02snake escreveu: Rafiukis escreveu: Toda família da minha namorada é evangélica, exceto meu sogro. Eles já tentaram de todas maneiras me converter, mas eu não ligo muito pra isso, discuto ideologicamente quando começam a argumentar muito, e aí em vez de eu ficar cansado, eles ficam...
E é simples porque eu tão pouco sou ateu como tão pouco sou de outra religião, então não tem nada que falem pra mim que me incomode ou me faça entrar numa discussão acalorada... por outro lado, tudo que falo serve de argumento, pq eu sou um agnóstico "forte"...
Uma vez a tia da minha namorada veio falar de deus pra mim, tentar me converter e tal, ai falei pra ela "não é que eu não acredito em deus, não sou ateu, sou agnóstico". Ai ela me perguntou o que era, e eu passei horas falando que o agnosticismo que acredita que os seres humanos em nenhuma hipótese tem capacidade de possuir qualquer conhecimento real acerca do sobrenatural, mas que eu respeito a crença dela, eu apenas acho impossível que qualquer pessoa, do passado ou do presente, tenha tido qualquer contado com um deus, e que as religiões tem muito mais a ver com o culto ao "homem" utilizando um "deus" como justificativa do que qualquer outra coisa... e que se realmente existir um deus consciente de sua criação, ele com toda certeza não teria nada a ver com tudo aquilo que os homens creem e pregam sobre ele, e tão pouco se importaria com o valor que damos a ele.... bla bla bla.
Enfim, ela perdeu completamente a vontade. Toda vez que alguém vem me converter eu explico agnosticismo. É bem simples de falar por horas e horas e fazer a pessoa desistir.
Lembra muito meu sobrinho... ele também pensa assim.
Você SEMPRE pensou assim ou chegou a esta conclusão depois de ver/ouvir algo sobre Deus e Religião?
Gabriel Arcanjo escreveu: (Em 2º Pedro 1:21, lemos: “A profecia nunca foi produzida pela vontade do homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme erammovidos por espírito santo”. Não é algo pessoal, foi Deus quem disse...Ainda acha que é a minha opinião?)
Deus disse ? Você viu Deus dizendo ?
Vi, e você estava lá... junto com o Mickey e o pateta! Acredita?
Gabriel Arcanjo escreveu: (A única referência a “filhos do iníquo” foi para os líderes religiosos, e não a nação. Em Jão capítulo 4, Jesus diz em palavras bem claras: “A salvação se origina dos Judeus`)
Jesus apenas estava lembrando-a de que conforme as profecias, o Messias, nasceria em Belém da Judéia, portanto, a salvação era Ele próprio.
KKK...
Vou te levar a sério quando você
se levar a sério, pode ser? Se conversar como homem, eu peço até desculpas pela jeito como falei agora e no outro tópico com você e conversarei à altura, inclusive provando o que digo, fechado?
Eu nunca fui uma pessoa religiosa, mas já acreditei em deus e rezava em momentos difíceis, tinha conversas sobre deus com meus pais, meu pai principalmente. Porém eu nunca me senti confortável em ambientes religiosos, quando criança eu detestava igreja. Meus pais tentaram me mandar para catequese quando eu tinha uns 10 anos, mas na primeira aula em que comecei a ouvir sobre bíblia etc, eu tomei completo ranço da maneira como falavam as coisas e como eu parecia estar em um lugar que queriam mudar minha cabeça, não apenas ensinar. Desde pequeno eu detestava me sentir "preso". Mesmo nos intervalos, quando as crianças brincavam, conversavam, eu não conseguia me enturmar com aquelas pessoas específicas porque eu realmente me sentia mal naquele ambiente.
Já na adolescência, entendendo melhor os valores da religiões, entendendo mais como tudo funcionava e a parte teórica, eu sempre tive grandes disparidades ideológicas com os principais valores que se propagavam na boca das pessoas cristãs, evangélicas etc. O principal motivo que me fez literalmente criar aversão de toda e qualquer religiosidade, foram os próprios religiosos.
A minha família sempre foi muito correta em sua maneira de agir, meus pais sempre foram bondosos, fazíamos doações de roupas, meu irmão atualmente tem uma padaria e fornece pão de graça pra crianças carentes... E ainda assim, mesmo sendo de uma família cristã, meus pais nunca obrigaram nenhum dos filhos a frequentar igreja, e fora uma conversa ou outra, quase nunca ouvi falar de deus em casa, com aquelas frases feitas do tipo "Deus ta vendo, se não fizer isso, Deus vai castigar" ou "temos que amar Deus acima de tudo", ou, "se você não acredita em Deus você vai pro inferno". Era uma família tolerante e que não enfiava a religião guela abaixo de ninguém, nem dos próprios familiares. Então eu nunca fui acostumado a com esse tipo de frase e atitude intolerante na minha vida.
Quando eu tive contato com as primeiras pessoas que tentavam enfiar religião guela abaixo, que falavam este tipo de frase, eram pessoas que para mim não tinham moral nenhuma para falar dessa maneira. A partir daí, eu comecei a tomar mais ranço de religião, porque eu via que não tinha relação nenhuma com bondade ou com seguir os valores que pregavam, e sim era um código de normas pra você cagar regra na vida dos outros, e não na sua. Foram poucos os religiosos que eu encontrei que faziam o que sua religião pregava, mas foram infinitos os que encontrei que cagavam regra na vida alheia.
Estas e outras experiências me fizeram me considerar ateu durante boa parte da minha adolescência. Como eu não concordava com basicamente nada da religião, e tinha angústia da hipocrisia dos religiosos, eu não achava que deveria acreditar em um deus. Como exemplo de uma dessas experiências, no meu ensino médio, fui para uma reunião de um grupo de jovens evangélicos que um amigo meu me convidou, e junto comigo foi outro amigo em comum, também ateu. Lá sentamos e ouvimos um monte de moleques, de 15, 16 anos, falando de deus, moral, certo e errado, como se fossem pessoas experientes e vividas.
Eu e meu amigo ateu apenas ouvíamos desconcertados e com imensa vergonha alheia, como as pessoas se entregavam para aquele teatro, e realmente achavam que tinham qualquer conhecimento sobre o que falavam. Então, momentos depois da conversa, chega um pastor para conversar com o grupo, e os primeiros assuntos abordados por ele são sobre as mulheres precisarem se dar ao respeito, falou sobre homossexuais, não me lembro bem o tema, mas foi literalmente o pior tema para se abordar com duas pessoas não evangélicas visitando o grupo. Meu amigo e eu nos olhamos com uma expressão de "puta que pariu, o que eu estou fazendo aqui", mas em respeito ao nosso amigo que nos convidou, permanecemos sentados e calados. Depois da conversa, participei do evento mais estranho e idiota de toda minha vida: uma dança que falava para pisarmos em cima da cabeça do capeta. Pensa em duas pessoas que riram durante o resto da noite pra não chorar. Posteriormente, conversando com esse amigo e pensando sozinho, percebi o quanto aquilo era uma lavagem cerebral descarada. Faziam um monte de adolescentes organizarem uma reunião onde comiam, bebiam, conversavam, faziam festinhas e saíam(tudo que adolescente gosta de fazer, e pra quem vive em uma família evangélica que mal deixa os adolescentes saírem de casa, aquela era a única atividade que os jovens tinham acesso pra se divertir), e no meio disso tudo enfiavam um cara para falar um monte de coisa absurda pra fazer a cabeça dos moleques. Eventos como esse me fizeram literalmente desistir de religião. Não foi algo que ouvi ou li da opinião de outra pessoa, foi literalmente minha experiência.
Ao longo dos anos, contudo, fui amadurecendo um pouco mais minha crítica à religião, num processo de autorreflexão e conversa com família e amigos quando o assunto surgia. Aos poucos percebi que o que me incomodava era a religião, e não existência de um deus. Se deus existe ou não, eu nunca me preocupei de fato, nunca achei que seria impossível uma energia criadora ou algo do tipo, pelo contrário, sempre achei relativamente lógico. O que sempre me incomodou foi a maneira como as pessoas se portavam em relação a este assunto, como verdadeiras sábias, enquanto em suas vidas pessoais não demonstram sabedoria alguma, aos valores pregados, à lavagem cerebral das instituições, ao preconceito, aos falsos profetas, etc. Percebi então que o problema pra mim não era se deus existia ou não, e sim como a religião funcionava. A partir daí descobri o agnosticismo, e com alguma pesquisa, criei meu posicionamento:
Sou um agnóstico forte, que não acha que qualquer humano tenha conhecimento acerca do sobrenatural, inclusive eu, podendo ou não existir um deus. Então eu não entro nessa discussão. Resumindo: sou ateu para todas religiões criadas pelo homem, mas não nego que possa existir ou não um deus, apenas acho que ninguém pode saber disso, e quem diz saber, ou foi iludido, ou é mau-caráter.