Hatake escreveu: Antes de tudo, não tenho religião, sou agnóstico, logo antes que me critiquem me chamando de religioso ou algo do tipo vou aqui expor minha opinião.
Não tenho absolutamente nada contra homossexuais, muito pelo contrário, aceitam a si próprio do modo como são. A origem disso tudo eu não sei e acho que assim como perguntas do tipo "de onde vei o universo", nunca saberemos. Não acho algo normal, acho algo comum. Se um órgão não exerce sua função é porque há uma anormalidade. Mas é algo comum e aceito na sociedade de hoje.
Creio que o ambiente quando criança possa INFLUENCIAR na sexualidade da pessoa, mas não defini-la. Se você é criado num ambiente com computadores, provavelmente é comum você ver um por aí.
Pegue alguém que nunca viu um computador e coloque na frente do mesmo. Qual vai ser sua reação? Vai achar normal? É uma metáfora que ao meu ver pode explicar esse meu ponto de vista. Se você nasce e cresce por anos, vejamos... até os 10 anos, idade "máxima", digamos, pra ter uma sexualidade já pré-definida, apenas no meio de gays, um mundo de gays por 10 anos. Quando essa criança se deparar com um mundo onde existam casais heterossexuais ela achará estranho, isso é algo lógico.
É uma questão não de ser filho de casal gay ou não, e sim de ambiente onde vive. Para toda regra há exceções é claro, mas ao meu ver isso mexe bastante se formos analisar em "probabilidades". Creio que a criança nasça bissexual e de acordo com os genes/com o tempo vá formando sua sexualidade, podendo dificilmente ser influenciada pelo mundo externo.
Acho que é isso, aceitem minha opinião se quiserem...
Hatake-kun, eu entendo seu ponto de vista. Mas convido você a ler esta publicação muito singela: http://piras.wordpress.com/2009/03/10/as-10-partes-mais-inuteis-no-corpo-humano/
Observe. Aí estão apenas 10 coisinhas que nosso corpo tem, e que não usamos. Simplesmente não tem importância nenhuma no corpo, e algumas delas ainda servem apenas para nos causar dor e transtorno, como o apêndice e o dedinho mindinho do pé (evolutivamente os outros 4 dedos do pé não são mais necessários. Apenas o Dedão serve para manter o equilíbrio).
Se esta parada de "se o órgão existe e não está sendo usado é anormalidade evidente", somos por excelência, anormais.
E novamente, concordo contigo. TUDO influencia. Somos TODOS alienados, por algo, alguém, alguma situação. Isso é algo que escapa da nossa observação: Ao mesmo tempo somos alienados, e alienamos. Neste exato momento estou exercendo minha alienação sobre você. Tudo pode ser "caracterizado" como alienação: minha opinião, sua opinião, nossas crenças e valores. Todos resultados de anos de alienação.
Então, a unica coisa que digo, aliás, que repito, é uma frase muito verdadeira de um cara que gosto muito, chamado Clóvis de Barros Filho, professor de Ética e Filósofo da USP.
Uma vez, ele disse num de seus videos: "Mudamos o mundo. E a forma como se dá esta mudança, ela mesma nos escapa..."
Não é GENIAL? claro que é. O fato de você estar lendo agora esta postagem, desvia sua atenção do fato de que você respira neste exato momento bilhões de bactérias soltas no ar, que seus gluteos exercem força na sua cadeira (e que são devidamente retribuídos, fazendo com que eles doam se você continuar na mesma posição durante varios minutos), ou até mesmo seu cotovelo sobre a mesa do computador.
O que quero dizer com tudo isso? Que apesar de tentarmos, e conseguirmos observar MUITA COISA sobre o proprio comportamento e dos demais à nossa volta, NUNCA vamos conseguir "mapear" todas as mudanças que sofremos e exercemos ao mesmo tempo. É este o chamado "efeito borboleta", onde o bater de asas de um animal tão pequeno na sua frente, pode gerar catástrofes ao redor do Globo. Pode ter um dedo seu num furacão lá nos EUA e você nem perceberá. Se alguém sequer insinuar isso à você, chamará a pobre pessoa de insano.
Então, vendo de forma macroscópica, Nada é tão simples quanto parece. Tudo se conecta, e esta é a questão. Para entendermos coisa ou outra, dividimos o quebra-cabeça, mas esquecemos de reuni-lo novamente depois, pra compreender o "todo".
Você mencionou sobre "influencia do ambiente", e eu concordo. Porém, como disse: varia muito. Não é nada "engessado". Eu mesmo conheço casais que são COMPLETAMENTE Gays (estilo de vida que até eu não conseguiria tomar para mim) e que tem filhos que são COMPLETAMENTE "tranquilos" com sua propria sexualidade, com sua propria "natureza", se preferir.
Não estou criticando o seu post, apenas completando-o com algumas coisas que achei interessante compartilhar.
Uma coisa citada nesse tópico interessante, é a definição de normal. Normal para a natureza? Acho que não. Simplesmente porque a "lógica" da vida na natureza, olhando com um olhar frio, é a gente nascer, viver, reproduzir, e morrer. E homossexualismo não permite reprodução.
"Ah Lobs, mas também existem outros animais onde existe homossexualismo" < Já vou deixar minha resposta: Os determinados animais que nascerem com essa característica também não são normais para a natureza, e não vão reproduzir.
Entendo Lobs. Mas veja bem: Golfinhos. São provavelmente os animais mais inteligentemente parecidos conosco depois dos Macacos, nos aspectos cognitivos (de aprendizado).
Eles fazem parte de uma das espécies mais sexualmente ativas de todo o planeta, perdendo acredito que apenas para os Macacos Bonobos, mas com um porém: é a unica espécie que faz Sexo como nós, por prazer e nada além disso. Os macaquinhos fazem, mas mais como uma espécie de "cultura", quase que como um ritual, que está ligado ao instinto de sobrevivência deles. Agora os golfinhos? Não, eles são a "depravação" em forma de peixe. Por que? Além de NÃO FAZEREM SEXO para se reproduzirem apenas (como manda a "lei natural animal") ainda fazem orgias, estupram, utilizam brinquedinhos e são insaciáveis.
Assim como nos tempos "Gregos", onde a relação heterossexual era apenas para reprodução, e a homossexual era para diversão, satisfação pessoal e etc, os Golfinhos fogem à regra do instinto, e vivem suas vidas tranquilamente. Porém, eles não deixam de se reproduzir.
E é neste sentido que eu digo: A diferença de nós para os golfinhos, é que nós fazemos distinção de sexo. Se alguém é Hetero, ele se considera APENAS Hetero. Se é homo, muito provavelmente bota na cabeça que é APENAS homo. Não que isto seja errado, mas eu acredito que estas afirmativas sejam mais para "caracterização social" do que para GOSTO propriamente dito. Digo isso, porque existem vários estudos que indicam (para não dizer "comprovam") que nós podemos ter varios tipos de comportamento sexual, indiferente de orientação pré-definida (homo-hetero).
Tem um texto legal também que fala um pouquinho sobre isso: http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/102790/Nem-homo-nem-h%C3%A9tero-ou-bi-A-esp%C3%A9cie-humana-%C3%A9-simplesmente-sexual.htm
Como disse Platão em
O Banquete "o amor é a busca por aquilo que nos falta..." E se esta falta for por relacionamentos homossexuais, temos todo o potencial para exerce-lo inconsciente e até inconscientemente. Porém, não o fazemos (ou melhor, temos dificuldades grandes em nos permitir) justamente pelo fato de que hoje em dia a Orientação Sexual faz parte de uma identidade social.
É devido a isto, devido à expressão "ou você é um, ou outro", que a bissexualidade é meio que vitima de preconceito, por ambas as partes, que acham que são unica e exclusivamente hetero, ou homo.
Como disse antes e reforço agora: Não acho que tenhamos obrigação de sermos um, dois, três ou "vinte e dois" (se é que me entendem), mas sim, que temos obrigação de sermos o que nos faz feliz. Se as pessoas veem a necessidade de se enquadrarem numa categoria específica para conseguirem lidar melhor com suas proprias características, que assim seja. Só não acho que seja obrigatório este tipo de "tipificação", entendem?
Finalizo meu pensamento dizendo: Eu, particularmente "sinto" que o ser humano tem o potencial para ser o que quiser, como quiser, sempre que quiser. Isso abrange até as questões de orientação sexual e afetividade.
E digo mais: pelo andar da carruagem, em 50, 100 anos, as pessoas se relacionarão umas com as outras pela afetividade, muito mais do que pela atração sexual.
Isso significa que o Mundo inteiro será gay? Não. Isso significa que na minha opinião, o mundo inteiro escolherá criar uma família e consequentemente obter descendentes pelo fato de querer criar uma família e obter descendentes, e não porque "é isto o correto" ou "é isto o natural".
Como diz a postagem que mencionei por ultimo, somos uma espécie "sexual", ponto. Não "Heterossexual, homossexual ou bissexual". Estes são conceitos que ajudam apenas no entendimento, que categorizam o individuo.
Pessoas serão atraídas por pessoas, e não por homens ou mulheres, mulheres e homens, se é que me entendem.