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Bem, de fato, a pessoa que estava no comando dos Uzunaki deveria ser alguém para se tomar cuidado, considerando que até seus inferiores conseguiam usar o chakra especial para revestimento. Porém, o clã Nara era muito superior a tudo que eu vi, então tenho lá minhas dúvidas se aqueles homens sabiam de fato de quem eu estava falando.
A partir de agora, eu teria que andar mais preparada para ataques surpresas, talvez planejar algumas armadilhas também. Queria poder ter mais domínio sobre o genjutsu, arte ninja envolvendo técnicas de ilusão, mas meu treino ninja não estava completo, e esse conteúdo acabou ficando de fora. 「 Vou me virar com o que eu tenho, o que tiver que ser, será. 」 Não havia mais o que ser feito, já estava envolvida naquilo e um embate com o líder do outro clã seria realizado eventualmente. Restava fazer a mesma coisa que já venho fazendo para continuar seguindo em frente: parar de me desgastar com um passado que eu não posso mudar, independente das escolhas que eu fizesse.
Entrar naquele restaurante característico foi como comer um bolinho de satisfação e nostalgia, fazendo com que meu humor melhorasse em níveis alarmantes. Ele era bem parecido com o restaurante simples da minha infância, acho que até mais arrumado. As mulheres acabadinhas lá dentro, mesmo a mais machucada, pouco puderam fazer para impedir a sensação boa que me invadia agora. Com o trato fechado, teria comida e informações em alguns instantes.
– P-pergaminho secreto selado? – O nível de qualidade do acordo subiu absurdamente após essas palavras, agora elas teriam a atenção médica da maior qualidade que eu pudesse oferecer. Que pergaminho seria esse? A confusão toda só poderia ser obra de Nin-nin-sama ou da própria Nine-sensei. O que importa é que devo ter agido certo em algum momento pra ganhar esse presente. – Vou higienizar os braços para começar o tratamento. Enquanto isso, junte duas ou três mesas e coloque ela em cima.
Fui direto ao banheiro, lembrando do cheiro podre que tomava conta dos dedos agora. Aproveitei pra passar tudo que tinha direito – sabonetes, perfumes, água sanitária, detergente, vinagre, azeite, sal, até mesmo um arame farpado se fosse necessário – na tentativa de apagar completamente aquele cheiro da estrutura dos meus dedos ninjas, treinados para lançar shurikens e realizar selos tão complexos. Após isso, faria a higienização de ambos os braços, como era de costume médicos realizarem antes de procedimentos. Peguei o kit de primeiros socorros que encontrei por ali, para não precisar usar o meu, e voltei até onde a desacordada estava.
A prioridade era Mikuichi, a mais traumatizada. O trabalho teria início na limpeza e fechamento do ferimento, checagem da sua temperatura e avaliação dos olhos, procurando alguma reação da pupila. Após isso, analisaria a quantidade de sangue perdido para identificar a real necessidade de uma transfusão, convidando a irmã que tivesse menos machucada para fazer isso. Usaria alguns medicamentos para dor e antibióticos para evitar infecções, além de umas técnicas de acupuntura para reduzir o nível de inflamação na região. Quando a situação estivesse menos pior, sairia do meu estado de super concentração para focar no tratamento das outras mulheres e conversar.
– Bem, se alguém quiser me explicar quem são esses nukenins e a situação atual da vila, agradeço bastante. Aaa… E sobre o pergaminho secreto também! – Meus olhos brilhavam ao lembrar do pergaminho secreto. Finalmente meu treino renderia alguns frutos.
Os bisturis de mercúrio que eu criei anteriormente deveriam estar se desfazendo no chão nesse momento – concentrada na minha paciente, nem lembrava que eles ainda existiam. Deixaria eles por lá, ao menos por enquanto, e na saída faria de tudo pra lembrar de absorver a substância para não avacalhar o ambiente. O desafio seria esse: lembrar.
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