Fórum NS - Discussões sobre animes, mangás e mais!
Bem vindo ao maior fórum de animes de Brasil & Portugal!
Não deixe de registrar sua conta para poder participar do fórum! Leia nossa POLÍTICA DE PRIVACIDADE e configure suas opções de privacidade: https://www.forumnsanimes.com/privacy (ao acessar nosso site, você aceita nossas políticas de privacidade)
Poste 5 mensagens no fórum para ativar o seu primeiro rank e começar sua jornada! Aqui, você irá fazer amigos, participar de eventos, subir de rank e até ganhar prêmios!
Fórum NS - Discussões sobre animes, mangás e mais!
Bem vindo ao maior fórum de animes de Brasil & Portugal!
Não deixe de registrar sua conta para poder participar do fórum! Leia nossa POLÍTICA DE PRIVACIDADE e configure suas opções de privacidade: https://www.forumnsanimes.com/privacy (ao acessar nosso site, você aceita nossas políticas de privacidade)
Poste 5 mensagens no fórum para ativar o seu primeiro rank e começar sua jornada! Aqui, você irá fazer amigos, participar de eventos, subir de rank e até ganhar prêmios!
Fórum NS - Discussões sobre animes, mangás e mais!
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
De forma rápida e um tanto desconfortável, Kuroi se aproxima do Uchiha, segurando-se firme em seu corpo revestido por sua armadura vermelha brilhante e reluzente. Yashin segurando seu companheiro também, com um impulso rápido, aciona seu Katon: Kasai Shunshin, criando poderosas chamas em seus pés que impulsionam a dupla dinâmica para uma distância relativa de forma lateral tentando fugir das borboletas, enquanto Kyosuke Kuroi iria realizar alguns selos de mãos, disparando um fluido pegajoso nas borboletas que se aproximavam do grupo, fazendo elas caírem no chão de forma impotente com suas asas grudentas e imóveis.
Durante esse conjunto de movimentos, Uchiha Yashin já havia planejado seu próximo ataque. Canalizando chakra em seus pulmões, ele lançou um gigantesco projétil de chamas contra as borboletas e sua rainha. O calor infernal e abrasador varreu o campo de batalha, consumindo todos os insetos em seu caminho. A rainha das borboletas soltou um grito aterrorizante, um som agudo que reverberou pelo campo, amplificando a intensidade do momento.
No mesmo instante, o grupo ouviu um estrondo explosivo vindo de uma direção diferente. Ann e Bee, sem dúvida, haviam desferido técnicas devastadoras contra seus próprios inimigos, suas ações ecoando através do caos. As explosões e os gritos das rainhas criaram uma sinfonia de destruição, cada elemento contribuindo para a intensidade esmagadora da batalha.
O movimento de desvio e ofensivo parece ser o suficiente para desviar e matar uma grande maior parte das borboletas, no entanto, algumas dessas criaturas conseguem se aproximar tanto de Yashin quanto Kuroi, que sentiam as criaturas se alojando em suas peles e absorvendo seus sangue de forma intrusiva. Nem mesmo a armadura de Yashin iria conseguir cobrir todas partes de seu corpo naquele momento, perante aquela investida, no entanto, o dano parecia irrelevante, o problema em si, era a criatura alojada em sua carne bebendo sangue.
Efeito parasita: Rainha Calyptra Enquanto existir borboletas alojadas em suas carnes, elas arrancaram -10 de hp por turno. A vitalidade das borboletas vai aumentar na mesma quantidade do sangue roubado.
Vendo que o monstro borboleta ainda resistia às chamas criadas por Yashin, Kyosuke Kuroi tomou uma decisão audaciosa. Usando o corpo de seu companheiro como impulso, ele ganhou uma velocidade incrível, rapidamente gerando uma esfera de chakra em sua mão. A rotação da esfera era tão intensa que um som estridente e perturbador cortou o ar, reverberando pelo campo de batalha.
Com uma precisão letal, Kuroi avançou, impulsionando seu braço com força no meio do corpo repugnante da criatura. A borboleta sentiu seus órgãos se revirarem e explodirem internamente, soltando um grito agudo de agonia. Com um olhar determinado e feroz, Kuroi canalizou seu chakra, desencadeando uma força devastadora que lançou a imensa borboleta pelos ares. Ela foi repelida a dezenas de metros, colidindo violentamente contra uma parede de árvores, destruindo-as em uma explosão de madeira e folhas. A borboleta, agora completamente atordoada, caiu no chão, impotente e fora de combate. O campo de batalha estava em silêncio por um momento, o ar pesado com o cheiro de destruição e o eco dos gritos e explosões.
Nesse momento, Ann e Bee se aproximaram de Yashin e Kuroi, eles também pareciam ter algumas borboletas que ficarão inevitavelmente alojadas em seus corpos, porém, eles não poderiam dar o luxo de tratar aqueles ferimentos com Ann naquele momento já que o som causada pelos ataques do quarteto parece chamar atenção de mais criaturas aterrorizantes que existiam dentro do País dos Redemoinhos, o que fez eles obrigatoriamente terem que recuar em direção da praia, onde seu barco estava.
O grupo liderado pela Kaguya Rena avançava em silêncio pela densa neblina do País do Redemoinho, envolto nos mantos negros da Akatsuki que ocultavam suas identidades, junto com alguns chapéis de palha que escondiam seus rosto. O tecido pesado e sinistro era uma constante lembrança de sua afiliação a uma organização temida e respeitada, mas também um fardo, pois trazia a responsabilidade de seus atos. Enquanto cruzavam terrenos encharcados e vilarejos costeiros decadentes, a umidade espessa misturava-se à tensão no ar. Por algum motivo, o grupo não acharia nenhuma pessoa perto do litoral do País do Redemoinhos, apesar de existir vestigios de alguns barcos na região.
Kaguya Rena havia despachado dois Kage Bunshins para investigar as áreas adjacentes, no entanto, sua estratégia não parece dar frutos e para completar Rena não conseguiria encontrar NENHUM civil pela proximidade, alegando que talvez fosse dificil achar presença humana naquela grande ilha que representava o País dos Redemoinhos. Com o destino agora traçado, o trio apertou o passo, suas silhuetas ocultas na escuridão, atravessando paisagens desoladas e hostis em direção ao local onde Raiga havia sido avistado conforme as informações relatadas por Nemu, mas... Nenhuma informação útil seria dada.
Caminhando casualmente pela região litorânea, Rena notou algumas pegadas femininas na areia. Ao lançar um olhar furtivo na direção delas, avistou uma mulher posicionada sobre uma árvore, que de algum modo parecia cega. À primeira vista, sua beleza era tão hipnotizante que fazia o ar ao redor vibrar, mas ao mesmo tempo aterrorizante; uma alta mulher albina, com longos cabelos brancos e olhos acizentados, vestindo um kimono negro que parecia absorver a luz ao seu redor. Por um breve momento, o trio da Akatsuki ficou intimidado, até perceber que os olhos daquela mulher eram completamente vazios e desprovidos da capacidade de detectar luz.
Ela parecia estar refletindo sobre a vida, e não parecia que iria ficar muito tempo naquela região, já que começaria a andar casualmente para fora daquela praia, sem compromisso e sem pressa nenhuma.
Porém, num instante, menos de um segundo, a mulher cega surgiu nas costas do trio da Akatsuki, como uma sombra deslizando silenciosamente. Ela estendeu a palma da mão em direção às suas cabeças, e Rena sentiu uma onda de estranha energia; uma intuição profunda a advertia de que lutar contra ela naquele momento seria um erro fatal. Seu corpo parecia ficar coberto por um chakra altamente denso e destrutivo, da cor branca, é quase como se qualquer coisa que tocasse em seu corpo naquele momento, fosse simplesmente ser desintegrado.
— Quem são vocês? Identifiquem-se... O que buscam no País dos Redemoinhos? De que facção, vocês são? — Sua voz era ameaçadora, como se uma resposta errada, fosse o suficiente para ela atacar aquele grupo. — Uma palavra errada, e considerem-se mortos!
Por fim, o que o trio da Akatsuki iria fazer? Iriam perguntar para aquela mulher, se tinham informações sobre Muteki ou Raiga? Ou iriam partir para um combate contra aquela estranha mulher? Um detalhe que parecia interessante de usar contra ela, é o fato, de ela ser cega, então muito provavelmente não saberia que eles eram membros da Akatsuki, que naturalmente eram vistos como pessoas perigosas e poderosas no mundo shinobi. Porém... Isso também significava que ela era imune aos genjutsus visuais de Uchiha Hanya, o que dificultava qualquer uso ilusório do sharingan contra ela. O que fariam?
- Já imaginou você trabalhando para o velho gordo que manda na Nemu ? Ia ser hilário. - Rena comentou com Hanya, achando a cena do Ninja Shop bastante engraçada. Contudo, agora que Nemu tinha algum dinheiro, era improvável que não tentasse melhorar sua própria situação.
Seguindo com sua jornada, o trio rumou em direção ao País dos Redemoinhos, agora com um novo e imponente uniforme. Trajar aquelas roupas não era exatamente algo que a Kaguya gostava, já que da sua própria forma ainda era leal ao Som, mas elas poderiam passar algum ar de imponência e ela sabia disso.
- Ouvi dizer que esse lugar foi palco de alguns conflitos que resultaram quase na total extinção dos Uzumakis...se excluir aquele pirralho loiro que enfrentamos anos atrás. Não me surpreenderia se um fantasma viesse puxar nosso pé num local tão amaldiçoado. - E logo após Rena pronunciar as tais palavras uma figura estranha e bela se impôs diante do grupo. Aquela mulher era tão estranha que mal parecia ser humana, mas a confirmação de que se tratava de uma pessoa logo chegou com o toque na cabeça da Kaguya. A ninja pouco tempo teve para pensar, e ao invés de matutar alguma mentira maluca, decidiu contar uma meia verdade.
- Sou Kaguya Rena, e nós três servimos Amegakure. Estamos em busca de um criminoso fixado em enterros, chamado Raiga Kurosuki. Dizem por aí que ele está caçando um homem chamado Muteki e eles estão no território marítimo entre esse País, o do Mar e do Ferro. - Ocultou parte da verdade e foi sincera sobre a outra. Queria saber que tipo de reação a mulher teria diante da caça de Raiga. Dificilmente seria uma positiva, já que ele não tinha muitos amigos. E se fosse negativa, ainda poderia dar um jeito de traçar um ponto em comum entre os Akatsuki e ela. - Enfim, é isso. Não queremos atentar contra o País do Redemoinho nem nada assim, apenas estamos de passagem e em busca de pistas para iniciar de fato nossa busca. - Amenizou novamente a situação, torcendo por uma reação positiva.
Myato iria se deparar com aquela mulher cega, com uma certa desconfiança. - Quem é você? - respondeu assim que Rena respondeu a pergunta da garota. Esperava e torcia para que a mulher não os atacasse, não queria problemas ali. Mas de qualquer forma, caso a mulher atacasse, estaria pronto para utilizar Mokuton: Shichūrō no Jutsu, protegendo todo o seu time do ataque.
No meu mundo das ideias, esse país insular nem deveria sequer ser ninja. Seria uma utopia pacífica de Uzumakis que se ocupavam apenas do Ninshuu - arte da paz criada pelo próprio Hagoromo - que só sabiam fazer selamentos de alto nível, e que por isso foram invadidos, saqueados e exterminados pelas demais vilas e países Shinobi.
Seria excelente diferencial deles pro enredo e também tapa-furo de roteiro pra explicar como sumiram quase sem deixar rastros.
- Já imaginou você trabalhando para o velho gordo que manda na Nemu? Ia ser hilário.
— Você gosta de toda essa bagunça, né? Mas a conversa que tive com esse ogro não foi um total desperdício. Pude perceber que aquele lugar só está mal administrado. Assim que eu voltar da nossa missão, vou propor a ele um acordo. Deixar a administração por conta de Nemu, enquanto ele fica fora da loja. Aquele porco imundo só está espantando a clientela com seus hábitos animalescos. Dessa forma, Nemu vai se sentir menos pressionada e terá tempo para estudar quando não houver nada para fazer no serviço. Meu objetivo principal é que ela se desenvolva e comece a aprender alquimia e jutsu de cura. Creio que, se o porco imundo estiver ganhando dinheiro, ele não vai incomodar ninguém. Mas existe a possibilidade de Nemu fugir, agora que liberei a mente dela, ainda mais com o dinheiro que dei para ela. Mas não estou muito preocupada com isso no momento, precisamos acabar com essa sua missão logo, pois preciso ajudar meu mestre com os planos dele.
Chegando ao País do Redemoinho, Hanya ativaria seu Sharingan de imediato com o objetivo de detectar alguma anomalia de chakra no ambiente. Caso encontrasse algo, a Uchiha rapidamente comunicaria para Rena. O mesmo seria feito em relação à figura estranha da mulher que emanava um chakra único. Hanya usaria seus poderes visuais para entender como aquele chakra intenso funcionava. Percebendo algo diferente, falaria com sua líder. Posicionando-se entre Myato e Rena, Hanya, com seu olhar apático diante da situação, rapidamente invocaria alguns corvos, detalhando a aparência do homem a ser procurado, e instruiria para que um de seus pássaros mais espertos, Yago, ficasse na cola do homem, enquanto os demais trouxessem as informações atualizadas, evitando que ele fosse perdido de vista.
A todo momento, Hanya manteria seus sentidos aguçados. Caso a mulher tentasse fazer algum ataque, Hanya tentaria prever seus movimentos usando o Sharingan, e, com o auxílio de seu jutsu Chakura Hōshutsu, se defenderia de algum possível golpe com mais intensidade. Para contra-ataques, Hanya usaria uma combinação de jutsus, unindo as duas técnicas "Uchiha Style: Karasu Buki" e "Hebi no Torikago". Hanya obteria um excelente combo de contenção, já que seu genjutsu era via tato, restringindo os movimentos da mulher e causando profunda agonia e desespero na oponente.
A albina cega, de maneira intimidante, manteve-se inabalável enquanto o trio trocava palavras em busca de uma resposta pacífica. Rena, Myato e Hanya mantinham-se em alerta, mas a presença daquela mulher continuava a desconcertá-los. Ela parecia captar, de forma misteriosa, as intenções de cada um, e seus olhos vazios transmitiam a impressão de uma profunda compreensão.
— Oh, então vocês estão atrás do homem conhecido como Kurosuki Raiga. Esse cara é para ser um nukenin perigoso e procurado, não é mesmo? — Ela moveu sua cabeça para o lado enquanto ouvia atentamente Rena, seus olhos cegos pareciam transmitir alguma inocência. — Certo, acho que posso oferecer alguma informação, vocês não parecem más pessoas. Hm? Espera... Esse tipo de chakra... é de uma Uchiha... E um desses olhos parece...
Quando Hanya ativou o Sharingan e tentou analisar o chakra da mulher, percebeu algo inexplicável. Seu chakra parecia extremamente alto, além de ter características que lembravam o chakra do Raikage, que ela tinha visto pessoalmente a três anos atrás, talvez fossem parentes? A ativação do sharingan, parece avisar a capacidade sensitiva daquela estranha cega.
A mulher inclinou a cabeça ao sentir o chakra de Hanya, como se refletisse sobre algo distante. De repente, seus movimentos, antes calmos, tornaram-se uma sucessão de gestos imperceptíveis. Ela surgiu como um borrão na frente de Hanya, e com um movimento bruto e preciso, parece mover suas mãos em direção do olho esquerdo de Hanya. A Uchiha imediatamente tomaria um susto ao sentir uma pressão sobre seu olho, e nesse momento, tanto Myato e Kaguya Rena iriam ter que agir, já que aquela cega estranha parecia estar querendo capturar os olhos de Hanya.
O primeiro a se movimentar foi Myato, com um selo de mão, criou uma ramificações vindo diretamente do solo, formando uma jaula em volta da mulher. Porém, a madeira ao entrar em contato com seu corpo, simplesmente parece se desintegrar ao contato. Hanya tentaria posicionar suas mãos em direção das shurikens de suas bolsas de armas, porém, a mulher cega iria imobilizar ela rapidamente com uma espécie de genjutsu incapacitante que Hanya notaria imediatamente, aquela albina esquisita parecia tão boa quanto Uchiha Itachi naquela área.
— Fique quietinha um pouco, Uchiha-san. Só quero tentar uma coisa...
Os dedos da mulher albina tocaram a face de Hanya, movendo-se com uma suavidade fazendo cocegas no rosto da jovem. Hanya sentiu uma onda de calor invadir seus olhos, um calor que se espalhava e se transformava em uma sensação de clareza. Num segundo, a Uchiha percebeu algo incrível: sua visão do olho esquerdo, que era inexistente, agora estava mais nítida e coerente, como se seus olhos tivessem sido curados de qualquer imperfeição. O toque da mulher havia liberado Hanya de uma deformação que tinha ocorrido a muito tempo atrás.
Por fim, a mulher iria esboçar um sorriso carinho para Hanya, um sorriso quase materno.
— Senti uma espécie de deformação no seu corpo, então só arrumei. Espero que esteja melhor para você... Prazer, meu nome é Yoikami, apesar de também sou conhecida como Kyosuke Shizuka, é complicado explicar... Sobre Raiga, não faz muito tempo, porém... Ouvi dizer que ele está caçando um tal de Muteki, um homem que anda causando problemas para meu vilarejo. Eu estava caçando esse tal Muteki... Porém, mesmo que eu seja boa com minha capacidade sensorial, não consigo seguir pistas... Já estou cansada de procurar, por isso, vou voltar para meu vilarejo... Se querem encontrar Raiga ou Muteki, eles parecem gostar bastante de atacar pessoas vulneráveis, como idosos, crianças, mulheres civis, entre outros... Um deles inclusive tem fama de escravizar as pessoas, gente da pior espécie. Se vocês ficarem andando aleatoriamente pela praia, e tentarem simular que são alvos fáceis, provavelmente uma hora ou outra, algum de seus suditos, devem tentar emergir nessa área. Bom... Estou um pouco cansada, então... Vou tirar um cochilo, até mais gente.
A mulher iria fazer um breve sinal de respeito, e por fim, decide se mover casualmente pela floresta se despedindo deles. Hanya não teria dúvidas, aquela mulher, na verdade era Kyosuke Shizuka, uma mulher que era procurada no Bingo Book, e que Orochimaru, uma vez havia citado que ela poderia curar seu problema ocular. Foi um acaso do destino, ela ter entrado em conflito com eles naquela região, porém... O que ela estava fazendo ali? Deveriam segui-la?
Perto daquela região, Hanya que tinha a incrivel capacidade de se comunicar com animais, viu um corvo estranho filosofando sobre como ele esperava que o País do Redemoinhos deveria ser na sua visão ideal, porém... Notavelmente aquelas palavras do corvo, não pareciam importante para sua missão de caçada. Por fim, o que o trio iria fazer naquela região? Iriam seguir a mulher cega, ou apenas iriam continuar sua caça? Conforme as palavras da albina cega, visivelmente tanto Raiga quanto Muteki, tinham tendências a atacar apenas indíviduos vulneráveis. Será que se eles atuassem, conseguiriam atrair eles para essa região?
Hanya podia sentir seu rosto mais leve, a sensação de pressão no lado esquerdo do crânio finalmente havia passado. Para testar se sua visão estava realmente normal, ela abriu e fechou um dos olhos, alternando entre um e outro. — Nossa, eu realmente fui curada do meu problema em alguns segundos. Nem aquele vampiro depravado do Orochimaru conseguiria me curar numa sala de cirurgia.Essa mulher misteriosa... só pode ser...você é Kyosuke Shizuka, não é? Venho procurando por você há anos, em busca de uma cura para este olho. Que ironia do destino encontrá-la aqui! No entanto, você parece muito diferente das fotos do livro Bingo. O que aconteceu com você? E por que está sem seus olhos? Demonstrando gratidão e curiosidade, Hanya, com sua perspicácia, mostrava-se mais curiosa que o normal. Agora, determinada a mudar o destino de Itachi, ela seguiria para novas áreas, em busca de uma cura.
O rastro de Raiga se tornava mais evidente a cada minuto. Com as informações que Shizuka havia fornecido, era só uma questão de tempo até que pudessem atrair o homem para uma emboscada. No entanto, a aparição daquela mulher inesperada mudou um pouco o rumo das coisas. Hanya sabia que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar e que, provavelmente, nunca mais veria aquela ninja tão habilidosa na arte do ninjutsu de cura. Sem hesitar, Hanya decidiu seguir a mulher, determinada a aprender o máximo possível sobre ninjutsus médicos e encontrar uma cura ou tratamento para Itachi. — Shizuka! Espere um pouco! Tenho uma dívida com você. Depois de ter me ajudado, não posso simplesmente deixá-la partir dessa forma. Permita-me ajudar de alguma maneira. Você parece tão solitária nesta vila, e algo estranho aconteceu com você. Como posso ser útil?
Hanya concluiu que Raiga poderia esperar, mas ela não deixaria seu time desamparado. Os corvos ainda sobrevoavam os arredores, em busca de informações sobre Raiga, e Hanya entregou as pílulas de seu inventário para Myato, já que ele e o time iriam entrar em combate primeiro. — Myato, sua besta, pegue isto. São pílulas ninjas e medicamentos de primeiros socorros, vão ser úteis. Não posso deixar que essa mulher desapareça do meu alcance, pois ela possui muitos conhecimentos que serão valiosos para mim no futuro. Aceite isso com carinho e vê se não morre logo de cara. Com o recado dado, Hanya começou a perseguir a mulher de aura branca.
"Bons é que não somos." - Respondeu à mulher mentalmente, satisfeita com ela ter caído no seu papinho. Momentos depois ela alvejou os olhos de Hanya, e Rena nada conseguiu fazer. Não que fosse protestar também : era melhor perder o olho de uma companheira do que a vida do time inteiro. Por fim, apesar das suspeitas, ela não tinha más intenções.
- Já ouvimos falar de você, e devo avisar que também devem ter pessoas te caçando. Não que vá ser problemas, com todos esses poderes fantásticos. - Sentiu-se na obrigação de alertar Yoikami como agradecimento por seu serviço. Depois Hanya se manifestou, dando a entender que queria seguir a mulher. Aquilo revoltou Rena, mas como Shizuka parecia gostar dela, preferiu não reclamar. Além disso, se ela conseguisse extrair mais alguma coisa dela, o time ficaria em bons lençóis. - A luta que já era difícil ficou ainda mais complicada...que beleza. É uma imprestável mesmo. Myato, precisaremos de um bom plano de ação e de sorte para vencer. Me ajude com isso aqui. - Estressada e temendo uma possível derrota, a Kaguya começou a montar uma armadilha.
O mecanismo não seria muito complicado : iria encher uma região com kunais, shurikens e sua Kibaku Fuda. Assim que seu alvo se aproximasse, um mecanismo feito com seus fios de aço iria ser acionado, disparando todas as armas contra o inimigo. Isso tudo, claro, ficaria oculto sob a areia da praia. Seria um trunfo, para o caso da situação piorar demais e precisarem partir para o combate imediatamente. Terminado tal processo, Rena seguiria para o próximo passo.
- Vou ficar lá em cima e você fica de isca. Se transforme em um coitado e finja que um tubarão te mordeu, coisa assim, só para ter um motivo para pedir socorro. Isso deve atrair nossos alvos uma hora ou outra. Depois é só dar um jeito deles lutarem entre si com uma conversa mole. - Sugeriu enquanto criava um pássaro para voar com seu ninjutsu. Lá em cima ela se esconderia numa nuvem, longe da vista de todos, mas com uma visão privilegiada, assistindo a cena enquanto esperava o momento certo de agir.
O garoto viu Hanya se aproximar e entregar as pílulas para ele, o que gerou estranheza. - Onde essa pirralha vai em? - pensou consigo mesmo antes de aceitar as pílulas. - Bom, talvez seja útil. - disse antes de pegar os itens e guardá-los em sua bolsa. - E aquela mulher, que mulher estranha, a energia dela é no mínimo suspeita. - pensou.
Após esse incidente, seguiu o plano da mulher, indo até a praia com sua companheira Rena. O plano da garota era um tanto quanto desconfortável para Myato, mas decidiu aceitar. Como tinha habilidades médicas, decidiu fazer um corte em sua perna com uma kunai e simular uma mordida de um tubarão, que criaria artificialmente com seu jutsu Suiton: Suikōdan no Jutsu. Gritaria fingindo estar com profunda dor e pedindo socorro, visando atrair os alvos para o local.
Que ironia do destino encontrá-la aqui! No entanto, você parece muito diferente das fotos do livro Bingo. O que aconteceu com você? E por que está sem seus olhos?
Yoikami, ou melhor dizendo, "Kyosuke Shizuka," ouviu Uchiha Hanya com atenção. Ela inclinou a cabeça levemente, parecendo refletir sobre as palavras da jovem antes de falar de forma casual:
— Hm... Sabe, naquela foto que tiraram de mim, eu devia ter uns 16 anos. Agora estou com 20, e minha puberdade foi um pouco tardia por um motivo específico que prefiro não compartilhar. É uma história longa e talvez um pouco sem graça.
Ela fez uma pausa, como se estivesse ponderando a melhor maneira de explicar.
— Quanto aos meus olhos, sou cega devido a uma maldição que corre na família Kyosuke. A maioria das mulheres e alguns poucos homens nascem completamente cegos. Embora muitos acreditem que o albinismo cause diversos problemas de visão, essa não é a verdadeira razão da minha cegueira. É uma maldição tão poderosa que, sinceramente, será difícil para alguém desfazê-la tão cedo.
Shizuka sorriu suavemente, como se tentasse iluminar um tema que poderia ser pesado.
Shizuka! Espere um pouco! Tenho uma dívida com você. Depois de ter me ajudado, não posso simplesmente deixá-la partir dessa forma. Permita-me ajudar de alguma maneira. Você parece tão solitária nesta vila, e algo estranho aconteceu com você. Como posso ser útil?
A mulher albina parou antes de chegarem a um vilarejo escondido entre as montanhas, e Hanya pôde notar que era um lugar impressionantemente grande.
— Hm... Se não for pedir muito, pode me chamar de Yoi, em vez de Shizuka? — disse, com um sorriso suave, enquanto observava o comportamento prático da pequena Uchiha, estendendo a mão para tocar levemente o cabelo dela. — E minha "doença" não é bem uma doença, minha amiguinha curiosa. Mas... se você quiser me ajudar...
Yoi piscou algumas vezes, como se estivesse pensando em algo, e então sorriu de um jeito brincalhão.
— Você sabe fazer chocolate quente? Faz tempo que não provo um de verdade... Os cozinheiros do meu vilarejo nunca acertam a receita. Zoeira... Só brincadeira! Na verdade... Tem uns garotos da minha vila de quem estou um pouco preocupada, e você me lembra um pouco eles, então pensei que talvez... — Sua expressão ficou um pouco mais séria. — Você poderia verificar algo para mim?
Com cuidado, Yoi continuou:
— Existe uma vila no País do Relâmpago chamada Vilarejo das Cinzas Remanescentes. Um dos meus companheiros e meu "irmão", se posso chama-lo disso, Kasuga e Yoru, foram até lá em busca de um poder que dizem despertar na região, mas... eles ainda não voltaram. Eu queria muito ir atrás dele, mas, devido à minha visão e alguns outros compromissos, não vou consiguir chegar lá sozinha. O que acha? Você teria interesse em dar uma olhada por mim? Eles provavelmente estão bem, só estou preocupada por ficarem tanto tempo longe de casa. E eu meio que tenho que fazer uma coisa lá no País do Vento, em breve, que só eu posso resolver.
Missão: Encontre Kasuga e Yoru, os estranhos conhecidos de Yoikami Rank: B
Recompensas Extras: — Afinidade com Yoikami [Pode subir automaticamente para Amizade] — Possibilidade de virar uma aprendiz de Kyosuke Shizuka [Considerada para muitos, como uma das melhores iryonin do mundo shinobi] — ???
Essa missão de curto prazo que vai expirar em breve e só pode ser realizada por Hanya. Ela deve escolher, se quer fazer essa missão ou participar da caçada em conjunto com Rena e Myato.
Rena imediatamente iria armar uma armadilha simples na região, o mecanismo que ela tinha em mente não seria muito complicado: uma área seria preenchida com kunais, shurikens e seus Kibaku Fuda. Assim que o alvo se aproximasse, um sistema acionado por fios de aço seria disparado, lançando todas as armas contra o inimigo. Uma armadilha simples, porém extremamente efetiva para pegar shinobi mais desavisados.
A estratégia de Myato era, sem dúvida, das mais inusitadas. Com uma kunai em mãos, ele se preparou para infligir um ferimento significativo em sua própria perna, decidindo simular uma mordida de tubarão. O corte seria profundo e provocaria um rasgo feio em sua carne, pintando uma cena dramática que certamente chamaria a atenção de qualquer um nas proximidades. Ele respirou fundo, concentrando-se na performance que precisava executar. O grito que ele planejou ecoaria com tanta intensidade que não demoraria a atrair a atenção dos curiosos. Com uma mistura de dor genuína e atuação convincente, Myato lançou um berro angustiante, ecoando pelo ar.
Um trio de bandidos que eram tinha uma aparência de abobalhados iria emergir naquela região, eles pareciam esboçar um sorriso cruel e nojento ao vez a situação de Myato:
— Achamos mais um maluco ferido nessa região, olha que palerma... — Um deles gargalhava enquanto apontava para Myato. — Podemos te ajudar garoto, porém... Tudo tem preço na vida, temos um médico no nosso acampamento, mas sabe... Médicos são caros e tals... Quanto você tem ai?
Outro sujeito com um sorriso nojento, falaria:
— Mas Raiga-sama falou que não devemos levar nenhum sujeito suspeito, enquanto estivermos caçando o tal Muteki. Podíamos só deixar o moleque ai no chão, e roubar o dinheiro dele. Que tal?
À medida que o trio se aproximava de Myato, a armadilha que ele cuidadosamente montara passou despercebida. Sem qualquer suspeita, eles avançaram e, em questão de segundos, caíram na emboscada. Uma chuva de kunais e explosivos se abateu sobre eles, atingindo-os com a força de toneladas de metal afiado. Os estrondos ecoaram pela praia enquanto os corpos dos oponentes desabavam aos pés de Myato, que observava a cena com um ar de desdém. Ele não pôde deixar de notar que aqueles indivíduos mal pareciam ter o nível de um genin, tamanha era sua falta de habilidade.
Enquanto isso, Kaguya Rena decidiu agir. Usando seu pergaminho, ela invocou um pássaro feito de tinta e rapidamente subiu sobre ele, elevando-se acima da cena. De seu novo ponto de vista, começou a observar os detalhes da região com atenção renovada. Foi então que notou a presença de um acampamento, da qual emanava uma quantidade significativa de fumaça, cobrindo o céu com uma cortina cinza. Contudo, essa não foi a maior surpresa para Rena.
Com o passar do tempo, enquanto observava de longe, a jovem Kaguya compreendeu finalmente o que se passava. Uma intensa batalha estava ocorrendo no acampamento, onde os indivíduos pareciam estar em confronto direto com homens que surgiram de um barco nas proximidades. O caos se desenrolava à vista dela, e a sensação de que algo grande estava prestes a acontecer crescia a cada momento. A mudança repentina de clima, só podia significar uma coisa, Kurosuki Raiga estava por perto.
Mantendo-se firme e determinada a conseguir alguma coisa da mulher, Hanya continuou a seguir Kyosuke. Em certo ponto do caminho, apareceu um vilarejo misterioso e incrivelmente grande. – Mas que raio de vilarejo é esse? Nunca ouvi falar dessa região. De algum jeito, a floresta esconde bem este lugar. Heheh, se fosse um RPG de video game, este cenário seria fácil um "Cenário Único". Acho que tomei a decisão certa em seguir essa mulher, detesto confrontos diretos, diferente daqueles dois. Chegando ao vilarejo, Hanya percebeu que a mulher agora parecia simpática, nem lembrava a presença imponente de antes.
– Sem problema, posso te chamar de Yoi, é até mais fácil de decorar. Será que ela não curte o próprio nome? – pensou Hanya. – Ah, sobre o chocolate quente, eu sempre fazia uns mimos pro meu mestre, e sem querer me gabar, mas o meu chocolate quente é o melhor. Quando eu voltar, faço para você. Hanya aceitou a missão de rastrear o irmão e o amigo de Yoi, mas antes pediu mais detalhes sobre a aparência dos garotos e o tal poder misterioso que estavam atrás. Caso algo saísse do controle, queria pelo menos alguma vantagem.
Mais rápida do que antes, Hanya concentrou chakra nas pernas pra chegar logo ao País do Relâmpago e, com isso, ao Vilarejo das Cinzas. Ao chegar, fez de tudo pra não ser vista por ninguém, andando pelas sombras das casas e comunicando-se com os animais da região. Hanya descreveu os alvos que procurava e, em seguida, convocou seus corvos pra fazer o mesmo, procurando os garotos! Quando encontrasse eles, manter-se-ia oculta nas sombras, observando o que faziam, e mandou um corvo até Yoi com um bilhete explicando a situação e a localização dos dois.
- Ela é esquisita mesmo, mas eu não sou babá da Hanya. Deixa ela se virar e você fica com o dinheiro da caçada. - Rena respondeu Myato. Momentos depois ela notou a aproximação dos ninjas de Raiga e ficou quieta, apenas observando a cena deplorável que se desenrolou. - Nem dá para chamar isso de bandidos, eram apenas coitados. O nível dos subordinados daquele cara é chulé demais, credo. - Ela comentou pousando sua ave.
No chão, ela conferiu se algum dos corpos tinha algo de valioso sobre Raiga e depois se virou para seu amigo.
- Parece que nosso alvo está por ali, e a chuva é indício disso. Não use muito Doton contra ele, o desgraçado é um especialista em Raiton. - Ela apontou para a direção do conflito e alertou sobre a situação. Momentos depois, ela fez dois Raiton Kage Bushin e fez eles usarem Tōton Jutsu para ficarem invisíveis para seguir até o combate sorrateiramente.
Já o corpo real de Rena seguiria até a batalha em voo raso. Visualizando seu alvo, ela atacaria usando dois raios contra ele, usando o Raiton Gian em sinal de hostilidade. Se Muteki estivesse vivo, aquilo serviria para demonstrar que ele não era inimigo dos Akatsuki, e talvez através disso Rena pudesse convencer ele a auxiliar na batalha contra o homem.
"Logo verei a cara de surpresa daquele miserável." - Rena pensou enquanto se transformava no segundo estágio da marca da maldição.
- Que pessoalzinho mais esquisito. Queríamos pegar um coelho com nossa armadilha e acabamos pegando 2 insetos. - disse Myato. - Bom, vamos seguir adiante, em direção aquela batallha, ali sim parece ter inimigos a altura. - disse em voz alta. Após isso, utilizou seu jutsu para criar um Mokubushin e seguir rumo ao combate.
Enquanto avançavam pelo caminho em direção ao Vilarejo Central, os sussurros dos civis foram rapidamente notados pela Uchiha, que caminhava ao lado de Yoikami e da pequena Hanya. Os olhares discretos e inquietos dos moradores deixavam claro que o manto da Akatsuki atraía atenção indesejada, e ela percebeu que, talvez, uma abordagem mais sutil fosse necessária. No entanto, Yoikami, com seu olhar perdido e distante devido à cegueira, parecia alheia à preocupação crescente ao redor delas.
Aos poucos, o cansaço se refletia nas feições da mulher cega, que, ao bocejar, mostrava o peso da jornada enquanto se aproximavam da entrada do vilarejo. Hanya, por sua vez, ao perceber a fadiga de Yoikami, mencionou, com uma expressão alegre e quase inocente, que poderia preparar chocolate quente. As palavras da garota pareciam iluminar o rosto de Yoikami por um breve instante, e um sorriso animado apareceu em seus lábios, dissipando momentaneamente seu cansaço.
— Ooooooh, você consegue fazer esse tipo de iguaria? — exclamou Yoikami, seus olhos, embora vazios, transparecendo entusiasmo. — Mal posso esperar para provar o seu chocolate quente. Bom, você sabe onde me encontrar... Como eu meio que não consigo oferecer muitas informações sobre o Yoru-kun e o Kasuga-san, por causa da minha cegueira, mas... Vou dar a informação do que geralmente me relatam... Não deve ser tão complicado, achar eles... Espero eu...
Ao aceitar a missão, Uchiha Hanya infundiu chakra em seus pés, sentindo a energia fluir através de cada músculo, aumentando sua velocidade e potência enquanto saltava entre as árvores com agilidade e precisão em busca do processo de realizar a missão atual. O cenário à sua volta mudava rapidamente, os galhos altos estalando sob seus pés enquanto seus olhos sábios, captavam com mais detalhes, a selva do País dos Redemoinhos no horizonte, distante e envolto em um manto incomum de gelo e neve.
Conforme se aproximava no litoral, Hanya percebeu que a temperatura caía drasticamente. O vento, antes suave, tornou-se cortante, com flocos de neve persistentes caindo sobre os vastos campos e cobrindo-os com uma camada branca e densa. Era um contraste marcante com o calor ao qual estava acostumada no País do Fogo, e ela se viu questionando a origem daquela severa friagem, que parecia não ter fim. Sentia que algo estava fora do lugar, quase como se uma anomalia tivesse envolvido toda a região.
Após várias horas de avanço ininterrupto, avistou finalmente a costa. As águas, normalmente agitadas e cristalinas, estavam cobertas por uma fina camada de gelo, que parecia se estender além do que seus olhos podiam alcançar. Na beira da praia, uma figura albina aguardava em silêncio ao lado de um pequeno barco, envolta em um manto pálido, quase confundindo-se com o cenário nevado ao seu redor.
A mulher albina acenou levemente com a cabeça, sinalizando que o transporte estava pronto. Sem hesitar, Hanya subiu a bordo, sentindo o frio metálico do barco penetrar pela sola de suas sandálias. A embarcação partiu, quebrando a fina camada de gelo no mar à medida que se afastavam da costa. Envolta em seus próprios pensamentos, Hanya sentiu uma inquietação crescer. Estaria aquele frio intenso ligado à sua missão?
Preso na armadilha, o bandido tentava resgatar o pouco que ainda lhe restava de dignidade. Com o corpo pendurado de cabeça para baixo e o rosto coberto de lama, ele não perdeu a chance de reagir ao comentário de Rena, inflando o peito em uma tentativa quase patética de demonstrar orgulho.
— Chulé demais? Olha aqui, guria, vê se respeita! — protestou ele, com voz fanfarrona, esforçando-se para parecer mais imponente do que realmente era. — Somos... somos temíveis, tá ligado? Tão perigosos quanto qualquer... genin que você já viu! — Ele fez uma pausa, engolindo em seco, mas tentou manter o tom de grandiosidade. — Somos muito mais perigosos do que qualquer um por aí! Se não fosse essa armadilha covarde... ah, eu te mostrava quem manda! Vocês iam ver estrelas por uma semana!
Um dos homens capturados ao lado dele, no entanto, não compartilhava da mesma confiança. Seu semblante mudou ao notar as vestes de Myato, o característico manto da Akatsuki, que parecia muito mais ameaçador do que qualquer um ali esperava.
— Irmão... Eles não são pessoas normais. Olha as roupas deles... — murmurou ele, com uma mistura de medo e confusão nos olhos, dirigindo olhares furtivos tanto a Myato quanto a Rena. Ele parecia reconhecer o estilo, mas sem ter clareza de quem eram aqueles ninjas ou o que representavam, seu semblante revelava a crescente percepção de que haviam se metido em algo muito além do que podiam lidar.
Enquanto isso, Rena avaliava os itens espalhados no chão e vasculhava os bolsos dos bandidos capturados. A maioria das armas era inútil — facas enferrujadas, shurikens desgastados, até mesmo um machado que, comparado ao lendário machado de Myato, mais parecia um brinquedo. No entanto, após uma análise cuidadosa, algo chamou sua atenção: entre os sapatos surrados de um deles, encontrou uma pílula de Hyōrōgan LV2, algo raro e certamente útil para o combate iminente contra Raiga.
Após o rápido inventário, Rena ergueu-se e lançou um olhar determinado ao horizonte, onde o clima indicava o possível paradeiro de Raiga. A chuva, cada vez mais densa, deixava claro que algo além da natureza se agitava naquela direção, um indício inconfundível da presença do adversário. Rena, atenta aos riscos, sabia que os ataques baseados em Doton só alimentariam a força do inimigo, mestre no uso de Raiton.
Em um movimento preciso, Rena materializou dois clones de Raiton ao seu lado, suas réplicas surgindo numa explosão de energia elétrica que ressoou pelo ar úmido. Sem palavras, os clones ativaram o Tōton Jutsu e desapareceram, tornados invisíveis enquanto seguiam em direção ao campo de batalha. Invisíveis sob a cortina de chuva, eles avançavam furtivamente, suas presenças ocultas, como raios prestes a desferir um golpe fatal.
Determinada a se juntar ao ataque, Rena se lançou em voo baixo, cortando o ar e deslizando como uma sombra sobre o terreno molhado. Ao longe, entre as cortinas de chuva, avistou a silhueta de Raiga que parecia estar junto com uma gangue, lutando contra indíviduos que pareciam piratas do alto mar. Sem hesitar, ela concentrou sua chakra, canalizando-a com precisão em um poderoso ataque. Dois raios mortais dispararam de suas mãos, atravessando a distância até o inimigo numa manifestação hostil de sua técnica Raiton Gian. Mais do que apenas atacar, o golpe marcava sua presença, impondo uma ameaça que, esperava ela, seria compreendida por qualquer observador atento.
O trovão ribombava no horizonte enquanto Kurosuki Raiga com uma "sensibilidade estranha", parece captar o movimento de Rena e erguendo suas katanas, parece neutralizar a eletricidade com uma descarga elétrica equivalente. O líder da famosa Kurosuki Ichizoku era uma presença que dominava qualquer campo de batalha, com uma aura sombria e eletrizante que parecia se mesclar ao próprio cenário tempestuoso. Envolto em um manto escuro, com o símbolo dos Sete Espadachins da Névoa gravado na memória de todos que ousavam cruzar seu caminho, Raiga avançava com a implacabilidade de um relâmpago, uma força da natureza sem piedade.
Os olhos de Raiga, semicerrados e intensamente expressivos, brilhavam com um tom de selvageria quase predatória. Seu rosto, marcado pelo cansaço de muitas batalhas e pelo peso da crueldade, se destacava contra a luz dos raios que cortavam o céu. Seus cabelos negros desgrenhados caíam ao redor de seu rosto, molhados pela chuva incessante que o envolvia como um manto próprio. Nas mãos, ele empunhava a lendária espada Kiba, as Garras do Relâmpago, capazes de canalizar sua afinidade Raiton em poderosos ataques elétricos que faziam sua presença se destacar ainda mais. As lâminas gêmeas brilhavam com uma intensidade sobrenatural, crepitando com eletricidade e prontos para dizimar qualquer oponente.
Ao notar a presença de Rena e Myato, um sorriso frio se formou no rosto de Raiga. Sua postura refletia uma confiança sombria, que beirava o prazer em antecipação ao combate iminente. Cada passo seu parecia carregar a força de uma tempestade, como se o próprio solo tremesse ao seu redor. Raiga não era apenas um espadachim; ele era a tempestade encarnada, um relâmpago em forma humana que irradiava uma sede de violência calculada. Acompanhado por sua habilidade de manipular Raiton com destreza, ele parecia crescer, tanto na presença quanto na intenção, cada vez que a eletricidade rasgava o ar ao redor.
— Ohhhh, eu já ouvi falar de você... Kaguya Rena, a jovem e graciosa mulher que se aliou e traiu Orochimaru, e agora aparentemente trabalha na mesma organização que Hoshigaki Kisame. O que veio, fazer aqui, pentelha? — Ele parece casualmente mover seu cabelo com uma de suas mãos, como se reconhecesse ela como uma pessoa que veio do mesmo lugar que ele, porém visivelmente, sua personalidade bizarra, a também considerava uma inimiga. — Oh, já adivinho... A garota atingiu a puberdade, acha que ficou mais poderosa que os adultos e acredita que pode roubar essa espada de mim, é isso?
Rena ativava o segundo estágio da marca da maldição, mergulhando numa transformação que escurecia sua pele e expandia sua aura, agora impregnada de uma energia densa e ameaçadora. Seu olhar fixo em Raiga parecia vibrar com a promessa de um confronto inevitável. Sua intenção assassina parecia preencher o local, fazendo os suditos de Raiga recuarem, enquanto eram atacados pelos estranhos piratas. Mais atrás, Myato acompanhava o desenrolar dos acontecimentos com uma expressão de leve desdém, o olhar atento ao caos que se desenrolava adiante. A seus pés, os bandidos capturados se debatiam inutilmente, e ele esboçou um leve sorriso ao observar a ironia da situação. Em um gesto despreocupado, fez surgir um Mokubushin, sua cópia de madeira, que logo se uniu ao ataque, avançando ao lado de Rena rumo ao conflito iminente.
A batalha pela Espada Kiba, começaria. A chuva intensa atingia seus corpos. Aquilo era uma batalha de alto nível, com ganhos e percas consideráveis. Quem sairia como vencedor da batalha?
[...]
Kaguya Rena: HP - 400, Chakra - 480, Sanidade - 250 [Juin nv2, ativado] [Raiton Kage Bunshin, 2 clones]
Myato: HP - 250, Chakra - 700, Sanidade - 140 [Armadura intacta] [Moku Bunshin, 1 clones]
Kurosuki Raiga: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ???
[Chakura Modo nv2, ativado]
???: HP - ???, Chakra - ???, Sanidade - ??? [Yamigan ativado]
- Seu parceiro é mais esperto que você, devia escutar ele. - Respondeu ambos os inúteis antes de seguir viagem.
Chegando lá, o cenário era exatamente o que poderiam esperar, com muito caos para todo lado. Algo digno de um bandido sem muitos escrúpulos como Raiga. Contudo, o que de fato impressionou Rena foi o fato dele ter aparado um golpe surpresa com tamanha facilidade. Aquele homem nunca tinha sido um sensor, e dado com tamanha confusão ao seu redor, era improvável que ele fizesse aquilo e ele mesmo assim o fez.
"Isso complica bastante as coisas..." - Refletiu, prevendo que seus clones não seriam tão úteis. Contudo, desde que criassem alguma oportunidade, eles ainda serviriam ao seu propósito.
- Tão me chamando de graciosa agora ? Vou ter que fazer algo para mudar essa fama. E nem vem reclamar, Kiri é a terra dos patifes, e aposto que não sou a primeira a tentar roubar as gêmeas de você. - Retrucou, embora ainda estivesse preocupada. Sabia que a batalha seria dura e arriscada, mas pelo menos tinha um aliado confiável ao seu lado.
Enfim, mesmo nessa situação, ela fez seu movimento. O primeiro ato seria simples : lançar seu pássaro de tinta contra o inimigo. Depois, faria com que um dos clones usasse Konoha Reppū em potência alta contra Raiga, enquanto ela mesma avançava contra ele. Contudo, antes de alcançar seu inimigo, ela faria com que o último Raiton Kage Bushin saltasse contra o espadachim, desfazendo-se em raios logo em seguida para atingir o inimigo.
Após o gasto de todos esses recursos e distrações, a verdadeira Rena trataria de finalizar o ataque com um Kongōkencontra o homem, alvejando seu corpo e tentando evitar acertar as espadas. No caso de ser alvejada por qualquer ataque, tentaria usar algum dos combatentes da batalha como escudo humano, mas não pararia seus ataques em hipótese alguma. Afinal, numa batalha de atrituo, os Kaguya tinham alguma vantagem.
Vendo que o inimigo era poderoso, Myato se preparou para o combate, sem o subestimar. Utilizou Chakra:Modo lvl2, enquanto seu clone avançava rumo ao inimigo, para utilizar Mokuton: Daijurin no Jutsu, visando imobilizá-lo. Para potencializar o dano, o garoto utilizaria uma técnica antiga, de colocar um kibaku:fuda no seu braço de madeira.
Enquanto o clone ganhava tempo, o corpo original de Myato iria, também, utilizar a técnica Kuchiyose no Jutsu, para invocar um antigo companheiro, Kong. - Vamos acabar com esse babaca ai ó! Hoje o adversário é ele. - gritaria o garoto para sua invocação, dando-o direção.