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[Loser's Town] Ninjas também... Hã... Esquecem...?

3 participantes

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Primeira Noite
☁ - 26º
Turnos até o amanhecer: 16
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Yoshizawa Hemumu era uma ninja de palavra.
Para si mesmo.

Por mais que tenha sido envolvido numa trama que mal envolvia a Spades, tenha aceitado ajudar a filha dos Riugas e tenha até mesmo se interessado pelo Pergaminho Secreto, nada disso era mais importante do que a sua vingança contra homens de terno. E nem mesmo um tenente da marinha era exceção. Dominada por pensamentos ofensivos para o seu novo alvo, a ninja rapidamente agiu para recuperar o metal utilizado no palco, não sem antes dar uma forcinha para Jyuna. Assim como esperava, a retirada brusca da sua kekkei genkai da estrutura fizera ela desabar com tudo, levantando uma cortina de poeira que era o que ela precisava naquele momento.

Realizando alguns selos de mão, uma enorme bola de mercúrio fora criada, saindo de dentro da cortina de poeira em alta velocidade na direção dos marinheiros. Pegos de surpresa, os ninjas que antes estavam procurando por ela nem tiveram tempo de reagir, sendo rapidamente deixados para trás. Quem logo percebeu do que aquele poder se tratava fora Togiki, que abrindo um sorriso enorme, começou a correr atrás da enorme bola de mercúrio.

- YOSHIZAWA HEMUMUUUUUUUUU!!!!!!!!! - Ele bradou enquanto a perseguia, sendo deixado para trás aos poucos.

Com um golpe daquele tamanho vindo do nada, os marinheiros e ninjas pelo caminho foram todos pegos de surpresa também, sendo atropelados e sendo deixados para trás cobertos de mercúrio. Alguns conseguiram perceber a tempo e pularam fora daquele “golpe improvisado”, outros até tentaram atacar a bola de metal, mas não obtiveram sucesso algum. Todos que atiravam ou atacavam com espadas e lanças acabavam perdendo a arma, que era sugada e misturada pela massa do mercúrio. No fim, Hemumu acabara atacando um outro que tentou ficar na frente da bola de mercúrio, os derrotando sem muito problema. Para a sua sorte, talvez, a rota que ela tomou não bateu com nenhum NPC mais forte – pegando apenas os capangas padrões.

Em questão de poucos segundos, numa ação rápida, Hemumu chegou no ponto que queria. Abandonou a bola de mercúrio e ganhou os ares, agora flutuando sobre um tatame de mercúrio. A bola que agora consistia em não só mercúrio mas também como pedaços de arma, pedra, tijolo e até alguns humanos, continuou a avançar na direção dos três figurões que se encaravam. O primeiro a notar aquele “ataque” fora Hillbert, o qual não demonstrou muita preocupação no geral. Sowji também não parecia preocupado e se mantinha focado em Konyaski que, por sua vez, deu as costas aos marinheiros por alguns segundos.

Ele então avançou na direção da bola de mercúrio gigante, fazendo alguns sinais de selo com a mão que logo em seguida deixou toda a extensão inferior do seu corpo negra. Como um atacante pronto para marcar um gol, ele chutou a massa do metal, enfrentando certa intensidade devido a velocidade e o peso atual dela naquele ponto. Porém, com mais um pouco de força, ele conseguiu rebater ela, chutando-a para trás, fazendo-a se desmanchar no ar. Mercúrio acabou caindo por boa parte do campo, principalmente sobre a cabeça de uma parte dos marinheiros e ninjas que lutavam naquele momento – os quais quase não notaram o líquido devido a intensidade de suas respectivas lutas.

Quase que sincronizado, os três olharam para cima, encarando Yoshizawa Hemumu.

- Eu sabia que você iria aparecer, a ninja do Kekkei Genkai de Metal. Seu clã… Yoshizawa, né? De que ilha você veio? Por qual motivo você está se metendo no meu plano? - Konyaski indagou a garota, desfazendo o seu jutsu de revestimento.

Hillbert e Sowji apenas encaravam a garota também. Diferente de Konyaski, eles eram “pessoas normais”, e agiram como tal. Entre cochichos baixos, Sowji retirou um DenDen Mushi do seu bolso e começou a falar algo com alguém, recebendo respostas logo em seguida. Devido à distância, nem Hemumu nem Konyaski conseguiram ouvir exatamente o que foi dito ali.

- Yoshizawa Hemumu, sim? Acredito que a senhorita não tenha nada a ver com o que está acontecendo aqui, então peço que não se envolva. Já que você está na organização da Spades, acredito que conheça certas “regras”. Lhe darei a chance de se retirar e fingir que nunca a vi aqui. Espero não ter que lhe aplicar a mesma punição do Sr. Uzunaki Konyaski. - Hillbert falou, mantendo uma expressão séria em direção a garota.

Por fim, mas não menos importante, devido a sua visão novamente elevada sobre o campo de batalha, um certo ponto rosa chamou a sua atenção de canto de olho. Jyuna vinha correndo em grande velocidade com sua espada quase maior que ela mesma, com uma expressão de ódio no rosto totalmente fixada em Konyaski. Seria questão de alguns poucos segundos até ela chegar no ponto onde o homem estava, o qual, novamente, ainda mantinha sua atenção em Yoshizawa.


Spoiler :

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Ok, a ideia daquela bola de gude gigante não foi das melhores – senti o balançar da esfera em cada obstáculo que enfrentava, sendo jogada de um lado pro outro dentro daquele rolo compressor de mercúrio. De dentro da esfera, devolvi o grito para Tojiki:

– NÃO ENCOSTE AS MÃOS EM MIM, TARADO IMUNDO!

Se ele ouviu, ficou para trás sem me responder (ou sem que eu ouvisse uma resposta). O pior de tudo é que eu não considerei que precisava dar um jeito de ficar de olho no caminho enquanto seguia adiante como uma besta de cauda descontrolada. Em certo momento, eu não conseguia nem saber se estava indo na direção que eu queria – sabia apenas que estava indo, como chakra mal utilizado em um jutsu. Quando comecei a ficar enjoada de tanto rolar e me debater ali dentro, a ponto até mesmo de esquecer o que eu estava fazendo, abandonei aquela bola imensa, deixando que ela seguisse seu rumo sem mim. Aquela ideia torta nunca mais.

Em cima do tatame de mercúrio, respirando fundo o ar fresco daquela noite, consegui colocar a cabeça no lugar (sem vomitar) e encontrar o alvo também. Coincidentemente (ou guiada pelas hábeis mãos de Nin-nin-sama), fui reto (ou quase) até o lugar que eu queria. Ver o homem no terninho preto serviu quase como um chute para me trazer de volta à realidade. Ao perceber que todos olhavam para mim, dei uma rápida arrumada nos cabelos e nas vestes, que estavam amassadas e desarrumadas graças a viagem turbulenta na bola gigante. Se fosse pra matar alguém, seria com educação e classe que o Clã Yoshizawa tinha me ensinado.

– Konyashi-san, começamos nossa relação com o pé de Nin-nin-sama errado. De um clã ninja para o outro, acredito que possamos nos resolver de outra forma. Nesse momento, preciso resolver uma outra questão, mas não com você. Mas por onde eu devo começar a explicar o motivo da minha urgência? Hmm…

Notei a garota espetada de cabelo rosa vindo correndo. Óbvio que ela não iria sair dali, como eu esperava, e sim vir direto atrapalhar minha matança e negociação – não necessariamente nessa ordem, mas bem perto disso. Talvez eu tenha esperado mais dela, imaginando que ela perceberia que tinha ficado presa por suas ações estúpidas, humilhada e liberada por uma completa desconhecida (que sou eu)... Estávamos todos em uma situação complicada.

– Jyuna-chan, por favor, não me atrapalhe agora. Os adultos vão precisar conversar, então vou pedir para você ficar quietinha aí para não se machucar. Caso contrário, vou precisar detê-la – falei, ameaçando-a com mercúrio. Caso ela discordasse, lançaria mercúrio líquido sucessivamente sobre ela até deixá-la enrolada e presa, endurecendo-o.

Talvez Konyashi entendesse melhor o caminho de uma ninja que busca vingança se eu explicasse melhor TOOOOODA a questão, da forma mais completa possível. Porém, a história seria muito longa, então não seria de todo um mal resumir algumas partes. Tenho a sensação de que resumiria os acontecimentos errados, mas falaria ainda assim. Meus olhos dançavam entre o líder dos Uzunakis e Hill(bert?) enquanto eu conversava.

– Eu cheguei nessa vila procurando o prédio do meu atual clã apenas para treinar. Fui atacada pelos nukenins do porto logo quando desembarquei, mas eles não foram necessariamente um problema. Nas minhas andanças, acabei me perdendo no meio da chuva… Aaa, verdade! Estava chovendo muito, eu não conseguia ver nada! Andei, andei, andei até chegar a um restaurante que estava sendo atacado por homens do seu clã. Eu queria muito comer um lámen gostoso, faz muito tempo que saí da minha ilha e não encontro um restaurante tradicional, foi aí que o caminho dos nossos clãs se cruzaram. Você deve ter recebido algum relato, mas devo dizer que agi apenas para me defender. De qualquer forma, o homem que está ao seu lado, esse demônio das trevas loiro de terno, deve fazer parte do Clã Nara, composto de ninjas e samurais vampiros assassinos que eu jurei destruir. Preciso coletar informações e livrar o mundo desse mal o mais rápido possível. Eles seguem um caminho antinatural e afastado dos ensinamentos de Nin-nin-sama. Você pode não acreditar, mas o líder dele fez isso comigo – falei, apontando com a mão que faltava um dedo para onde deveria estar minha sombra ausente. Além disso, comecei a desabotoar a camisa branca para mostrar o que se tornou meu seio esquerdo, uma cicatriz que representava um trauma físico e psicológico horrível e de dar nojo. – Me preocupo que esse clã queira forçar a servidão ou exterminar todos os outros. Por pouco não me tornei uma vampira completa, mas ainda recebi um selo amaldiçoado, até onde eu sei. É isso, acho que contei tudo… – fechei os botões da blusa, colocando a mão no queixo, pensativa e preocupada que tivesse deixado algo importante de fora. Não consegui pensar em nada, então acho que estava tudo ok. –  Enfim, nosso conflito nem deveria existir, pra início de conversa. Depois resolvemos essa questão de planos e tudo mais. Por agora, peço gentilmente, de ninja pra ninja, que dê três passos para a esquerda.

Esperava que esse discurso no jutsu, junto aos meus traumas e cicatrizes, tocassem os pontos sensíveis daquele líder e me desse passe livre para encarar o verdadeiro alvo dali. Ao contar aquela longa história, me dei conta que não fui tão urgente quanto necessário para retomar ao meu assunto principal, então voltei a conversar com o marine que estava me enxotando (ignorando o outro completamente):

– Você, loiro de terno. Não vou nem me dar ao trabalho de perguntar seu nome. Não faço ideia de que regras são essas que você está falando, muito menos lembro da Spades fazer negócios com o clã Nara. Gostaria de esclarecer isso antes de morrer? Quero saber das últimas movimentações do seu clã também. Vai falando tudo aí por favor, não sou a favor da prática de tortura, desbalanceia os meus chakras.

Pelo o que me lembrava, o líder daquele clã tinha uma velocidade surpreendente, então eu deveria ficar atenta caso seus associados também mostrassem essa característica. Caso alguém decidisse atacar, afundaria no tatame até a cintura para tentar desviar do golpe, criando uma espécie de corrente para se enrolar no alvo e jogá-lo no chão.





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Primeira Noite
☁ - 24º
Turnos até o amanhecer: 15
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O Discurso no Jutsu era uma técnica especial que apenas alguns ninjas destinados a grandes repercussões estavam fadados a dominar. Naquela madrugada de guerra, Yoshiwaza Hemumu iria provar que era uma delas. No entanto, a raiva de Jyuna era um grande potencial para por todo o seu jutsu por água abaixo e, ignorando completamente o aviso da ninja, ela continuou a avançar, deixando-a sem opções. Um jato rápido de metal fora lançado nos braços e pernas da garota, a qual nem notara o feito, percebendo apenas quando o mercúrio solidificou, fazendo-a cair de cara no chão.

- D-DESGRAÇADA!!! DE QUE LADO VOCÊ TÁ??? ME SOLTA, AGORA!!!!! - Ela bradava, voltando a se debater igual a alguns minutos atrás, tentando se soltar, inútilmente.

As primeiras palavras para Konyaski o pegou de surpresa, fazendo-o se interessar pelo o que ela iria contar, deixando-o assim sem intenções de atacar por hora. Conforme a garota falava, a expressão dos figurões que a ouviam mudava, fazendo com que aos poucos sua voz alcançasse até o campo de batalha. Inacreditavelmente, a potência daquele discurso fora tanta que, em questão de alguns segundos, toda a batalha no campo havia sido pausada. Todos os ninjas e marinheiros, naquele momento, estavam parados, fossem recebendo uma espadada nas costas ou socando o estômago de um.

O Discurso no Jutsu de Yoshizawa Hemumu foi super efetivo.

Pelo menos nos ninjas.

- YOOOOOSHIIIIIIIZAAAAAWAAAAA HEEEEEEMUUUUUMUUUUUU!!!!!!!! - Togiki gritou novamente, mas, dessa vez, ele tinha um certo tom de emoção na voz. Seus olhos estavam encharcados e ele estava chorando, emocionado com a história que havia acabado de ouvir.

Todos os outros Uzunakis agiram de forma parecida. As mulheres, por entenderem melhor do que ninguém a dor que seria não ter um dos seios, foram as mais afetadas, as quais choravam também. Os homens, por sua vez, mantinham uma expressão séria no rosto, trocando-a por uma de ódio logo em seguida em direção aos marinheiros. Tudo o que Hemumu havia dito naquela história fora completamente super bem aceito pelos ninjas Uzunaki que, agora, pareciam ter ganho mais uma motivação para lutar.

- …então foi isso o que aconteceu… - Konyaski falou baixinho, ainda audível para Hemumu, olhando para baixo para esconder algo. Assim que passou a mão pelo rosto, ele a ergueu, confiante, virando-se para o campo de batalha. - YOSHIZAWA HEMUMU NÃO É MAIS UMA INIMIGA! QUALQUER UM QUE PERCA A SOBRA PRO MALDITO JUTSU SELADOR DE ALMA DOS NARAS SÃO NOSSOS AMIGOS TAMBÉM! A PARTIR DE AGORA, DECLARO A UNIÃO NINJA ENTRE OS CLÃS UZUNAKI E YOSHIZAWA! NOSSO OBJETIVO É SIMPLES: DERROTAR TODOS ESSES DESGRAÇADOS DO CLÃ NARA QUE SE ESCONDEM ATRÁS DO TÍTULO DE MARINHEIROS! - O homem bradou, recebendo um estrondoso OOOOOOOOOOOOOOOO de resposta de todos os Uzunakis.

Naquele momento, todos os marinheiros, sem exceção alguma, tinham uma única expressão:


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Incrédulos com o que haviam acabado de escutar, a maioria não sabia se esperava por alguma ordem ou não sobre o que fazer. No geral, conforme os Uzunaki retornaram a atacar, eles retornaram a responder, e a batalha no campo começou mais uma vez. Porém, mais motivados do que nunca, os ninjas começaram a abrir uma vantagem numérica em relação aos marinheiros que começavam a cair primeiro. Retornando a realidade e saindo daquela expressão de “o que diabos acabou de acontecer aqui?”, Hillber pigarreou e olhou para Sowji, fazendo um movimento rápido com a cabeça em direção ao campo.

- Eu não acredito que uma palhaçada dessas motivou esses ninjas ao ponto deles começarem a ganhar a batalha… E pior, EU vou ter que ir sujar as mãos… Argh… - O homem reclamou em um claro tom de desapontamento. Se Sowji pudesse, ele mesmo teria respondido aquela besteira que havia acabado de ouvir, mas o dever o chamava. Ele se mandou para o campo de batalha, começando a ajudar seus marinheiros.

Hillbert se manteve em silêncio esse tempo todo, tentando, de alguma forma, entender a história contada por Hemumu na sua mente. Konyaski observava o tenente da marinha com sangue nos olhos, naquele ponto, parecendo mais um cachorro na coleira apenas aguardando a permissão de Hemumu para avançar nele. Após muito refletir, o homem retornou a olhar para a ninja, ainda com uma expressão séria no rosto.

- Yoshizawa Hemumu, pelo poder que a Marinha me deu e pela minha dignidade como um Tenente, estarei tendo que efetuar a sua prisão também. Irei considerar que, infelizmente, você optou por tomar o lado do Uzunaki Konyaski nessa confusão toda, tornando-se sua cúmplice. Prepare-se. - Ele havia desistido completamente de entender o lado da ninja. Talvez porque lhe faltavam informações mais fáceis de entender, ou só porque havia se tornado complicado demais. No fim, prender todos e levá-los sob custódia era a opção menos estressante para o tenente.

Esticando apenas sua mão direita para frente, Hillbert criou uma parede cinza e grossa na sua frente, a qual refletia perfeitamente a aparência de Konyaski. Agindo por instinto, o homem avançou, fazendo alguns selos de mão para escurecer suas pernas durante o caminho. Assim que chegou de frente ao espelho, ele o chutou, conseguindo rachá-lo com sucesso. Apesar de não ter quebrado e se desfeito, o espelho apenas rachou, e no momento que suas rachaduras por todo o seu corpo se completaram, uma espécie de “parede invisível” avançou contra Konyaski, atravessando seu corpo. Naquele momento, ele sentiu um enorme baque por todo o seu corpo, sendo lançado para trás com diversos pontos de dano causado pelo seu corpo.

Ainda mantendo sua expressão séria, Hillber agora virou sua mão direita para Hemumu, criando um enorme espelho para a garota também, que mesmo de longe conseguia ver o seu reflexo por completo. Devido a distância, o tenente optou por lançá-la na direção da garota, a qual iria receber o golpe em cheio em questão de alguns poucos segundos.


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Assim seria contada a lenda de Yoshizawa Hemumu: a reencarnação do deus shinobi que uniu os clãs contra a maior ameaça do mundo ninja já vista. Uma ameaça que estava acima da Marinha, da Spades, dos Riugas e dos Uzunakis. Uma causa comum e honrada para todos os clãs se juntarem. Infelizmente, na minha atual condição de ninja aprendiz (de Nine-sensei, que eu me orgulho muito), eu não estava possibilitada para selar nenhum acordo de paz. Ainda assim, o futuro continua promissor. 「O Discurso no Jutsu é uma técnica incrível. Que outros problemas será que eu consigo resolver com ele?」 Eventualmente eu seria capaz de sentir alguma coisa sobre esse momento, mas não agora. Minha mente e meu corpo estavam ainda mais concentrados e necessitados de resolver a pendência com o ninja Nara disfarçado de Tenente da Marinha.

– Cão do Clã Nara, por todos os ninjutsus e habilidades ninjas concedidos a mim diretamente por Nin-nin-sama, declaro que irei remover a sua mancha de escuridão desse mundo.


OST :

Com a etapa de troca de ameaças e farpas finalizada, a luta estava liberada, não sendo eu a única a perceber isso. O movimento seguinte do homem demoníaco deixou claro que ele também é portador de uma habilidade incomum, um adversário com uma kekkei genkai secreta. Observei bem a criação da superfície, que segurou o ataque de Konyashi, além de alguma força que o jogou para trás.

– Que tipo de jutsu é esse, Nara desgraçado?

Ele também não esqueceu de mim, criando o mesmo material e enviando na minha direção. Estreitei os olhos e percebi que era um espelho. Minha imagem estava ali, refletindo nele. Meu cachecol estava enrolado em uma Hemumu desarrumada, como imaginei que estaria após a viagem conturbada de bola de gude gigante… 「ESPERA AÍ! Maximillion roubou a minha sombra e o meu reflexo. Tenho 100% de certeza disso – a mesma certeza que tenho sobre ser uma Yoshizawa. Se eu não tenho reflexo, o que é aquilo que ele está refletindo?」 Seja lá o que for, deve ser extremamente perigoso. Minha imagem aparecer naquela superfície não é algo natural, nem estava certo. Duvidar disso é duvidar da Nine-sensei, que me explicou toda a situação de uma forma que só alguém experiente saberia, com uma preocupação digna de uma sensei para com a sua aluna exemplar. Talvez nem seja um reflexo vindo desse mundo, o que só aumenta as minhas preocupações sobre o caminho sobrenatural desse clã.

Enquanto me movia em cima do tatame para o sul de onde eu estava e para baixo, na tentativa de sair da zona de acerto do ataque, lancei alguns jatos de mercúrio líquido na direção do espelho, não necessariamente pra atacar, mas para desacelerar e tampar o meu reflexo. Caso o espelho mudasse de direção em pleno ar, eu saberia que o homem tinha a habilidade de manipular o material, não só de criar, ficando próximo da minha kekkei genkai. Se isso ocorresse, eu usaria o mercúrio lançado sobre o espelho para pressioná-lo até quebrar, solidificando em seguida para que os cacos ficassem presos e caíssem no chão.

Além de responder a ataques diretos de alguma forma, como vi acontecer contra Konyashi, não fazia ideia do que mais o marine era capaz de fazer com aquilo (e pretendia não descobrir da pior forma). Eu queria ir para o chão, onde eu seria naturalmente mais rápida, mas manteria distância do homem e o tatame por perto.

Precisava dificultar o fato de ser vista (ou refletida) por aquele material, e descobrir o que mais aqueles espelhos faziam. Eu era a primeira ninja da existência a não ter uma bomba de fumaça (teria que resolver esse lapso depois), então pensei em uma forma de atacar e levantar poeira junto. Com um selo de mão, comecei a concentrar uma massa de mercúrio no céu para dar início ao meu primeiro movimento ofensivo:

– Ninpou: Kiru Ame – uma chuva de kunais seria lançada sobre Hill e ao redor dele.

Me moveria mais para o sul após o jutsu, usando o tatame como escudo para me defender de algum ataque. Caso nenhuma agressão viesse, manipularia as kunais espalhadas pelo campo para melecar o chão ao redor do Nara com camadas de mercúrio líquido, na tentativa de atrasar os seus movimentos.





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Técnicas utilizadas :

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Primeira Noite
☁ - 24º
Turnos até o amanhecer: 14
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A aproximação do espelho fora drasticamente reduzida no momento que o mercúrio de Yoshizawa Hemumu o encharcou, fazendo-a ser capaz de desviar do golpe como se tivessem tacado uma bola de papel na sua direção. Porém, assim que pousou no chão, ela pode sentir por todo o seu corpo um frio estranho, como se ela estivesse encharcada de água. Por mais que olhasse para seu próprio corpo e sua roupa, ela não via nenhum pingo de água ou qualquer coisa do tipo, ainda que a sensação estivesse ali e fosse real. Ela também pôde confirmar que o espelho não mudou sua trajetória, ele apenas foi lançado reto – e ao tocar no chão, ele se desfez, fazendo com que aquela sensação sumisse também.

Buscando entender melhor como funcionava a Kekkei Genkai do seu oponente, seu próximo movimento fora do seu golpe assinatura: a chuva de kunais. Assim que Hillbert viu uma massa cinzenta se formar alguns metros acima da sua cabeça, ele rapidamente apontou suas duas mãos para cima, criando um espelho grande que refletiu a mesma massa cinzenta antes dela começar a disparar. Assim que as kunais começaram a serem lançadas, elas imediatamente foram de encontro com o espelho, batendo sobre ele e caindo para o lado. Algumas racharam e ficaram presas sobre a superfície refletida, mas a maioria fora para os lados, no chão do campo. Assim que a técnica de Hemumu terminou, o espelho novamente lançou uma onda invisível de ar, que destruiu todas as kunais que ficaram grudadas nela.

Usando as kunais que ficaram no chão voltando-as para o estado líquido, a garota pode se mover tranquilamente já que ela não era a única atacando Hillbert. Konyaski, com sua parte inferior completamente negra, avançou novamente contra o marinheiro que não tivera tempo dessa vez de criar um espelho inteiro para ele. O chute do Uzunaki fora mirando no joelho esquerdo do seu oponente, o qual só tivera tempo de criar um pequeno espelho que parecia refletir o pé direito do ninja. No entanto, devido ao seu tamanho, o espelho fora facilmente destruído com o chute potente que Konyaski realizou, acertando o tenente em cheio. Um alto som de metais se tocando foi realizado naquele encontro, e o "ataque invisível" não ocorreu como de praxe. Trocando sua expressão para uma rápida de "tsc", Hillbert se afastou com um pulo para trás, não sendo afetado pelo metal melocoso no chão, sem demonstrar um abalo físico notável.

Apontando suas mãos para frente, dois novos espelhos foram criados. Na esquerda, Uzunaki Konyaski. Na direita, Yoshizawa Hemumu. No entanto, dessa vez o tamanho dos espelhos era cinco vezes maior que o normal, medindo uns dez metros pra mais. Yoshizawa Hemumu podia ver sua pele como nunca havia visto antes, com alguns arranhões ali e aqui que só era capaz de ser notado agora devido ao “zoom” que o poder daquela Akuma no Mi tinha. Konyaski, por outro lado, pode ter uma noção melhor das dobras dos seus músculos bem treinados, sendo temporariamente abalado pela sua própria imagem.

- Tsc, o que a gente faz, Yoshizawa? Eu tenho velocidade e força, posso destruir esses “espelhos…?” facilmente. O problema é o que acontece em seguida. Sua Kekkei Genkai não pode fazer nada a respeito não? - Ele perguntou à garota enquanto coçava a cabeça, observando bem Hillbert como se procurasse uma oportunidade de avançar.

O tenente, por sua vez, não parecia muito disposto a esperar. Voltando a sua expressão séria de antes, ele começou a avançar em alta velocidade, dessa vez sem lançar os espelhos. Devido ao tamanho atual deles, Hemumu pode notar algo diferente naqueles reflexos. Normalmente os reflexos se movem conforme a pessoa refletida está no momento, porém, dessa vez, ela pode notar que a sua imagem refletida estava diferente. Era como se seu cabelo e roupa estivessem “molhados”, igual ao sentimento que ela tivera a alguns minutos atrás, fora que não estava se movendo. Alcançando primeiro Konyaski, o homem fizera com que o espelho dele se colidisse fortemente com o chão, uma vez que o ninja apenas desviou sem dificuldades. Porém, aquele impacto no chão em questão de segundos virou contra o modelo, fazendo-o receber um golpe invisível que o jogou alguns centímetros para trás – resultando em um pouco de sangue escorrendo do seu nariz.

Ao erguer o espelho, a ninja pode notar que havia uma pequena rachadura na região do nariz de Konyaski. Olhando para Hemumu logo em seguida, o homem decidiu avançar contra ela, assim como fizera com o Uzunaki. Dando um pulo alto, seu objetivo era descer com tudo sobre a ninja, que deveria pensar bem o que iria acontecer com ela caso deixasse o impacto do seu retrato com o chão afetá-la diretamente.

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Meu ataque não causou nenhum efeito relevante, além de mostrar que Hillbert podia se proteger facilmente e refletir o dano para o mercúrio que caía sobre ele. Nem ao menos consegui levantar poeira como pretendia ou espalhar o mercúrio pelo chão para dificultar a movimentação do homem. Aparentemente, se eu quisesse ter sucesso em acertar o corpo de Hill, deveria tentar ataques que não surgissem de um lado só.

– Lá vem ele de novo com essa esquisitice de espelhos – os novos espelhos criados tinham um tamanho exagerado, o que me levou a crer que o tamanho influenciava no ‘poder’, por assim dizer. Considerando que o menor não conseguiu parar o chute do Uzunaki e o maior tankou seus golpes e o fez voar longe, talvez essa linha de raciocínio estivesse correta.

Esse jutsu parece aprisionar a imagem de algo e refletir os danos causados a essa imagem para o corpo real… Olhando a rachadura no espelho e o seu nariz machucado d Konyaski, a teoria não deveria estar tão errada assim. O ponto que não fez sentido foi o frio que senti quando cobri o espelho com mercúrio. Será que aquilo caiu em alguma poça d'água depois? Vai saber. Além disso, tinha a cerejinha no bolo pro fato de eu estar sendo refletida no espelho de alguma forma, que eu só desisti de entender. Eu não tinha reflexo no meu próprio mercúrio, refletir em kekkei genkais alheias necessitava de uma análise que estava fora das minhas capacidades ninjas.

Outra questão é o espelho sumir ao tocar no chão, que aconteceu anteriormente. Isso se devia à distância entre o espelho e o usuário da técnica? Pois dessa última vez ele não desapareceu. Muitas e muitas perguntas, a maior parte delas sem respostas e sem um caminho lógico para encontrá-las. No fim, seria mais prático pensar em uma forma de interromper o uso da kekkei genkai, que era chata e confusa de se lidar.

– Não podemos acertar os espelhos grandes nem deixar ele danificar de alguma forma – foi o que comentei com o Uzunaki, levando a sua sugestão em consideração.

Aproveitando que o marine já estava pulando em mim, possivelmente para fazer algo parecido com o que fez com o companheiro Konyaski de nariz arrebentado, eu precisava dar um jeito de separar Hillbert dos espelhos. Concentrei chakra pra liberar uma espécie de chafariz de mercúrio na direção do homem, buscando ignorar o espelho e envolver os braços do oponente para prendê-lo em mercúrio sólido, enquanto direcionava o tatame que estava por perto para segurar os objetos e pousá-los delicadamente no chão às minhas costas. Tendo sucesso, transformaria o restante do mercúrio em kunais para lançá-las em seu corpo suspenso.

Se nada disso desse certo, restava tentar acertar o oponente com uma de minhas shurikens especiais de kairoseki, levando em conta os efeitos daquele material no corpo de usuários de akumados. Talvez aquilo pudesse impedir o efeito da técnica de alguma forma.





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Primeira Noite
☁ - 24º
Turnos até o amanhecer: 13
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Enquanto tentava entender o funcionamento por trás da Kekkei Genkai de seu oponente, Hemumu tinha que agir para impedir que os danos colaterais que ela já havia presenciado ocorressem contra ela. Utilizando um chafariz de mercúrio, ela obteve sucesso em pausar o ataque de Hillbert que vinha com tudo na sua direção, o cobrindo com seu mercúrio. Ao soltar o espelho, o tatame-drone da garota se encarregou de levar seu retrato gigante até o solo com delicadeza, evitando-a de receber qualquer dano colateral dele – no entanto, ela só havia conseguido separar o seu espelho dele.

Devido a velocidade do movimento de queda, o mercúrio da ninja afetou apenas o braço direito de seu oponente, deixando o esquerdo livre. Utilizando o retrato de Konyaski, Hillbert o lançou na direção da garota, atingindo-a em cheio no seu estômago. O impacto, porém, não fora tão prejudicial assim a Hemumu - talvez força não era exatamente o ponto forte daquele homem. Ainda assim, um retrato gigante de mais de dez metros que a cobriu completamente fora o suficiente para fazê-la perdê-lo de vista. Surgindo atrás dela, o homem a socou, atravessando sua cabeça que se desfez imediatamente em um amontoado de metal escuro.

- Oh, então esse metal é logia? - Ele indagou a si mesmo, afastando sua mão para realizar outro soco.

No entanto, Konyaski surgiu nesse momento. Batalhas ninjas em pleno ar tinham a vantagem de durar muito tempo devido ao orçamento das empresas animadores não focarem tanto na realidade da gravidade, dando tempo assim do especialista em golpes com as pernas se juntar aquela festa. A mão que estava pronta para socar Hemumu tivera que ser usada pra defesa, uma vez que o Uzunaki surgiu em cima de ambos, chutando o marinheiro com o seu calcanhar direito.

- Uma logia e um usuário avançado de golpes físicos com Haki do Armamento. Parece que eu vou ter trabalho sozinho… - Ele falou novamente, dando uma leve olhada para o campo de batalha dos minions em uma aparente busca por seu companheiro.

- COMO SE EU FOSSE DEIXAR! - Konyaski então bradou, acendendo uma chama laranja em suas pernas.

Aumentando ainda mais a força do seu golpe em um nível que Hillbert não parecia que iria segurar apenas com seu esforço, o inevitável aconteceu: ele foi lançado para baixo com tudo, se chocando fortemente contra o solo. Uma leve cortinha de poeira surgiu com a força do impacto, dando uma leve folga para Hemumu repensar nos seus planos. Se a mesma também olhasse para o campo de batalha, veria que o subtenente estava ocupado cercado de vários outros Uzunakis, mas que não seria difícil para ele se livrar e se meter naquela luta caso fosse chamado também.

Uma vez que a poeira abaixou e ambos os ninjas pousaram no chão, puderam perceber um espelho embaixo de Hillbert se desfazer aos poucos. Devido ao que rolou no ar, as shurikens especiais da ninja acabaram não sendo usadas, mas ela teria uma nova chance para isso. De pé novamente, Hillbert apontou suas mãos para frente, começando a disparar diversos espelhos pequenos de 30cm no máximo, com várias partes do corpo de Hemumu e Konyaski. O Uzunaki imediatamente começou a correr lateralmente enquanto se aproximava do marinheiro, tornando suas pernas mais uma vez negras e então acendendo-as com uma chama laranja. Conforme ele avançava, suas roupas iam se rasgando e arranhões iam surgindo por seu corpo, coisa que também aconteceria em breve com Hemumu uma vez que os seus mini-espelhos a alcançassem.

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– Vai ter trabalho sim. Você achou mesmo que seria suficiente para lidar com dois ninjas? – minha voz saiu de algum lugar, visto que momentos antes a mão de Hillbert estava no meio da minha cabeça.

Aquele Nara tinha um estilo de luta bem esquisito. Eu já havia desistido de entender a sua habilidade especial com os espelhos, mas não imaginei que ele próprio fosse um adversário tão difícil de ler (e prever). Pouco tempo atrás, o vi parando um chute de Konyaski sem nenhuma dificuldade – sem suar ou se surpreender – então imaginei que força fosse um dos seus pontos fortes. Devo ter deixado algo passar durante essas análises.

De qualquer forma, não precisava mais esconder o fato de que minha kekkei genkai envolvia todo o meu corpo. Sinceramente, esperava usar aquilo para me aproximar e realizar um ataque surpresa, mas ao menos poderia tentar ações mais arriscadas. Será que ele é capaz de usar o chakra de revestimento nos espelhos? Ataques físicos causados pelo impacto do espelho no meu corpo, como cortes, não eram exatamente a minha preocupação. Mas se envolvesse chakra especial ou efeitos “mágicos” que aqueles objetos pareciam causar, aí sim meu corpo real poderia sofrer as consequências.

Vendo o Uzunaki receber leves cortes dos espelhos, imaginei que aquilo não fosse afetar meu corpo de mercúrio, só que nunca se sabe. Afinal, a habilidade especial do marine não parecia seguir algum tipo de regra. Desviar daquilo seria melhor do que arriscar e acordar sem o outro peito. Criei dois tatames de mercúrio para ir pulando de um para o outro, enquanto direcionava o que eu tinha acabado de pular mais para frente, usando a minha agilidade para superar a velocidade padrão da akuma. O objetivo era desviar e sair do alcance daquele ataque, mas os tatames também poderiam ser usados para me proteger de surpresas.

Precisava chamar a atenção do marine para um ponto específico, assim Konyaski teria a abertura necessária para realizar o seu ataque. Eu tinha um jutsu perfeito para essa situação, então realizei os habituais selos de mão enquanto criava shurikens para o próximo ataque. 「Nine-sensei, espere por novidades no meu treinamento!」 E com aquela fome de me provar, liberei o jutsu:

– Ninpou: Nagare Shuriken!

Será que o homem saberia diferenciar kunais de shurikens? Só assim para ele perceber que se tratava de um jutsu diferente. Se o homem imaginasse que eu estava atacando com uma chuva de armas ninjas de mercúrio de novo, cairia na minha armadilha (e era isso mesmo que eu queria). Ele até poderia usar a mesma defesa de espelhos, mas felizmente aquela técnica tinha uma segunda parte – após o primeiro ataque, outro seria realizado de diversos ângulos diferentes.

Dessa vez, acredito conseguir alcançar o corpo dele.





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Técnica :

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Primeira Noite
☁ - 24º
Turnos até o amanhecer: 12
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Conforme a batalha ia se estendendo, os ninjas começavam a pressionar cada vez mais Hillbert, que não mais conseguia agir tão livremente como antes. Com Konyaski avançando em grande velocidade por um lado e Hemumu pronta para atacá-lo pelo outro, o marinheiro começava a dar claros sinais de que, devido ao funcionamento da sua Akuma no Mi, ele não era o tipo de lutador que conseguia resolver tudo sozinho, por mais que ele fosse um tenente da marinha.

Assim como havia pensado, Yoshizawa Hemumu tivera a ideia certa ao notar os arranhões que o Uzunaki recebera não afetariam o seu corpo de mercúrio. Ao desviar dos ataques de mini-espelhos usando seus tatames os fazendo se chocar com o chão, pequenos arranhões surgiram sobre seu corpo, mas nenhum realmente a feriu, apenas momentaneamente desfazendo a forma natural do seu corpo para a metálica. Uma vez que não precisava se preocupar com aquilo, criar a abertura que precisava para a ação de Konyaski terminou sendo possível.

Criando uma grande massa cinzenta de mercúrio novamente, Hillbert que já havia visto aquela cena repetiu o mesmo processo, criando uma cópia de espelho gigante igual ao poder da ninja. Assim que ela o disparou, ele se escondeu atrás do espelho, acreditando estar livre para se preocupar com Konyaski que havia finalmente o alcançado. Como um atacante de frente pro gol, o ninja o chutou, fazendo com que o marinheiro rapidamente tivesse que criar um espelho triplo na sua frente para segurar o impacto. Hemumu que observava de longe pode notar que os três espelhos eram diferentes. O primeiro tinha a imagem de Konyaski, mas os outros dois logo em seguida tinham apenas borrões nas cores do ninja, sem a sua forma concreta.

O impacto do chute pôde ser ouvido por todo o campo de batalha. Por mais que força não fosse o forte de Hillbert, resistência ele parecia ter de sobra. Não era qualquer um que seguraria aquela bica sem ter um bom par de culhões. Imediatamente o primeiro espelho rachou, mostrando sérios sinais de que quebraria em questão de alguns segundos. Como esperado, aquela mesma intensidade de poder retornou contra Konyaski, que por mais que tivesse sangue escorrendo por sua boca e testa, não parava de pressionar com seu super chute.

Fora nesse momento que as shurikens de Yoshizawa Hemumu entraram em cena. No momento que a habilidade iria hitar o espelho atrás do tenente, um drift ocorreu, mudando a sua direção. Hillbert que já estava tendo sérios problemas para segurar o impacto de Konyaski, naquele momento, se viu de mãos atadas, optando por receber metal em seu corpo. Diversas shurikens começaram a se chocar contra o corpo do homem que tivera sucesso em ativar o seu Haki do Armamento. O som de metais se chocando pudera ser ouvido como se fosse o som da chuva se chocando com o solo, o qual não durou por muito tempo. Devido a pressão dupla, em algum dos lados o marinheiro iria ter que ceder, ele só não esperava que fosse dos dois.

Konyaski atravessou o primeiro espelho finalmente, recebendo ainda mais dano que fizera seu corpo cuspir sangue como um hidrante, atravessando os outros dois com mais facilidade ainda. O pé direito do ninja enfim alcançou o estômago de Hillbert, o lançando violentamente contra a parede da residência dos Riugas. O restante das shurikens de mercúrio de Hemumu foram logo atrás, não mais emitindo o som metálico de antes ao encontrarem o seu alvo. Ainda de pé, ferido e ofegante, Konyaski gritou, estendendo sua mão direita para cima.

- NÃO SUBESTIMEM OS NINJAS DO CLÃ UZUNAKI!

- OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!! - Fora a resposta que ele obtivera dos outros ninjas.

A batalha no campo começava ficar totalmente a favor dos ninjas, uma vez que boa parte dos marinheiros já haviam sido derrubados. Hemumu pode notar que, ao olhar para o campo, Sowji avançava rapidamente na direção em que seu tenente havia sido lançado enquanto era seguido por um grupo de Uzunakis de casaco verde. Como médica, ela podia notar que não só Konyaski que, por mais que estivesse de pé estava bastante ferido, haviam diversos outros possíveis pacientes ninjas caso ela quisesse agir como tal. Como ninja, ela ainda não podia confirmar se Hillbert estava realmente derrotado, por mais que não tivesse mais nenhum sinal de movimentação dele vindo da direção dos bambuzais onde caiu.


Spoiler :

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Hillbert podia ser forte, mas não estava preparado para lutar contra dois shinobis. O conhecimento ninja voltado para estratégia de batalha colocado em prática por uma kunoichi talentosa e em treinamento da Spades, vulgo eu mesma, acabou pegando o Nara de surpresa. Assim, ele foi atingido por um jutsu combinado de shurikens de mercúrio somado ao chute com chakra revestindo a perna de Konyaski (não necessariamente nessa ordem).

Hillbert foi lançado como um pacotão de pergaminhos velhos e inúteis até o outro lado do campo, atravessando a parede e danificando o lugar. Não deu pra ter certeza sobre a sua situação. Vivo e pronto pra mais combate? Ou vivo e incapacitado? Eu esperava mesmo que ele estivesse mortinho da Silva, pronto pro enterro. Minha prioridade de eliminar o ninja patife só estaria cumprida com o adversário definitivamente eliminado, então eu teria que confirmar essa informação.

Ao olhar ao redor do campo de batalha vi que os Uzunakis pareciam estar vencendo do restante, e notei a presença de Jyuna – alguém que eu precisei salvar em algum momento durante a minha existência naquela vila. Puxei-a através do mercúrio que estava incapacitando seus movimentos para tirá-la do meio da confusão. Vai que ela acabava sendo pisoteada sem querer? Sua mãe não ficaria nada feliz. Além disso, eu ainda tinha que compensar pelo prato de comida e informações que a Riuga me deu no restaurante.

– Minha missão ainda não terminou, preciso confirmar o abate. Volto já!

Após falar isso para Konyaski, criei algumas kunais de mercúrio para levá-las junto comigo e com a filha de Juubi-san até o local onde Hillbert havia sido lançado. O seu parceiro (que eu precisava averiguar se usava terno, porque eu não lembrava, e, como consequência, ser eliminado com urgência) corria para alcançá-lo. Olhei para o céu, tentando entender o horário e quanto tempo eu tinha. Não tive muito sucesso com isso, só sabia que em algum momento iria amanhecer, o que significava o fim obrigatório do meu expediente. Precisava adiantar o meu lado, finalizando Hillbert.

Enquanto me movia, pensei sobre a situação dos Uzunakis, descobrindo outro problema (um bem importante, inclusive). Como aprendiz oficial da Spades, eu não tinha autoridade suficiente para oficializar negociações, por mais que eu me esforçasse para ser uma aluna exemplar da Nine-sensei. Então, eu teria que arranjar alguém com esse nível de autoridade no clã para formalizar o acordo de paz, dando fim a confusão.

Mas assim como um ninjutsu, era necessário acertar os selos de mão antes de alcançar algum resultado. Em resumo: um passo de cada vez. Primeiro Hillbert, depois procurar a base da Spades, aguardar o sol se pôr e trazer alguém capaz de selar aquele acordo.





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Primeira Noite
☁ - 22º
Turnos até o amanhecer: 11
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Apesar de ferido, Konyaski não estava morto. Muito pelo contrário, todo aquele sangue derramado, de alguma forma, fazia com que um sorriso de satisfação estivesse estampado na sua cara. Respirando fundo, sendo esse o máximo de movimentação que ele conseguia fazer agora, o homem caiu para trás, sentado no chão. Conforme cambaleou para trás, porém, antes que caísse por completo, uma figura feminina surgiu atrás dele, delicadamente o repousando no chão. Hemumu a reconheceu imediatamente, era a mesma que estava a alguns minutos atrás ao lado dele durante o discurso. Com seu rosto ainda escondido pela máscara de raposa, a bola vermelha que flutuava ao seu lado começou a brilhar num tom avermelhado, envolvendo todo o corpo de Konyaski.

- Foi mal, Yoshizawa. Vou precisar descansar um pouco, parece que perdi mais sangue do que imaginava. Deixo contigo a missão de confirmar a morte daquele marinheiro desgraçado. - Ele a respondeu, fechando os olhos logo em seguida enquanto era tratado. A mulher raposa não falara nada desde que apareceu ali, permanecendo em silêncio enquanto aplicava o que parecia ser o seu poder sobre o corpo do líder dos Uzunaki.

Lembrando-se da Jyuna, largada no meio da batalha toda xoxa carrapata no chão, a ninja optou por levá-la consigo dessa vez já que poderia ser perigoso abandonar a garota sozinha outra vez. Assim que a puxou, ela pode notar algumas lágrimas no canto dos olhos da ninja de cabelo rosa, que rapidamente sumiram logo que ela notou quem era a garota a puxando.

- DESGRAÇADA! COMO VOCÊ OUSA ME PRENDER?! EU TENHO QUE ME VINGAR DA HUMILHAÇÃO QUE AQUELE MALDITO UZUNAKI ME FEZ PASSAR! ME SOLTAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!! - Ela bradou de imediato enquanto se debatia para, novamente, tentar se soltar sem sucesso.

A madrugada estava no seu pico máximo naquele momento, o céu continuava extremamente escuro e o clima só não era mais frio devido ao calor da batalha que ia encontrando seu fim. Ao perceber Sowji se dirigindo até onde Hillbert havia caído, ela pôde ter uma segunda melhor visão da sua aparência. Um pouco maior que ela no quesito altura, sua roupa era claramente um uniforme da marinha de alta hierarquia, principalmente devido aos brilhos e bordas bem acabadas que brilhavam como se fossem feitas de ouro. Enquanto ouvia Jyuna chamá-la dos mais diversos nomes ofensivos possíveis, os olhos de Sowji encontraram o de Hemumu. Ao perceber a garota o encarando, o marinheiro sorriu, aumentando a sua velocidade e consequentemente despistando os Uzunakis que o seguiam, chegando em Hillbert primeiro.

Quando chegou no lugar, um forte som de tosse pôde ser ouvido por Hemumu. Naquele ponto, Jyuna já havia desisto de reclamar e agora apenas aceitava o seu destino como chaveiro de kunai da ninja. Hillbert estava caído sobre alguns bambus que amorteceram a sua queda, extremamente ferido em diversos pontos do seu corpo. Algumas partes escorriam sangue, enquanto outras ainda tinha as kunais de mercúrio fincada no corpo dele. No meio do seu estômago é onde estava o pior ferimento. Extremamente roxo e com sinais de queimadura elevada, era possível ver que pros órgãos internos do marinheiro terem sobrevivido a aquele golpe ele provavelmente agiu no último segundo para proteger essa área, caso contrário…

Incrédulo com o que via, Sowji virou-se para Hemumu, num misto de expressões que quase transformaram seu rosto bonito em algo saído direto de um filme de terror.

- V-VOCÊS SÃO MALUCOS?! OLHA O ESTADO QUE DEIXARAM UM TENENTE DA MARINHA! DA MARINHA! NÃO TEMEM A MORTE!? VOCÊS ACHAM MESMO QUE A MARINHA VAI PERMITIR QUE ISSO SAIA IMPUNE?! - Ele bradava cuspindo as palavras, sem se importar com manter aparências. - AHAHA! AHAHAHA! VOCÊS “NINJAS” ESTÃO CONDENADOS! CONDENADOS! DIGAM ADEUS PRA ESSA ILHAZINHA PODRE, TUDO IRÁ SUMIR EM BREVE! AHAHAHAHAHAH!! - Em meio a loucura, um DenDenMushi caiu do bolso do homem, o qual estava ativo no momento passando tudo o que dito ali para alguém.

Os Uzunakis que perseguiram Sowji logo chegaram ao local também, mantendo-se a postos alguns metros atrás de Hemumu. Um deles chegou a comentar que ouviram o comando do “Tokigi-aniki” e estavam ali para ajudá-la e, caso fosse necessário, ela podia comandá-los para algo, dando a entender que eram subordinados ligados direto ao tarado de cabelo vermelho que estava, atualmente, perdido no meio do campo de batalha. Após analisar a situação inteira, a chaveirinho de kunai ninja foi a primeira a falar.

- Você vai mesmo matar um Tenente da Marinha? Você não é da Spades? - Jyuna indagou observando os homens de início, continuando em seguida. - Eu… Entendo o seu lado e não te tiro esse direito. N-Não me entenda errado, não é como se eu me preocupasse com você ou algo do tipo! Só não quero que a ilha onde a minha família mora seja alvejada por canhões da marinha… Não é melhor deixá-los fugir? Ou então… Matar os dois? - Ela propôs, agora, observando Hemumu, esperando por sua resposta.

Sowji havia sido afetado mentalmente com a cena do seu tenente quase morto. Ele estava andando de um lado para o outro, em frente ao marinheiro caído, enquanto murmurava perguntas e respostas a si mesmo que variavam de como destruir Loser’s Town inteira a como ela escaparia dali com Hillbert naquele estado. De qualquer forma, tanto ele quanto o homem que o deixou naquele estado não estavam em condições alguma de lutar, sendo presas extremamente fáceis para a decisão final de Yoshizawa Hemumu.

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Os gritos e berros de Jyuna entravam e saiam por minha cabeça, como se ela falasse em códigos – talvez códigos gritados em um megafone. Mas concentrada como eu estava em alcançar Hillbert, pouco importava o que ela queria. Já não estava salvando aquela garota? Então tava tudo certo. Sou ninja, não babá. O fato do companheiro ter acelerado o passo para alcançar o Nara disfarçado de tenente só fez com que eu fosse mais rápido também, puxando a gritadeira pelo caminho. No fim, vi o que eu queria: o alvo ainda não estava morto. Apesar de bem machucado, Hillbert mantinha a alma bem presa no corpo. O vírus que fez Jyuna gritar passou para o companheiro do tenente, que queria parecer ameaçador. Queria.

– Sim, Jyuna-chan, sou do clã da Spades. Isso não me faz aliada da marinha, de qualquer forma – pelo que me explicaram na última estadia, a Spades tinha diversos desentendimentos com a marinha, aliança já não era mais um termo que definia bem aquela relação. – Se o rapazinho quiser pagar por sua vida, talvez possamos negociar um valor. Porém, o derrotado ali fica onde está.

Falei calmamente para a garota, mas alto o suficiente para qualquer um ouvir. Dinheiro deveria manter a Spades satisfeita, mas o que eu queria mesmo é ganhar tempo para decidir a cartada que eu daria no ser arrogante. Então ele acha que a vida dele era tão importante a ponto de ameaçar explodir uma ilha inteira? 「Tsc, esses marines…」

Fiz um movimento com o braço, para que as kunais criadas anteriormente fechassem o cerco e ficassem ainda mais ameaçadoras, tentando adicionar mais armas para deixar o momento bem impactante. Não sabia muito bem como funcionava a hierarquia da Marinha, muito menos se ele podia realizar uma ação como aquela. No fim, aquilo poderia ser um blefe desesperado – ele, ao menos, parecia bem desesperado. E eu também poderia blefar. Acostumado a fazer tantas ameaças, como ele se sentiria com uma ameaça de morte feita tão de pertinho, em uma situação onde ele estava tão acuado e desprotegido?

– Você é aluno desse patife? – perguntei, encarando o rapaz. Ele não vestia um terno propriamente dito como o outro, mas, com abstração, suas vestimentas até poderiam se passar por um. – Não sei se você percebeu, mas esta ilha está longe de ser um território onde seu clã domina. Sobre quem você pretende destruir, bem… Vou purificar as vidas inocentes perdidas durante a destruição dessa vila com a sua. Com essas lâminas – apontei para as kunais brilhantes ao redor, que pareciam reluzir nas pontinhas afiadas, como se respondessem ao chamado – vou cavar a sua pele e carne durante dias. E quando você pensar que acabou, vou curar seu corpo e fazer tudo de novo, até encontrar sua alma e selar em um lugar que fará você sofrer pela eternidade. Então, o que me diz? Podemos começar?

Qualquer tentativa de ataque seria rechaçada com uma chuva de kunais no furico do rapaz, inclusive as que estavam grudadas no tenente, que eu pretendia acertá-lo de surpresa pelas costas, assim como respostas contrárias a concordar com aqueles termos. Se ele ficasse em choque, tentaria desacordá-lo com um socão, juntando algumas kunais para formar um punho grande de mercúrio pra cacetar sua cabeça – três punhos, se fosse preciso, cada soco formando uma postura do Jokenpô. Ele não era meu alvo, então eu não queria realmente matá-lo, o intuito era apenas resolver meus assuntos com Hillbert. Pediria que os ninjas jogassem Sowji no mar para que ele ficasse à mercê da própria sorte.

Olhar para o Den Den Mushi após minha última conversa com Nine-sensei me trouxe o desejo de falar com alguém através dele. Desde que usei um daqueles para reportar minha missão (e ser aceita oficialmente como aluna do clã), fiquei imaginando como seria legal carregar um em minhas missões como ninja. Seria ótimo para conseguir informações, como exemplo, descobrir onde fica a base da Spades da ilha que eu estou agora.

Lançaria minha mão em direção ao caramujo, trazendo-a de volta segurando o bicho. Quem será que estava do outro lado da linha? Será que tinha realmente ouvido alguma coisa? Enquanto o homem decidia o futuro da sua vida, eu poderia descobrir. Limpei a garganta antes de começar a falar:

– Moshi moshi?





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Primeira Noite
☁ - 22º
Turnos até o amanhecer: 10
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A fala de Sowji perante o que iria acontecer com aquela ilha não afetou os ninjas que ouviam o seu discurso desesperado naquela hora, tão pouco Hemumu, seu principal alvo. Mostrando um lado tão frio quanto aquela noite, o subtenete ouviu tudo o que a garota tinha a dizer, abaixando seu rosto conforme ela falava. Assim que a ninja terminou, o mesmo não demonstrou nenhuma reação, sem respondê-la, como se tivesse ficado “em choque”. Ao dar um cascudo nele com uma mão de mercúrio, o homem caiu no chão, sentado, rindo de forma muda. A capacidade mental dos homens da marinha não pareciam lá essas coisas, pelo menos não ultimamente. Com uma segunda forte tossida, Hillbert parecia ter recuperado sua consciência, observando com certa dificuldade a situação ao seu redor.

- Navio um… Kabom! Navio dois… Kaboom! Navio três… Kabooom! - Sowji murmurava baixinho, completamente fora de si.

Naquela altura, o subtenente não era mais um perigo para Hemumu. Conforme mandou, os Uzunakis foram até o homem, erguendo-o do chão todo mole como se fosse ele que tivesse apanhado como seu tenente apanhou. Porém, assim que iam saindo dali, um pedido de “esperem” fora dado pelo marinheiro ferido. Ele tentou se levantar, sem muito sucesso, optando no fim por ficar naquela posição mesmo. Talvez ele já soubesse que não iria escapar dali com vida, mas ainda tinha coisas a fazer.

- O subtenente Sowji… Ele é um b-bom rapaz, n-não o ma…tem… - Ele falava com a voz pesada, respirando com grande dificuldade entre cada palavra dita. - Me-eus homens… O-os que sob-breviveram… P-por favor… Os po-lpem… - E finalizou, tossindo fortemente outra vez.

Como médica, Hemumu podia notar que o homem já estava nas últimas e talvez fosse até melhor ela aplica o golpe final logo, por mais que ele não demonstrasse estar sofrendo de dores. Como ninja, ela ainda havia coisas a fazer. Notando o Den Den Mushi que Sowji derrubou e lembrando-se como ele funcionava graças a conversa que tivera com Nine, ela rapidamente pegou o pequeno caramujo com uma mão, pegando o comunicador de suas costas com a outra,  trazendo-o para perto do seu rosto. Assim que retirou o comunicador e falou algo, um som de chamada começou a ser feito.

“Purupurupurupuru. Purupurupurupuru. Purupurupurupuru.
Purupurupurupuru. Purupurupurupuru. Purupurupurupuru.
Purupurupurupuru. Purupurupurupuru. Gacha.”


- Tenente Hillbert, presumo? Tudo certo com a sua missão? - Uma voz feminina e áspera surgiu do outro lado da linha.

O silêncio que tomou conta daquela área só não foi completo graças ao som das pequenas batalhas que ainda ocorriam alguns metros atrás ali do grupo. Jyuna, que até então tinha optado por falar mais, nesse momento se encontrava em silêncio após ouvir tudo o que ouviu. Talvez a garota ainda não estivesse tão pronta assim para se tornar uma ninja sucessora dos Riugas como a mesma proclamava. Ouvir um pouco a verdade, talvez, havia a colocado no seu lugar, fazendo-a ficar quietinha por vontade própria. Ao ouvir aquela voz, Sowji parecia ter “despertado” do seu momento de loucura, começando a se debater nos braços dos Uzunaki. Ao perceberem a súbita mudança dos rapaz, os ninjas rapidamente agiram para contê-lo, tampando a sua boca antes que o mesmo conseguisse gritar algo novamente.

Mas aquela comoção do subtenente não era a única coisa que Hemumu teria pra se preocupar no momento.

A seguinte frase vinda do campo de batalha também chamou a sua atenção: “OS SPADES CHEGARAM! PREPAREM-SE PARA A BATALHA! OOOOOOOOO!!!”. Do ponto onde a ninja estava ela não tinha mais uma visão do local onde havia batalhado instantes atrás, mas ainda era possível ouvir um pouco, ainda mais um grito de guerra desses. Os Uzunakis próximos a Hemumu que seguravam Sowji imediatamente olharam para a garota, mostrando confusão. Para eles, os Spades estavam do lado da garota, já que ela mesma havia proclamado ser uma, então o que aquilo significava?

- C-Calma! A Yoshizawa é uma Spades também! É s-só um mal-entendido!V-Vocês não estão duvidando dela, estão?! - Jyuna, que se recuperou do seu pequeno momento de reflexão, bradou aos ninjas. Após ouvir a garota eles começaram a cochichar entre si coisas como “sim, ela tem razão” e “mas e se não for? ela não mostrou nada que prova ser da spades…” e coisas do tipo. Apesar do momento de dúvida, eles ainda seguravam Sowji e o impedia de se soltar.

Hillbert ainda estava vivo e consciente, pedindo misericórdia por seus homens. Sowji havia recuperado sua sanidade e estava lutando para alcançar o Den Den Mushi que Hemumu segurava. Os Uzunakis estavam desconfiando da ninja. Jyuna estava do lado de Hemumu, mas com certo apreço do que fazer. Os Spades haviam finalmente chegado no campo de batalha que, atualmente, estava uma bagunça. Caso nada fosse feito, era capaz de uma segunda batalha realmente começar, assim como a luz do dia que começava a setar a sua chegada em Loser’s Town.

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Sowji entrou em um estado psicológico que seria desonroso e lastimável causar qualquer dano. Apesar de ninja, não era do meu feitio sair por aí batendo em doidos, crianças ou idosos, a não ser que eles merecessem muito (ou fizesse parte da missão). Com minhas mãos no den den mushi, aguardando a ligação ser atendida, achei melhor resolver aquela questão, antes de ouvir alguém do outro lado da linha.

– Então é assim que você blefa? – comentei, recuando o mercúrio de cima do rapaz, que não parecia nem saber onde estava.

Após uma eternidade aguardando na linha, fui atendida por uma voz feminina, áspera e completamente desconhecida. Levei um momento para decidir o que falaria, já que estava dividindo minha mente entre eliminar logo Hillbert ou aguardar que ele morresse lentamente. 「Hmm… Não é a Nine-sensei.」 Pra falar a verdade, seria muito estranho se fosse, mas por um momento eu considerei que aquilo tudo pudesse ser um teste dela. Eu ainda estava em treinamento, certo? Pelo nível de decepção, acabei respondendo da forma mais óbvia que podia: desligando o Den Den Mushi e deixando aquilo pra lá. Manteria o caramujo por perto, talvez alguém da Spades pudesse achar alguma utilidade.

Deixei que as kunais caíssem sobre Hillbert pra finalizar o serviço de uma vez por todas. Pelo balançar das folhas da grande árvore do mundo ninja, eu não teria tanto tempo assim para ficar vigiando o homem até que o véu da morte o cobrisse por completo, ainda mais quando as forças do local pareciam se reorganizar para uma nova luta. Olhando para o céu, temi pela luz do sol, uma das minhas maiores fraquezas nesse momento. Lembrei do ser das trevas que tinha roubado minha sombra, e senti uma onda de repulsa. Precisava reconquistar minha honra e recuperar minha sombra, mas isso ainda estava distante. Por enquanto, minha prioridade era concluir o meu horário de trabalho e arranjar um lugarzinho para descansar. Ao menos, minha mente começou a se libertar daquele alvo, permitindo que eu pudesse pensar em outras coisas, como o grito mencionando meu clã e da minha missão anterior.

– Spades? Acho que meu clã chegou. Peguem o rapaz e vamos lá ver. Consegue andar, Jyuna-chan? Acho melhor você não aparecer lá como uma prisioneira.

Liberaria a Riuga para me concentrar em outro corpo, que eu esperava estar morto e começando a esfriar. Criaria uma espécie de pinça com o metal prateado da minha kekkei genkai para “coletar” Hillbert de qualquer jeito para levar até o pátio. Estando morto, ele não deveria se importar, mas estando vivo, eu é que não me importaria. A Spades precisaria de um relatório do que havia acontecido, e eu, como aluna exemplar e ninja em ascensão daquele clã, poderia oferecer isso.

Antes mesmo de começar a me mover rumo ao som da confusão, eu meio que já tinha em mente o que reportar: entrei na ilha e acabei me perdendo, mas descobri sobre os clãs ninjas e decidi investigar. Em determinado momento, me deparei com o envolvimento da marinha e resolvi me meter, recebendo o apoio dos Uzunakis para derrubar o tenente, subtenente e demais homens. Entregaria o corpo morto, Sowji e o den den mushi para que a pessoa responsável por aquela vila decidisse o que fazer, pedindo que os líderes dos clãs Riuga e Uzunaki fossem chamados para discutir um acordo de paz, tendo a Spades de intermediária. Sobre Jyuna, pediria que alguém a escoltasse até o restaurante da sua mãe. O pergaminho secreto selado? Minha sugestão seria destruí-lo, já que resolveria muitas das questões dali. Falaria rapidamente sobre a situação da minha “pele sensível” à luz do sol, pedindo por informações da base da Spades para ir pra lá imediatamente.

Em resumo, um final feliz. Eu acho, pelo menos. Futuramente, eu poderia retornar aos Uzunakis, não como uma aluna da Spades, mas alguém que estava tentando restaurar o clã Yoshizawa. Sua força e tradição ninja poderiam fazer parte da vila que eu pretendia fundar. Só que esse futuro ainda está bem longe.





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Primeira Noite
☁ - 24º
Turnos até o amanhecer: 09
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Hemumu demonstrava completo desapontamento com as ações de Sowji que, apesar de ser um subtenente da marinha, havia perdido totalmente sua compostura perante a quase-morte do seu superior e não demonstrava sinais de que dialogaria normalmente com ela outra vez. Apesar de ter se recuperado um pouco ao ouvir uma voz do seu Den Den Mushi, suas esperanças acabaram novamente no momento que a ninja simplesmente desligou o aparelho, encerrando a ligação. Mais uma vez ele desistiu de se livrar e, dessa vez, definitivamente parou de se debater, aceitando seu destino.

Nem mesmo o som das lâminas criadas pelo poder da ninja entrando no corpo do seu tenente mexeram com ele dessa vez.

Sem emitir mais sons, o homem se tornou apenas um peso morto dentro de um terno coberto de mercúrio.

Ao ouvir Jyuna e que a Spades estava no local, Hemumu agiu rapidamente com um simples comando que foi obedecido pelos Uzunakis que ainda demonstravam certa desconfiança – essa que, por sua vez, logo iria cessar. Soltando a descendente dos Riugas e concentrando seu poder agora para transportar o marinheiro morto, todos caminharam em direção ao campo de batalha, onde uma linha de Uzunakis acabados da luta anterior encarava uma certa tripulação de Spades que não demonstravam interesse em lutar.

Não havia mais nenhum marinheiro vivo naquele recinto, a não ser que tivesse algum se fingindo para fugir mais tarde. Todos estavam com marcas de sangue pelo corpo e caídos, assim como alguns dos ninjas com os quais lutaram. Por mais que tivessem sofrido algumas baixas até mesmo de casacos roxos e brancos, os Uzunakis haviam vencido aquela guerra incontestavelmente. Konyaski, o líder, estava de frente e em pé para um homem tão alto quanto ele, de cabelo vermelho e um enorme machado sobre os ombros.

Era o capitão da frota que havia trazido Hemumu para aquela ilha.

- É… Aquela ali… Eu conheço ela, é… O nome é… - Ele imediatamente apontou para Yoshizawa, levando os olhos de Konyaski e todos os outros para ela.

Amenizando um pouco a expressão de desconfiado do ninja, ele pode então relaxar. Assim que a Yoshizawa mencionada pelo capitão chegou ao local dropando o corpo do tenente morto, todo mundo se calou outra vez. Aquela morte em si já explicava muita coisa ali, fazendo com que qualquer mal entendido tivesse sido resolvido quase que de cara. Começando então o seu relatório, o capitão ouvia tudo com uma expressão séria, quase como se não fosse alguém que esquecia até o próprio nome. Do lado dele, duas outras funcionárias da Spade passavam toda a informação recebida para alguém da base usando uma espécie de tablet, enquanto a outra usava Den Den Mushi, a qual inclusive fora quem recebeu o Den Den Mushi de Sowji quando Hemumu o entregou.

A partir desse ponto, os ânimos de todo mundo fora acalmado. Konyaski declarou que a guerra havia acabado de vez, sendo ovacionado pelos Uzunakis que ainda estavam de pé. A equipe médica dos Spades em junção aos ninjas médicos do próprio clã começou a agir para ajudar os feridos, se iniciando um trabalho em conjunto coordenado pela Spades que rapidamente levantou algumas tendas para tratamento médico e até mesmo de alimentação. O corpo do tenente morto fora recuperado, o subtenente lelé da cuca fora levado e os mortos começaram a ser limpos. Fora tudo rápido e profissional, como esperado da Spades.

- Konyaski… Hã… Os meus superiores, tipo… Não vão gostar nada da bagunça que você e seus… Ninjas… Fizeram aqui… Ainda mais junto da… Marinha! Sim, então… Eu sugiro que… Hã… Vocês se mandem… Eu irei fazer vista grossa por causa da.. Hã… Hemumu! Sim, graças a ela já que… Hã… Vocês formaram… É… Uma aliança! Sim, então… O que me diz…? - O capitão indagou a Konyaski.

O líder dos Uzunakis, pela sua expressão, não havia gostado nada daquela sugestão. Ele provavelmente iria contestar aquilo, mas antes que pudesse falar algo, a mulher raposa aproximou-se do seu ouvido, sussurrando algo que só ele ouviu por alguns segundos. Conforme ela falava, a expressão irritada do ninja fora mudando para uma mais relaxada e confiante, além de mudar a direção dos seus olhos, agora, para Hemumu, o centro de tudo aquilo. Assim que a mulher terminou de falar, um sorriso estava estampado na cara do ninja.

- Yoshizawa Hemumu, eu tenho uma proposta para você! - Ele bradou confiante, atraindo não só a atenção do Capitão e da ninja como também dos outros Spades e Uzunakis que estavam por perto. - Eu quero que a nossa aliança ninja dê um passo à frente. Graças ao seu envolvimento muita coisa mudou e, sinceramente, todos nós do Clã Uzunaki temos algo em comum com você: Também queremos erradicar o Clã Nara. Muitos dos nossos foram vítimas, assim como você, daquele ninja ladrão de sombras, e ter iniciado essa saga pelo Pergaminho Secreto dos Riugas foi só o começo para irmos atrás do líder dos Naras. Eu precisava ficar mais forte para poder derrotá-lo e devolver a sombra da minha família, do meu clã. Agora, acreditamos que você, fazendo parte da Spades, irá nos ajudar mais do que apenas um pergaminho com um poder selado. Yoshizawa Hemumu! Nós queremos que você se torne a Hokage da nossa futura ilha ninja! - Ele bradou para que todos ouvissem, recebendo quase que de imediato mais um grito de guerra - que dessa vez, foi mais no sentido de apoio.

Todos os Uzunakis, até os que estavam sobre macas provisórias no chão sendo tratados, pareciam ter gostado daquela ideia. Os spades que iam de lá pra cá trabalhando em coleta de informações e ajudando os feridos, não muito disseram. Para eles, a ideia do capitão ainda era melhor, mas os mesmos também entendiam que aquela força dos Uzunakis era real e que, desde que os mesmo não causassem mais problemas, tanto faz como agiriam.

O capitão pareceu pensativo por um momento, mas então abriu um sorriso confiante no rosto também. Ele, por sua vez, parecia ter gostado da ideia, e rapidamente chamou uma de suas ajudantes. Após checar algumas coisas em seu tablet, ela se aproximou se Hemumu.

- Suas ações foram notadas pelos superiores, Yoshizawa Hemumu. Nos foi passado pela Comandante Superior que ter um ‘clã ninja’ ao seu comando foi um feito e tanto, por mais que eles tenham causado problemas para a nossa instituição. Caso opte por ser responsável por eles, podemos mantê-los aqui em Loser’s Town, trabalhando para nós, ainda que você tenha que se comunicar com eles pelo menos uma vez por semana. O caso dos Riugas já fora resolvido por nossa equipe. Os líderes presos e os remanescentes que ainda tinham intenções de lutar foram avisados que o problema está resolvido e que tudo irá voltar ao normal ainda nesta manhã. Aconselho a pegar o “pergaminho secreto” deles e sumir com isso, pelo risco de poder causar mais problemas caso continue aqui. Os Uzunakis irão viver em uma parte ainda em construção da ilha, as quais eles mesmo irão começar a reformar e blá blá blá. Trabalho que, no fim, irá gerar lucro como ponto turístico para a Spades. No geral, basta que você aceite o ‘termo’ do líder deles e faça o que tiver que fazer. Sua próxima missão a aguarda, Yoshizawa Hemumu. Sua carona já a aguarda no porto por onde veio. Assim que se resolver com eles, por favor, parta imediatamente antes que amanheça. - Ao terminar de dar as instruções, a mulher fizera uma pequena reverência para a ninja, retornando aos seus afazeres em seguida.

A mulher raposa que acompanhava Konyaski viera logo em seguida até Hemumu, com um Den Den Mushi loiro e o Pergaminho Secreto dos Riugas em mãos. Estendendo-os para a ninja, ela aguardava que a mesma os pegasse. De canto de olho, na entrada da residência dos Riugas, um encontro de mãe e filha pudera ser notado por Hemumu, assim como as trigêmeas que acenavam para ela com um sorriso no rosto. Inclusive a que ela tinha operado, que mostrava estar bem graças a ela.

As aventuras de Yoshizawa Hemumu em Loser’s Town estava a um passo de terminar, restando para ela uma última respirada naquele ar ninja antes de ir para sua próxima missão.

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Ao retornar para o pátio da antiga residência dos Riugas, recente residência dos Uzunakis e local de uma batalha que podia ter feito a residência nem existir mais, encontrei alguns rostos conhecidos. O capitão que me deu a caroninha tinha assuntos a resolver por aqui – ou será que ele era o responsável pelo lugar? Se fosse, o descaso estava explicado. Ele nem deveria lembrar quais as suas responsabilidades, muito menos o que tinha que fazer pela vila. Muito triste existir esses kages por obrigação, não por esforço.

O ninja mais graduado da Spades, com seu excesso de “Hã’s e Hum’s”, fez-se completamente ininteligível por qualquer ser humano com neurônios suficientes para realizar uma comunicação. Pela expressão de Konyaski, não sei se ele estava entendendo o recado, porque eu mesma não entendi nada. Ao ouvir aquela tentativa de comunicação, me vi quase babando de tédio e repensando toda a minha vida. Talvez eu tivesse mais futuro como uma fazendeira ninja? Ou uma caçadora de monstros?

Óbvio que uma energia ninja atrai outra. Fui retirada dos meus devaneios e contemplada com uma proposta praticamente irrecusável para alguém que almeja fama e status. Mas eu sei, e todos os meus pontos de chakra gritam, que eu ainda não estou pronta para me tornar uma kage. Me considero uma gennin lutando para me tornar chunnin. Sem contar que eu almejo poder, as outras coisas tanto faz. Ouvi bem o que a ajudante do capitão tinha a dizer, já que ela parecia ter a cabeça no lugar e falava de uma forma que eu pudesse entender. A proposta poderia ser benéfica para a Spades também, então alianças ninjas poderiam ser formadas.

– Konyaski-san, você me honra com essa proposta! – respondi, emocionada e prestes a chorar. Mas segurei bem as lágrimas, pois um shinobi precisa se manter no estado emocional cinza, deixar as emoções passarem como se nunca tivessem existido. Não era exatamente o que eu estava fazendo agora, mas enfim, eu acho que o que conta é a intenção. – Ainda sou muito fraca pra estar no nível kage. Da próxima vez que eu retornar, será para buscar todos os ninjas competentes que me ajudarão a fundar a maior vila oculta de todos esses mares.  – Apontei para o céu, sem olhar para o sol, é claro, pois todo mundo sabe o que acontece quando se faz isso. – Por enquanto, você pode ficar satisfeito com seu pedaço de terra. Mas nós vamos fundar nossa vila acima do mar e das ilhas. Ela vai ficar suspensa no céu, poderosa, intocável e pertinho de Nin-nin-sama, fazendo chover shurikens, chakra e jutsus em todos aqueles que ousarem desafiar os ninjas novamente. É uma promessa!

Estendi o meu mindinho, na tentativa de selar aquela promessa com o líder Uzunaki. Um sinal máximo e definitivo de um acordo amigável entre os ninjas. Esperava que ele entendesse que eu não tinha hierarquia suficiente para assinar algum tratado ou oferecer alguma coisa a mais. Mas ao menos, seria uma promessa feita com minha honra Yoshizawa, ou o que restou dela, já que boa parte eu precisaria recuperar derrotando o líder Nara. Como eu ia fazer uma ilha flutuar para encher de ninjas e fundar uma vila oculta seria um mistério, mas pode ser que eu descubra algo durante a jornada. Aceitei o Den Den Mushi ninja. Agora eu teria alguém para conversar, finalmente.

– Enquanto isso, vamos precisar proteger e defender nossos clãs e demais vilas que precisam se fortalecer. Trabalhar na Spades vai ajudar o seu clã nisso. E eu vou partir em minha jornada de treinamento. O pergaminho me ajudaria muito, por sinal… – retomei a ideia do pergaminho, que agora me parecia tremendamente útil. No lugar de ter um jutsu selado, podia ter etapas de treinamento. Uma vez que eu não conhecia as etapas que eu precisaria seguir, ter isso roteirizado daria um salto nos treinos. Se ele me entregasse o pergaminho, teria que arranjar uma Riuga para me ajudar a abrir.

Só que agora estava na hora de ir. Virando-me para a ajudante, que parecia mais capaz de me responder do que o próprio capitão, perguntei sobre o barco. Se ela ofereceu carona, eu que não sou a boba de recusar. De uma forma que eu nem tinha imaginado, parecia que meus assuntos na vila de Loser’s Town estavam se encerrando, restando seguir em frente com minha promessa. Ergui o braço para me despedir de todos os ninjas, que eu guardaria no coração.





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Noite Encerrada
Turnos até o amanhecer: ??
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O pedido de Konyaski fora como um sonho se tornando realizada para a ninja em treinamento, Yoshizawa Hemumu. Porém, a mesma era consciente das suas limitações e sabia melhor do que ninguém o quão jovem ainda estava para aceitar de imediato aquela proposta. Após ouvir e entender toda a parte burocrática da secretaria do Capitão, a decisão que a ninja tomou e dera de resposta aos Uzunakis os agradaram tanto quanto a ela mesma. Mais um "OOOOOOO" em comemoração a resposta da garota rasgou o céu daquela noite que, aos poucos, ia se tornando manhã. Entendendo o gesto da sua futura hokage, Konyaski estendeu o seu mindinho para ela, selando de vez aquele contrato com aperto firme seguindo de três balançadas.

- Nós iremos cuidar das coisas aqui e aguardar pelo seu retorno. Contamos com você, Yoshizawa Hemumu! - Ele bradou, confiante.

Aceitando o Den Den Mushi da raposa e também o pergaminho, mais tarde Hemumu iria descobrir que conseguia ela mesma romper o selamento do item com seu mercúrio. Ao indagar sobre a carona, a secretária respondeu curtamente sobre ser parecido com o mesmo que ela veio para a ilha, fixada em seus próprios afazeres. Sem mais pendências em Loser’s Town e tendo um clã ninja inteiro a apoiando, a futura líder de uma ilha exclusivamente de ninjas pode enfim partir em direção ao porto, entrando no navio que a aguardava e partindo para a sua próxima missão ninja.





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