Seiryu viu e ouviu tudo o que tinha acontecido dentro da sala da Hokage. Porém, nada daquilo era algo que lhe concernia. Manteve-se em silêncio, como dito, já que nenhuma autoridade tinha lhe dado a palavra. Contudo, agora que tinha o papel para assinar em mãos, começou a cogitar se não seria melhor pronunciar-se sobre alguns detalhes bastante curiosos sobre a sua luta contra Kaguya Nasu e o falso Itachi Uchiha. Na realidade, tinha certeza de que os assuntos eram bastante relevantes, só tinha que esperar pelo momento certo para se dirigir à Hokage.
Esperaria que ela respondesse às suplicas por perdão de um dos genins de Anko e, então, depois de vários minutos sem muita ação, finalmente optou por tentar agir. Primeira tentaria se aproximar da mesa da líder da vila, para que apenas ela pudesse escutar, enquanto os outros estavam supostamente distraídos interagindo.
- Hokage-sama - diria, colocando-se em uma espécie de postura de “sentido”, depois de ter se aproximado o suficiente da mesa - acredito possuir informações de caráter sensível, que não sei se deveriam ser mantidas em segredo, ou não - fecharia os olhos, abaixando a cabeça em sinal de respeito. - Por isso, acredito que seja mais prudente contar somente à senhora para que, então, possa decidir se é algo que deveria ser mantido em total sigilo por mim e pelos Jinchurikis, ou não - finalizou, dizendo tudo não muito alto para não atrair a atenção dos demais e tentar ser apenas mais uma voz em meio às outras.
Caso ela concordasse em ouvir primeiro, esperaria que as medidas para manter o sigilo inicial proposto por ele fossem tomadas. E , então, assim que todos que fossem permitidos ouvir estivessem na sala, Seiryu prosseguiria explicando sobre todo o ocorrido com Kaguya Nasu:
- À princípio, eu achei que ele fosse apenas algum lunático - iniciou, movendo a cabeça de um lado para o outro, um tanto enfático - que dizia ser parte do extinto clã Kaguya e ser membro provisório da Akatsuki - contraiu as sobrancelhas, organizando as informações em sua mente. - Porém, as coisas começaram a ficar estranhas quando ele demonstrou não ser um maluco qualquer - negou com a cabeça, mais uma vez enfatizando. - Em determinado momento, ele não só se mostrou ser capaz de usar um jutsu de espaço-tempo que lhe transportava para locais previamente marcados, como também de usar um doujutsu bastante estranho - continuou, colocando a mão sobre o queixo e querendo deixar óbvia a sua semelhança com o relâmpago amarelo para quem estivesse na sala. - Inclusive, ele insinuou ser capaz de prever a morte de alguém, porém, ainda que aqueles olhos roxos ornamentados de fato fossem reais, não houve nada que pudesse confirmar seus reais poderes - prosseguiu, então, depois de uma breve pausa. - Entretanto, o mais preocupante, sem dúvidas, foi ele ter relatado que, além de conseguir extrair bijuus sem matar jinchurikis, também conhecia o caminho para a imortalidade - disse sério e um pouco assombrado, mantendo contato visual com a Hokage. - Eu achei que as possibilidades de jutsus como esses seren verdade eram mínimas, por isso, apenas relevei. Mas, quando pude testemunhar a técnica de Chiyo… - fez outra pausa, olhando para baixo e ponderando a situação - bem, o paradigma mudou completamente - finalizou, então, ainda imerso em seus pensamentos, esperando a resposta da Hokage.
Naturalmente, como dito, planejava falar aquilo apenas na presença daqueles que a Hokage permitisse. Sendo assim, caso ela dissesse que não havia necessidade de manter sigilo, mesmo sem ter escutado o relatório antes, prosseguiria explicando da mesma forma planejada.