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[Loser's Town] Ninjas também... Hã... Esquecem...?

3 participantes

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Bem, de fato, a pessoa que estava no comando dos Uzunaki deveria ser alguém para se tomar cuidado, considerando que até seus inferiores conseguiam usar o chakra especial para revestimento. Porém, o clã Nara era muito superior a tudo que eu vi, então tenho lá minhas dúvidas se aqueles homens sabiam de fato de quem eu estava falando.

A partir de agora, eu teria que andar mais preparada para ataques surpresas, talvez planejar algumas armadilhas também. Queria poder ter mais domínio sobre o genjutsu, arte ninja envolvendo técnicas de ilusão, mas meu treino ninja não estava completo, e esse conteúdo acabou ficando de fora. 「  Vou me virar com o que eu tenho, o que tiver que ser, será. 」 Não havia mais o que ser feito, já estava envolvida naquilo e um embate com o líder do outro clã seria realizado eventualmente. Restava fazer a mesma coisa que já venho fazendo para continuar seguindo em frente: parar de me desgastar com um passado que eu não posso mudar, independente das escolhas que eu fizesse.

Entrar naquele restaurante característico foi como comer um bolinho de satisfação e nostalgia, fazendo com que meu humor melhorasse em níveis alarmantes. Ele era bem parecido com o restaurante simples da minha infância, acho que até mais arrumado. As mulheres acabadinhas lá dentro, mesmo a mais machucada, pouco puderam fazer para impedir a sensação boa que me invadia agora. Com o trato fechado, teria comida e informações em alguns instantes.

– P-pergaminho secreto selado? – O nível de qualidade do acordo subiu absurdamente após essas palavras, agora elas teriam a atenção médica da maior qualidade que eu pudesse oferecer. Que pergaminho seria esse? A confusão toda só poderia ser obra de Nin-nin-sama ou da própria Nine-sensei. O que importa é que devo ter agido certo em algum momento pra ganhar esse presente. – Vou higienizar os braços para começar o tratamento. Enquanto isso, junte duas ou três mesas e coloque ela em cima.

Fui direto ao banheiro, lembrando do cheiro podre que tomava conta dos dedos agora. Aproveitei pra passar tudo que tinha direito – sabonetes, perfumes, água sanitária, detergente, vinagre, azeite, sal, até mesmo um arame farpado se fosse necessário – na tentativa de apagar completamente aquele cheiro da estrutura dos meus dedos ninjas, treinados para lançar shurikens e realizar selos tão complexos. Após isso, faria a higienização de ambos os braços, como era de costume médicos realizarem antes de procedimentos. Peguei o kit de primeiros socorros que encontrei por ali, para não precisar usar o meu, e voltei até onde a desacordada estava.

A prioridade era Mikuichi, a mais traumatizada. O trabalho teria início na limpeza e fechamento do ferimento, checagem da sua temperatura e avaliação dos olhos, procurando alguma reação da pupila. Após isso, analisaria a quantidade de sangue perdido para identificar a real necessidade de uma transfusão, convidando a irmã que tivesse menos machucada para fazer isso. Usaria alguns medicamentos para dor e antibióticos para evitar infecções, além de umas técnicas de acupuntura para reduzir o nível de inflamação na região. Quando a situação estivesse menos pior, sairia do meu estado de super concentração para focar no tratamento das outras mulheres e conversar.

– Bem, se alguém quiser me explicar quem são esses nukenins e a situação atual da vila, agradeço bastante. Aaa… E sobre o pergaminho secreto também! – Meus olhos brilhavam ao lembrar do pergaminho secreto. Finalmente meu treino renderia alguns frutos.

Os bisturis de mercúrio que eu criei anteriormente deveriam estar se desfazendo no chão nesse momento – concentrada na minha paciente, nem lembrava que eles ainda existiam. Deixaria eles por lá, ao menos por enquanto, e na saída faria de tudo pra lembrar de absorver a substância para não avacalhar o ambiente. O desafio seria esse: lembrar.





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Primeira Noite
☁︎ ☾ - 24º
Turnos até o amanhecer: 23
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Após todos os positivos do trato rápido que fizera com a mulher de rosa, a motivação de Yoshizawa Hemumu para salvar Mikuichi havia se tornado tão alta quanto a boa sensação que ela sentiu ao entrar no clima do restaurante de lámen. Após se higienizar, o tratamento da mulher ferida se iniciou. Ao limpar toda a extensão do corte a ninja pode notar que não haviam sinais de infecção, tanto externas quanto de uma possível ferrugem da lâmina que a cortou. Sendo assim, realizar o fechamento da ferida fora a sua prioridade, dando procedimento a transfusão de sangue que era necessária.

Como o mestre nunca assistiu animes de médico e muito menos séries, ele não saberá explicar detalhadamente essa parte, então ela ficará para a médica em questão no seu próximo turno. No fim deu tudo certo, Mikuichi respirava com uma expressão mais aliviada, assim como as suas duas outras irmãs. Ao ver que o procedimento estava concluído e que era a sua parte de cumprir com o trato, a mulher de rosa fizera uma reverência a Hemumu, abrindo um sorriso calmo no rosto.

- É um prazer conhecê-la, Yoshizawa Hemumu. Eu me chamo Riuga Juubi e sou a proprietária desse humilde restaurante de lámen. Essas três são as minhas afilhadas e ajudantes: Mikuichi, a que você operou. Mikuni, a chorona. Mikusan, a séria. Mais uma vez, obrigada por salvar a vida da Mikuichi. - E novamente ela fez uma pequena reverência, erguendo-se logo em seguida desviando seu olhar para as meninas acordadas. Como se já tivessem entendido, as duas foram rapidamente para a cozinha e começaram a trabalhar, conversando entre si onde ingrediente X e Y estava. Não demorou muito para que um cheiro agradável de lámen começasse a tomar conta do ar.

- O melhor da casa, Okami-san? - Mikusan indagou com uma expressão séria, ouvindo a sua irmã mais velha derrubar algo atrás dela logo em seguida. O sorriso que Juubi lhe dera como resposta fora o suficiente para ela assentir e retornar a cozinhar.

- A situação atual da vila… Não sei o quão detalhado você gosta das coisas, então te direi apenas o básico e, caso tenha alguma dúvida, não hesite em perguntar. Atualmente a Spades que a senhorita mencionou ao se apresentar lá fora não interfere em nada no que tá acontecendo aqui. Dois meses atrás, o Clã Uzunaki invadiu o território dos Riugas com um exército ninja extremamente forte. Quer dizer, “extremamente forte” não é o certo… Nós do Clã Riuga que simplesmente somos mais fracos que eles… - Ela suspirou com certo pesar, continuando a explicação com os olhos baixos, escondendo sua vergonha. - Como é simplesmente uma diferença de poder, os outros Clãs não se metem. É literalmente um clã mais forte subjugando outro, e enquanto um Clã mais forte não for prejudicado, eles não farão nada. É como se fosse uma guerra entre os Riugas que ainda não desistiram do território e dos Uzunakis que estão invadindo, devido a isso, creio que chamá-los de nukenin seja errado, senhorita Yoshizawa.

A conversa fora momentaneamente interrompida com a chegada de Mikusan carregando uma bandeja com uma porção grande de lámen. Um caldo grosso acompanhado de várias fatias de barriga de porco, um ovo partido ao meio, cebolinhas, kombu, duas rodelas de naruto e, claro, o grosso macarrão por baixo era o que inicialmente constituía aquele prato para Hemumu. Apenas o cheiro do prato já era o suficiente para fazer a barriga de qualquer um roncar, o gosto então… Ao perceber o prato, Juubi voltou a sorrir, orgulhosa.

Spoiler :

- Esse é o nosso carro chefe, senhorita. O famoso Ichita Lámen, também conhecido como o lámen preferido de um dos Hokages mais fortes que o mundo ninja conheceu. Espero que goste. - Após deixar o prato sobre a mesa onde Hemumu estava, Mikusan entregou todos os utensílios usados para comer lámen e também um copão de água com gelo, além de mais alguns molhos aleatórios que a ninja poderia escolher caso quisesse dar mais sabor a sua comida. Fazendo uma reverência ela se retirou, retornando para de trás do balcão.

- Enquanto a senhorita degusta nosso melhor lámen, permita-me continuar. O Pergaminho Secreto do Clã Riuga é basicamente o motivo principal dos Uzunakis estarem nos atacando. Nele está selado um ninjutsu secreto capaz de tornar qualquer ninja que aprendê-lo cem vezes mais forte do que é. Infelizmente, apesar de ser uma Riuga, eu não sei qual é o jutsu… Apenas o líder de cada geração sabe. Para o resto da família, apenas é passado o quão importante é mantê-lo seguro. O que aqueles Uzunakis de mais cedo vieram fazer aqui fora procurar por informações de onde o Pergaminho Secreto possa estar atualmente. Apesar da nossa vila não ser uma cidade inteira como é o porto de Loser’s Town, ela é bem grande, então tivemos sucesso em mantê-lo seguro. Porém os Uzunakis são mais fortes e estão em maior número… É só uma questão de tempo até o encontrarem. E quando isso acontecer… Só quando o pior acontecer é que a Spades irá ficar sabendo, mas aí já será tarde demais… - E com um certo desgosto em sua voz, ela novamente parou.

O silêncio que se instaurou após essa breve explicação de Juubi fora fatal. Mikuni que até então não tinha mais chorado, retornou a chorar baixinho, abraçada ao braço esquerdo da sua irmã mais nova. Ambas agora estavam de frente para Mikuichi, observando a mesma, que apenas dormia tranquilamente. Se perdendo em pensamentos internos a proprietária do restaurante se calou, mas facilmente seria tirada daquela situação caso algo lhe fosse perguntado novamente.

Com informações e um pratão de lámen na sua frente, cabia a Yoshizawa Hemumu tomar, novamente, suas decisões.

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Olhando pra situação do lugar, a quantidade de sangue que Mikuichi perdeu parecia preocupante. Após resolver a questão dos ferimentos, pude perceber o nível de palidez da sua pele e temperatura aumentada, o que significava que eu não poderia fugir de uma transfusão. Sem acesso a um banco de sangue e a qualquer tipo de equipamento mais indicado, recorri à moda antiga: tirar o sangue direto da fonte (que seriam os corpos das irmãs) e colocar na paciente. O problema é que isso levaria muito tempo – tempo que eu não tinha se quisesse perambular por aí.

– Você realmente parece ser compatível para a doação. E vai funcionar assim: você vai ficar sentadinha aqui durante umas 4 horas. Eu não vou poder ficar aqui até lá, mas é só tirar as agulhas e apertar o lugar com um algodão até parar de sangrar. Ela deve acordar em algumas horas. – após fazer alguns testes com o sangue, dei as instruções para uma das irmãs que eu já nem lembrava o nome. Eu, com minha nova vida de ninja focada em programas noturnos, estava concluindo meu expediente como médica. Se eu quisesse voltar a tratar a situação da vila, não poderia ficar ali por tanto tempo. Peguei todas as senbons que usei pra esterilizar e guardar no estojo, obviamente ainda ia precisa delas.

Não tendo mais o que fazer pela paciente, me sentei em outra mesa para esperar o pagamento: comida e informações, principalmente sobre o pergaminho selado secreto. Juubi me ofereceu os relatos sobre a situação do local, onde percebi que a Spades deveria estar bem ocupada para não conseguir dar conta de todo tipo de situação daquela ilha – ainda mais do que se tratava de uma tretinha entre clãs menores. Fora que Loser’s Town não era o único lugar que o Clã estava cuidando. 「Nine-sensei não deve estar envolvida, ou já teria resolvido a situação em um estalar de dedos.」

– ITADAKIMAAAASU! – no meio da conversa, após muito barulho na cozinha, fui agraciada com um belíssimo pratão de lámen. Eu pretendia agir como uma ninja comportada que dominava cada detalhe da arte do uso dos hashis, mas provando só algumas porções, me vi devorando o prato furiosamente. Continuei a conversa falando alguns “uhum” e balançando a cabeça para que Juubi soubesse que eu estava ouvindo.


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– Como uma ninja em treinamento da Spades, estou bem mais preocupada com os Uzunakis manchando a reputação do meu Clã. Além disso, atacar restaurantes é proibido de acordo com o Código de Conduta do Shinobi Honrado, Capítulo 2 Versículo 3…  Em lugares onde a comida é servida, não atacareis! – não tinha certeza se essa era a real localização da informação. Como eu não estava com o código em mãos, não teria como confirmar, mas o importante era lembrar da regra. – Os Uzunakis caíram em desonra e devem ser guiados para o caminho correto. Pra aprenderem bem, acho que o ideal é ter muito sofrimento envolvido. Li algo assim de um pergaminho cheio de sabedoria, então deve ser verdade.

O pergaminho secreto foi a parte que chamou minha atenção.「Um ninjutsu para fazer o ninja 100 vezes mais forte? To bem precisando disso!」 Porém, havia algo errado, eu conseguia sentir no bico do meu peito esquerdo, que agora começava a coçar. Durante meu tratamento, algumas situações específicas causavam uma coceira na extremidade de um membro que não existia mais. Não costumava durar muito nem doer, mas acabei vinculando a sensação a algum sinal divino, uma espécie de sexto sentido. Coceira no bico de um peito que havia ficado em Vintória (e feito parte da digestão de um certo alguém) só podia indicar que eu estava deixando algo passar. O que seria?

– Se o clã de vocês tem um Pergaminho Secreto para aumentar a força em 100 vezes, por que vocês continuam como o clã mais fraco? – pro meu tico e teco, aquilo não fazia o menor sentido. Será que esse ninjutsu estava com defeito? Ou talvez só fosse tão complexo de aprender que ninguém daquele clã pudesse executar? Tá aí uma coisa que a excepcional Yoshizawa Hemumu teria que descobrir, mesmo que não passasse de uma fake news ninja de mal gosto. Mas havia outra dúvida também. – Aa, lembrei de algo. Quem era aquela correndo mais cedo? Ela foi a primeira a sair daqui. O homem que eu derrotei parecia bem revoltado com ela. Ela vai ficar bem?

Aguardei a resposta da mulher, enquanto fazia a digestão, outra coisa sagrada que um ninja JAMAIS pode ignorar. Coisas horríveis acontecem com pessoas que ignoram os 15 minutos após qualquer refeição para voltar pros seus afazeres. Eu lembrava bem de um boato de uma criança que virou pelo avesso, e não queria passar por aquela experiência. Nem os mais jovens escapada da justiça de Nin-nin-sama. 「Nin-nin-sama é justo.」

– Vou precisar saber mais sobre o líder do seu clã pra ter acesso ao Pergaminho Secreto. O que você pode me dizer sobre ele? – após aquele último papo, eu estaria pronta para partir. – Obrigada pelas informações e pela comida, estava maravilhosa. Estamos todas com nossas dívidas quitadas. Agora preciso ir, fiquem bem!

Queria muito ir direto até o portador do ninjutsu selado, mas com os Uzunakis no meu encalço, não ia ser nada bom. O ideal era eu mesma me preparar para lidar com eles. Sairia porta afora e sentiria novamente uma coceira no bico do peito fantasma. 「É verdade, preciso absorver esse mercúrio todo.」 Lembrada de forma peculiar, eu absorveria a substância, daria uma olhada nos arredores e me concentraria pra sentir o emblema que eu entreguei para o líder do bando de ninjas delinquentes.





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Primeira Noite
☁ ☾ - 26º
Turnos até o amanhecer: 22
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Por mais que não estivesse em um hospital e tivesse todos os materiais necessários para realizar um tratamento médico adequado, Hemumu conseguiu se virar bem com o que tinha em mãos. Enquanto a irmã do meio, Mikuni, servia de bolsa de sangue viva para a sua irmã mais velha, Mikusan apenas observava ambas com a mesma expressão séria de antes - mas no fundo, realmente aliviada. Mikuichi não demonstrava mais correr nenhum tipo de risco de vida, então era tudo questão de algumas horas de descanso para ela retornar, assim como a médica receitou.

Conforme se alimentava sem se preocupar muito em manter aparências, a história daquela vila ninja ia sendo absorvida igual cada macarrão daquele lámen - em grande velocidade, mas sem desperdiçar nada. Cada vez mais acreditando que os Uzunakis deveriam ser punidos, o Pergaminho Secreto também não deixou de ser um item cobiçado por ela, apesar das dúvidas que tivera. Conforme ia perguntando, Juubi a ouvia atentamente, devolvendo os “uhums” que recebera anteriormente enquanto despejava informações sobre a garota.

Ao término das indagações, Juubi olhou novamente para Mikusan, fazendo um leve movimento com a cabeça em direção a cozinha. Aquele tipo de comunicação já estava claro ser algo do Clã Riuga, mas os motivos só seriam explicados caso, eventualmente, fossem questionados. Rapidamente a garota fora para lá começando a preparar alguma coisa, enquanto sua chefe retornava a atenção para Hemumu.

- Não somos exatamente o “clã mais fraco”, Yoshizawa-sama. Cada clã instalado nesta vila tem basicamente o mesmo poderio, porém, diferente dos tempos passados, vivemos uma época de paz. Enquanto ter um ninja capaz de invocar um meteoro gigante do céu fosse sinônimo de poder antes, nos dias atuais o poder do dinheiro fala mais alto. Com dinheiro você pode, por exemplo, invocar uma frota inteira de navios da marinha que irão explodir qualquer coisa sem questionar quem vive ou o que fizeram lá com uma chuva de bala de canhões. Ter esse tipo de poder não é algo que eu considero “fraco”. - Conforme falava, sua postura ereta mostrava o tipo de mulher direta ao ponto que Riuga Juubi era, demonstrando também que, apesar dos pesares, ela não era o tipo de ninja que gostava de ser considerada “fraca”. - Como acabei de lhe explicar, Yoshizawa-sama, ter poder de combate não é tudo. A missão dos Riugas é “proteger” o Pergaminho Secreto, não usá-lo para ter um único ninja cem vezes mais forte que, eventualmente, morrerá, seja em combate ou com o passar do tempo. Espero que, com isso, consiga entender a questão do Clã Riuga e o Pergaminho Secreto.

Assim que ela finalizou a primeira explicação, Mikusan retornou da cozinha com uma nova bandeja. Seu conteúdo era simples: Doces. Após uma bela refeição salgada, era de se esperar um docinho de sobremesa - pelo menos para a maior parte da população de um restante era assim que funcionava. Acreditando que Hemumu não era um caso à parte, um sorriso no rosto de Juubi cresceu novamente conforme sua afilhada entregava um Parfait e um pedaço de Bolo para a salvadora da sua irmã.


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- Apesar de mantermos nossas raízes, também nos adaptamos aos gostos atuais. Muitos clientes, principalmente crianças e adolescentes, reclamam que não tínhamos doces para sobremesa, então começamos a produzi-los também. Mikuichi-nee-san é a melhor entre nós três nesse quesito, então se não gostar de algo, por favor, me informe imediatamente. Aqui temos um parfait de frutas tropicais e uma fatia de bolo de chocolate com calda de cereja e um leve toque cítrico de laranja. Bom apetite. - Após entregá-los, Mikusan fizera uma reverência, retornando para a cozinha outra vez.

Por mais que mostrasse orgulho de todos os pratos que eram feitos em seu restaurante, Juubi logo mudou de expressão novamente. Dessa vez, para uma mais melancólica.

- Aquela que saiu correndo mais cedo era a minha filha biológica, Jyuna. Eu… Eu torço para que ela esteja bem. Como lhe informei mais cedo, os Uzunakis vieram atrás de informações sobre o Pergaminho Secreto e, claro, não lhe dissemos nada, mas a verdade… A verdade é que ele estava aqui, com a gente. Os superiores acreditaram que, por sermos apenas uma restaurante de mulheres, jamais nos atacariam, e isso de fato aconteceu por um bom tempo, mas conforme os Uzunakis não achavam o pergaminho em lugar algum, começaram a procurar por todas as residências que envolviam os Riugas. Minha filha acreditou que se esconder naquela capa de chuva e fugir com o Pergaminho Secreto era a decisão certa, mas isso acabou chamando a atenção do homem que você derrotou mais cedo que percebeu a inquietação dela em sair assim que eles entraram… Ele a segurou pelo braço, ela por sua vez tentou sair a força, aumentando ainda mais sua desconfiança. No fim, ao agarrá-la, Jyuna mordeu a sua orelha com tudo e conseguiu fugir. Foi aí que a senhorita entrou nessa história, Yoshizawa-sama. - Ao finalizar aquela explicação, Hemumu pode notar a preocupação que assolava o rosto de Juubi. Não só quase perdeu sua afilhada mais cedo como também tinha a sua filha, agora, desaparecida.

- A Jyuna-chan está bem. Aquela garota é diferente de todas as outras Riugas que eu já conheci. Afinal, ela foi a única que nunca concordou com essa história de poder financeiro, ela sempre quis ser uma ninja forte, a mais forte de todas. Não duvido que ela esteja nesse momento lendo o jutsu do Pergaminho Secreto. - Mikusan, detrás do balcão, falou.

A expressão triste de Juubi fora imediatamente trocada para uma séria, lançada com tudo contra a garota de cabelos azuis. Ao ver aqueles olhos, ela imediatamente se escondeu atrás do balcão, se abaixando. Por mais que Juubi soubesse que aquilo era verdade, ela aparentemente não gostava daquela ideia. Após suspirar, ela retornou a olhar para Hemumu.

- Eu não acho que minha filha seja tola o suficiente para quebrar esse ciclo de anos dos Riugas, então você pode encontrar o Pergaminho Secreto com ela, Yoshizawa-sama. Os líderes do Clã Riuga ficam em uma casa enorme ao sul da vila, saindo à direita do fim da rua por onde viera. Se alguém tiver que quebrar esse ciclo, eu rezo que seja você, Yoshizawa Hemumu. Por favor, impeça que minha filha cometa esse sacrilégio contra o clã que ela pertence. Por favor. - Após o pedido, ela fizera uma nova reverência a Hemumu, pretendendo permanecer nessa posição até ouvir uma resposta.

Por mais que tenha chovido por horas em Loser’s Town, o clima atual não era mais gelado. Conforme os minutos iam passando, um clima mais ameno ia tomando conta da região, deixando-a uma noite bem agradável com brisas de vento passando pra lá e pra cá. Yoshizawa Hemumu agora tinha todas as informações que queria em mãos, restando apenas organizá-las e decidir quais seriam seus próximos passos ninjas.

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A mulher me deu a sua lição sobre poder e dinheiro, mas a minha mente tratou de puxar uma bem mais antiga, diretamente do chichiue-sama quando eu estava reclamando dos meus longos preparativos para começar a treinar. “Não existe caminho fácil na vida de um ninja”. Estou começando a concordar. Me desvirtuar desse caminho significa ficar em dívida com Nin-nin-sama e não estou disposta a ter mais dívidas com ele – suas cobranças são severas. 「Eu que bem sei disso...」Movi minha mão com um dedo a menos na direção de onde deveria estar o seio esquerdo. Com isso em mente, mesmo trilhando uma jornada sofrida e longa, vou conquistar meu próprio poder – por mim, por chichiue-sama e também pela Nine-sensei.

– Devo dizer que vocês têm uma comunicação corporal excepcional. Você é a sensei delas? – comentei ao notar os poucos gestos necessários para colocar a afilhada para trabalhar. – De qualquer forma, mudança de planos, Juubi-san. Por incrível que pareça, não estou mais interessada no pergaminho – falei, com muito esforço para parecer convincente. Eu era uma aluna da Nine-sensei, precisava parar de focar tanto em uma pincelada de tinta para me afastar e ver todo o quadro. Pergaminho secreto, derrubar os Uzunakis, salvar os Riuga, esse não era o ponto. – Considerando que os outros clãs têm um nível parecido, como os Uzunakis ganham berries?

「Esse assunto de gestão de vila tá cada vez mais complicado...」 A questão era: derrotar os Uzunakis faria a situação melhorar? Outro clã poderia aproveitar o espaço deixado pela ausência deles pra fazer a mesma coisa, mantendo esse ciclo problemático. Ou seja, trabalho desperdiçado e a Spades tomando ninjutsu dormindo. Devo pensar muito bem antes de apontar a minha tantou para algum dos lados. Meu objetivo aqui é firmar o papel da Spades na vila e continuar me fortalecendo. Então não preciso favorecer ninguém, só manter todos sob controle pro meu atual clã mandar a nota fiscal cobrando pelos serviços depois. O ideal seria cortar a vantagem do clã com maior potencial de causar problemas (que seria o poder financeiro dos Uzunaki), aí o resto entraria nos eixos. Isso fazia sentido para mim, ao menos. 「Será que Nine-sensei concordaria comigo?」 Pra não fazer desfeita, dei uma pequena garfadinha em cada doce e parei por aí. Apesar de estarem com uma cara ótima, eu precisava trabalhar, não me empanturrar de açúcar e me deixar ainda mais elétrica. E precisava me adiantar antes que os inimigos retornassem.

– Os doces estão ótimos, mas agora eu preciso mesmo ir. Os Uzunakis devem aparecer por aqui para me procurar ou continuar de onde pararam, caso não me encontrem. Sugiro que vocês fechem mais cedo hoje. Vocês tem algum lugar seguro pra ficar? Sei que sua filha deve estar seguindo o próprio nindou, mas devo me preocupar com ela, Juubi-san? O fato dela estar tentando dominar o conhecimento é um problema seu e dela, mas se o pergaminho cair na mão dos Uzunakis, aí o seu problema e o meu aumentam.

Bem, agora eu estava em um impasse. Ir atrás do pergaminho ou prejudicar os Uzunakis? A depender do que a mulher respondesse, montaria meu plano e alteraria as prioridades. Eu esperava outro combate contra os homens estúpidos eventualmente, disso não tenho dúvidas. Minha aparição e ações deixaram meu desrespeito e desprezo por eles bem evidente – fora o trauma que causei em um dos meliantes.

Ficar parada por ali comendo não me ajudava a antecipar seus movimentos. Decidi me concentrar no pedaço de mercúrio que dei para o líder do grupinho e verificar o nível de proximidade. Além disso, devo ter ficado tanto tempo ali que só sair porta afora sem ver a situação da rua poderia ser perigoso. Não lembrava se o local tinha um 1º andar, caso tivesse, perguntaria:

– Juubi-san, posso dar uma olhada na rua pelo andar de cima? – minha intenção era sair pela janela do primeiro andar e me manter nos telhados.





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Primeira Noite
☁ - 26º
Turnos até o amanhecer: 21
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A ninja Yoshizawa Hemumu estava pronta para iniciar os seus trabalhos ninjas. Pensando bem naquela relação toda de clãs diferentes e onde a spades entrava naquilo, a garota acabara decidindo segurar mais a sua intenção de sair atrás dos malfeitores e terminar salvando o dia. Ou melhor, a noite. Conforme realizava novas perguntas para Juubi, a mesma ouvia pacientemente, como se entendesse onde a garota queria chegar. Por mais que tivesse tido, temporariamente, seu pedido de ajuda a sua filha negado, ela não havia demonstrado tanto choque assim. Como a própria Yoshizawa disse, sua filha ainda era uma ninja e saberia se virar.

Talvez.

- Yoshizawa-sama, creio que devido a falha minha, a senhorita tenha entendido errado a situação dos Uzunakis. Nessa vila não temos uma área do Clã Uzunaki, eles são invasores de fora que começaram a nos atacar, os Riugas, com a intenção de roubar o nosso Pergaminho Secreto. Como lhe informei mais cedo, os outros Clãs da vila não fazem nada porque isso não os afeta, afinal, nem todos acreditam nos poderes do jutsu selado no Pergaminho Secreto. Por tanto, eles simplesmente estão nos atacando e ocupando áreas nossas. Seu único poderio é militar, o qual estão usando para nos derrubar aos poucos enquanto buscam o Pergaminho Secreto. Então, infelizmente, nenhuma outra estratégia que não seja derrubar todo o seu clã e os expusá-los daqui irá funcionar tão efetivamente. Peço, novamente, desculpas por qualquer informação errada que eu tenha lhe passado. - Ao término de sua explicação, Juubi fizera uma reverência em formato de desculpa para a ninja, assumindo toda a culpa dela ter entendido essa parte errada.

- Pode não parecer, mas a Okami-san já foi uma ninja muito poderosa! - Mikusan falou levemente animada, puxando a atenção de Hemumu para ela. - Jouhou Koukan no Jutsu! É uma técnica especial que a grande Riuga Juubi desenvolveu na sua época de ninja para trocar informações com seus aliados no meio da batalha! Mesmo que não conheça esse jutsu ou mesmo que não seja um ninja, caso ela use, você irá entender suas ordens apenas de focar em seus olhos! Incrível, não acha? É só uma pena que ela-... - Mesmo que sua expressão séria disesse o contrário, era impossível não notar a sua empolgação. Porém, antes que pudesse continuar falando de sua sensei orgulhosamente, a mesma rapidamente calou a jovem de cabelos azuis com uma olhada.

- … Suponho que não há necessidade de nos movermos para outro lugar, Yoshizawa-sama. Após a senhorita nos salvar do ataque deles, se apresentar e basicamente declarar guerra contra, eles com certeza farão de tudo para ir atrás da senhorita agora. Mesmo que retornem aqui, duvido muito que façam algo contra a gente. Com certeza irão atrás de você enquanto estiver em Loser’s Town. Afinal, o Clã Yoshizawa foi o primeiro Clã a ir contra os métodos de ataque do Clã Uzunaki desde que essa “guerra” começou. - Após ver os doces sendo rejeitados, Juubi não pode deixar de expressar uma leve tristeza em sua voz.

Nem todos gostavam de doce, mas isso na cabeça daquela ninja era quase impossível. Com mais uma olhada rápida para Mikusan, a mesma imediatamente saiu do seu posto e veio retirar a sobremesa, entregando-a para Mikuni que até então tinha cochilado durante a transfusão de sangue para sua irmã. Ao notar aquela montanha de doces ela despertou, sem se mexer muito, começando a devorar para não haver desperdícios de alimento.

- Assim como a Mikusan disse mais cedo, eu de fato já fui uma ninja de combate e a minha filha é… Bem… A minha fã número um, se assim posso dizer. Mas eu ter me tornado uma dona de restaurante e abandonado esse meu passado foi algo que ela nunca aceitou, se tornando meio rebelde… Adolescente não são fáceis, Yoshizawa-sama… Eu a consegui segurar por um tempo treinando-a eu mesma, então ela, de fato, não é o tipo de ninja que irá ser pega tão fácil. Mas, no fim, eu ainda sou mãe. É mais do que normal que eu me preocupe com ela, independente da sua força. Por isso pedi para ajudá-la. Se for muito problema para a senhorita, peço apenas que entre em contato com a Spades e diga a nossa situação. Informe a Nine-sama que o Pergaminho Secreto cair na mão de ninjas ligados à marinha não é algo que ela irá gostar de saber apenas no futuro. - Sua expressão séria não deixava aquele pedido ser apenas um pedido de socorro. Aquele problema, querendo ou não, agora envolvia não só Yoshizawa Hemumu, a descendente do Clã Yoshizawa, como também a Spades.

- No segundo andar temos o nosso quarto! - Mikuni com os cantos da boca cheia de doce bradou, apontando pra cima com a colher que usava para comer a ex-sobremesa de Hemumu. - Pode subir! Talvez esteja meio bagunçado, mas não ligue muito! Miku-miku-miku, leva ela até lá! - Ao ouvir o pedido de sua irmã, Mikusan por sua vez apenas acenou com a cabeça positivamente, começando a andar até o fundo do restaurante onde uma escada circular levava até o segundo andar.

Quando se deslocasse até lá, a ninja veria um quarto amplo, do mesmo tamanho que o andar de baixo onde ficava o restaurante. Possuía três camas uma do lado da outra, separadas por criado-mudos, além de um enorme guarda roupa e outros móveis de um quarto padrão. A diferença, com certeza, estaria na bagunça. Enquanto uma cama estava perfeitamente arrumada, as outras duas não. Havia uma arrumada de qualquer jeito, enquanto a outra que não havia sinais de que tinha sido tocada nesse sentido, fora as inúmeras peças de roupas tacadas em cima dela. Mikusan estava levemente corada naquele momento, como se estivesse envergonhada daquela bagunça toda.

Seguindo direto na direção da saída do restaurante Hemumu encontraria uma enorme janela onde ela poderia ver o lado de fora.

A noite já havia se acomodado perfeitamente naquela altura do campeonato. Haviam poucas nuvens no céu indo pra lá e pra cá, restando apenas um amontoado de estrelas e a lua brilhando forte no céu. O clima da rua não era tão diferente. Apenas algumas casas e postes emitiam luzes, o silêncio basicamente reinava ao ponto de ser possível ouvir o som das brisas que corriam pelas ruas da vila. A primeira vista a ninja não conseguia ver nenhum outro humano pelas ruas, mas conforme se pôs num ponto mais elevado, ela pode sentir a presença do seu mercúrio vindo do extremo sudeste da vila.

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Já no primeiro andar, abri a janela, apoiei os braços e respirei fundo o ar fresco daquela noite. No primeiro momento, fiquei feliz pela chuva ter passado e não precisar manter a concentração em um guarda-chuva de mercúrio. O aguaceiro anterior impedia uma boa visão e audição dos arredores, o que, ao mesmo tempo, era uma benção e maldição. Eu poderia usar isso ao meu favor, mas meus inimigos também. 「Nin-nin-sama, essa noite será uma noite de caçada silenciosa.」

Pela conversa com a ex-shinobi Riuga, eu não conseguiria neutralizar a vantagem monetária dos Uzunakis agindo somente naquela vila, já que eles eram apenas atacantes externos. E se eles nem eram dali, como ficaram sabendo do pergaminho? Alguém do próprio clã deve ter dado com a língua nos dentes. De qualquer forma, apenas derrotar os Uzunakis da região não significaria impedir que novos membros fossem enviados, e essa continuava sendo a minha preocupação. Em um cenário ideal, o melhor era conseguir informações direto da fonte, mas com meu comportamento inicial praticamente declarando guerra, fazer isso através de infiltração e espionagem seria muito difícil agora. Essas informações teriam que ser coletadas com base na força.

Voltando a focar nos problemas que eu podia resolver, senti a presença do emblema de mercúrio com o símbolo dos Yoshizawa que entreguei ao grupinho, tendo uma ideia geral da localização. 「Eles já estão fazendo o movimento deles, preciso fazer o meu também.」 Sem precisar descer, falei em direção à escada, esperando que a mulher escutasse.

– Juubi-san, acredito ter rastreado os Uzunakis. Vou atrás deles e tento encontrar a sua filha pelo caminho – saí pela janela sem esperar respostas.

Lembrei do mercúrio na entrada do restaurante, mas agora eu não pretendia só absorver, e sim levar comigo. Minha intenção era continuar indo na direção dos Uzunakis, me escondendo nos telhados das casas e prédios, usando tatames de mercúrio caso a distância entre as construções fosse maior do que o desejado. Precisava dar uma olhada no grupo à distância e perceber quem e quantos eram. E, principalmente, identificar algum olheiro nos telhados que eu precisaria neutralizar, já que aquela movimentação deles poderia ser apenas um chamariz para me atrair. Se eles eram inteligentes a esse ponto, não dava pra dizer, mas estava considerando o pior.

Tudo isso precisaria ser feito sem que eu fosse identificada, afinal, era um trabalho para uma ninja. Contava com o meu domínio sobre as artes das sombras (e o fato de eu também não ter sombra e reflexo) para manter minha discrição e silêncio. Além disso, tinha a questão da filha da Juubi também. Precisava tirá-la do caminho dos Uzunakis caso a encontrasse.

Eu não conhecia as ruas da região e por isso iria andar pelos telhados, vendo os entroncamentos e ramificações das ruelas usando o nível superior de visão e identificando lugares que eu poderia me beneficiar. O próximo passo consistia em separá-los e ir derrubando um por um, então essa primeira parte precisaria ser bem feita. Eles tinham jutsus e habilidades até então desconhecidas, com exceção do chakra especial de revestimento (que não era uma coisa exclusiva dos shinobis), o que significa que lutar com todos ao mesmo tempo não seria a decisão mais inteligente. Sei que sou uma ninja em treinamento aos cuidados da Nine-sensei, mas isso não quer dizer que eu seja invencível. 「Maximillion deixou isso bem claro também.」 Todo cuidado nos preparativos é necessário.

No fim, tudo dependerá do que eu encontrar durante o caminho. Deixei algumas kunais preparadas para o caso de sofrer algum ataque surpresa. Segui adiante em direção ao mercúrio que eu estava sentindo com essa ideia em mente, fazendo o mercúrio coletado da rua rodopiar a minha volta, pronto para ser usado. Estava ciente que ele poderia chamar atenção por ser um material brilhante, mas desde que eu me mantivesse fora de focos de luz, ficaria segura.





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Primeira Noite
☁ - 26º
Turnos até o amanhecer: 20
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Com todos os preparativos prontos após receber as informações que precisava, Yoshizawa Hemumu deixou o restaurante dos Riugas pronta para iniciar o seu ataque contra os Uzunakis. Lembrando de sugar o mercúrio que gastou algum tempo atrás, ela partiu, pulando de telhado em telhado no maior estilo ninja possível sendo guiada pelo seu dispositivo de rastreamento improvisado. Ao contrário do que a ninja havia achado, ele não estava mais em movimento, nesse momento, ele estava parado.

Conforme avançava pelos telhados, Hemumu pode notar que a ausência de pessoas na rua não era devido apenas ao horário - mas sim a quantidade de ninjas que caminhavam em trio pra lá e pra cá, todos com alguma espécie de casaco parecido que era a forma deles se representarem como um Uzunaki. Ela pode notar que o nível de hierarquia era dado pela cor dos casacos. No total foram cerca de três casacos roxos, dez brancos e o resto todos usavam casacos verdes. Como não pretendia se revelar, a ninja simplesmente ignorou todos os que viu pelo caminho, conseguindo evitar ser pega por qualquer um deles com sucesso.

Sendo assim, não demorou muito para que ela chegasse no seu local de destino.

Uma enorme área do clã Riuga se abria na sua frente. Rodeada de uma vegetação atípico do local que consistia em enormes pés de bambu e algumas árvores de flores coloridas, inicialmente o que lhe chamou atenção foi uma construção grande o suficiente para parecer uma espécie de escola. Em termos de tamanho, apenas. Sua aparência era toda ninja e o enorme símbolo clã dos Riugas ficava no topo, esculpido em pedra, como se fosse uma bandeira. Porém, aquela marca, agora, estava manchada com um enorme X em amarelo.

Ao lado dessa construção haviam duas torres alguns metros maior em questão de tamanho, onde um pequeno grupo de três Uzunakis cada ficavam fazendo a vigia. Apesar de ninjas, os Uzunaki ainda eram humanos. Aproveitando-se das árvores de bambu, Hemumu conseguiu continuar com seu plano de pseudo-infiltração utilizando seu mercúrio para subir na torre da esquerda e eliminar os três primeiros ninjas sem dificuldade. Dois deles estavam cochilando e o terceiro estava quase também. Devido a altura da torre, mal se podia ouvir direito o barulho do que acontecia no solo, que por sua vez estava bem animado.

Em uma espécie de palco improvisado, uma garota de cabelo rosa podia ser vista sem muitos detalhes por Hemumu. Atrás e na frente dela haviam dois Uzunakis de casaco verde, cercados de mais alguns outros que pareciam observar aquela cena. Além disso, do segundo andar do prédio dos Uzunakis, a ninja também pode ver outras duas figuras: uma era um homem alto de cabelo amarelo um pouco mais escuro, sentado numa cadeira de luxo, digna de um rei. Ao lado dele, havia uma mulher, essa de cabelo loiro mais claro, também sentada em uma cadeira tão luxuosa quanto. Em pé ao lado desses dois estavam mais alguns Uzunakis de casaco verde, dois de casaco branco e um roxo.

Apesar da visão de tudo o que acontecia no campo, novamente, devido a distância, era quase impossível ouvir o que falavam nos andares inferiores. Mas nem tudo. Enquanto observava, Hemumu pode notar que em um momento o barulho dos de casaco verde cesaram, e o homem de cabelo loiro escuro se ergueu dando alguns passos a frente.

- HOJE IREMOS DAR AS BOAS VINDAS AO MAIOR NINJA DO MUNDO, COMPANHEIROS UZUNAKIS! GRAÇAS AOS ESFORÇOS DE TODOS, CONSEGUIMOS PÔR AS MÃOS NO PERGAMINHO SECRETO DO CLÃ RIUGA! FINALMENTE O SEU LÍDER SUPREMO, UZUNAKI KONYASKI, CHEGARÁ AO TOPO DE TODOS OS NINJAS! - Sua voz forte bradou por todo o ex-território dos Riugas, sendo recebido por gritos eufóricos dos Uzunakis que ouviam aquele discurso.

Discurso esse que parecia continuar, porém, ele não mais bradava forte como um leão, o que dificultou que Hemumu continuasse a ouvir suas palavras. Mesmo a sua aparência era difícil de distinguir devido à distância. Por fim, mas não menos importante, ao procurar o ponto exato de onde o seu transmissor vinha, ela pode sentir vindo direto do Uzunaki de casaco roxo que estava no meio do prédio, entre o homem que falava e a mulher que estava até então em silêncio.


Spoiler :

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「Eles não parecem estar indo na direção do restaurante…」Pensei, identificando os Uzunakis pelos casaquinhos seguindo na direção de onde eu sentia a conexão com símbolo ficar mais forte. Meu plano de atrair e atacar acabou indo por água abaixo, já que nesse momento eu não seria atacada. Pela quantidade de pessoas daquele clã, ou eu havia adentrado o seu território ou eles estavam se reunindo – e no fim, a alternativa certa eram as duas. A diferença entre os membros presente pela cor das roupas acabou chamando minha atenção, o que não deveria ser uma mera coincidência. Considerei alguma diferença de prestígio ou ranking entre os ninjas – a coisa mais brega possível, é importante frisar. Lembrando das divisões do meu clã, os verdes deveriam ser a patente mais baixa (pela quantidade).

Subindo em um dos prédios altos e apagando os três vigias sonolentos de casaco verde, tive a visão do grande pátio com um casarão entre duas torres. Aquela deve ter sido a região dos Riuga invadida e dominada, considerando o X tosco em cima do símbolo do lugar. Tinha uma quantidade considerável de pessoas – mas pela forma como a Juubi-san comentou, eu esperava filas e filas de homens. De fato era uma reunião, o provável líder falava pros subordinados, mas dava pra ouvir da conversa. 「A baka da filha da Juubi-san deve ter agido sozinha! Pelo visto demorei muito no restaurante.」  O envolvimento do pergaminho secreto no meio daquele papo me preocupou.

Se eu tivesse um grande ninjutsu para acertar todos de uma vez, eu até arriscaria um ataque direto. 「Só lutei contra aquele gennin, não deu pra perceber nada importante em relação à força… Um grupo grande deles pode ser perigoso, melhor não abaixar a guarda nem fazer nada muito precipitado.」Neste momento, eu tinha apenas o Shurikenjutsu e Bukijutsu, além de nem saber do nível de ameaça daquele clã. Até considerei tentar passar pro telhado do casarão, ao invés de me manter na torre alta, mas pelo tamanho do prédio, dificilmente daria pra ouvir também.

Precisava coletar dados relevantes e encontrar a filha da Juubi-san, que eu não tenho a menor ideia de como é. A única característica que eu sabia dela era a altura – considerando o vulto que eu vi saindo do restaurante horas antes. 「Se ao menos ela for parecida com a própria mãe...」 Sendo honesta, eu esperava que Jyuna retornasse ao restaurante para saber o que tinha sobrado da sua mãe e colegas, mas a garota não deu as caras. Será que ela é considerada uma gennin ou não passa de uma estudante da academia pros Riugas?

De qualquer forma, eu tinha que me aproximar do prédio principal e ouvir o resto da fofoca, afinal, informação era informação, não importando a fonte ou método usado pra conseguir. Mas fazer isso com aquela torre alta do outro lado era arriscado, já que eu seria facilmente identificada como um corpo estranho por ali. Felizmente, perto de mim, os ninjas derrotados estavam caídos com os seus respectivos casaquinhos verdes que não teriam mais utilidade neles.

Mexi em um dos corpos para conseguir um casaco e me passar por uma gennin Uzunaki – o mais folgado e menos destruído que encontrasse. Coloquei aquela roupa esquisita, dobrando cuidadosamente o cachecol amarelo por dentro das vestes para esconder a peça de roupa mais chamativa que eu usava. Eu já estava pensando na nova personagem que precisaria encarnar: Uzunaki Moruta.

Dos Uzunakis, apenas 5 rostos do grupinho anterior poderiam me identificar rapidamente. Isso significava que eu precisava encontrá-los antes deles fazerem isso, e evitar me aproximar daqueles cinco ninjas em específico. Já que a atenção já estava voltada para o líder do clã, tentaria me misturar com o público do pátio, escutando o resto do papinho. Gostaria muito de continuar me movendo até o outro lado do pátio para entrar na outra torre e neutralizar os vigias de lá. Mas isso dependeria do meu desempenho no meio deles.





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Primeira Noite
☁ - 26º
Turnos até o amanhecer: 19
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Yoshizawa Hemumu era uma ninja esperta. Contrariando a si mesmo em relação a ideia de lançar uma chuva de shurikens e kunais de mercúrio daquele ponto alto onde se encontrava na direção dos Uzunaki, a garota não demorou para ter a ideia de se misturar no meio dos próprios usando um dos casacos verdes dos ninjas que derrubou ali na torre. Como seus golpes eram precisos e rápidos, nenhum chegou a ficar rasgado ou até mesmo sujo de sangue, mantendo-se em perfeito estado de uso. Após se arrumar, ela desceu da torre, rapidamente se aproximando do grupo maior.

Assim que chegou ao grupo dos Uzunaki de casaco verde, a princípio, Hemumu pode ficar tranquila em relação aos ninjas que ela já tinha conhecido no incidente do restaurante estarem por perto. Afinal, nenhum deles usava casaco verde, se a memória da ninja não falhasse. Agora, dentro do grupo, murmúrios baixinhos mas ao alcance dos seus ouvidos corriam solto entre os capangas. Desde elogios ao grande líder a até mesmo alguns que diziam “eu que deveria aprender o jutsu secreto”, todos ainda olhavam para ele – esse que, por sua vez, apenas contava uma história trágica e massiva sobre sua infância e fundação do seu clã –, permitindo que o caminho da Uzunaki Moruta estivesse livre.

Mas nem tanto.

Conforme avançava, algumas coisas iam ficando mais clara para ela.

Primeira coisa: chegando num ponto atrás do palco, pode-se notar que ele fora improvisado e montado às pressas de qualquer jeito, era quase um milagre aquele amontoado de madeira estar de pé. Apesar de não balançar com três humanos em cima dele, mesmo não sendo nenhuma engenheira profissional, a garota pôde notar que não havia nenhum tipo de nó de corda, parafuso ou qualquer coisa do tipo entre as juntas das madeiras que elevavam o palco, elas estavam literalmente e apenas empilhadas uma sobre as outras.

Segunda coisa: em cima do palco, uma garota de cabelo rosa com as mãos amarradas para trás e de joelhos se encontrava. Apesar da posição em que estava, Hemumu pode bater com a altura da pessoa que havia saído correndo no começo de toda aquela confusão lá no restaurante. Seu cabelo levemente espetado, curto e rosa era uma característica que ela podia assemelhar bem com a cor do cabelo de Juubi. Possuía olhos ferozes e raivosos naquele momento, acompanhados de sardas logo abaixo deles.
Spoiler :

- LIXOS! MORRAM! MORRAM TODOS! ENGASGUEM COM O PERGAMINHO QUE O OROTIMACU ENGOLIU E MORRAM NESSE INSTANTE, ESCÓRIA! - Ela bradava enquanto se debatia, tentando futilmente se livrar das suas amarras. - PARE DE FALAR MERDA E DESÇA AQUI, UZUNAKI KONYASKI! EU IREI TE MATAR PESSOALMENTE! - A garota bradou mais uma vez antes de receber um chute no rosto do Uzunaki próximo a ela, derrubando-a no chão do palco. O impacto fizera a construção balançar levemente, mas ninguém além de Hemumu notou aquilo. Apesar do golpe, Jyuna rapidamente se levantou, mantendo a mesma expressão de ódio de antes, agora acompanhada de um filete de sangue que escorria do seu nariz.

Terceira coisa: um velho conhecido estava naquela região. Um único Uzunaki sozinho de casaco verde olhava para cima, mas não para o líder Konyaski. Ao perceber o cabelo vermelho do rapaz, Hemumu pôde identificá-lo na hora. Era o estranho que, de alguma forma, parecia ter criado algum tipo de sentimento por ela. Togiki olhava fixamente para o homem de casaco roxo que estava entre os líderes do Clã Uzunaki, e ao olhar também, Hemumu descobriu que era o Chefe.

- Chefe… Me perdoa, chefe… - Ele falava pra si mesmo baixinho, com os olhos lacrimejando. Mas, como se uma espécie de sensor aranha tivesse apitado na sua cabeça, ele saiu daquele estado de fixação com seu chefe e olhou ao redor, percebendo a aproximação de Hemumu. Apesar de não ter demonstrado intenção de sair do seu posto, e apesar de Hemumu não ser a única ninja feminina entre aquele grupo, Togiki parecia estar em alerta agora. Devido a isso, o avanço de Hemumu pausou.

Por fim, o discurso dramático de Uzunaki Konyaski enfim chegou ao fim. Apenas a parte dramática. Alguns ninjas choravam emocionados enquanto outros batiam palmas, orgulhosos. Aquele clã, de alguma forma, passava a sensação para Hemumu de que eram extremamente unidos pela mesma causa. Ao enfim olhar para o líder do clã, a ninja pode ter uma boa visão da sua aparência. Alto, o homem deveria possuir quase três metros de altura. Seu enorme cabelo dourado meio apático era tão grande e volumoso quanto ele, ao mesmo tempo que passava a sensação de ser fofo como pelo de cachorro. Sua vestimenta era típica de um ninja especializado em taijutsu e sua expressão confiante deixava claro a sua força.
Spoiler :

- Como eu disse mais cedo, hoje, conseguimos o Pergaminho Secreto do Clã Riuga. Apesar de serem um clã forte, infelizmente os Riugas esqueceram o caminho ninja que devemos seguir e se perderam no caminho da modernidade.. “Haki”, “Akuma no Mi”, “Dials”, “Buster Call”... Palavras que para nós, ninjas, não deveriam existir no nosso dicionário. E foi aí que o meu plano… Não. O NOSSO plano começou! Nos tornamos o clã mais forte para destruir todas essas modernidades e voltar para o tempo ninja! COM O PODER DO PERGAMINHO SECRETO, O NOSSO SONHO ESTÁ MAIS PRÓXIMO DO QUE NUNCA! - Um grito eufórico ovacionou Konyaski assim que ele terminou a sua fala.

Voltando a falar sobre o passado, quando ele começou a treinar para se tornar forte, Hemumu pode notar a figura feminina ao seu lado esquerdo. Diferente de todos os outros Uzunakis, ela era a única com aquela vestimenta mais tradicional; quase como se fosse uma sacerdotisa. Apesar de não ter dito nada, era impossível não perceber as nove caudas que se formavam nas suas costas, além das orelhas pontudas para cima e seu rosto que era coberto por uma máscara de kitsune. Do seu lado esquerdo, uma espécie de bola de fogo queimava, flutuando calmamente. Além dela, Hemumu pode confirmar que além do Chefe do casaco roxo, os gêmeos também estavam ali, inclusive o que ela acertou na cabeça que estava com a mesma toda enfaixada.
Spoiler :

- A qualquer momento a marinha estará aqui. - A anúncio de Konyaski chamou a atenção de Hemumu outra vez. - Fizemos um acordo com eles de que, assim que conseguíssemos o Pergaminho Secreto dos Riuga, o entregaríamos para eles em troca dos mesmos não fazerem nada em relação ao nosso ataque aos Riuga. Esse “Clã Marinha” possui conexões fortes o suficiente para interferir até mesmo com o “Clã Spades” que era quem comandava por aqui. Inclusive, o nosso time de informação disse que uma unidade do Clã Spades está vindo também... Mas, irmãos e irmãs, a nossa história não será bem assim. - O homem sorriu.

Som de passos pudera ser ouvidos por todos que estavam no pátio do ex-domínio dos Riugas, vindo da entrada do local. Os outros Uzunakis que estavam de patrulha começaram a retornar para a base, enchendo pouco a pouco o lugar. Apesar de não terem entrado em formação ou algo do tipo, Hemumu pode notar que uma grande quantidade se acumulava ali, deixando claro para ela agora o que Juubi quis dizer com “exército” durante a sua explicação mais cedo. Assim que o som dos passos terminou, finalmente, todos os Uzunakis estavam presente.

- BEM VINDO DE VOLTA, IRMÃOS E IRMÃS! AGORA, COM TODOS REUNIDOS, PODEREMOS DAR INÍCIO AO RITUAL DE APRENDIZADO DO JUTSU SECRETO DOS RIUGAS! ENTREGAR PARA O CLÃ MARINHA?! TOMAR CUIDADO COM O CLÃ SPADES?! FICAR ATENTO O CLÃ YOSHIZAWA QUE OUSOU COMPRAR BRIGA COM SUA NINJA HEMUMU?! KAHAHAHA! ASSIM QUE EU APRENDER ESSE JUTSU, TEREMOS A FORÇA DE MIL… CEM MIL… CEM MILHÕES DE NINJAS! SEREMOS O QUE, COMPANHEIROS?!

- INVENCÍVEIS! - Todos bradaram.

- SEREMOS O QUE, IRMÃOS E IRMÃS!?

- IMBATÍVEIS!

- EU SEREI O QUE?!

- UZUNAKI KONYASKI, O NINJA MAIS FORTE DA TERRA! - E finalizaram com um super grito de guerra, o qual com certeza acordou toda a vila.

Agora, com os braços cruzados e um sorriso ainda mais confiante em seu rosto, Uzunaki Konyaski olhava para Jyuna, que também fazia o mesmo, olhando para o homem. Apesar de já ter o Pergaminho Secreto, alguma coisa ainda estava faltando ali e a chave para isso era a garota dos Riugas. Como o número de ninjas aumentou no campo, alguns entraram na frente de Togiki que, devido a isso, começou a tentar se aproximar de Hemumu lentamente. Ele ainda não tinha certeza de que era ela, apenas estava curioso, tornando-se apenas uma questão de tempo até que ele chegasse até a Yoshizawa.


Spoiler :

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「Essas esquisita aí bem que deve ser a Jyuna…」 Levando em conta a cara de bolacha da sua mãe e das afilhadas da sua mãe, eu estava esperando que a filha de Juubi também tivesse a cabeça de trakinas. Aquela garota amarrada e emburrada tinha traços muito hostis, retos e espetados. Era a representação de um espinho em forma de gente. 「Será que ela é mesmo a filha da Juubi-san?」 Cheia de ódio e sem controle emocional algum, a garota xingava e apanhava. Considerando que o líder falava sobre a posse do pergaminho secreto e a menina suspeita apanhava, teria que considerar que sim, essa era a filha da mulher ninja que a ajudou.

「Aquilo é uma… Kyuubi?」 Descobrir que os Uzunakis tinham um demônio de nove caudas foi uma surpresa – aquele Clã realmente contava com alguma habilidade especial. O discurso do líder, porém, começou a dar uma canseira. Até achei interessante um retorno às origens das tradições ninjas, e punir clãs que não seguiam o modo antigo. Mas, no meio daquele papo, senti a hipocrisia – eles utilizavam os recursos que estavam incriminando, então quem os puniria?

Provavelmente, os Uzunakis fazem parte dos clãs que temem e banem usuários de kekkei genkais como a minha. Para o azar deles, minha manipulação de mercúrio é a prova viva que eu sou uma verdadeira ninja, escolhida a dedo por Nin-nin-sama para definir os próximos passos das artes ninja pelo mundo. Deve ser apenas inveja porque ele não deve ter uma habilidade especial como a minha.

A chegada de mais tropas deixou aquele pátio ainda mais apertado, e deu pra entender sobre a força do clã em relação aos seus números. A explicação era clara: eles tinham feito algum tipo de acordo com a marinha. Acordo esse que eles nem pretendiam cumprir. 「Tsc… É esse tipo de comportamento que suja nosso nome como ninja.」 Mas a entrada da marinha na vila era preocupante. Pelos comentários que ouvi da platéia, eles pareciam ser idiotas. Levando em conta que o líder e toda a sua eloquência, era de se esperar. Sobre o pergaminho… Bem, continuo tendo minhas dúvidas. Um jutsu para aumentar a força em cem mil vezes? Só posso imaginar que isso tenha um preço alto. O que aquele homem sedento por poder estaria disposto a sacrificar?

Ao menos, o pátio lotado me dava alguma vantagem sobre Togiki, que eu suspeitava que carregava alguma habilidade de rastreamento por ser um tarado. Podia contar com uma onda adicional de pessoas antes dele me alcançar, então tinha que dar um jeito de tirar a filha de Juubi-san dali e dar no pé. Só conseguia pensar em um jeito pra fazer isso: confusão. Um caos generalizado na plateia podia cobrir minha fuga e eu tinha um jeito bem juvenil de começar um tumulto.

– Não me empurra, idiota! – falaria com a voz alterada para não ser facilmente identificada e empurraria alguém de casaco verde em um grupo de pessoas, pronta pra dar início ao efeito dominó de treta. Contaria com minha menor altura para ficar escondida entre as cabeças, mas curvaria um pouco o corpo se fosse necessário para esconder o corpo.

Óbvio que eu não esperaria a vítima se levantar e procurar o real responsável por aquilo, até porque queria que ele empurrasse outra pessoa aleatória mesmo. Daria alguns passos para o lado para fazer a mesma coisa, dessa vez em outra direção. Isso deveria ser o suficiente pra armar um barraco generalizado.

Usando aquela treta como cortina de fumaça, chutaria a lateral da tábua superior do palco improvisado, na tentativa de tirar o equilíbrio de quem estivesse em cima (e fazer o palco cair pro lado oposto). Puxaria a garota rosa e começaria a abrir caminho pelos fundos do local dando cotoveladas e chutes na virilha, se fosse preciso. Naquela confusão toda, provavelmente eu perderia Togiki de vista, então prepararia a lâmina da tantou para responder alguma surpresa.

– Se você for a filha da Juubi-san, é bom começar a me seguir rápido e em silêncio – falaria baixinho para a garota.





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Primeira Noite
☁ - 26º
Turnos até o amanhecer: 18
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Após entender boa parte do que estava acontecendo naquela trama, o próximo passo que Hemumu dera consistiu em iniciar um tumulto no meio dos Uzunakis e então usar aquela brecha para derrubar o palco e escapar com a filha dos Riuga dali. Porém, aquele plano não ocorreu bem como ela imaginava. Mesmo tendo percebido a união do Clã Uzunaki a ninja acreditou que eles seriam burros ao nível de brigarem entre si só por causa de um empurrão, errando feio nesse ponto. O Uzunaki que ela empurrou de fato atingiu um outro grupo mais a frente e ela conseguiu com sucesso que não percebessem que fora ela quem começou aquilo, porém, ao invés de uma discussão ser iniciada, o que ocorreu fora um momento de dúvida.

- Ei! Presta atenção, o líder supremo está falando! - Uma mulher falou, levemente irritada.

- D-Desculpa! Mas não foi eu! Algo me empurrou e eu estava distraído com o discurso, então... - Ele se desculpou, ajudando-a a se levantar.

- Algo te empurrou...? Mas todo mundo presta atenção fixamente no líder supremo quando ele tá dando discurso... Será que...?!

Um pequeno clima tenso foi instalado naquela parte do pátio, envolvendo cerca de seis Uzunakis e a própria Hemumu. Os seis pareciam ter entendido o que havia rolado ali, e com um acenar de cabeça, ao invés de dizerem algo para todos os outros, começaram a realizar uma busca por "algo". A ninja poderia notar que eles começaram a caminhar em direções aleatórias, com expressões sérias. Ao realizar a mesma ação mais a frente, ela recebeu a mesma reação, tendo agora um segundo grupo buscando pelo causador daquele tumulto que não ocorreu.

Como sua tentativa de criar uma distração para destruir o palco deu errado, Hemumu não conseguiu a cortina de fumaça que queria para realizar seu golpe contra a estrutura, tendo que se preparar para lidar com outro problema agora. Togiki havia conseguido se aproximar o suficiente da garota para tocar em seu ombro, porém, ele ainda não havia notado que era ela. O toque fora sutil, como se o mesmo estivesse a chamando para se virar para ele. A poucos metros, dois ninjas dos Uzunaki começava a se aproximar perigosamente do ponto onde ela estava agora.

- Riuga Jyuna é o nome da nossa convidada, companheiros! Por favor, peço uma salva de palmas para a ninja que nos ajudará a alcançar o nosso objetivo! - A voz de Konyaski cortou o silêncio do pátio novamente, seguida de uma salva de palmas dos ninjas. - Graças a sua nobre ideia de fugir com o Pergaminho Secreto do lugar onde menos esperávamos encontrá-lo, fora fácil derrotá-la, como se a mesma tivesse vindo entregar um presente! Então, Riuga Jyuna! Diga como se sente estando prestes a testemunhar o nascimento do ninja mais forte de todos! - Ele finalizou apontando a palma da sua mão direita aberta para ela.

- Kihkihkih. KIHKIHKIHKIH!!! - Ela gargalhou, fazendo o sorriso confiante na cara de Konyaski desaparecer aos poucos. - O que te faz pensar que eu vou te ajudar com isso, idiota?! EU vou ler esse Pergaminho Secreto e me tornar a ninja mais forte de todas! EU SOU UMA RIUGA E EU IREI TRAZER A HONRA DO MEU CLÃ DE VOLTA! - Ela bradou com seriedade, causando um silêncio de alguns minutos entre todos ali presente.

"Pfft." Alguém deixou escapar uma risada que em poucos segundos se tornou um show de risadas de todos os lados. Até mesmo Konyaski não conseguiu segurar, rindo também. Dessa vez, o sorriso confiante de Jyuna que sumiu, fechando-se em algumas poucas lágrimas que surgiram em seus olhos, que ela fazia força para não deixar escapar.

- Uma integrante de um clã FRACO que abandonou o jeito ninja para se tornar bichinhos de estimação da modernidade dizendo que vai "recuperar a honra do seu clã" foi a coisa mais engraçada que eu já ouvi! - Ele respondeu em meios as risadas dos Uzunakis com um claro tom de deboche. - Riuga Jyuna, o único motivo de você ainda estar viva é por ser uma Riuga, e só os Riugas serem capaz de tirar o selo do Pergaminho Secreto. Os ninjas da rede de informação dos Uzunaki me disseram que a melhor forma de quebrar esse selo é uma Riuga de sangue puro pingar seu sangue sobre a marca do clã pronunciando alguma "frase secreta" ou algo do tipo. Apenas desista dessa rebeldia toda e faça isso logo. - Ele finalizou.

Porém, antes que continuasse, um som de apito bem alto ecoou por todas as ruas de Loser's Town. Chamando a atenção de todos, inclusive de Togiki que retirou a mão do ombro de Hemumu, um leve tremor no solo indicava que algo se aproximava em grande número vindo da única entrada do pátio do clã Riuga. Ainda pareciam estar longe, mas toda aquela comoção fora o suficiente para fazer com que os Uzunaki ficassem em guarda por já saberem o que aquilo iria significar.

Era apenas uma questão de minutos para que uma guerra se iniciasse naquele espaço.


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「Ué, por que eles não brigam?」 Percebi que a leitura que eu tive estava incorreta – eles não agiam como um bando de delinquentes do ensino médio querendo tomar o lugar do chefe. Juubi-san tinha razão, nukenins problemáticos e burros não era a melhor definição para aquele clã. Eles tinham uma adoração doentia para com o líder, beirando ao fanatismo. Seria uma seita? Com essa nova informação, estava claro que eu não teria como iniciar um motim sem instigar uma revolta muito grande antes – um trabalho de meses com o apoio de muitas fake news. 「Eles devem ter sofrido uma lavagem cerebral através de um genjutsu!」 Tá aí um ótimo motivo para adorar um líder tão estúpido. O mais triste disso é que eu não tinha aprendido nenhuma técnica de liberação para que os membros voltassem a realidade.

O que eu tinha certeza é que, apesar do líder não ter notado nenhuma movimentação no meio do povo (ou mostrado isso), a plateia suspeitou de alguém infiltrado. Uma vez que incitar confusão ia contra o comportamento padrão durante essas reuniões, o que ficou meio explícito pelos comentários, minha identidade estava prestes a ser denunciada. Mas fui agraciada com mais uma benção de Nin-nin-sama, um barulho desconhecido tirou a busca pela farsante da cabeça dos Uzunakis desconfiados. Minha mão estava fechada no cabo da tantou ao sentir a aproximação da mão de alguém, mas relaxou quando esse alguém se distraiu. Pelo canto do olho, vi indícios de um cabelo vermelho, que deveria ser do Tojiki tarado. 「Obrigada mais uma vez, Nin-nin-sama. Você é tão bom pra mim...」

Havia tensão no ar e um sinal aparentemente conhecido para os membros do clã Uzunaki, apesar de eu não entender o porquê. Perguntar seria suspeito, então me manteria calada, esperando ouvir alguma coisa. Só que não perto do tarado. Aproveitaria a distração para me distanciar silenciosamente, indo pela direita, me mantendo perto do palco improvisado. Agora que eu sabia da necessidade do sangue da Jyuna pra remover o selo do pergaminho, minha prioridade permanecia tirá-la dali.

Pensando no que o líder dos Uzunakis tinha falado, aquele barulho poderia ser de um esquadrão da marinha. Mas eles conseguiriam entrar na ilha sem alardear a Spades? Só aguardando pra ter certeza. 「Será que os Riugas sairiam da sua apatia pra arriscar tudo tentando salvar a garota?」 Em qualquer um dos casos, a situação de Jyuna não melhorava.

Aproveitando que a atenção estava agora na entrada (ou saída) do lugar, não mais em Konyaski, coloquei as mãos atrás das costas para realizar selos e começar a lotar de mercúrio as paletes na base do palco improvisado. Minha ideia envolvia uma ataque em área com as armas ninjas, mas a depender da situação, eu deveria flexibilizar. 「A benção de Nin-nin-sama não é criar armas ninjas, é manipular mercúrio. Será que não estou me limitando quando tento sempre usar a kekkei genkai para o shurikenjutsu?」 Não sei, mas talvez fosse conveniente andar com uma cabaça grande de mercúrio por aí, usando o codinome de Suigin no Hemumu. Ia facilitar bastante no uso dos ninjutsus, apesar de não ser um item nem um pouco discreto. 「Fora que Suigin no Hemumu é um péssimo codinome..」

De qualquer forma, manipular o mercúrio de diversas outras formas ia liberar minhas habilidades nas artes do ninpou. Apesar do arremesso de ferramentas ninjas ser uma especialidade do meu clã, isso não queria dizer que eu só podia fazer para manter a arte shinobi do meu clã viva. Enquanto eu vivesse, o clã viveria comigo (ao menos é o que eu espero). Um ninja tem várias cartas na manga, então eu teria que me esforçar para criar as minhas futuramente.


Enchendo a base do palco de mercúrio, a ponto de transbordar pelas laterais, eu contava com o outro ponto focal para manter isso escondido, aguardando o desenrolar da situação e descobrindo o que os Uzunakis estavam esperando. Caso qualquer coisa do lado de cá chamasse a atenção e eu fosse identificada, colocaria o plano em ação imediatamente.

Subiria no palco, moldando o mercúrio inferior em shurikens e fazendo eclodir uma explosão de estrelas ninjas ao redor dele, forçando algumas a passar por baixo para acertar os dois guardas que estavam ao redor da Riuga. Obviamente, não ficaria olhando o povo cair – criaria um tatame de tamanho suficiente para erguer a filha da Juubi-san e a mim, saindo do alcance dos homens e me distanciando do lugar no sentido dos telhados da região. Caso percebesse algum ataque, mudaria a estratégia, interrompendo o ataque com as shurikens para criar um pequeno domo de mercúrio ao redor de mim e da Jyuna, seguindo posteriormente com a tentativa de tirar a gente dali.

Desde que eles não tivessem o sangue de um Riuga, eu poderia planejar a recuperação do pergaminho em um momento mais oportuno.





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Primeira Noite
☁  - 24º
Turnos até o amanhecer: 17
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Sendo agraciada por Nin-nin-sama diversas vezes durante suas aventuras, talvez chegasse o momento em que Hemurin percebesse que nem tudo era a vontade Dele, mas só o que estava fadado a acontecer durante o caminho ninja que ela percorria. Não se deixando abalar pela falha do seu primeiro plano e então se aproveitando da brecha que aquele som esquisito lhe abriu, a garota rapidamente começou a aplicar sua Kekkei Gekai sobre o palco, discretamente – se bem que, naquele momento, ela poderia começar um show em cima dele que ninguém perceberia. Ninguém a não ser a ninja de cabelo rosa, Riuga Jyuna. Apesar da expressão de surpresa que ela fizera ao notar o líquido metálico tomando conta das partes inferiores do palco, ela evitou alertar os Uzunakis próximos, começando a olhar em volta tentando descobrir de onde aquilo vinha.

Não demorou mais do que alguns segundos para que ela conseguisse manusear seu poder de uma forma diferente além de usá-lo como uma bolsa de shurikens infinitas, podendo enfim prestar atenção também no que os ninjas olhavam.

O som do apito ecoou de novo por toda a área, juntamente de uma brisa que balançava as folhas dos bambuzais que cercavam aquele local. Do portão de entrada, marinheiros surgiram em um grande número, talvez tinha até um pouco mais do que os Uzunaki naquele momento. Como se fossem dois times que estavam prestes a iniciar um jogo de futebol, os marinheiros se posicionaram de frente para os ninjas, portando armas de fogo e espadas das mais diversas formas e tamanhos. Haviam alguns marinheiros especiais que pareciam uma espécie de gigantes, sem armamento, mas com uma vestimenta quase que robótica e visivelmente bem resistente, além de dois figurões que entraram logo após todos os marinheiros se infiltrarem.

- Aha! Veja só, Hill-chan! Esses “ninjas” realmente tem um número e tanto! Isso explica como acabaram com o tal dos “Jiugas” tão rápido… - O primeiro homem de cabelo azul comentou enquanto observava toda a extensão do pátio, com uma expressão animada no rosto.
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- Haah… Eu já te disse que é “Riuga”, Sowji. - O segundo homem de cabelo loiro retrucou. O silêncio após essas poucas falas era tanto que, lá do seu ponto, próximo ao palco, Hemumu conseguia ouvir o som do vento que rodeava toda a propriedade dos Riugas. - Boa noite, Senhores do Clã Uzunaki. Vim a ordens dos meus superiores buscar um item chamado de “Pergaminho Secreto dos Uzunakis”. Segundo eles, os senhores teriam trabalhado para resgatá-lo dos Riugas com a ajuda da vista grossa da Marinha encobrindo alguns fatos aqui e ali, inclusive a da Spades que, atualmente, tem o maior controle sobre a ilha, e por isso–
Spoiler :

- Ah! Inclusive, os Spades de alguma forma descobriram a nossa pequena traquinagem e já estão vindo pra cá também! Como vai ser muuuuuuuuuuuito chato se três facções diferentes começarem a brigar, adiantem o pergaminho logo, sim? - Sowji dissera interrompendo seu colega que, por sua vez, apenas suspirou, como se já estivesse acostumado com aquilo.

- Como combinado, assim que a nossa Equipe de Inteligência de Objetos Novos, EION, terminar a análise do conteúdo do Pergaminho Secreto, o devolveremos ao líder do Clã, Uzunaki Konyaski. Adianto que, devido ao grande número de itens na lista da EION, essa análise dure cerca de três a quatros anos para ser concluída. Agradeço desde já a colaboração de todos os Uzunakis. - Ao terminar de falar, ele fizera uma leve reverência a todos, aguardando a resposta.

Imediatamente cochichos entre os Uzunakis começaram a correr pelos ouvidos de Yoshizawa Hemumu. “Idiota! Ele acha mesmo que o líder supremo vai devolver o pergaminho assim?!”, “Kakaka! Os ninjas do clã Marinha são todos burros?!”, “Três a quatro anos? Não é mais fácil dizer que não vão devolver?” etc. No fim, os marinheiros terem chegado para buscar um pergaminho com aquela frota inteira deveria deixar bem claro que eles não estavam ali para negociar.

Então, o som de uma bala cortando o ar pode ser ouvido por todos ali presente.

Konyaski, em um pulo, saltou cerca de mais de trinta metros do ponto onde estava até a poucos metros à frente dos responsáveis da marinha. Rápido, preciso e forte. Os marinheiros da linha de frente foram pegos de surpresa, começando a virar para o líder dos Uzunakis que, agora, encontrava-se entre eles. Ao perceber o pequeno tumulto que iria começar, Sowji dera apenas uma ordem curta e rápida de “se mantenham em ordem”, evitando assim que todos saíssem de suas respectivas posições.

- É uma honra conhecê-lo pessoalmente, Uzunaki Konyaski. Eu me chamo Hillbert Lafrins, sou o Tenente da Septuagésima Sétima Frontaria da Marinha. Esse é o meu companheiro de batalhão, o Subtenente Sowji Hows. - Novamente o homem fizera uma leve reverência, demonstrando respeito, diferente de Sowji que apenas observava o ninja cabeludo com um sorriso sínico no rosto. - Caso tenha mais alguma dúvida sobre o caso, fique a vontade para me perguntar. Caso não, peço novamente que me entregue o Pergaminho Secreto dos Riugas para que, pacificamente, eu me retire com a minha tropa. - Por fim, ele estendera sua mão direita, não antes de remover a luva preta que a envolvia, para o líder dos Uzunaki.

Konyaski desde que aterrissou naquela área da sua atual propriedade não dissera nada, apenas observou tudo com um sorriso de empolgação no rosto. Ao ver a mão de Hillbert se aproximar, ele não hesitou. Estendeu a sua mão direita também, encontrando-a com a do homem, realizando um cumprimento apertado. Ao término, ainda sem falar nada, ele observou o tenente por sua luva de volta na mão, encarando-o. E nesse segundo exato entre o marinheiro terminar de por sua luva e voltar sua atenção ao ninja, o mesmo atacou. O pé direito de Konyaski saiu do seu eixo inicial, em um único giro rápido, em direção a cabeça de Hillbert. Esse que, por sua vez, parou o chute com a mão que acabara de pôr a luva sem dificuldades. O impacto, no entanto, fizera com que uma forte onda de poeira fosse lançada para a extrema esquerda de ambos, junto de uma pequena onda de vento.

- Tá vendo, Hill-chan? Eu te disse que esses ninjas são todos uns selvagens, principalmente esse aí de cosplay da comlurb… Você estende a mão pra eles e eles te respondem com o pé, como o esperado de “ninjas”. - Sowji comentou da forma mais tóxica que podia, podendo ouvir de longe grande parte dos Uzunaki comentarem coisas nada agradáveis sobre a sua pessoa.

- O que isso significa, Uzunaki Konyaski? Por mais que ninjas não sejam tão comuns hoje em dia, eu ainda estudei história e tenho um pleno conhecimento de que um chute na cabeça não é uma espécie de saudação ninja. - O tenente dissera, ainda mantendo sua postura, empurrando o pé que o atacara segundos atrás para o lado.

- Oh! Eu estou realmente surpreso que um simples marinheiro conseguiu parar o meu chute assim! Sabe, quando me disseram que iriam enviar alguém para buscar o Pergaminho Secreto, eu imaginei que seriam apenas presas fáceis sem força alguma, mas não pude estar mais enganado. Como líder do Clã Uzunaki, peço perdão pelo meu ato, Sr. Hillbert Lafrins. Por mais que, de fato, esse chute não seja uma saudação ninja, eu tive que testá-lo da minha própria forma. E o senhor passou no teste! Parabéns! - Ele bradou batendo palmas sozinho, parando logo em seguida. - Gostaria de convidá-lo para entrar na minha mais nova humilde residência, Sr. Tenente! Ainda há alguns poucos indícios de que os Riugas moravam aqui, mas– - Porém, antes que pudesse continuar, Hillbert pigarreou interrompendo o ninja.

- Uzunaki Konyaski, por favor, me entregue o Pergaminho Secreto dos Riugas. Receio lhe dizer que esse é o único interesse que tenho aqui. - Ele dissera em um tom sério e rígido.

- …e se eu não quiser…? - Konyaski indagou, ainda sorrindo.

- Segundo o código 003.1 dos Termos de Negociação estabelecido pela Marinha, estarei tendo que não só recuperar o item da missão na base da força, como também terei que levá-lo sob custódio devido a quebra de contato e também a desacato a autoridade. Ou seja… - Ele suspirou fundo, já sabendo o que viria a seguir.

- ATACAAARRR!! - Sowji bradou, dando início a confusão generalizada.

A linha de frente dos marinheiros avançou, dando início a um embate contra os Uzunakis que também avançaram assim que começaram a ser atacados. Devido ao grande número de ninjas e marinheiros, uma embolação sem tamanho se iníciou, onde os fracos encaravam os fracos e os fortes os fortes, uma luta típica de anime shounen com muito figurante só para aumentar o tempo de tela dos personagens principais, a qual, dessa história, era a ninja Yoshizawa Hemumu.

Assim que o ataque começou, boa parte dos ninjas avançaram deixando poucos para trás, e, infelizmente, para Hemumu, esses poucos ainda significavam problemas para ela. Era os dois grupos que ela tentou iniciar um tumulto mais cedo, além de um ninja de cabelo vermelho que, ainda curioso, não tinha notado que aquela era Hemumu. Ao notar a inquietação de Jyuna em cima do palco, agora, tentando se soltar já que não haviam mais Uzunakis próximo a ela, uma mulher do grupo de “busca ao intruso” percebeu a ninja próxima até demais do palco, levantando sua voz para ela.

- Hey! Você aí, próxima ao palco! Por que ainda não avançou contra os marinheiros?! - Ela indagou em alto e bom som, alertando os outros que estavam próximos dela, além de Tojiki que permaneceu calado, apenas observando.

Aquele era o ponto onde a estrela Hemumu iria brilhar. Não só estava no meio de uma uma guerra ninja, como também ainda tinha sua própria missão de resgatar Jyuna e, além disso, lidar com aqueles que ela acabou alertando de forma errada. Hemumu pode notar que, apesar da briga ter iniciado, os respectivos líderes de cada clã estavam parados, conversando algo que agora ela só iria ouvir caso se aproximasse já que, devido ao som de espadas, tiros e bombas, tornou-se impossível ouvir daquela distância. Em cima do palco, a poucos metros da Jyuna, ela também pode notar que havia uma espada longa e algumas shurikens e kunais que pareciam pertencer a Riuga.


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A movimentação de Konyashi para se aproximar dos supostos marinheiros no comando me deixou mais livre pra agir, se assim eu quisesse. Porém, um dos homens em específico prendeu minha atenção – como se o pergaminho secreto selado tivesse sido aberto. Nem mesmo o fato de Konyashi saltar sobre grandes distâncias, chutar para cumprimentar ou iniciar um combate entre os minions dos clãs importou muito – minha atenção estava inteiramente concentrada no Hill, o homem de vestes escuras que tinha acabado de chegar. Aquelas roupas me lembravam as de um certo alguém que eu tinha que matar, ainda que fosse evidente que não era a mesma pessoa. O duelinho estava servindo de cortina de fumaça para algo que os homens estavam planejando (já que não tinham entrado em combate), mas pouco importava agora. 「Tsc... De terno e loiro?」 Minha mente centrada ia perdendo o foco, dando espaço pra um mar tempestuoso que se formava internamente, com bastante urgência pra resolver questões pendentes.

Naquela disputa de poder, Riugas, Uzunakis e Marinha eram as menores das minhas preocupações. Quem eram eles perto das atrocidades do clã Nara? Grande coisa se os Uzunakis estavam com o pergaminho para aumentar sua força. O importante é manter as mãos dos Nara longe daquele poder. Eu teria o sangue de Hill lavando o chão daquele pátio, um ataque direto ao clã de Maximillion – tudo terminando de forma perfeitamente equilibrada como deveria. Estava na hora do disfarce de Uzumaki Moruta dar adeus e Yoshizawa Hemumu, ninja em ascensão da Spades e aluna de Nine-sensei, ignorar a alcunha de Kunoichi Despeitada para iniciar o próximo movimento: caçar a nova presa. Quem eu deveria derrubar para chegar até o homem de terno? Aqueles Uzumakis desprezíveis no meu entorno? Aquela frente de batalha aleatória?

Se meu objetivo não tivesse sido alterado drasticamente, provavelmente usaria esse momento para atacar a Kyuubi que ficou no palco e negociar a sua vida com Konyashi em troca do pergaminho. Em vez de fazer isso, lancei um pequeno jato de mercúrio para liberar as armas próximas e deixar que Jyuna se virasse. A Riuga que se meteu nessa situação, então ela que lute pra sair. Eu tinha outros planos, e já estava fazendo meus selos de mão para realizar.

「ULTIMATE IMPROVISED NINJA ARTS: CORN ROLLING IN THE DEEP!」 Apesar do nome enorme, o movimento é bem simples: arrancar o mercúrio embaixo do palco para me envolver em uma esfera e atravessar rolando. Os pallets que sustentavam o lugar em que Jyuna estava deveriam quebrar com essa puxada brusca, mas não é como se eu me importasse, talvez fosse até bom pra ela. Com a quantidade da substância que eu tinha concentrado, daria pra me envolver em uma bola grande o suficiente pra passar por quem estivesse pelo caminho, apesar de considerar que seria difícil chegar até o alvo só com aquilo.


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Tinha a questão dos Uzunakis ao redor que poderiam me impedir caso não fossem atropelados. Depois disso, os corpos batalhando tirariam a velocidade da esfera, ou atacariam ela (ou os dois). Por isso, no caso de ser atacada ou impedida, eu tinha uma outra carta na manga para lidar com essas situações:

「ULTIMATE IMPROVISED NINJA ARTS: POPCORN ATTACK!」 Aqui era a repetição da estratégia anterior de usar o mercúrio abaixo do palco, só que agora usando a esfera como fonte: transformar o corpo metálico para eclodir kunais em todas as direções possíveis e liberar o caminho. Depois, tentaria seguir por cima do combate criando um tatame voador de mercúrio para finalmente pôr os olhos no homem de terno, ainda mantendo uma distância segura para avaliá-lo.





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Primeira Noite
☁ - 26º
Turnos até o amanhecer: 16
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Yoshizawa Hemumu era uma ninja de palavra.
Para si mesmo.

Por mais que tenha sido envolvido numa trama que mal envolvia a Spades, tenha aceitado ajudar a filha dos Riugas e tenha até mesmo se interessado pelo Pergaminho Secreto, nada disso era mais importante do que a sua vingança contra homens de terno. E nem mesmo um tenente da marinha era exceção. Dominada por pensamentos ofensivos para o seu novo alvo, a ninja rapidamente agiu para recuperar o metal utilizado no palco, não sem antes dar uma forcinha para Jyuna. Assim como esperava, a retirada brusca da sua kekkei genkai da estrutura fizera ela desabar com tudo, levantando uma cortina de poeira que era o que ela precisava naquele momento.

Realizando alguns selos de mão, uma enorme bola de mercúrio fora criada, saindo de dentro da cortina de poeira em alta velocidade na direção dos marinheiros. Pegos de surpresa, os ninjas que antes estavam procurando por ela nem tiveram tempo de reagir, sendo rapidamente deixados para trás. Quem logo percebeu do que aquele poder se tratava fora Togiki, que abrindo um sorriso enorme, começou a correr atrás da enorme bola de mercúrio.

- YOSHIZAWA HEMUMUUUUUUUUU!!!!!!!!! - Ele bradou enquanto a perseguia, sendo deixado para trás aos poucos.

Com um golpe daquele tamanho vindo do nada, os marinheiros e ninjas pelo caminho foram todos pegos de surpresa também, sendo atropelados e sendo deixados para trás cobertos de mercúrio. Alguns conseguiram perceber a tempo e pularam fora daquele “golpe improvisado”, outros até tentaram atacar a bola de metal, mas não obtiveram sucesso algum. Todos que atiravam ou atacavam com espadas e lanças acabavam perdendo a arma, que era sugada e misturada pela massa do mercúrio. No fim, Hemumu acabara atacando um outro que tentou ficar na frente da bola de mercúrio, os derrotando sem muito problema. Para a sua sorte, talvez, a rota que ela tomou não bateu com nenhum NPC mais forte – pegando apenas os capangas padrões.

Em questão de poucos segundos, numa ação rápida, Hemumu chegou no ponto que queria. Abandonou a bola de mercúrio e ganhou os ares, agora flutuando sobre um tatame de mercúrio. A bola que agora consistia em não só mercúrio mas também como pedaços de arma, pedra, tijolo e até alguns humanos, continuou a avançar na direção dos três figurões que se encaravam. O primeiro a notar aquele “ataque” fora Hillbert, o qual não demonstrou muita preocupação no geral. Sowji também não parecia preocupado e se mantinha focado em Konyaski que, por sua vez, deu as costas aos marinheiros por alguns segundos.

Ele então avançou na direção da bola de mercúrio gigante, fazendo alguns sinais de selo com a mão que logo em seguida deixou toda a extensão inferior do seu corpo negra. Como um atacante pronto para marcar um gol, ele chutou a massa do metal, enfrentando certa intensidade devido a velocidade e o peso atual dela naquele ponto. Porém, com mais um pouco de força, ele conseguiu rebater ela, chutando-a para trás, fazendo-a se desmanchar no ar. Mercúrio acabou caindo por boa parte do campo, principalmente sobre a cabeça de uma parte dos marinheiros e ninjas que lutavam naquele momento – os quais quase não notaram o líquido devido a intensidade de suas respectivas lutas.

Quase que sincronizado, os três olharam para cima, encarando Yoshizawa Hemumu.

- Eu sabia que você iria aparecer, a ninja do Kekkei Genkai de Metal. Seu clã… Yoshizawa, né? De que ilha você veio? Por qual motivo você está se metendo no meu plano? - Konyaski indagou a garota, desfazendo o seu jutsu de revestimento.

Hillbert e Sowji apenas encaravam a garota também. Diferente de Konyaski, eles eram “pessoas normais”, e agiram como tal. Entre cochichos baixos, Sowji retirou um DenDen Mushi do seu bolso e começou a falar algo com alguém, recebendo respostas logo em seguida. Devido à distância, nem Hemumu nem Konyaski conseguiram ouvir exatamente o que foi dito ali.

- Yoshizawa Hemumu, sim? Acredito que a senhorita não tenha nada a ver com o que está acontecendo aqui, então peço que não se envolva. Já que você está na organização da Spades, acredito que conheça certas “regras”. Lhe darei a chance de se retirar e fingir que nunca a vi aqui. Espero não ter que lhe aplicar a mesma punição do Sr. Uzunaki Konyaski. - Hillbert falou, mantendo uma expressão séria em direção a garota.

Por fim, mas não menos importante, devido a sua visão novamente elevada sobre o campo de batalha, um certo ponto rosa chamou a sua atenção de canto de olho. Jyuna vinha correndo em grande velocidade com sua espada quase maior que ela mesma, com uma expressão de ódio no rosto totalmente fixada em Konyaski. Seria questão de alguns poucos segundos até ela chegar no ponto onde o homem estava, o qual, novamente, ainda mantinha sua atenção em Yoshizawa.


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Ok, a ideia daquela bola de gude gigante não foi das melhores – senti o balançar da esfera em cada obstáculo que enfrentava, sendo jogada de um lado pro outro dentro daquele rolo compressor de mercúrio. De dentro da esfera, devolvi o grito para Tojiki:

– NÃO ENCOSTE AS MÃOS EM MIM, TARADO IMUNDO!

Se ele ouviu, ficou para trás sem me responder (ou sem que eu ouvisse uma resposta). O pior de tudo é que eu não considerei que precisava dar um jeito de ficar de olho no caminho enquanto seguia adiante como uma besta de cauda descontrolada. Em certo momento, eu não conseguia nem saber se estava indo na direção que eu queria – sabia apenas que estava indo, como chakra mal utilizado em um jutsu. Quando comecei a ficar enjoada de tanto rolar e me debater ali dentro, a ponto até mesmo de esquecer o que eu estava fazendo, abandonei aquela bola imensa, deixando que ela seguisse seu rumo sem mim. Aquela ideia torta nunca mais.

Em cima do tatame de mercúrio, respirando fundo o ar fresco daquela noite, consegui colocar a cabeça no lugar (sem vomitar) e encontrar o alvo também. Coincidentemente (ou guiada pelas hábeis mãos de Nin-nin-sama), fui reto (ou quase) até o lugar que eu queria. Ver o homem no terninho preto serviu quase como um chute para me trazer de volta à realidade. Ao perceber que todos olhavam para mim, dei uma rápida arrumada nos cabelos e nas vestes, que estavam amassadas e desarrumadas graças a viagem turbulenta na bola gigante. Se fosse pra matar alguém, seria com educação e classe que o Clã Yoshizawa tinha me ensinado.

– Konyashi-san, começamos nossa relação com o pé de Nin-nin-sama errado. De um clã ninja para o outro, acredito que possamos nos resolver de outra forma. Nesse momento, preciso resolver uma outra questão, mas não com você. Mas por onde eu devo começar a explicar o motivo da minha urgência? Hmm…

Notei a garota espetada de cabelo rosa vindo correndo. Óbvio que ela não iria sair dali, como eu esperava, e sim vir direto atrapalhar minha matança e negociação – não necessariamente nessa ordem, mas bem perto disso. Talvez eu tenha esperado mais dela, imaginando que ela perceberia que tinha ficado presa por suas ações estúpidas, humilhada e liberada por uma completa desconhecida (que sou eu)... Estávamos todos em uma situação complicada.

– Jyuna-chan, por favor, não me atrapalhe agora. Os adultos vão precisar conversar, então vou pedir para você ficar quietinha aí para não se machucar. Caso contrário, vou precisar detê-la – falei, ameaçando-a com mercúrio. Caso ela discordasse, lançaria mercúrio líquido sucessivamente sobre ela até deixá-la enrolada e presa, endurecendo-o.

Talvez Konyashi entendesse melhor o caminho de uma ninja que busca vingança se eu explicasse melhor TOOOOODA a questão, da forma mais completa possível. Porém, a história seria muito longa, então não seria de todo um mal resumir algumas partes. Tenho a sensação de que resumiria os acontecimentos errados, mas falaria ainda assim. Meus olhos dançavam entre o líder dos Uzunakis e Hill(bert?) enquanto eu conversava.

– Eu cheguei nessa vila procurando o prédio do meu atual clã apenas para treinar. Fui atacada pelos nukenins do porto logo quando desembarquei, mas eles não foram necessariamente um problema. Nas minhas andanças, acabei me perdendo no meio da chuva… Aaa, verdade! Estava chovendo muito, eu não conseguia ver nada! Andei, andei, andei até chegar a um restaurante que estava sendo atacado por homens do seu clã. Eu queria muito comer um lámen gostoso, faz muito tempo que saí da minha ilha e não encontro um restaurante tradicional, foi aí que o caminho dos nossos clãs se cruzaram. Você deve ter recebido algum relato, mas devo dizer que agi apenas para me defender. De qualquer forma, o homem que está ao seu lado, esse demônio das trevas loiro de terno, deve fazer parte do Clã Nara, composto de ninjas e samurais vampiros assassinos que eu jurei destruir. Preciso coletar informações e livrar o mundo desse mal o mais rápido possível. Eles seguem um caminho antinatural e afastado dos ensinamentos de Nin-nin-sama. Você pode não acreditar, mas o líder dele fez isso comigo – falei, apontando com a mão que faltava um dedo para onde deveria estar minha sombra ausente. Além disso, comecei a desabotoar a camisa branca para mostrar o que se tornou meu seio esquerdo, uma cicatriz que representava um trauma físico e psicológico horrível e de dar nojo. – Me preocupo que esse clã queira forçar a servidão ou exterminar todos os outros. Por pouco não me tornei uma vampira completa, mas ainda recebi um selo amaldiçoado, até onde eu sei. É isso, acho que contei tudo… – fechei os botões da blusa, colocando a mão no queixo, pensativa e preocupada que tivesse deixado algo importante de fora. Não consegui pensar em nada, então acho que estava tudo ok. –  Enfim, nosso conflito nem deveria existir, pra início de conversa. Depois resolvemos essa questão de planos e tudo mais. Por agora, peço gentilmente, de ninja pra ninja, que dê três passos para a esquerda.

Esperava que esse discurso no jutsu, junto aos meus traumas e cicatrizes, tocassem os pontos sensíveis daquele líder e me desse passe livre para encarar o verdadeiro alvo dali. Ao contar aquela longa história, me dei conta que não fui tão urgente quanto necessário para retomar ao meu assunto principal, então voltei a conversar com o marine que estava me enxotando (ignorando o outro completamente):

– Você, loiro de terno. Não vou nem me dar ao trabalho de perguntar seu nome. Não faço ideia de que regras são essas que você está falando, muito menos lembro da Spades fazer negócios com o clã Nara. Gostaria de esclarecer isso antes de morrer? Quero saber das últimas movimentações do seu clã também. Vai falando tudo aí por favor, não sou a favor da prática de tortura, desbalanceia os meus chakras.

Pelo o que me lembrava, o líder daquele clã tinha uma velocidade surpreendente, então eu deveria ficar atenta caso seus associados também mostrassem essa característica. Caso alguém decidisse atacar, afundaria no tatame até a cintura para tentar desviar do golpe, criando uma espécie de corrente para se enrolar no alvo e jogá-lo no chão.





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