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Vilarejo Central - Sede Byakuren

4 participantes

descriptionVilarejo Central - Sede Byakuren - Página 2 EmptyRe: Vilarejo Central - Sede Byakuren

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Vilarejo Central - Sede Byakuren - Página 2 5XtdDvS
País dos Redemoinhos
Por volta das 15 horas.

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Kyosuke Kuroi, com uma expressão de desdém, estimulou as células vegetais do solo ao seu redor. Diversas ramificações começaram a brotar e se enroscar ao redor do corpo do samurai, já enfraquecido pelo fuinjutsu de Uchiha Yashin. Enquanto isso, Uchiha Yashin, com seu Sharingan ativo, fixou o olhar nos olhos do samurai inconsciente. Utilizando seu genjutsu, ele forçou o samurai a responder todas as perguntas que lhe foram feitas, manipulando-o para revelar informações cruciais.

P. Quem é você?
Meu nome é Uzumaki Enmu. Sou um dos sobreviventes do Clã Uzumaki, com sangue do Clã Ibuki por parte de mãe. Minha missão é proteger este território e impedir que qualquer um descubra os tesouros ainda escondidos do Clã Uzumaki.

P. Qual é a sua história?
Faço parte de um pequeno grupo que vive no antigo vilarejo subterrâneo do Clã Uzumaki, composto por membros dos clãs Uzumaki e Iburi. Este é o único lugar seguro da influência do Shinigami Enkai.

P. Por que têm atacado nossa organização?
Vocês são intrusos de uma nação que já foi responsável pela destruição do Clã Uzumaki e de outros clãs deste território. Para mim, estrangeiros como vocês são abominações. Estava sendo gentil em tentar afastá-los, pois esse lugar é destinado a matar todos que permanecerem nele, exceto indíviduos que carreguem genes de indíviduos que anteriormente viviam nesse território. Vocês já notaram algum comportamento estranho nos animais da sua fazenda? Há um motivo para isso... Eles se sentem ameaçado em ficar nesse território.

P. Descreva seus poderes, como você se transforma em fumaça e por que meus genjutsus não funcionam direito?

Kekkei Genkai do Clã Iburi:
Esta habilidade, exclusiva dos membros do Clã Iburi e seus descendentes, permite transformar seus corpos, parcial ou totalmente, em fumaça. Nessa forma, tornam-se imunes a danos físicos e podem atravessar objetos. Além disso, podem interagir fisicamente com objetos, se necessário. Em forma de fumaça, também podem possuir o corpo de uma pessoa, controlando suas ações e experimentando suas sensações. Ofensivamente, podem entrar no corpo do oponente para causar dor interna.

Ibushimi no Jutsu:
Na forma de fumaça, posso invadir o corpo de um alvo pelas narinas ou boca e, uma vez lá dentro, causar dor extrema ao atacar internamente até matá-lo.

Ninpou: Kankaku Enmu:
Produzo uma fumaça invisível, imperceptível até mesmo para doujutsus, que se mistura no ar. Qualquer movimento dentro desse território é detectado por mim, permitindo que eu saiba o que ocorre em uma área, mesmo à distância.

Ninpou: Enbun Bunshin
Posso criar clones vazios que controlo à distância. Esses clones não possuem consciência própria e são imunes a genjutsu, já que não pensam por conta própria, apenas seguem meus comandos.

Shiki Fujin - Enraō
Uma técnica proibida que invoca o Shinigami chamado Enraō, ele é usado principalmente supervisionar acordos entre duas ou mais pessoas, uma criatura que basicamente oficializa um contrato sobrenatural, forçando ambas partes a realizarem o que foi combinado, desde que ambos jurem por suas almas e estejam cientes disso. Se alguém quebrar o pacto ou não cumprir sua parte, Enraō ceifa sua alma e a sela eternamente em sua barriga. Ao contrário da maioria dos outros Shinigami(s), Enraō não consome a alma de quem o invoca... Ele parece gostar exclusivamente de consumir a alma daqueles que não cumprem suas promessas ou acordos.

Fora isso, sou habilidoso em kenjutsu, Katon e Fuuton, mas nada de excepcional nessas áreas.

P. Me conte tudo de importante que sabe sobre essa ilha.
Há muito tempo, o País dos Redemoinhos enfrentou uma tragédia devastadora. Uma mulher do Clã Uzumaki, chamada Uzumaki Pandora, desencadeou um ataque que mudou para sempre o destino de sua terra natal. Pandora possuía um chakra maligno incomum e tinha a habilidade de manifestar Hyoton, um gelo de natureza sobrenatural, imbuído com chakra Inton, que jamais derretia, não importando as condições. Sua força e poder despertaram a cobiça das nações vizinhas e até de territórios distantes, como o País do Relâmpago, o País das Fontes Termais, o País do Demônio, o País da Terra e o País da Água, que viram a oportunidade de roubar o conhecimento ancestral do Clã Uzumaki.

O ataque que se seguiu foi implacável. As forças dessas nações uniram-se e investiram com tudo contra o País dos Redemoinhos, resultando em um massacre. Mais de 99% da população foi dizimada, e os poucos sobreviventes foram forçados a fugir. Aqueles que se recusaram a abandonar sua terra natal foram obrigados a se esconder nos subterrâneos, pois a vida na superfície tornou-se impossível devido à presença de criaturas aterrorizantes e à maldição do Shinigami: Enkai.

Antes da queda definitiva do Clã Uzumaki, dez anciões sacrificaram suas vidas para realizar uma técnica proibida, conhecida como Shiki Fuujin: Enkai. Esta técnica invocou um poderoso Shinigami, que lançou uma maldição sobre uma arma cortante. Quando a arma foi cravada no território, duas condições foram ativadas: a primeira, amaldiçoava todos que pisassem naquelas terras com um "azar macabro", que os acompanharia até que fossem mortos; a segunda, transformava a maioria das formas de vida no território em seres hostis aos humanos.

Animais pacíficos se tornaram monstros sedentos por sangue, e doenças, normalmente benignas, tornaram-se mortais. Com o passar do tempo, as criaturas e os perigos se intensificaram, tornando o território ainda mais inóspito. Esta maldição foi a última defesa do Clã Uzumaki para proteger os segredos ocultos que ainda residem na região, garantindo que nenhum intruso saísse ileso ou com vida, mantendo o legado do clã intacto. A única forma de quebrar tal maldição é caso, consigam achar e desenterrar a tal katana amaldiçoada que está escondida em algum lugar dentro do País do Redemoinhos, local esse que provavelmente está próximo do vulcão inativo que existe nessa região.


Por fim, depois de ter coletado informações suficientes daquele sujeito, alguns fazendeiros da região seria instruidos a moverem Uzumaki Enmu para uma prisão que havia sido construida dentro do Vilarejo Central. Então, caso quissesem perguntar mais coisas para Uzumaki Enmu, eles deveriam visita-lo nesse tal território.

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Biblioteca Geral
Por volta das 15 horas.

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Kyosuke Shizuka estava sentada com certa calma numa das cadeiras de veludo escuro da imensa biblioteca da Byakuren. A iluminação suave das luminárias de bronze refletia delicadamente nos detalhes dourados das prateleiras repletas de livros antigos. Shizuka, com seus dedos finos e ágeis, tateava as páginas de um grosso volume em braille, seus olhos fechados em uma expressão de serenidade.

Mas essa quietude era apenas a superfície. Quando Uchiha Yashin e Kyosuke Kuroi adentraram silenciosamente na biblioteca, a mudança em Shizuka foi imediata e perturbadora. Sua expressão pacífica se distorceu num franzir de sobrancelhas, e sua mão, antes delicada, agarrou com força uma caneca de café que descansava ao lado do livro. Com um movimento brusco, ela a levou aos lábios, o líquido quente quase transbordando pela borda, enquanto a irritação emanava de sua postura tensa.

As nossas permutas de personalidade têm se tornado insuportavelmente frequente, tudo que eu queria, era dormir. — A voz de Yoikami emergiu, carregada de uma impaciência que ressoava com a exasperação de eras vividas, como se a entidade, aprisionada no corpo de Shizuka, lamentasse a cruel necessidade de manter-se desperta. — Hoshi-san, tiveste êxito na investigação daquele pergaminho que Ichigan trouxe das antigas ruínas? Já foste capaz de decifrar seus enigmáticos segredos?

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Encostada numa prateleira próxima, Hoshi, a jovem abertamente racista, parecia alheia à crescente tensão no ambiente. Seus olhos permaneciam fixos no livro em suas mãos, o tom de voz baixo, quase preguiçoso, enquanto respondia com um suspiro de desdém:

Acredito que o conteúdo desse pergaminho seja apenas um símbolo esquisito que era utilizado para algum jutsu mirabolante, mas ainda vai levar alguns dias até que eu consiga decifrá-lo por completo. — Nesse momento, sem levantar os olhos do livro, Hoshi notou a chegada de Yashin e Kuroi, e uma sombra de desprezo cruzou seu rosto. — Ora, ora... O netinho do vovô e o sub-humano metido a líder. Como vão?

Um grosso livro que estava no topo da prateleira onde Hoshi estava encostada, iria inexplicavelmente cair sobre sua cabeça, fazendo-a soltar um gemido de dor. Yoikami que estava quietamente bebendo seu café, apenas iria dar um meio-sorriso naquele momento:

Seja educada com os garotos, Hoshi-san. E... Boa tarde, Yashin-kun e Kuroi-kun. A que devo vossa visita?

Uchiha Yashin, com um olhar pensativo, começou a relatar suas aventuras recentes, detalhando em especial a estranha visão que teve ao ser exposto à luz peculiar gerada pela adaga quando esta se chocou com algo sólido. Enquanto a conversa se desenrolava, Hoshi, que inicialmente estava presente, começou a se afastar, seus passos quase inaudíveis. Era evidente que ele estava desconfortável com a presença dos dois, como se algo na atmosfera entre eles o fizesse querer se distanciar. Ele não trocou palavras, nem olhares, apenas se retirou para uma área onde pudesse escapar do que estava sendo discutido.

Quando Yashin terminou de falar, Yoikami permaneceu em silêncio por alguns instantes, seus pensamentos claramente girando em torno do que acabara de ouvir.

O que você viu... Não me parece ser o futuro, hm… Pelo o que você falou, o termo Byakuren não existia nessa realidade. — A pausa que se seguiu foi carregada de significado, como se ela estivesse pesando cuidadosamente cada palavra. — Não tenho um profundo conhecimento sobre tal estátua que consegue até certo ponto manipular o tempo e conceder tais poderes para seus cultistas, porém, já tive acesso a algumas informações sobre uma teoria que eles particularmente acreditam muito. Não sei todos os detalhes, mas peço que ouça, Yashin-kun... Isso talvez explique alguma coisa sobre esse tal "futuro" estranhamente diferente que você viu…

Teoria do Universo Cíclico
Contado por Yoikami

Dentro do enigmático Culto Tokiogarasu, seus membros devotam-se a desvendar os mistérios do tempo e cultuar a estátua paralisada pelo tempo, embora, curiosamente, essa não tenha sido a intenção original de seus fundadores. Nas profundezas de suas tradições, encontra-se o legado daqueles que, fascinados pela vastidão do cosmos, se dedicaram ao estudo da cosmologia e à contemplação do céu. De seus estudos nasceram conceitos que, admito, me escapam em profundidade — nomes como Recyclers, Lúdios e Peregrini, que ressoam com uma certa poesia nas literaturas e estudos deles, mas cujos significados permanecem, para mim, nebulosos.

Esses eruditos, que podem ser tanto cultistas quanto cientistas, dependendo do ponto de vista, sustentam uma crença baseada em suas observações do universo. Eles são os proponentes de uma teoria fascinante, embora, talvez, perturbadora e com pouco embasamento: A Teoria do Universo Cíclico. Segundo essa perspectiva, o universo não teve um início absoluto. Em vez disso, ele está preso em um ciclo eterno de expansão e contração, de morte e renascimento.

Dentro dessa crença, tudo começa com uma singularidade — um ponto onde toda a matéria e energia se condensam em uma infinita pequenez. A partir dessa minúscula concentração, o universo se expande, desdobrando o espaço e o tempo, criando estrelas, galáxias, e todas as maravilhas cósmicas que conhecemos. Este processo de expansão, dizem, pode durar por bilhões de anos. Contudo, eventualmente, a força gravitacional começa a prevalecer. As galáxias se aproximam, estrelas colapsam, e o universo, como um grande suspiro, começa a se retrair até que tudo se condense novamente em uma singularidade.

Então, segundo eles, ocorre um novo colapso — um evento catastrófico que desencadeia outra explosão, reiniciando o ciclo. Surge um novo universo, semelhante ao anterior, praticamente idêntico ao outro, com sutis diferenças, preso em uma dança cíclica sem fim. Cada ciclo carrega consigo pequenas variações, quase imperceptíveis, mas, em essência, nosso universo estaria destinado a repetir-se, em uma eternidade que é, ao mesmo tempo, familiar e desconhecida. Porém, mesmo nesse ciclo infinito, Genshi-zou não mudaria sua forma, seria uma estátua... que, na prática... já viu o início e o fim de outros universos, uma criatura que está destinada a viver infinitamente.

Mas nada disso é, certo... Afinal, é apenas uma teoria limitada construídas por humanos que poucos sabem, e não existem evidências sobre a tal contração universal que eles tanto defendem. Só estou contando o que eles primordialmente acreditam.


Após compartilhar um pouco de informação, Yoikami agora comentaria sobre Kyosuke Yoru:

Yoru-kun até onde eu conheço e nas lembranças que carrego de Shizuka, ele não seria tão megalomaníaco ao ponto de se juntar com Aoshin mesmo na pior das chances. Não consigo imaginá-lo, iniciando uma rebelião nessa escala e se unindo com Aoshin por conta própria, é certo que... Um acontecimento com Shizuka possa corromper ele, mas não nessa escala tão distorcida. Há algo de errado, uma peça faltando nesse quebra-cabeça. Então, me diga... Não estaria esquecendo de me contar algo? Algum detalhe importante que possa esclarecer essa confusão? Pois até mesmo vocês, não me parecem do tipo que se corromperiam tão facilmente, ou estou errada?

Yoikami, com uma calma inquietante, fecha os olhos enquanto leva à boca uma caneca de café. A jovem mulher, cega aos olhos do mundo, parece se queimar por um instante, mas logo retoma a fala, sua voz carregada de uma autoridade sutil.

Confio em Kyosuke Yoru. Para mim, você pode compartilhar qualquer informação com ele... Mas quanto ao Ken... ou King Clown... Confesso que não tenho apreço por esse indivíduo. Ele pode parecer leal a Hagoromo Ann, mas suspeito que seja a maior ameaça à nossa organização. Além disso, ele poderia eventualmente se disfarçar de qualquer um de nós, e fazer qualquer tipo de ação problemática, escapando ileso de qualquer punição. A existência daquele indivíduo perturba qualquer tipo de ordem que possa existir, é um problema, de fato. É sempre bom, tentar reduzir a quantia de informação que chega até ele, mas não podemos, é claro, ele perceber que estamos fazendo isso.

Por fim, agora ela comentava sobre Ayaka e a tal Adaga:

Então, o novo chakra que entrou na vila e está agora com Ann em seu quarto pertence a essa tal de Ayaka, certo? Não tenho uma opinião formada sobre isso, mas talvez fosse melhor isolá-la o quanto antes. — Seus olhos cegos assumiram uma expressão séria. — Não estou sugerindo que a matemos, mas aprisioná-la em algum lugar confortável e forçar esse alter ego a se manifestar por completo pode ser a opção mais inteligente para tentarmos manter algum dialogo de fato. Enquanto ele não estiver convencido de que não somos uma ameaça, ela pode nos causar problemas. Contudo, aprisionar alguém, independentemente da situação, pode fazer com que Ayaka nos odeie ainda mais, inviabilizando qualquer chance de aliança. Bem, nem tudo sai como queremos, mas pelo menos ninguém morre. Além disso, eu poderia purificar a influência do Genshi-zou sobre a adaga, reduzindo seu poder e facilitando o transporte. É isso o que você quer?

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País dos Redemoinhos
Por volta das 22 horas.

Por fim, depois de se comunicar com Ryo que parecia um tanto sonolento naquele horário e um tanto inacessivel, Uchiha Yashin e Kyosuke Kuroi iriam se mover para um território mais seguro naquele momento e tentariam produzir lava com algum sucesso, através de um complexo uso de técnicas de Katon e Doton, porém, além do movimento entre eles ser praticamente inútil para chocar tal ovo, o grupo notou que a casca daquele ovo era inexplicavelmente dura e não parecia absorver calor com muita facilidade, como se a criatura presa dentro do ovo, não estivesse conseguindo absorver a quantidade de calor usufruida nos jutsus de Yashin e Kuroi. Porém, era quase certo que o calor gerado pelo Katon de Yashin estava próximo, se não mais potente do que o magma que geralmente sairia de um vulcão. Aquele ovo definitivamente iria chocar caso caisse num vulcão ativo? Parecia um pouco díficil de acreditar... Eles haviam sido enganados? Ou precisavam de ainda mais calor para chocar tal ovo?

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Após a falta de sucesso, Yashin e Kuroi se movimentariam até o quarto de Ann, ambos ouviriam alguns murmurios como se ambas garotas estivessem conversando, curiosamente não parecia ser uma conversa pesada, quase como se a presença de Ann não incomodasse Ayaka de fato. A conversa porém não parecia útil ou produtiva, era definitivamente uma conversa casual entre garotas com idades semelhantes. Ao bater na porta, porém um silêncio notório aconteceu, depois de um longo minuto. Hagoromo Ann emergiu da porta, fechando-a bruscamente e com um sorriso tímido comentou ao usufruir de sua projeção:

Bom, eu conversei um pouco com Ayaka e, pelo que percebi, ela não parece ser uma pessoa ruim. Ela foi bastante prestativa e respondeu todas as perguntas que pode. Isso torna qualquer atitude contra ela um pouco amarga. Embora ela se chame de Ayaka, parece que esse nome foi dado pelo Otokage e ela simplesmente o assimilou, pois não tem acesso às suas memórias. — Hagoromo Ann suspirou e continuou. — O nome "Sakuya" parece ser um gatilho para ela. Devemos evitar usar esse nome perto dela. De resto, prefiro que tentemos abordá-la de forma amigável. Podemos deixá-la viver um tempo em nossa vila e absorver a atmosfera. Se ela realmente tiver algum objetivo nocivo contra nossa organização, pode ser fruto de uma má interpretação causada por esse "alter ego". Se conseguirmos mostrar que está errada, talvez possamos convencê-la a se unir a nós.

Ann olhou para o chão e acrescentou:

Mas isso também significa que corremos o risco de algo sério acontecer. A manifestação dentro dela parece carregar uma intensa sede de sangue. Não quero nem imaginar o que poderia ocorrer com o Yoru-san ou com qualquer um de nós, se a situação se agravar... E... Posso afirmar, ela é mais forte do que aparenta, a musculatura de seu corpo, é tão rígida quanto aço. Apenas um eximílio usuário de taijutsu consegue ter acesso a um corpo como aquele. — Ela lançou um breve olhar para a porta de seu quarto. — No final, vou acatar a decisão de vocês. Contudo, acho que o melhor é esperar e tentar conquistar a simpatia dela de alguma forma.

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Antes que continuassem falando, King Clown iria emergir naquela região, o sujeito simplesmente parecia estar assobiando de forma zombeteira enquanto iria se encostar numa parede próxima de Ann. O comportamento daquele palhaço era visivelmetne desrespeitoso com a presença de Yashin e Kuroi, porém, ele parecia bem coperativo com a garota do Clã Hagoromo. Sua voz parecia até mesmo suave:

Boa noite, Ann-chan. Apenas gostaria de informar que vários moradores do vilarejo estão começando a ficar doentes repentinamente, inclusive o Ortêncio acabou de desmaiar não faz muito tempo. Investiguei rapidamente e descobri um fungo estranho crescendo junto com o trigo que estávamos usando para fazer pão e que era distribuído como alimentação geral. Embora esse fungo não pareça ser mortal, vários civis estão relatando diarreia com sangue, o que é no mínimo preocupante no ponto de vista médico. Pensei que você gostaria de dar uma olhada nisso. Avise o Yoru-sensei e a Shizuka, pois parece que vocês, iroyonin(s), terão bastante trabalho nas próximas semanas. — Ken finalizou com um sorriso zombador para Yashin e Kuroi. — Eu estarei investigando o País dos Redemoinhos mais a fundo. Tenho a impressão de que há algo mais profundo por trás desses incidentes bizarros que ocorrem com frequência na região. Acho que descobri o que pode estar causando tudo isso... Se quiserem me acompanhar no futuro, "Yashin-sama e Kuroi-sama", sigam para o Sudeste dessa região. Não seria produtivo levar muitas pessoas como costumam fazer em suas missões. Para o local que estou indo, quanto mais pessoas, mais perigoso parece ser.

O estranho palhaço desapareceu em uma nuvem de fumaça, sem fornecer mais explicações. Sua natureza duvidosa sugeria que seguir suas sugestões poderia não ser a melhor opção. O grupo, portanto, tinha decisões importantes a tomar, incluindo o destino da jovem Ayaka. Com base nas opiniões de Ann e Yoikami, o grupo deveria considerar se deveriam prender Ayaka, conversar com ela ou limitar suas ações de alguma forma.

Ação livre para @Heimdall e @Gaius

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As conversas no vilarejo tinham deixado claro que haviam duas prioridades no momento. Tomar uma decisão em relação à Ayaka e garantir que o País dos Redemoinhos seja um local seguro para nossa estadia à longo prazo. Para a segunda, as informações do samurai e a investigação de Ken indicavam o caminho. Para o primeira, por outro lado, a decisão estava completamente em nossas mãos. Sem perder muito tempo, entro no quarto de Ann para conversar com a enigmática mulher.

Você está melhor, Ayaka-san? Primeiro, quero pedir desculpas... o que você tinha aceitado era eu mostrar a visão que eu tive, não a segunda parte. Sei que pode ser difícil confiar em mim no momento, mas eu dou minha palavra que não conjurei aquela mulher no fim. O que eu fiz de errado foi romper um Fuinjutsu na sua mente sem permissão. Quando eu estava conectado com você, pensei na possibilidade da sua memória não estar simplesmente reprimida ou fragmentada, mas sim selada com algum tipo de técnica. Quando eu avaliei a situação, foi exatamente o que aconteceu e... talvez na esperança de resolver o problema todo de uma vez, eu tentei romper o selo. No fim eu só rompi uma parcela, e foi dali que saiu o alter ego que vimos no fim.

Esse alter ego parece ser uma manifestação das suas memórias, uma manifestação que claramente tem um objetivo que quer cumprir a qualquer custo. Meu medo é que esse objetivo seja atacar alguns de nossos ninjas. É uma situação complicada, porque se essas memórias estiverem agindo com base nas possibilidades de outra realidade, realmente faria sentido atacar. O problema é que essa realidade é diferente daquela, o que pode gerar um mal entendido. O que eu quero é que consigamos resolver esse mal entendido, afinal eu acredito que o verdadeiro inimigo que nós temos é o Aoshin.

Com tudo isso em mente, o que eu peço a você é tempo. Nossa localização é extremamente sigilosa, se ela chegar em Kumogakure, não vai demorar até sermos liquidados. Não sei ao certo como você conseguiu nos descobrir aqui, mas isso acabou criando um problema. Se não conseguirmos resolver a "pendência" com sua alter Ego, acaba se criando um risco enorme para a nossa organização. O que eu quero é que você fique no nosso vilarejo por um tempo. Conheça as pessoas, converse com os nossos conselheiros, principalmente a Yoi, enfim, entenda com seus próprios olhos o que é a Byakuren. Depois disso, se você permitir, eu quero ir rompendo as outras camadas do Fuinjutsu. Eu sei que foi dolorido da primeira vez, mas eu tenho convicção de que é melhor mergulhar nesse problema até resolvê-lo do que tentar ignorá-lo. O que me diz?


Se ela aceitar se integrar ao vilarejo, conversaria com Ann para providenciar uma residência para a mulher. Caso ela fosse irredutível, querendo ir embora a qualquer custo, o movimento seria reunir alguns dos ninjas mais fortes (Bee, Yoru, etc) e capturar a mulher. Nesse caso, depois que ela fosse neutralizada em combate, eu aplicaria o Kinkoju no Fuda com a mesma ordem que embuti no samurai. Após isso, ela seria colocada no mesmo local do samurai.

Qualquer que fosse a resolução da "situação Ayaka", o próximo movimento seria ir atrás de Ken para resolver as maluquices dessa ilha amaldiçoada de uma vez por todas.

@Ben Ikneg @Gaius

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Entendo... então de fato ninguém considera muito o Ken como um aliado. Eu também não deveria, mas algo me diz que ele pode ser diferente. Se em uma realidade nesse tal universo cíclico eu, Yashin e os outros estivemos juntos tentando destruir outras nações, por que não poderíamos nessa seguirmos com nossas reais intenções e limpar Kumogakure e estabelecer a mesma realidade que o Mizukage sonhava? No fim das contas, eu sabia que  o Ken era um espião de Kirigakure e tinha como intenções a captura das bijuus, mas não há como inferir que essa realidade seria imutável, afinal, eu mesmo me via mudando constantemente no decorrer das missões.

Retornando ao contato com a Ayaka, acompanharia o Yashin e suas palavras, indicando que nossas intenções eram boas e serviriam justamente para evitar aquele pesadelo que todos nós vimos. Tentaria utilizar de boa capacidade argumentativa, mas sem mencionar o nome ou mesmo a existência da irmã daquele trio de Kirigakure no Sato. Assim, nos dispensando após apresentação da Byakuren, partiria com o Yashin para iniciarmos a resolução de problemas do País dos Redemoinhos.

@Ben Ikneg

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Vilarejo Central
Por volta das 22 horas.

Por fim, após um instante de reflexão, Uchiha Yashin traçou mentalmente o curso de suas próximas ações. Hagoromo Ann, que havia acabado de chegar à vila, sentia uma mistura de exasperação e cansaço após ouvir o amontoado de trabalho que King Clown havia direcionado para ela; os eventos se desenrolavam rápido demais, deixando-a sem tempo para descansar efetivamente. Ainda assim, optou por se manter em silêncio, observando com um olhar penetrante enquanto o Uchiha e Kyosuke atravessavam a soleira e adentravam no quarto à sua frente. Outra situação que parecia cansativa, apenas de olhar.

O ambiente dentro do quarto era acolhedor e um tanto simples, mas havia uma certa aura de serenidade. As paredes eram revestidas de madeira escura, que exalava um perfume suave de pinho, misturado ao leve cheiro de incenso que queimava em algum canto. Uma luz suave, vinda de uma lâmpada de papel shoji, iluminava o cômodo, conferindo-lhe uma tonalidade dourada e convidativa.

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Ayaka, uma jovem de pele pálida como o luar, estava recostada em uma pequena e confortável poltrona, posicionada ao lado de uma cama coberta com um cobertor de lã verde musgo. Seu olhar estava absorto nas páginas de um volumoso livro, cujo título intrigante—"O Monstro Sem Nome"—destacava-se na capa antiga e um tanto desgastada. O leve ranger das páginas conforme ela as virava parecia ecoar no silêncio do quarto, compondo uma melodia quase imperceptível que harmonizava com a tranquilidade do ambiente.

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A garota pálida, com seus olhos claros correndo pelas linhas do texto, parecia enfrentar alguma dificuldade em decifrar as palavras, mas mantinha-se entretida. Absorvida na leitura, mal notou a presença de Yashin e Kuroi ao seu redor. Sem levantar o olhar, ela virou o livro em direção a Hagoromo Ann, revelando uma ilustração peculiar nas páginas desgastadas:

Huh, Hagoromo-chan, onde você conseguiu esse livro infantil? A arte dele é bacana, porém... Achei um pouco assustador e confuso. Por qual motivo algumas histórias para crianças são tão creepy?

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Ann quietamente responderia, através de sua projeção ilusória:

Achei numa casa destruída próxima dessa região, aparentemente o autor é desconhecido. Algum problema? Geralmente contos de fadas tradicionais, são criadas para ensinar lições de moral ou alertar sobre perigos reais. Essas histórias usavam o medo para transmitir mensagens sobre os perigos da desobediência, da curiosidade excessiva ou da desonestidade, preparando as crianças para lidar com o mundo e a sociedade ao seu redor. Acho que no fundo, faz sentido, algumas histórias para criança serem assustadoras, não é?

Qual seria a moral da história desse conto, então? Todos que interagiram com o monstro dessa história, se deram mal, pelo o que estou vendo... A moral da história é... Não acreditar em monstros?

Nesse exato momento, Ayaka ergueu o olhar, percebendo finalmente a presença de Yashin e Kuroi no quarto. Seus olhos se arregalaram brevemente, traindo um medo súbito que ela logo tentou suprimir. Em vez de recuar ou demonstrar timidez, forçou um sorriso confiante e otimista, embora o leve tremor em suas mãos revelasse o esforço por trás dessa máscara. Porém, como se um interruptor tivesse sido acionado, o medo que antes cintilava em seus olhos se extinguiu por completo. Sua expressão relaxou, e ela passou a agir de forma tão natural e alegre que a mudança quase parecia antinatural. A transição foi tão abrupta que causou um leve desconforto, uma sensação de que algo não estava completamente certo.

Huh... Certo, o que me assustou um pouco naquele acontecimento foram alguns fragmentos de memórias que surgiram na minha mente, alguns sons e vozes. Acho que lembrei do nome de algumas pessoas importantes para mim... O que me deixou realmente com medo foi aquela mulher que apareceu no genjutsu. Quando ela me tocou, senti uma necessidade estranha de... fazer justiça? Limpar o lixo? É difícil explicar… Você falou que o verdadeiro inimigo é o tal Aoshin, certo? Alguém nessa vila pode me explicar o que seria esse tal "ser"?

Ela fechou os olhos, como se tentando organizar seus pensamentos, mas continuou falando:

Aquela mulher chata e inundada de ódio, sou eu? Isso faz sentido de algum modo? Hm... Okay…

Ayaka se levantou, e um leve estalo pôde ser ouvido quando ela ajeitou os ombros. Seus olhos se desviaram brevemente na direção da Gunbai do Uchiha, admirando a peça com uma mistura de curiosidade e respeito. Em seguida, ela voltou sua atenção para Yashin, respondendo à proposta final com uma sinceridade inesperada:

Eu tenho uma dívida com o Otokage, ou melhor, Orochimaru. Se não for muito incômodo, acho que aceitaria, sim, viver nessa vila, se me permitirem pelo menos pagar a tal dívida que devo para ele. O clima aqui me parece legal, apesar de que... Eu tenho dúvidas se é o lugar mais seguro do mundo, está cheio de monstros e bem... Eu achei vocês muito facilmente, não é mesmo? Bastaria alguém perguntar para os mesmos corvos que conversei, para deduzirem onde vocês estão morando.

Assim que a decisão de Ayaka se estabelecer na vila foi confirmada, Hagoromo Ann lançou um olhar de relance para Kuroi. Sabendo que ele era o único com a capacidade de projetar uma nova residência no momento, a situação estava prestes a se resolver rapidamente. Kuroi, com uma expressão de foco e determinação, começou a trabalhar na criação da nova moradia para Ayaka. Enquanto ele se dedicava a montar a casa, Ann tratava dos detalhes burocráticos necessários para que Ayaka se tornasse uma moradora oficial do Vilarejo Central. O processo foi conduzido com eficiência, garantindo que Ayaka estivesse formalmente integrada à comunidade sem demora.

Kyosuke Ayaka pode ser encontrada no Vilarejo Central agora.
Nível Estimado: Elite - ???


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Com a nova residência de Ayaka estabelecida e a papelada finalizada, Uchiha Yashin e Kyosuke Kuroi não perderam tempo. Sem hesitação, ambos se prepararam para partir em direção ao ponto do mapa onde King Clown estava localizado. A urgência em suas ações refletia a importância da missão que tinham pela frente. Eles se dirigiram rapidamente para o local, suas expressões sérias e decididas indicavam que estavam prestes a enfrentar um desafio significativo.

Narração continua no seguinte tópico: @Heimdall @Gaius
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Vilarejo Central
Por volta das 3 horas.

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À medida que Enkei, Sakamoto e Kasumi adentravam o Vilarejo Central, o ambiente ao redor se transformava em uma cena de inquietação e silêncio perturbador. O vilarejo, que costumava ser vibrante e repleto de atividade, estava envolto em um silêncio opressivo. As casas de madeira, outrora acolhedoras e cheias de vida, apresentavam fachadas desgastadas e janelas embaçadas, como se o próprio lugar estivesse mergulhado em um estado de apatia profunda.

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Sakamoto e Kasumi, observando o cenário, notaram sinais evidentes de combate. Corpos de criaturas que aparentemente haviam invadido a vila estavam espalhados, com um corpo de rato gigante visivelmente empoleirado acima de uma pequena casa. Um homem conhecido por Enkei, Bee, estava caído sobre o gigante rato morto. Bee, o Jinchuuriki do Hachibi, aparentemente havia sido o responsável pela eliminação do monstro. Sakamoto, ao ver a cena, exibia uma expressão de susto e preocupação.

Esse é o lugar, Enkei-san? Pelo que você disse... Achei que era um lugar mais seguro...

NÃO... GOSTO... DESSE... LUGAR...

O trio, exausto após uma jornada cansativa, apresentava sinais claros de fadiga. Seus passos eram pesados, e o cansaço se refletia em seus olhos, que lutavam para se manter abertos. Kasumi, com o rosto pálido e olheiras profundas, mal conseguia acompanhar o ritmo dos companheiros. Sakamoto, carregando uma mochila cheia de suprimentos, parecia pesar não apenas fisicamente, mas também emocionalmente, seu olhar fixo na linha do horizonte como se esperasse que o vilarejo oferecesse alguma solução para seus problemas.

Conforme se aproximavam do centro do vilarejo, a sensação de desconforto se intensificava. As ruas estavam cobertas por uma camada de poeira e sujeira, e os poucos moradores que apareciam nas sombras das portas fechadas pareciam perturbados, evitando qualquer contato visual. Mais alarmante eram os sinais de recente combate — marcas de explosões, rachaduras nas paredes e vestígios de batalhas recentes. Algumas conversas inquietas eram facilmente ouvidas:

Esse lugar não estava seguro há pouco tempo? O que está acontecendo?

Bom... Bee-san nos protegeu da investida daquele monstro. Então... Na teoria, estamos seguros...

Foda-se o monstro, meu amado filho está vomitando sangue, porra... Pensei que finalmente tínhamos achado um lugar decente para morar. Se ele morrer por causa de uma merda de um fungo que não verificaram na merda do trigo que fazemos pão, eu vou incendiar essa merda de vila.

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À medida que se aproximavam do centro do vilarejo, uma sensação crescente de desconforto os envolvia. O ar estava carregado de uma tensão palpável, e murmúrios baixos e angustiados podiam ser ouvidos se escutassem com atenção. Algo sombrio e perigoso parecia pairar no ar, quase palpável. De repente, Enkei foi surpreendido por uma figura emergente atrás dele. Kyosuke Yoru, com seu rosto antipático e olhos azuis penetrantes, tocou o ombro de Enkei. Apesar da expressão severa, sua voz era surpreendentemente suave, em contraste com sua aparência.

Huh, Enkei-san, então você está vivo... Que bom... — Ele deu um breve suspiro de alívio e continuou. — Algumas coisas estranhas aconteceram enquanto você estava fora. Alguns habitantes estão com uma doença relativamente fatal, e acredito que precisarei de algumas ervas específicas para preparar um remédio que alivie a dor deles. Você poderia coletar algumas folhas de Cannabis sativa, Cannabis indica, e Artemisia annua na Floresta Espiral? Segundo Ann-san, seus amigos, Yashin e Kuroi, devem estar por perto daquela região.

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Antes que Enkei pudesse responder, uma imensa e estranha borboleta emergiu no céu escuro, encarando diretamente Yotsuki Enkei e Kyosuke Yoru. Logo atrás dela, surgiram duas outras criaturas, semelhantes a uma espécie de "rainha" borboleta, ampliando a ameaça que pairava sobre o grupo. O garoto Yotsuki havia enfrentado aquela criatura anteriormente, mas a diferença era agora palpável. A borboleta do meio parecia ter se tornado muito mais poderosa. Murmúrios incompreensíveis escapavam de sua boca, enquanto seus olhos ardentes fitavam Enkei e Yoru com uma raiva palpável.

Cada uma das rainhas borboletas emanava uma aura de poder e determinação. Seus corpos, com uma beleza delicada, contrastavam com a ferocidade de seus olhares. A primeira Rainha Borboleta, com um visual particularmente estranho e antenas tremulando ligeiramente, parecia estar avaliando a situação com uma atenção meticulosa. Seus olhos se fixavam especialmente em Yoru e Enkei, como se procurassem um ponto fraco para explorar.

A segunda Rainha Borboleta voltava sua atenção para Sakamoto e Kasumi. Suas asas batiam suavemente enquanto pairava no ar, emanando uma presença imponente e majestosa que misturava uma ameaça sutil com um fascínio hipnótico. A terceira Rainha Borboleta, com uma aura de expectativa palpável, dividia seu olhar entre Yashin e Kuroi. Suas asas agitavam-se com uma energia pronta para ser liberada, sinalizando a iminência de um ataque devastador.

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No entanto, antes que a terceira Rainha Borboleta pudesse focar seu ataque, um vulto branco cruzou o céu com uma velocidade impressionante e desferiu um golpe letal, dividindo a borboleta em dois. O vulto se revelou como uma jovem garota com um rabo de cavalo bem preso, vestindo um moletom branco e segurando um kunai personalizado. Ela emergiu no meio da vila com uma graça letal e uma atitude de desdém. Visivelmente existia um estranho vapor emanando de seu corpo, parecia até mesmo chakra.

É... Como eu imaginava... Esse lugar não é nada seguro. Quem foi o gênio que escolheu esse lugar para criar uma vila? — dizia a garota pálida, seu tom entediado contrastando com a gravidade da situação.

Ação livre para @Yagi

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Ótimo, esse lugar virou um caos...

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Viro-me para Sakamoto e Kasumi e os respondo:

— Pois é, esse era pra ser um local seguro. Quando chegamos, apenas uns coelhos endiabrados ocupavam as florestas, além de alguns habitantes assustados. Pelo visto, os líderes não foram capazes de manter a segurança daqui, o que é lamentável.

Olho atentamente ao redor quando me deparo com Yoru, que logo me encarrega uma tarefa sem dar muitas explicações.

— Então é assim, eu sigo suas ordens em busca de poder e já me tratam como morto? Não é um prazer, Yoru. Se até o Bee-san está cansado, não imagino os perigos que estejam nos circundando nesse exato momento. Por falar nisso, Yoru, esses dois aqui não são nossos inimigos, mas novos aliados, Sakamoto e Kasumi, respectivamente. - Aponto Yoru para a dupla, também indicando que o médico de quem falei já se fazia presente - — O Sakamoto fez o desafio do Ego, então está mais do que apto a confrontar as perturbações espirituais, mas não veio de graça, você deve ajudá-lo assim que puder, com seus poderes curativos...

Enquanto dialogávamos, uma interrupção macabra ocorre. As borboletas que surgem no céu despertam nossa atenção, mas tão logo surgem e uma delas já é obliterada por uma desconhecida, aparentemente ainda de pijama.

— Okay... não acho que essas coisas mereçam nossa atenção, Sakomoto, Kasumi... conseguem lidar com isso, Yoru e desconhecida de pijama? Se sim, iremos em direção à floresta para coletar as ervas... apesar dos nomes bem suspeitos.

No que segue, aguardaria a resposta de ambas as duplas para engajar em combate ou seguir rumo à floresta.




@Ben Ikneg

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Vilarejo Central
Por volta das 3 horas.

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Com um poderoso grito, a estranha borboleta escura parecia gritar fazendo o som de sua voz ecoar por toda vila, Enkei imediatamente conseguiria sentir seus ouvidos corroendo com aquele ataque, se ele recebesse outro daquele ataque visivelmente poderia ficar surdo, mas não demorou muito para que Yoru, com selos de mão ageis, lançasse uma espécie de bola de fogo contra o monstro alado que seria violentamente empurrado sobre uma construção, sentindo seu corpo ser parcialmente carbonizado.

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Vendo tal situação, Kyosuke Yoru olharia de relance para Yotsuki Enkei e confirmaria com sua cabeça que iria cuidar daquela situação sem a ajuda direta do garoto.

Pode seguir em frente, apenas não esqueça de coletar as ervas que eu pedi. Elas são importantes, viu? Pode usar sua harpia para transportar para essa região, o mais rápido que puder, tudo bem?

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Não seriam mais necessários palavras. Porém, assim que Enkei fizesse menção de seguir em direção da Floresta Espiral, Sakamoto e Kasumi parecem encarar o rosto de Yoru por um longo periodo como se precissasem falar com ele, sobre um assunto mais urgente que aquele caos intenso.

Pode ir na frente, Enkei-san, em breve vamos atrás de você, prometo... Só temos que ter uma longa conversa com esse iryonin antes. Beleza?

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A garota de cabelos brancos encarou Enkei por alguns segundos, um leve sorriso surgindo em seus lábios, como se achasse a aparência dele divertida ou até ridícula, era difícil de saber. No entanto, logo o ignorou, focando sua atenção na estranha borboleta de cor escura que voava por perto. Discretamente, ela se aproximou de Kyosuke Yoru, como se quisesse cuidar de suas costas, mas havia algo de provocativo em sua postura. Com uma voz carregada de sarcasmo, ela comentou:

Uma perguntinha, quebrador de narizes alheios, eu ganho salário por estar protegendo essa vila? Tipo, uns 500 ryos e tals, seria um bom negócio, né? Quero comprar umas roupas novas... Essa daqui, não tá com nada... Queria comprar algo mais azul com estampas de um dragão estiloso, sabe? — disse Ayaka, tentando forçar uma simpatia com Yoru, mas sua voz parecia carregar uma antipatia natural.

Yoru, com uma expressão visivelmente antipática, respondeu sem muito entusiasmo:

Você me parece bem rápida. Se conseguir impedir os ataques dos monstros antes que destruam as casas, eu te ofereço algum pagamento... Mas… — ele fez uma pausa, claramente incomodado com o apelido que Ayaka havia inventado. — Quebrador de narizes alheios? Que porra de apelido é esse? De onde isso veio?

Ayaka travou por um instante, como se estivesse tentando encontrar uma justificativa, e depois virou o rosto para cima, pensativa:

Sei lá, acho que combina com seu rosto feio. Não me julga não, minha memória é ruim, moço. — respondeu ela, com uma expressão que mesclava desdém e desinteresse, como se realmente não se importasse com a reação de Yoru.

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Floresta Espiral
Por volta das 4 horas.

Yotsuki Enkei avançava pela floresta com a destreza e silêncio de um caçador, os olhos atentos nas pegadas recentes que indicavam o caminho de Yashin e Kuroi. O ar estava pesado, carregado de uma tensão quase palpável. Ele sabia que não estava longe de alcançá-los, mas algo no ambiente parecia fora do comum.

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Enquanto avançava, Enkei notou que os animais ao redor começavam a fugir desesperadamente da área. A floresta, normalmente viva e vibrante, agora era um caos de criaturas correndo em todas as direções. Graças à sua habilidade "Selvagem Civilizado", Enkei podia ouvir com clareza os gritos de alguns animais de tamanho incomum, alertando seus filhotes:

O HOMEM DA MÁSCARA ESTÁ CHEGANDO... O HOMEM DA MÁSCARA ESTÁ CHEGANDO... CORRAM PELAS SUAS VIDAS!

Essas palavras ressoavam em sua mente como um presságio sombrio. Um calafrio percorreu sua espinha. Algo terrível estava prestes a acontecer, algo que ele não podia ignorar. Seus instintos gritavam que seus amigos estavam em perigo iminente.

Yotsuki Enkei, o mais jovem e, talvez, o mais fraco do time Yugito, sentia o peso da decisão que tinha diante de si. Ele poderia se lançar imediatamente no combate, se intrometer e tentar ajudar seus companheiros antes que fosse tarde demais. Ou, por outro lado, poderia esperar o momento certo para agir, buscando a oportunidade perfeita para virar o jogo a favor deles.

A escolha era dele, e ele sabia que o que decidisse agora poderia mudar o destino de todos.

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Abismo do Totem Etéreo - Neutro
Por volta das ?? horas.


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A escuridão era absoluta, cortada apenas pela presença enigmática de Unknown, uma entidade suspensa num espaço etéreo e profundo, onde fragmentos de realidade, como miragens distorcidas, flutuavam em torno de seu corpo. Em uma posição meditativa, ele contemplava as projeções de seus portadores de Ego — guerreiros, criaturas, forças além do entendimento comum. Tudo era uma ordem silenciosa. Até que algo... perturbador... rompeu o silêncio.

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De repente, ele sentiu uma fissura sutil — algo rasgava as bordas de seu plano mental. Uma sensação quase tangível de desconforto. Suas visões começaram a tremer, como se um novo peso houvesse invadido o espaço. Então, sem aviso, raízes grotescas e flores estranhas emergiram das profundezas desconhecidas, serpenteando em direção à sua mente como tentáculos famintos. Unknown estreitou os olhos, sentindo a ameaça que se aproximava. Antes que pudesse reagir, seu corpo foi tomado por formas de argila que começaram a cobrir sua pele como uma segunda carne pulsante. Criaturas maleáveis e amorfas formavam-se e deformavam-se, como se quisessem engoli-lo inteiro.

O... que é isso? — sua voz ecoou no vazio, uma mescla de confusão e furor.

Explosões irromperam em volta dele. As criaturas de argila implodiam violentamente, o impacto era caótico e devastador. O manto negro que cobria Unknown foi destruído em fragmentos, expondo uma carne escaldada, queimada e corrompida. O ser foi arremessado para trás, mergulhando em um mar de sombras líquidas. Mas ele não seria vencido tão facilmente. Erguendo-se em uma fração de segundo, com um gesto firme, manifestou seu bastão etéreo. Ao bater no solo, sua voz ecoou, fria e incisiva, chamando por seus aliados:

Kyuiin, Eltanin, Anomalia, Fenrir, Youma, Kasumi, Thor, Hyouka... Manifestem-se! Protejam este lugar!

Uma onda de criaturas etéreas emergiu do plano etéreo. Figuras sombrias e avassaladoras, de poderes inimagináveis, avançaram em direção às flores espirituais que agora infestavam o espaço mental de Unknown. Elas tentavam devorá-las, destruir a contaminação antes que se espalhasse... mas algo estava errado.

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De repente, o colossal Eltanin, o dragão de proporções titânicas, a entidade conjurada de Yashin, parou de se mover. Seus olhos, antes ferozes e repletos de poder, tornaram-se rubros, escurecidos e vazios. Seus movimentos, antes majestosos, tornaram-se lentos e erráticos.

Eltanin? O que está acontecendo...? — sua voz se perdeu no ar, como se as palavras não tivessem peso algum.

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As outras criaturas — Kyuiin e Youma — também pararam. Flores bizarras e pulsantes começaram a brotar em seus corpos, enraizando-se em suas peles e ossos. Suas essências estavam sendo corrompidas. Os olhos de todos agora estavam vermelhos como brasas, consumidos por uma escuridão sufocante.

"Um dia, quando eu tomar tudo o que você possui e até sua vontade for apenas uma sombra, você será feliz, não porque escolheu, mas porque eu assim decidi."


[...]

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Durante o intervalo de três anos, Uchiha Yashin se dedicou intensamente ao fortalecimento de si mesmo e da Byakuren, a organização que co-liderava no País dos Redemoinhos. Com um único objetivo em mente — superar suas próprias limitações —, ele concentrou seus esforços em várias frentes interligadas.

Nos primeiros meses, Yashin trabalhou de perto com a comunidade local, integrando os remanescentes do clã Uzumaki à vila e promovendo o desenvolvimento urbano. O Vilarejo Central, mesmo sem o desejo explícito dos líderes da Byakuren, cresceu mais do que o inicialmente planejado. Boatos começaram a circular no mundo shinobi, sugerindo que Uzushiogakure no Sato retornaria com força, especialmente após Yashin, Kuroi, Enkei e outros terem quebrado a espada maldita. Ao lado de Nanami, Yashin compilou o conhecimento dos antigos escritos e práticas, respeitando os segredos que ela protegia. Ele compreendia que informação era poder, e sob sua liderança, o arquivo da Byakuren se expandia, tornando-se uma valiosa fonte de sabedoria ninja.

Paralelamente, Yashin conduziu uma diplomacia cuidadosa, buscando alianças estratégicas. Ele firmou uma discreta aliança com o País do Ferro, mantida em segredo do restante do mundo shinobi. Com a ajuda de Enkei e Kuroi, ele também estabeleceu uma aliança com Tsunade, a Hokage, que os procurou indiretamente em busca de informações sobre os acontecimentos em Kumogakure no Sato.

Após o ataque devastador causado por Kaguya Sakuya, uma inimiga da Byakuren, algo inexplicável aconteceu: seu corpo foi misteriosamente transformado em uma estátua inquebrável. Esse fenômeno, que parecia quase impossível de ser revertido, deixou a organização em um dilema sobre o destino daquela que havia sido uma ameaça. Em uma votação entre os membros mais influentes da Byakuren, decidiu-se que a adaga sagrada — uma arma lendária, dotada de poderes desconhecidos — seria utilizada na estátua de Sakuya. O resultado foi surpreendente: o toque da adaga fez com que a petrificação se desvanecesse, trazendo Sakuya de volta à sua forma original.

No entanto, sua libertação não significava que ela estava livre. Os líderes mais poderosos do Vilarejo Central optaram por impor um tratamento especial à Sakuya, temendo traições futuras. A decisão foi reforçada por sua recusa em fazer um pacto com Uchiha Yashin, usando o poder de seu Shinigami. A situação se tornou ainda mais tensa quando Yoikami, inundada pelos resquícios de sentimentos da antiga Shizuka que teve seu irmão fatalmente atacado, ficou emocionalmente abalada após ver Kyosuke Yoru cair em um estado acamado, onde a Entidade da Ordem acabou atacando a jovem mulher, causando diversos ferimentos em Sakuya e deixando-a cega de um olho. Outros membros notáveis da Byakuren, como Bee, Yugito, Ryo, e alguns aliados influentes, decidiram que a melhor solução seria manter Kaguya Sakuya sob contenção numa prisão especial. Assim, uma prisão especial foi criada para ela. A cela, cuidadosamente planejada e selada com um poderoso fuinjutsu elaborado por Ryo, servia para conter seu chakra, neutralizando suas habilidades. Curiosamente, Sakuya não se opôs a esse confinamento. Em suas palavras, essa prisão lhe proporcionaria uma oportunidade de observar mais atentamente o que ela acreditava ser a verdadeira fonte de corrupção dentro da Byakuren: a influência maligna que, segundo ela, corrompiria Kyosuke Yoru, Uchiha Yashin e Kyosuke Kuroi.

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Kaguya Sakuya, naquele momento, não era mais vista como uma inimiga declarada, mas tampouco era considerada uma aliada. Ela se tornara uma prisioneira enigmática, mantida sob constante vigilância no coração do Vilarejo Central. Embora seu chakra estivesse selado, sua presença ainda causava desconforto entre os membros da Byakuren, que viam nela um perigo em potencial, mas também uma fonte de mistérios ainda não compreendidos.

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Após ouvir os relatos de Ryo, O trio principal de Byakuren decidiu por conta própria investigar o que seriam esses tais espíões que estavam de alguma forma investigando a vila, o Uchiha ficou algumas boas semanas vigiando a floresta e não achou algo relativamente importante na área, e até mesmo achou por algum tempo que era de fato, um momento da decaida mental de Ryo, porém... Em um momento que Yugito e Bee haviam saído para treinar, tanto Yashin, Enkei quanto Kuroi... Juraram que viram algum tipo de... Monstro? Uma criatura bizarra parecia ter sido vista por um breve segundo, quase como se tivesse fundido entre as árvores, mas sumido misteriosamente num piscar de olhos.

Nos últimos três anos, Hagoromo Ann esteve ausente do País dos Redemoinhos, sua presença rara, quase etérea, como se deliberadamente se afastasse de tudo que a conectava àquele lugar. De forma negligente, ela permitiu que as afinidades que outrora mantivera se dissolvessem no tempo. Nem Uchiha Yashin, nem Kyosuke Kuroi—figuras próximas a ela—receberam qualquer sinal de contato. Era como se Ann, em sua postura sempre cautelosa, preferisse mantê-los à distância, longe dos perigos que seu caminho tortuoso poderia trazer. Por trás dessa decisão, havia algo mais profundo que ela não comentaria. Talvez fosse egoísmo, uma aceitação silenciosa de que, para atingir seus objetivos, ela teria de caminhar sozinha, com a morte rondando como uma velha conhecida. Evitar Yashin e Kuroi parecia, em sua mente, uma forma de poupá-los de sua própria destruição iminente. Sua ultima aparição dentro do Vilarejo Central tinha sido 1 ano atrás, quando ela voltaria para o Vilarejo Central, para capturar um remanescente da organização de Vayu que ainda não havia sido capturado.

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Todos membros restantes da organização de Vayu havia sido capturados e presos, alguns civis entre eles foram poupados já que Nanami havia conseguido convencer eles a agirem pacificamente, porém... O prisioneiro que Hagoromo Ann havia conseguido capturar, era um tanto estranho, ocasionalmente Kyosuke Kuroi sentia a intensidade do seu chakra mudar de uma hora para outra. Aquele sujeito era particulamente poderoso e não parecia amigável como os outros, então ele acabou tendo que ser preso numa sela especial, bastante reforçada, além de Uchiha Ryo teria que... Pelo menos mensalmente na prisão para reforçar o selo que inutilizava seu chakra, pois de uma forma inexplicável, aquele homem misterioso conseguia quebrar qualquer selamento que existia em seu corpo com uma facilidade absurda.

[...]

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Em algum momento, Yotsuki Enkei, talvez devido à convivência constante com Uchiha Yashin, começou a perceber algo estranho. Quando dormia, sua mente não se desligava por completo. Com frequência, ele acordava em pé, em lugares desconhecidos, fazendo coisas que não faziam o menor sentido: como cozinhar aleatoriamente, cortar as unhas em cima de uma árvore ou tomar banho em uma cachoeira gelada em pleno inverno.

Após uma missão realizada com Yashin e Kuroi, na qual escoltaram um jovem garoto para um vilarejo no País do Ferro — perto do castelo onde Genshi-zou se escondia e das estátuas de Chinoike Mizumi e Hawasaka Mirian — algo mudou. Foi então que flores espirituais de Oleandro começaram a brotar em seu pescoço. Enkei, intrigado com a conexão, lembrou-se de Muteki que estava investigando não faz muito tempo, um honrado shinobi de Kumogakure no Sato que, de forma repentina, passou a agir de maneira suspeita. Muteki foi exilado de sua nação após criar brigas desnecessárias com o Raikage e outros shinobi de alto escalão.

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As flores, enraizadas nas almas daqueles tocados por elas, pareciam controlar sutilmente seus corpos, impulsionando-os a se moverem de maneiras incomuns, a ficarem mais fortes... e, estranhamente, intensificavam sentimentos de raiva com uma fúria quase incontrolável. Enkei sentia-se à beira de se tornar algo que não era — um anarquista, um ser antisocial que não gostava da humanidade em seu grande geral, tudo contra sua própria vontade. A influência daquelas flores não era apenas física, mas espiritual, como se incitassem a rebeldia em níveis profundos e desconhecidos. Como isso havia ocorrido?

[...]

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A investigação parecia simples no início. O trio de Kumogakure havia sido designado para descobrir a razão por trás do misterioso desaparecimento de estoques alimentares. A vila já estava em alerta devido às circunstâncias incomuns, e a presença de bandidos na região não foi surpresa para nenhum deles. Em questão de minutos, os criminosos foram derrubados com facilidade. O ar estava tenso, mas controlado... até que algo inesperado aconteceu.

No meio da luta, um dos bandidos — que até então parecia insignificante — usou um genjutsu de alto nível, uma técnica que Yashin, o Uchiha do grupo, não percebeu a tempo. A ilusão o prendeu como uma armadilha invisível, sufocante e esmagadora. Ele sentiu sua mente ser invadida por uma pressão esmagadora, imagens distorcidas e caóticas se desdobrando diante de seus olhos. As vozes em sua mente sussurravam, gritavam, riam de forma distorcida. Yashin tentou resistir, mas o genjutsu era mais profundo e intrincado do que ele poderia imaginar. Seu corpo cedeu.

Ele caiu ao chão, exausto, os olhos vidrados, respirando com dificuldade. Era como se a própria realidade estivesse se desintegrando ao seu redor. O mundo rodava enquanto ele lutava para manter a sanidade, mas cada esforço era em vão. Foi nesse instante, no auge de seu desespero, que algo sombrio e perigoso se manifestou.

Do solo ao redor de Yashin, flores físicas de Oleandro começaram a crescer violentamente. As pétalas enegrecidas e os espinhos vibrantes despontavam como se fossem alimentadas por uma maldição, enraizando-se tanto no chão quanto em seu corpo enfraquecido. Era uma visão aterradora — as flores estavam emaranhadas em seus membros, crescendo mais rápido a cada segundo, como se estivessem absorvendo sua energia vital. Era algo mais profundo que um mero genjutsu; parecia uma manifestação física de algo muito mais antigo e maligno.

Yashin caiu numa febre avassaladora, mal conseguia respirar. Seu corpo tremia e suor cobria seu rosto. Cada movimento era um tormento, sua mente um campo de batalha entre a realidade e a loucura que o envolvia. Ele tentava se levantar, mas suas pernas não respondiam, e a febre o consumia cada vez mais. Kuroi, seu companheiro, o observava com uma mistura de preocupação e horror. Ele não tinha escolha. Carregou Yashin nas costas, com urgência, tentando manter o ritmo enquanto as flores malditas continuavam a crescer ao redor deles, como sombras vivas que os perseguiam. As estradas tortuosas e o peso do corpo febril de Yashin tornavam a jornada até o Vilarejo Central ainda mais extenuante.

Ao chegar ao vilarejo, Yashin foi levado para uma área isolada, onde pudesse ser tratado, mas a cura não era simples. Sua condição estava além do físico. O genjutsu e a maldição das flores de Oleandro deixaram suas marcas. Por dias, Yashin permaneceu inconsciente, o corpo febril e a mente fragmentada. Apenas Yoikami, alguns médicos treinados por ela e seu avô, Ryo, foram autorizados a vê-lo.

Yoikami parecia ser a única capaz de entender o que realmente estava acontecendo. Ele ficava em silêncio ao lado da cama, observando o Uchiha se contorcendo em agonia sempre que ela tentava retirar a energia maldita que estava impregnando seu corpo, como uma maldição viva que se recusava a desaparecer e caso sumisse... A vida do próprio Yashin seria levada com ele, o que fazia Yoikami hesitar em anular tal maldição. O avô de Yashin, Ryo, oferecia palavras de encorajamento, mas até ele sabia que algo profundo havia sido desencadeado naquele momento, algo que talvez ninguém pudesse compreender completamente. A mente de Yashin estava presa entre o presente e o que parecia ser uma escuridão sem fim, um lugar onde as flores de Oleandro cresciam incessantemente.

[...]

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Quarto Hospitalar
Por volta das 11 horas.

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Na penumbra daquele quarto isolado, uma mulher de pequena estatura adentrava silenciosamente. Seus longos cabelos azuis, flutuando à medida que caminhava, pareciam capturar a pouca luz do ambiente, reluzindo de forma sutil por entre os detalhes em branco e vermelho de sua máscara. Havia algo magnético em sua presença, uma graça etérea nos passos suaves que a levavam até Yashin, cujo corpo febril estava envolto pelas sufocantes flores espirituais de Oleandro que apenas usuários de Ego eram capazes de ver diretamente.

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Ele se contorcia, agitado, cada respiração sendo um misto de dor e raiva. O médico, em um ato desesperado, tentou oferecer-lhe um pouco de água, mas Yashin, com um gesto violento, atirou a caneca ao chão. Seu Sharingan brilhava em fúria, lançando o pobre homem em um pesadelo onde seu corpo era consumido por insetos devoradores, tendo sua carne sendo brutalmente consumida.

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A mulher mascarada observava em silêncio. Seus olhos brilhavam com uma serenidade estranha, quase compassiva quando retirava a máscara tentando mostrar ao Uchiha quem ela era. Yashin a encarava com desconfiança e não a reconheceu, o olhar vermelho faiscando com hostilidade, pronto para atacá-la. Com esforço, ele agarrou sua Gunbai e a firmou no chão, enquanto sua mão trêmula ameaçava reagir. A tensão entre os dois parecia suspender o próprio ar da sala.

Mas Ann, com um movimento inesperadamente rápido e gracioso, avançou e desferiu um tapa firme em seu rosto. O impacto não foi apenas físico; havia algo calmo, quase terno, naquele gesto. Um toque simples, direto, que cortava o caos dentro de Yashin, despertando-o de seu tormento. O som do tapa ecoou pela sala, mas o que se seguiu foi um silêncio profundo, onde o mundo parecia parar. Por fim, Ann notando que Yashin parecia ter sentido aquele tapa, ela iria realizar um breve selo de mão, manifestando assim uma projeção ilusória de si mesmo que apenas comentaria:

Acordou para a vida? — Um breve olhar antipático sairia de seu rosto. — Se sim, para de agir como uma criança, o Yashin que eu conheço e gosto, não é estupido dessa forma!

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As flores malignas que sufocavam o corpo de Yashin começaram a murchar, recuando como sombras dissipadas pela luz, e ele, ainda confuso, viu o mundo ao seu redor recuperar forma e um pouco de cor. Sua alma definitivamente iria voltar para seu corpo. Ann, em silêncio, virou-se com a mesma suavidade com que havia agido, seus passos leves a conduzindo para fora do quarto. Seu destino era a biblioteca, onde possivelmente encontraria Kyosuke Kuroi.

No entanto, quando Ann estava prestes a deixar o quarto, uma figura alta e imponente apareceu à porta, bloqueando sua saída. A mulher de 21 anos hesitou por um momento quando viu a outra jovem mulher colocando sua máscara imediatamente assim que a viu, como se não quisesse expor seu rosto sem vida, incapaz de manifestar qualquer expressão, muito menos um sorriso.

A figura que a encarava era Yoikami, cujo corpo quase não mantinha mais os traços da antiga Shizuka. Seus olhos frios fixaram-se em Ann com uma curiosidade incômoda:

Interessante. — murmurou Yoikami, com a voz carregada de uma calma cortante. — Estava hesitante em interferir com minha manifestação de purificação. A maldição que rasgava a alma dele já quase o consumia por completo. Se eu rompesse o vínculo, ele estaria provavelmente morto agora. Mas você... Bastou um simples tapa e a maldição retrocedeu. Andou estudando métodos alternativos de purificação, Ann-chan? Não... Você nunca fui boa em aplicação desse tipo de técnica por mais que tentasse... De qualquer forma, o que está fazendo aqui? Ainda não achou sua irmã?

Ann, agora com a máscara firmemente no rosto, apenas a encarou por alguns segundos, inclinando a cabeça para o lado. Não parecia ter compreendido o que Yoikami insinuava, pelo visto, seu Ego estava visivelmente desativado e ela não teria notado o amontoado de flores espirituais que estavam cobrindo Yashin não fazia muito tempo. Aos olhos da jovem, tudo que fizera fora um gesto simples, um simples tapa, sem qualquer intenção oculta.

Por fim, ignorando a presença da entidade do Culto Yoikami— ou, quem sabe, deliberadamente negando qualquer resquício da antiga Shizuka— Ann prosseguiu em silêncio. Sem uma palavra, sem olhar para trás, ela seguiu em direção à biblioteca, sem permitir que aquela presença imponente a desviasse de seu caminho. Yoikami iria suspirar e por fim, iria casualmente mover seu dedo indicador em direção do Uchiha, transferindo uma quantia generosa de chakra curativo para o mesmo, fazendo a febre que o atingia, imediatamente sumir, o Uchiha parecia estar 100% saudável e no controle novamente. Por fim, a entidade de cabelos brancos iria sacar um pequeno chiclete de sua bolsa de arma e colocaria na sua boca de uma forma sem emoções, enquanto iria se mover para fora daquele quarto, enquanto fazia um movimento travesso com seus dedos, dizendo para o Uchiha seguir Ann, já que a garota sumiria daquela vila assim que tivesse oportunidade e isso estava claro, a garota estava obsecada em tirar sua irmã das mãos de Hagoromo Agnis, e nem mesmo o melhor argumento parecia efetivo parar quebrar a cabeça dura daquela maldita mulher com chifres.

Flores de Oleandro: Uchiha Yashin [3/7]
Sua alma está contaminada até as raizes por flores espirituais que se recusam a parar de crescer, caso as flores sejam purificadas nesse estágio, Uchiha Yashin morrerá. Por algum motivo... As flores parecem retroceder na presença de Uchiha Ryo e Hagoromo Ann, exclusivamente quando eles estão mais hostis com o portador dessa maldição.

Nesse estágio da maldição, por algum motivo, para Yashin... O mundo parece ter perdido grande parte de sua cor, e seu corpo pode ser tomado por uma insanidade maldita caso de alguma forma perca o controle completo de seu corpo, ficando extremamente agressivo e lunático com todos em sua volta.


Ação livre para @Heimdall

[...]

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Biblioteca
Por volta das 11 horas.

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O ataque de Muteki foi tão súbito quanto brutal. Yotsuki Enkei havia percebido o perigo no instante em que o barco do homem apareceu no horizonte do País do Redemoinhos, mas ainda tentou o impossível: conversar. Suas palavras foram ignoradas com desprezo, e os shinobis de Muteki avançaram com uma velocidade cortante, lançando golpes em sua direção como tempestades de lâminas. Enkei, porém, se movia com uma precisão fluida, desviando de cada ataque como se previsse cada movimento, sua expressão imperturbável diante da violência ao redor.

Foi então que seus olhos captaram algo que o fez parar por um instante. Um dos shinobis, com uma expressão perversa, estava arrastando uma garotinha pelo cabelo, arrastando-a em direção ao barco de Muteki, como se ela fosse apenas um objeto sem valor. Enkei sentiu o sangue ferver em suas veias, e num impulso violento, o garoto avançou. Em sua mão, a forma de uma faca se manifestou com rapidez assustadora, e com um único corte preciso, ele separou os longos fios de cabelo da menina, libertando-a das garras cruéis da tripulação sanguinária. A garota caiu ao chão, atordoada, mas livre. Foi nesse momento que mais reforços da Byakuren surgiram, salvando a garota e fazendo Muteki recuar de saquear o grupo.

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Após salva-la, Enkei simplesmente largou a garota para outros indíviduos da Byakuren cuidarem e nesse momento, o jovem Yotsuki estava sentado numa mesa aleatória daquele estabelecimento que chamava biblioteca, enquanto parecia estudar sobre o mundo shinobi. Não era um comportamento muito típico de Enkei, porém, ele estava interessante em buscar formas de derrotar Aoshin. Porém, quando menos esperava, a mesma garota que ele teria aleatoriamente salvado de Muteki, emergiu na sua frente quase como se fosse um fantasma. O susto foi tão grande que Enkei parece finalmente ter acordado e notado com mais nitidez, onde ele estava.

A garota iria fitar ele, visivelmente querendo agradecer o mesmo.

Olá, meu beligerante herói que finalmente percebe que está vivo... Vim aqui, agradecer um jovem tão bom como você. — A voz da garota, apesar de aparentar não mais que 15 anos, soava profunda e fria, quase fantasmagórica. Seus olhos, vazios e distantes, pareciam enxergar algo além da realidade. — Ah sim... Lembrei de algo... Você sabe onde posso encontrar... um rapaz? Cerca de 17 anos, cabelos brancos, pele escura... — Ela hesitou por um momento, inclinando a cabeça, pensativa. — Tem um rosto meio... inocente? Ele deve gostar muito da cor roxa também...

Ela riu, um som breve e desconcertante, e seu olhar finalmente pousou em Enkei. O ar ficou mais pesado, quase sufocante.

Ah, quase esqueci de me apresentar... — Ela levantou a mão, seus dedos pálidos tremendo suavemente, querendo um aperto de mão. — Sou um pouquinho estúpida... — sorriu de forma estranha. — Meu nome é Lilian, prazer... Qual é o seu, meu beligerante herói?

Nas memórias de Haikotsu, que Enkei possuia, o nome "Lilian" era familiar, porém... Ele não se lembrava exatamente de onde tinha ouvido aquilo. Deveria cumprimentar ou conversar com aquela doida que parecia tão intrusiva com o espaço alheio?

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Kyosuke Kuroi dedicava-se à organização de pergaminhos na biblioteca, a atmosfera envolta dele impregnada de um mistério profundo. Seus olhos observavam Yotsuki Enkei em animada conversa com uma estranha jovem que surgira naquele recinto como um espectro, sem aviso prévio. Kuroi, agora imponente e sério, exibia uma presença marcante; seus músculos, visivelmente mais definidos, conferiam-lhe um ar aterrador. Um único olhar seu era suficiente para intimidar até os mais audaciosos que o cercavam. Ao escutar as palavras da garota, uma certeza se estabeleceu em sua mente: ela falava dele. Mas quem diabos era ela?

O pergaminho em suas mãos continha informações cruciais sobre o paradeiro das possíveis estátuas que havia descoberto no País do Ferro. Um dos ninjas que Kuroi contratara para rastrear os "remanescentes do outro mundo" havia localizado Hawasaka Mirian no País do Vento. Curiosamente, a primeira ação desse indivíduo no novo mundo fora devastar um museu obscuro, causando uma destruição significativa. Embora não houvesse vítimas, as consequências foram severas, e agora Hawasaka era caçado pelo País do Vento, alvo da ira de uma nação que não toleraria danos financeiros e históricos inestimáveis.

Ao ouvir o nome "Lilian", uma sensação de familiaridade atravessou a mente de Kuroi, como se o eco de um antigo lembrete estivesse prestes a emergir das sombras de suas memórias. De qualquer forma, a presença daquela jovem parecia ressoar profundamente em sua consciência, despertando uma curiosidade inquietante. Ele lembraria vagamente que... aquele nome já tinha aparecido em suas aventuras em outros momentos, além disso... Uma forte dor de cabeça iria inundar seu corpo naquele momento, por algum motivo... Ele lembrava daquela pequena garota de tempos muito mais obscuros, ela era uma cobaia de Okabe assim como Kuroi, King Clown e Ann... Porém, assim como Kasuga, ela deveria estar morta. O que raios estava fazendo naquele lugar?

Ação livre para @Yagi e @Gaius

Informações Gerais :

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Cumprimento brevemente a garota, antes de partir para outro local.

— Prazer... sou Enkei. O garoto de quem fala é Kuroi. Não sei exatamente onde ele se encontra, mas certamente está aqui no vilarejo, provavelmente debruçado em algum livro sobre o País do Vento. Enfim, tenho que ir. Até!

Em seguida, procuro por Yoikami para falar sobre os brotos de Oleandro. Caso a encontre, pediria imediatamente por uma purificação da maldição.




@Ben Ikneg

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Meu despertar se dá com um tapa na minha cara. A dor na bochecha não era particularmente grande, mas bizarramente, minha consciência que até o momento estava turva, parecia clarear. A primeira coisa que vejo é o rosto de Ann, um rosto que eu tinha visto menos do que gostaria nos últimos anos. Ela então fala comigo, recriminando o fato de eu estar nessa situação, mas ao mesmo tempo mostrando confiança no que eu poderia fazer. Ainda meio atordoado, eu conjuro parcialmente os olhos de Eltanin, os usando para avaliar meu próprio corpo. O cenário chama a atenção, com a flor na minha nuca mais desenvolvida do que eu me lembrava.

Essa flor infernal, desgraça! El, você sabe de alguma coisa sobre essas flores?

Tomo então nota do quarto, vendo que Yoikami também estava ali. Ela faz alguns comentários sobre a minha situação, com dois pontos notáveis. Primeiro que se eu tentasse purificar isso, eu iria simplesmente morrer. Segundo, que Ann tinha feito a maldição retroceder, mesmo sem ser proficiente em Jujutsus. Vasculhando minha cabeça, uma teoria se formava. Provavelmente as pessoas com as quais eu era mais apegado emocionalmente tinham um efeito em mitigar a maldição. Quando o pensamento surge, ele se fixa na minha cabeça, trazendo consigo até um pouco de inquietação, com meu pulso subindo um pouco.

Apesar de sempre tentar manter a calma e avaliar as coisas racionalmente, eu sabia que alguns assuntos provocavam reações emocionais fortes, bem mais passionais do que racionais. No início da minha carreira como ninja, apenas meu avô e meu grande objetivo geravam esse tipo de reação, mas agora, Ann tinha entrado nessa seleta lista. Talvez tivesse sido por sua personalidade, que a dava enorme foco e resiliência em resolver seus objetivos, mas que ao mesmo tempo não descartava um sacrifício para salvar a vida de um companheiro. Talvez pelas experiências que tínhamos tido ao longo do tempo, incluindo a Fusão de nossos Egos no país do ferro. Talvez por sua beleza, que só tinha aumentado nos últimos três anos, apesar de que manchada com a expressão complexa que ela vinha carregando nos últimos tempos. No fim, uma provável mistura de todos esses fatores, amplificados pela ausência da jovem, que tinha passado tanto tempo fora da vila. No fim, o fato inegável é que eu gostava de Ann. Infelizmente, a complexidade absurda de nossas vidas impedia algo de diferente no momento. Mas, certamente eu iria fazer o possível para protegê-la.

Com certa dificuldade, faço um sinal de positivo com a cabeça para Yoikami e sigo Ann. Alguns argumentos passavam pela minha cabeça para tentar convencê-la a nos deixar ajudar mais diretamente na busca por sua irmã. Mas eram coisas que eu já tinha dito no passado, sem muito resultado. Quando me coloco em sua frente, começo a falar sem muito plano.

Sobre o que aconteceu na enfermaria... obrigado. Não sei se você já olhou para mim com os olhos do Fenrir recentemente, imagino que não... eu estou com um problema espiritual. Se você checar, deve ver flores de Oleandro partindo da minha nuca, uma maldição que está tomando minha mente pouco a pouco. Eu estou com medo, Ann... eu não tenho medo de morrer, se tivesse eu não me colocaria contra oponentes tão insidiosos e poderosos quanto Aoshin... mas, depois das visões do futuro, o que eu tenho medo é de me perder. De ter minha alma apagada e algo colocado no lugar. - suspiro brevemente, me acalmando um pouco - A situação é complicada, mas eu não desisti ainda. De qualquer forma, obrigado de novo por me ajudar, não era algo que qualquer um poderia fazer. Sobre você, agora. Eu já tentei te convencer a me deixar ajudar com a sua irmã, até porque Agnis é meu inimigo também. Mas paciência, eu vou respeitar sua vontade, já que é um assunto familiar. No entanto, eu faço um pedido. O genjutsu que eu te ensinei lá atrás, aquele de projeção, tem um segundo tipo de uso. É possível marcar um aliado, permitindo projetar a ilusão em qualquer lugar do planeta. Eu quero que nós dois usemos a marca no outro e quero que, se a situação ficar desesperadora, entre em contato pedindo ajuda. Por favor, aceite pelo menos isso... eu não quero que você morra... de jeito nenhum.

Caso ela aceite, eu a marcaria com o Genjutsu: Projeção. Depois disso, procuraria outros membros da Byakuren para ver se tínhamos alguma urgência.

@Ben Ikneg

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Kyosuke Kuroi - Nukenin de Kumogakure no Sato


Trabalheira danada para organizar isso tudo. Toda vez que o Uchiha vem aqui para estudar ele deixa essa porcaria igual aquele cabelo dele. Pior que parece que quanto mais ele estuda mais informação nova aparece, a ponto de que mesmo com a enfermidade essa biblioteca se mantém bagunçada. Reclamaria. Definitivamente viver em grupo era uma tarefa complicada, mais do que eu poderia supor. Desde minha saída dos experimentos nunca havia completado um único ano morando com alguém, e nesse momento já estava há quase quatro anos com Yashin e Ann e três com Enkei, Hoshi e os outros. Destarte os problemas de organização e convivência que provavelmente todos que moram acompanhados passam, inclusive de certo modo talvez eu e minha família na infância, conseguia lidar até bem. Meu entrosamento com o grupo havia aumentado muito nos últimos anos, especialmente por conta de tarefas rotineiras como arrumar casa, fazer comida e lidar com os civis da Colônia. Falando no nosso vilarejo, as pequenas crianças que acolhemos se tornaram militarizadas, conseguindo formar uma pequena frota de genins por ali. As histórias que o Uchiha-dono conta remetem a algo assim: um usuário de Mokuton e um Uchiha fundando Konohagakure no Sato no País do Fogo. Agora, a lenda se repete nos Redemoinhos.

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Enquanto organizava, ouviria uma conversa esquisita do Enkei com uma pessoa que, ao se autoproclamar Lilian, faria minha cabeça doer a ponto que não conseguiria manter em mãos o livro que estava posicionando na prateleira no momento. Kyuiin, apareça! Pensaria firmemente, invocando seus olhos. A presença de uma tal Lilian era tão suspeita que precisaria ativar meu Ego para confiar que não haveria nada de sobrenatural, ainda que suas intenções fossem desconhecidas.

— Yotsuki-san, traga-a à biblioteca. Exclamaria. Ao vê-la, perceberia que seu rosto e seu nome seriam mais familiares do que eu poderia imaginar. — Lilian!? Você é mais uma cobaia do Okabe, certo? Como nos descobriu e o que quer conosco? Não conseguia recordar se sua aparência era igual a que eu via, obviamente com o fator idade, mas certamente era uma de nós. — Aqui estão Ann e Kasuga, além de mim, mas trouxemos também o Ken que desapareceu. Cheguei ainda a encontrar o Mimi durante o Chuunin Shiken, mas ele não está conosco. Enfim, responda de forma objetiva. Também tenho interesse em saber o que aconteceu com você ao longo dos quase dez últimos anos.

Que saco, por que ela veio logo agora? O Hawasaka está causando problemas no País do Vento e de certa forma isso é um problema nosso. Olharia para o último pergaminho que havia sido mexido enquanto tentava prestar atenção na garota ao mesmo tempo.

@Ben Ikneg

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Biblioteca
Por volta das 11 horas.


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Hagoromo Ann caminhava pela biblioteca com passos suaves, a luz filtrada pelas janelas empoeiradas, tocava seus chifres fazendo-os brilhar por um breve segundo. Seus movimentos eram silenciosos, e seus olhos brilhavam com uma calma letal. Nesse momento, adentrava na biblioteca onde Kyosuke Yoru colocava seus artefatos e conhecimentos mais perigosos. Uchiha Yashin, atento ao ritmo dela, acelerou para acompanhá-la, agora tão ágil quanto qualquer shinobi habilidoso. Mesmo próximo, ele sentia a distância que Ann mantinha. Havia algo em seu silêncio que o impedia de compreendê-la totalmente. Quando finalmente quebrou o silêncio, Yashin explicava a situação e o que se passava em sua cabeça, o que acabou chamando atenção dela:

Uma maldição, você diz? — Ann murmurou, seus olhos suavizando brevemente. — Me desculpe pelo tapa... — Um brilho de remorso passou por seu olhar enquanto ela desviava o rosto. — Quando soube que você estava febril e agindo de maneira estranha, voltei à vila. Mas ao vê-lo... tão diferente, agi por impulso naquele golpe. Perdão. De qualquer forma, não tema essa maldição. Se Yoikami não puder ajudar, eu mesma encontrarei uma cura. Tenho minhas maneiras.

Ann suspirou levemente, percebendo a atenção de Yashin. A tensão entre eles diminuiu um pouco enquanto ela começava a falar sobre o que a preocupava.

Não estou usando o Ego passivamente aqui. Fenrir está vigiando uma vila no deserto onde surgiram relatos de uma doença... Acho que pode estar próxima da área que estou monitorando. — Sua voz baixou. — Minha irmã, Hagoromo Anput, sempre foi problemática. Desde criança, seus comportamentos antissociais causavam problemas, e ela passou por diversos médicos. Um dia, algo mudou. Ela desenvolveu uma habilidade que ninguém sabia como havia surgido. Um ninjutsu que ela não conseguia controlar... Ela emanava um chakra que infectava a vida ao redor, deformando corpos, até mesmo revivendo mortos de forma descontrolada. Chamaram isso de Manipulação Biológica. Anput podia modificar seu próprio corpo e o de outros, e eu também fui vítima disso... Quando vivíamos juntas, apenas meu braço estava infectado, mas não demorou para que minha pele ficasse cinza. Isso, talvez, tenha sido o que chamou a atenção de Okabe para mim... Um chakra parasita que me curava e me enfraquecia ao mesmo tempo.

Ela fez uma pausa, seus pensamentos parecendo vagar por lembranças dolorosas.

Anput nunca aceitou seu destino. Ela fugiu, espalhando sua maldição, e foi caçada por isso. Isso a transformou, a endureceu. Agora, dizem que boatos que ela se aliou a Agnis, e isso me assusta, pois pode significar um confronto entre nós. Mesmo assim, ela ainda é minha irmã. Eu a amo e não quero vê-la ao lado do inimigo.

Após alguns minutos de busca, Ann finalmente encontrou o pequeno livro que procurava, escondido entre as prateleiras empoeiradas, o livro que Kyosuke Yoru havia selado a tal entidade que uma vez tinha tomado posse do corpo de Yashin e o Raikage. Segurou-o com cuidado, como se fosse algo precioso para aquela missão que estava prestes a realizar. Yashin, percebendo que ela havia terminado de fazer sua busca e começou , começou a se afastar, preparando-se para a comunicação à distância. Mas antes que ele pudesse sair, Ann o chamou.

Eu não queria que você ou Kuroi-san me acompanhassem, é muito perigoso... — disse ela, ainda com os olhos no livro, letras indignadas imergiram nas páginas do livro de forma sobrenatural, mas ela parecia ignorar seu contéudo. — Pode ser perigoso. Mas... Já que você estava todo fofinho agora pouco, não me importo se você quiser vir dessa vez.

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Missão Opcional: Descubra a localização e recrute Hagoromo Anput.

Rank: A [Pode evoluir para rank "S", caso uma movimentação ou ação errada traga Hagoromo Agnis para o combate]

Descrição: Hagoromo Anput, irmã de Hagoromo Ann, possui uma habilidade perigosa e incontrolável que envolve a Manipulação Biológica. Seu chakra especial, capaz de infectar e deformar tudo ao seu redor, a tornou alvo de perseguição, moldando-a em uma figura instável e cruel. Relatos indicam que Anput fugiu para uma região isolada, possivelmente em aliança com o temido Hagoromo Agnis, cujo envolvimento poderia escalar a missão para um nível de extremo perigo.

A tarefa é localizar e, se possível, recrutar Anput para a organização, evitando um confronto direto com Agnis. Cuidado é necessário, pois Anput é imprevisível e pode reagir de maneira hostil a qualquer tentativa de aproximação. O sucesso depende não apenas de habilidade, mas também de diplomacia, já que Anput mantém um histórico complexo de traumas e manipulações. Convencê-la a se juntar ao grupo pode ser sua única chance de evitar um confronto mortal.

Movimentos em falso, hostilidade prematura ou erros táticos podem não só colocar a missão em risco, mas atrair Agnis para o campo de batalha, elevando o perigo para o nível "S".

Aqui estarão listados, combates que podem ocorrer, durante a missão, com base nas expectativas da contratante da missão:

Combates Previsíveis:
Bandidos Locais
Ninjas de Sunagakure
Marionetes Motokishi
Escorpiões Gigantes
Shitokomi.

Combates Evitáveis: ⁣
Hagoromo Agnis
Hagoromo Anput
???


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Após tal acontecimento, Ann parece ouvir a voz de Kuroi ressoando pela biblioteca, e alguns murmúrios em volta do Kyosuke também eram ouvidos, de forma um tanto curiosa, ela iria se mover casualmente entre as estantes de livro até sair da seção proibida que apenas eles tinham acesso, para ver o que estava acontecendo. Nesse momento, Eltanin iria se manifestar e responder a pergunta de Uchiha Yashin:

Nenhum problema, garoto. E... Não... Não sei nada dessas flores... Por qual motivo está perguntando isso para mim? — Pela primeira vez na vida, Eltanin parecia irritado com Yashin, sua voz envelhecida parecia um pouco frustrada. — Vamos apenas esquecer essas flores, certo? Temos coisas mais importantes a fazer, não é mesmo? Alías... Tenho um pressentimento que deveriamos conversar um pouco com Unknown e quem sabe... Partir para o próximo desafio do Ego, que tal, meu caro amigo?

[...]

Vilarejo Central - Sede Byakuren - Página 2 UCvZRjf
Biblioteca
Por volta das 11 horas.

Yotsuki Enkei, com sua habitual indiferença, entregou a informação que a garota fantasmagórica buscava, sem dar muita atenção à sua presença etérea. Ele, com um gesto abrupto, partiu em direção a Yoikami, sem uma palavra a mais, deixando a garota observando suas costas desaparecerem.

Por um breve instante, ela estendeu a mão, como se quisesse impedi-lo de seguir, seus dedos pálidos pairando no ar. Porém, antes que pudesse fazer qualquer movimento, a voz de Kyosuke Kuroi a interrompeu, cortando a intenção que parecia crescer em seu gesto. Lentamente, a garota, cuja pele quase translúcida fazia com que parecesse um espectro, virou-se em direção a Kuroi.

Foi nesse momento que ele congelou. Uma lembrança devastadora atravessou sua mente como um raio — um flash vívido e aterrador de Okabe num de seus surtos psicoóticos que eram extremamente frequentes, arrancando brutalmente a cabeça daquela mesma garota. Kuroi caiu no chão, incapaz de suportar o impacto mental. Uma dor insuportável explodiu em sua cabeça, acompanhada de um zumbido ensurdecedor que inundou seus ouvidos, como se o passado tivesse retornado para assombrá-lo naquele exato momento.

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Memórias de Kyosuke Kuroi [2/8]

O garoto acordou com um sobressalto, respirando rápido, seus olhos piscando na penumbra. O cheiro metálico e úmido pairava no ar, mas, curiosamente, aquilo não o incomodava tanto. Ele sentiu o chão frio sob seu corpo, mas quando olhou ao redor, notou algo inesperado. Ao invés de desespero, o ambiente tinha uma estranha tranquilidade. As outras crianças, dez ao todo, estavam espalhadas pela cela, algumas encolhidas em cantos, enquanto outras, inacreditavelmente, sorriam e até riam baixinho entre si.

Kyosuke Kuroi olhou para si mesmo e ficou surpreso ao perceber que, apesar das circunstâncias, seu corpo estava limpo e bem cuidado. Não havia correntes, e até sua cama, ainda que simples, parecia confortável o suficiente. Sobre o colchão, um tabuleiro de shougi esperava por ele. Aquele lugar não deveria ser tão... acolhedor.

O que será o almoço hoje? — perguntou uma criança gordinha, com os dedos levemente deformados, mas com um brilho inocente nos olhos.

Confuso, Kuroi tentou se lembrar de como havia chegado ali. Fragmentos de memórias surgiam de forma caótica — gritos, luzes cegantes, e a figura sombria de um cientista que ele julgava temer. Contudo, ao olhar ao redor, ele sentiu uma paz estranha. Por que aquele lugar, que deveria ser de sofrimento, parecia tão diferente?

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As crianças estavam bem tratadas, e o único som que ecoava no ambiente era o leve gotejar de água nas paredes grossas da cela, misturado ao ritmo calmo de suas respirações. A porta de ferro rangeu, e o coração de Kuroi acelerou com o peso das memórias que ele nem sabia possuir. Ele esperava encontrar Okabe, o cientista cruel de suas lembranças, mas não era ele quem apareceu. Ao invés disso, um homem de aparência serena, muito parecido com Okabe, entrou. Esse cientista, Ichigo, era diferente. Ele cuidava das crianças como um pai, tratando todos com carinho, mesmo sendo subordinado a superiores sombrios e impiedosos. Ichigo os alimentava, ensinava-lhes a jogar shougi, e fazia o possível para que, apesar dos experimentos, eles mantivessem algum senso de normalidade.

Nos ombros dele, uma garotinha pálida, com uma touca escondendo a cabeça, olhava ao redor com curiosidade. Lilian, a garota que Ichigo sempre carregava, era frágil, provavelmente doente, mas tinha uma energia que iluminava o ambiente. Seus olhos brilhavam, e, apesar da doença que lhe tirava as forças, havia uma determinação que Kuroi sempre admirava.

Kuroi-kun, vamos jogar uma partida de shougi? — Lilian pediu com entusiasmo, agitando-se nas costas de Ichigo.

Lilian-chan, você acabou de passar por um tratamento intensivo. Precisa descansar. — Ichigo a repreendeu suavemente, sorrindo.

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Lilian, no entanto, inflou as bochechas em uma birra adorável.

Eu sempre estou medicada ou drogada, por causa desses estúpidos experimentos. Mas isso não me impede de vencer você e o Kuroi-kun no shougi! Vamos lá, por favor!

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Ichigo soltou uma risada calma, ponderando a insistência da menina, mas antes que pudesse responder, um homem baixinho com o corpo todo costurado entrou no quarto, com uma expressão severa.

Ichigo, precisamos de você no setor 05. Ken perdeu o controle de novo. Se aquela máscara for destruída, Myu-sama não ficará nada feliz. Eu sei que você está ocupado cuidando do setor que deveria ser responsável, porém... O cientista daquela região se suicidou não faz muito tempo. Você vai precisar cuidar daquele local também, pelo menos por enquanto.

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Ichigo ficou sério por um tempo, não gostando da forma que estava sendo escravizado naquele lugar, porém... Ele olhou para as crianças ao seu redor e, apenas suspirou, colocando Lilian gentilmente na cama de Kuroi. Enquanto fazia um breve cafuné na cabeça de Kuroi e Lilian.

Kyosuke-san, se importa de jogar com ela um pouco? Se ela se sentir fraca, por favor, a leve para cama dela, tudo bem? Eu volto logo... Vou tentar trazer um pouco de ramém dessa vez para o almoço.

Kuroi assentiu, enquanto Lilian já se ajeitava no tabuleiro, o brilho nos olhos não disfarçando sua alegria, apesar daquele corpo fraco e destinado a ruina que ela carregava.


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A atmosfera ao redor de Kuroi era sufocante, como se o ar estivesse impregnado de uma névoa densa e invisível. A garota fantasma, Lilian, cruzou os dedos delicadamente, esboçando um sorriso casual, mas o gesto parecia impregnado de algo antinatural, quase como uma caricatura de humanidade, uma imitação grotesca do que significava estar viva. Seus olhos vazios encararam Kuroi com uma obediência que parecia ter sido incutida por algo além de sua própria vontade, algo alienígena e profano. Sem querer, Kuroi retribuiu o olhar, mas sentia-se estranho, como se o próprio ambiente estivesse de alguma forma corrompendo sua percepção da realidade.

As memórias que fluíam para sua mente eram fragmentadas, incoerentes, como cacos de vidro dispersos sobre o solo de uma catedral esquecida. Ele se lembrava de estar alegre, estranhamente confortável naquele lugar que deveria ser sua prisão. Mas como poderia isso ser real? Sua cabeça latejava como se algo profundo e ancestral estivesse despertando em seu subconsciente, uma presença maligna que sussurrava segredos que ele não deveria ouvir. Seus olhos, que ardiam com a vontade de se afirmar, tentaram focar Lilian — aquela entidade espectral à sua frente —, mas uma força estranha o fez recuar. Era como se seu próprio Ego se recusasse a encará-la de frente, como se algo terrível estivesse oculto naquele sorriso. O mesmo fenômeno acontecia quando ele tentava encarar Aoshin, como se ambos fossem sombras do incompreensível.

Kuroi-kun. — a voz de Lilian ecoou com uma suavidade perturbadora. — Que bom que está saudável… Eu despertei após tanto tempo... No mesmo lugar onde adormeci. E agora... Estou aqui... Viva e saudável. — Aquelas palavras flutuavam no ar como uma mentira sacrilégia, impregnada de uma lógica tortuosa. — Os experimentos, eles deram frutos. Eu não estou mais presa àquele corpo corroído pelo câncer. E você... Agora é um homem forte, imponente. Não é maravilhoso? Os experimentos que fizeram em nós, foram um sucesso!

A realidade ao redor de Kuroi parecia distorcida. Ele notou que algumas pessoas na biblioteca olhavam para ele com olhares preocupados, suas expressões desenhando formas que ele mal podia compreender. No entanto, ninguém olhava para Lilian. Ela existia ali apenas para apenas algumas pessoas, como se fosse uma assombração tecida pelo próprio espaço. Não havia dúvida: pelo menos aquelas pessoas não conseguiam vê-la, apesar de que Enkei conseguia ver ela normalmente. Lilian então se aproximou, seus passos tão silenciosos quanto uma sombra deslizante. Ela tocou suas bochechas com dedos frios e, embora o toque fosse físico, algo dentro de Kuroi gritava para se afastar, como se um véu de gelo envolvesse sua pele e pudesse atingir seu cerébro.

Você parece um pouco assustado... Algum problema? — A voz dela era quase um sussurro entre os véus do esquecimento. — Como eu estava "morta" por todo esse tempo, eu não sei bem o que aconteceu... Eu só lembro de algumas coisas pontuais, quando Okabe emergiu naquele ambiente e me considerou uma "falha", mas só tenho boas lembranças antes disso tudo... O Ichigo-sensei, ainda está com você? Posso falar com ele?

Quando Yashin e Ann finalmente se aproximaram, Kuroi pôde sentir o ambiente se condensar, como se algo sombrio estivesse prestes a emergir da própria escuridão. Lilian, sem perder a compostura, se escondeu casualmente atrás de Kuroi, como se o usasse como um escudo contra a presença daqueles que chegavam. Havia algo no olhar dela, especialmente ao fitar Ann. Seu olho esquerdo, o único que ousou encará-la diretamente, brilhava com um desprezo profundo, um ódio antigo, inexplicável, como se estivesse diante de algo profano e ofensivo.

O pergaminho que estava nas mãos de Kyosuke Kuroi iria simplesmente cair no chão, e iria se abrir. Aquilo era uma missão que o jovem garoto havia planejado sair para fazer em breve, dado as suas prioridades mais recentes:

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Missão Opcional: Byakuren vs Scylla [2/3]

Rank: A [Pode evoluir para rank "S", dependendo da abordagem que tiverem]

Descrição: Byakuren consegue deduzir a posição de indíviduos que Hawasaka Mirian e Chinoike Mizumi, indíviduos que assim como Kaguya Sakuya, podem tentar futuramente ataca-los, por diversos motivos que o grupo naturalmente já tem alguma idéia. Atualmente Mirian parece estar sendo caçado por indíviduos de Sunagakure no Sato, após ter destruido diversos itens de valor inestimável junto com um antigo museu daquela região, mas não foi encontrado até agora, apesar de que graças a investigação de Kuroi, ele consegue deduzir que tanto Mirian e Mizumi estão escondidos em um lugar chamado Vila Hamura: Deveriam ataca-los de surpresa para desestabilizar a Scylla ou tentar uma abordagem diplomática, oferecendo um diálogo que poderia evitar a violência?

Aqui estarão listados, combates que podem ocorrer, durante a missão, com base nas expectativas da contratante da missão:

Combates Previsíveis:
Bandidos Locais
Ninjas de Sunagakure
Chinoike Mizumi
Hawasaka Mirian


[...]

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Central Médica
Por volta das 11 horas.

Yotsuki Enkei caminhava pela floresta densa lotada de neve, seus passos ecoando em meio ao silêncio que reinava ao seu redor. O sol no céu o observava, quente e distante, lembrando-lhe vagamente do destino cruel de Youma. Seus olhos, cansados e atormentados, refletiam a dúvida e o peso que carregava desde aquela noite. A maldição que afligia seu corpo, corroendo-o lentamente, era um lembrete constante de sua impotência diante das forças do destino. Ele sabia que seu tempo estava se esgotando. Havia uma pessoa, uma única pessoa, que poderia oferecer-lhe alívio da nova maldição que aflingia seu corpo: Yoikami. Ela era uma mulher de poderes místicos, capaz de purificar almas e remover maldições. Enkei, no fundo, temia encontrá-la, mas já não via outra saída. Ele tinha que se livrar daquilo que o consumia, ou não sobreviveria por muito tempo.

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Quando chegou ao local onde Yoikami habitava, a visão dela à distância o fez parar por um momento. Seus longos cabelos brancos esvoaçavam suavemente ao vento projetado pela janela, ela soltou um espirro, decidindo logo fechar a janela daquele aposento. A mulher alta nesse momento parecia estar mascando um chiclete, seus olhos cegos não notariam a presença de Enkei, mas não demorou muito para que os passos do Yotsuki denunciassem suas ações.

O que te traz aqui, jovem Yotsuki? — ela perguntou, sem se virar para ele.

Yoikami o encarou por um longo momento ao saber que ele queria se livrar da maldição das flores de Oleandro, analisando cada centímetro de sua alma atormentada com sua capacidade sensitiva. Ela sentia a escuridão dentro dele, mas também sentia algo mais profundo, algo que ainda o conectava à vida. Talvez fosse o que restava de sua antiga amizade, a lembrança de Youma, ou a força silenciosa que ele nunca soube que possuía.

A maldição que te aflige não é algo simples de purificar, Enkei. — ela disse calmamente. — Purificar sua alma exigirá sacrifício e dor. Está preparado para enfrentar isso? Eu diria que no estágio onde a maldição te afeta, tem 50% de ocorrer algum problema na hora de purificar. Posso acabar danificando sua alma, e por consequência, afetando uma parte do seu corpo. Além disso, não sabemos o que está amaldiçoando vocês, isso pode simplesmente significar que você pode em breve, pegar a mesma maldição novamente. Então... Você está preparado para os riscos?

Enkei confirmaria com sua cabeça. Yoikami se levantou graciosamente da cadeira que estava sentada e se aproximou. Seus dedos delicados tocaram a testa de Enkei, e uma sensação gélida percorreu o corpo dele, como se um pedaço de gelo se quebrasse dentro de sua alma. Fechando os olhos, ele sentiu a energia dela fluir através de seu ser, iluminando os cantos mais sombrios de sua existência. A purificação começou de forma suave, mas logo se transformou em uma dor intensa. Enkei viu flashes de sua vida diante de seus olhos: a infância no orfanato, a perda de Youma, as noites insones repletas de pesadelos. Tudo parecia se comprimir em sua mente, enquanto uma luz brilhante queimava a escuridão dentro dele.

Me ajude, Enkei... Por qual motivo, você está me ignorando? Você vai continuar me evitando? Seu covarde!


Yoikami continuou com seu ritual, suas palavras ecoando pelo ar como uma melodia distante. Aos poucos, a dor foi diminuindo, e Enkei sentiu algo se desprender de dentro de si. A maldição que o afligia estava sendo expurgada. Quando tudo terminou, ele caiu de joelhos, ofegante. Sentia-se exausto, mas leve, como se um peso tivesse sido tirado de seus ombros.

Está feito, Enkei. — Yoikami disse suavemente. — Sua alma foi purificada. Felizmente, a roleta do destino não te causou nenhum dano... Mas se você pegar a maldição novamente... Você vai ter a mesma coragem de me pedir a mesma coisa? Bom... Paciência...

Enkei assentiu, ainda sem palavras. Sabia que sua jornada estava longe de terminar, mas pela primeira vez em muito tempo, sentia uma estranha paz interior. Por fim, Enkei notou que a mulher de cabelos brancos iria se sentar novamente.

Ação livre para @Heimdall @Gaius @Yagi

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Vilarejo Central - Sede Byakuren - Página 2 Tenor
Não... não era para ela estar viva. Okabe... por que a matou? Lilian... por que está aqui?

Estava completamente em choque. Em minha cabeça, era bem claro que ela estava morta há uma década e obviamente não deveria estar ali. Em segundos, as memórias se mesclavam à realidade. Finalmente me relembrava rosto do Dr. Ichigo, da mesma forma que reconheci quem era a criatura aberrante na minha frente.

— Kuroi-kun, vamos jogar uma partida de shougi?

Sim... vamos, vamos Lili-chan! Respondia cegamente. Não sabia se as palavras saíam de minha boca ou estavam apenas em um vazio memorial. Doutor, ela vai ficar boa, não vai? Mais uma vez, delirava.

— Ichigo, precisamos de você no setor 05. Ken perdeu o controle de novo. Se aquela máscara for destruída, Myu-sama não ficará nada feliz. Eu sei que você está ocupado cuidando do setor que deveria ser responsável, porém... O cientista daquela região se suicidou não faz muito tempo. Você vai precisar cuidar daquele local também, pelo menos por enquanto.

Não, doutor. Fique aqui. Deixe só eu ganhar uma partidinha da Lili-chan e você será o desafiado. O Myu é mau, o Ken é suspeito e esse homem não gosta de você. Continue conosco, por favor. Por mais que eu falasse, nada era dito. Por vezes até, via eu mesmo em terceira pessoa.

Mas ele se foi, irresignado, claramente estressado por fazer o que não tem vontade. E eu, com a Lilian, só poderia aguardar sua volta.

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Estava de volta à biblioteca, e, incrivelmente, o mundo real parecia mais assustador que minhas memórias dos experimentos. Você... você não pode estar aqui. O meu Ego também atestava: a presença da garota era inquietante, suspeita e perigosa. Tão perigosa que eu sentia que não poderia simplesmente deixá-la por lá vagando em nosso vilarejo sem uma supervisão adequada. — Lilian... que bom que você está bem. Já ouviu dizer que nós só morremos quando somos esquecidos? Para mim você sempre esteve aqui. Enganava a mim mesmo, mas tinha que tentar mantê-la por perto. Antes eu lidando com uma assombração que civis que mal podem ver. — Não me considere assustado, é mais para uma surpresa. Acho que no meu lugar você também ficaria assim, mas logo vamos nos acostumar com a presença um do outro. Quanto ao Ichigo... não o vejo há muito tempo, então não tenho ideia de seu paradeiro. Ah, e aqui não falamos bem do Okabe. Aliás, o que veio fazer nesse vilarejo?

Com a chegada de Ann e Yashin, percebo a Lilian estranha, com raiva e desprezo. Era como se aquelas duas possuíssem alguma rixa antiga, o que não seria impossível dado nossa infância conjunta, mas parar por aí seria um erro. Certamente há algo que a perturbaria até mesmo nos dias atuais. Em virtude disso, pediria ao Yashin para que utilizasse seu genjutsu fofoqueiro em mim.

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— Você também consegue vê-la, Uchiha-san? O Yotsuki estava conversando com ela, mas aparentemente os outros não conseguem. Em resumo: ela foi um experimento do Okabe. Tinha uma doença muito agressiva e consigo me relembrar com clareza de sua morte anos atrás. Agora está aqui, e aparentemente fora de seu corpo real. Também mostra ter um ódio pela Hagoromo, mas não consigo discriminar um motivo em específico. Ouvi dizer que o Hawasaka está causando problemas no País do Vento, então se fôssemos até lá acho que não seria viável mantê-la a solta no vilarejo. Bom, independente do rumo que tomarmos, deixo com você a decisão, inclusive de levá-la caso seja menos arriscado. Chame o cabeça de pombo, ele estava aqui há não muito tempo.

Se fôssemos a qualquer missão designada pelo Yashin, utilizaria um Mokubunshin, que por sua vez estaria atento com o Mokuton: Shinrin no Kanshi. Se a garota tentasse algum movimento suspeito, alertaria aos remanescentes da Byakuren.

@Ben Ikneg @Heimdall @Yagi

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Eltanin estava estranho, isso era notável. No momento, eu não sabia se isso era o resultado de várias missões agindo separado de mim, ou se algo a mais tinha acontecido. O estranho é que ele tentava me dissuadir de entender a maldição das flores, o que acaba ligando um sinal de alerta. No momento, no entanto, não tinha muito o que fazer sobre o assunto.

Contrariando minhas expectativas, Ann aceita ajuda para lidar com sua irmã, algo que eu não deixaria passar. Com isso definido, vou com Ann a encontro de Kuroi, me deparando com uma jovem enigmática. Kuroi acaba fazendo o sinal para que eu use um Genjutsu para comunicação, então eu ativo o Sharingan, seguido do Genjutsu. No plano mental, Kuroi me explica a situação.

Plano Mental

Hm... é uma bizarrice atrás da outra. Tem horas que eu não sei como não fico doido lidando com esses problemas. Bom, se ela é visível para você, deixe um clone vigiando ela. Se não falha a memória você aprendeu uma boa técnica de vigilância nos arquivos Uzumaki. Sobre nossa próxima missão, creio que o ideal é lidar com essa situação da Ann. Se não formos agora, ela vai sozinha, e as chances disso virar um desastre não são pequenas. Por outro lado, a situação do pessoal da Scylla não é exatamente urgente.


Desativo o Genjutsu, mas ainda com o Sharingan ativo avalio a mulher. Meu doujutsu é capaz de destrinchar técnicas inimigas, talvez isso dê algum norte. Além disso, avalio seu chakra em termos de quantidade e cor. No momento, o que eu podia fazer sobre a presença dela na vila era isso. Sendo assim, procuro Enkei para fecharmos um time com quatro pessoas para a missão. Antes de sair de vez da vila, compro duas Hyorogan Lv1 no ninja shop. No caminho, faço algumas perguntas para Ann.

Além do que você já comentou comigo, tem algo relevante para adicionar sobre sua irmã? O sucesso dessa missão vai passar por entender como a cabeça dela funciona, como é sua personalidade e quais são seus objetivos. Qualquer descrição nesse sentido pode fazer a diferença.

@Ben Ikneg @Gaius @Yagi

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Agradeço imensamente à Yoikami por ter me curado da maldição.

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— Obrigado, Shizuka... Yoikami! Entendo que a maldição é desconhecida, mas imagino que o convívio com os dois lá possa ter algo a ver com tudo isso, junto com a estátua-lobo Genshi sei lá o quê. Além disso, se eu pegar de novo, não tem problema, o lance mesmo é que agora não é uma boa hora para ficar incapacitado, não é? Soube que o Bee tem passado alguns perrengues, e nos últimos três anos as entidades não parecem ter se movido tanto, especialmente Aoshin. Algo grande está por vir... algo perigoso. Inclusive, essa maldição da Oleander que fez muitas pessoas virarem pro lado maligno na realidade da Sakuya-chan. Espero genuinamente não ficar maligno. Caso eu fique, pode me neutralizar, não ligarei. Preciso estar pronto. Aliás, e você, Yoikami, vai fazer o que daqui pra frente? Eu devo partir em missão daqui a pouco, ouvi dizer que a Ann não anda bem e quer arriscar tudo para resgatar a própria irmã... isso necessita de um time completo...

Com o papo colocado brevemente em dia, seguiria de volta para a biblioteca, ao encontro dos demais.




@Ben Ikneg

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Biblioteca
Por volta das 11 horas.
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A jovem mulher ouviu as palavras de Kuroi em silêncio, posicionando delicadamente os braços atrás das costas enquanto começava a se mover ao redor dele. Seus passos eram suaves, quase etéreos, e seu sorriso, embora carregasse algo de perturbador, revelava um estranho grau de inocência, como um gato ou cachorro brincando com algo que não compreende completamente.

Não sei se concordo... As memórias que guardamos das pessoas são apenas fragmentos imperfeitos. Nunca lembramos delas por completo, com todos os seus defeitos e manias. O que temos na nossa cabeça são sombras idealizadas, não o verdadeiro ser. Então, do que vale ser lembrado se a essência real se perde para sempre? O que permanece é um reflexo distorcido, um simulacro, não é? — Lilian disse, seus olhos fixando-se em Kuroi com uma estranha inocência. Ela parecia perceber que ele não estava sendo totalmente sincero sobre o paradeiro de Ichigo. Seus olhos, antes cheios de vida, tornaram-se opacos, mas logo ela esboçou um sorriso suave, como se sua mente estivesse em outro lugar. — Eu estava te procurando, sabia? Talvez... O sentimento não seja mútuo, porém... Você era um bom amigo e a personificação do "meu rei" quando eu estava doente, queria saber se você iria me tratar que nem antes. Mas vejo que, talvez, suas memórias estejam um pouco nebulosas. E sim, eu amaria te acompanhar por um tempo, apesar de que eu gostaria de ver o Ichigo-sensei, também... E por qual motivo, alguém falaria bem do Okabe?

Ann iria encarar Yashin e Kuroi, sem entender aquela atmosfera estranha no ar, visivelmente ela não parecia capaz de observar diretamente a garota que estava atrás de Kuroi. Através de sua projeção ilusória, Ann comentaria:

Por qual motivo, você estava e "está" falando sozinho, Kuroi?

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Após, fofocar ou melhor dizendo conversar com Kyosuke Kuroi através daquele genjutsu, o Uchiha com seus olhos escarlates iria encarar a garota que mais parecia uma manifestação fantasmagorica do que qualquer coisa. A garota à sua frente, com aparência mais etérea do que humana, parecia uma manifestação fantasmagórica saída de um pesadelo. Yashin, com seu Sharingan ativado, logo percebeu algo perturbador: seu corpo era físico, com todas as características e necessidades de uma pessoa viva, sua composição, porém traía algo além do humano. Era como se ela fosse uma criação híbrida entre uma bijuu e as criaturas geradas por Ego, lembrando vagamente a presença sombria de Raijinganma. Era impossível negar—o que estava à sua frente era mais uma entidade sobrenatural do que um ser humano comum. Um monstro, talvez fruto dos experimentos macabros de Okabe, destinado a algum propósito militar obscuro.

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O Sharingan de Yashin analisou cada nuance daquela presença. O motivo pelo qual alguns não podiam vê-la residia no chakra obscuro que exalava de seu corpo—a pura essência do Inton, manipulando a percepção dos que a encaravam diretamente. Parecia ser um genjutsu autônomo, agindo sem controle consciente. A habilidade distorcia a percepção de forma aleatória, obscurecendo sua presença como uma sombra caminhando entre mundos. Se pudesse ser controlada, essa habilidade seria uma dádiva perigosa para qualquer shinobi especializado em espionagem e infiltração. Um fantasma que poderia se tornar até certo ponto, indetectável no campo de batalha.

Yashin, no entanto, permaneceu em silêncio enquanto seus olhos percorriam a composição daquela figura enigmática. Longos segundos se passaram até que a atenção dela se voltasse para ele. Lilian, a aparição que flutuava à beira da realidade, finalmente manifestou sua insatisfação com o olhar penetrante de Yashin. Sua expressão se contorceu em um misto de desdém e desagrado.

Qual é a do seu amigo, trevoso e cabeludo, Kuroi-kun? — perguntou com um tom cortante, seus lábios se curvando em desprezo enquanto apontava um dedo acusador na direção de Yashin. — Encarar pessoas com quem você não tem intimidade é falta de respeito, moço.

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Em um instante, ela desapareceu como um vapor na escuridão, reaparecendo logo atrás de Yashin, sua presença se manifestando com um ar de ameaça gélida. Aquilo não era velocidade—era uma espécie de distorção na percepção. Os olhos de Lilian fixaram-se nas costas de Yashin, como se estivesse decidindo seu destino. Porém, antes que fizesse alguma coisa, um shinobi que estava casualmente passando por aquele local iria se esbarrar com a jovem mulher, fazendo ambos caírem no chão de forma abrupta.

Huh... O que eu me choquei?

Sentada no chão, Lilian apenas fitar o ambiente como se não tivesse muita noção de por qual motivo, algumas pessoas apenas a ignoravam ou simplesmente não a viam. Casualmente iria baixar sua cabeça e encarar o chão sem saber o que pensar ou fazer. Algumas lampadas que existiam naquela região iriam explodir, voando cactos de vidro. Ann iria fitar aquela situação, mas não comentaria nada, por fim apenas aceitou aquele acontecimento como mais uma bizarrice sem sentido em sua vida, a mulher mascarada por fim, apenas iria acompanhar Yashin e Kuroi que se preparavam para ir para o Ninja Shop. Enquanto Kuroi, iria criar um Moku Bunshin para acompanhar Lilian que parece ficar surpresa com a habilidade do Kyosuke, ao ponto de bater palmas como se fosse um truque que ela nunca tivesse pessoalmente visto na vida.

[...]

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Central Médica
Por volta das 11 horas.

A voz de Yoikami soou calma, mas com um toque de seriedade. Ela parece por um breve segundo, encarar ele, com seus olhos cegos, apesar de que era apenas uma impressão..

A maldição que está te afetando... — ela começou, fazendo uma breve pausa. — Não sei exatamente o que a causou, mas sinto que algo mais está envolvido. Existiu um gatilho inicial, porém... Suspeito que algumas ações que são as causadoras para o amadurecimento dessa maldição. Não é algo comum, isso é certo. E se ela voltar a te afetar... eu ajudarei da melhor forma que puder, porém... Esteja sempre ciente dos riscos... — Seu olhar era firme, mas havia uma leveza na promessa, como se quisesse tranquilizá-lo.

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Yoikami cruzou os braços, pensativa.

Sobre o que você falou... Bee tem realmente enfrentado alguns problemas... A sorte daquele sujeito é que ele é absurdamente poderoso, no entanto... Não ficaria surpresa caso ele fosse capturado graças a esse comportamento irresponsável dele. Não podemos esquecer que as nações inimigas tem muito interesse no poder das bijuus afinal.

Ela deu um pequeno suspiro, desviando o olhar por um momento.

Eu ainda não decidi o que vou fazer daqui pra frente... Eu até gostaria de ir com vocês, mas infelizmente com a lerdeza atual de Yoru-kun, infelizmente eu sou a única que ainda possui algum conhecimento médico mais avantajado para ficar nesse ambiente. No entanto... — Ela piscaria um de seus olhos cegos, fazendo um breve charme. — Envie sua... galinha para cá, caso encontre problemas na sua missão... Se você, Yashin, Kuroi ou a Ann-chan encontrarem problemas. É minha missão garantir que vocês... Saiam com vida.  

Com um leve aceno de cabeça, ela se afastou, seu cabelo branco esvoaçando ligeiramente.

Se cuida, Enkei-san.

Time composto por:
Uchiha Yashin,
Kyosuke Kuroi,
Yotsuki Enkei
Hagoromo Ann.

Qualquer item comprado no Ninja Shop por parte dos outros players, deve ser informado na próxima ação por garantia.


Narração continua no seguinte tópico: @Heimdall @Gaius @Yagi
https://www.forumnsanimes.com/t104748p15-pais-do-vento-ruinas-do-castelo-monzaemon-chikamatsu#1822902

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A investigação tinha trazido diversas informações, mas certamente a mais relevante era que a maldição das flores de oleandro que me afligia era resultado de uma droga e a suspeita era Kyosuke Rin, que encontramos no País do Ferro. Tento relembrar minhas interações com a mulher e, em um momento de inspiração, percebo quando ela me drogou.

Aquela velha desgraçada! Ela botou a droga na porra do cachimbo e espalhou a fumaça na nossa cara.

Apesar de não resolver a situação, essa descoberta poderia ajudar. Certamente os outros membros da organização poderiam se proteger melhor para não serem pegos, mas talvez saber que o meio de entrada ajudasse com o desenvolvimento de algum tipo de cura. De qualquer forma, sabendo que a velha era responsável, ela tinha se torando a prioridade número um da Byakuren.

Com a situação em Suna resolvida, recolho os espólios que me cabem e sigo de volta para a Sede da Byakuren. No caminho, converso com Yoikami sobre o que descobrimos acerca da maldição, talvez ela tivesse alguma ideia. Além disso, se o tempo permitisse, peço para Kuroi me mostrar seu Rasengan algumas vezes. Eu tinha uma ideia para um jutsu extremamente destrutivo usando ele como base, mas precisava aprendê-lo primeiro. Analisaria cada detalhe com o Sharingan, aplicando conceitos de outros jutsus similares como Chakura Hoshutsu e Hogen Fukohoshi para facilitar o processo de liberação de chakra e mudança de forma para uma esfera. O processo de aplicar rotação seria o mais complicado, esse seria carregado pelo doujutsu.

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Na vila, me dirijo à Forja de Masamune, tinhamos alguns assuntos a tratar. Primeiro, mostro o pedaço restante da Katana de Agnis, pedindo sua opinião sobre suas propriedades e como poderia ser restaurado. Compro uma Bolsa Ninja [Elite] e tento negociar com ele para entregar a minha bolsa atual em troca para ter um desconto. Compro também um Kyōmei Supīkā, mas antes de equipá-lo, vejo com ele a possibilidade encaixar a flauta no sistema do item, permitindo que eu tocasse o instrumento sem usar minhas mãos ou boca, apenas o chakra. Por fim, compro duas Hyorogan Lv1. Em posse da nova bolsa, teria espaço para melhor guardar meus itens, abrindo a possibilidade de usar a Máscara de Gás que eu tinha guardada. Isso pelo menos evitaria de eu ser drogado de novo apenas por respirar.




Quando tudo estivesse resolvido na Forja, perguntaria a outros membros da vila o que tinha acontecido em nossa ausência, já me preparando para a reunião com Tsunade que ocorreria em breve.

@Ben Ikneg @Gaius @Yagi

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Ainda na oficina de brinquedos, recolho todas as máscaras e bonecos que posso carregar, além da enigmática pintura que acompanhava tudo.

[...]

Com o apaziguamento da situação e o posterior fim da missão, ao menos em solo estrangeiro, retornamos para o País dos Redemoinhos. No caminho, analiso atentamente os arredores, tomando um cuidado em especial com a aproximação de estranhos. Mantenho o contato com os animais selvagens como uma medida extra. Além disso, observo como o clima se alteraria à medida em que nos aproximaríamos da sede da organização.

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Chegando à vila, iria direto para a prisão local com o intuito de conversar com Sakuya. A ideia era atualizá-la sobre as novas informações, em especial às relacionadas com a 'doença' da Oleander e o futuro contato com Tsunade, sinalizando uma esperança. Após isso, levaria os itens recolhidos na oficina para a Biblioteca, onde os disporia cuidadosamente numa região, simulando sua organização na oficina. Por fim, seguiria direto para os ferreiros contratados.

[...]

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Na ferraria, me apresentaria e solicitaria o conserto do meu colar, além da aquisição de 4 Hyōrōgan LV2, totalizando 450 Ryous. Pagaria, agradeceria o serviço e iria embora.

[...]

De volta à vila, buscaria por Yugito, cumprimentaria assim que a encontrasse e a solicitaria um treinamento.




@Ben Ikneg
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