Ao ver Kimmy interagir com Satou Kiyohime, Suzaku acabou optando por não se aproximar demais. Tinha tido a impressão de que tinha desagradado a garota no passado e, sendo assim, talvez fosse mais fácil para Kimmy falar com ela sem sua presença. Sabia que não era das pessoas mais simpáticas.
Ao ler o conjunto de frases na lápide, Suzaku pode começar a reconstruir o passado de Johan. Provavelmente Yamanaka Ichiro era algum tipo de figura paterna, fosse pai, avô, tio ou algo do tipo. Talvez tivesse o matado acidentalmente? Ou então, já que era um psicopata, talvez tivesse se descontrolado e cometido o ato de forma impulsiva. O autor das frases parecia arrependido e talvez o tal monstro que crescia dentro dele fosse o próprio chakra anômalo. Entretanto, ao observar Kiyohime, que também o possuia, talvez não fosse o caso? Talvez fosse algum tipo de kekkei genkai capaz de amplificar os poderes do usuário? E Kiyohime havia cedido poder ao seu amigo? A julgar pela tristeza dela próximo a lápide talvez fosse próxima à família Yamanaka? Ou então estava simplesmente triste pelo que seu amigo próximo, Johan, havia feito. Possivelmente arrependida, pois caso o chakra anômalo fornecido fosse dela, teria tido uma participação na morte de Ichiro.
Suzaku novamente encarou o número irritante. Chegou a pensar em utilizar seu Sharingan para talvez tentar decodificar os símbolos, no entanto, antes disso repassou os nomes que havia decorado da lista codificada na carta de amor à Kiyohime. Foi isso que o levou a lembrar-se do garoto que havia esquecido no topo do monumento Hokage.
“Yukimaru Seon…” - disse mentalmente, pensativo e culpado por ter esquecido o menino, que àquela altura já deveria ter sido resgatado pelas pessoas que subiram até o monumento para consertar - “Seon…” - cerrou os olhos, ainda bastante introspectivo, fitando mais uma vez a sequência de números - “11035…” - foi então que seus olhos se arregalaram - NOES… SEON - balbuciou, completamente desconcertado. Johan e Seon agiam em conjunto? A carta de amor parecia ter sido enviada por Johan. Mas era possível que houvesse mais de um assassino agindo? Talvez ambos se revezassem nos afazeres e tivessem adotado o mesmo pseudônimo codificado. A história estava bastante confusa. Havia muitas possibilidades. Porém, Suzaku tinha alguém importante a perseguir.
- Kimmy-san, lembrei de algo muito importante - Suzaku aproximaria-se da garota um tanto assustado - Vou até o Monumento dos Hokages, se eu não te deixar nenhum rastro, me procure no hospital de Konoha - Suzaku prosseguiu, afastando-se com presteza - Até mais... Cuide-se - relembrou Kimmy, olhando-lhe nos olhos após dar uma discreta olhada na assinatura de chakra de Kiyohime. Era sua forma de apontar com quem Kimmy deveria ter cuidado.Como um ninja qualquer, em um lampejo saltaria para longe dali, correndo o mais rápido que podia na direção do Monumento dos Hokages. Lá, utilizaria seus olhos para procurar pelo garoto de cabelos verdes que supostamente havia sido atacado por Johan. O mesmo que havia julgado ser Yukimaru Seon, dado o perfil semelhante ao descrito na lista criptografada da carta de amor. Caso ele não estivesse ali, com seus olhos, buscaria por detalhes ou traços que lhe ajudassem a rastrear o paradeiro do garoto. Independentemente se as feridas eram falsas ou não, deveriam haver pegadas para algum lugar. Afinal, ou ele teria saído dali andando, ou então alguém teria o carregado até o hospital.
@Ben Ikneg