Fan Book - Princesa Byakugan atualizado

Naruto é um menino órfão e a todo o momento vê famílias felizes (pai, mãe e criança) e é inegável que Kishimoto se centra bastante nesse quesito, se não quiser acreditar, por favor, volte a ler o mangá desde o início porque não pretendo fazer citações já que isso decorreria ainda mais tempo. Continuando, para Freud – se discordar de mim, vá ao túmulo do pai da psicanálise discutir com o homem – toda criança tem a necessidade de um berço familiar (pai e mãe) para seu apoio emocional, ou seja, uma mulher e um homem. Freud tem a teoria Complexo de Édipo que explica que a primeira relação sexual da criança é com a mãe, não que eu concorde com o nome dado ou concorde completamente com a teoria que subjuga a “eu quero transar com minha mãe”, mas não é exatamente isso. Aqui estamos pautando a questão de “confusão de sentimentos”. Enfim, continuando, Naruto é uma criança que não possui família e nenhum laço paternal ou matriarcal, por este motivo, tenta chamar o máximo de atenção possível, principalmente, porque ninguém o aceita. Naruto queria, precisava, tinha a necessidade de ser aceito, simplesmente, aceito por alguém, qualquer um.

Se perceberem, existem muitas figuras para substituir Minato no decorrer da história: Iruka, Kakashi, Jiraya e – levando em conta – até o próprio Sasuke. Mas e a figura matriarcal? Quem substituiria? Não estou dizendo que Naruto os verá como pais e mães, mas para aquela formação e apoio emocional, também haveria a necessidade de uma figura feminina e, por isso, vemos a Sakura entrar em cena. Não posso afirmar absolutamente porque a Sakura, porém eu acredito que foi uma confusão do próprio Naruto. Um aceno, um sorriso para outra pessoa que ele estivesse no caminho (se existir essa cena, alguém me diga) iria confundir completamente sua cabeça e moldada nos princípios da sociedade que ele vê (pai, mãe e criança), acreditou em um sentimento confuso de “reconhecimento”, não importa o quanto Sakura diga o inverso e que só pensa no Sasuke porque aquele momento ficou eternizado em sua cabeça como “uma figura do sexo feminino me reconheceu”. Ou seja, Sakura foi sua substituição do apoio que seria o dado por Kushina (exatamente nesse quesito entra a semelhança entre as personalidades das duas, uma brincadeira que me faz crer que Kishimoto estudou sim, psicanálise). O que Naruto sente por Sakura não passa de uma confusão mental já que ele não possui nenhum vínculo com outra mulher no decorrer da história, somente com Sakura. Outra figura, com personalidade semelhante à Sakura, entra na sua vida que é Tsunade, porém não é isso que faz com que Naruto continue afirmando sobre seus sentimentos em relação à Sakura, o sentimento que perdura até hoje é a negação. A negação proveio porque Naruto perdeu o momento mais feliz de sua vida: time sete. Naruto passou a ser reconhecido e constituiu laços de amizade fortes com outras pessoas e ele se negou a acreditar que esse momento passou. A negação é um sentimento forte e primário que, mesmo inconscientemente desacreditado, perpetua na consciência. Naruto não quis ver as mudanças em relação ao Sasuke (não aceitando parte da escuridão carregada pelo personagem) e, por isso, não quis ver que já via Sakura como amiga (aceitado já há tempos e não quer, simplesmente, admitir).

A conclusão que tiro é que, desde a declaração da Hinata, ele começou a aceitar o que estava acontecendo. Primeiro porque tinha alguém que o amava e se importava com ele verdadeiramente desde criança, mesmo que ele não tenha percebido. Segundo, começou a ver distinções entre personalidades e atitudes que alguém que o ama com o amor de Éros (Hinata) e alguém que o ama fraternalmente (como amigo – Sakura [no mangá 172 página 17 aceita que não existe possibilidade de um casal entre os dois]). Por fim, concluo com o amor fraternal que ele sente por Sasuke e o amor que tem pelo seu sonho, tornaram-se exatamente os motivos dele nunca ter respondido a Hyuuga, Naruto não tem condições psicológicas e nem momentâneas de aceitar absolutamente nada. Cito uma fala do próprio Naruto: “Não posso ser hokage se não sou capaz de trazer um amigo de volta” (a fala é essa ou parecida porque estou retirando de cabeça). Naruto não pode seguir em frente e realizar seus próprios sonhos enquanto vê um amigo cair cada vez mais fundo, não pode ter uma vida e ser hokage porque, antes disso, precisa ser capaz de trazer pessoas como seu melhor amigo para a realidade, para o verdadeiro caminho já que havia sido uma promessa (não só para Sakura, um dos incentivos da promessa, mas para si mesmo – a prova disso é o momento de declaração renegado da Sakura que Naruto já percebe que não nutre mais nada pela Haruno de cunho amoroso já que não hesita em “dar um fora na garota”). Um dos motivos que sou contra qualquer relacionamento amoroso NaruSaku, além de que os dois realmente não nutrem nada de romântico, é porque esse relacionamento amoroso denegriria o próprio personagem principal já que obviamente a Haruno não sente absolutamente nada de romântico por Naruto, sua cabeça está moldada o tempo todo para Sasuke, Sasuke e mais Sasuke. Se a felicidade do personagem principal for ficar com alguém que não o ama verdadeiramente, Kishimoto nos diria que “alcançamos nossos objetivos, mesmo que eles não estejam no caminho certo, obrigamos a estar porque sentimentos são escolhas”. Querer que alguém o ame como você “supostamente” o ama é não amar a pessoa ao seu lado porque amor não é uma escolha e sim, um acontecimento. Amar quer dizer abrir mão como a Hinata abriria mão da sua vida mais de uma vez para salvar Naruto, mas acho que deixei extremamente claro os sentimentos de Naruto em relação à Sakura e o despertar que a Hinata acabou dando no personagem (aliás, esse despertar mais uma vez vou dizer na parte da Hinata). Amar é algo que dê apoio incondicional que Sakura, como demonstrado na luta contra o Pain, não dá ao Naruto. Amar é sacrifício como Minato e Kushina fizeram e como Hinata fez e como Neji fez por Hinata, essa é a uma das lições mais importantes que o Kishimoto transpassa além da verdadeira amizade. Uma amizade que existe entre Naruto e Sasuke no clássico e que perpetua entre todo o time sete.

Hinata é uma menina doce e tímida que é apaixonada pelo personagem principal desde sempre. Pois bem, vamos melhorar isso, Hinata ama Naruto. Isso é uma afirmação. Hinata foi a primeira a ver Naruto por quem ele era quando foi salva de três garotinhos (mesmo sendo filler [aviso da Tuca da NH Brasil], o sorriso dele e a não desistência - nas próprias palavras da personagem - a salvaram), mas não se enganem: ela não o amou de cara. Ela somente reconheceu Naruto nessa cena porque amor vem aos poucos, vem com o tempo e Hinata sempre observou o menino portador da Kyuubi a distância e gostou, apaixonou-se e passou a amá-lo com todas as suas forças porque via nele um motivo, uma resposta e uma razão para viver. Naruto mesmo ignorado, mesmo sofrendo, mesmo ninguém não o querendo ainda sorria porque toda vez que falhava, voltava a se erguer e dizer que não desistia. Naruto foi um exemplo de resposta, Naruto foi a sua resposta. Não há quem duvide do amor que Hinata sente por Naruto e ela abriu os olhos de Naruto mais de uma vez. A primeira vez foi contra a luta do Pain e seu pseudo-egoísmo, egoísmo esse que era para salvar o amor de sua vida. Seu egoísmo não era perante Naruto, seu egoísmo, acredito, era perante as suas responsabilidades que deixaria de lado, seus amigos e um todo mais para simplesmente salvar o homem que lhe deu motivos para viver e seguir. Ali, naquele momento, vimos a importância que Hinata dava a Naruto pela primeira vez e também vimos a importância que Naruto deu a garota quando se transformou automaticamente em seis caudas (o que nunca tinha ocorrido antes) por ver sua “morte”.

Após isso, Hinata somente cresce aos olhos de Naruto, no mangá 559, na página cinco, Hinata diz: “É o Naruto-kun... É só olhar nos olhos dele que vocês vão ver”. Na página seis do mesmo mangá, ele responde após um momento depreciativo da personagem com ela mesma: “Posso ver pelos seus olhos. Não fique tão chateada consigo mesma! Você é forte!”. Lembre-se que os olhos são os espelhos da alma para os japoneses – como eu disse lá em cima – e, sendo assim, nota-se a ligação que existe entre os dois porque eles conseguem ver a alma um do outro pelos olhos como nós – todos nós – também deveríamos ser capazes de fazer. Essa cena se reafirma quando no capítulo 617, página treze que Hinata percebe a dor de Naruto na página doze, não há como ver seu rosto na página treze só que no episódio 365 (14:33min) do anime, mostra uma Hinata sem o byakugan ativo e, mesmo assim, percebendo o ocorrido. Entretanto, como no mangá não ficou claro isso não pode ser debitado, somente foi mencionado para ressaltar que até mesmo as pessoas que trabalham na produção do anime tentaram passar uma ligação maior entre o casal do que a esperada.

A ligação deles é forte e a prova disso é o mangá 615 que na página três chega a desacreditar de suas palavras e de si mesmo, porém Hinata na página seis dá um discurso sobre o companheirismo que existe entre todos os shinobis (shinobis que outrora lutavam entre si) e como Naruto os mataria se desacreditasse de si mesmo. Esse discurso dura até a oitava página do mangá e um dos discursos mais bonitos e filosóficos de toda a história que centra sobre “o motivo de guerrear mesmo que isso custe a sua vida”. Na mesma página, a primeira reflexão de Naruto é que a vida de Hinata estava em suas mãos e não, a vida de todos. Antes de ele pensar no discurso do todo, ele pensou nela. Ele pensou que aquilo poderia levar a Hinata desacreditar dele, aquele que a fez começar a acreditar em si mesma. Após isso, ele leva uma bronca da Kyuubi que mostra que outros fizeram o mesmo e que ele foi amado por aqueles que se sacrificaram e que se sacrificam pelo shinobi.

“Foi graças a você que ficou ao meu lado”; essa é a fala mais importante do Naruto porque ele reconheceu a pessoa que primeiro o reconheceu. Ele reconheceu que sem ela ao seu lado, ele teria perdido a si mesmo e esse “graças” é carregado de emoção e de sentimento que está incluído até mesmo o momento que Hinata salva Naruto contra o Pain que no capítulo 559 na página seis ele faz questão de relembrar com um sorriso.

Outra prova emocional da ligação dos dois é o momento no mangá 677, página doze que Hinata chama pelo garoto e ele, na página treze, sente um baque no coração (“Za” onomatopéia utilizada que representa isso e mais algumas variantes) e logo em seguida (“Bikun”) que pode ser considerado “vacilação” ou “estremecimento”. Ambas as onomatopéias são utilizadas para representar um baque, um momento, uma sensação que é seguida depois de um momento de desespero da Hinata (que nem sequer é capaz de ver se Naruto está vivo ou não porque já está quase dentro do mundo dos sonhos impostos). Ou seja, os dois estão ligados por algo mais forte do que só olhos, eles têm uma ligação que transpassa o racional e o lógico (um sentimento claro de amor por parte dos dois que se arriscam sem medir as consequências – porque Naruto ia sair sem nem mesmo saber o que ocorria do lado de fora se não fosse Sasuke).

Ou seja, se Kishimoto não planejasse o casal entre Naruto e Hinata, jamais abriria margens para Hinata estar ao lado dele nos momentos que mais o protagonista precisava e ambas às vezes que ele desistia de si mesmo, tanto contra Pain quanto contra Obito (já que as palavras eram dele). Hinata é alguém capaz de preencher o vazio deixado pelos outros quando não o reconheceram. Esse vazio que a primeira – mesmo que ele não soubesse – a preencher foi Hinata. A única que não mede as consequências de entrar na frente e morrer por ele – como Sakura mediu mesmo que se importando com o amigo. Se alguém gosta do Naruto, realmente, desejará a esse personagem o que ele nunca pôde ter de Kushina: amor incondicional.

Antes de acabar quero fazer uma ligação entre Minato e Kushina com Naruto e Hinata, não é uma novidade para ninguém que Kishimoto faz paralelos o tempo inteiro, uma prova disso é Shikamaru e Temari com os pais (Shikaku e a mãe mandona de Shikamaru). A prova desse casal existe através do próprio (capítulo 678, página seis) sonho que o shinobi teve como “ideal de vida”. Ou seja, Kishimoto tende a repetir casais e algumas pessoas ligam a Kushina e a Sakura por suas personalidades parecidas, porém esquecem que Minato e Naruto não possuem personalidades semelhantes, pelo contrário, o garoto puxou a mãe. A única pessoa que se assemelha com Minato é Hinata por sua preocupação silenciosa (demonstrada em toda a história de Minato com Kushina e da infância de Hinata). Os dois se revelaram excelentes companheiros salvando os respectivos pares e deixando sua timidez de lado para isso, ou seja, se alguém é Minato seria Hinata já que Naruto é Kushina.

Mãe e filho têm as mesmas manias “tebayo” e “tebane” (Kishimoto demonstra suas semelhanças até mesmo nas manias de fala), também são seres espalhafatosos e jamais desistem. O paralelo imposto pelo amor que fez Naruto (o maior herói ninja) não é nenhum outro além de Hinata e Naruto. Ou seja, não há duvidas – acredito que não exista – de quais casais são os que existem no anime/mangá Naruto.

Agora que você citou isso, em Kazuna no Stgima, tinha um personagem chamada Kureha, onde ela nasceu na familia de dominadores de Terra, porém como a mais velha da familia a mesma foi incapaz de domar o poder da Terra como um todo e foi desprezada por toda a sua familia, depois de um tempo ela descobriu um outro poder(gravidade) e foi considerada a mais poderosa da familia(isso depois de sofrer anos com o abandono dos pais e familia), mas no fim da historia foi revelado que um ser mistico deu aqueles poderes a ela e suprimiu suas verdadeiras habilidades de dominadora de terra.