EUNAOEXISTO escreveu: Não acho que isso seja verdade, nem pela parte do drama ou profundidade. Sinto que HQs e livros têm quantidade drama e aprofundamento em quantidade maior do que mangás, principalmente battle shounen, o que não significa que são melhores. Não acho que isso seja verdade nem para os japonese, se fosse, o ranking dos mangás mais vendidos seria um pouco diferente.
Além de mangás, eu gosto de ler livros, principalmente calhamaços, geralmente de fantasia. Atualmente estou lendo Mistborn , uma obra fantástica do Brandon Sanderson que fala muito sobre religião, fé e tiranos. Já li também O Nome do Vento (foda demais) e De Sangue e Cinzas (dark romance, mas a história é fida demais e compensa as outras partes). Costumava ler muita HQ antes também, principalmente da DC: Batman, Liga da Justiça, Deathstroke, Jovens Titãs, etc
Discordo completamente.
1. Sobre HQs Eu já tentei ler HQs, eu fui atrás das que são considerados grandes clássicos entre as grandes editoras e...
Da Marvel eu só achei coisa mediana ou lixo, eu simplesmente não consigo entender como a Marvel nos Estados Unidos já esteve no mesmo patamar da DC Comics. Eu não consigo me recordar de uma única história memorável da Marvel, sendo que eu li aquelas que são consideradas as melhores, e mesmo as poucas boas histórias são todas repetições dos mesmos temas.
A DC de fato tem muita coisa de alto nível, porém 1) Isso só até os anos 2000's, depois ele se perderam completamente e caíram no mesmo abismo de lixo ou repetição da Marvel, provavelmente porque é isso que faz sucesso com o público; 2) Ainda são poucas comparadas ao total de HQs, quantas centenas ou milhares de histórias o Batman não tem? E mesmo assim só umas 10 são de consagradas.
E as editoras independentes tem muito mais porcaria do que coisa boa. Cara, The Boys é uma HQ consagrada nos Estados Unidos, The Boys é uma HQ grotesca, uma das piores coisas que eu já tive o desprazer de ler na vida e parece sintetizar perfetiamente a visão do público consumidor de HQ: Se tem violência, drogas e sexo é adulto, se é adulto é complexo.
2. Sobre os Livros.Esse é um caso ainda pior. Considerando apenas fantasia juvenil, obviamente não faz sentido colocar livros pensandos para serem complexos nessa discussão.
Eu lia muito do que os americanos chamam de ficção young adult há algum tempo. A ficção juvenil ocidental é extremamente rasa e repetitiva. Se você lê muita obra do tipo e nunca percebeu, pare e análise o seguinte, todas as tramas dos difetentes livros são as mesmas com alguma minima variação: uma sociedade dividade entre opressores e oprimidos, um membro da classe opressora, invariavelmente jovem e sempre de alguma forma especial, decide se juntar aos oprimidos para consertar a sociedade.
E o mais impressionante é como nenhuma dessas obras faz algo de interessante com essa premissa, você pode ler Metrópolis de 1927 e vai extrair mais conteúdo do que todos os livros do genêro lançados nos estados unidos nos últimos 20 anos.
3. Livros e quadrinhos orientaisPor outro lado, as vezes eu procuro obras de forma pretenciosa entre as obras orientais, principalmente as japonesas, e encontro jóias raras. Você consegue citar algum coisa da DC, ou da Marvel se você tem consideração por essa coisa, dos últimos 10 anos que se compare a Vagabond, a Viland Saga ou a Sangatsu no Lion? Citando apenas três obras famosas.
No campo literário idem, além da diversificação das tramas, não é raro eu encontrar do nada um livro ou ligth novel genial, com um nível de profundida absurdo que ironicamente discutem temas que antes eram preocupações ocidentais como consciente e inconsciente, desejo e renúncia, material e imaterial, tradição, morte, entre outros.