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A maior planície da região do magmacidium, responsável por concentrar também a maior parte da atividade filtradora e mineradora. Como se os vulcões estivessem em eterna erupção, a lava riquíssima em minerais uteis e preciosos flui ininterruptamente aqui há décadas. Como a lava é considerada um estado diferente do magma, criado por sua externalização e contato com a atmosfera, as empreitadas de filtração se dividem em duas tarefas: canalizar o fluxo externo de lava para capturar minerais que normalmente não poderiam ser minerados em rochas ou perfurar e atingir bolsões subterrâneos de magma para filtrá-los em busca de materiais que normalmente não seriam encontrados na lava. Naturalmente, também existem aqui centenas de vulcões e tubos de lava que se desativaram conforme as eras. São suas paredes solidificadas que dão origem às cavernas em que os mineiros se enfurnam para buscar minerais preciosos ou úteis.
Desconfiado das supostas ações de boa fé do almirante de frota, Momota acabou optando por não prosseguir com o apoio enviado pela marine corps. Não apenas isso, como também pareceu preferir procurar uma rota de infiltração totalmente sozinho, já que mesmo o contato em Pthumerias poderia não ser confiável.
Sendo assim, em sua forma shinigami completa, começou a avançar, quase que a esmo, costa adentro no magmacidium. Apesar da orientação inicialmente ser notavelmente difícil, graças à névoa proveniente do mar, este fator não demorou a melhorar. Após afastar-se algumas centenas de metros da praia, a situação já estava bem mais tranquila, e ele começaria a ter uma noção melhor de qual era o relevo prestes a enfrentar. Um, diga-se de passagem, nada fácil. Afinal, os múltiplos vulcões ativos que conseguia perceber no horizonte visivelmente tornavam o clima local bastante caótico. O céu daquela região era completamente coberto por nuvens negras recheadas de cinzas vulcânicas, que por sua vez prejudicavam bastante a presença de luz no lugar. Estando de noite, ainda, a pouca luz que restava era àquela proveniente dos fluxos incandescentes de lava. No entanto, não parecia ser nada que impossibilitasse sua navegação, afinal, era essa mesma luz que o alertaria para não acabar caindo em algum lago de lava fumegante.
Inicialmente, enquanto ia sentido sudeste, pode ver a tal vila mineira de Labes no à direita no horizonte, ao sul da costa. No entanto, sua busca por rotas de infiltração acabou lhe levando profundo o suficiente para atingir as terríveis planícies de Effūsīvus. Ao inspirar, Higurashi conseguia sentir o quanto o ar da região era pesado e irritativo. Por vezes, sentiu até mesmo vontade de tossir. Dados os seus conhecimentos médicos, sabia que aquilo eventualmente poderia ser tornar motivo de preocupação. Por isso, não demorou muito a pensar que talvez devesse encontrar uma forma de proteger seus pulmões das partículas ultramicroscópicas e aerossóis prejudiciais no ar.Sabia que meras máscaras de pano apenas atenuariam levemente a situação, todavia, uma possível solução não demorou a se apresentar em seu campo de visão.
Estação de Filtragem :
Naturalmente, o ideal era encontrar vulcões inativos, já que não poderia simplesmente nadar através de cavernas repletos de lava fluindo. No entanto, estes pareceram ser um achado um tanto quanto difícil na região que era mais ativa, vulcanicamente falando, da ilha. Por isso, o primeiro campo que foi capaz de encontrar era nitidamente um de filtração de lava.
Construída na parede de uma encosta - que originalmente devia funcionar como uma espécie de vulcão na vertical - a estrutura metálica era capaz de recanalizar seu fluxo, transformando-o em uma perigosa cachoeira que, então, seguia sentido oceano. Apesar dos obstáculos - como rios de magma a serem saltados - o cipher pol não demorou a encontrar uma entrada na porção direita do prédio, que por sua vez continha uma placa com os dizeres: “Magma Opus - Estação de Filtragem nº 100”. O baixo ritmo dos sons das máquinas indicavam que não deveria haver tanto pessoal trabalhando naquele horário. O que era de se esperar, já que era noite.
Ao olhar através do portão trancado de ferro negro, Momota perceberia um espaçoso pátio, com algumas mesas e bancos de pedra. Espalhadas pelas porções que conseguia enxergar do lado de fora e através das barras, havia cerca de 3 portas facilmente visíveis. A mais distante - e à frente do portão - levava a um prédio o qual Higurashi não conseguia distinguir a natureza. A porta a direita levava a um prédio grande situado na porção posterior de toda a estrutura, que deveria ser uma espécie de armazém, já que de trás dele havia uma abertura por onde um trilho emergia sentido Oeste da ilha, para a região de Diatrema. A porta à esquerda visivelmente levava a mais próxima das torres construídas bem à margem da encosta, conectadas logo acima dos dispositivos que cuspiam a lava.
Era de se imaginar que em algum lugar de uma operação daquele tamanho Higurashi talvez pudesse encontrar algo que lhe ajudasse a suportar as condições ambientais extremas - assim como os mineiros -, bem como algo que talvez também lhe ajudasse a se guiar pela região.
É isso, Niezim, tem até 05/12 às 17h00 pra postar.
Satisfeito com o fato de ter finalmente se livrado do marine, Momota seguiu caminho adentro em meio ao cenário inóspito que o rodeava. Após algum tempo de viagem, deparou-se com uma estrutura metálica curiosa que lhe chamou a atenção, fazendo com que a investigasse.
Munido de algumas opções, ele simplesmente opta por retornar à sua forma humana. Afinal, se ia de fato se infiltrar ali, precisaria se passar por alguém semelhante aos presentes, e a imagem de um shinigami não ajudava em nada nisso. Fora a sua necessidade de arranjar alguma proteção facial. De qualquer maneira, seus objetivos eram bastante diversos, e preferia não ser forçado a usar a força bruta para resolvê-los.
Assim, buscando eliminar o obstáculo em sua frente, o CP utilizaria de cortes de sua lâmina para abrir uma passagem no portão de forma que pudesse adentrar naquela estrutura. Dentre as três escolhas que tinha, escolheria seguir até o armazém, aonde certaria poderia resolver o problema das máscaras. Além disso, presumiu que seu disfarce de faxineiro seria muito mais adequado para um ambiente como aquele. De qualquer forma, em todo momento estaria atento para evitar atenção indesejadas durante o trajeto até o local.
Acima dos portões e grades de metal negro rústico, havia uma espécie de arame farpado, que a julgar pelo aspecto, parecia eletrificado. Todavia, fora isso, o lugar parecia um tanto vazio e pouco guardado. Afinal, quem é que se arriscaria de ir roubar matéria bruta num ambiente tão inóspito?
Como metalurgia era uma das especialidades daquela ilha, o metal negro não era apenas rústico em aparência, mas em resistência bruta também. Algo um tanto anormal para um local pouco visado, mas que poderia ser facilmente explicado, visto que o material deveria ser relativamente comum por ali. Todavia, o kairoseki presente na liga metálica, também de alto rank, de Scavenger pareceu ser suficiente para lidar com aquilo. Não para menos, afinal, diziam que a oceanita era tão dura quanto o diamante e, bem, diamante bate metal.
Após dois cortes limpos, acima e abaixo, algumas barras deslizaram, caindo no chão e abrindo caminho fácil até o armazém. Para a sorte do espião, andar escondido e com cautela não pareceu ser necessário, já que, a altura que atingiu a porta do armazém, nenhum alarme ou pessoa pareceram se manifestar.
A pesada porta para o galpão revelou uma estrutura bem grande e larga. Seu interior estava lotado de caçambas com diversos tipos de pós e areias. Bem, certamente não eram dos tipos comuns, visto o tipo extremo de matéria-prima que filtravam ali. Higurashi não fazia a mínima ideia para que serviam, mas era visível que os tubos, que emergiam do solo e contornavam até o teto, deveriam vir da tal filtradora na parte posterior da planta. Os diversos materiais pareciam ser despejados por estes em containers que, por sua vez, eram puxados por locomotivas estacionadas em uma série de trilhos paralelos próximos a diversas saídas na parede posterior da planta. Esses portais, naturalmente, estavam trancados pelo mesmo tipo de portão encontrado anteriormente. Por isso, era visível que todos os trilhos curvavam-se sentido sudoeste de onde estava, excetuando por um par, que ia sentido sul de onde estava. Neste par em questão, havia uma locomotiva em cada trilho: uma virada para fora e outra para dentro, como se tivesse retornado há algumas horas do mesmo lugar para onde sua contraparte deveria ir em algum momento no futuro. Entretanto, mesmo conhecendo o básico da geografia de Pthumerias, Momota não conseguiu pensar sequer em uma justificativa plausível para o que elas poderiam estar fazendo indo para o sul, e não para o sudoeste do magmacidium.
Ademais, era possível dizer, pelo menos em partes, que o cipher pol havia encontrado o item pelo qual procurava: a máscara de proteção. Havia uma pilha delas em um dos cantos do galpão. No entanto, graças à familiaridade com equipamentos de proteção pessoal proveniente de sua profissão, Higurashi pode imediatamente perceber que todas estavam com seus filtros cilíndricos laterais em aspecto visivelmente ruim. Pelo que sabia, eles deveriam ser substituíveis, mas teria que encontrar novos em algum lugar. Para isso, ainda restavam duas portas do lado de fora.
Poderia investigar mais o galpão, pegar a máscara e ir embora, ou então só pegá-la e ir direto atrás de um filtro novo. No entanto, deveria considerar muito bem suas decisões, pois cada minuto contava. Afinal, como bem já deveria saber - já que havia se separado por livre e espontânea vontade do marinheiro -, de certa forma aquela missão havia se transformado em uma espécie de corrida. Aquele que chegasse primeiro, executaria toda a família real e desapareceria com um descendente para controlar a arma. Já ao que chegasse por último, restariam apenas os corpos inúteis e uma falha amarga.
É isso, Nie. Você tem até o dia 11/12/22 às 02h00 para postar.
- Bem, não é como se eu tivesse opções lá muito boas. - Satisfeito com a proteção facial que havia encontrado, Higurashi logo decide pegar o equipamento e utilizá-lo.
Logo em seguida, já tendo pensado sobre as opções que tinha, optou por seguir o tubo da direção Sul, simplesmente porque julgou que o fato daquele portal seguir uma direção destoante dos outros merecia atenção. De qualquer forma, mesmo sabendo que talvez tivesse algum problema de saúde futuro, Momota seguiu seu caminho em ritmo acelerado.
Mostrando ser um funcionário público extremamente dedicado, Higurashi nem sequer hesitou em pôr sua saúde em risco em prol dos interesses do governo. Sendo assim, contentou-se em pegar a máscara menos pior da pilha e seguir os trilhos que iam sentido sul. Da mesma forma que entrou, fatiou as barras de ferro e iniciou sua corrida beirando os trilhos.
O caminho era longo e Momota conseguia sentir a respiração ficando gradativamente mais incomoda. Algo lento e ainda insignificante, mas certamente perceptível. O filtro velho era melhor do que nada, claro, mas Higurashi já começava a perceber que os efeitos de sua escolha eram concretos.
Não teve quaisquer problemas ao caminhar pelas planícies. Afinal, mesmo nos locais em que havia rios de lava para cruzar, os trilhos eram sustentados por pontes que, obviamente, também o beneficiavam.
A caminhada já durava há um tempo e Higurashi calculava que já devia ter andado umas boas dezenas de quilômetros, quando se deparou com a primeira entrada de tubo de lava. A julgar pela sua aparência, parecia seguro o suficiente para adentrar. Era possível sentir o calor da lava vindo de dentro, mas considerando que os trens conseguiam passar, ele não deveria ter problemas.
Higurashi havia corrido por mais alguns quilômetros de tubo escuro quando finalmente pode ver uma luz avermelhada fraca em seu fim.
Cavernas de Effūsīvus :
Quando chegou ao fim, viu-se em uma enorme quantidade de galerias interconectadas e lotadas de lava fluindo. Aparentemente, bastava que seguisse o caminho feito para os trilhos e tomasse cuidado com eventuais espirros de lava ou semelhantes e tudo ficaria bem. A coisa parecia fácil. Fácil até demais.
No entanto, antes que pudesse tomar medidas em relação a eventuais sensações de que algo estava errado, sentiu um tremor forte no solo. Imediatamente Higurashi pode perceber que algo emergia de baixo de seus pés, erguendo o pedaço de rocha que compunha o chão onde pisava no processo. Considerando a instabilidade do chão e os diversos rios de lava fluindo pela galeria, a situação era um tanto perigosa. Qualquer deslize, e poderia cair na lava. No entanto, a coisa enorme e forte que erguia o chão não simplesmente iria esperar que ele cometesse erros. O responsável oculto pelo piso de rocha, então, arremessou a peça, junto com Momota e tudo na direção de uma das poças de lava incandescente.
Nos breves instantes em que estava em pleno ar, pode notar atrás da pedra plana que voava consigo uma enorme máquina pétrea. Era alta, extremamente robusta, possuía quatro patas, quatro braços e certamente deveria estar armada até os dentes. Seus três olhos vermelhos brilhavam com intenção assassina na direção de Higurashi. Ademais, um de seus braços brilhava, denunciando que a máquina deveria estar carregando algum tipo de canhão para usar contra o pobre funcionário público. Ainda em pleno ar, deveria encontrar uma forma de se safar da pedra, da lava logo abaixo e do ataque do robô.
Higurashi estava ciente que ser imprudente no cuidado com a sua saúde poderia lhe ocasionar danos, provavelmente permanentes se a situação persistisse, mas ele não se incomodava com isso. O Governo havia lhe dado uma missão, e considerando que já estava tomando uma metodologia de abordagem diferente da proposta pelo sistema, não havia espaço para fazer corpo mole se preocupando com si mesmo. Dessa forma, mesmo sentindo que seu corpo começava à enfraquecer diante dos efeitos nocivos do ambiente, o espião optava por continuar em seu caminho.
Após algum tempo, deparou-se com outro ambiente bastante inóspito. Contudo, pouco tempo teve para analisar o lugar antes de receber a ofensiva do que aparentava ser uma máquina bastante peculiar.
- Se um robô desse calibre está por aqui, é porque está guardando alguma coisa importante. - Concluiu quase que de imediato. Logo em seguida assumiu sua forma híbrida enquanto usava Geppo para se reposicionar, saindo da trajetória que estava seguindo.
Ainda no ar usando Geppo, e percebendo que seu adversário não faria uma única ofensiva. Ainda em uma situação complicada, Momota opta por utilizar Dragon Flash contra o rochedo no qual a máquina estivesse pisando, buscando cortá-la e posteriormente fazer com que o inimigo caísse na lava. Isso no melhor dos cenários.
Se alguma coisa desse errado, o mais provável era que o golpe apenas serviria para desviar a trajetória do segundo ataque do inimigo. De qualquer forma, independente do resultado, usaria da brecha criada para se aproximar com Geppo e posteriormente usar Kokujo Tatsumaki contra seu alvo. Seu propósito era claro : avariar tanto o ambiente quanto o adversário. Afinal, com aquele tamanho, provavelmente a máquina teria muito mais dificuldade para lidar com o ambiente do que o Cipher Pol, que contava com a mobilidade das técnicas que aprendeu com o Governo Mundial, que certamente as usaria para encontrar um "pouso seguro".
Spoiler :
Nome da Técnica: Kokujo Tatsumaki Tipo de Técnica: Combate Descrição: Ele gira para criar um tornado semelhante a um dragão que corta e afasta os alvos, mas o ataque continua como um redemoinho real e corta quem seja pego nele. Famosa técnica do Zoro.
Nome da Técnica: Dragon Flash Tipo de Técnica: Combate Descrição: O usuário realiza um corte em alta velocidade contra o oponente, gerando uma lâmina de ar enorme no processo. Devido à alta força envolvida no golpe, segundos após o ataque inicial, uma onda de ar secundária segue como um segundo ataque, embora tenha o problema do "delay" do ataque, que é compensado por um área de ataque um pouco menor
Nome da Técnica: Geppo Tipo de Técnica: Combate Descrição: Permite que o usuário realize quantos saltos quiser no ar, permitindo assim que ele fique no ar por muito mais tempo.
Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. Era um nome comprido e complexo, mas com seus conhecimentos médicos, Higurashi era capaz de entender o que significava. Pneumoconioses eram doenças provenientes da inalação de poeiras ou partículas de pó mineral que se depositavam permanentemente no pulmão. No caso, sabia que as cinzas vulcânicas presentes na atmosfera do magmacidium - sem contar demais substâncias venenosas e ácidas que causariam inflamação - iriam gradativamente se depositar nos tecidos e, através de alguns processos patológicos, reduzir sua capacidade pulmonar. Graças à sua resistência natural, ainda deveria demorar um pouco para ficasse com a respiração pior que a de um fumante crônico, mas sabia que o processo seria irreversível. Quer dizer, irreversível para alguém com suas habilidades médicas. No entanto, Momota sabia que existiam medicinas mais avançadas pelo mundo afora, e que deveriam ser capazes de regenerar e limpar seu órgão daquela deposição de materiais nocivos.
Matinha-se firme em sua escolha, apesar de conhecer exatamente quais eram as consequências de sua escolha. Todavia, eram esses mesmos conhecimentos que o tranquilizavam e lhe diziam que eventualmente poderia se livrar dos danos.
De volta ao presente, o espião rapidamente encontrou uma solução para a situação de estar sem chão. O cipher pol movimentou suas pernas de forma tão vigorosa que foi como se nadasse em pleno ar. Com isso, ele facilmente saiu do caminho do pedregulho com o qual havia sido anteriormente arremessado. Todavia, aquele não tinha sido o único ataque que o inimigo havia preparado.
O canhão de energia em um dos braços do robô parecia estar prestes a atingir o pico de seu brilho quando Momota inesperadamente mudou sua trajetória no ar. Reajustando suas três pupilas robóticas, então, o robô imediatamente se viu sob a necessidade de recalcular a nova rota do inimigo. Algo que, inclusive, Higurashi pode percebê-lo fazer com grande velocidade e naturalidade. Como um legítimo aimbot de fps, ele rapidamente voltou a apontar a boca do canhão para o agente, acompanhando seus saltos aéreos em tempo real. Contudo, aquelas evasões claramente não eram a única resposta disponível no seu arsenal.
Enviando um poderoso corte de ar contra a área em que a máquina pisava, Higurashi facilmente conseguiu desestabilizar sua postura. Considerando que ambos estavam à beira de um lago de lava, não precisou de muito para que uma das quatro pernas do robô deslizasse em direção à lava, fazendo-o errar o tiro de energia.
Higurashi pode sentir nitidamente o calor imenso do pilar horizontal de luz que havia lhe errado por pouco. Tamanha a luz e calor emitidos pelo disparo, o agente pode ter certeza se tratar de algo muito pior do que lava. Se aquele plasma lhe tocasse, por mais resistente que fosse, a coisa poderia ficar bastante séria. Entretanto, ao que o ofuscamento causado pelo tiro passou, Momota também pode perceber uma série de outras coisas. Com um de seus membros submerso em lava, o espião percebeu imediatamente que aquilo era praticamente um banho termal para a máquina. A rocha e os componentes que a compunham incandesciam, mas não pareciam perto de quebrar. Algo de se esperar, já que, se havia sido propositalmente sido colocada ali, deveria pelo menos ser resistente ao ambiente hostil se não quisesse simplesmente cair na lava e ser inútil. No entanto, apesar dessa resistência, também era notável que o disparo do canhão de plasma não era algo simples de se fazer. A julgar pela forma como o braço-canhão incandescia de forma mais intensa que a própria perna dentro da lava, Momota conseguia perceber que, apesar da ideia de ser atingido pelo tiro parecer um game-over, certamente havia um grande cooldown envolvido ali. Cooldown este, inclusive, que não devia ser nem um pouco beneficiado pelo ambiente quente. De qualquer forma, era visível que novos disparos daquele não aconteceriam até que o canhão voltasse ao normal.
O que Momota não poderia ter se dado conta, no entanto, era a exata extensão do quão longe uma máquina conseguiria ir além das limitações humanas. Tirando uma carta da manga totalmente inesperada, o robô girou seu abdômen em 360º, subitamente acelerando o braço-canhão incandescente a níveis alarmantes. Então, antes que pudesse se aproveitar da suposta brecha criada por Dragon Flash, Higurashi acabou sendo atingido em pleno ar pelo grosso braço pétreo giratório. Levando um forte tapa em seu peito, foi velozmente arremessado para trás, sendo enterrado na parede contrária da galeria de lava. Como resultado, não apenas sentiria dor nas costas pelo impacto contra as rochas, como também perceberia um rombo na fronte de sua camisa. Com as bordas do buraco chamuscadas, Momota perceberia que a máquina tinha sagazmente utilizado o período de cooldown ao seu favor, aproveitando-se das altas temperaturas, que o disparo de plasma obrigava o canhão atingir, para infringir-lhe queimaduras no local do golpe. Por isso, também sentia alguma dor em seu peitoral. Não estava totalmente debilitado, mas deveria sentir alguma redução na velocidade de reação da parte superior do seu corpo.
Dentro da sua pequena cratera na parede, Higurashi encontraria espaço para ficar em pé e observar a situação. Dali, sentiria como um enxadrista numa partida contra algum tipo de computador. Ele era páreo, mas a IA parecia ser capaz de calcular algumas centenas de possibilidades distintas que originavam alguns movimentos um tanto incomuns. Era quase como se alguém - tipo o mestre - tivesse trocado para o modo Hard nas configurações do jogo.
Percebendo que Higurashi estava se recuperando, o robô não quis deixar barato. Mirando a palma de outro de seus braços na direção dele, revelaria uma espécie de gatling gun. O espião perceberia com antecedência que a máquina dava sinais de começar a girar seu tambor na intenção de transformá-lo numa peneira. Se não quisesse ser fuzilado ali, tinha que reagir rápido.
Eu propositalmente dei uma intensificada nos danos pra dar um pouco mais de dificuldade. Depois eu dou um jeito de reverter ele pra você poder ir pro boss nos conformes.
Ofegante, Momota sentia na pele as consequências de sua decisão, mas continuava firme em seu caminho. Não que houvesse algum jeito de voltar atrás, mas arrependimento não estava no seu arsenal de possibilidades, porque simplesmente Higurashi se enxergava da mesma forma que seu adversário. Como uma ferramenta, uma máquina realizadora de propósitos alheios.
Infelizmente, como eram semelhantes e não iguais, seu inimigo contava com algumas facilidades em batalha que lhe auxiliavam. Dentre elas, a mais problemática era ter a capacidade se analisar a situação e prever resultados com uma precisão impar, coisa que um humano seria incapaz de fazer. Como resultado dessa capacidade e de outras armas disponíveis em seu repertório, a máquina levou a melhor no primeiro round, ferindo o CP.
- Valeu o teste. - Apesar de avariado, o espião se dava por satisfeito com os resultados. Não havia sido deletado pela melhor arma de seu inimigo e havia obtido um conhecimento bastante útil para o resto do combate pelo preço de alguns ferimentos. No geral, a sua conclusão final era que a batalha ainda poderia ser revertida para o seu lado.
De qualquer forma, sabendo que a situação não poderia se estender demais em razão das condições nocivas do ambiente, quanto pelo cooldown do canhão inimigo, o Cipher Pol tomou uma opção drástica, optando por usar a Demon Face. Ora, se não podia rivalizar com seu inimigo em DPS e nem com previsões acertadas por não ter o abjeto Haki da Observação, teria que o fazer abusando da maior capacidade sua raça : sua força descomunal.
Devidamente preparado para atacar, Higurashi lançaria um Kokujo Tatsumaki direto contra seu adversário. Seu objetivo era claro : tanto desviar a trajetória dos disparos subsequentes quanto causar dano ao inimigo e ao ambiente. De qualquer maneira, mesmo que tal golpe não alcançasse todos os seus objetivos, o espadachim aproveitaria a deixa para abandonar a cratera aonde estava para se dirigir até seu inimigo com Geppo.
Afinal, manter a distância do inimigo em um ambiente aonde ele tinha a vantagem apenas possibilitava que o robô tivesse uma maior janela de oportunidades para agir e enrolar a luta, o que era objetivamente muito prejudicial ao funcionário governamental. Enfim, já perto de seu inimigo, Momota usaria Reversal Slash para atacar os "olhos" da criatura, antes de um novo recuo estratégico com um salto até a rocha mais próxima.
Spoiler :
Nome da Técnica: Reversal Slash Tipo de Técnica: Combate Descrição: O usuário realiza um corte durante um salto. Geralmente usado para propósitos defensivos, realizando um ataque decente ao mesmo tempo que consegue defender de maneira concisa.
Nome da Técnica: Demon Face Tipo de Técnica: Técnica Boost em Força ( 30% ) - 3 turnos Descrição: O usuário flexiona grande parte de seus músculos, e por consequência suas costas tomam o formato da face de um demônio. O corpo do usuário também fica mais forte.
Nome da Técnica: Kokujo Tatsumaki Tipo de Técnica: Combate Descrição: Ele gira para criar um tornado semelhante a um dragão que corta e afasta os alvos, mas o ataque continua como um redemoinho real e corta quem seja pego nele. Famosa técnica do Zoro.
Para um combatente experiente como Higurashi fora um tanto natural perceber que havia algum tipo de algoritmo avançado de previsões no robô que enfrentava. No entanto, foi só então que o espião pôde se dar conta do quão perigosa - e talvez até suja - era aquela combinação.
Não possuindo o infame Haki da Observação por razões genéticas, não tinha experiência suficiente com o assunto e nem capacidade para perceber que robôs não possuíam assinatura espiritual. Afinal, não tinha memórias de como era usar a agressividade emitida a ele pelo inimigo pouco antes de seu ataque para reagir, ou ler a assinatura para prever os movimentos e aprimorar a capacidade de reação ou até mesmo prever o futuro em si para evadir de forma mais facilitada ainda. Sendo assim, era de se imaginar que não supusesse que um ser totalmente cibernético não teria essa assinatura vital. Todavia, era isso que viciava o esquema a favor do que quer que o guardião estivesse protegendo.
A ideia de que o robô era imune ao Haki da Observação era neutra para Higurashi. Sendo assim, a desvantagem de se ter alguém com capacidades de previsão além do normal era algo com que o Ogro estava bastante habituado. No entanto, aqueles que faziam uso do tal sexto sentido, subitamente se veriam em uma situação em que teriam um recurso a menos e o inimigo não. Aliás, pelo contrário, já que seu corpo mecânico parecia lhe conferir uma grande gama de vantagens.
O Ogro habituado com as desvantagens em agilidade rapidamente pareceu dar sua resposta. Utilizando sua técnica-boost, Demon-Face, procuraria tirar o máximo de vantagem daquilo em que certamente deveria se exceder: força bruta. Dar uma de Basaka não era um método muito seguro e livre de danos, mas com certeza lhe dava boa eficácia ao esmagar o inimigo. Considerando isso, a melhor decisão era acabar com aquela luta o mais rápido possível.
Apesar do mindset de aniquilar antes de ser aniquilado, a primeira medida de Higurashi acabou não sendo de todo ofensiva. Após girar seu corpo de forma vigorosa, o imenso tornado-dragão investiu contra o peito do robô. Rugindo silenciosamente, o tornado horizontal simplesmente varreu a trajetória das balas da metralhadora gatling. Filetes de lava e pedaços de rocha dos arredores foram incorporados ao tornado que, além de momentaneamente proteger Momota das balas, também acabou jogando o robô para trás.
Tentando resistir às forças titânicas, lava e rochas envolvidas no furacão dracônico, o robô deslizou para trás em postura retorcida, mas firme, não se deixando cair para trás ou no chão. Seus olhos brilharam quando elevou seu torso, revelando um peitoral avariado. Dada a força, peso extra e temperatura do golpe, pedaços da placa pétrea que formava sua armadura peitoral haviam despedaçado e caído, revelando os mecanismos que compunham o interior de seu peitoral e da porção frontal de seus ombros. Em seu peito, restava uma espécie de núcleo avermelhado, cuja luz bruxuleante indicava tratar-se de uma espécie de reator de energia em pleno funcionamento. Certamente a fonte de energia do aparato, dela partiam uma série de mangueiras que, de acordo com os conhecimentos de Momota, pareciam se comportar como os vasos do corpo humano. Considerando a abertura que tinha feito na armadura do robô, conseguia ver os condutores que se dirigiam para o abdome e, também, aqueles que se dirigiam para os membros superiores da criatura, fazendo uma ligeira curva na região do ombro e desaparecendo atrás da armadura ainda íntegra nos braços do robô.
Apesar da exposição, a máquina não parecia nem um pouco menos diligente por conta disso. Pelo contrário, o brilho mortal em seus olhos dizia ao espião que ela deveria ir com todo o output que seus geradores eram capazes de produzir.
Os instantes em que a máquina se ocupou em resistir o dragão de vento acabaram garantindo uma brecha para Higurashi, que avançou com um Geppo, na intenção de dar um Reversal Slash em seus sensores visuais. Apesar da máquina de fato ter feito esforços para evitar que o deslocamento indesejado por parte do dragão fosse demais, ela ainda detinha vantagens sobre a mente humana do agente do governo. Considerando que os upgrades de RAM estavam em dia, a máquina sorrateiramente rodou dois processos simultâneos em seu cérebro. Considerando que o alvo de Higurashi não havia sido especificamente a metralhadora gatling, graças à inércia, a arma de fogo acabou ficando razoavelmente apontada para frente. Com isso, tudo que a máquina precisou foi rodar seu algoritmo mais uma vez e prever onde Higurashi estaria durante o ataque tornado. Apesar de deslocada pelo impacto de antes, sua mira ainda estava consideravelmente próxima do Ogro, não precisando mais do que alguns ajustes. Sendo assim, ao que o efeito de proteção contra as balas cessou e Higurashi estava prestes a desferir seu Slash Reversal na face da máquina, a metralhadora Gatling, que não tinha parado de operar durante toda a situação, simplesmente voltou-se para ele.
Simultaneamente à sensação satisfatória de ter desferido um corte efetivo contra os olhos do guardião cibernético, Higurashi Momota também sentiu uma série de balas alojando-se em seu corpo. Havia três no peito, duas na perna direita e uma no braço esquerdo. Todavia, dada sua alta Resistência e a adrenalina do momento, o cipher pol conseguiu basicamente suportá-las todas sem fazer cara feia ou contorcer o corpo.
Ao que graciosamente pousou na rocha mais próxima, Momota pôde visualizar a máquina debater-se com o ambiente, aparentemente atordoada. Seus ferimentos não pareciam lhe impedir de se mover livremente. Todavia, a dor ainda estava lá e os focos de sangramento também. Dessa forma, o tempo que tinha para lutar limitava-se em definitivo. Ainda que sua constituição física ainda lhe garantisse um bom tempo de autonomia, mesmo naquela situação, tinha que se livrar daquela máquina insistente de uma vez por todas para que pudesse encontrar o devido tratamento.
Ao que Higurashi acabou de avaliar sua situação - acima descrita -, imediatamente percebeu que o robô, mesmo durante o suposto atordoamento, ainda ardilosamente maquinava planos para erradicar o invasor do governo. Dois de seus três sensores visuais estavam completamente inoperantes e o último deles estava gravemente danificado. No entanto, Higurashi poderia deduzir que aquilo ainda devia ser suficiente para que a máquina tivesse uma noção de sua silhueta no campo de batalha.
O Ogro, no entanto, acabou sendo completamente surpreendido pela nova tática que contradizia as regras que havia aprendido sobre o inimigo. Ouvindo um gotejar vindo do braço esquerdo, Higurashi percebeu que o brilho do perigosíssimo canhão se intensificava mais uma vez. De uma forma inesperada, a máquina parecia ter simplesmente julgado se tratar de uma situação de extrema periculosidade e que, portanto, seus preceitos e prioridades deveriam ser reescritos. Aparentemente desejando sacrificar-se para levar Momota junto, a máquina parecia querer arriscar muito mais do que meramente derreter seu braço para custear um último disparo de plasma final.
O ataque, no entanto, não parecia estar configurado no modo rajada. De uma forma absurdamente mais intensa que antes, uma espécie de esfera de plasma começou a se expandir da palma do robô. Ela cresceu de forma modesta no início, mas não demorou para que a esfera extremamente brilhante começasse a acelerar em velocidades que eram bastante preocupantes até mesmo para Higurashi. Tendo como epicentro a porção direita do corpo da máquina, o raio da esfera de luz crescia descontroladamente, ameaçando atingir Higurashi e toda a caverna no processo.
Considerando a falta de saídas fáceis a partir de sua posição, Momota tinha que encontrar uma forma alternativa de neutralizar aquele ataque. Do contrário, ele poderia acabar arrumando queimaduras bem feias, ou até mesmo ferimentos bem piores.
Dada a reprogramação feita no ataque para uma configuração esférica, sua velocidade de expansão relativamente prejudicada parecia ser ‘lidável’ o suficiente para que Momota conseguisse contorná-la pela esquerda do robô e, então, adquirir uma mira que fosse limpa o suficiente - do plasma vaporizante e da luz ofuscante - para desferir um golpe decisivo. O Ogro tinha que agir rápido.
E o evento oficialmente retorna! Prazo de postagem até 06/01/2023 às 23h59
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Os resultados haviam sido os esperados. Já as consequências nem tanto. Ferido, e diante de um inimigo que se mostrava cada vez mais ameaçador, uma única e simplória gota fria de suor percorreu o rosto de Higurashi. Por um único instante, colocado numa situação tão intensa quanto aquela, Momota sentiu um sentimento mínimo de empolgação, dentro do limite do que sua raça lhe permitia sentir. Uma emoção tão breve que inconscientemente ignorou devido à sua completa concentração em resolver o mais novo problema eminente : um novo ataque de plasma.
- Esconder-me não é uma opção, fugir muito menos. A única opção é impedir o ataque. - Com breves palavras comunicou a si mesmo sua conclusão, já idealizando uma forma de impedir o disparo. Afinal, mesmo que conseguisse alterar sua trajetória, a caverna seria destruída e ele seria soterrado junto com ela. Suas opções naquela ocasião eram muito limitadas.
Em sua forma completa, o Shinigami não hesitou em utilizar a Passagem da Nuvem Espiral juntamente de Kami-E contra o adversário. As técnicas tinham duplo uso : além das duas possibilitarem uma movimentação considerável, o que facilitaria o avanço lateral pela esquerda, os ataques de espada também seriam úteis para avariar os mecanismos e cabos interiores que sustentavam aquele maquinado. Em sumo, um ataque multifacetado ágil que também permitiria o que provavelmente seria o avanço final de Momota.
Já perto do inimigo, e tendo concluído sua Passagem, miraria um ataque certeiro contra o mecanismo que "nutria" aquele ser pétreo, cravando a Scavenger ali antes de rasgar o que restava dos "órgãos" interno do adversário. Afinal, sem aquilo dificilmente ele poderia concluir o carregamento da arma de plasma.
De qualquer forma, se não tivesse sucesso nessa empreitada, usaria Tekkai para resistir os danos na medida do possível. Caso contrário, seguiria sua busca por uma saída daquela caverna. Afinal, sua missão ainda não havia sido concluída.
"Nesse ritmo eu vou ter que fazer uma pausa para tratar essas feridas" - Pensou, sem saber que poderia resolver seu problema com um método muito mais efetivo que seus limitados conhecimentos médicos.
Spoiler :
Nome da Técnica: Tekkai Tipo de Técnica: Combate - Crítico em Resistência ( 25% ) Descrição: A habilidade endurece os músculos dos usuários como ferro, à fim de anular/reduzir o dano recebido de ataques. No entanto, tal técnica pode ser quebrado por forças fortes o suficiente para fazer isso.
Nome da Técnica: Kami-E Tipo de Técnica: Combate Descrição: A habilidade torna o corpo do usuário extraordinariamente flexível para evitar ataques, flutuar e dobrar o corpo como um pedaço de papel.
Nome da Técnica: Passagem da Nuvem Espiral Tipo de Técnica: Combate - Crítico em Força ( 25% ) Descrição: O usuário realiza uma série de cortes rápidos contra um ou vários oponentes, gerando lâminas de ar que cortam o espaço ao seu redor. Útil contra grandes inimigos.
Amplificando sua agilidade em sua forma completa, Higurashi começou a correr cerceando a esfera crescente de plasma. O calor e a luz foram bastante difíceis de se lidar e, a princípio, suas técnicas não foram tão úteis assim. Não haviam golpes lhe sendo direcionados ou necessidade de evasão súbita para que o corpo de papel fosse útil. Apenas um crescimento constante da esfera, o qual Higurashi por pouco conseguiu manejar com sua corrida.
Apesar dos cortes conseguirem atingir a face direita do robô, pelo menos a princípio, a maioria deles acabou sendo inefetivo contra a grande esfera de plasma crescente. Ela acabou servindo como uma poderosa barreira que, somente ao fim do contorno revelou ângulo de ataque para que Momota pudesse iniciar com seus objetivos.
Os cortes sucessivos nos mecanismos e cabos que sustentavam todo o maquinário acabaram produzindo efeitos imediatos. Todos os braços visivelmente pareceram perder sua capacidade de serem erguidos, voltando a esfera do braço esquerdo para o chão da caverna. Lascas de rocha e respingos de lava voaram por todos os lados, propelidos pela intensa vaporização que o plasma promoveu na matéria sólida ali. Projéteis não intencionais que acabaram por pegar de raspão em Higurashi em diversos pontos de sua perna e torso. No entanto, por mais que seu certo tivesse mudado com aquilo, o plasma continuava a crescer e crescer.
Os ataques anteriores não tinham cessado a catástrofe em definitivo, mas pelo menos tinham ganhado algum tempo até que o ataque explodisse. Já bem mais próximo do robô, Com a porção central mais vulnerável pela mudança de posição da esfera, o agente avançou em direção ao núcleo da arma.
O interior nitidamente não era tão resistente quanto o interior. Scavenger parecia cortar manteiga quando Higurashi cravou-a no coração da máquina. E este ato pareceu, com sucesso, interromper o crescimento da esfera, que gradativamente dispersava sua energia restante nos arredores. Mais lascas de pedra continuavam a atingir o espião como se fossem balas, todavia, a dor era bastante manejável, graças à natureza secundária dos projéteis.
Momota chegou de fato a acreditar que a máquina simplesmente cairia “morta” no chão após a esfera inevitavelmente secar completamente seu tamanho. No entanto, algo mais aconteceu. O brilho do plasma dificultava bastante sua percepção total do ambiente, mas não o impediu de sentir um segundo brilho vindo do peito do robô.
Foi instintivo. Recolhendo sua espada e evadindo para trás, ativou seu Tekkai para se preparar para o impacto iminente.
Sua consciência se perdeu por algum tempo. Não sabia dizer exatamente quanto, mas quando acordou, percebeu pela destruição do ambiente que o núcleo de energia do robô devia ter explodido com seu golpe. Estava bastante atordoado, seus ouvidos zuniam e suas roupas eram trapos. Todavia, Tekkai havia cumprido sua prerrogativa de mantê-lo vivo. Não havia saído totalmente ileso, claro. Além do sangrando proveniente dos ferimentos anteriores e dos cortes de raspão em diversos pontos de suas pernas e torno, podia sentir que o impacto da explosão deveria ter lhe causado algum dano interno, além de ter aumentado a área da queimadura em seu torso.
Quando se levantou, percebeu que muito provavelmente mancaria até o fim do trajeto. No entanto, considerando que os túneis pareciam bem mais habitáveis que o lado de fora, talvez fosse capaz de encontrar animais cuja carne poderia usar para se curar.
Naturalmente, os trilhos dos arredores haviam desaparecido completamente. Higurashi não demorou a identificar o que deveria ser a continuação de um trilho. No entanto, conforme olhasse melhor, veria que a explosão havia revelado uma complexa malha ferroviária que passava por ali. Basicamente um labirinto.
Ao contornar o robô, no entanto, notaria uma tela sobrevivente, ainda ativa. Além de algumas rachaduras, a tela sofria de glitches, mas nada era que o impedisse de identificar que ainda estava usável. Logo abaixo de si, um pequeno teclado fazia possível o acesso ao software do guarda, que graças ao timbre real no monitor, claramente deveria ser real.
O espião conseguia identificar o túnel de onde tinha vindo, mas não o túnel para o qual se dirigia. Diferentemente disso, identificava outros três novos túneis, cada um com seus trilhos. Um deles deveria ser o caminho que seguia antes, mas era difícil de distinguir.
Havia vencido, mas não sem pagar um alto preço. Preço esse que poderia ter sido definitivo se não tivesse tomado as devidas medidas. Aquele havia sido um adversário bastante poderoso, contudo, com o problema solucionado, não havia motivos para se preocupar com a sua presença. Tirando claro, a estranha tela que identificou no meio daquele emaranhado de ferro e peças que havia cortado.
- Vamos ver se tem algo de interessante aqui. - Não era exatamente familiarizado com máquinas muito avançadas, mas a tentativa de vistoriar o aparelho usando o teclado era válida. Esperava encontrar alguma informação útil ali. De qualquer forma, qualquer que fosse o resultado, o destino final daquele sofware seria ser fatiado até que parasse de funcionar após a inspeção do espião.
Concluída aquela tarefa, seguiria seu caminho usando as informações obtidas. Caso não tivesse nenhuma em mãos, simplesmente escolheria o caminho que fosse mais propício para a vida animal comum. Afinal, com ferimentos daquela escala, precisava encontrar algo para comer rápido, caso contrário não teria forças para abater nenhum de seus alvos. Além disso, a medicina que conhecia não era capaz de lidar com a escala dos ferimentos que tinha.
Logo que se aproximou do display, pode perceber que seu manuseio não foi muito difícil. Considerando que a maior parte da tela ainda estava intacta, seus sensores de toque funcionaram razoavelmente bem. Não tinha expertise em manusear aquele tipo de aparato, mas após aleatoriamente examinar todos os menus a vista na tela, eventualmente identificou um que parecia ser bastante útil. Aparentemente, os guardas cibernéticos se dividiam em guardas, por isso, um parecia saber a posição do outro. Vendo agora, o mapa do labirinto de trilhos parecia assustador, eram muitas as formas de ficar preso e muitos os guardas distribuídos ao redor dele. Parecia ser uma medida um tanto drástica - denunciando que aquele deveria ser o caminho certo -, já que era de se imaginar que guardas e um portão com senha deveria bastar. No entanto, os seus criadores pareciam excessivamente confiantes demais de que nenhum daqueles guardas de pedra seria derrotado, pois a rota que os robôs tomavam para fazer o recarregamento autônomo de seus reatores estava bem ali, bem como a sua chave individual de acesso. Para o espião invasor bastaria apenas decorá-los e seguir em frente.
Ferido, mancou lentamente pelo caminho indicado. Haviam claros rastros de pequenas formas de vida habitando aqueles túneis. Todavia, Higurashi não conseguiu ver nenhuma criatura de fato. Por mais que as rastreasse através de pegadas nos pequenos túneis formados naqueles túneis de lava - agora bem mais habitáveis que o de antes -, era como se toda a fauna do local tivesse fugido às pressas. Mesmo sem capacidades espirituais, o Ogro podia perceber o mau agouro naqueles sinais.
A princípio, apenas trataria de seguir o caminho memorizado, querendo cumprir seu objetivo e sair o mais rápido possível daquela ilha amaldiçoada. Todavia, intensos terremotos tomaram conta das cavernas em que estava. Os túneis pareciam sólidos o suficiente para resistir, mas ainda assim podia sentir em seus ossos que algo estava errado.
Foi pego completamente de surpresa quando um rugido absurdamente alto e grave pareceu ecoar simultaneamente de dentro e de fora das cavernas. Nunca tinha ouvido nada parecido. Nenhum predador de ápice de cadeia que conhecia podia produzir tal coisa. Aliás, seus instintos lhe diziam que nem mesmo um Rei do Mar poderia produzir tamanho feito. Não tinha a mínima ideia do que estava acontecendo, só que os tremores pareciam se intensificar cada vez mais e, que em meio à situação caótica, o túnel que se estendia quilômetros à sua frente exibia uma luz avermelhada.
Era um tubo de lava antigo, Higurashi somou A mais B. Mesmo com dor avançou o mais rápido que pode até um túnel no teto da caverna em que estava. Lutando por sua vida, saltou de parede em parede até que finalmente se viu novamente nas Planícies de Effūsīvus. Não deu qualquer grande foco aos arredores, apenas tratou de sair de perto do túnel o mais rápido possível. Túnel este que não demorou a cuspir grandes quantidades de lava e gases.
Todavia, logo notaria que não era o único. A situação externa era absolutamente caótica. Todos os vulcões em seu campo de visão tinham subitamente entrado em erupção simultânea. Não precisava ser nenhum expert para saber que alguma coisa deveria estar muito errada.
Higurashi não demorou mais do que alguns instantes para perceber o que era essa coisa errada. Por mais que suas emoções fossem suprimidas, os alarmes internos de seus instintos eram o tipo de coisa do qual não poderia se livrar, por mais racional que fosse. E diante daquela cena apocalíptica, teve certeza de que esses instintos nunca estiveram tão alertas quanto antes. Além dos diversos pilares de lava ao seu redor e ao longe no horizonte, o cipher pol também viu um absurdamente maior que os demais bem no centro da ilha.
Considerando que aquela era a direção para onde o mapa do guarda cibernético o levava, era de se imaginar que nada da sua missão devia ter restado. No entanto, um singelo “detalhe” foi capaz de desviar sua mente desses pormenores. Algum tipo de humanóide de proporções titânicas estava literalmente erguendo-se das profundezas incandescentes da terra. E era dele toda aquela fúria canalizada em rugido que Higurashi pode ouvir.
O pobre den den mushi em seu bolso também pode instintivamente sentir que algo estava muito errado. Por isso, quando o espião percebeu, ele já estava bastante desesperado em seu ombro. Parecendo ter aceitado que sua única chance de sobreviver era o espião, mesmo sem o comando do portador, a criatura simplesmente começou a reproduzir:
- Agente Higurashi? Câmbio. Agente Higurashi? Câmbio? - uma voz urgente gradativamente se faria presente em meio ao som ensurdecedor do cataclisma - A arma que deveríamos apreender foi ativada. Repito: a arma foi ativada! - a voz de Keen parecia bastante estarrecida - Emergência de nível máximo! - com um certo quê de soturno em seu tom de urgência, o homem momentaneamente vacilou - As ordens dos Dragões Celestiais são expressas: todos os agentes em solo devem cooperar com a corporação marine e ajudar a neutralizar a ameaça ao Governo Mundial. Repito: todos os agentes em solo devem cooperar com a marinha e neutralizar a ameaça de nível planetário - um tanto sem esperança, Cameo parou por alguns instantes - Higurashi-san, está aí? Está tudo bem? Não desligue o den den mushi, estou tentando triangular sua posição! - do outro lado, ele parecia digitar furiosamente em algum teclado - Os marinheiros não estão muito longe, vou enviar apoio, aguente firme! - ele continuou digitando por alguns instantes - Droga, só foram nos liberar o acesso aos recursos da marinha agora que a coisa já esta preta! - nervoso, Keen parecia prestes a amaldiçoar a nobreza mundial.
O ogro estava em um pedaço de solo razoavelmente seguro, todavia, ainda estava ilhado. Rios de lava recém criados formavam uma complexa malha que seguia para todos os lados. Sentia que conseguia dar saltos longos o suficiente para ir de ilha em ilha, entre os fluxos de lava. Porém, não sabia o quão longe conseguiria ir com seus ferimentos. Afinal, a situação atmosférica da ilha havia piorado drasticamente.
Apesar da imediata proximidade dos rios de lava ainda estarem aquecidas, a temperatura do ar havia caído drasticamente. A densa camada de nuvens de cinzas vulcânicas no céu não pareciam apenas bloquear totalmente a pouca luminosidade fornecida pela lua, como também esfriar e alterar bastante o clima da região. Graças a isso, espécies de flocos de cinza vulcânica caíam no lugar de neve e trovões podiam ser ouvidos à distância. Além disso, mesmo que considerasse que desviaria com perfeição de toda aquela lava que tomava as planícies, o pH e a qualidade do ar também pareciam ter caído de forma bem significativa. Higurashi não tinha certeza se duraria mais do que algumas horas naquela atmosfera terrível.
Dado o cenário apocalíptico, Keen Cameo parecia ter ligado em uma excelente ocasião.
Pela primeira vez em muito tempo, Higurashi se sentia confuso diante de uma situação. Não porque estava ferido, é claro. Coisas tão casuais quanto um machucado ou outro eram perfeitamente concebíveis de um ponto de vista lógico, considerando que era um combatente. Contudo, o mesmo não se aplicava para o emaranhado de acontecimentos estapafúrdios que cercavam seus arredores.
Era como se estivesse no próprio inferno. Em cerca de poucos minutos, um incontrolável pandemônio havia se formado, tendo como figura central um enorme gigante de lava, aparentemente advindo das profundidades da ilha ou coisa do tipo. O responsável não só por eliminar seus alvos, como também por remover as placas tetônicas locais de sua inércia.
- Você tem noção do absurdo que é essa ordem ? - Respondeu seu superior hierárquico após alguns segundos pensativo, inerte em sua posição inicial. Por mais que sua voz continuasse firme como de costume, seu rosto transmitia um constante incômodo com a situação. Uma reação natural para quem não acreditava em milagres, mas bastante significativa para alguém que nunca havia sentido algo semelhante. E era justamente isso que precisaria acontecer para que o Governo pudesse neutralizar uma ameaça daquela escala. - Certo, aguardarei o resgate. - Completou sua fala, fingindo tranquilidade, opção que lhe pareceu a mais sensata, já que sua dúvida quanto ao Governo Mundial havia sido claramente evidenciada em suas palavras. Pensamento esse que continuava a lhe incomodar, considerando que enfrentar aquela besta não diferia em nada de um ataque suicida.
Assim, tendo noção que ainda tinha uma nova ordem à cumprir, Momota começou à saltar entre os poucos pedaços de terra segura que haviam sobrado ali, buscando adiar sua morte e também de seu den den mushi, que lhe mantinha por dentro da situação geral. Geppo devia ser o suficiente para isso, isso é, se seu corpo avariado lhe possibilitasse usá-lo. No pior dos casos, teria que se defender de destroços com sua lâmina, e assim o faria.