo aquilo era um teste, afinal. Estava decidido: ela passaria. Voltou seus pensamentos para lidar com quem a encarava, a próxima frase definiria o sucesso da primeira fase do exame. Fitz deveria ser alguém que estava em um nível hierárquico maior da cadeia alimentar - o gavião que come a cobra que come o sapo que come o grilo que come a planta. 「Não faço ideia de quem é esse homem, mas tenho certeza que não é o grilo nem o sapo. Muito menos a planta.」

Só cumprir o papel de uma nobre interessada em trabalho não deveria ser suficiente. O homem já devia estar cansado de lidar com alpinistas sociais e pessoas que queriam cair nas graças da família mais importante da região. Precisava ser alguém de maior utilidade, alguém que traria algum resultado prático no que as pessoas queriam: poder e longevidade do sobrenome.

- Sou a Shekira, médica designada exclusivamente para que o Lorde Fitzroy mantenha o controle da região pelo tempo devido. Faço parte de uma nova associação chamada PICA, Pessoas Indispensáveis com Atenção Médica. Queremos evitar uma possível guerra de poder causada pela ausência do atual líder da região, mas eu estou aqui porque quero trabalhar com gente realmente relevante, entendeu? Nada de ser resignada pra uma clínica comunitária e trabalhar com escória. E então, qual foi a última vez que o senhor Fitzroy teve contato com alguma pessoa, quase-gente ou animais que pareciam doentes?





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Coloque a ost em loop
Spoiler :

⟴ 5º Turno

A resposta do homem diante da fala de Hemumu foi um olhar frio e franco em direção ao jovem, como quem sabia que se Fitzroy houvesse requisitado esse tipo de serviço, ele saberia com 10 dias de antecedência. Perplexo, ele coçou o queixo e examinou a kunoichi. Depois de alguns segundos, claramente desconfiado, ele optou por se dirigir aos aposentados de seu amo, sem informar a garota de que decisão havia tomado e nem responder nenhuma de suas perguntas. Em resumo, o blefe havia ido por água abaixo.

Do lado de fora, ela foi forçada a esperar. Um. Dois. Cinco. Dez minutos se passaram até que finalmente recebeu uma resposta tácita do serviçal, indicando que poderia prosseguir em tom de reprovação. Os dois cruzaram um corredor curto e chegaram a um par de portas, ladeadas por guardas de armadura, portando as cores de George. Cada um portava uma espada longa e um facão. Olharam a garota com seriedade quando ela se aproximou, como quem encara uma criança que fez algo errado para intimidá-la.

O rapaz de olhos azuis fez um sinal de cabeça e imediatamente os dois revistaram competentemente a mercenária em busca de armamento. E infelizmente para a moça, eles acharam. E muito mais coisa do que se deveria esperar de uma médica. Ao encontrarem os objetos, a dupla apontou as espadas em direção ao pescoço da garota. Ao toque do metal, a menina sentiu seu corpo enfraquecer parcialmente, mesmo sendo uma Logia.

- Uma médica que vai armada até os aposentos do meu senhor, que irônico. Vamos ver o que ele acha disso. - E adentrou novamente no gabinete, tremendamente irritado. Dessa vez, a espera foi ainda maior antes que ela pudesse entrar lá. Sem nenhuma de suas armas e com as espadas ainda em seu pescoço, é claro. - Se a situação fosse outra, você já estaria estirada numa cruz. Não que você esteja longe dela no momento.

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George Fitzroy


No interior do quarto, Yoshizawa avistou um homem sentado em uma mesa coberta de mapas. Ele parecia mais velho do que os boatos da cidade baixa diziam. Seu rosto era sério e tremendamente orgulhoso. Sua barba grisalha e bem aparada eram bem arrumados, mas a cabeleira ainda lhe era vasta, apesar do penteado. Os olhos eram de um cinza cristalino que beirava o azul, e notadamente penetrantes. Aliás, olhos que nenhum idoso deveria ter, como uma médica experiente poderia averiguar.

Notando a entrada da caçadora, George voltou os olhos até ela. Não podia esperar nenhuma referência da parte dela, considerando sua situação atual.

- Shekira, devo lhe informar que desaprovo o seu comportamento anterior. Isso sem contar o fato de ter tentando entrar aqui armada. Espero que tenha uma boa explicação para isso. Se dependesse de Piqué você já estaria fora da ilha, no melhor dos casos. - Sua voz era firme, como de um verdadeiro comandante, apesar de algumas fraquejadas. Claro, não esperou que a garota respondesse antes de continuar falando. - Felizmente, dada a sua celeridade em viajar até aqui, ainda não irei descartar os seus serviços. Também admiro o fato de já estar trajada adequadamente. Mas não espere se livrar dos guardas tão cedo. - Disse enquanto se levantava. No processo, uma de suas pernas fraquejaram, e teria caído se não fosse a intervenção do agora nomeado Piqué.

- Obrigado Gerard...a força vem me faltando nos últimos dias, mais do que o de costume. Impressionante como seus serviços como camareiro e amigo nunca me abandonaram. Providencie um quarto para a moça, sim ? Um daqueles aposentos. - Pediu ao serviçal com quem tinha intimidade. Este, no que lhe concerne, relutou um pouco em deixar Hemumu sozinha com o nobre, mas como tinha juízo, obedeceu e saiu do quarto.

Após isso ocorrer, após fazer alguns sinais de mão para os guardas que vigiavam a ninja, ele saiu dos aposentos também, dirigindo-se até o jardim de sua propriedade com novas companhias.

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O local era uma maravilha exuberante e exótica, repleto de flora e fauna de todos os tipos. Os jardins ocupam uma vasta extensão de terra, com trilhas sinuosas que levam os visitantes por entre fileiras de árvores imponentes, canteiros de flores vibrantes e arbustos exóticos. A vegetação é tão densa que o sol parece filtrar-se através de folhagens, criando sombras e uma luz suave, que gerava uma sensação misticismo.

As fontes de água de pedra borbulham em lugares estratégicos, adicionando uma trilha sonora relaxante e o canto suave dos pássaros e outros animais que vivem no jardim. As flores têm cores brilhantes, incluindo lótus, tulipas, orquídeas e rosas, enquanto as árvores são altas e majestosas, com frutas penduradas em seus ramos, como mangas, limões e laranjas.

O jardim também tem um viveiro de animais, que inclui borboletas multicoloridas, pavões, esquilos, coelhos e uma espécie desconhecida de pássaro residia. Há também um pequeno lago, onde os peixes nadam entre as flores de lótus e as tartarugas tocam na água com suas patas.

É um local tranquilo e pacífico, perfeito para passear e relaxar, onde os visitantes podem apreciar a beleza natural e esquecer-se dos problemas do mundo exterior. Pelo menos para a maioria, porque para Hemumu, aquele podia ser muito bem o palco de sua morte se cometesse alguma outra ofensa absurda como a anterior. Ali os quatro passearam por algumas dezenas de minutos. Felizmente, devido ao horário, poucos eram os nobres com quem haviam se encontrado, o que atrasaria os boatos de uma nova visitante na propriedade. Já os guardas eram inúmeros e padronizados, como brinquedos comprados numa loja infantil.

De qualquer forma, o silêncio perdurava por todo o caminho e não parecia que ia cessar tão cedo. Tratava-se de um teste ? Vai saber. Fato era que cabia à desarmada Yoshizawa decidir o que fazer naquela situação, considerando que George parecia estar andando finalmente em direção a um ponto específico.

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「Infiltração realizada com sucesso.」Era só que Hemumu conseguia pensar entrando na mansão. Tinha vontade de dar uns saltos mortais de costas pra comemorar o seu sucesso, até que, bem… Encontraram a sua tantou. Uma lâmina de qualidade com um belo brasão (❃), que era bem diferente do símbolo dos Fitzroy presente no seu vestidinho. Também havia shurikens especiais, mas desde que eles não soubessem que se tratava de uma arma ninja, estava tudo certo - até porque podia falar que eram lâminas de 4 pontas para cirurgias médicas. Ao menos, o kit de primeiros socorros reforçaria o seu papel. Por sorte, o treinamento ninja ajudou a garota a não vacilar nas expressões, ainda que seu c# tenha fechado de uma forma que não passava nem uma mísera gotinha de chakra.

「Então essa deve ser a questão final da primeira parte do teste da Nine sensei…」A fase 1 do exame ainda estava em andamento e a ninja foi escoltada até o tal George. Nine-senpai parecia ser bem exigente e deixou muito claro que não seria uma missão fácil, e dado o seu perfil, significava que as questões mais difíceis estavam guardadas no final de cada etapa do teste. No lugar de se desesperar e tentar derrubar todo mundo pra vazar dali, Hemumu se tranquilizou. Como não a mataram assim que encontraram as armas, e ainda não estava sendo tratada com cuspe e chutes, ela ainda poderia inventar alguma desculpa e seguir com o seu papel.  「Prestar mais atenção nos detalhes, essa deve ser a lição que a sensei quer me ensinar com a prova…」

A tantou tomada não era bem uma preocupação, já que não estava ali para matar ninguém. De qualquer forma, ela tinha outros meio pra fazer isso, mas por enquanto seria bom deixar o dom de criar as próprias armas ninjas, recebido diretamente por Kami-sama do Ninpou, em segredo. Ela estava preocupada mesmo com o pergaminho velho e enrugado que carregava anos e anos de sabedoria ninja. A perda daquele item significava perder um pedaço da sua história.

George Fitzroy não parecia estar no auge da sua saúde. Ver o homem quase cair só por se levantar criou uma dúvida na cabeça da kunoichi: aquela fraqueza se tratava apenas da idade ou havia alguma doença envolvida? Hemumu prestaria mais atenção no jeito de andar do homem, para saber se a fraquejada na sua voz tinha relação com falta de ar ou uma possível dor envolvida.

Atravessando os jardins, fingiu estar encantada com as flores e animais da região, mas na verdade estava verificando eventuais rotas de fuga e esconderijos. Evidentemente o lugar era protegido, a julgar pela distribuição dos guardas. O silêncio poderia ajudar a incriminá-la ainda mais, mas relembrar assuntos problemáticos, como uma médica armada brotando na entrada da mansão, parecia fazer parte de um tipo de regra não dita. Quando deixasse para trás os jardins, caso não fosse cobrada com um "E então?", retomaria o assunto não concluído na sala da forma mais calma (e levemente arrogante) possível:

- Lorde Fitzroy, como falei, não sou uma médica comum. Aprendi assuntos que vão além de tratamentos e doenças. Parece que não foi dada a devida atenção, mas vou repetir: o objetivo é assegurar que figuras relevantes não caiam mortas por aí. Deixar a minha lâmina cerimonial ser encontrada faz parte da avaliação do processo de segurança. Há alguns locais que não se preocupam em revistar visitantes. - Caso surgisse a oportunidade, comentaria brevemente que a lâmina cerimonial precisava ser devidamente guardada, pois o objeto certificava a sua associação com a PICA.

A ninja sabia muito bem que não ganharia a confiança do homem com promessas e bajulação. O papinho anterior poderia não colar, mas felizmente ela tinha uma constatação a ser feita e esperava que isso garantisse alguns pontinhos no jogo:

- Notei que ninguém se preocupou em fazer uma avaliação do meu estado de saúde antes de ter contato com o senhor. No tempo que caminhamos juntos, se eu carregasse alguma enfermidade, você certamente estaria infectado. Sua segurança PRECISA de melhorias. - Encerraria a frase com um olhar acusatório para os seus guardas, que permitiram esse tipo de risco.





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⟴ 6º Turno


George, aparentemente insatisfeito, escuta com atenção a primeira parte da fala de Hemumu com certa desconfiança. Certamente não era um homem fácil de ser conquistado, e a situação também não ajudava muito. Por fim, depois de quase engasgar ao ouvir o nome PICA, o homem informou que a lâmina e os demais equipamentos estavam seguros e seriam devolvidos em um momento oportuno. Contudo, não parecia feliz de ter sido supostamente testado, como se não fosse ele ou seus homens digno de segurança, e isso transpareceu em seus olhos.

Na segunda parte do discurso da kunoichi, a insatisfação piorou. E muito. Era quase como se jovem tivesse pisado no calo do nobre. Não demorou muito para que um sinal de mão surgisse, ordenando-a que se calasse, enquanto o senhor balançava a cabeça de um lado para o outro em reprovação.

- Você fala demais, e fala de coisas que não tem conhecimento, o que é ainda pior.- Repreendeu com voz firme a garota com firmeza enquanto se sentava em um banco de pedra perto de uma árvore. Firme na medida do possível, já que mais uma vez, sintomas de dor e falta de ar lhe sobrevieram. Por mais que ele tentasse disfarçar aquilo por orgulho, uma médica relativamente decente não tinha dificuldade em identificar aqueles sintomas. Posteriormente, sem permitir que a mercenária tomasse lugar ao seu lado, ele permitiu que os guardas fossem embora. O número de guardas armados nos murros da propriedade, contudo, parecia ter aumentado, evidenciando que o nobre queria privacidade sem abaixar a guarda.

- Existem dois tipos de poder : o intrínseco e o concedido. O primeiro é parte de você. O segundo vem de outras pessoas. - Ele iniciou seu discurso, apontando para os músculos do próprio braço e para os guardas como exemplos do que estava dizendo. - Presumo que saiba qual deles tem muitos limites. Nesse momento, não sou capaz de desafiá-la numa luta. Mas de repente, se chamo pelos meus guardas, 83 homens aparecem aqui de imediato e a executam. - Continuou. - Vê o conde Lenfar ali, cortejando uma moça ? Ele é do tipo que pensa que seu sangue e título são um poder intrínseco. - Apontou para um homem de lá seus quarenta anos conversando com uma mulher de frente a um pequeno lago. - Mas ele está errado. Se quisesse, eu poderia tirar tudo dele e deixá-lo mendigando nas ruas. E eis o grande segredo : meu poder, minha fortuna, meu controle são poderes concedidos. Pertencem tão pouco a mim quanto os tenryuubitos tem controle desse mundo. Mas diferente da maioria, eu e eles sabemos a diferença e é por isso que estamos no controle. - Concluiu, exausto de tanto falar e dar uma de zé palestrinha. Contudo, havia sentido em suas palavras. Agora se a menina havia abstraído tudo que ele tinha a dizer, era outra história. Talvez aquilo tudo se relacionasse com alguma de suas mensagens de bom dia também, vai saber.

Posteriormente, uma mulher passou por ali e elogiou o nobre pelas suas silas, o que fez com seu humor melhorasse. Não tardou para que ele olhasse para "Shekira", com os olhos convencidos, sabendo que aquela parabenização era mais um exemplo do que havia acabado de dizer. Afinal, ele nunca havia posto um dedo sequer nas silas. Depois, ele ainda complementou a sua ideia dizendo que como homem, nunca poderia dar luz a uma criança, mas que com seu poder, isso seria facilmente possível.

- Isso nos leva à sua missão. Segundo meu médico particular, tenho uma maldita doença terminal, com a qual trato os sintomas com seus remédios. Contudo, essa e outras tarefas diversas tomam muito de seu tempo, impedindo de cuidar de outro assunto meu. Isso sem citar que é uma questão...complicada, que prefiro usar um estrangeiro para resolvê-la. - Fez uma pausa longa. Estava fraquejando e com sinais evidentes de fadiga, mas o assunto parecia importante demais para que tratasse dele em outro momento. - Como já deve saber, não tenho família e um acidente ocorreu com minha única herdeira, deixando-me sem opções para suceder a minha posição. Sendo assim, pretendo me casar. Não com qualquer mulher, mas com a mais bela dessa ilha. - Corado, ele observou novamente os arredores para ver se alguém lhe vigiava de perto. Como já era de esperar, não era o caso. Também não disse mais nada sobre ela, propositalmente. - Um animador ruivo já está cuidando de conquistá-la para mim, mas isso não vem o caso. O problema é que a força vem me faltando, e preciso de uma forma de garantir minha descendência quanto a hora chegar. Uma garantia que só um médico pode realizar. Compreende o que estou dizendo ? - Finalizou toda aquela ladainha questionando Yoshizawa.

E vualá, o objetivo da contratação se revelava : o nobre queria viagra. Não um produto qualquer, mas um capaz de levantar a PICA de um homem em um estado de saúde tão frágil quanto aquele. Claro, todas as nuances e os motivos para uma estrangeira ser chamada para tal tarefa ainda não haviam sido elucidadas. Talvez nem fossem, se Hemumu não explorasse todas as possibilidades. Mas pelo menos, depois de muita luta, ela havia sido introduzida a sua missão.

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「Esse homem… É outro sensei?」Hemumu não era exatamente a ninja mais genial quando se tratava de filosofia e política. Infelizmente, esses dois assuntos não foram tratados durante o seu incompleto treinamento e parecia estar longe dos seus temas de interesse. Não sobrando outra alternativa, já que o velhote desatou a falar, manteve uma carinha de paisagem enquanto o papo monolateral fluía. 「Será que foi um enigma pro próximo teste?」

Só que o próximo teste se mostrou bem diferente do habitual. No fim, sem nem precisar falar o lema da PICA ("O FUTURO É PICA"), a organização fictícia teria um trabalho de verdade. 「Que teste diferente, Nine-senpai...」Com esse fatality, a pequena ninja se permitiu sentir os primeiros traços do desespero. Primeiro que, pela situação, nem um guindaste faria a pipa do vovô subir mais. Considerando a doença, idade e medicamentos fortes, deveria se preocupar com uma infertilidade também? Mesmo que a pipa levantasse, ainda tem a possibilidade de sair leite em pó, o que não ajudaria em nada na questão do herdeiro. E se, por um acaso do destino, tivesse sucesso com os problemas iniciais, ainda teria que enfrentar o último: esse velho caquético, na portinha da passagem pro além, teria forças para consumar o ato libidinoso? Será que vale a pena perguntar se ele precisa viver após esse ato?

- Sim, compreendo. - Não havia outra resposta a ser dada. Por mais que cortasse o pescoço do homem e conseguisse passar pelos guardas, falharia no teste de Nine. Não podia desperdiçar essa oportunidade para conseguir uma sensei, por mais absurda que parecesse. - Quanto tempo temos até lá? - Esperava que George entendesse que o “até lá” se referia ao ato libidinoso, não ao tempo disponível até o homem ir de Kenan e Kel.

Começaria pedindo um relatório com os dados clínicos, uma vez que pensaria nas possibilidades enquanto gastava tempo olhando essas informações - o principal era a questão cardíaca. Iria se preocupar unicamente com o problema dito da pipa borocoxôzinha, deixaria para outra pessoa descobrir o nível de fertilidade dele. Algumas ervas e venenos poderiam ajudar, mas não se lembrava de nenhum nome específico e nem sabia se encontraria na ilha.

Se nada fosse efetivo, sempre teria a opção de 2 Haldol + 1 Fenergan + 2 litros de Saquê e amarrar o véio no leito.





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⟴ 7º Turno


- Bem, a princípio apenas uma semana. Mas existem forças agindo para estender a estádia da dita cuja na minha propriedade um pouco mais. - Ele respondeu, embora não fosse exatamente o que Shekira havia questionado. Posteriormente, ele não relutou em repassar as informações sobre a sua condição : durante a maior parte o tempo, sentia fortes dores abdominais e nas juntas, assim como uma febre persistente, que conseguia disfarçar com infusões. Suores frios eram menos frequentes, mas também aconteciam, assim como também expelia sangue por via oral numa frequência ainda menor. Todos esses sintomas costumavam diminuir com um remédio produzido pelo médico particular, mas sempre retornavam, e ainda piores. - Aliás, mantenha discrição sobre sua missão e identidade de quem puder. Os nobres adoram uma fofoca e será o melhor para todos.

Também descreveu sem muitos detalhes a sua situação como menino, o que não foi de muita ajuda. No geral, seu amigão não levantava de jeito nenhum, mas George não tinha tido problemas de fertilidade a duas décadas atrás. Contudo, muito tempo havia se passado e sua capacidade de reprodução talvez tivesse virado uma grande incógnita.

- Receio que Noah, meu médico, possa lhe fornecer espaço, recursos e conhecimento para trabalhar. Aproveite e busque uma dose do meu remédio com ele. Mas por hoje é só. - Com um sinal de mão, ele chamou Gerard, que o conduziu até seu quarto particular. E que fachada. Uma tão chique que o mestre ficou com preguiça de descrever. Aliás, após se despedir, a dupla de guardas de antes conduziu a nova hóspede até seu quarto.

Os cômodos eram os mais opulentos que já vira na vida, cheios de madeira antiga e pedra polida. A cama tinha um colchão de plumas de dar inveja, do tipo que faz você dormir um dia inteiro mesmo não estando cansado. Contudo, os guardas-roupas, comodas e estantes eram completamente vazios. Do tipo de dar tédio em qualquer um que ficasse ali por muito tempo. O que foi o que aconteceu, já que Yoshizawa tomou um gelo de três dias, ficando atoa, e sendo vigiada constantemente por guardas.

Talvez aquilo fosse alguma represália de George pelos atos da mercenária, ou talvez algo tivesse acontecido, mas fato é que nesse tempo, recebeu cartas e visitas de alguns nobres. A maioria deles, impertinente demais para fazer perguntas óbvias como a identidade da moça. Alguns outros, explicando o sistema de cortesia local, que era simples : anéis eram dados para aqueles em quem você confiava. Dependendo do tipo do anel e seu material, ele tinha um significado diferente. O que Yoshizawa havia recebido de George para fins de utilidade diversa, por exemplo, era de ferro, e representava que ela era subordinada dele. Já um de bronze significava que a pessoa com o nome inscrito no objeto tinha uma dívida com quem o usava.

Além de serem usados para esbanjar status de gente poderosa, eles também eram usados para declarar suas intenções. A mercenária, por exemplo, recebeu muitos anéis de madeira de nobres, que indicavam boas intenções. E segundo recomendações, ela deveria guardá-los para usar em um momento oportuno, pois não tinham muito significado. De qualquer forma, tratava-se de um jogo de frescuras que talvez fosse interessante se utilizar ou se aprofundar no futuro.

Enfim, passado o tempo, Piqué visitou a médica e levou ela até a torre sul, aonde o tal médico Noah residia. Seria escoltada por guardas, é claro. E ainda não havia recebido de volta suas armas, o que era ainda pior. Fora que ele também não deu nenhum detalhe sobre a condição atualizada do Fitzroy, o que dificultava as coisas. De qualquer maneira, demorou alguns minutos até que o profissional reagisse à batida na sua porta de madeira.


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Noah


- Espere um momento. - Ele falou fechando a porta de novo, após Piqué explicar que a moça iria utilizar de sua propriedade por tempo indeterminado. Passados mais alguns minutos, ele a colocou para dentro sem muito pudor e se despediu dos outros.

Só a sala do local parecia uma pequena Universidade contida num único aposentado. Iluminada pelo brilho vermelho de lampadas modernas, havia prateleiras de livros, mesas repletas de vidros e recipientes, e mais ao fundo, uma pequena fornalha ou forno parcialmente escondida. Na parede, um crocodilo de lá seus 8 metros empalado na parede ilustrava uma das vigas do teto. Isso fora um quadro enorme de Rodrick Sinclair, o rei da ilha, estampado logo na entrada. E isso era só a sala principal. Muito mais poderia existir se a exploração pelo local continuasse, embora sair andando pela casa dos outros assim não fosse recomendado.

Sem se importar com a presença de menina, o homem voltou a trabalhar como se ela não existisse, deixando-a perdida naquele emaranhado de possibilidades. Isso que, considerando a quantidade de coisas jogadas por ali, não seria difícil para um desconhecido quebrar alguma coisa por acidente.

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Dores abdominais, suor frio, febre constante e mal estar em geral, vomitar sangue…「Isso cheira a ação de veneno...」 Por se tratar de uma acusação muito séria, não comentaria nada. Hemumu ficaria de olho em outros sinais, como dilatação da pupila, enjoos, ferimentos e manchas ao redor da boca barbuda e cheiros diferentes (que provavelmente disfarçava com perfumes). Continuaria acenando a cabeça em concordância ou respondendo com poucas palavras o restante da conversa até ser deixada em seus aposentos.

O velhote tinha que durar até resolver a missão principal da Spades, que era bem diferente da missão fake da PICA. Na cabeça da kunoichi, Fitzroy era importante, mas será que era relevante o suficiente para a Spades acompanhar os seus movimentos? Achava que não. Mas deveria ter alguém interessante na sua lista de contatos. Deveria investigar mais o próprio Piquè? Talvez ele fosse adepto a traição.

Bem, ignorando tudo isso, estava feliz com algum nível de sucesso até agora. 「Fase 2, aí vou eu! Nin-nin! (👍≖‿‿≖)👍

O início da fase 2 significou três dias em cárcere privado. Suas horas se resumiam a exercícios simples e meditação (ou tentativas de meditação, já que na maioria das vezes caia no sono naquela cama maravilhosa). Quando questionada, usava a desculpa de que uma médica fora de forma e desconcentrada não ajudaria ninguém. Internamente, preocupava-se com o seu nindou, imaginando como poderia resolver as questões que fugiam do seu código ninja, mas que precisavam ser feitas para essa missão em específico. 「Toda essa preocupação mundana deve estar desequilibrando meus chakras. Kami-sama não deve deixar barato, mesmo com uma reencarnação…」

Nobres curiosos e fofoqueiros visitavam Hemumu, loucos para saber mais sobre a carne nova no pedaço. Seguindo as instruções de George, ela pouco tinha a dizer - apenas falava que era uma médica que iria continuar seus estudos sendo bancada pela ilustríssima família Fitzroy. Quando insistiam muito, dava uma de louca falando do jardim ou convidando-os para tomar chá, mas como não tinha nenhum, apenas dava a sugestão para que encontrassem chá em outro lugar.

Alguma dessas visitas acabou explicando algo sobre os anéis, e o porquê da garota ganhar tantos, que pareceu muito mais complexo do que ela imaginava. Precisaria de algum tipo de experimentação pra fazer as sinapses na direção certa, já que a explicação teórica parecia não fazer sentido. Na próxima oportunidade que tivesse, iria trocar um anel de madeira com um nobre por informações sobre Piquè e outro para ver se conseguia roupas para colocar no guarda-roupa (um armário vazio para alguém que ia ficar por um tempo era muito suspeito).

Piquè a tratava com a mesma frieza inicial, talvez arrependido de não ter eliminado a garota logo de cara e agora ter essa carga de trabalho a mais.「Tem nome de uma pessoa boa. Claramente não é como soa…」Sendo levada e descartada igual a um montinho de poeira na sala de Noah, a garota mantinha a suspeita de veneno e usaria a sala do homem para investigar também.

「Não é atoa que tá envenenando o velhote… Opa! Esvazie a mente, você é uma ninja!」 Hemumu não era exatamente o tipo de pessoa que cria algum conceito só pela aparência, precisando se repreender quando o seu personagem “filhinha de papai arrogante” foi mais rápida que o seu perfil ninja para criar a primeira impressão do homem - a ninja estava frente a frente com o próprio Conde Drácula.

- Olá, Noah. Tem notícias do Lorde Fitzroy? - Tendo em vista que tinha sido apresentada a contragosto por Piquè, não sentiu a necessidade de retomar essa questão. - Você está fazendo o remédio dele agora?

Iria continuar a conversa perguntando sobre a evolução do quadro clínico do velho, como ele diagnosticou (se é que tinha algum diagnóstico), quem mais fazia algum acompanhamento de saúde com ele e se ele já tinha visto algum caso parecido.

Caso o homem a ignorasse por completo ou mostrasse um completo desinteresse por sua presença, daria a desculpa de que precisava ir ao banheiro para vasculhar o lugar (e se fingir de perdida caso fosse pega). Teria o cuidado pra não se bater nas coisas e quebrar nada, mas mesmo com seus movimentos suaves, não podia garantir. O que queria mesmo é encontrar algo suspeito - não só envolvendo venenos, mas até mesmo livros fechados na pressa, gavetas e armários que não estavam fechados completamente, tábuas soltas e passagens secretas. Quem era esse homem? De onde ele veio? Com quem ele fala? O que faz quando está escondido? Ele pode tomar sol ou é inimigo dos raios ultravioletas?




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⟴ 8º Turno

Spoiler :



- Não. Mas ele vem ignorando meus medicamentos com frequência nos últimos dias, o que só prejudica o estado dele. Velhos são teimosos, você sabe. - Respondeu, sem tirar os olhos de sua tarefa. Manejava dois tubos de ensaio, despejando em dois recipientes diferentes. Depois, pegou uma parcela do líquido de um deles e aplicou no outro. - Na verdade, não. É um pedido particular de um cara sorridente que passou por aqui ontem. O tipo de cara que analisa até o fundo de sua alma ao olhar nos seus olhos, entende ? Enfim, não posso entrar em mais detalhes. Mas trabalharei na poção dele em breve, se quiser aguardar. - Completou a resposta. Apesar da aparência, o homem de nariz longo era até bem-falante. Contudo, recusou-se a dar muitos detalhes sobre a condição de George, e os que deu estavam fora do nível de compreensão da mulher com um punhado de termos complicados. Hemumu até pensou ter escutado um "Abra Cadabra" no meio, mas o cara falou tanto que nem dava para saber se isso de fato tinha rolado.

Enfim, aproveitando a oportunidade de explorar o local, já que o homem parecia ainda mais compenetrado na pilha de trabalho que tinha do que antes, Hemumu inicia sua busca por algo. Não era uma procura fácil, no entanto. O lugar era notadamente repleto de objetos, e não lá muito organizado. Ademais, conforme foi andando pela sala, notou que o homem não só era um médico de muita qualidade, como um inventor decente também. Em poucas palavras, o tipo de homem que você queria ter perto de si para resolver problemas. Pelo visto, Fitzroy havia escolhido bem seu funcionário.

Posteriormente, depois de achar alguns livros e objetos completamente desinteressantes por aí, tentou seguir escadaria acima, após ir ao banheiro, mas seu caminho foi interrompido. Mais especificamente, por um par estranho de agulhas que se viam cravadas em seus pés. Elas haviam sido o suficiente para parar completamente o movimento da garota, e causar dormência no local atingido, além de um pequeno sangramento. Mas o pior de tudo era que roupa havia sido avariada. Contudo, o mais estranho era ela ter sido atingida sendo uma Logia.

- Você é bem sem educação ein. Me impressiona o fato dele ter contratado uma bárbara. - Disse, esfregando os olhos em um sinal que misturava cansaço e insatisfação. Hemumu parecia a MC Pikokinha nesse ponto do campeonato : decepcionava tudo e todos, pobre coitada. - Aliás, o que você veio fazer aqui ? Por qual motivo precisa desse lugar ? Nem mesmo se apresentou. Se é por necessidades médicas, saiba que eu basto para cuidar da saúde de George. - Concluiu a fala, irritado. Agora sem mais distrações, se olhasse para o chão, Shekira poderia notar um fio de papel se estendendo de uma parede a outra, quase como uma armadilha. O que aconteceria se ela disparasse aquilo ainda era um mistério, mas tomaria uma atitude tão imprudente quanto tentar descobrir do que se tratava ?

Aliás, se o interesse surgisse, outra mesa com equipamentos médicos, ervas e itens também estava disposta no salão dali. Além disso, como o local era uma torre, os únicos cômodos do primeiro andar eram o banheiro e a sala de entrada onde eles estavam, sendo os outros acessíveis apenas pela escada.
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