Escritório Lucilfer Owari entrou na sala de Lucilfer com passos lentos e calculados, mas seu coração batia com uma urgência silenciosa. O ambiente, escuro e soturno, refletia o poder implacável que emanava de Lucilfer. A sala, grande e repleta de sombras dançantes projetadas pela luz fraca das tochas, parecia apertada, sufocante. Owari sabia que aquele momento definiria o rumo dos próximos passos de sua vida.
“
Vim porque há algo que preciso fazer,” ele começou, sua voz baixa, mas firme, ressoando no espaço vazio. “
Algo que, no fim, não é sobre mim, mas sobre os que restaram.”
As palavras eram pesadas, um fardo que ele carregava há muito tempo. Ele fez uma pausa, a mão movendo-se instintivamente para tocar a tatuagem gravada em seu braço —
Kay. O nome de sua filha morta, um lembrete eterno da sua falha, da tragédia que ainda o assombrava. Owari desviou o olhar por um breve momento, como se a lembrança de Kay fosse uma faca que girava lentamente dentro dele. E com ela, vinham as lembranças de Mai, quebrada e perdida, e de Yuno, a única luz restante em sua vida.
Com um suspiro profundo, ele ergueu os olhos e continuou. A frieza em sua expressão habitual era agora permeada por algo mais — uma escuridão, uma dor que ele há muito tentava enterrar. “
Não me importo com os termos. Não me importo com o preço. Se isso me leva a Mai, a resposta é simples.”
Os olhos de Owari estavam tão gélidos quanto o próprio inverno, mas neles havia uma profundidade que Lucilfer não podia ignorar. Ele deu um passo à frente, aproximando-se de Lucilfer, a tensão no ar crescendo a cada movimento.
Sua voz cortando o silêncio como uma lâmina afiada. “
Não estou aqui para negociar. Faço o que for necessário, e você me dá o que eu quero. Nada mais importa. Você tem minha lealdade.”
As palavras pairaram no ar, carregadas de uma mistura de determinação e desespero. Owari sabia que estava entrando em um jogo perigoso. Não havia mais retorno, e ele já não se importava. Sua missão era simples, direta, quase suicida, mas isso pouco importava. Tudo o que ele queria agora era encontrar Mai — salvá-la, se ainda houvesse algo a ser salvo — e garantir que seu filho, Yuno, pudesse conhecer a mãe, nem que fosse uma última vez.
Lucilfer o observava com aqueles olhos enigmáticos, sua postura imóvel, mas carregada de uma presença esmagadora. Por um momento, o silêncio foi absoluto. Owari podia sentir o peso do julgamento nos olhos do líder da Genei Ryodan, como se Lucilfer estivesse avaliando cada palavra, cada respiração. Mas então, com a mesma calma que sempre o caracterizava, Lucilfer finalmente falou.
“
Eu não tenho a intenção de impedir seus planos, Owari. Nem pretendo usar seu desejo como moeda de troca.” Sua voz era suave, quase casual, mas havia uma força por trás de cada palavra. “
Sua missão é pessoal, e eu a respeito. No entanto, há algo que preciso que você faça por mim.”
Lucilfer se recostou em sua cadeira, os dedos tamborilando lentamente no braço de madeira, enquanto seu olhar não se desviava de Owari. “
Dentro da organização, há um espião. Tenho certeza de que Sunagakure está recebendo informações cruciais sobre nossos planos. E você, Owari... você vai encontrá-lo e eliminá-lo.”
Owari ouviu em silêncio, seus pensamentos correndo a mil. Ele sabia que Lucilfer sempre tinha uma carta na manga, uma condição. Não havia altruísmo ali, apenas pragmatismo puro. Owari era um soldado, uma ferramenta valiosa, e Lucilfer usaria essa lealdade como bem entendesse. Owari não se importava. Ele já tinha feito sua escolha. Qualquer sacrifício seria pequeno comparado ao que ele já havia perdido.
Lucilfer então jogou um pergaminho na direção de Owari, que o pegou no ar com um movimento ágil. “
Aqui está sua missão,” disse ele. “
Você encontrará Mai e, no caminho, descobrirá quem está vazando informações sobre nossa organização. Elimine esse traidor, e então poderá lidar com sua esposa da maneira que achar melhor. Isso é tudo o que lhe peço.”
Owari olhou para o pergaminho em suas mãos, o peso da nova responsabilidade somando-se ao fardo que já carregava. As letras no papel podiam ser suaves e simples, mas o significado era profundo. Ele estava prestes a caminhar por uma estrada ainda mais sombria, uma que não oferecia garantias de sobrevivência ou redenção. Hellsing, silencioso até então, sussurrou em sua mente, zombando da situação.
Mas Owari não cedeu ao desespero. Ele levantou o olhar, encontrando os olhos de Lucilfer com uma expressão firme, sem vacilar. Sua determinação era inabalável.
“
Considere feito,” ele disse com voz rouca, porém convicta. Owari girou nos calcanhares e saiu da sala, o som de suas botas ecoando pelo corredor vazio.
Ao sair do prédio de Lucilfer, Owari olhou para o céu noturno. Estava escuro, como seu caminho à frente, mas ele sabia que, de alguma forma, seguiria em frente. Com uma última olhada para o pergaminho, ele guardou-o em sua vestimenta e continuou seu caminho, com o destino já traçado em sua mente.
Vilarejo Vila Reinīaian no
País da ChuvaA busca por Mai havia começado.
Missão escreveu: Missão Rank A: Encontrar Shakusa Mai e Eliminar o espião dentro da organização.
Informações valiosas estão vazando da organização. Descobriu-se que alguém que pertencia ao esquadrão que estava atrás de Mai era responsável pelo vazamento. Owari teria que se reunir com o esquadrão no vilarejo Reiniaian o ultimo lugar onde Mai foi vista.
Ação livre para: @Barba Branca no tópico: Vila Reinīaian - País da Chuva