Horário e localizações desconhecidas
Soliloquy escreveu:Tempo, para nascer e amadurecer, para se viver e morrer.
Vida, para gravar seu nome na história e na alma de pessoas queridas.
Derrotas frívolas que te assombrarão para sempre e vitórias incríveis que durarão apenas um momento, memórias.
Apenas uma gota d'água é necessária, mas me sentindo incompleto eu continuo buscando o mundo, ambições.
Indiferente ao tempo e a vida, esquecido por si e para si mesmo, sem ambições genuínas.
Um ultimato destinado a acontecer, inescapável, inevitável.
Inadmissível, continuo questionando minha sanidade.
Sem nada nem ninguém, para nada nem ninguém.
Seguirei minha jornada com aquela única frase em minha mente;
"Life is too long to end at a grave."
- Diário de ???, última e única página intacta.
Próximo a extremidade norte da ilha, um submarino emergia em meio a uma vastidão enevoada. Não era possível ver terra firme ou o mar à distância, o navegador apenas podia confiar no seu Log Pose e nos seus instintos naturais. A embarcação não era tecnologicamente avançada como as que um dia pilotara e não carregava nada de valor além da vida dos que ali jaziam: Spades. Leonard von Reinhardt, o responsável pela operação, tinha apenas uma simples tarefa: estacionar o submarino em uma base secreta da organização o mais rápido possível e investigar a dica que Garret havia lhe dado.
Pouco mais de um mês havia se passado desde a batalha pelo destino do mundo em Pthumerias e todas as organizações do mundo agora se viam em uma posição de reflexão. Era claro que a civilização antiga possuía acesso a um poder inimaginável e pouco se sabia a respeito disso. De onde veio essa tecnologia? Como combatê-la? Ou melhor, como controlá-la? O rei da ilha havia falhado miseravelmente em sua tentativa e o mundo quase pagou o preço pela sua ingenuidade. Aquela missão, a princípio era apenas uma busca por mais conhecimento. Poneglyphs, ruínas antigas, qualquer coisa que pudesse dar pistas importantes sobre as armas ancestrais, sua origem e modus operandis.
Acompanhando o às de ouros estavam Kamui e Kobayashi, o estudante problemático que ainda só não tinha sido executado por causa de suas contribuições prévias e valor (caso você soubesse usá-lo). Ainda de castigo, foi sugerido por Nine que ele tivesse pouca ou nenhuma liberdade na hora de agir, sendo cabíveis punições maiores em caso de outra infração grave. Como um aluno exemplar, Kobayashi tinha apenas o direito a assistir e participar daquela "aula".
Kamui por outro lado era um membro da nova geração, baixa patente porém promissor. Depois de sua valiosa contribuição em Pthumerias, recomendado pelos 3 ases com os quais tinha trabalhado, podia-se dizer que havia uma certa pressão sobre o rapaz. O desempenho dele diante do brilhante Às de ouros certamente lhe renderia mais promoções e recompensas, mas o fracasso talvez significasse voltar ao ponto de partida, preso a uma companheira que não tinha quaisquer interesses ou motivações.
Graças as palavras tradicionalmente vagas de alguém que confiava em sorte e intuição acima de tudo, nenhum dos presentes sabia exatamente o que deviam procurar na ilha, sequer sabiam qual era a ilha em questão. O Ace of Spades simplesmente deu as coordenadas e os instruíram a procurar por algo "grande e brilhante". Ali, encontrariam o "tesouro" que procuravam. Tratava-se de algo claramente importante e de grande valor para a Spades e demais organizações, mas Garret pelo menos havia sido gentil o suficiente para acalmá-los de que não acreditava que houvesse outra arma ancestral escondida ali.
Finalmente, depois de vários dias em alto mar, o submarino colidiu gentilmente com a areia, indicando que haviam chegado ao destino. Estavam numa praia deserta, cercados por uma densa névoa que parecia se estender por centenas de quilômetros longe da ilha. Mesmo que saíssem para checar mais de perto, veriam que o lugar não possuía qualquer sinal de atividade humana recente. Pegadas, lixo, nada. Contudo, alguns metros adiante de onde o navio estava começaria a surgir grandes árvores que começavam a compor uma floresta.
Pelas instruções de Garret, Leonard poderia subentender uma coisa: aquela não era uma ilha governada por Spades. A base que procurava era ultra secreta, mas aparentemente os membros que tomavam conta dela já haviam sido informados previamente sobre sua visita. Se pudesse encontrar uma cidade, o contato viria até eles. Contudo, deixar o submarino para trás indicava riscos, e seriam os membros da sua tripulação capazes de guardar o forte até que ele fizesse contato? Esperar que algum humano simplesmente aparecesse na frente deles também parecia uma estratégia arriscada, pois não tinha como prever se mais alguém estaria atrás do tesouro que buscava e qualquer tempo desperdiçado poderia ser fatal para a missão.
Ao que o Às de ouros abrisse a escotilha para sair do submarino, notaria imediatamente uma reação anormal nos sistemas de sua armadura. Por se tratar de algo novo, a neural net de Dawn precisaria de algum tempo para analisar o problema. Talvez houvessem outras coisas que pudessem ajudar no processo?
No outro lado da ilha, sem ambições genuinamente grandiosas como as anteriores, Koichi chegava à ilha com sua embarcação colossal. Era impossível trazer um navio tão grande sem ser percebido, mas não haviam pessoas por perto para notá-lo naquele momento. Graças às habilidades de navegação de um dos seus subordinados, Noah somada a qualidade do Sympony of Anguish a viagem ocorrera sem muitos problemas. Entretanto, eles não possuíam um Log Pose e contavam apenas com a intuição do tritão para encontrar terra firme.
Depois de vários dias em alto mar, o estoque de provisões do navio estava chegando ao fim. Não era fácil manter uma criança em desenvolvimento e um bando de tritões famintos, mesmo os que apreciavam peixe acabariam ficando de saco cheio eventualmente.
Por mais que o navegador sentisse perigo vindo daquela direção e a névoa fúnebre deixasse isso ainda mais óbvio, era também nessa mesma direção que Noah acreditava se encontrar a ilha mais próxima para abastecerem. Destemidos, a tripulação boladona do mal composta majoritariamente por tritões concordou em seguir adiante, e em questão de algumas horas a embarcação colidiu com terra firme.
Os piratas agora se encontravam numa ilha desconhecida, coberta por uma densa névoa que não dava indícios de ceder a qualquer momento. Ancorados em uma praia deserta, sem qualquer indício de vida por perto, apenas sinais de vegetação poderiam ser encontrados a distância. Os únicos sons que podiam ouvir eram o do mar e o ronco dos estômagos da tripulação a bordo. Sem mantra ou algum aparato tecnológico para auxilia-los, Koichi e seus subordinados teriam que confiar em seus sentidos e esperteza para encontrarem comida ou alguma civilização.
Tal como os Spades, uma decisão precisaria ser tomada à respeito da embarcação se não quisessem problemas. Além do possível perigo de bandidos, o nome "Mad Kid" já era conhecido mundialmente e havia boa uma recompensa pela cabeça do garoto e qualquer um que tentasse defendê-lo. No momento era impossível para o garoto e sua tripulação saberem se aquela ilha sediava bases da marinha ou não.
Olhos brilhantes destacavam-se em meio a névoa espessa que cobria a ilha. Era difícil se guiar naquele cenário, mas a visão treinada de A49 já começava a se adaptar ao ambiente. Havia sido despachada para uma missão sigilosa naquela região, e para que não chamasse atenção desnecessária tivera que pegar carona em um navio mercante. Após pagar o homem responsável pela embarcação e se despedir brevemente, a garota desembarcaria no que parecia ser um porto normal.
Focos de luzes espalhados sistematicamente pelas ruelas indicavam a presença de postes que não eram fortes o suficiente para trazer clareza ao breu. Não haviam casas ou lojas visíveis a um primeiro momento, destacando-se apenas algumas barracas que vendiam frutos do mar e artigos de pesca, mas estas não pareciam estar fazendo muito sucesso naquele momento. Era possível notar poucas pessoas transitando pelo porto, e algumas mais agitadas para saírem logo dali, trajando mantos com capuz e mascaras de pano, enquanto outras lembravam mais trabalhadores comuns que não pareciam preocupados ou agitados com nada em particular.
Talvez houvessem piratas ou contrabandistas no meio, era impossível negar aquela possibilidade dada a facilidade que eles tinham para se ocultarem naquele ambiente. Entretanto, A49 já tinha recebido ordens claras. Mesmo que houvessem peixes pequenos escondidos na ilha, sua missão aparentemente tinha certa urgência e não podia ser ignorada sem grandes consequências. Era o dever da marinha lidar com aquele tipo de escória. Sua primeira tarefa era encontrar um restaurante luxuoso situado na capital, conhecido popularmente como Fractal. Segundo as informações que tinha recebido previamente, tratava-se de um local comumente frequentado por marinheiros e pessoas ricas, mas que aparentemente servia de fachada para uma base de operações da Cipher Pool. Tinha recebido fundos especiais para comprar roupas a rigor e não atrair olhares curiosos quando visitasse o local, algo que deveria providenciar antes de ir até seu destino.
Seria bom se pudesse resolver tudo logo, antes que o fedor de peixe ficasse impregnado em suas roupas e tivesse que arrumar mais uma coisa para sua lista de tarefas. No momento, tudo o que precisava era não chamar a atenção e conseguir indicações para alcançar seus objetivos.
Depois de sua jornada em Vaehaven, Musa tinha olhos somente para uma coisa: o assassinato de Kinne-hime. Entretanto, mesmo objetivos tão simples traziam consequências, e agora a sirena corria delas. Ignorar as ordens do alto escalão liberator era um pecado que apenas pessoas loucas ou muito confiantes cometiam, mas ela não se arrependia de seus atos. A organização não tinha interesse nos assuntos privados de seus membros, tal como a revolucionária não possuía real interesse na causa distorcida do colégio episcopal.
Já estava no mar há alguns dias, originalmente fazendo parte da tripulação de um navio mercante que havia lhe acolhido ao deixar Vaehaven. Contudo, a negociação foi feita às pressas e a destinação acabou sendo omitida por causa disso. O capitão aparentemente tinha assuntos a tratar no Novo Mundo antes de retornar aos Blues, e isso só ficou claro depois de algum tempo de viagem. Passar por Sirenharbor sem chamar a atenção dos revolucionários presentes provou-se impossível e a sereia mais uma vez se via obrigada a improvisar uma fuga, agora nadando.
Sem as habilidades necessárias para se guiar e com o perigo de encontrar Reis dos Mares, a Sirena apressou-se o máximo que pôde para encontrar terra firme. Estando a esmo, tudo o que ela encontrou após longas horas de nado foi um cenário suspeito envolto por névoa. Aquela altura já estaria começando a sentir fome e um leve cansaço pelo tempo que ficou nadando com sua segunda pele. Portanto, por menor que fosse a chance de encontrar algo ali, Musa abraçou a oportunidade e adentrou a névoa na esperança de encontrar algo ou alguém.
Após alguns minutos de procura, seus esforços foram recompensados com os primeiros indícios de terra firme. A névoa espessa impedia uma análise apurada da ilha, mas ela teria que servir por hora.
O local onde havia parado não lhe trataria conforto no entanto. Imediatamente poderia notar um odor incômodo vindo de todas as direções. Não tinha estabelecido contato visual ainda, mas aquele cheiro era inconfundível: cadáveres em decomposição. Mesmo que não procurasse pelos corpos no meio da névoa, poderia deduzir que não se tratava de apenas um ou dois mortos, e pela intensidade do odor eles já deviam estar ali há alguns dias pelo menos.
Aparentemente não havia nenhum animal ou pessoa por perto no momento. As únicas coisas que a Sirena conseguia ouvir eram o bater de asas de várias moscas incômodas e as ondas colidindo violentamente com a areia da praia. Alguns metros adiante poderia encontrar o início do que parecia ser uma floresta com claros sinais antigos de batalha: vegetação queimada e árvores quebradas.
Deitada em um beliche enquanto lia mais um capítulo dos incríveis contos do Chupa-Cu jazia Kamille IV. Depois de fazer uma rápida faxina na embarcação de sua "esposa", a garota agora relaxava enquanto Michaela era obrigada a ficar no leme controlando o navio. Nenhuma das duas faziam ideia de para onde estavam indo. Ainda sim, não estavam navegando a esmo. A dupla havia recebido um Log Pose que apontava para a ilha onde teriam sua próxima missão e um transmissor conectado com o QG, o qual deveria ser usado para contar um superior quando chegassem ao local de destino.
Estavam no meio do nada já há alguns dias, mas não havia motivo para preocupação. Como Kamille era uma mulher recatada e do lar, preparada para esse tipo de situação, o La Brasserie havia sido carregado com um grande estoque de comida e utensílios úteis para a viagem. Se quisessem era possível até mesmo fazer uma lua de mel com o tanto de estoque que possuíam, mas isso provavelmente não agradaria o Colégio Episcopal que valorizava mais os resultados da missão do que o relacionamento das duas jovens.
A missão em particular parecia possuir certa importância. Não saberiam dizer ao certo o que levou duas vicárias a serem despachadas para algo desse nível, mas aparentemente a organização como um todo parecia estar bem ocupada nos últimos tempos. Relatos de desertores precisando ser caçados e os cardeais focados em missões particulares estavam entre as principais razões. De qualquer forma, aquela era uma rara oportunidade para todos os que almejavam superar a cardeal da diligência.
- Kamille? - Diria Michaela, acompanhada pelo som de algumas batidas na porta da cabine. - Nós... O návio... Hmm... Acho... melhor você vir aqui dar uma olhada.
Talvez por não saber direito o que dizer em meio a tantos pensamentos conflitantes, a voz de sua companheira soava meio confusa. Naquele momento, a Kamille poderia notar também que o navio não estava mais saindo do lugar. No entanto, a escotilha que servia como janela do seu quarto, por algum motivo, não exibia nenhum cenário lá fora. Estava tudo cinzento, mesmo após ter feito a faxina algumas horas atrás.
/off
- A visibilidade é mínima, eu apenas mencionei o que era possível descobrir logo de cara com uma rápida checagem dos arredores. Por estes e outros motivos, o primeiro turno é RP livre para investigarem e interagirem como julgarem melhor. Em casos que eu julgar necessário posso fazer uma "mini mestragem express" para relatar informações adicionais. Os que pretendem aproveitar disso, aconselho a postagem rápida, pois depois do prazo eu darei continuidade com turnos normais.
- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] de início eu pretendo utilizar apenas o Noah e o Kraven da sua tripulação, talvez no máximo mais um tritão para o futuro da ilha. Nesse primeiro turno você pode interagir com a trip inteira como julgar melhor.
- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] ainda não tem ficha aprovada e deverá postá-la antes de iniciar o rp aqui. Se chegar o caso de você perder o prazo dos 3 primeiros turnos iniciais em sequência eu só lhe retirarei da campanha pra o evitar trabalho de ter que ajustar a timeline.
- Este será o único aviso a respeito que eu darei aqui: drops não serão dados de graça. O jogador deverá encontrá-los e obtê-los por vontade própria in-rp. Não haverão coincidências do tipo "ops, esbarrei no item rank s perfeito para mim, tehe" . Explorem as possibilidades e eles virão naturalmente. Vale deixar claro também que alguns itens específicos serão impossíveis de obter e/ou limitados apenas a esta aventura, mas eu mencionarei em off quando for o caso.
Essa deve ser uma aventura difícil, mas com fé em deus e nas crianças da favela ninguém vai tomar hitkill por random bullshit. Quaisquer dúvidas é só entrar em contato, prazo de 72 horas verídicas para este turno. Os próximos turnos terão prazo de 48 horas como foi discutido anteriormente pelo discord. Fé
Última edição por Father em Sex 24 Mar 2023, 12:15, editado 2 vez(es)