Primeiramente, para todos que dizem "cuide da sua vida" eu gostaria de responder com um "a vida é minha e se eu quiser usá-la para cuidar da sua, eu farei isso, e se você tentar me impedir você é um hipócrita que quer cuidar da minha vida depois de me dizer para não cuidar da sua. Se você não liga para minha opinião, mais uma razão para você não se dar ao trabalho de me avisar sobre isso".
Ok, agora estamos prontos para falar sobre o funk.
Vou reduzir meu comentário quotando os que eu mais gostei sobre o assunto e nas quais vou me basear (se já as leu, apenas ignore o spoiler):
Pra começar, eu achei a opinião do @Batman genial. Porque ele parece ter visto isso em primeira mão. E então eu chego num ponto: A maioria das pessoas não entende a gravidade do funk e o que ele representa. Dizer que ele é um reflexo da sociedade e apenas dizer que "deveríamos mudar a sociedade", um comentário que eu li muito, é subestimar o problema, coisa que nota-se pela naturalidade com o qual dizem "o funk não é o problema, precisamos concertar a sociedade". Porém, o funk é sim um problema. Porque ele é a favor de coisas mais horríveis do que você pode imaginar. E, as pessoas que ouvem e simplesmente ignoram a letra, estão ignorando um grande problema social como se fosse natural. Pior, ouvindo uma música que apoia a objetificação da mulher, o machismo e, Deus, até o estupro, pode sim influenciar na opinião de quem ouve sobre esses conceitos mais tarde.
Gostaria de usar como exemplo uma propaganda. Minha mãe é publicitária e ela me falou sobre uma propaganda muito interessante, feita pela Coca Cola, que se resumia à repetição do nome da marca enquanto imagens de coisas deliciosas e refrescantes passavam na tela do cinema (onde a propaganda foi feita). Aquela propaganda, acredite ou não, hipnotizou quase todo o público, e até diabéticos que até então estavam se segurando muito bem saíram do cinema para comprar uma enorme garrafa de Coca Cola que eles não poderiam beber. Eles estavam desesperados pela bebida. E, esse tipo de propaganda foi proibida, graças aos estragos que causou. Então, imagine agora uma música com um ritmo viciante, um tom de voz alegre e imagens excitantes falando sobre temas horríveis, imorais e prejudiciais às mulheres? Não daria o mesmo efeito? Tanto deu o mesmo efeito, que hoje em dia podemos ver feministas que gostam de funk. Já conheci várias, e sempre achei estranho, porque eu olhava para elas dançando, assim como as outras garotas, e via um pedaço de carne cheio de molho saltitando na minha frente. Podíamos até dizer que quem não se excitava com aquela cena, por não gostar de mulheres (como eu, que ficava com vergonha e desconforto), seria extremamente "vegetariano", porque aquilo sem dúvidas parecia um pedaço de carne suculenta pedindo para ser comida. E, um fato interessante, eu gostaria de dizer que nem todos aqueles pedaços de carne gostariam de ser comidos, como é a opinião de muitos. Inclusive, várias mulheres brigam e falam que podem "apenas dançar" e que isso não significa que elas estão interessadas em nada mais, mas elas não percebem que essa não é a impressão que passam e que aquela dança é errada em muitos níveis!
Sempre me perguntei como seria um homem não gay/coreógrafo dançando funk. Porque, dos que eu vi, o papel do homem durante a dança é só deixar a parte da frente bem exposta para a mulher dançar se esfregando nela. Como ninguém vê como isso é errado? Pelo amor de Deus, como alguma mulher pode ter coragem de dançar a coreografia mais machista já inventada!? Porém, não digo que a dança em si é um absurdo, se você quiser seduzir alguém ela é uma ótima pedida, principalmente se for seu namorado e você só quiser dar um "presentinho" pra ele, mas dançar isso sem qualquer intenção sexual? Só por dançar? Te garanto que não é uma dança apropriada pra isso. Enfiem isso na sua cabeça: funk é uma dança de acasalamento, e dançá-la sem essa intenção é mera trolagem.
Eu não direi que o funk em si é imoral e retrocesso, porque eu pessoalmente sou uma grande fã dos funks raízes. Eu já fui viciada em "eu só quero é ser feliz", e eu não quero chamar o estilo dessa ótima música de imoral e retrocesso. Porém, o funk atual, eu considero que ele deveria ir até o funk antigo e pedir desculpas por ter nascido, de preferência se matando depois. A letra atual do funk não é brincadeira, como eu citei no primeiro parágrafo, é coisa séria. É uma apologia tão forte que eu acho que deveria ser um crime. Eu também concordo com o @Lipert quando diz que existe um limite para a liberdade de expressão, mas eu já discuti muito sobre liberdade no outro tópico e não repetirei. Vou resumir: "se você não tem responsabilidade e maturidade para limitar a sua própria liberdade, você simplesmente não deveria ter liberdade nenhuma". Uma das razões pelas quais eu estou odiando esses comentários que comparam o funk a outros estilos é novamente por isso: vocês estão subestimando a gravidade do funk. Não existe nenhum estilo musical que seja mais perigoso para a população e para a sociedade do que esse. Mas, claro, eu também assumirei que existem alguns funks atuais que eu não considero perigosos. Por exemplo, ouvi "Deixa ela beijar" do Kevinho e me surpreendi muito por não achar nada de errado naquela música. Naquela situação, com a mulher que foi descrita, ele só falou coisas certas e descreveu reações e atitudes certas em relação àquela situação. Eu só quero alertar que o funk ostensivo, que é o que faz mais sucesso, realmente pode prejudicar a sociedade no futuro, então eu pessoalmente acho que não deveria existir e ser proibido assim como a propaganda da Coca Cola. Mais uma vez, abrindo excessões para os funks que não fazem apologia a crimes ou objetificação das mulheres, já que não é um problema uma música que fala de bunda se você deixar claro que ela não é um pedaço de carne pra você comer.
Eu compreendo que falar de um crime e cometê-lo não é a mesma coisa, mas eu sou a favor de que o funk pode sim acarretar em crimes, mesmo que indiretamente, graças ao "hipnotismo" que eu citei no primeiro parágrafo, e eu realmente prefiro evitar crimes. Eu só estou preocupada com esse efeito, porque no geral eu jamais diria que sou a favor de banir uma música, já que isso é censura, assim como na ditadura militar. Porém, se essa censura (e de preferência a criminalização da objetificação da mulher e do machismo na periferia) for evitar coisas ruins, eu sinto muito, mas eu sou a favor dela como uma excessão.
Última edição por NikyNeko em 23/1/2018, 01:16, editado 1 vez(es)
Ok, agora estamos prontos para falar sobre o funk.
Vou reduzir meu comentário quotando os que eu mais gostei sobre o assunto e nas quais vou me basear (se já as leu, apenas ignore o spoiler):
Spoiler :
Batman escreveu:Sim, é sinônimo de imoralidade, porém não de retrocesso, já que no que diz respeito à objetificação da mulher tudo está no ponto onde sempre esteve. Creio que ninguém tenha dúvida de que as letras dos funks atuais, são sim imorais, muito, e vão sim contra toda e qualquer bandeira que o movimento feminista eme especial levante, não só as músicas em si como tudo que as envolve, porque sim, retratam de fato a realidade de muita gente, porém uma realidade extremamente degradante. O funk de fato surgiu como 'a voz da comunidade', de fato retratava a realidade de quem vivia nas favelas, era uma ferramenta de protesto sim, mas deixou de ser já há algum tempo, atualmente não tem mais o mesmo valor de antes.
Não abomino o funk em si, tem lá seu valor cultural, abomino o que ele é hoje. Talvez eu tenha uma visão um pouco diferente de parte das pessoas que postaram aqui justamente porque essa 'realidade' da qual vocês falam eu vivi em um ambiente que talvez vocês não tenham vivido. Acreditem, eu conheço bem a realidade de uma favela, sei bem como é; pra mim não é só música que mostra uma 'realidade' branda e sim uma realidade deveras problemática, para a favelas e locais mais pobres em especial, principalmente quando se vê que de fato, essa objetificação da mulher nas letras dos funks acontece na prática, e sim, é algo repugnante, quando se vê que principalmente se tratando das comunidades que é de onde vem o funk ele serve de ferramenta pra incentivar, uma série de comportamentos extremamente prejudiciais a qualquer um, visto que é justamente nas comunidades que ocorrem os bailes, organizados por traficantes frequentado por moradores num local onde se vê os mesmos armados, mulheres sendo tratadas como pedaços de carne exatamente como nas letras das músicas e daí pra pior, são nesses ambientes também que rolam os funks que fazem apologia a crime que vocês devem conhecer, mas que é visto como algo normal dentro daquele mundo, compreensível até, devido a uma série de fatores. É algo muito presente aqui na cidade do Rio, até mesmo moradores de bairros nobres por vezes também frequenta lugares assim.
Bom, como eu disse, talvez minha visão seja diferente justamente porque pra mim é algo bem além de letras porcas e música ruim, ou boa a quem goste, tanto faz. Queria eu que o problema fosse só discutir se isso é bom musicalmente ou não, na verdade eu acho até que nessa questão sobre ser moral, imoral, retrocesso ou não o aspecto musical importa muito pouco, o próprio Metal por exemplo tem um monte de estilos com bandas lixo com letras tão porcas quanto, vide Black Metal, ainda que seja diferente, é pouco consumido e declaradamente idiota e mercantil, sobre esse ponto há porrada de questões a serem discutidas. Pra mim, no geral é realmente algo preocupante, até mesmo do ponto de vista cultural, crianças que já nascem rebolando por aí e sarrando umas nas outras e por aí vai. Enfim, não vou me alongar apesar de precisar escreverealmente mais pra esclarecer alguns pontos, tô escrevendo no celular numa posição não muito confortável (relevem erros de escrita, tem um corretor sujo me atrapalhando) mas é por aí, aliás, não curto, e sim, acho imoral para um caragglio, é meu parecer a respeito do assunto.
Away.
Leon Lancaster escreveu:Sempre me pergunto o que aconteceu com o um song desse.
"Que é quando eu te vejo
Desperta o desejo
Eu lembro do seu beijo
E não paro de sonhar...
Ela só pensa em beijar
Beijar! Beijar! Beijar!
E vem comigo dançar
Dançar! Dançar! Dançar!...
Vem viver esse sonho
Eu te proponho
Até suponho
Vai se apaixonar
Por essa alegria
Que contagia
A melodia
Que te faz dançar...
Eu viajei no teu corpo
Descobri o teu gosto
Deslizei no teu rosto
Só prá te beijar...
Dê uma chance
Quem sabe esse lance
Vai virar um romance
E a gente vai namorar..."
Uma letra como a de cima involuiu para algo como "Vem e brota aqui na base, vamos fazer sacanagem!"
E o pior, crianças escutando uma merda cantada por uma criança que nem deve saber o que tá dizendo e se sabe, o que dizer dos pais e de gente que escuta e acha bom?
E olha que nem to apelando pros funks raiz, tanto americanos quanto brasileiros com suas críticas sociais, músicas que tinham letra, mas por incrível que pareça não chamavam tanta atenção.
Aí você pensa: Foi a música que regrediu ou a população que se tornou mais imoral, mesquinha, idiotizada e passou a dar valor a merda?
Talvez as duas coisas
Obs: Funks atuais nem são música, os caras só fazem repetições, apologia a crime ou sexo e a batida na maioria das vezes é a mesma ou são cópias.
Annynhah escreveu:Claro que é!O Funk foi banalizado conforme os anos foram passando
- As coisas começaram a mudar com músicas falando sobre policias vs bandidos,ok.
- Depois sobre sadomasoquismo ''o tapinha não doí'',tá foi engraçado.
- Depois começaram a falar de sexo de maneira explicita,wow ousadia.
- À poucos dias surgiu ''surubinha de leve'',fazendo apologia ao estupro,agora pegaram pesado.
O Funk costuma se inspirar na vida real para compor suas músicas,mas o estupro é uma realidade que pode ser usada de forma cômica?É normal isso?
Felizmente a música já foi retirada do Youtube e do Spotify,que pra variar estava em primeiro lugar no ranking.Eu não sei como as pessoas tem estomago pra ouvir uma coisa dessas.
Quando lançaram meu ''pau te ama'' já era motivo de preocupação mas o povo já estava tão acostumado com outras putarias anteriores que passaram a achar normal.Os funkeiros parecem que sobem um degrau de cada vez, e conforme sobem acrescentam uma merda e assim alienando a população aos poucos,mas só que parece que um deles resolveu saltar uns cinco degraus de uma vez, e o povo ficou doido pois ainda não estavam prontos.
Depois dessa,me pergunto o que vem por aí...
Lipert escreveu:SaintDevil escreveu:Lipert escreveu:Acho que a questão não é que em outros estilos não existem coisas ruins. A questão é que quem defende o funk DEFENDE essas letras, fica endeusando o estilo, e etc. Se uma letra de rock fala algo que eu não concordo, eu não vou defendê-la, por exemplo... Um exemplo é a música "Rape me" do Nirvana, acho ela ridícula, então vocês não vão me ver defendendo a mesma... Ainda assim, é uma entre milhares... Já no funk, as músicas problemáticas são constantes, e quem gosta do estilo muitas vezes defende esse tipo de letra por ser a realidade dessas pessoas (como se isso tornasse a letra imune às críticas).
Defender uma música por mais que ela seja lixo não é nenhum crime, o que sou contra aqui é pessoas querendo cuidar da vida dos outros. Mesmo que uma determinada música retrate atos sexuais por exemplo e por algum acaso um indivíduo ouvinte queira fazer atos deste tipo, que faça, todavia, se querer fazer com alguém que não permita a história já muda, é assédio, é prejudicar um indivíduo a benefício de outro. O que terceiros gostam, veneram, ouvem não é problema de ninguém até as coisas passarem dos limites, ou seja, tornarem-se prejudicial para indivíduos envolvidos ou não.
Ninguém aqui está falando em proibir, mas quando se fala em ser prejudicial aos indivíduos envolvidos, entra um porém: Todos são prejudicados por algo ruim que se torne socialmente aceitável, não apenas os que estão envolvidos nessa normalização. Se alguns caras acham que embebedar mulheres e fazer sexo com elas (sem que elas tenham condições de dizer sim ou não), isso é algo que vai afetar TODAS as mulheres, e não apenas as que estão envolvidas com a música.
Além disso, apesar de não estar propondo a proibição, acho isso de "tudo pode" algo bem ridículo. Existem limitações para a liberdade de expressão. Apologia a crime não entra na liberdade de expressão, por exemplo...
Pra começar, eu achei a opinião do @Batman genial. Porque ele parece ter visto isso em primeira mão. E então eu chego num ponto: A maioria das pessoas não entende a gravidade do funk e o que ele representa. Dizer que ele é um reflexo da sociedade e apenas dizer que "deveríamos mudar a sociedade", um comentário que eu li muito, é subestimar o problema, coisa que nota-se pela naturalidade com o qual dizem "o funk não é o problema, precisamos concertar a sociedade". Porém, o funk é sim um problema. Porque ele é a favor de coisas mais horríveis do que você pode imaginar. E, as pessoas que ouvem e simplesmente ignoram a letra, estão ignorando um grande problema social como se fosse natural. Pior, ouvindo uma música que apoia a objetificação da mulher, o machismo e, Deus, até o estupro, pode sim influenciar na opinião de quem ouve sobre esses conceitos mais tarde.
Gostaria de usar como exemplo uma propaganda. Minha mãe é publicitária e ela me falou sobre uma propaganda muito interessante, feita pela Coca Cola, que se resumia à repetição do nome da marca enquanto imagens de coisas deliciosas e refrescantes passavam na tela do cinema (onde a propaganda foi feita). Aquela propaganda, acredite ou não, hipnotizou quase todo o público, e até diabéticos que até então estavam se segurando muito bem saíram do cinema para comprar uma enorme garrafa de Coca Cola que eles não poderiam beber. Eles estavam desesperados pela bebida. E, esse tipo de propaganda foi proibida, graças aos estragos que causou. Então, imagine agora uma música com um ritmo viciante, um tom de voz alegre e imagens excitantes falando sobre temas horríveis, imorais e prejudiciais às mulheres? Não daria o mesmo efeito? Tanto deu o mesmo efeito, que hoje em dia podemos ver feministas que gostam de funk. Já conheci várias, e sempre achei estranho, porque eu olhava para elas dançando, assim como as outras garotas, e via um pedaço de carne cheio de molho saltitando na minha frente. Podíamos até dizer que quem não se excitava com aquela cena, por não gostar de mulheres (como eu, que ficava com vergonha e desconforto), seria extremamente "vegetariano", porque aquilo sem dúvidas parecia um pedaço de carne suculenta pedindo para ser comida. E, um fato interessante, eu gostaria de dizer que nem todos aqueles pedaços de carne gostariam de ser comidos, como é a opinião de muitos. Inclusive, várias mulheres brigam e falam que podem "apenas dançar" e que isso não significa que elas estão interessadas em nada mais, mas elas não percebem que essa não é a impressão que passam e que aquela dança é errada em muitos níveis!
Sempre me perguntei como seria um homem não gay/coreógrafo dançando funk. Porque, dos que eu vi, o papel do homem durante a dança é só deixar a parte da frente bem exposta para a mulher dançar se esfregando nela. Como ninguém vê como isso é errado? Pelo amor de Deus, como alguma mulher pode ter coragem de dançar a coreografia mais machista já inventada!? Porém, não digo que a dança em si é um absurdo, se você quiser seduzir alguém ela é uma ótima pedida, principalmente se for seu namorado e você só quiser dar um "presentinho" pra ele, mas dançar isso sem qualquer intenção sexual? Só por dançar? Te garanto que não é uma dança apropriada pra isso. Enfiem isso na sua cabeça: funk é uma dança de acasalamento, e dançá-la sem essa intenção é mera trolagem.
Eu não direi que o funk em si é imoral e retrocesso, porque eu pessoalmente sou uma grande fã dos funks raízes. Eu já fui viciada em "eu só quero é ser feliz", e eu não quero chamar o estilo dessa ótima música de imoral e retrocesso. Porém, o funk atual, eu considero que ele deveria ir até o funk antigo e pedir desculpas por ter nascido, de preferência se matando depois. A letra atual do funk não é brincadeira, como eu citei no primeiro parágrafo, é coisa séria. É uma apologia tão forte que eu acho que deveria ser um crime. Eu também concordo com o @Lipert quando diz que existe um limite para a liberdade de expressão, mas eu já discuti muito sobre liberdade no outro tópico e não repetirei. Vou resumir: "se você não tem responsabilidade e maturidade para limitar a sua própria liberdade, você simplesmente não deveria ter liberdade nenhuma". Uma das razões pelas quais eu estou odiando esses comentários que comparam o funk a outros estilos é novamente por isso: vocês estão subestimando a gravidade do funk. Não existe nenhum estilo musical que seja mais perigoso para a população e para a sociedade do que esse. Mas, claro, eu também assumirei que existem alguns funks atuais que eu não considero perigosos. Por exemplo, ouvi "Deixa ela beijar" do Kevinho e me surpreendi muito por não achar nada de errado naquela música. Naquela situação, com a mulher que foi descrita, ele só falou coisas certas e descreveu reações e atitudes certas em relação àquela situação. Eu só quero alertar que o funk ostensivo, que é o que faz mais sucesso, realmente pode prejudicar a sociedade no futuro, então eu pessoalmente acho que não deveria existir e ser proibido assim como a propaganda da Coca Cola. Mais uma vez, abrindo excessões para os funks que não fazem apologia a crimes ou objetificação das mulheres, já que não é um problema uma música que fala de bunda se você deixar claro que ela não é um pedaço de carne pra você comer.
Eu compreendo que falar de um crime e cometê-lo não é a mesma coisa, mas eu sou a favor de que o funk pode sim acarretar em crimes, mesmo que indiretamente, graças ao "hipnotismo" que eu citei no primeiro parágrafo, e eu realmente prefiro evitar crimes. Eu só estou preocupada com esse efeito, porque no geral eu jamais diria que sou a favor de banir uma música, já que isso é censura, assim como na ditadura militar. Porém, se essa censura (e de preferência a criminalização da objetificação da mulher e do machismo na periferia) for evitar coisas ruins, eu sinto muito, mas eu sou a favor dela como uma excessão.
Última edição por NikyNeko em 23/1/2018, 01:16, editado 1 vez(es)