Xilindró neles
Obrigado por ignorar todos os meus argumentos e simplesmente reafirmar o que você tinha dito antes. É assim que fazemos progresso.
De qualquer forma, tô sem tempo agora, te respondo melhor depois.
Não...?
O Arthur não fez nada. Uma mulher tem o direito de se sentir ofendida porque o Arthur disse que as refugiadas eram deusas e que ele gostaria que elas cagassem na boca dele?
Mas, novamente, você está invertendo os papeis. Releia o tópico e reveja quem começou com esse modelo argumentativo. Não foi você e sua turma que ficaram argumentando que os negros teriam o direito de ficar ofendidos por uma bandeira de independência apenas porque ela foi usada por outros movimentos?
que a sua turminha adora usar bandeiras de um homem que finalizou a vida de centenas de pessoas, incluindo mulheres e homossexuais.
Esse joguinho que você está fazendo apenas é uma tentativa de fugir do fato de que foi você quem começou com essa lógica.
Nunca defendi nenhum escravista e tampouco assediador. O Mamaefalei não assediou mulher nenhuma e Locke ativamente criticava a escravidão.
Quem defende genocidas são vocês, não eu.
Todos são países que passaram pela prova do tempo. Estados Unidos hoje é o país com a maior quantidade de ativistas de direitos LGBT, negros e feministas. A Inglaterra recentemente fez um comentário repudiando a homofobia. O genocídio é característico do socialismo, não do capitalismo.
Essa é a diferença entre a sua ideologia porca e uma ideologia legítima.
Eu não vou ser namorada do Mamaefalei, não me interessa se ele demonstrou algum desvio moral com refugiadas, o que me convém é que ele concorda com as pautas que eu concordo e que ele fez um bom trabalho como deputado, barrando e não se valendo de privilégios políticos.
Nur Muhammad Taraki escreveu:@Rin
John Locke, Liberalismo e escravidão
O pai do liberalismo classico não defende a liberdade, muito menos a ideologia do mesmo. os documentos que fundaram o liberalismo são o Segundo Tratado sobre o Governo e Carta Sobre a Tolerância de John Locke, que estabelecem a defesa de um governo limitado, que respeite os direitos de propriedade privada e que tolere as diferenças religiosas. Locke viveu na Inglaterra (e passou cinco anos em exílio na Holanda) durante o século XVII, e sua obra é normalmente interpretada em termos das lutas entre o rei inglês e o parlamento, no período que compreende da Guerra Civil até a “Revolução Gloriosa” de 1688, em que a dinastia absolutista dos Stuart foi derrubada.
Locke esteve intimamente envolvido com assuntos estadunidenses. Como secretário do conde de Shaftesbury, então chanceler do tesouro, Locke ajudou na redação das Constituições Fundamentais da Carolina. Ele foi secretário do Conselho de Comércio e de Plantações (1673-74) e membro da Junta Comercial (1696-1700), com responsabilidade sobre as colônias americanas.
Existem partes nos tratados de Locke que o mesmo justifica explicitamente a escravidão (como aplicada a prisioneiros tomados na guerra)e onde ele nega que sua teoria de direitos de propriedade se aplicaria a sociedades de caçadores-coletores, como as dos nativos americanos.
Porém, ainda mais interessante é a questão de como a terra poderia ser apropriada. A ideia central de Locke é que a propriedade da terra é adquirida por meio do trabalho, especificamente do trabalho agrícola. No contexto inglês, onde Locke está defendendo direitos de propriedade há muito estabelecidos, isso não é um grande problema.
Entretanto, quando usada como justificativa para expropriar os nativos americanos, baseado na noção (factualmente incorreta) de que eles seriam meros caçadores-coletores, a idéia de adquirir terras por meio do trabalho agrícola levanta um problema. Locke não era um trabalhador agrícola, nem seus leitores. Como cavalheiros como Locke poderiam adquirir propriedades senão fosse por meio do trabalho?
A solução de Locke, apoiada na relação entre senhor e servo é simples. Os trabalhadores são servos; na verdade, na análise de Locke eles representam um gado humano. Portanto, por extensão, qualquer propriedade que eles venham a adquirir pertence aos seus senhores:
"Vemos isso nas áreas comuns, que permanecem assim por pacto, como é a tomada de qualquer parte daquilo que é comum e a sua remoção do estado em que a natureza a deixa, o que dá início à propriedade; sem o qual a área comum é inútil. A tomada desta ou daquela parte, não depende do consentimento expresso de todos os plebeus que tinham direito a ela. Assim, a grama que meu cavalo mordeu; a pastagem que meu servo cortou; e o minério que cavei em qualquer lugar, onde tenho direito a eles em comum"
Ou seja, a teoria do trabalho lockeana serve apenas para o proprietário. Não significa que o trabalho produzido pelo próprio trabalhador, pelo camponês, pelo nascente operário da manufatura, não serve para ele. Aquilo que o trabalhador produz não pertence a ele, pertence a seu patrão
Locke também participou da redação da norma constitucional do estado da Carolina em 1669. Vamos ver um trecho: “Todo homem livre da Carolina deve ter absoluto poder e autoridade sobre os seus escravos negros seja qual for sua opinião e religião” (Losurdo, 2015: 15/16). Locke é racista. Em resumo, John Locke: homem, branco, europeu, proprietário, capitalista, cristão-protestante e acionista da Royal African Company e Bahamas adventures foi empreendedor da escravidão.
No que diz respeito ao mal-entendido, a declaração freqüentemente citada de Locke de que a “ESCRAVIDÃO é um estado tão vil e miserável para o homem, e tão diretamente oposta ao temperamento generoso e a coragem de nossa nação; que dificilmente se poderia conceber que um inglês, muito menos um cavalheiro, devesse advogar por ela” soa como uma declaração de condenação absoluta. Na verdade, no entanto, ela pode ser mais apropriadamente compreendida como uma versão inicial do chauvinismo expresso no sentimento de que “os britânicos nunca, nunca, nunca serão escravos.”
A intenção de Locke nessa passagem era demolir a ideia de Sir Robert Filmer de que ingleses (incluindo ingleses americanos) poderiam concordar voluntariamente em se submeter a um governo com as reivindicações absolutistas dos Stuarts – era a essa submissão que o termo “escravidão” se referia. Ao mesmo tempo, ele permitia a escravidão mobiliária absoluta, com poder de vida e morte, no caso de “prisioneiros tomados em uma guerra justa”. Em seu trabalho sobre a Constituição das Carolinas, Locke estendia o mesmo poder absoluto aos proprietários de escravos afro-americanos.
Ele sugeriu a criação daquilo que ele chamou de “leetmen” – uma classe hereditária de trabalhadores sem terra, vinculados a áreas específicas e cujos destinos seria trabalhar para os proprietários aristocráticos. Na realidade Locke não precisava de uma palavra nova para essa instituição: a figura fundadora do liberalismo clássico estava propondo literalmente ao invés de metaforicamente, um caminho para a servidão.
Há aí uma contradição óbvia. Embora os africanos fossem frequentemente escravizados como resultado de guerras, não havia razão para se supor que essas guerras fossem justas e obviamente seria impossível estender essa justificativa para os seus filhos.
Não há, portanto, nenhuma inconsistência entre a posição teórica de Locke e sua prática política nos Estados Unidos. Sua tentativa de criar uma teoria da propriedade baseada na aquisição original, ao mesmo tempo em que defendia os sistemas de propriedade existentes na realidade, levava inevitavelmente à expropriação, à escravidão e à servidão.
E sobre a constituição da Carolina, locke não a elaborou, mas pariticpo, foram justamente os seus fundamentos filosóficos que foram colocados em prática na mesma, como o próprio governo americano nos permite ler ela por completo, tá aí o final da mesma.
"1 registros coloniais da Carolina do Norte 187-205. Locke's Works [Oitava Edição] X. 175."
"2 Essa forma de governo foi formulada por John Locke, autor do Ensaio sobre o Entendimento Humano, e corrigida pelo Conde de Shaftesbury, anteriormente conhecido como Anthony Ashley Cooper. Foi apenas parcialmente colocado em funcionamento, tendo sido revogado pelos senhores proprietários em abril de 1693. "
"3 Este artigo não foi elaborado pelo Sr. Locke, mas inserido por alguns dos chefes dos proprietários, contra seu julgamento; como o próprio Sr. Locke informou a um de seus amigos, a quem apresentou uma cópia dessas constituições"
Washington, DC: Escritório de Imprensa do Governo, 1909
Locke era um defensor da Monarquia parlamentarista, um defensor e financiador da escravidão de todos os modos, defensor da expropriação de terras dos indígenas americanos, um racista, elitista, que não se preocupa nem um pouco com os trabalhadores, apenas com a aristocracia.
Como todo liberal/libertário daquele tempo (Gadsden) defendia a liberdade divina de se ter a propriedade privada dos meios de produção, a liberdade dos negros, escravizados, indígenas, etc não importa. Tudo o que importava era a liberdade da coroa britânica. tendo em vista que ele defende a pena de morte para quem atentar contra a propriedade, a propriedade para os liberais está acima da vida humana, da liberdade, do direito de existir e de manutenção da vida.
Não vou nem dizer o que eu quero para quem defende o mesmo e a formulação do mesmo do liberalismo classico.