Stuart escreveu: Odeio guerra, odeio luta, mas aqui não vai haver outra solução. Vão morrer inocentes, sim, muitos, mas se não forem eles, serão os Europeus, onde eu estou incluído.
Você está se referindo aos cidadãos comuns (que não são terroristas) que possivelmente morreriam devido a um ataque nuclear, por exemplo? Se sim, repense sobre muitas coisas na sua vida, pois você não é mais importante do que eles, apenas por ser europeu. Se você quis dizer outra coisa, apenas ignore o que eu disse anteriormente.
Sobre o resto do seu post, só peço calma. A maioria dos rebeldes são opositores do atual presidente da Síria, então talvez o problema esteja aí. Sim, há também muitos terroristas que atacam outros países por outros motivos, mas na Síria isso é aumentando em 100x. É constante, todo dia, todo dia pessoas morrem lá. Fora do mundo acontece poucas vezes (não que seja menos importante), então se o terrorismo fora da Síria é importante, lá é muito mais.
Sobre as fotos no facebook, logo passa, como aconteceu com as cores da bandeira LGBT. Ainda mais aqui no Brasil, onde há tantas pessoas modinhas. Isso representa algo para o pessoal de lá, que está envolvido, é uma forma de solidariedade, mas aqui? Poxa, temos tantos desastres acontecendo e vejo quase ninguém ao menos falando sobre.
Fácil falar quando se está longe, eu não disse?
Eu não sou mais importante que eles por ser Europeu? Filosoficamente isso está certo. Mas quando se fala da própria vida, todos temos tendência a valorizá-la mais do que a dos outros. No meu caso, nem é pela minha própria vida, mas pela minha família. Imagina o que é ver toda a sua família morrer por um ataque terrorista, tu consegue ficar parado olhando? Não. Você vai lutar. Não é questão de sermos mais importante que eles, mas é questão de que cada povo tem que lutar pela sua própria sobrevivência.
E calma: Eu sou a favor da vinda dos refugiados. Inclusive, tenho alguns bem perto de mim, no momento, visto que algumas casas de acolhimento são aqui ao lado, e acolheram uma ou duas familias.
MAS eu não tenho dúvida, que, no meio de tanta gente, há terroristas envolvidos também.
Stuart, meu rapaz, quando dá uma opinião tem que se entender os dois lados, mas tu só está a olhar para o lado da civilização de lá. Eles atacam-nos com bombas suicidas, ou seja, eles não têm problema nenhum de morrer para matar. Quando digo eles, refiro-me unicamente aos terroristas.
Inocentes europeus e inocentes do EI não são diferentes, eu concordo. Mas quando se está falando da própria vida, da nossa familia, falando de um grupo pequeno de pessoas (~80 no meu caso), mais os amigos, tu não vai ter essa conversa. Tu não vais querer que a sua familia e os seus amigos morram, e aí, tens que os defender e defender-te a ti mesmo. Não vou iniciar o ataque, até porque eu não sou militar, nem faço parte do exercito, e ainda que andasse eu apenas seguiria ordens superiores, mas se eles vierem cá e eu não morrer explodido logo nas primeiras bombas, ou baleado, pode ter a certeza que vou fugir. E, se no meio da fuga apanhar um terrorista, em que tenha que o matar com as próprias mãos, eu faria-o em ordem para sobreviver.
Veja o pânico criado em Paris por 8 pessoas. Imagine agora, se houver 4000 ou 5000 infiltrados como o próprio EI relata.
Eles estão preparados para morrer e matar, nós temos que estar preparados para o mesmo. Não é a melhor decisão, mas é a decisão da sobrevivência.
Espero que isto aqui não chegue ao Brasil. De preferência, que todo este assunto morra na Europa, para que ninguém mais tenha que sofrer.
De fato a solução é atacar e dizimar os extremistas, mas quem criou esses terroristas foi o EUA. Ninguém é santo. Além disso, atacar os terroristas é uma coisa, agora como você propôs, atacar os inocentes, é ridículo. Me desculpe o termo.
Os EUA criaram alguns sim, mas por um simples motivo. O tal ciclo de ódio que Pain fala em Naruto aplica-se perfeitamente aqui.
Já existia terroristas. EUA foi combatê-los e morreram. Mas e a família deles? Os amigos deles? Esses, passam a seguir o ciclo de ódio mais tarde. Ou seja, enquanto só forem matando 'grupinhos', os outros 'grupinhos' vão voltar a fazer o mesmo.
O problema é o seguinte:
1º Ficamos quietos, e continuamos a ser atacados, mais pessoas da nossa pátria morrem, enquanto que eles perdem o minimo de pessoas. Repare no ultimo caso, em que 8 terroristas mataram 150 pessoas, e existe mais 100 em estado critico. No 11 de Setembro, morreram os pilotos dos aviões, mas milhares de pessoas morreram na América. Então, se poucos causam o caos, imagina muitos. Se continuamos quietos, só vamos ver os nossos morrer. Talvez seja a decisão éticamente correta, mas eu não quero morrer, nem quero que os meus proximos morram, por isso acho inadmissivel.
2º Atacamos TODOS os grupos terroristas. Resultado: Matamos todo o "mal"(há muito mais mal do que apenas os terroristas) ATUAL, mas as familias dessas pessoas e o povo inocente vai ver isto como um ataque a toda a população e vão virar terroristas também para defender a pátria. No entanto, é impossivel saber quem é terrorista e inocente no meio de milhões de pessoas: É só ver que há terroristas infiltrados no meio dos sirios, e é impossivel saber quem é terrorista e quem é inocente no meio de tanta gente, mesmo após o EI dizer que infiltraram.
3º Matamos o líder das operações -> Que já foi provado como ser inútil. Outro líder segue a vontade, não vale apena. É o tipico caso em que matar por cima não vai adiantar nada, porque os de baixo seguem o novo líder.
4º Bombas atómicas e bombamos tudo. Cidades em cinzas, população morta. Passamos a ser os extremistas, e passamos a fazer exatamente o que eles faziam numa escala muito pior. Mataremos crianças, velhos, adultos, inocentes, terroristas, animais, TUDO. O que é bom e mau. Seremos conhecidos como os maiores criminosos na história.
O que vamos decidir?Ficar quietos? Nop. Não queremos morrer.
Matar apenas terroristas? Impossivel.
Matar os lideres? Inútil.
Matar tudo? Seremos pior que eles, mas acabamos com um dos males, da mesma forma que quando Japão foi bombardeado pelas bombas atómicas, a 2º guerra mundial chegou ao fim.
Todas são éticamente incorretas, umas mais extremistas, outras menos extremistas, mas caro Leandro, e tu sabes o quanto eu tento ser imparcial, mas quando as coisas nos tocam, quando são coisas em que tua própria vida tá em risco, os teus amigos, sim, porque eu nem falo em pátria, todos dias morrem pessoas que eu não conheço e são portuguesas, mas sim os amigos, a família, gente que nós amamos, aí o caso muda de figura.