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[Ithil'thol] Nocturne of Truth and Illusions

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Quando não neutralizados pela raiz antes de gerarem frutos, todo o regente quer manter o status quo necessita de constante diálogo com grupos e institutos que possam trazer desequilíbrio ao jogo de poder, ou constantemente oprimi-los para evitar maiores danos, já que, uma vez organizados, fervorosos dissidentes são dificilmente eliminados. Nosso trabalho é evitar que eles cheguem nesse ponto, ou ao menos, caso cheguem, utilizar de todos os meios para cumprir nossas missões.

Isso é enraizado no meu DNA. Algo inato, como o cacarejar de uma galinha ou o sibilar de uma serpente. Nós trabalhamos nas sombras, nas conspirações. Ao contrário do que Ultred ou qualquer outro déspota pensa, a única certeza do equilíbrio é o desequilíbrio, tal como a única certeza do desequilíbrio é o equilíbrio. Não há inércia nos governos, mas uma dialética mortal. Nem paz com os filhos da lua, e sim o completo extermínio de uma das partes. A única certeza do cessar-fogo é o fortalecimento das partes e um futuro derramamento de sangue após uma Guerra Fria.

Suspiro, dando um acom um aceno com a cabeça para baixo após as falas da minha superior, além das informações dadas pelo Mink acerca dos efeitos colaterais da névoa. Precisão e delicadeza, mister para uma multifacetada e volátil missão, além de parte fundamental dos meus estilos de combate e conduta, são extremamente afetados. Sem tempo para praguejar ou, na melhor das hipóteses, deprimir-me, prontamente respondo à fala da minha superior. Minhas dúvidas, até então sanadas, novamente despertam com a fala sobre um dragão lendário numa conjectura que não tarda a percorrer meu imaginário.

— Tenho uma dúvida, senhor. — Dirijo-me agora ao Mink. — Os Filhos da Lua. Qual tipo de povo eles são? Ou melhor, qual sua conexão com o dragão lendário que o senhor mencionou? Ele se liga, se alguma forma, com seus objetivos? Além disso, por que eles agem? Preciso de todas as informações que possam ligá-los ao dragão, uma vez que essa seria a pior possibilidade possível, e preciso me preparar para o pior.

Trata-se de algo assaz comum nativos reverenciarem totens divinos, porém, com a possibilidade da existência de um usuário portador de uma Fruta do Diabo que lhe proporciona o poder de se transformar num dragão, preciso compreender o cerne da questão: de qual tipo de civilização estamos falando? Qual seu Modus Operandi? O que o dragão representa? São revolucionários céticos materialistas ou espirituais? Tudo isso é essencial para a compreensão e execução da missão.

— Sem mais dúvidas, Nath-senpai. Podemos prosseguir.

Ainda insistindo, mesmo que inconscientemente — até o término da primeira oração — consinto com o avanço para a próxima etapa da missão, além de atentar-me à reação da minha superior ao pronome de tratamento formal. Mesmo que consciente da dispensa das formalidades, formalidades essas que algo, como se fosse parte do meu DNA, me tornasse incapaz de contestar, ou ao menos relativizar, mesmo que casualmente. Nesse caso, o que devo obedecer? As diretrizes hierárquicas dadas por mim pela Cipher Pool ou as ordens de uma superior, que também está à mercê do mesmo regimento? Ao chocar com regras, as obedeço, mas e quando as regras colidem? Mesmo que no meu âmago, sinto-me insegura sobre essa questão, ao ponto de sentir o embrulhar do meu estômago.

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— Aaaaata, agora temos um objetivo e não vamos só seguir um roteiro aleatório que alguém sentado numa mesa tá escrevendo. Melhor assim. — Balbuciaria em reação à aparição do holograma, que explicara nosso objetivo e nos dara um rumo. Por segundos tentei mentalizar o que deve ser a tal relíquia, mas simplesmente deletarei essa ideia da cabeça por ora.

Utilizando o dispositivo entregue pela Liberatores para que possamos mapear onde estamos e saber pra que lado ir, iniciaria as primeiras movimentações de exploração. Isso enquanto Michaella tenta reparar o navio aos poucos, coisa que eu pararia pra admirar por instantes. — Você é boa com as mãos. — Elogiaria Michaella ao passo em que observasse ela consertando o Le Brasserie. Talvez com malícia, talvez não. Vou deixar sua imaginação decidir; continuando, Michaella parece incomodada com algo. E o que me incomoda em sua atitude é o fato dela não me contar o problema. Isso me faz pensar: — Será que o problema é comigo? Eu fiz algo de errado? Ela enjoou de mim e não me ama mais...?! — Indagaria com certa paranóia, já criando cenários em que tudo dá errado em nosso relacionamento na cabeça.

Ainda preocupada, mas tentando conter a ansiedade, continuaria minha exploração — mesmo com pensamentos ruins martelando minha cabeça, o que pode atrapalhar o desenvolvimento da missão e minha relação com Michaella. Eventualmente descobriria fatores geográficos da praia, ainda querendo saber a origem e efeitos da tal névoa maligna. E pouco mais a frente, com ajuda do dispositivo, encontraria uma floresta. Aparentemente o caminho que devemos seguir pelo fator "Tá apontando pra esse lado. O mestre quer me matar sabendo que vou entrar sem medo ou ele deu essa opção apenas por benevolência mas imaginando que eu me "desesperaria" pelas paranóias acerca da possibilidade de algo ou tudo dar errado pra eu poder desenvolver minha personalidade e testar minha resolução de problemas pra ganhar nota no final da campanha".

— Quando quiser, moça de beleza excepcional, dona deste monumental par coxas. — Responderia a indagação de Michaella, que me faria inibir os pensamentos negativos por enquanto. Andar ao lado dela será ótimo como sempre, embora ainda me preocupe com sua saúde mental. De qualquer forma, devido meu amor e carinho por ela, tentarei fazer com que se sinta mais confortável. Talvez deixá-la a vontade para contar o que a incomoda tanto; enfim, buscaria seguir sem muita enrolação. Já enchi muita linguiça nesse parágrafo.

De repente, veria almas saindo do além e uma gaiola misturada com a névoa. — Oh, será que são almas de humanos? Se sim, que sofram eternamente. Imundos. — Balbuciaria, deixando escapar meu lado racista de ser, fitando as almas de soslaio, emitindo um brilho de desprezo para com humanos, mas sem esquecer daqueles que me criaram, claro. Provavelmente vou ser cancelada e / ou a Michaella vai ficar com um pé atrás comigo devido minha frase, mas... — Você não é humana, vida. É uma deusa. Aquela que ilumina meus dias sombrios. Nunca te compararia com esses lixos. Bom, quem será que fez essa gaiola? Isso ressalta que não estamos sozinhas. E aliás, não nego que ficar presa só eu e você não é uma ideia ruim. — Elucidaria à minha companheira, tentando não deixá-la insegura, mas com a entidade sentada em uma cadeira que me controla sabendo que provavelmente vai. Espera, do que eu tô falando de "Entidade sentada em uma cadeira que me controla"? Eu quem tomo minhas decisões. — Ou talvez realmente tenha alguém me controlando?! Calma, do que eu tô falando? — Com um dedo no queixo na primeira indagação, me sentiria confusa na segunda. Nem eu, nem o Chupa-Cu e nem o Bills sabemos que pira minha foi essa. — Espera, quem é Bills? — Indagaria pela última vez.

Depois das minhas trocentas maluquices sem contexto e finalidade; quando tudo estivesse tranquilo, tentaria seguir com Michaella pelo caminho que indica o dispositivo revolucionário, tomando cuidado pra não tropeçar em algum galho, cair e quebrar o objeto. Manteria a atenção para possíveis perigos escondidos na floresta, pedindo para que Michaella nos guie com seu Haki da Observação. No entanto, caso minha companheira tenha um surto, TPM ou qualquer outro tipo de problema de personalidade e resolva me atacar, não hesitarei em tentar contê-la com o braço de Kairouseki e acalmá-la. Se não, apenas seguirei na mó paz.

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6º Turno
Horário desconhecido
Temperatura estimada em 18º com presença de ventos




Spades: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Cidade da Lua - Base Subterrânea




- Não. - Responderia Kamui após um suspiro pesado. Presumindo que nenhum dos dois entenderia uma explicação detalhada, optou por deixar a resposta o mais curta e simples possível.

Naquele momento tudo o que a médica queria era dormir e relaxar, mas ao invés disso ela se via acordada em um pesadelo, presa em um cômodo com dois agentes estúpidos e um que sequer sabia aplicar uma simples injeção em qualquer lugar do corpo. Se tivesse pedido por uma veia a jovem entenderia como algum problema oftalmológico que não merecia ser julgado, mas esse não era o caso. Por um momento, Kobayashi perceberia os olhos da médica abaixarem sutilmente, como se ela estivesse prestes a cair no sono, quando na verdade aquilo apenas era mais um de seus pensamentos que não foram externados. Uma atrocidade envolvendo as partes baixas do rapaz que o mestre do sexo masculino não teve coragem de transcrever. Afinal, a injeção podia ser em qualquer parte do corpo e estudante tinha dado a ela permissão para aplicar.

- Claro, se você quiser juntar aos outros que estão sendo usados em nome da medicina. - Responderia Kobayashi em um tom mórbido de brincadeira, referindo-se às pessoas do corredor - Eu digo isso por não acreditar que alguém é mais resistente do que a névoa. Pelo menos metade dos que estão trancados nesse corredor são Spades que acreditavam serem capazes de resistir a ela... A outra metade é parte de uma pesquisa pessoal. - Finalizaria, visivelmente sem interesse em prosseguir com assunto.

A contra gosto, a médica pegaria a seringa e, apesar da fadiga, rapidamente injetaria no braço do delinquente acertando uma veia com precisão. Feito isso, ela simplesmente jogaria o objeto vazio para longe e voltaria sua atenção à xicara de café que, para sua infelicidade, já havia esfriado. Internamente a jovem se perguntaria quanto já havia passado desde que lhe fôra designada aquela tarefa, e por mais quanto tempo ela teria que aguentar até descobrir a cura para os sintomas.

Ao menos ela voltaria a ter paz e silêncio, agora que os rapazes iriam até o refeitório.


[...]


O rato ouvia às teorias de Leonard com um sorriso direcionado para sua taça de vinho, agora vazia. Ele parecia compartilhar as ideias acerca de Ultred, mas até que o investigassem era difícil achar algo tangível no meio do brainstorm. Ultred era uma pessoa cercada por mistérios e naturalmente difícil de se aproximar. As chances sobre haver uma segunda arma ancestral escondida naquela ilha não era nula e Lin reconhecia isso, embora ele também partilhasse da opinião de que a ativação dela era improvável. Membros de todas as organizações haviam lutado juntas para prevenir um desastre de escala global envolvendo Kagutsuchi, a partir de agora todos certamente teriam mais cuidado ao tentar brincarem de Deus com tecnologia antiga, né? As pessoas eram tolas por natureza, mas não a esse ponto, certo?

Ao que ouvisse a decisão do Às de Ouros sobre o plano A, o rato não esboçaria uma reação imediata. Seus olhos não deixavam a taça, como se estivesse em um transe profundo, ou pensando em várias coisas diferentes ao mesmo tempo. Seja o que fosse, ele ainda mantinha atenção ao que Leonard dizia e responderia logo que surgisse a deixa.

- De fato. Ainda sim, julguei que era necessário alertá-lo da segunda opção. - Recolhendo a identidade falsa que usaria, ele começaria a exibir uma expressão pensativa com uma mão sobre o queixo - O que acha de pesquisadores? Dessa forma nós podemos apresentar nossas teorias sobre a névoa sem levantar suspeitas. Podemos dizer que estamos interessados em abrir nosso próprio negócio de máscaras e drogas para ajudar no combate contra os sintomas.

Era um disfarce simples, mas mais seguro do que dizer que trabalhavam para a marinha ou para alguma das várias empreitadas de Ultred. Se tratando de uma festa direcionada a nobreza da ilha, era impossível escolher algo que fosse irrelevante demais. Afinal, mesmo que ele não soubesse nomes de cabeça, uma pesquisa rápida poderia levar a ruína da operação inteira. Com esse disfarce e a esperteza de Leonard, o rato acreditava que eles tinham uma chance de sobreviver por um bom tempo.

- Essa é uma ilha em ascensão, pessoas ricas são mais comuns do que parecem. Os habitantes de classe média e baixa geralmente são assim por simples incompetência ou falta de interesse. Portanto, creio que seja positivo mostrarmos ambição em nossos projetos pessoais. - Explicaria por fim, finalmente deixando a taça de lado e se levantando para encarar Leonard nos olhos - Meus reflexos não são mais o que já foram um dia, mas darei meu máximo para não atrasar a nova geração. - Com um sorriso no rosto, ergueria a mão para um aperto amigável. Depois de alguns segundos, antes que Leonard pudesse se retirar da sala, ele voltaria a falar - ... Ah sim, antes que eu me esqueça, você veio acompanhado por alguns cavalheiros, certo? - Seu tom de voz e expressão davam a entender claramente que ele sabia quais eram os agentes que acompanhavam o jovem às - O que acha de deixá-los com o plano B como garantia? Dessa forma não corremos o risco de ter nossas identidades expostas por conta de um deslize bobo, e mesmo que eles terminem chamando a atenção dos guardas isso pode ser benéfico para retirar atenção de nós. Afinal, não acho que Ultred encerraria essa importante festa por causa de 2 penetras desconhecidos. Creio que no fundo ele já deva estar preparado para esse tipo de coisa.


[...]


De volta aos agentes em questão, após percorrerem o caminho indicado por Eva os dois entrariam direto num grande salão repleto de mesas simples, o que Kobayashi poderia facilmente assemelhar com um refeitório de uma escola comum. O casal de merendeiros responsáveis por servir a refeição trajavam um simples uniforme branco com o detalhe de um carta com os naipes referentes aos Lower Clubs de 3 e 4 de Paus. Diferente da médica, os trabalhadores daquela área pareciam animados e cheias de vigor. A mulher até mesmo cantarolava enquanto preparava a massa para o espaguete.

Aparentemente o jantar já estava prestes a ser completo, mas ainda não haviam muitos rostos presentes. Com os Spades próximos de um grande teste que impactaria o futuro da escola, muitos eram os que deviam estar estudando de última hora. Porém, como uma estudante exemplar, Eva sentava-se sozinha no fundo do salão, lendo um livro enquanto os preparativos não eram concluídos.

Ao que os Spades fossem reconhecidos pelo chefe da cozinha, o homem perguntaria se eles queriam algo específico. O espaguete com almondegas que estava terminando de ser preparado aparentemente era para Eva, o que indicava que eles podiam pedir qualquer coisa que tivessem interesse, incluindo bebidas (não-alcóolicas pois estavam num colégio respeitado).








Piratas: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Floresta da Lua



Desativando a gaiola gerada pelo despertar, Koichi começava a dar ordens pro pinguim em desespero. Tendo perdido sua única arma e percebendo que Momochi não tinha o menor interesse em lhe ajudar, a única opção que sobrou a ave era ajudar Koichi com qualquer que fosse seu objetivo. Depois daquela breve demonstração de poder, era possível ver um medo crescente no comportamento do pinguim. Medo de Koichi, do futuro que lhe aguardava quando seu chefe descobrisse o que aconteceu, e talvez o maior de todos: a névoa. Sem sua máscara para lhe proteger, não demoraria até que os sintomas começassem a aparecer. Afinal, a máscara já não era uma solução absoluta contra quaisquer fossem aquelas substâncias, ela apenas retardava e controlava os efeitos até que pudessem completar a missão.

Por um momento pensou em pedir pela máscara de volta, mas calou-se antes que as palavras pudessem sair. Pelo pouco contato que teve com a Mad Kid ele já pôde perceber que aquela não se tratava de uma criança normal que daria ouvido a suas súplicas... Ou ao menos era isso o que a ave acreditava. Com um olhar derrotado direcionado para a máscara nas mãos de Shinguji, o pinguim se levantaria ao que a pressão diminuísse.

- Eh... - Visivelmente decepcionado, o demônio do gás oculto se aproximaria do jovem pirata, falando baixinho no seu ouvido logo em seguida - Agora não era a hora perfeita pra torturá-lo que nem você tinha mencionado mais cedo?

Ainda tendo sua máscara, Momochi não demonstrava preocupações com a névoa. Mesmo que não fosse uma proteção absoluta contra os efeitos, o shinobi era burro e inocente demais para dar atenção a um detalhe desses. Do seu ponto de vista, não importava o quanto tempo demorassem ali, ele e sua máscara eram resistentes suficientes para aguentar o que quer que a névoa lhe reservasse, e pelo poder que Koichi demonstrou, esperava que o garoto pudesse fazer o mesmo. Afinal, aquele era o filho do rei dos piratas, não?

Sem dar atenção imediata ao demônio do gás oculto e antes de partir em sua jornada contra o mal, Koichi invoca seu cachorro para encontrar seus companheiros desaparecidos. Sendo apenas um animal para trazer 3 pessoas, aquilo talvez levasse algum tempo, mas não teria como o animal justificar isso para um dono que lhe mandava trabalhar à chutes. Com sorte, todos já teriam encontrado algo e deveriam estar aguardando no ponto de encontro marcado, certo?


[...]


Em sua batalha psicológica extremamente avançada para descobrir o que diabos fazer com aquele slime gigante que, por algum motivo, aparentava ter interesse em se comunicar com Batolomeu e não o atacava como uma criatura selvagem normalmente faria, o pirata simplesmente decide deixá-la para trás e fugir em busca de algum abrigo contra a névoa. Entretanto, mesmo com suas heranças de morcego era difícil encontrar algo tão específico no meio daquela densa floresta. Tudo o que conseguia encontrar nos arredores próximos eram árvores e mais árvores, e quanto mais tempo se passava, mais destorcida a paisagem pareceria para o amante de drogas.

Àquela altura, num cenário que por natureza já era propício a desorientação somado a névoa e as ilusões que o pirata vivenciava, era possível afirmar com certeza que ele estava perdido. Bons minutos já haviam se passado desde que se separou do resto da tripulação, e sem sucesso em sua jornada por algo, seu futuro era incerto. Era difícil discernir de qual direção ele tinha vindo e para qual direção ele seguia em sua busca. Parecia que quanto mais ele andava, menos progresso era feito. Não haviam sinais de que Batolomeu estava andando em círculos, talvez aquilo fosse mais uma obra da sua cabeça pregando peças? Uma coisa era certa no entanto: quanto mais tempo ele gastasse correndo a toa com sua zoan, mais rápido se cansaria.

Entretanto, pouco antes que pudesse desistir, perceberia que sua eco-localização havia captado algo diferente. Não eram árvores e não aparentava se tratar de uma caverna. Parecia uma única e grandiosa construção, e ao se aproximar veria que se tratava de restos do passado. Um pequeno conjunto de ruínas, aparentemente sem nenhum sinal de vida por perto. O local era grande e espaçoso, a névoa não conseguiria segui-lo lá dentro. Perceberia também que, mesmo sem névoa, a construção era escura por natureza, dada a falta de janelas ou tochas.

Adentrar ruinas desconhecidas no escuro apresentava perigos naturais, mas poderia ser recompensador ao pirata que naquele momento só possuía uma vergonhosa história para contar ao seu capitão.


[...]


Cachorro enviado e ordens dadas, Koichi agora caminhava pela floresta acompanhado pelo seu guia pinguim e Zabuza Momochi, o demônio do gás oculto. O ninja trazia alguns corpos desacordados, arrastando-os pelo chão sem se importar com possíveis danos a mercadoria. Talvez a má influência de Shinguji já estivesse fazendo efeito no rapaz?

Alguns minutos mata adentro, Koichi perceberia que o ritmo do pinguim estava desacelerando. Ele parecia estar acumulando fadiga rapidamente, e apesar disso ele naturalmente era retribuído com o som de um tiro de seu revólver. Àquela altura isso já havia se tornado corriqueiro e a ave já teria sido acertada de raspão algumas vezes. Porém, daquela vez, por algum motivo, mesmo errando o disparo, o pinguim tropeçou e caiu no chão com um susto.

- ... A propósito, o que pretende falar pro boss quando encontrá-lo? Não acho que ele vá gostar de ver seu animal de estimação sendo tratado dessa forma. - Comentaria o curioso ninja, referindo-se claramente ao pinguim falante que já parecia acabado.








CP/Marinha: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Cidade da Lua - Fractal




Inclinando a cabeça numa expressão pensativa, o Mink parecia incerto sobre como responder às últimas perguntas da garota. Os Filhos da Lua eram um povo misterioso que até a marinha dificuldade para se aproximar. Na verdade, pensando agora ele se perguntaria se a dificuldade que tinham para interagir com eles se dava pelo fato de serem servos do Governo Mundial. Eles eram um povo recluso há muito tempo, mas antes da chegada da marinha na ilha não existiam relatos disso. Menos pessoas moravam em Ithil'thol e, excluindo os feitos bizarros como a Segunda Lua, a tecnologia ainda não parecia ser tão avançada. Era uma teoria que fazia sentido para o mink.

- O dragão é Kohryu, rei dos dragões...

Conhecimento geral sobre Kohryu :


- ... Que eu saiba ele não possuí nenhuma conexão direta com os Filhos da Lua. O povo dessa ilha como um todo é bem fixado nos próprios mitos, tanto que a lenda desse dragão, embora seja relativamente popular entre ilhas do Novo Mundo, não é muito conhecida por aqui. - Responderia, ainda pensativo - Mas como eu disse, pouco se sabe sobre os Filhos da Lua. Sendo da marinha é ainda mais difícil de conseguir informações a respeito deles.

Klaus ignoraria as últimas perguntas acerca da mentalidade de revolucionários, se tratando, do ponto de vista dele, de coisas básicas que uma CP deveria saber. Naturalmente, pelo que um grupo revolucionário como aqueles agiria, e por qual motivo agiriam senão a expulsão do Governo Mundial naquela ilha? Grupos como Liberatores podiam possuir suas excentricidades, mas também não eram muito diferentes disso, e mesmo que os Filhos da Lua possuíssem características assim seria difícil deduzir isso com tão pouca informação acerca deles. No fim, tudo girava em torno do simples fato de revolucionários serem inimigos naturais do Governo Mundial.

Vendo que o Mink havia terminado sua explicação, Nath voltaria a estalar os dedos e fazendo novamente surgir um cubo imaterial próximo à A49. Dentro dele, dessa vez jazia uma identidade falsa com a foto de A49 usando roupas formais como as que estava usando naquele momento. Era o ID de uma jovem nativa.

- Para essa missão seu nome será Alyssa. Você é uma nobre pesquisadora prodígio e eu serei Nathnaught, sua superiora direta. Dessa forma, se quiser ainda pode continuar me chamando de "Nath-senpai", será benéfico para o nosso disfarce de amigas. - Explicaria ao se levantar, fazendo o novo cubo desaparecer - Klaus, nossa conversa aqui está encerrada. Você sabe o que fazer, e para o seu bem eu espero que você não fracasse novamente.

- Sim... - Responderia com um suspiro, voltando a ficar cabisbaixo.

Pegando uma máscara para si, Nath anda em direção ao elevador e faz um gesto para que, agora Alyssa, a seguisse.

- Hmm... Podemos praticar algumas falas básicas enquanto não chegamos a mansão. Qual sua área de pesquisa e aspiração? - Perguntaria quando estivessem dentro do elevador

Ao que tivesse sua resposta, faria um gesto para que A49 desenvolvesse uma pergunta para ela. Afinal, ao menos no início as duas estariam agindo em conjunto.








Revolucionária: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Localização exata desconhecida - Subterrâneo



- Eles governam o mercado negro da ilha, são chamados de Corvo Negro. - Responderia, referindo-se à organização criminosa - Eles surgiram depois da marinha, quando os boatos sobre nossa riqueza ainda estavam em seu ápice e rapidamente se instalaram aqui. Não sabemos quem é seu líder ou quais são seus objetivos, eles agem tão discretamente quanto nós e pouco se sabe a respeito, mas... Acredito que eles sejam movidos por ganância e poder como a maioria dos criminosos.

As duas prosseguiriam em silêncio por algum tempo. Musa, revivendo memórias do passado, e a lunar, também ainda não 100% a vontade, vigiava a mente da sereia de perto. Apesar de sua postura, ela não estava cegamente dando às costas a um forasteiro estranho cujo potencial ainda era desconhecido. A "mãe" possuía uma imensa confiança no seu haki da observação que nunca lhe traiu. Para ela, aquilo já era o suficiente para se prevenir de possíveis ataques, mas isso acabava por vezes mostrando a ela coisas indesejáveis.

- ... É importante valorizar pequenos momentos de felicidade. - Diria ao nada, ainda de costas, sem esperar uma resposta - Embora pareçam efêmeros é o intenso brilho deles que lhe guiará em sua jornada... O que seria vingança sem um propósito senão violência gratuita?

A lunar não parecia repudiar os sentimentos de vingança que a sereia possuía. Embora tivesse visto apenas um fragmento de suas memórias e ainda faltasse muito contexto, a impressão que a "mãe" tinha sobre Musa era a de alguém que sofrera tanto que acabou esquecendo dos pequenos momentos que lhe trouxeram alegria e prazer, eventualmente distorcendo-os junto com as memórias.


[...]


- Não sabemos ainda, mas encontramos diversos tubos que expulsam parte desse ar tóxico por toda a praia e floresta... Parece que estão tentando nos incriminar e garantir que a névoa permaneça há uma densidade específica não importa o que aconteça. Não acredito que isso seja obra da marinha, os que enfrentei também pareciam estar sofrendo com os efeitos do gás. - Agora no cenário aberto, a lunar respondia enquanto caminhava até o destino - Isso começou há uma semana e só tem piorado com o passar do tempo, mas hoje em particular a névoa parece ter atingido uma estabilidade. Creio que não deve demorar muito até que eles decidam agir...

Não saberia dizer quem eram "eles" ao certo, mas certamente se tratava de um grupo. Para modificar o subterrâneo da ilha em tão pouco tempo, sem chamar a atenção dos Filhos da Lua, o inimigo claramente estava preparado e com números suficientes para realizar seu objetivo. O principal suspeito que sobrava era o Corvo Negro, mas a lunar relataria que também tinha visto membros desse grupo tendo que se adaptar e tomar medidas preventivas contra a névoa. No fundo ela suspeitava que se tratava do nascimento de uma nova potência naquela ilha, algo que obviamente não agradava em nada os revolucionários que queriam expulsar os estrangeiros que deturpavam Ithil'thol.

- ... Sei que meu pedido é injusto e desproporcional, mas a situação é... Crítica. - Diria ao perceber a sereia ponderando sobre o valor da barganha. Por mais que ela não tivesse externado aquilo, de fato, a situação não era tão atraente quanto alguém poderia esperar - Eles se aproveitaram do surgimento da névoa para raptá-la durante um passeio e provavelmente a levarão para a cidade quando as preparações estiverem prontas... - Relutante, a lunar decidiu desistir daquela insegurança, prosseguindo - Acredito que eles pretendem usá-la para acessar o interior da Segunda Lua. Se minha teoria estiver certa, Ultred deve ser o próximo alvo deles.

Ultred, o aventureiro que havia descoberto aquele lugar e recebido dinheiro e poder como recompensa dos Filhos da Lua. A lunar explicaria que, após um certo período observando como Ultred se portava e como a sua ascensão ao poder mudaria sua personalidade, decidiram confiar nele para ser o homem que observava e guardava a Segunda Lua. Situada na capital, um lugar repleto de diversas bases da marinha, era difícil para os Filhos da Lua protegerem ela de perto. Essa história trouxe aos revolucionários coisas boas e ruins. Afinal, Ithil'thol só havia se tornado um alvo prioritário da marinha por causa da fama de Ultred e seu tesouro. Porém, tê-lo agora guardando a Segunda Lua trazia alguma paz de espírito aos nativos.

- Ultred é confiável e competente, mas não sei se ele é o bastante para essa situação. - Explicaria por fim, visivelmente desamparada. Mesmo com a chegada da marinha em Ithil'thol os revolucionários nunca tinham experienciado uma situação tão perigosa quanto aquela em que haviam perdido o controle da ilha e uma das chaves - Não pedirei que você lute sozinha, eu irei com você até a capital e quando a hora chegar o resto do meu povo se moverá naturalmente. Antes de partirmos, tem algo que você deseja?

Dúvidas, itens, a lunar esta disposta a ouvir o pedido de qualquer coisa. Era incerto se eles teriam exatamente o que a sirena desejasse, mas naquele momento a mulher que havia aceitado aquela proposta desproporcional tinha carta branca para pedir o que que quer que possa ser útil para a missão.

O plano, num primeiro momento era simples: adentrar a capital e fazer contato com Ultred. Como pouco se sabia sobre o inimigo, era importante assegurar a situação do ponto de vista do aventureiro.








Liberatores: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Floresta da Lua



Sem se deixarem abalar pela imponente gaiola que cobriu Ithil'thol, a dupla de revolucionárias adentra a floresta de mãos dadas. Apesar da aparência macabra as almas não atacavam as garotas, limitando-se apenas a existir e balbuciar gemidos sem sentido, clássicos de fantasmas retardados. Se tratando dos poderes de uma akuma no mi era difícil afirmar com certeza se aquelas almas pertenciam a humanos ou não. Olhos se destacavam pelos corpos translúcidos, vestidos de um roxo escuro que era possível detectar em meio a névoa mas auxiliava a mesma em dificultar a sobre demais coisas. Entretanto, pouco após começarem a caminhada elas perceberiam as almas se desfazendo em meio ao breu cinzento, recolhendo o domínio da gaiola. O que quer que havia causado aquela cena aparentemente já havia passado.

Vários minutos se passariam e pelo mapa indicado no dispositivo revolucionário era possível ver que estavam se aproximando da cidade. Porém, a partir de um certo momento as duas vicárias começariam a perceber suas visões embaçando. A névoa cinzenta era impenetrável e a visão se estendia apenas há alguns centímetros ao redor das duas. O solo de baixo do seus pés parecia ter sido substituído por largas e gigantescas esteiras que se moviam na direção oposta ao que caminhavam, exigindo mais esforço para prosseguirem.

Olhando para aquela que segurava sua mão, veria Michaela com metade do rosto deformado, como se tivesse sido esmagada por uma grande pedra. A mão conectada à sua parecia tão frágil quanto a de uma idosa, enrugada e sem forças. Porém, essa visão duraria apenas alguns segundos. Ao que piscasse os olhos, veria sua companheira lhe encarando com um olhar confuso, como quem não havia entendido exatamente o que aconteceu.

Ao que olhasse para o outro lado, Kamille veria o que parecia se tratar da silhueta de um homem seguindo-as na escuridão. Seus olhos vermelhos destacavam-se à distância, observando-as sem piscar. Caso tentasse falar com o mesmo, ele não reagiria. Caso o encarasse de volta e tentasse se aproximar para abordá-lo, perceberia que a distância entre os dois não reduziria. Sua presença parecia absoluta e intocável, mas tão abruptamente quanto ele apareceria para a garota, desapareceria instantes depois no meio do breu. Se perguntasse, Michaela informaria nesse momento que não haviam auras próximas de qualquer ser vivo, mas ela também afirmaria ter avistado o estranho stalker.

Quanto mais tempo passavam na névoa e na floresta, mais a cabeça das revolucionárias pregaria peças. Por enquanto ao menos as ilusões eram facilmente detectáveis, mas com o passar do tempo a tendência das visões era piorar e ficar cada vez mais real.

- O que vocês estão fazendo?! Atravessando a floresta sem nenhuma proteção...

Próximas da cidade, ouviriam a preocupada voz de uma mulher se aproximando a passos largos. Se olhasse para o dispositivo revolucionário naquele momento, veria que o sinal do alvo estava se aproximando a medida que a mulher caminhava na direção das duas. Ela usava um tipo especial de máscara com filtro.

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Full

- Hey, vocês estão bem? Meu nome é Nadine, e o de vocês?

Próximas a cidade, poderiam sentir a presença de pessoas não muito distantes de onde estavam. Não era possível vê-las por causa da névoa, mas saberiam que elas estavam próximas pelo som e pelas auras que Michaela conseguia identificar com o HdO ainda ativo. Aquele não era um lugar seguro para conversarem e estariam expostas ao perigo da névoa. Ciente disso, Nadine faria um gesto para que a seguissem sem demora.








/Off



- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] já pode ir para a enfermaria nesse turno depois que finalizar a conversa com o Lin, reagindo ao corredor e a aparência da médica descritas nos turnos anteriores, podendo até mesmo iniciar a conversa com pedidos ou questionamentos. O refeitório fica pra próxima.

- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] você pode incluir vários pedidos no seu post. Use o turno para sanar suas dúvidas e solicitar o que achar que pode ser útil na missão.

- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] agora também sofre com ilusões geradas pela névoa. Já pode começar a interagir com a NPC enquanto andam.

- 48 hrs as always.

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- Ah, como você é burro cara. - Respondeu Momochi, num tom desanimado. Estava revoltado : como diabos ele não sabia que tortura não se resumia ao método físico ? Era como não saber que existiam outros líquidos além de água, para Koichi. Em resumo, para ele, Momochi era um tremendo retardado. - Consegue perceber que estamos em um genjutsu ? Isso ataca a mente dele, gerando dor psicológica. Além disso, nesse momento, ele deve estar se perguntando se vou deixar ele sair vivo caso faça um trabalho bem feito. Isso sem contar os disparos dessa belezinha aqui. Isso tudo é uma grande tortura, meu caro Padawan. Anota aí no seu caderninho. - Respondeu, tomado pela aura de um professor urso que pensou ter visto em um desenho animado creppy qualquer.

Terminada a rápida aula para Momochi, faria questão de dar um disparo na mão do pinguim, para demonstrar como a possibilidade de sofrer um tiro do nada poderia atormentar mentalmente uma pessoa. O mesmo tipo de coisa que acontecia com filmes de terror e os jump scares, mas numa escala um pouco maior. Enfim, fato era que aquela situação toda era muito divertida para Shinguji, que soltava gargalhadas diante da situação do pinguim vez ou outra. Para o moleque, aquilo era como brincar de tiro ao alvo num parco de diversões, e prêmio era a base do animal.

Contudo, diferentemente do que estava esperando, retornar ao ponto inicial não foi nada fácil. Talvez existisse algum agente externo atrapalhando nisso, como a ação da névoa, ou o bando tivesse ido para outro lugar, o que irritaria bastante Shinguji. O médico não se importava com a motivação, na verdade. Havia dado uma ordem, e não dosaria a mão na hora de punir quem lhe desobedesse sem um bom motivo.

- Hmm...tive uma ideia ! Por que não tentei isso antes ? A sua estupidez deve ter me contaminado. - Em uma vibe de "Eureka", ele pensou em um jeito de solucionar a situação. Primeiro, enviou seu nariz para a Outra Dimensão. Sim, só o nariz, para evitar que respirasse nevoa. Aquilo definitivamente consumiria alguma estâmina, mas era a única solução definitiva para o problema da ilusão. Era melhor que tirar a máscara de Momochi, que provavelmente ficaria doido e perderia sua função como "vilão de anime ruim de estimação".

O segundo foi se lançar, junto com os outros três, levantou voo usando seus poderes. Sem ter que lidar com os obstáculos das árvores, seria mais fácil percorrer todo o caminho pelo ar, ainda mais com o estado decadente do pinguim. Isso se ele durasse até lá.

- Segredo. São cenas dos próximos capítulos e você terá que aguardar até lá. Tá achando que eu sou fã de spoiler ?! Eu ein. Se quiser saber mais rápido é só me guiar até lá antes dessa sardinha aqui.- Opinou após subir um pouco a altitude, mas só o suficiente para os sentidos do seu pet continuarem sendo úteis na busca. - Ow cosplay de Happy Feet, me aponta para onde é sua base e eu penso em te largar no meio da floresta com essa porcaria aqui. - Estava mentindo, e objeto sobre o qual falava era a máscara que tinha em mãos. Se ele respondesse, a morte do coitado ia ser ainda pior. - Nesse estado, eu duvido muito que consiga chegar na base antes que eu passe por lá, então não irá atrapalhar meus planos. E então, o que me diz ? Eu posso até pensar em te dar meu remédio milagreiro se ficar bem quietinho e te colocar no meu bando como bobo da corte. - Concluiu a proposta com a cara mais neutra que conseguia fazer, embora, no fundo, estivesse com uma vontade tremenda de soltar um sorriso de orelha a orelha.

Se o pinguim desse a resposta que Koichi queria, lhe jogaria a máscara, e quando ele tentasse pegá-la, soltaria a massa de almas penadas que sustentava os dois. Seria engraçado ver o coitado confuso para ver se poupava seu corpo ou o objeto. Se não, largaria simplesmente jogaria ele em direção a segunda lua, torcendo para atingi-la. Independente de tudo, qualquer que fosse a resposta, ainda precisava chegar no seu ponto de encontro pré-determinado antes de partir em direção à base dos bandidos. Tendo achado seus companheiros, poderia simplesmente pensar em um jeito de arrancar a resposta que queria de Momochi.



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- Que pena, realmente a medicina é um grande mistério para min - Falei em um tom mais desanimado sobre a resposta para minha pergunta. Apenas me vireie olhei minha mascara para não observar a sensei aplicando a injeção em Kobayashi, era um cena muito intima para que eu ficasse olhando aquilo, melhor deixar os dois mais a vontade, se é que você me entende.

Quanto a nevoa, o jeito mesmo é usar essa mascara e evitar a exposição - Não quero ficar igual a eles - Pensei enquanto tinha arrepios ao lembrar do estado das pessoas no corredor. Mais uma vez, a medica deixou um mistério no ar, que experimento pessoal é esse? Sempre que penso em médicos e experimentos, logo tenho ideias malucas do que eles podem estar tentando fazer, mas por hora, vou deixar a sensei em paz e falar sobre isso em uma próxima oportunidade, ela já está bem cansada e ocupada para ficar respondendo minhas duvidas, aparentemente, triviais.

- Vamos lá senpai, tenho ate pena se algum valentão da escola tentar vier roubar nosso lanche! - Falei para o representante de classe enquanto batia os punhos, uma cena típica de séries de tv. Eu disse em tom de brincadeira, não quero nem imaginar a algazarra que seria uma confusão comigo e Koba no local de almoço dos caçadores de recompensa, ainda mais que ele já quase foi expulso da escola, algo assim seria uma passagem só de ida para a sala da diretoria.  

O refeitório era lugar normal, como um refeitório deveria ser, um ambiente tranquilo e cheio de alegria, uma coisa tão necessária e importante quanto se alimentar, pedia por um ambiente assim. Dando uma olhada com mais atenção, não consigo notar ninguém conhecido, não que eu conheça tanta gente assim também... Mas o único rosto que já vi antes, foi o de Eva.

- Qual o melhor lugar para bons alunos sentarem? Podemos ate revisar para as provas depois - Perguntei para o especialista nas escolas, não vejo ninguém mais apto que ele para essa árdua tarefa. Em tempo que me dirigia ao chefe para escolher meu prato.

- Vou querer um... Já sei, me veja um prato típico dos filhos da lua, quero saber mais sobre a culinária deles, a bebida pode ser um suco - Assim que a comida estiver pronta, vou esperar Kobayashi pedir a dele, para então, me dirigir a mesa para comer.

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O Ás não estava especificamente preocupado com a possibilidade de pessoas apertando o botão que dizimaria a civilização humana. De fato, poucos eram tão estúpidos assim — poucos, porque de fato existe gente estúpida o suficiente para ser a favor da extinção humana, como se isso fosse algum tipo de pedestal moral —, e as chances de ser justo um desses a encontrar tal dispositivo era remota. No entanto, mesmo o Rei de Pthumerias — que não era um desses estúpidos — acabou perdendo a avançadíssima tecnologia de controle. Sendo assim, Leonard temia não só que manuseassem o equipamento sem cautela o suficiente, como também temia que o controle dele desse certo. Afinal, por mais que não fosse usado, a vantagem estratégica de tal armamento seria gigantesca. Nem mesmo o alto escalão da marinha e os nobres mundiais poderiam dormir seguros. Por consequência, ele e Khórus também não.

Intuições eram, sem dúvidas, importantes. Por mais que a técnica — em outras palavras, a tecnologia — que tinha acesso tivesse progredido em séculos, intuição ainda era o principal motor da ciência. Sem ela, não haveria o insight necessário para formular a hipótese inicial que explique um fenômeno, a princípio, caótico. Sendo assim, Leonard não era sempre 100% pautado em lógica. Por isso, levava adiante a impressão que tinha de que Lin sabia de algo que talvez fosse muito relevante à operação. Será que podia confiar nele? Não sendo totalmente pautado em intuições, porém, não teria como deliberar sem maiores testagens. Apesar disso, ainda sabia que seria dependente dele do lado de fora. Afinal, do pouco que estava familiarizado com a cultura local, precisava de um guia.

— Fez bem. Os túneis podem acabar se mostrando relevantes caso imprevistos aconteçam… — respondeu, ainda atento e curioso para ver qual seria a sugestão do Rei de Espadas — Não possuo prática com medicina, mas conseguiria montar um discurso que estivesse pelo menos teoricamente correto. É uma excelente sugestão, mas antes acho que precisaria conversar com a médica da instalação para me situar melhor no que se sabe da névoa até agora — completaria, inicialmente simpático, mas logo assumindo um ar mais pensativo quanto aos procedimentos do disfarce.

— Entendo — como não sabia muito sobre a economia local, apenas concordaria com suas explicações. — Certo — prosseguiria, retribuindo o aperto de mão e sorrindo logo que o rei falasse sobre estar voltando a ativa — Sim, Kobayashi e Kamui. Ambos designados pelo Ás de Espadas — voltar-se-ia para trás pouco antes de sair — De fato seria vantajoso. Não só por estes motivos, mas também porque eles poderiam descobrir o ponto exato onde o labirinto dos Filhos da Lua emerge na mansão de Ultred. Assim, no pior dos casos, podemos usar a informação descoberta por eles. Sem falar que pode ser bom dar uma investigada no tal labirinto. Essa conexão direta da mansão com ele não pode ser por acaso… — hesitando em retornar ao corredor, porém, Leonard cerraria os olhos e voltaria a fitar Lin — Acho que seria bom andarmos com pontos eletrônicos. Não sei se tem algo do tipo na base, mas se houver pelo menos materiais com qualidade suficiente para manter uma conexão entre nós quatro, eu poderia construir algo. Se puder me indicar onde este equipamento fica, seria ótimo. Bom, acho que é isso… — parado por alguns instantes, Leonard revisaria as informações mentalmente, para ver se não faltava nada. — Por favor, enquanto converso com a médica responsável, repasse as ordens aos rapazes ou peça para que alguém repasse. Agilizaria bastante as coisas e eu agradeceria — considerando que aqueles eram os detalhes finais, finalizou, assentindo simpaticamente e rumando para a ala médica.

Leonard não poderia dizer que ficou satisfeito com a cena que testemunhou na ala médica. O local parecia um hospital psiquiátrico dos bem terríveis, senão pior. Não sabia que tipos de experimentos os demais setores da Spades andavam fazendo, mas se fosse o que estava imaginando, não poderia apoiar aquela situação. Todavia, dadas as circunstâncias muito mais aterradoras em que se encontravam, ainda que se tratasse de experimentos desumanos, aquele não era um assunto que poderia resolver por enquanto.

“Eis a questão: cobaias ou pacientes?” — caminhando lentamente para observar todos os cômodos da ala, cerraria os olhos não exatamente feliz com o que via.

Deixando a má sensação por kairouseki para trás, Leonard bateria algumas vezes na porta ao fim do corredor. Assim que permitissem sua entrada, calmamente o faria, claro, pedindo licença.

— Seria a senhorita a médica responsável pela ala médica dessa base? — um tanto frio, até por conta do que havia visto antes de chegar ali, indagaria. — Leonard von Reinhardt, Ás de Ouros. É um prazer — prosseguiria, habilmente sacando sua carta das vestes, para a apresentação típica de um Spades. — Tenho alguns dados que não sei se serão úteis para compartilhar e algumas perguntas a fazer sobre a névoa. Mas, antes disso… — após devanear olhando os arredores momentaneamente, fixar-se-ia no indivíduo à sua frente — Gostaria de saber sobre a metodologia empregada nos experimentos aqui — de braços cruzados atrás das costas, silenciosamente esperaria a resposta.

Não queria que soasse como acusação, claro. No entanto, ainda se sentia na obrigação de supervisionar aquele tipo de coisa dentro da Spades. Sendo assim, para não tomar medidas precipitadas, esperaria ouvir as demais explicações acerca dos experimentos. A responsável pela ala, inclusive, já deveria captar logo de cara o que havia pensado. No entanto, buscaria não hostilizar de qualquer forma. Afinal, uma acusação daquelas poderia ser um assunto bastante sério e até ofensivo. Ademais, ela já deveria estar acostumada com aquele tipo de reação. Passar por aquele tipo de ala podia afetar o humor até dos menos emotivos.





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O frio que correu pela minha espinha durante a aplicação daquela injeção fora algo que eu nunca tinha sentido na minha vida. Uma intenção assassina, um golpe fatal que nenhum homem sobreviveria, entre vários outros nomes que o meu instinto de sobrevivência gritava pra mim ficar alerta. Por mais que eu quisesse respondê-lo e entrar em posição de batalha, eu também sabia que não era o caso. Era só uma aplicação de injeção e, ainda assim, um terror fora facilmente colocado sobre mim com um único olhar e movimentação.

Aquela enfermeira havia provado que ela era tão lendária quanto a que haviam descrevido para mim.

Sem mais assuntos para tratar com a tampinha, partimos em direção ao refeitório. Olhar novamente os outros alunos que tentaram agir como eu em busca de uma resistência contra aquela névoa havia se tornado mais forte que o desconforto que eu sentia por conta do kairouseki. Todos ali – com exceção dos que estavam contra a própria vontade – eram alunos que eu respeitava. Tentaram fazer a mesma coisa que eu em prol do bem da escola, por mais que não estivessem preparados para isso.

- Seus esforços não serão em vão. Eu prometo que irei ser mais resistente que essa névoa maldita e irei vencê-la, pelo bem de vocês e da escola. AGUENTEM, MALDITOS! MOSTREM QUE VOCÊS TEM CULHÕES!!! - Bradei enquanto passava pela área médica esperando que minha mensagem alcançasse eles, principalmente os que já haviam pensado em desistir.

Assim que chegamos no refeitório, Lou foi a primeira a agir. O cheiro de comida era provavelmente o top 3 das coisas que ela mais amava, talvez até mais do que eu mesmo. Como se estivesse numa fila, ela sentou de frente ao balcão onde um casal de merendeiros preparavam a comida, começando a latir como se estivesse fazendo o seu pedido – que, pela quantidade de latidos era bem extenso –, se esquecendo que os humanos não conseguiam entender cachorrês.

- 「Hããã…? O local onde cê senta não importa, mas sim com quem, fracote. Os fracos devem sentar com os fracos e deixar o lugar dos fortes apenas para os fortes!」 - Com um sorriso quase sádico, o respondi, antes de pigarrear forte. Aquela frase não era minha, não era o que eu realmente achava. O desgraçado do Delinquente estava apenas mostrando que ele havia começado a ter alguma influência além de só existir na minha cabeça. - Tsc. Vamos sentar ali, kouhai, junto da garota do livro. Se ela está tão séria assim com os estudos não podemos permitir que pessoas barulhentas sentem junto dela e a atrapalhaem. - O respondi, dessa vez sendo eu, Kobayashi. 「GYAHEHEH! VAI DORMIR, KOBAYASHI! VAI DORMIR, KOBAYASHI! VAI DORMIR, KOBAYASHIIIIIIE!!!」

E o demônio continuava a gritar dentro de mim.

Respirei fundo pondo minha mão direita sobre a cabeça da Lou, fazendo-a parar seu podcast sobre comidas que gostaria de devorar, reverenciando levemente o tio merendeiro. O cheiro de tudo lá dentro parecia tão bom que, por mim, eu comia até as panelas se ele deixasse.

- Carne. Cozida, assada, frita, marinada, refogada, grelhada, fervida… Envie todos os tipos de carne que tiver para a minha mesa, Tio. Ah, e também uma boa tigela de arroz. - Assim que terminei de fazer o meu pedido, uma leve cabeçada no meu braço me fizera olhar para o lado; era Lou, com uma leve expressão de brava. Uma fofura que me fizera soltar uma leve risada. Em dobro. Ela também gosta de carne. - Finalizei ouvindo um latido feliz da cadela, seguindo em direção a mesa onde Eva estava.

Sentei na cadeira de frente para onde a estudante estava, observando bem o livro que ela lia. Matemática?Ttinha que ser matemática, essa matéria era tão demoníaca quanto o Delinquente que vivia dentro de mim. Ou será que era física? Outra matéria desgraçada que fazia qualquer aluno tremer… Independente de qual fosse, não diria nada a princípio, já que não queria atrapalhar os estudos dela.

Apenas relaxaria um pouco e aguardaria o banquete de carne chegar.

「- Korra, anjinha... Você não me engana, desgraçada... Põe pra fora esse pau aí e prova que tu é homem.」 - O Delinquente falou por mim.

Assim que a pergunta foi feita em alto e bom som, o desgraçado voltou, deixando que eu lidasse com as consequências. Aquela pergunta infringia tantas regras de conduta e respeito que eu sequer tive reação após ouvir ela, permanecendo calado. E se ela me denunciasse por assédio? SE ISSO CHEGASSE NOS OUVIDOS DA NINE, ELA IA REALMENTE ME CAPAR DESSA VEZ?!  「É AGORA, KOBAYASHI! VOCÊ NÃO ACREDITOU EM MIM NAQUELA HORA, MALDITO! AGORA VOCÊ IRÁ SABER A VERDADE DELA MESMA! GYAHEHEHEH!!!!!」. Lou, com a boca aberta em choque olhando para mim, foi a última coisa que eu percebi antes de engolir seco e aguardar uma resposta.

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Tenho mais conhecimento acerca do mito, supérfluo para a missão, no entanto. Perguntar mais acerca de um povo tão desconhecido pela marinha seria como chover no molhado, então prosseguirei em busca de mais informações. Se toda aquela névoa realmente vem de um dragão, ou um usuário de uma Akuma no Mi correlata, sua força torna nosso efetivo insuficiente para lidar com o problema. Nesse contexto, olho para o telhado, reflexiva. Caso o nível de ameaça seja tão grande quanto mensuro, devo me sacrificar para ao menos arranjar tempo para que outros completem a missão.
 
Meus pensamentos se veem interrompidos pelo estalar de dedos da minha superior e o surgimento de um cubo imaterial. A segunda aparição dessa tecnologia desperta minha curiosidade, interrompida por sua fala explicativa sobre a natureza dos objetos armazenados ali. Consinto cada uma de suas falas movendo sutilmente minha cabeça, até o cubo desaparecer. Algo que despertou meu interesse, como um felino curioso com uma caixa de papel, acaba de escorregar pelos meus dedos, e sem perceber, libero um:

— Waaah~

Com a sensação mais próxima que senti de melancolia desde o começo da missão, acompanho a senpai. Pelo elevador, com minha postura tipicamente militar, até a tensão ser rompida por um olhar de dúvida com as falas da Nathaly. Área de pesquisa? Aspirações? O que são essas coisas, especificamente? Tenho noção do seu significado, mas nunca os apliquei no cotidiano. Primeiramente, quais são minhas aspirações e área de pesquisa? Minha aspiração é servir ao Governo Mundial, e minha área de pesquisa... matar silenciosa e eficazmente com uso dos meus conhecimentos médicos, eu suponho?

Percebo. Então isso que é uma aspiração e uma área de pesquisa? Não tenho ideia de por onde a senpai quer que eu comece, mas talvez eu tenha uma vaga noção. Uma pesquisadora prodígio que quer exterminar... pragas? De certa forma, sim. Criminosos são como pragas, e se proliferam rápido. Todos saem prejudicados com sua existência. E aquela caixa imaterial... talvez ela seja boa para entregar venenos, eu suponho?
 
— Democratizar o extermínio de pragas com tecnologia de pronta entrega é minha aspiração. Eu pesquiso o extermínio de pragas.
 
Falo prontamente, sem sequer hesitar. De qualquer forma, não estava mentindo. Caso todos pudessem matar criminosos, eu teria mais tempo para resolver missões. Todos saem ganhando, no fim das contas. É isso que significa ser um pesquisador, eu acho?

Olho em algum ponto que seja possível ver meu reflexo, e minha expressão facial estava um tanto quanto... anormal? Independentemente disso, tiro pigarro da minha garganta, fazendo perguntas para Nathaly após um gesto seu.

— Qual tipo de praga você mais odeia?

Eu admito que não foi a melhor pergunta possível, mas sobre o que falar? Meu serviço envolve matar. Meus passatempos envolvem matar. Até mesmo meus sonhos envolvem matar. Os galos cacarejam; vacas mugem; os gatos miam; e eu... mato? Numa reação atípica, suspiro, não conseguindo desenvolver nada além de uma abstrata conversa, tão peculiar, que certamente o maior dos assassinos e o menor dos dedetizadores conversariam com um sorriso no rosto, sem saber que estariam conversando sobre coisas totalmente distintas.



Última edição por Yanhua em 4/4/2023, 19:38, editado 1 vez(es)

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 – É seu direito, em uma posição de desconfiança, recorrer aos seus recursos para certificar-se de sua segurança, mas ao menos mantenha os seus comentários para si.

A voz de Musa não carregava nenhuma carga de irritação ou descontentamento, apenas a apatia de sempre. Era irritante e invasiva a habilidade da híbrida, escaneando os seus pensamentos a cada segundo. Para que não se instaurasse um clima ruim, a loira emendou. – Não acredito que terei novos momentos de felicidade até acabar com quem causa sofrimento e infortúnio a um mar de pessoas. Não me entenda mal, mas tenho motivos de sobra para pensar assim.

Remoeu por alguns segundos as informações que a mulher lhe repassara, o que formava um contexto um tanto alarmante para o povo que defendia ali em Ithil'thol. A primeira frente ofensiva queria dizimá-los, a outra queria usá-los como mercadoria. Nada atraente para alguém que se postaria contra esse montaréu de malfeitores. Ouviu também as novas informações sobre a névoa debilitadora, pontuando com um ar de leve preocupação.

E onde foram encontrados esses tubos? Rastrear a base de propagação poderia tanto nos levar ao ponto de rompimento dessa névoa assim como a alguma das frentes do inimigo em questão. Se for o caso de uma terceira ameaça, teríamos um contexto muito mais sensível do que imaginamos primeiramente. – Por fim, escutou atentamente ao restante das consternações da híbrida.

Temos um ponto de defesa, no caso a Segunda Lua, em meio à influência territorial da Marinha no centro da ilha. Temos um segundo foco ofensivo com o tal grupo criminoso, sem contarmos com maiores informações sobre os seus próximos passos. E, por fim, temos a problemática da névoa, que pode significar tanto uma terceira ameaça grupal quanto afetar nosso poder de ataque, nos vulnerabilizando. – Após alinhar os principais pontos, Musa diria. – É inegavelmente desproporcional, mas você olhou a minha mente e percebeu que a minha motivação vai além da assimetria desse acordo. – Não quis pensar em Zeroel, o momento pedia foco. – Então prosseguiremos.

Apertando os dedos na palma da mão e sentindo as pequenas patas de Lio moverem-se pela sua cintura, a sereia finalizaria.

Há algum cientista ou alguém com conhecimento suficiente para preparar alguma máscara ou utensílio que nos proteja da exposição aos malefícios da névoa? Ter acesso a esse recurso já eliminaria uma das tantas problemáticas que teremos que enfrentar. Preciso também da descrição da princesa para facilitar sua identificação. – Quando finalizou a sentença, seu estômago protestou. – Ah, e preciso comer. Já tinha esquecido desse detalhe.

Após os preparativos finais, estaria pronta para avançar em direção ao tal Ultred. Era claro que o julgamento da tal figura materna era certeiro, o que fazia Musa ponderar se fato era válido desconfiar do homem.

Mas algo que a sereia sempre soube é que nada se sabe sobre nada. Talvez se aplicasse à situação.

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Bartolomeu conseguiria fugir da criatura sem muitos problemas, durante sua fuga poderia pensar num possível futuro reencontro com a criatura, esperava que dessa vez pudesse estar pronto para agir prontamente, sem ter alucinações o atrapalhando. Pelo caminho não conseguia encontrar nada além de árvores e mais árvores, e toda aquela névoa faria o se questionar, se estava ou não andando em círculos, mesmo com seus poderes o pirata estava definitivamente, perdido. " - Essas árvores parecem todas iguais, pareço andar em círculos intermináveis. " - Diria ainda muito confuso, sem a menor ideia de onde estivesse.


Longe de encontrar qualquer coisa diferente de árvores e névoa, Bartolomeu aparentava não chegar a lugar nenhum. O jovem médico pensava em como gostaria de estar certo sobre sua teoria, e pensava como seria bom poder achar um local fechado. Depois de algum tempo de caminhada, finalmente o pirata poderia sentir algo com seus poderes, ele sentia um local que não parecia ser fechado. " - Ótimo, finalmente encontrei algo. " - Diria, visivelmente feliz por ter finalmente encontrado alguma coisa. Chegando próximo ao local poderia perceber que se tratavam de ruínas, que pareciam ser de uma época bem distante. " - Wow, essas ruinas parecem ser bem antigas. E a névoa parece não seguir ruinas adiante. Bem isso deve ter algum motivo, e eu o descobrirei. " - Diria para si mesmo, adentrando as ruínas desconhecidas.

Bartolomeu manteria sua super audição ativa e exploraria o local, ele também como um amante de esculturas não deixaria de analisar como eram as ruínas, talvez tentasse comparar com seus livros antigos. Tentaria ver se poderia reconhecer algo. Além disso o jovem iria explorar as ruinas tentando encontrar qualquer informação que fosse útil, como sons, desenhos na paredes ou até mesmo pessoas ou criaturas. Ele também tiraria sua máscara improvisada para testar sua teoria do ar infectado. Se protegeria com seu escudo caso fosse atacado.

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Caminhando de mãos dadas com minha querida esposa para a cidade indicada no mapa revolucionário, sentiria cada vez mais os efeitos da névoa cinzenta que está nos perseguindo desde que adentramos a ilha. Minha visão está ficando embaçada e pra complementar, parece que estou caminhando em esteiras gigantes que nos empurram para trás. — Primeiro, fantasmas. Agora isso. Amor, tem certeza que não usou sua Mosa Mosa no Mi para criar substâncias ilícitas e fez a gente usar? Caso não lembre, não significa que não fez. Eu acho que "esquecer" é um dos efeitos desse tipo de coisa, né? — Indagaria com total inocência, citando também os fantasmas, que parecem ter sumido por enquanto. Apesar dessas loucuras, prosseguiria.

Mais a frente, subitamente presenciaria o rosto de Michaela completamente deformado, como se tivesse sido atropelada por um Rei do Mar. — Eita, amorzinho, você tá parecendo um sapo! Quem foi o príncipe que te beijou? — Fazendo piada — fora de hora — da situação, indagaria a ela. Não tardaria até que sua aparência retornasse à normalidade, com a expressão facial dela denotando confusão, como se tivesse visto alguma coisa em meu rosto, porém... — Espera, príncipe? Você está me traindo? — Surtando do nada com minha própria frase, soltaria a mão de Michaela e buscaria ficar de costas pra ela. Ao passo em que fizesse isso, iria cruzar meus braços, fazer um biquinho fingindo ser durona e começaria a bater o pé esquerdo no chão com certa raiva. Em menos de 10 segundos correria para os braços dela de novo, como uma criança correndo atrás dos pais, quase chorando. E sem encostar o Kairouseki nela, claro. — V-vo-você a-ainda m-me a-am-ama, n-né? — Com uma expressão triste de personagem de anime fofinha, permaneceria encarando Michaela até receber uma resposta positiva. Caso isso acontecesse, me prontificaria a andar de mãos dadas com ela novamente, como se nada tivesse acontecido. Se não for positivo, bom... ignora o resto do turno, Father. Vou ficar parada sofrendo.

Enfim, do meu lado, surgiria um cara do nada e perceberia ele nos seguindo. Cismada, cerraria o punho esquerdo. No entanto, o homem dos olhos carmesim parecia não piscar, reagir ou fazer qualquer tipo de movimento. Apenas continuaria nos encarando, até sumir do nada. Perguntaria a Michaela se ela também viu o que vi e se ela sentiu alguma presença com seu Haki. Receberia respostas que me tranquilizaram pois me fazem pensar que eu não estou ficando louca. Quer dizer, já sou, né? — Chupa-Cu nos proteja, porque tô começando a crer na teoria das drogas. — Ciciaria, confusa com a sequência estranha de adventos, não conseguindo sequer raciocinar o que virá a seguir. Com essa confusão e agora levemente desconfortável com as ilusões continuaria seguindo ate a cidade. Querendo ou não, estar com Michaela me deixa um pouco mais segura.

Seguidamente, uma mulher com máscara e longos cabelos loiros nos abordaria no meio do caminho. E conforme sua aproximação, o objeto entregue pelos revolucionários reagiria de forma diferente. — Vosmecê existe ou também és uma ilusão? — Seria minha pergunta feita à dita cuja que se auto denominou Nadine, fitando-a intensamente e soltando a mão de Michaela caso ainda esteja segurando-a. Pela reação do dispositivo, ela é aliada — relativamente confiável por isso — e realmente existe. Mas isso não muda o fato dela parecer uma humana, e humanos são... não quero ser cancelada por racismo. Deixa pra próxima. — Kamille. Prazer em conhecê-la, sinházinha Nadine. — Finalizaria, respondendo a indagação da garota. Sem muitas opções, buscaria seguí-la, esperando que ela explique o que tá acontecendo e o que se seguirá.

— Não force muito o uso do seu Haki. Descanse um pouco. É melhor pra você. — Murmuraria num tom audível somente para Michaela e talvez alguém com audição seletiva. Pra quem tá lendo também. Já que... é uma voz na sua mente que lê pra você. Acho que deu pra entender, né?

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7º Turno
Período estimado: Noturno
Temperatura estimada em 17º com presença de ventos



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Ultred's Manor


Situada no extremo sul da capital de Ithil'thol, próxima a uma parte reservada da Floresta da Lua que nunca antes foi explorada, os grandiosos casarões do ricaço são visíveis mesmo a distância em dias limpos. Um conjunto de mansões arquitetadas para se assemelharem a castelos e construções de nobres medievais com um grande jardim no centro. Apesar da aparência "rústica" em comparação com o resto das mansões da ilha, isso se resume apenas ao primeiro contato. Não é necessário andar muito pelo complexo até que comece a notar aparatos tecnológicos como câmeras e pequenos robôs de patrulha. O interior também conta com uma decoração ocidental, mas é muito menos contido na hora de ostentar a riqueza e a tecnologia que o aventureiro obteve dos Filhos da Lua.

Devido ao surgimento da névoa, uma ordem instituída por Ultred cessou os serviços humanos de limpeza e vigia na parte exterior das construções, gerando um acumulo de poeira e folhas no caminho que leva à entrada. Ainda sim, devido ao seu sistema de segurança altamente avançado e bem escondido, ninguém nunca antes foi capaz de se aproximar da mansão sem ser visto e contido. Porém é rumorado pela elite da sociedade que existem passagem secretas que ligam o subterrâneo de Ithil'thol com alguns dos casarões, e estas seriam muito mais vulneráveis.






Spades: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Cidade da Lua - Base Subterrânea



- Hmm... Pontos, é? - Pensativo, o rato tentava se lembrar do que poderia ser útil para a construção de um item desses. Ele não era um inventor, mas tinha conhecimento o suficiente para deduzir algumas coisas básicas. A base de Ithil'thol ainda não estava 100% mas aquela era uma missão importante e comunicação realmente poderia ter um papel crucial para o sucesso - Sephie deve ter o que você precisa, ela é nossa principal médica e inventora. Você pode pedir isso a ela já que está indo para a ala médica, tenho certeza que ela lhe será muito mais útil do que eu.

Lin se despediria brevemente com uma curta reverência, voltando-se logo em seguida para o trabalho. Como o Às de Ouros havia sugerido, ele se dirigiria até o refeitório para passar as ordens aos outros agentes enquanto Leonard seguia sozinho até a ala médica que havia sido previamente indicada por Eva. A visão das salas que radiavam kairoseki continuavam passando uma aura negativa a respeito da responsável pelos experimentos, uma impressão que com a qual a pesquisadora em questão já estava acostumada.

Ao que se aproximasse do escritório de Sephie, Leonard ouviria uma voz baixa e desmotivada lhe dando permissão para entrar. Adentrando a sala, veria o mesmo cenário bagunçado e repleto de papéis e xicaras espalhados pelas diversas mesas que compunham o cômodo. A impressão que passava era que a médica ia passando de mesa em mesa, sem se preocupar com o que deixava para trás depois que tivesse terminado suas tarefas nos computadores de outras mesas.

- S-sim! - Responderia, visivelmente ansiosa. Diferente da postura que tivera com os outros agentes, sua voz e semblante pareciam muito mais vivos quando se comunicando com o às de ouros - Meu nome é Sephie, valete de copas, o prazer é todo meu! - Antes que Leonard pudesse prosseguir com o motivo de sua visita, ela seguiria animada - Perdoe minha insolência mas você poderia, por favor, assinar minha xicara?

Admiradora dos feitos e avanços tecnológicos que o Às de ouros havia feito com sua equipe da S.R.D.I, Sephie era o que qualquer um poderia visivelmente classificar como uma "fã". Quando tinha conversado com os agentes de mais cedo ela estava tão cansada e desinteressada que havia acabado deixando escapar o importante detalhe de que seu ídolo estava na base e aquilo era um erro que ela não podia se perdoar por ter cometido. A falta de preparação mental eram visíveis através da ansiedade e nervosismo que ela exibia através de expressões corporais e tom vocal. Ainda sim, a pesquisadora sabia que aquela era uma oportunidade imperdível que não poderia, jamais, ser arruinada por um descuido como aquele. Reunindo todo o pouco de stamina que tinha em seu corpo, ela tentava esconder as olheiras e a fadiga que sentia por dias contínuos de trabalho sem folga.

- Ah... - Confrontada sobre a metodologia do lugar, a garota pararia alguns segundos para formular uma resposta. Ela não parecia surpresa ou inconfortável com a pergunta, Sephie simplesmente não queria dar uma resposta meia boca para o seu ídolo como ela tinha feito mais cedo com Kamui e Kobayashi - Metade dos pacientes são Spades que acabaram respirando demais da névoa e a outra metade são prisioneiros da marinha que eu uso para minha pesquisa pessoal. Eu coleto amostras de sangue e um pouco do líquido da medula de todos os sujeitos de hora em hora para avaliar a progressão dos efeitos da névoa no organismo de cada um dos Spades e testo potenciais efeitos colaterais que a cura pode causar nos marinheiros. Até agora não houveram baixas de nenhum dos lados, mas o estado mental de algumas pessoas foi gravemente prejudicado por causa da exposição à névoa e por conta disso é perigoso controlá-los sem medidas preventivas, por isso o kairoseki. - Explicou normalmente, dando brechas para que Leonard acrescentasse alguma dúvida que ele pudesse ter ao longo da explicação. Se tivesse permissão para prosseguir, ela explicaria do que se tratava sua "pesquisa pessoal" naturalmente - Eu estudo chimeras, híbridos, fusão entre raças de diferentes seres vivos e quaisquer akumas no mi que tenham ligação com o tema, mas minha pesquisa está pausada por causa da urgência que é a névoa.

A mulher não teria problemas para prosseguir com o assunto de sua pesquisa ou voltar para o tópico da névoa. Ela parecia feliz por poder compartilhar seus hobbies e descobertas com alguém mentalmente capaz de acompanhá-la. Virando a xicara de café que havia acabado de encher, Sephie continuava na sua luta para demonstrar o mínimo de cansaço possível na frente de Leonard.



[...]



Depois de jurar para os estudantes que estavam loucos demais para compreender o que Kobayashi havia jurado para eles, os dois agentes chegavam ao refeitório e sem demora realizam os pedidos de suas refeições. O casal de cozinheiros parecia ter gostado de Lou, mas como estavam cozinhando eles evitaram se aproximar e apenas responderam seus latidos com um gesto de "pode deixar" [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]. Porém quando requisitado um prato que combinasse com os gostos dos Filhos da Lua, o cozinheiro entrou em um momento de profunda análise. Transcendendo toda a capacidade de seu intelecto, o homem lutava para tentar decifrar os gostos de uma civilização antiga que raramente aparecia em público. Pela expressão que ele fez quando disse que aceitaria o pedido do híbrido, sua expressão só podia se descrita como a de alguém que alcançou o nirvana. Se ele não era um cozinheiro SS antes daquilo, agora ele havia acabado de pontuar o que faltava.

No fim ele simplesmente havia decidido fazer pratos típicos da ilha. Como os Filhos da Lua foram os primeiros a povoar aquelas terras provavelmente haviam traços de seus gostos mesmo naquela culinária conhecida, foi o que o cozinheiro concluiu.

Enquanto o rango não ficava pronto, a dupla liderada por Kobayashi se aproximava da mesa de Eva com a melhor das intenções, mas a pior das execuções. A capa do livro que ela lia era uma genérica feita de couro e não era possível deduzir que tipo de conteúdo ela estava consumindo. Notariam porém que o livro era extremamente pequeno e fino. Por conta disso, a mulher facilmente o guardou no bolso quando percebeu os dois se sentando a sua frente.

- Huh? - Inclinando o rosto numa interrogação, a moça visivelmente não parecia ter entendido o que diabos o delinquente queria que ela mostrasse. Então, como a mulher madura que era, abaixou-se para pegar algo que tinha guardado de baixo da mesa, dando para Kobayashi logo em seguida - Aqui. Eu sei que praticar esse tipo de coisa não é muito feminino de minha parte, mas se eu não estudar acabarei sendo deixada para trás. - Responderia, aparentemente lembrando-se de algo no fundo de sua memória. Seu rosto não mostrava indícios de vergonha, mas nostalgia e preocupação - Vejo que visitaram a Sephie. Ela ainda está viva? - Perguntaria ao ver que andavam com as máscaras da médica - Ela não tem dormido desde que a névoa começou a assolar Ithil'thol, não sei como o corpo dela consegue...

A mulher parecia pensar em algo, mas seu momento foi interrompido pela chegada de sua comida, um largo pote com yakisoba acompanhado vários tipos de temperos, vegetais, carnes e um pequeno recipiente com um molho preto junto com um drink lunar. Depois de um breve agradecimento a estudante pegaria seus hashi e começaria a comer sem se importar com a presença dos rapazes do outro lado.

Não demoraria para que a imensa pilha de carne que Kobayashi tinha pedido chegasse. Separada em diversos recipientes, como havia pedido, continha diversos tipos de carnes diferentes. Bife de cordeiro, coxas de galinha, bacon, dentre outras partes de diferentes espécies. Logo ao lado, um potinho com arroz temperado com alho.

Para Kamui o cardápio era mais diverso no entanto. Haviam biscoitos, bolo e uma torta doce, pequenos e com desenhos que remetiam à Segunda Lua. Junto com aquilo havia também o que o chef disse se tratar de gelatina de slime, alguns pratos com carne de animais locais recheados com um tipo de queijo e um com carangueijos da lua.

Pouco após começarem a comer, uma nova pessoa sutilmente se aproximaria da mesa e se sentaria ao lado de Eva carregando um prato com um pedaço de bolo e vinho. Um mink velho com aparência de rato.

- Kamui e Kobayashi, certo? - Indagaria, virando a taça com vinho logo em seguida. Após ver o que cada um havia escolhido para comer, o rato prosseguiria - Doces realmente são a refeição que melhor representam a juventude, vejo que você é um homem de cultura. - Com um sorriso no rosto, ele balançava a cabeça num gesto auto afirmativo - Ah, perdão, às vezes minha memória me falha nos momentos mais importantes. Meu nome é Lin Kojui, rei de espadas responsável pela base de Ithil'thol. - Voltando sua atenção para a mulher ao seu lado, ele a encararia com um olhar confuso - Achei que tivesse mandado você voltar ao seu posto?

- Estou no meu intervalo. Diferente de Sephie, eu luto por meus direitos trabalhistas.

- Huh, quando você vai deixar sua fase rebelde, eu me pergunto? Sephie é mais jovem e já poderia lhe ensinar uma coisa ou duas sobre respeito.

- Se para você "respeitar" significa morrer de exaustão, eu posso viver sem isso.

Apesar do que os dois conversavam, não parecia haver qualquer indicio de raiva ou inimizade na fala dos Spades. Ao invés de uma simples relação chefe e subordinado, os dois lembravam mais a bons amigos pegando no pé um do outro.

- Ah sim, já ia me esquecendo. Estava conversando com Leonard e nós decidimos a missão ideal para vocês dois enquanto estiverem aqui. - De um de seus bolsos ele retiraria o que parecia ser um mapa antigo e o colocaria sobre a mesa - Hmm, vocês querem a explicação longa ou resumida? - Perguntaria a Kobayashi e Kamui.

Naquele momento, Eva parecia já ter terminado sua refeição e fazia gesto para levantar e se retirar, mas foi parada pelo rato segurando sua mão.

- Você vai com eles.

Sem dizer nada, a mulher suspirou e voltou-se a sentar, aceitando seu destino.








Piratas: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Floresta da Lua



Seguindo adianta com sua aventura solo, Batolomeu adentra as ruinas sem medo. Ao que deixasse a névoa para trás, sentiria o ar mais leve e uma facilidade maior para respirar. O chão de baixo de seus pés ainda pregava peças com o rapaz de tempos em tempos, e o das ruínas em particular parecia totalmente coberto por uma grossa camada de gelo que estranhamente não afetava a temperatura local. Era difícil caminhar sem escorregar naquela superfície, mas apoiando-se nas paredes e andando devagar o pirata conseguia prosseguir.

Inicialmente não era capaz de escutar nada além dos próprios sons com sua herança. Essa escolha somada com a escuridão que o interior das ruinas apresentava tornava ainda mais difícil para o rapaz saber para onde estava indo ou o que exatamente tinha do outro lado do corredor que andava. Seus olhos só se ajustariam ao cenário depois de algum tempo, proporcionando ao pirata o vislumbre de um grande salão logo a frente, com o que parecia ser um altar posicionado no centro do lugar. Ao se aproximar, perceberia imediatamente uma famosa frase gravada no granito, que dizia respeito a posição dos Filhos da Lua quando confrontados pelo Governo Mundial no passado.

"Quando a última gota de sangue nativo for derramada, a lua cairá sobre o mundo, trazendo a completa destruição."

Abaixo dessa frase havia o que parecia ser um contador com o número 0 e, ao seu lado, uma tabela com diversos números e símbolos que podiam ser pressionados como teclas mais rústicas e pesadas. Perceberia também que não era possível remover ou mudar a posição de nenhum dos caracteres presentes, a única coisa que era possível interagir daquele altar era a pequena tabela-teclado.

Na paredes ao redor do salão haviam vários desenhos antigos que pareciam contar a história de quando a marinha atracou em Ithil'thol. Desde a ascensão de Ultred, até os boatos sobre sua fama se espalharem e chamaram a atenção do Governo Mundial. Vários corpos de nativos e marinheiros eram desenhados sem vida ao longo dos murais, indicando que os dois lados haviam sofrido com o conflito. Porém, notaria que ao fim da história, por algum motivo não haviam mais Filhos da Lua. A marinha era retratada seguindo em direção a Cidade da Lua quando as imagens subitamente parariam de contar a história.

Talvez fosse possível investigar mais coisas que poderiam ter passado despercebidas devido à escuridão, mas quanto mais tempo passasse ali, mais chances a cabeça do pirata teria para brincar com seus sentidos acerca do que encontrava. Fora da névoa os efeitos não se intensificavam, mas enquanto não tivesse acesso a uma cura Batolomeu continuaria a sofrer com aquelas alucinações por tempo indeterminado.


[...]


- Ohh. - Maravilhado com a criatividade da Mad Kid, o ninja começaria a aplaudi-lo depois da explicação do seu método de tortura. Observando o estado do pinguim naquele momento, mesmo um idiota como Momochi conseguia entender que ele estava psicologicamente sobrecarregado com preocupações. - Parece que até genjutsus conseguem ter alguma utilidade nesse meta horroroso. - Concluiria, parando para pegar um caderninho do bolso e literalmente anotar o que o rapaz tinha acabado de explicar. Acrescentaria no fim que tinha interesse em tentar misturar os dois tipos de tortura, física e mental, contra seu maior inimigo no futuro.

Como se quisesse provar um ponto, Koichi disparava mais uma vez contra o pinguim que tentava se levantar depois de ter tropeçado. A dor o faria rolar e se contorcer no chão por alguns segundos. Com o som das risadas de Shinguji e mais aplausos de Momochi ao fundo, a ave tentava conter sua fúria. Ele sabia que se rebelar naquele momento não iria lhe trazer nada senão uma morte prematura.

O pirata não daria atenção ao pinguim no entanto. Com uma nova ideia surgindo em sua mente infantil, o rapaz começaria a controlar as almas da Shen Shen no Mi para fazê-los todos voarem ao mesmo tempo em que um minúsculo portal ligava seu nariz com o reino das sombras. A névoa naturalmente também teria acesso a passagem para outra dimensão e continuaria a impregná-lo lá, mas devido a menor densidade e falta de pressão no ar, o rapaz sentiria uma facilidade maior para respirar, embora o ar do reino das sombras também não fosse muito agradável. Um cheiro forte de sangue poderia ser sentido por Koichi, provavelmente obra da sua tripulação que àquela altura já teria devorado todas as oferendas.

Àquela altura Koichi conseguiria ver tanto quanto Batolomeu tinha tentado mais cedo. Enquanto estivesse ao ar livre, a névoa claramente continuaria se mostrando absoluta, não importava a direção. Era impossível ver a Segunda Lua que, devido a falta de informação, o personagem sequer teria como saber que estaria naquela ilha.

- Eu não tenho sensor onisciente para me guiar no meio desse kirigakure no jutsu. - Responderia Zabuza, provavelmente se referindo a falta de Haki da Observação - Também foi ele quem nos guiou até aquele vilarejo. - Explicaria, dando de ombros.

O pinguim no entanto, ao ter sua atenção chamada, levou algum tempo para pensar no que diabos deveria responder. Diferente de Momochi, ele não era um completo idiota e, pela forma com a qual o garoto falava, sabia que o Koichi dificilmente seria capaz de encontrá-lo novamente caso se distanciasse e se escondesse dele na névoa. Seus ataques podiam ter uma escala colossal, mas sem precisão o pinguim poderia ter alguma chance de correr, isso se ele também não estivesse no limite. Deixando-se levar pela fadiga mental e física, a ave apontaria a direção ao Norte como havia sido solicitado. Ele não confiava nas palavras da Mad Kid, mas no pior dos casos ainda tinha esperanças de que seu chefe pudesse eliminar o garoto e poupar todo o mundo de sua desgraça.

- Só mais alguns minutos nessa direção. - Explicou, cansado - A partir dali Momochi poderá guiá-lo.

Com um simples gesto da cabeça, o ninja responderia em positivo e Koichi, ao ver isso, deixaria o pinguim e sua máscara caírem na escuridão cinzenta. Mesmo que por apenas um instante, o garoto pôde ver a ave arregalando os olhos em surpresa e começando a bater as mãos como se fossem asas, mas para sua infelicidade pinguins não eram capazes de voar e ele acabaria desaparecendo com um grunhido.

Seguindo as instruções do pinguim que não sabia se havia falecido ou não, não tardaria para que os rapazes encontrassem o que parecia ser a entrada para um conjunto de antigas ruinas. Ao avistá-las, Momochi explicaria:

- Essa é a entrada pro subterrâneo, nossa base fica lá dentro.

Por fim, ele também alertaria o garoto de que haveriam guardas escondidos dentro das ruinas. Eles, também, provavelmente se questionariam sobre a ausência do pinguim.








CP/Marinha: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Cidade da Lua - Território Sul - Entrada do Complexo



Nath estava visivelmente satisfeita com aquela resposta, mas havia algo na forma com a qual a garota se portava que a incomodava. Ela sabia do passado de A49, mas só agora a ficha parecia estar caindo sobre o quão complicado aquilo poderia ser se deixasse ela conversando com nobres sozinha por muito tempo. Aquela provavelmente não seria uma missão tão simples quanto havia imaginado. Com um suspiro, ela alertaria a companheira sobre a provável existência de um sistema de segurança na mansão.

- Pragas que causam doenças. - Responderia imediatamente com naturalidade - ... Talvez seja possível inventar uma teoria que conecte a névoa com pragas?

Aquela não era uma má ideia do ponto de vista da agente, uma vez que estava indo para uma festa cujo assunto principal seria o breu em questão. Porém, tal como A49, Nathnaught também não tinha um vasto conhecimento sobre a área. Precisariam dizer que a pesquisa estava nos estágios iniciais e ainda haviam poucas coisas concretas que ligassem a névoa com algum tipo de praga. Afinal, como Ultred provavelmente já deveria saber àquela altura, isso não se tratava de um fenômeno natural. A teoria não precisava ser algo pautada na realidade, tudo o que precisavam era tornar o background do seus personagens mais críveis.

Ao que saíssem do elevador, a dupla de CPs deixaria o fractal imediatamente e começariam a andar pelo breu de Ithil'thol. Já vestindo sua máscara, Nath percorria as ruelas da cidade a passos largos, evidenciando a urgência que tinham para sair dela o mais rápido possível. Alyssa ainda teria oportunidades de praticar interações e falas com a superiora, se assim desejasse. Nathnaught no entanto parecia imersa em pensamentos pela primeira vez, não iniciando o diálogo por conta própria.

Sem demora as duas chegariam à região Sul de Ithil'thol, o maior e mais bem controlado território de Ultred. Seguindo o caminho indicado por Nath, as agentes se deparariam com uma grande fila na entrada da mansão. Mesmo na névoa era possível perceber diversas luzes vindas dos casarões de Ultred à distância, bem como uma grande quantidade de nobres mascarados conversando entre si. A festa não parecia ter começado oficialmente ainda, mas os guardas próximos às casas já estavam checando os convidados.

- Me dê sua espada. - Ordenaria a mulher, percebendo a distância que os guardas estavam checando os corpos dos convidados atrás de armas e objetos suspeitos escondidos. - Pode ficar com o Den Den Mushi, ele é mais fácil de justificar.

Antes de se aproximarem, um objeto retangular semelhante aos cubos de anteriormente sugiria nas mãos da agente. Ao que desse sua espada para a mulher, ela descuidadamente acabaria pegando com pressa numa parte da lâmina, sentindo o poder do kairoseki e fazendo o paralelepípedo desaparecer. Com um suspiro, ela simplesmente deslocaria a mão para o cabo, fazendo o retângulo surgir e guardando-a ali e fazendo-o desaparecer mais uma vez.

Feito isso poderiam se aproximar e entrar na fila. Depois de alguns minutos aguardando a grande quantidade de nobres, eventualmente chegaria a vez das garotas serem revistadas. Enquanto um humano de quase 3 metros revistava Nath, outro se dirigiria à A49 solicitando:

- Identidade e ocupação? - Questionaria num tom casual. Ele, assim como todos os outros membros da festa estavam trajados à rigor com terno, gravata e uma máscara que cobria todo seu rosto.








Revolucionária: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Localização exata desconhecida - Subterrâneo



Depois de ouvir atentamente ao que Musa tinha a dizer, a meio-Lunar adentraria sua moradia e imediatamente solicitaria que as crianças dentro dela preparassem algo para a hóspede comer. Assim o pessoal do exterior, as crianças estranhavam a presença da sereia ali, mas por terem escutado o início da conversa entre as duas, elas já tinham uma ideia do que estava se passando ali. De qualquer forma, estranhando ou não, gostando de Musa ou não, a palavra de sua figura materna era absoluta e elas rapidamente se dirigiriam para a cozinha sem pestanejar.

O interior da casa da Lunar era humilde e rústico, como seu exterior. Os móveis eram simples e não esbanjavam qualquer imponência ou riqueza, mas ainda era possível perceber alguns itens de luxo dourados ou até mesmo algumas armas de kairoseki decorando as paredes. Haviam algumas prateleiras repleta de livros e pergaminhos antigos, mas muito bem conservados e diversas fotos da mãe com suas crianças e outros Filhos da Lua. Estava claro que não tinha interesse em ostentação, para aquela mulher sua casa era um local de paz, descanso e memórias calorosas. O único lugar que ela se permitia esquecer dos problemas envolvendo a ilha e seu povo, mesmo que por vezes falhasse, esse era seu intuito.

- Tenho as máscaras que roubei dos marines. Elas não foram danificadas, creio que alguns ajustes rápidos devam bastar. - Responderia, com um gesto direcionado para uma das crianças que tentava bisbilhotar a conversa das duas sem ser notada. Percebendo que havia sido descoberta, a pequenina desistiu de seu esconderijo e se retirou para acatar a nova ordem - O sistema de tubos é complexo e enorme, levaria algum tempo para explorá-lo atrás da origem, e também há a possibilidade do inimigo já estar esperando por nós quando encontrarmos o ponto de convergência. Selar tubo por tubo é algo que cogitamos fazer no passado, mas além de exigir muito tempo e esforço isso poderia ser fatal para nós que vivemos no subterrâneo caso surjam vazamentos. A essa altura eu honestamente não sei se isso seria útil.

Ao que terminasse de explicar, as crianças trariam um prato de porcelana com diversos tipos de carnes, um com arroz e um com o que parecia ser molho. As carnes eram de animais nativos da ilha, iguarias que não encontraria em nenhum outro lugar, bem temperados e aromados. O arroz por outro lado parecia mais comum, mas igualmente bem preparado.

Durante os minutos que tivera para apreciar sua refeição, a Lunar estaria dando atenção às crianças, conversando em particular com elas, mas ainda era possível chamar sua atenção para sanar dúvidas ou pedir qualquer coisa caso surgisse o interesse. Depois disso, com as máscaras reparadas por sabe-se lá quem, a "mãe" se despediria de seus filhos e sem demora partiria com Musa, de volta para os túneis subterrâneos. As crianças já tinham sido avisadas para repassarem a situação e as intenções da Lunar, então poderiam esperar que os reforços viessem quando o momento surgisse, como a lunar havia explicado anteriormente.

- Aqui. - Na entrada da passagem, a mulher daria a Musa uma foto da princesa - Ela é uma hibrida como eu. Não é grande e forte como um mink, mas também não é tão pequena e ingênua quanto um tontatta puro.

Com a pequena cena que havia causado mais cedo, a Lunar ainda remoía um pouco daquelas memórias que tinha presenciado, mas limitou-se a não dizer nada dessa vez. Ela também precisaria deixar isso de lado se quisesse se focar no que viria a seguir.

- Nós vamos pelo subterrâneo para evitar a névoa. Existe uma passagem próxima que nos deixará dentro de uma das mansões de Ultred.

Com o sinal de que a sirena estava preparada, as duas partiriam em busca do aventureiro.








Liberatores: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Cidade da Lua



Apesar de um comentário ingênuo e aparentemente sem muito propósito, a fala de sua companheira despertou a curiosidade de Michaela sobre a névoa. De fato, perca de memória realmente era uma possibilidade. Por mais que sua mente não lhe desse indícios de quaisquer lacunas ou incongruências que chamassem sua atenção, no futuro, talvez, houvesse a possibilidade de algo nesse sentido pudesse se desenvolver. O que seria das duas se esquecessem seus nomes e relacionamento? Talvez a opção de usar drogas para tentar desviar os efeitos da névoa não fosse uma ideia tão idiota? Não, realmente não tinha como algo assim dar certo.

- Talvez outro dia. - Responderia, aproximando-se mais da sereia e mordiscando uma parte do seu pescoço. Se fosse chamada a atenção, simplesmente diria que era um teste para se certificar de que realmente estavam acordadas. Há quem diga também que dor pode interromper ilusões, talvez esse fosse o momento que a navegadora tanto aguardou de exibir seu sadismo? - ... Príncipe não, mas princesa talvez? - Prosseguiu por fim com um tom de brincadeira, respondendo com um beijo e aproveitando para mordiscar de leve os lábios de Kamille - E sim, eu estou me referindo a você. Apenas você. - "Melhor prevenir antes que pense algo errado." Como alguém pertencente aquele sexo, Michaela sabia perfeitamente que mulheres geralmente tinham a tendência de assumir coisas sem sentido quando inseguras sobre esse tipo de tópico. - Mas é claro que amo. - Ela, ao menos, esperava no fundo que isso servisse de resposta para a última pergunta que, não importa quanto tempo passasse, não deixava de soar menos embaraçosa.

E assim as duas prosseguiram pelo resto do caminho florestal, com o mestre imaginando como poderia ser engraçado se tivesse respondido negativamente e deixado-a ali no meio da névoa. Este que vos fala, como sempre, provava ser deveras magnânimo.


[...]


Depois da apresentação formal de Michaela, quando confrontada com a pergunta envolvendo ilusões, Nadine apertou o passo na direção de sabia-se lá onde. Ciente dos efeitos imediatos que a névoa poderia causar em pessoas sem proteção, como era o caso das duas, era óbvio que precisavam buscar algum abrigo. Para o azar do casal, ela não possuía uma máscara reserva, então teriam que recorrer ao bom e velho método que existe desde a antiguidade, independentemente do lugar.

-  Escutem, eu sei que isso pode parecer abrupto, e realmente é, mas nós não temos muito tempo. O comando não previu a névoa quando as despachou para essa ilha e vocês não durarão muito tempo se continuarem respirando ela. - Começaria, já deixando claro o perigo que a névoa representava se é que ainda haviam dúvidas acerca do assunto -  ... Vamos ter que roubar máscaras para vocês. A névoa nos ajudará na furtividade, desde que nos distanciemos das bases da marinha e assaltemos civis, não teremos problemas. Nós não somos piratas, mas o povo já nos vê com mal olhos por causa da interferência do Governo Mundial e a situação exige agilidade. - Seu tom de voz era sério e visivelmente preocupado com o que seria do cérebro das duas se não agissem rapidamente - Enquanto vocês pegam suas máscaras, eu irei checar um lugar seguro para conversamos sobre a missão. - Precisavam de privacidade afinal. O que tinha explicado até agora não era tão comprometedor e algumas pessoas provavelmente deixariam passar em branco por não quererem se envolver em uma briga em potencial, mas os detalhes da missão não deveriam ser levados tão casualmente.

Uma vez que todas concordassem com aquela tarefa, Nadine desapareceria rapidamente na névoa, mas ainda seria possível procurá-la depois através do dispositivo revolucionário. Recusando desativar o seu haki por causa daquela específica missão, Michaela o usaria para detectar dois rapazes próximos. Eram adolescentes do sexo masculino de aparência nobre e trajavam máscaras parecidas com a que Nadine usava, pela forma como se portavam poderiam deduzir que se tratavam do tipo valentões arrogantes e idiotas que geralmente faziam bullying em colégios. Mais distante, se preferisse, dezenas de metros à direita haveria um casal de idosos que aparentavam ser de classe média e também usavam máscaras, caminhando em direção a suas casas após fazerem as compras. Ao norte seriam capazes de notar os mesmos olhos vermelhos de anteriormente, observando às duas de longe sem se importar com a névoa, sem máscara.

Estavam numa área que parecia próxima de algum parque local, com baixo movimento devido a névoa. Nadine provavelmente havia escolhido aquela localização por ser longe das bases da marinha, mas se chamassem muito a atenção e não resolvessem a situação logo isso provavelmente poderia acabar chamando a atenção deles em algum momento. Não haviam muitos estabelecimentos abertos por perto e apenas os postes das ruas proviam algum tipo de iluminação para o breu. Michaela poderia guiar Kamille e alertá-la de perigos na névoa com o haki da observação, mas como as duas agiriam e quais seriam seus alvos?






/Off



- Eu pretendia dar um sintoma para o [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] esse turno, mas por causa da ação que você fez, os efeitos virão no próximo. O portal é mais eficiente do que a máscara improvisada, mas já haviam se acumulado 6 turnos de exposição e ela ainda não foi efetivamente cortada. Mesmo que entre agora no esconderijo, o efeito se apresentará (mas não será desenvolvido até que retome o contato com a névoa).

- @Piratas são os únicos que ainda não sabem em qual ilha estão. Eu tenho a memória defeituosa aqui mas chequei por cima e não vi nenhuma fala ou algo que indicasse a localização de vocês, por isso e pela falta de visibilidade é impossível saber a direção da Segunda Lua. Só o Haji acabou de ver algo que indique Ithil'thol nesse turno, mas ainda não há algo concreto. Se houver algo de errado com essa parte, é só falar.

- @Piratas eu considerei 2 turnos pro dog achar e guiar 2 grupos diferentes. Nesse turno ele já fez contato em off com os tritões, no final do próximo ele aparecerá para o Haji junto com o resto da gangue.

- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] já estará na mansão no próximo turno. Terminei o post cedo para dar essa ultima chance de pedir algo e tirar dúvidas com a lunar.

- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] Como a Michaela é npc cabe a você dar a call pra ela se quiser que ela faça algo específico para ajudá-la.

- Prazo de 48hrs.

description[Ithil'thol] Nocturne of Truth and Illusions - Página 4 EmptyRe: [Ithil'thol] Nocturne of Truth and Illusions

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- Hmm...cheirinho gostoso. A coisa tá boa pro lado de lá. - Opinou com a mais espontânea boa vontade ao ver que os rapazes estavam fazendo uma comidinha das boas lá na outra dimensão. Até pensou em ir lá fazer uma visitinha rápida para aproveitar o churrasquinho na laje, mas tinha mais o que fazer.

Com relação ao pinguim, nem mesmo tentou conter sua escarnecedora e longa gargalhada pela situação da ave. Era simplesmente engraçado demais ver um bicho ridículo daqueles tentar voar. Muito mais do que só bater no animal dos outros ou coisa do tipo. Aquilo ali era o trabalho de uma vida. A catarse de toda a vida do pinguim reunida naquela queda, com a imagem dele desaparecendo devagarzinho, com todos seus sonhos e esperança. Um espetáculo tão bom que até tinha uma plateia para além do animador.

- Aí cara, eu nunca me canso dessas coisas. - Disse limpando uma lagrima do rosto de tanto dar risada. Nesse ponto, pouco importava se o animal havia sobrevidido ou não. Se tivesse, dificilmente teria coragem de desafiar Shinguji de novo e passaria o resto da vida com medo de encontrá-lo, o que era melhor para o moleque.

Ao chegar no esconderijo, parou um pouco para pensar antes de tomar uma atitude. Considerando que aquelas ruínas eram localizadas na Vila do Som do Orochimaru, e o ninja da cobrinha não era lá o melhor arquiteto do mundo, era bem provável que Koichi conseguisse jogar o lugar todo no chão de uma vez só. Mas isso por si só não servia. Tinha que achar um jeito mais simples de evitar o genjutsu do que simplesmente ficar usando reality warp em troca de stamina. Fora outras duas possibilidades que surgiram em sua cabeça ao juntar um ponto ao outro.

- Momochi, tive uma ideia. Se esse genjutsu é do três caudas, não seria melhor simplesmente obrigar seu patrão Orochimaru a selar ele em mim ? Isso resolveria tudo ! - Como se aquilo fosse uma ideia genial, ele proclamava aos quatro ventos suas intenções antes de entrar ali dentro. - O negócio vai ser o seguinte. Primeiro eu vou convencer seu mestre a trabalhar por mim. Assim que ele resolver o problema do genjutsu, e depois selar a bijuu em mim, eu deixo você fazer o que quiser com ele, tá ok ? Até lá eu tento ganhar eles no papo, e se não funcionar, matamos todos que interferirem. - Repassou um resumão do plano para o espadachim, não esperando que ele concordasse porque né, Koichi tava cagando para a opinião dos outros.

Assim, decidido a tentar primeiro passar a lábia em quem pudesse, Shinguji jogaria a arma do pinguim fora, sujar-se-ia com um pouco de barro e sangue da outra dimensão e seguiria caminho adentro, atrás de Momochi. Dessa vez, tomaria o papel da criança medrosa que havia testemunhado um massacre, mas que não havia sido morto porque tinha algo a oferecer. A desculpa da vez seria a clássica sou "filho de tenryuubito" embora só fosse elaborar algo de fato quando encontrasse o primeiro guarda. Suas roupas chiques ajudavam nisso, mas preferiu guardar o chapéu na outra dimensão para evitar demais atritos. Fora que também se limitaria a usar a máscara improvisada que havia feito antes, já que usar uma akuma no mi seria loucura.

Se fosse alvejado por algum ataque inesperado, lidaria com ele usando Kurouzu, redirecionando-o até o inimigo e tomando cuidado para não derrubar as ruínas na própria cabeça sem querer. Esperava que ele não fossem burros ao ponto de atacar alguém logo de cara, mas considerando que haviam recrutado um imbecil como Momochi, vai saber né.

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A medida que avançava a privacidade dos lunares adentro, Musa não podia evitar sentir um sentimento de casa. A proximidade e dependência das criaturas a fazia lembrar-se de sua infância, ao lado Heira. A medida que fora crescendo e se afastando da inocência, facetas pouco atraentes iam se mostrando em sua família, fazendo-a perceber que nada era tão literal quanto o que enxergava na superfície.

"Uma ilusão necessária quando se quer educar filhos em um sistema corrupto e genocida." A frase cuspida pelo seu pai cruzou a sua mente. Em contrapondo, era abraçada pela residência da estranha. A energia reconfortante superava os detalhes físicos do lugar, exceto pelas fotos.

Você representa uma figura essencial para eles. — Comentou com a híbrida, sem necessariamente esperar resposta, logo após o relato da inviabilidade de rastreio dos tubos. Aquele momento de aconchego desviara brevemente a atenção da sereia do ponto central: o resgate. Se a princesa nutrisse um sentimento de dependência tal qual as figuras diminutas nutriam, a esse ponto, distante de seu porto seguro e sabendo que papel desempenharia, estaria em desespero.

Flashes de sua deserção de Shell e do afastamento definitivo de seu seio familiar vieram à tona, coisas que logo Musa afugentou para não se expor ainda mais à desconhecida. O contexto era sensível demais para ambas. Ater-se a essas detalhes poderia comprometer a excelência de suas funções.

Salva pelo gongo, uma miscelânea de cheiros penetraram nas suas narinas, ao passo que inúmeros pratos rodearam-na. Atraído pelo estímulo olfativo, Lio apareceu ao redor do pescoço da sereia, revelando-se em sua beleza rubra. Olhou de relance para a "mãe", comentando. — Acredito que ele não é uma novidade para você, mas este é Lio, um parceiro de viagem. — Logo ocupou a boca com garfadas generosas de comida que limitavam-se a arroz e carnes vermelhas. Não tocaria em nada de origem marítima. Em tom de repreenda, em meio à comilança, falou para o camaleão. — E você nem come nada disso. Insetos não faltarão para você.

Como se entendesse sua mentora, Lio sumiu na pele pálida da mulher, tão discretamente como aparecera.

Não se demorou na mesa pois sabia que o tempo era curto. Vestindo a máscara reparada, sinalizaria para a estranha que estava pronta, recebendo em seguida uma foto da princesa. Analisou atentamente a foto entregue. "Mais um híbrido nas mãos de quem não os entende." Pensou.

Entendido. — Respondeu à descrição.

Agora mais distantes da família, Musa retomaria as dúvidas. Não queria acreditar que poderia haver algum infiltrado dentro da casa da figura, mas contextos delicados pediam estratégias extremas.

Quem acompanhava a princesa quando fora raptada? Houveram mais detalhes relevantes relatados sobre a sua captura? Apenas pergunto isto pois percebo que em todos lugares há muitos olhos e ouvidos. Em uma situação onde abaixo do problema há muitas relações de poder, o perigo vem de menos se espera.

Por fim seguiu a instrução de direção, tomando o rumo para a ação. Percebendo uma leve hesitação por parte da híbrida, sentiu um ímpeto inexplicável e incomum de tomar a dianteira.

Prazer, me chamo Musa.

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SAFE.

A pergunta que o Delinquente havia feito, de alguma forma, havia sido entendida de uma forma completamente diferente, salvando a minha pele de mais uma bela bronca. Com o coração desacelerando e voltando ao normal após aquele momento de tensão, uma coisa havia ficado clara naquele momento: O Delinquente realmente sabia como me deixar puto; e o pior era que isso apenas favorecia ele, já que quanto mais irritado eu ficava, mais fácil ele conseguia tomar controle sobre mim.

Quase como se fosse uma segunda pessoa.

Respirando aliviado apontei pra espada de madeira que Eva havia me dado como resposta para Lou, perguntando se ela queria brincar com aquilo. A inexpressão que aquela cadela às vezes conseguia realizar para mim era quase a de uma real humana, chegava até mesmo a me assustar. Ela provavelmente ainda estava extremamente incomodada com a pergunta que o Delinquente havia feito, como se fosse culpa minha ele escapar e aprontar. Bem, de certa forma era, mas não era fácil ser forte. O poder do Delinquente dentro de mim simplesmente não parava de evoluir ao ponto de que ele ganhou consciência própria.「E EM BREVE TEREI MEU CORPO PRÓPRIO, KOBAYASHI! GYAHEHEHE!!」 – Era o que ele sempre dizia, mesmo que eu não tivesse intenções nenhuma de deixá-lo me controlar por completo.

- Sephie é a tampinha da enfermaria? Pode ficar tranquila, ela tá no nível de conseguir pôr medo em mim com apenas uma olhada, com certeza tá mais do que viva. - A respondi relembrando da ação de uns momentos atrás, sentindo rapidamente um novo calafrio.

Todas as mulheres da Spades precisavam mesmo ser tão agressivas assim?

Com esse questionamento em mente, enfim meu pedido chegou. Era tanta carne preparada de tantas formas diferentes que um sorriso surgiu de imediato no meu rosto. Com a direita peguei o potinho de arroz, enquanto com a esquerda o ataque as carnes se iniciou. Cada mordida eu me sentia num episódio do anime de culinária que o Delinquente às vezes me fazia assistir. 「HÃÃÃ?! VOCÊ QUE TAVA ASSISTINDO, MALDITO! EU NEM GOSTO DE ANIME DE CULINÁRIA! SÓ ESTAVA ASSISTINDO PELO PLOT!」 – Eu nunca entendi o motivo das pessoas naquele anime perderem a roupa conforme comiam algo pronto pelo personagem principal, mas eu quase conseguia sentir isso nesse momento. Talvez fosse a saudades de comer carne falando mais alto que tenha dado o toque final do tempero, ou talvez o casal de chefes simplesmente eram os melhores do mundo.

Lou, do meu lado, parecia extremamente feliz com a porção dela também. A cada mastigada, seu rabo balançava como se fosse uma hélice de helicóptero. Se eu não estivesse ocupado demais mastigando, avisaria ela que daquele jeito ela já já iria levantar voo e sair dali pilotando.

Nesse meio tempo, uma nova presença se aproximou da gente. Não tirei os olhos da minha comida então não prestei atenção na sua aparência, apenas na conversa que ele iniciou com a Eva. A princípio os instintos do Delinquente de preciso ajudar a garota indefesa brotaram imediatamente em mim ao ponto de que eu iria parar de comer para intervir ali – 「COMO ASSIM MEUS INSTINTOS, MALDITO?! ISSO É TUDO VOCÊ! VOCÊ QUE TEM ESSA MANIA DE ENFIAR O NARIZ EM QUALQUER ASSUNTO QUE ENVOLVA GAROTA, VIRGEM DESGRAÇADO!」 – mas, conforme a conversa avançou, ficou claro que não era bem isso. Sendo assim, simplesmente voltei a focar no que mais importava ali, a carne.

Aparentemente ele e Leonard que havia sumido haviam encontrado uma “missão ideal” para realizarmos, o que eu realmente não me importava muito. Atualmente o meu interesse estava em sair e comer aquela névoa para demonstrar a todos minha resistência absoluta, então desde que não fosse nada dentro das instalações eu não teria do que reclamar.

- Resumida. Muita informação só vai atrasar a minha digestão. - O responderia finalmente observando a sua aparência. Naquele ponto nada mais me surpreenderia, nem mesmo o mestre splinter em pessoa - digo, em rato. - TIO, MAIS UMA PORÇÃO DE ARROZ QUENTINHO NO CAPRICHO! - Bradaria no fim erguendo o meu potinho vazio. Ainda havia mais carne pra comer e não existia melhor acompanhamento do que um arrozinho quentinho.

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Vendo uma aparente satisfação com minhas falas, aceno com a cabeça para baixo em afirmação, com um semblante totalmente neutro. Após minha senpai falar da possibilidade da conexão da névoa com as pragas, continuo acenando positivamente. Eram afirmações integralmente coerentes com os objetivos da organização e as ordens delegadas a mim, logo, não há motivos para questionamentos.

Juntas, saímos do elevador. Vejo minha senpai colocando sua máscara antes de sair, e acompanho o gesto. Apesar da inexistência de ordens expressas, posso extraí-las das ordens maiores, uma vez que ao ser afetada pela névoa, dificilmente conseguirei concluir a missão, e me foi dada a permissão de fazer tudo que julgar necessário para lograr êxito na operação. Numa espécie de analogia in bonam partem, visto minha máscara, acompanhando-a em passos igualmente largos.

Consegui ver de longe diversas luzes. São luzes inofensivas? Ou sofisticados dispositivos de segurança? Desconheço se essa pergunta se passaria na mente de um civil, mas é parte inerente ao meu Modus Operandi. Cerro meu punho, amenizando a velocidade dos meus batimentos cardíacos e expirando uma quantidade irregular de ar. Aquela máscara sufocante prejudicava minha cognição, e minhas roupas dificultavam de forma igual. De certa forma, sinto saudades das minhas versáteis roupas orientais.

Aquela tempestade de pensamentos inócuos, no entanto, logo foi interrompida pela fala da minha superior. Sem hesitar, entrego minha espada, olhando para seu delicado adorno em formato de borboleta. Minha imaginação nesse instante flui, e era quase como se eu conseguisse a ver sair da espada e voar livre pelos céus. Trajando estas vestes sufocantes e nesse ambiente inóspito, apenas queria, mesmo que por alguns instantes, ser como ela. Ainda mais opressora que minhas vestes, ou até mesmo que este ambiente caótico, a sensação de Fernweh me consome da cabeça aos pés.

Aquela série de pensamentos conflituosos numa fração de segundos entre o ato de entregar minha espada e a fala da Nathaly é novamente interrompida por algo externo: seu toque na superfície de Kairoseki da minha arma. Numa espécie de lampejo intelectual, um esclarecimento, percebo a natureza dos cubos imateriais que captaram minha atenção. Todavia, ter-se-ia pouco tempo para refletir sobre aquilo, com as falas do guarda que sugam, quase que inteiramente, minha atenção.

Entrego minha identidade sem hesitar. Era quase como se o nome Alyssa fosse acoplado ao meu ser, numa identificação quase que instantânea, por motivos além da minha compreensão. No entanto, sem tempo para pensar sobre isso, prossigo:

— Alyssa. Especialista no extermínio de pragas.

Falo sem hesitar, como se fosse alguma espécie de verdade absoluta. Aquele comportamento, por razões que desconheço, contrastou totalmente com minha conduta típica. Ademais, como se praxe, por baixo da máscara, começo a pincelar os arredores com meus olhos, buscando tudo que auxilie na operação, sobretudo acerca da segurança.



Última edição por Yanhua em 10/4/2023, 10:20, editado 1 vez(es)

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Meu pedido foi na intenção de entender melhor os filhos da lua, como eles agiam, onde vivem, do que se alimentam e o cozinheiro pareceu entender isso muito bem, era quase possível ver sua alma transcendendo para um plano espiritual, tamanho era o seu empenho com esse prato.

- Se todos na spades levassem seu trabalho a sério como esse homem, já estaríamos no controle do governo mundial - Falei enquanto observava a dedicação do cozinheiro. Uma das melhores formas de se conhecer uma cultura é através de sua alimentação, isso posto, espero que o alimento me ajude em alguma coisa aqui.

Posso até ter entendido errado, mas se não me engano, Kobayashi queria ver o órgão sexual da mulher, quer dizer, se ela for mulher mesmo. Acho que todo esse assunto de injeções aplicadas em locais íntimos deixou ele meio biruta das ideias, por sorte, Eva não entendeu direito a pergunta e apenas mostrou um pau para o caçador de recompensas, menos mal.

- Ela parecia bem cansada e sem paciência quando a vimos - Falei sobre o estado em que a sensei se encontrava, melhor não entrar em detalhe sobre a picada da injeção que Koba levou.

Meu prato era o mais diferente de todos ali na mesa, o gosto dos filhos da lua é bem exótico e variado. Só de olhar isso aqui da pra notar que a cultura desse povo está fortemente ligada a segunda lua da ilha, não sei nada sobre ela, mas com certeza deve ter um grande mistério ao seu redor, não vou negar, acabei ficando empolgado com a possibilidade de ir até esse lugar em busca de novas aventuras.

Não tardou muito para um mink rato chegar até nossa mesa, ele se apresentou e era um dos figurões da spades na ilha, o atual comandante dessa base - Esse ai deve ter historia para contar - Pensei em quanto notava o dialogo dele com Eva.

- Isso mesmo, me chamo Kamui e acabei vindo nessa missão junto do ás de ouro e do representante de classe, Kobayashi. Prazer em te conhecer - Falei para o homem rato, sendo um mink, me sinto mais a vontade de ficar em sua presença, sempre é estranho me ver em ambientes só com humanos ao meu redor, é bom ter um furry para conversar de vez em quando.

- Eu prefiro a explicação mais detalhada por favor... Leo vai em outra missão?... Se possível, eu gostaria de saber sobre a relação dos nativos da ilha com a segunda lua, de onde ela veio? - Aproveitando a deixa do meu almoço, nada melhor que perguntar a um comandante sobre essa tal segunda lua.
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